Conservação de Energia, Eficiência e Balanço de Energia Útil Prof. Eberson José Thimmig Silveira Estrutura da Aula Fluxograma da Energia Conservação de Energia Eficiência na Conservação de Energia Balanço de Energia Útil Balanço de Energia Útil: Destino da Energia Útil por Setores Eficiência por Uso: Força Motriz Fluxograma da Energia nos Balanços Mundiais Primários: Petróleo; Gás Natural; Carvão Mineral ROM; Energia Hídrica; Urânio; Lenha; Cana-de-Açúcar; Casca de Arroz Centros de Transformação Secundários: Derivados do Petróleo; Derivados do Carvão Mineral; Derivados da Biomassa; Eletricidade Setores de Consumo: Agrícola; Industrial, Comercial, Transportes, Serviço Público e Energético. Destino da Energia Final: Força Motriz; Calor de Processo; Aquecimento Direto; Iluminação; Eletroquímica Útil Perdas Fluxograma da Energia no RS Conservação de Energia A quantidade total de energia em um sistema isolado sempre permanece constante; Em um sistema isolado a energia é conservada. Por exemplo, se o nosso sistema isolado ou fechado for o próprio universo, então a lei da conservação da energia estabelece que a energia total no universo é uma constante e permanecerá assim; Em um sistema não isolado, ou seja, capaz de interagir com o mundo exterior, a energia que entra nele é igual à energia que sai dele mais a energia que ele armazena. Por exemplo, numa casa com energia solar passiva a energia térmica que entra pela radiação solar é igual à energia térmica que sai mais a energia térmica armazenada. Conservação de Energia Figura: casa com energia solar passiva. energia que entra = energia que sai + energia armazenada Conservação de Energia Outro exemplo é uma termelétrica à vapor. Nela, o combustível (óleo combustível ou diesel, carvão, gás natural ou biomassa) é queimado na unidade da caldeira da usina de vapor. A combustão do combustível utilizado gera calor, que aquece a água e a converte em vapor (a água ganha energia térmica). O vapor, de alta temperatura e alta pressão, é direcionado através das hélices (lâminas) de uma turbina que tem um eixo acoplado mecanicamente ao eixo de um gerador elétrico. A turbina, ao girar pela passagem do vapor, faz funcionar o gerador de eletricidade. O vapor, com temperatura e pressão rebaixadas, deixa a turbina e passa através de um condensador onde retorna à forma líquida. O condensador, por sua vez, utiliza a água fria de um rio ou lago para realizar a troca de calor e transformar o vapor em água a qual, através de bombeamento, retorna novamente para a caldeira. A água usada no condensador retorna para o rio ou lago aquecida. Figura: diagrama de blocos de uma termelétrica. Entrada de energia = saída de energia, uma vez que não ocorre armazenamento. Conservação de Energia A entrada total de energia neste sistema é obtida pela soma da energia química do combustível utilizado para o aquecimento da água da caldeira mais a energia do ar (oxigênio) para a combustão mais a energia térmica da água utilizada na refrigeração do condensador. A saída total de energia é obtida pela soma da energia elétrica gerada e exportada pela usina mais a energia térmica da água quente que deixa o condensador e a energia dos gases de combustão emitidos pela chaminé. Nenhuma energia é armazenada, já que a água retorna à caldeira com a mesma energia térmica de quando o processo foi originalmente iniciado. A equação da conservação de energia da usina é: Ecombustíve l Ear Eágua que entra Eeletricida de gerada Eágua que sai Egases de combustão Eficiências na conversão de