Economia
1,1 MILHÕES DE EMPRESAS FINANCEIRAS EM PORTUGAL RESPONSÁVEIS POR 3,8 MILHÕES DE TRABALHADORES
INE DIVULGA ESTATÍSTICAS
DAS EMPRESAS
Os resultados preliminares das Estatísticas das
Empresas, – com recurso essencialmente à
informação obtida através da IES (Informação
Empresarial Simplificada) - tratados e
publicados pelo INE, dão conta de um total de
aproximadamente 1,1 milhões de empresas não
financeiras (sociedades e empresários em nome
individual) activas em Portugal no ano de 2006,
responsáveis pelo emprego de 3,8 milhões de
trabalhadores e por um VAB global de 78,8 mil
milhões de Euros.
Após mais de uma década de tentativas e contactos
entre diversas entidades, envolvidas no tratamento e
recolha de informação de carácter contabilístico e fiscal
sobre empresas, no sentido de promover a articulação
entre os vários organismos, foi finalmente possível
criar a IES, integrada no Simplex (Programa para a
Simplificação Administrativa e Legislativa).
Com a IES, toda a informação que as empresas têm de
prestar sobre as suas contas anuais passa a ser
transmitida num único momento e perante uma única
entidade, através da submissão por via electrónica de
formulários únicos, aprovados por Portaria.
Para o INE e para o Sistema Estatístico Nacional
português, esta forma de obtenção da informação é o
início de uma nova etapa da produção estatística sobre
empresas, baseada em dados administrativos, com uma
vasta cobertura em termos de unidades estatísticas e
características, criando condições para reorientar a
actividade estatística, no sentido do incremento da
consistência e actualização da informação anual.
Os princípios orientadores do Código de Conduta para
as Estatísticas Europeias encontram-se objectivados
neste novo modelo que permitiu congregar diversas
entidades portuguesas num objectivo comum:
simplificar a vida das empresas.
Os resultados preliminares das Estatísticas
das
Empresas, –
com recurso
essencialmente à
informação obtida através da IES (Informação
Empresarial Simplificada) - tratados e publicados pelo
INE, dão conta de um total de aproximadamente 1,1
milhões de empresas não financeiras (sociedades e
empresários em nome individual) activas em Portugal
no ano de 2006, que no seu conjunto são responsáveis
pelo emprego de 3,8 milhões de trabalhadores e por um
Valor Acrescentado Bruto (VAB) global de 78,8 mil
milhões de Euros.
Comparativamente com o ano de 2005, assistiu-se a um
aumento de 3,6% no número de empresas e de 4,4% no
número de trabalhadores. O Volume de Negócios
(entenda-se Vendas e Prestação de Serviços) foi
incrementado em cerca de 6,5%, semelhante ao
crescimento verificado no VAB (cerca de 5,2%). No entanto
e ao contrário do que estas variações semelhantes
poderiam indiciar, a estrutura de custos e proveitos
alterou-se, com as margens comerciais a decresceram 5,1%
face ao ano anterior.
Contudo, as empresas souberam gerir esta aparente
desvantagem, uma vez que os Resultados Líquidos do
Exercício cresceram cerca de 25,4% face a 2005.
Numa análise pelas várias secções da CAE-Rev.2.1
(Quadro 2), é possível concluir que as Indústrias
Transformadoras constituem o sector de actividade mais
importante em termos de VAB, sendo responsáveis por
24,2% do valor total. Contudo, é no Comércio que se
encontram a maior parte das empresas portuguesas (cerca
de 28,3%), que empregam a maior parte dos trabalhadores
(23,3% do total) e que no seu conjunto geram 39,9% do
total deVolume de Negócios.
Em termos de sectores de actividade (numa lógica
tradicional de sector Primário, Secundário e Terciário),
Portugal é claramente dominado pelo sector Terciário (dos
Serviços), que representa 58,7% do VAB e 62,3% do
emprego total do sector empresarial.
Atentando na conta global da economia (incluindo apenas as
empresas não financeiras), o VAB gerado situa-se nos 78,8
mil milhões de Euros, com valores globais de Vendas (de
mercadorias 65% e de produtos 35%) na ordem dos 238 mil
milhões de Euros.
Relativamente à distribuição de resultados, em termos
médios as empresas não financeiras portuguesas
distribuíram cerca de 25,1% dos seus lucros (Lucro Bruto
após Impostos) no ano de 2006.
Os dados estatísticos apresentados, tal como referido,
reportam-se aos resultados preliminares provenientes da
IES e à informação para os empresários em nome individual
obtida através do protocolo com a DGCI. O INE está a
preparar um conjunto mais vasto de indicadores que
disponibilizará em breve no Portal de Estatísticas Oficiais, no
web site do INE (www.ine.pt).
Fonte: Instituto Nacional de Estatística
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