energia Ainda que a energia seja conservada num processo de conversão de energia, a produção de energia útil é sempre menor que a entrada de energia. Por exemplo, da energia elétrica utilizada para alimentar uma lâmpada incandescente, 4% é transformado em luz (energia útil) e os 96% restantes são perdidos (energia perdida) sob forma de calor. Diz-se então que a eficiência do processo de conversão de energia elétrica em luz é de 4%. A eficiência de um processo de conversão de energia é definida como: energia útil 100% energia utilizada na conversão A parcela de energia que não se transforma em trabalho útil é perdida sob formas não utilizáveis como calor. Eficiências na conversão de energia Processo de geração, transmissão e distribuição de energia elétrica e sua eficiência No exemplo da figura, a porcentagem da energia do combustível (carvão) convertida em energia elétrica é calculada por: u sin a transmissã odistribuiç ão lâmpada 0,35 0,85 0,04 0,012 1,2% Eficiência de alguns sistemas e esquemas de conversão de energia Eficiência de alguns sistemas e esquemas de conversão de energia Sistema/equipamento tipo de conversão eficiência Geradores elétricos mecânica-elétrica 70-99% Motor elétrico elétrica-mecânica 50-95% Fornalha à gás química-térmica 70-95% Turbina de vento mecânica-elétrica 35-50% Termelétrica com combustível fóssil química-térmica-mecânica-elétrica 30-40% Usina nuclear nuclear-térmica-mecânica-elétrica 30-35% Motor automotivo química-térmica-mecânica 20-30% Lâmpada fluorescente elétrica-luminosa 20% Lâmpada incandescente elétrica-luminosa 5% Célula solar luminosa-elétrica 5-28% Fonte:energia e meio ambiente Hinrichs & Kleinbach. Balanço de Energia Útil Balanço de Energia Útil O Balanço de Energia Útil é uma ferramenta que tem o objetivo de ampliar o conteúdo das informações apresentadas pelos Balanços Energéticos. Ela permite que se faça uma estimativa da energia efetivamente aplicada nos principais Usos Finais. Na Versão 2005 do BEU/BEN são contempladas as seguintes categorias de Usos Finais: Força Motriz: Energia usada em motores estacionários ou de veículos de transporte individual ou coletivo, de carga, tratores, máquinas agrícolas, de terraplenagem e de movimentação de terras. Calor de Processo: Energia Usada em caldeiras e aquecedores de água ou de fluidos térmicos. Balanço de Energia Útil Aquecimento Direto: Energia usada em fornos, fornalhas, radiação, aquecimento por indução, condução e micro-ondas. Refrigeração: Energia usada em geladeiras, freezers, equipamentos de refrigeração e ar condicionado tanto de ciclo de compressão como de absorção. Iluminação: Energia usada em iluminação de interiores e externa. Eletroquímica: Energia usada em células eletrolíticas, processos de galvanoplastia, eletroforese e eletrodeposição. Outros Usos: Energia usada em computadores, telecomunicações, máquinas de escritório, xerografia e equipamentos eletrônicos de controle. Balanço de Energia Útil O Balanço de Energia Útil é um modelo que permite processar as informações setoriais dos Balanços Energéticos para obter estimativas da Energia Final destinada a sete diferentes Usos Finais (Força Motriz, Calor de Processo, Aquecimento Direto, Refrigeração, Iluminação, Eletroquímica e Outros Usos) e, com base nos rendimentos do primeiro processo de transformação energética, estimar a Energia Útil. Variação da Energia Final, Útil e do Potencial de Economia de Energia 200,0 milhões de tEP 160,0 Energia não Recuperável 120,0 Potencial de Economia de Energia 80,0 40,0 Energia Útil 0,0 1984 1994 Anos 2004 A Energia Final é composta pela soma de duas parcelas: a Energia Útil e a Energia Perdida. Esta, por sua vez é composta pela soma do Potencial de Economia de Energia (que é estimado pelo MAPEE) com a Energia não Recuperável (apurada por diferença). Balanço de Energia Útil Rendimentos Energéticos por Setores A relação entre a Energia Útil e a Energia Final corresponde ao que podemos chamar de Rendimentos Energéticos Médios dos Setores para a conversão de Energia. Na tabela ao lado apresentamos a variação desses Rendimentos Energéticos Médios para todos os setores contemplados na matriz energética brasileira. Setor Residencial Comercial Público Agropecuário Transporte Rodoviário Transporte. Ferroviário Transporte Aéreo Transporte Hidroviário Subtotal Industria Cimento Ferro-Gusa e Aço Ferro-Ligas Mineração e Pelotização Não Ferrosos e Outros Metais Química Alimentos e Bebidas Têxtil Papel e Celulose Cerâmica Outros Total Geral Fonte: BEU/BEN ano 1984 1994 2004 33,5 43,4 47,4 30,9 50,4 55,3 39,4 48,9 53,2 33,0 45,5 50,2 30,7 35,1 37,2 43,2 51,3 49,5 29,8 32,9 35,8 35,0 42,0 46,0 62,2 67,9 72,0 42,0 49,0 52,7 68,1 72,2 75,4 51,2 56,8 58,0 52,4 62,8 66,0 55,7 59,1 63,4 73,7 76,3 82,4 66,3 72,2 75,8 74,7 78,7 82,6 71,3 75,8 80,5 35,2 42,2 48,6 49,3 57,2 60,4 46,9 53,9 57,5 Balanço de Energia Útil O Balanço de Energia Útil constitui uma matriz de três dimensões montada a partir do destino da Energia Final: energia motriz, calor de processo, aquecimento direto, iluminação, eletroquímica e energia para outros fins. Esse desdobramento é feito com base em dois coeficientes: pjik - que indica a parcela de Energia Final i no setor de atividade j que é destinado ao uso final k, e rjik - que indica o rendimento da transformação da Energia Final i no setor de atividade j com relação ao uso final k. A Energia Útil EUjik (Energia Útil i no setor de atividade j para o uso final k) é dada pela relação: EU jik EF jik p jik rjik Balanço de Energia Útil O BEU/BEN contempla os sete Usos Finais, já relacionados, e dezoito Formas de Energia que tem consumo final registrado no BEN. O BEU 2005 é disponível numa versão compacta que contempla os vinte setores de atividades relacionados no BEN, e numa versão ampliada, na qual se faz o desdobramento de alguns setores que são grandes consumidores de energia. Gás Natural Carvão Vapor Carvão Metalúrgico Lenha Produtos da Cana Outras Fontes Primárias Óleo Diesel Óleo Combustível Gasolina GLP Querosene Gás de Cidade e de Coqueria Coque de Carvão Mineral Eletricidade Carvão Vegetal Álcool Etílico, Anidro e Hidratado Outras Fontes Secundárias do Petróleo Alcatrão Balanço de Energia Útil: Destino da Energia Útil por Setores Destino da Energia Final no Setor Comercial (índices multiplicadores) força motriz calor de processo aquecimento direto Iluminação Outras 0 0,1138 0,8862 0 0 0,3616 0,4255 0,2129 0 0 Óleo Combustível 0 0 1 0 0 Gás Natural 0 0 1 0 0 Eletricidade 0,3902 0,0056 0,0416 0,5626 0 Formas/Usos Lenha Óleo Diesel Fonte: BEU/BEM Outras inclui eletroquímica O setor Comercial compreende os seguintes serviços: Comércio Varejista; Comércio Atacadista; Serviços de Comunicações; Serviços de Alojamento e Alimentação; Serviços de Reparação, Manutenção e Instalação; Serviços Pessoais; Serviços de Radiodifusão, Televisão e Diversões; Serviços Auxiliares Diversos; Serviços de Saúde; Serviços de Administração, Locação e Arrendamento de Bens e Serviços de Loteamento e Incorporação de Bens Imóveis; Holding Controladoras de Participações Societárias; Instituições Financeiras; Sociedades Seguradoras de Capitalização e Entidades de Previdência Privada; Escritórios Centrais e Regionais de Gerência e Administração; Serviços Comunitários e Sociais; Ensino e Cooperativas. Balanço de Energia Útil: Destino da Energia Útil por Setores Destino da Energia Final no Setor Agropecuário (índices multiplicadores) força motriz calor de processo aquecimento direto Iluminação Outras Lenha 0 0,8927 0,1073 0 0 Carvão Vegetal 0 1,0000 0 0 0 Produtos de Cana 0 1,0000 0 0 0 1,0000 0 1 0 0 0 1,0000 1 0 0 0,9649 0 0,0017 0,0334 0 Formas/Usos Óleo Diesel Óleo Combustível Eletricidade Fonte: BEU/BEM Outras inclui eletroquímica O setor Agropecuário compreende: Agropecuário; Agricultura; Outros tipos de culturas vegetais; Pecuária; Outros tipos de criação animal; Extração Vegetal; Pesca e Agricultura. Balanço de Energia Útil: Destino da Energia Útil por Setores Destino da Energia Final no de Ferro Gusa e Aço (índices ultiplicadores) força motriz calor de processo aquecimento direto Iluminação Outras Lenha 0 0,8689 0,1311 0 0 Óleo Diesel 0 0 1,0000 0 0 Óleo Combustível 0 0,3290 0,6710 0 0 Carvão Vapor 0 0,1120 0,8880 0 0 GLP 0,3134 0 0,6866 0 0 Eletricidade 0,7942 0 0,1501 0,0557 0 Formas/Usos Fonte: BEU/BEM Outras inclui eletroquímica O setor Ferro-Gusa e Aço compreende: Siderurgia, exclusivo: Produção de ferro-ligas em formas primárias e semi-acabadas; Produção de fundidos de ferro e aço; Produção de forjados de aço. Eficiência por Uso: Força Motriz Valores típicos da eficiência de motores operando com combustíveis em diversos tipos de atividades. Força Motriz transporte Combustível/Setor rodoviário Gás Natural 0,29 Óleo Diesel 0,44 ferroviário 0,46 Óleo Combustível hidroviário 0,5 0,29 GLP 0,29 Querosene 0,33 0,33 0,33 Álcool Etílico 0,4 0,4 0,4 Gás Natural 0,29 Fonte: Processamento FDTE. valores de referência 0,29 0,29 0,59 0,3 0,56 0,45 aéreo 0,44 0,5 Gasolina energético residencial, comercial, público, agrpecuário e todos os industriais 0,56 0,29 0,56 0,29 0,56 0,29 0,33 0,33 0,33 0,4 0,4 0,4 0,59 0,29 0,29 Eficiência por Uso: Força Motriz Valores típicos da eficiência de motores elétricos. Força Motriz capacidade setores de aplicação rendimento¹ pequenos P ≤ 5CV A 0,81 médios 5CV < P ≤ 50CV B 0,91 grandes P > 50CV C 0,94 Fonte: Processamento FDTE. ¹ valores de referência A - Residencial, Transporte Rodoviário. B - Comercial, Público, Agropecuário, Transporte Aéreo, Transporte Hidroviário, Cerâmica e Outros Setores Industriais C - Energético, Ferro Gusa e Aço, Ferro Ligas, Transporte Ferroviário, Mineração, Pelotização, Minerais não Ferrosos, Química, Açúcar, Alimentos e Bebidas, Têxtil, Papel e Ceulose e Cimento Aquecimento Direto O aquecimento direto é uma das aplicações da energia mais freqüentes e mais diversificadas. Em cada setor e para cada tipo de insumo energético o aquecimento direto assume uma forma própria com características de rendimentos energético próprias. Frequentemente encontram-se, dentro de um mesmo setor, equipamentos muito diferenciados que usam o mesmo insumo energético. Além disso, o rendimento efetivo depende substancialmente das condições de operação Rendimentos Energéticos no Aquecimento Direto aquecimento direto Setor\Energético Rendimentos dos Energéticos no Aquecimento Direto A B C D Energético 0,90 0,90 0,49 0,38 Residencial 0,80 0,50 0,15 0,15 Comercial 0,80 0,50 0,20 0,20 Público 0,80 0,50 0,20 0,20 Agropecuário 0,85 0,50 0,20 0,20 Cimento 0,50 0,51 0,51 0,51 Ferro Gusa e Aço 0,68 0,80 0,85 0,80 Ferro Ligas 0,68 0,60 0,60 0,60 Mineração 0,60 0,50 0,45 0,35 Pelotização 0,60 0,60 0,60 0,60 Não Ferr. e Outr. Met 0,60 0,50 0,45 0,35 Alumínio 0,60 0,50 0,45 0,35 Química 0,70 0,60 0,45 0,35 Alimentos e Bebidas 0,65 0,50 0,45 0,35 Açúcar 0,65 0,50 0,45 0,35 Têxtil 0,50 0,50 0,45 0,35 Papel e Celulose 0,50 0,50 0,45 0,35 Cerâmica 0,60 0,50 0,45 0,35 Outros 0,60 0,50 0,45 0,35 T. Ferroviário 0,50 Fonte: BEU/BEN A - Energia Elétrica. B - Gás Natural, Diesel, Óleo Combustível, GLP, Querosene, Gás, Alcatrão. C - Carvão Metalúrgico, Coque de Carvão Mineral, Carvão Vegetal. D - Lenha, Produtos da Cana, Carvão Vapor, Outros Primários Aquecimento Direto nos Setores Residencial, Comercial e Público O aquecimento direto nesses setores ocorre primordialmente no cozimento de alimentos, na secagem de roupas e no aquecimento de ambientes. Os insumos energéticos mais usados para essas finalidades são o GLP, o gás e a eletricidade. Especificamente para a função de cozimento de alimentos ainda há um uso considerável de lenha, carvão vegetal e querosene. No caso do aquecimento elétrico as tecnologias mais usadas são o aquecimento resistivo e o aquecimento por micro ondas. O rendimento típico do forno de micro ondas é de 90%. No caso do forno a resistência a eficiência é menor. O uso do aquecimento resistivo é, no entanto, muito maior, principalmente no setor Comercial e Público. Aquecimento Direto no Setor Agropecuário O aquecimento no setor agropecuário é usado, principalmente, para promover a secagem de produtos alimentícios aumentando a sua capacidade de armazenamento. Muitos, são os tipos de equipamentos usados: Spray dryers, tambor rotativo (em processo contínuo e descontínuo), forno túnel com transporte do material por esteira, etc. No caso de aquecimento elétrico a tecnologia mais usada é o aquecimento resistivo. No caso de combustíveis, os gases da combustão circulam através do material a ser processado. O rendimento dessas tecnologias acaba se nivelando por causa da necessidade de arrastar o vapor extraído, o que requer excesso de ar. Calor de Processo – Rendimentos Energéticos Rendimentos Energéticos no Calor de Processo calor de processo Setor\Energético A B C eletricidade 0,93 0,95 0,97 líquidos e gases 0,70 0,80 0,90 carv. vapor, carv. metal., carv. veg, coque e lenha 0,60 0,70 0,82 outros 0,50 0,55 0,66 Fonte: BEU/BEN A - Residencial, Agropecuário, Ferro ligas, Cerâmica e Outros Setores Industriais. B - Comercial, Público, Transportes Ferroviário e Hidroviário, Cimento, Ferro Gusa e Aço, Mineração, Alumínio, Outros, Pelotização, Não Ferrosos, Alimentos e Bebidas. C - Energético, Química, Açúcar, Têxtil, Papel e Celulose. Iluminação – Rendimentos Setoriais Rendimentos da Iluminação iluminação com eletricidade setor rendimento residencial/agropecuário 0,056 público 0,200 outros 0,213 iluminação com querosene e GLP todos os setores Fonte: BEU/BEN ¹ valores de 1993 0,002 Iluminação – Eficiência e Usos A iluminação a querosene e a GLP só é usada nos setores Residencial, Agropecuário e Mineração e, mesmo assim, em pequenas quantidades. Verifica-se, porém, consumos ocasionais de querosene iluminante em outros setores de atividade. Por esse motivo é que foi registrada a mesma eficiência em todos os segmentos. No Setor Residencial a eficiência registrada se baseia na utilização predominante de lâmpada incandescente. Existe uma crescente utilização de lâmpadas fluorescentes e de incandescentes de alto rendimento e de um aumento do rendimento de todas as modalidades de iluminação. Nos setores Comercial, Energético e Industrial a eficiência registrada se baseia na utilização predominante de lâmpadas fluorescentes. No setor Público a eficiência registrada se baseia no uso combinado de lâmpadas de vapor de mercúrio e de vapor de sódio. Demanda de Energia no Setor Comercial Demanda de Energia no setor Comercial, no RS, no período 1995-2004 Energéticos unidade:10³ tep ano 1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001 Gás Natural Lenha 6,17 6,26 6,16 5,69 5,84 6,02 6,38 Primários 6,17 6,26 6,16 5,69 5,84 6,02 Óleo Combustível 3,28 10,05 10,10 11,21 15,85 Derivados do Petróleo 3,28 10,05 10,10 11,21 Eletricidade 169,65 183,89 200,82 Total 179,11 200,21 217,08 Fonte: Balanço Energético do Estado do Rio Grande do Sul. 2002 2003 2004 6,31 2,08 6,30 4,14 6,56 6,38 6,31 8,37 10,70 21,33 23,27 22,10 24,07 21,78 15,85 21,33 23,27 22,10 24,07 21,78 211,19 227,43 246,21 253,26 255,68 264,42 273,80 228,09 249,12 273,56 282,91 284,09 296,86 306,28 Demanda de Energia no Setor Industrial de Ferro Gusa e Aço Demanda de Energia na Indústria de Ferro Gusa e Aço, no RS, no período 1995-2004 ano Energéticos 1995 Gás Natural Primários GLP Óleo Combustível Querosene Iluminante Derivados do Petróleo Carvão Vegetal Derivados da Biomassa 3100 3300 4700 Coque Metalúrgico Derivados do Carvão Eletricidade Total 1996 1997 1998 1999 2000 unidade:10³ tep 2001 2002 1,90 25,50 0,32 27,73 0,01 0,01 5,04 1,74 40,70 0,62 43,05 0,01 0,01 4,99 3,07 2,87 33,05 0,21 36,13 0,02 0,02 4,90 15,25 18,62 0,07 33,94 0,02 0,02 3,23 14,28 17,27 0,03 31,58 0,02 0,02 3,31 9,61 16,99 0,10 26,70 0,02 0,02 3,31 3,12 17,62 0,03 20,77 0,02 0,02 3,40 0,68 0,68 4,40 8,53 0,00 12,93 0,02 0,02 3,23 9,15 14,19 0,09 42,01 12,20 20,26 0,08 63,42 9,09 13,98 0,09 50,22 7,34 10,57 0,09 44,62 4,03 7,34 0,10 39,03 4,41 7,72 0,10 34,54 4,52 7,92 0,10 28,80 5,00 8,23 0,10 21,97 Fonte: Balanço Energético do Estado do Rio Grande do Sul. 2003 2004 32,91 32,91 4,82 10,04 0,01 14,87 0,02 0,02 2,93 36,53 36,53 4,81 9,20 0,28 14,29 0,02 0,02 2,70 5,40 8,33 0,11 56,24 5,76 8,45 0,12 59,41 Demanda de Energia no Setor Agrícola Demanda de Energia no setor Agrícola, no RS, no período 1995-2004 Energéticos Lenha Primários GLP Óleo Combustível Óleo Diesel Derivados do Petróleo 3300 Derivados do Carvão Eletricidade Total unidade:10³ tep ano 1995 348,3 348,3 0,1 1,6 422,8 424,6 0,0 0,0 73,8 846,7 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 329,6 329,6 0,1 2,2 385,9 388,2 434,2 434,2 0,2 6,7 383,3 390,2 357,8 357,8 0,3 7,6 396,6 404,5 463,5 463,5 0,5 12,4 426,8 439,8 447,3 447,3 0,6 13,7 422,6 437,0 460,6 460,6 2,2 12,6 429,5 444,3 515,0 515,0 1,8 15,0 459,0 475,7 500,0 500,0 1,7 11,4 480,0 493,1 721,7 721,7 3,5 1,7 518,9 524,2 67,9 785,7 72,9 897,3 74,3 836,5 86,2 989,6 88,4 972,7 84,2 989,0 88,2 1.078,9 93,0 1.086,1 102,3 1.348,2 Fonte: Balanço Energético do Estado do Rio Grande do Sul. Exercício dado em aula: Balanço de Energia Útil do Setor Comercial Densidades e Poderes Caloríficos Inferiores dos Energéticos que Compõem a Matriz Energética Brasileira, 2006 Fontes densidade kg/m³ (1) poder calorífico inferior (kcal/kg) densidade kg/m³ (1) poder calorífico inferior (kcal/kg) Petróleo 870 10200 Óleo Diesel 840 10100 Gás Natural Úmido (2) - 9930 Óleo Combustível 1000 9590 Gás Natural Seco (2) - 8800 Gasolina Automotiva 740 10400 Carvão Vapor 3100 Kcal/kg - 2950 Gasolina de Aviação 720 10600 Carvão Vapor 3300 Kcal/kg - 3100 Gás Liquefeito de Petróleo 550 11100 Carvão Vapor 3700 Kcal/kg Carvão Vapor 4200 Kcal/kg Carvão Vapor 4500 Kcal/kg Carvão Vapor 4700 Kcal/kg Carvão Vapor 5200 Kcal/kg Carvão Vapor 5900 Kcal/kg Carvão Vapor 6000 Kcal/kg - 3500 4000 4250 4450 4900 5600 5700 Nafta Querosene Iluminante Querosene de Avião Gás de Coqueria (2) Gás Canalizado Rio de Janeiro (2) Gás Canalizado São Paulo (2) Coque de Carvão Mineral 720 790 790 - 10630 10400 10400 4300 3800 4500 6900 300 390 - 2850 6420 7400 860 3100 3100 623 1850 2130 2860 Eletricidade (3) Carvão Vegetal Álcool Etílico Anidro Álcool Etílico Hidratado Gás de Refinaria Coque de Petróleo Outros Energéticos de Petróleo Alcatrão Asfaltos Lubrificantes 250 791 809 780 1041 872 1000 1040 880 860 6460 6750 6300 8400 8390 10200 8550 9790 10120 Fonte: BEN 2007 Solventes 740 10550 (1) À temperatura de 20°C, para deriv. de petr. e de GN. Outros Não-energéticos de Petróleo 873 10200 Carvão Vapor sem Especificação Carvão Metalúrgico Nacional Carvão Metalúrgico Importado Energia Hidráulica (3) Lenha Catada Lenha Comercial Caldo de Cana Melaço Bagaço de Cana (4) Lixívia (2) kcal/m³ (3) kcal/kWh (4) Bagaço com 50% de umidade Fontes Unidades de Medida e Fatores de Conversão para tonelada equivalente de petróleo (tep) dos Energéticos que Compõem a Matriz Energética Brasileira, 2006 Fontes Petróleo Gás Natural Úmido Gás Natural Seco Carvão Vapor 3100 kcal/kg Carvão Vapor 3300 kcal/kg Carvão Vapor 3700 kcal/kg Carvão Vapor 4200 kcal/kg Carvão Vapor 4500 kcal/kg Carvão Vapor 4700 kcal/kg Carvão Vapor 5200 kcal/kg Carvão Vapor 5900 kcal/kg Carvão Vapor 6000 kcal/kg Carvão Vapor sem Especificação Carvão Metalúrgico Nacional Carvão metalúrgico Importado Urânio U3O8 Outras Renováveis Hidráulica Lenha Comercial Caldo de Cana Melaço Bagaço de Cana Lixívia Outras Renováveis Fonte: BEN 2007 unidades de medida fatores de conversão para tep médio (tep/un) unidades de medida fatores de conversão para tep médio (kcal/kg) m³ 10³ m³ 10³ m³ t t t t t t t t t t 0,887 0,993 0,880 0,295 0,310 0,350 0,400 0,425 0,445 0,490 0,560 0,570 0,285 Óleo Diesel Óleo Combustível Médio Gasolina Automotiva Gasolina de Aviação Gás liquefeito de Petróleo Nafta Querosene Iluminante Querosene de Aviação Gás de Coqueria Gás Canalizado Rio de Janeiro Gás Canalizado São Paulo Coque de Carvão Mineral Urânio contido no UO2 m³ m³ m³ m³ m³ m³ m³ m³ 10³ m³ 10³ m³ 10³ m³ t kg 0,848 0,959 0,770 0,763 0,611 0,765 0,822 0,822 0,430 0,380 0,450 0,690 73,908 t t 0,642 0,740 Eletricidade Carvão Vegetal MWh t 0,086 0,646 kg tep MWh t t t t t tep 10,139 1,000 0,086 0,310 0,062 0,185 0,213 0,286 1,000 Álcool Etílico Anidro Álcool Etílico Hidratado Gás de Refinaria Coque de Petróleo Outros Energéticos de Petróleo Outras Secundárias - Alcatrão Asfaltos Lubrificantes Solventes m³ m³ m³ m³ m³ m³ m³ m³ m³ 0,534 0,510 0,655 0,873 0,890 0,855 1,018 0,891 0,781 Outros Não-Energ.de Petróleo m³ 0,890 Fontes Fonte: BEN 2007 Relações entre Unidades e Fatores de Conversão para Energia Equivalências Relações práticas 1 m³ = 6,28981 barris 1 tep ano = 7,2 bep ano 1 barril = 0,158987 m³ 1 bep ano = 0,14 tep ano 1 joule = 0,239 cal 1 tep ano = 0,02 bep dia 1 Btu = 252 cal 1 bep dia = 50 tep ano 1 m³ de petróleo = 0,872 t (em 1994) 1 tep = 10000 Mcal multiplicar por para J BTU cal kWh Joule (J) 1 947,8 x 10-6 0,23884 277,7 x 10-9 British Thermal Unit (BTU) 1,055 x 10³ 1 252 293,07 x 10-6 Caloria (cal) 4,1868 3,968 x 10-3 1 1,163 x 10-6 Quilowatt-hora (kWh) 3,6 x 106 3412 860 x 10³ 1 Ton. equivalente de petróleo (tep) 41,87 x 109 39,68 x 106 10 x 109 11,63 x 10³ Barril equivalente de petróleo (bep) 5,95 x 109 5,63 x 106 1,42 x 109 1,65 x 10³ de