IGREJA BATISTA GÊNESIS
Série: TRANSFORME-SE EM QUEM DEUS DIZ QUE VOCÊ É
Grupos Pequenos Batista Gênesis
Lição 4 – O PROCESSO DE TRANSFORMAÇÃO
TEXTO B ÍBLICO :
Romanos 12:2 – “E não vos conformeis com este mundo, mas transformai-vos pela
renovação da vossa mente, para que proveis qual é a boa, agradável e perfeita vontade de
Deus”.
Ponto Saliente:
“Que haja transformação, e que comece comigo” - Marilyn Ferguson.
Para conhecer e pensar:
“As pessoas têm medo de mudança, eu tenho medo que as pessoas não mudem (Chico
Buarque)
Objetivos deste estudo
 Saber que homem é um ser resistente a mudanças.
 Conhecer como uma mudança se processa na vida de um vocacionado.
 Por que para uns as mudanças se processam tão rápido enquanto para outros elas
demoram a ponto de pensarmos que não irá chegar?
 A transformação é um processo, sabemos apenas quando iniciou, mas para onde irá
nos levar, jamais.
Conteúdo:
Ser transformado no que Deus diz que nós somos, vai muito mais além do que apenas uma
simples mudança de nome como aconteceu com Jacó que foi chamado de Israel ou Simão que
foi chamado de Pedro, ou uma simples mudança de religião. É um processo. E milita contra
esta transformação:
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Um temperamento sem a influência e controle do domínio próprio
A resistência humana contra as mudanças
O meio em que estamos inseridos
Valores errados aprendidos
A completa incapacidade humana de avaliar riscos espirituais
A revelação do ideal divino sobre nós é apenas uma parte do processo. Até sermos
transformados naquilo que Deus planejou para que nós fôssemos leva tempo, precisamos
passar por travessias difíceis para aprender a desenvolver dependência e obediência ao
projeto divino. Perceba que Deus disse quem Davi era: o futuro Rei de Israel. Ele também disse
quem Moisés seria: O libertador dos Hebreus. Foi fácil para Davi? Que nada! Davi teve que
para sobreviver usar de estratégias tão extremas, que em dado momento da vida ele teve que
fingir que era um louco. Para ser transformado no libertador dos Hebreus, Moisés teve que
desenvolver uma paciência tão extrema na condução do povo, a ponto de Deus afirmar que
ele era o homem mais manso da terra. E José? Veja quantos processos ele não teve que passar
para que fosse cumprido o que Deus disse acerca dele. A escola de preparação do ser, aquela
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que nos capacita para ser o que Deus diz que somos, envolve travessias instáveis, momentos
difíceis, horas tenebrosas.
As duras provas pelas quais teremos que passar produz em muitas circunstâncias o sentimento
desesperador de que tudo está fora do controle e do plano divino. Deus falou para Noé que
ele era o “pregoeiro da justiça”, o anunciador do plano de correção divino. Ele teve que crer
em coisas nunca vistas, uma chuva torrencial que iria inundar a terra, um novo começo de
tudo, um mundo submerso em águas. Suas habilidades de construtor naval foram testadas.
Sua resistência em pregar uma mensagem que ninguém dava crédito também. A força mental
para saber que todos o achavam desequilibrado sem que isto mudasse seu comportamento e
compromisso foi testada. Ninguém deu crédito a sua pregação, mas ele fez o que tinha que ser
feito, foi transformado naquilo que Deus disse que ele era: O pregador da justiça divina.
Muitas vezes Deus diz coisas acerca de nós que sabemos não estar prontos para A proposta é
não desanimar, mas que venhamos ser transformados naquilo que Deus afirmou que nós
éramos. A palavra de Deus é rica em exemplos de transformação de homens, mas o meu
predileto é mesmo Simão, o pescador. Ele tinha a vida completamente estabilizada antes de
conhecer Jesus, porém ela teria que passar por uma transformação extrema daquele dia em
diante. A primeira delas era o do abandono da antiga profissão, os horários seriam
completamente incompatíveis e a pescaria oposta: (Lucas 5:10) - “E disse Jesus a Simão: Não
temas; de agora em diante serás pescador de homens”. A palavra veio muito clara, mas Jesus
sabia que ela estava carregada de perspectivas preocupantes, seria uma mudança radical de
vida e a frágil natureza humana iria certamente se revelar ali naquele coração. Por isto ele
disse: Não temas! É fácil não temer quando a vida foi revirada do avesso? É lógico que não, ele
iria ter que passar por este aprendizado. Confiar em Deus, na sua capacidade de nos
transformar naquilo que ele diz que nós somos era apenas a sua primeira lição, o primeiro
período daquele curso intensivo de capacitação. Suas inconsistências, seu temperamento
impulsivo, suas decisões quase sempre precipitadas, impensadas, tudo iria ser trabalhado.
Como na maioria de nós faltava a Simão as credenciais esperadas para um herói espiritual.
Mas Jesus enxergou em Simão valores que estavam inertes, virtudes que ele próprio
desconhecia. Posso assegurar que Jesus também enxerga muito mais em você.
A estrada penosa da transformação de Simão em Pedro iria deixar exposta nas páginas da
bíblia cenas das mais cômicas e humanas do Novo Testamento. Sua capacidade extrema de
crer e ao mesmo tempo duvidar estavam bem ali. A vitrine do mar revolto é espetacular. Lá
Jesus aparece andando por sobre as ondas do mar revolto para ensinar aos discípulos que ele
sempre está por perto nos socorrendo no meio das tempestades da vida. Ela nos fez conhecer
um Pedro que cria a ponto de andar também a semelhança do seu Mestre por sobre as águas
revoltas do mar, mas também nos fez conhecer um Simão que descreu e que teve medo, por
isto começou a afundar. As duas naturezas, a humana que descrê e a espiritual que crê para
sempre andarão em nós. Para ser transformado de Simão em Pedro ele teria que aprender a
dar expansão a sua natureza espiritual. E não adianta pedir a Deus: “Senhor, me transforma
em um homem completamente espiritual, um herói da fé”. Não é assim que Ele trabalha. Ele
diz quem nós somos e a tarefa de nos transformar naquilo que ele disse que éramos é nossa.
Lógico, calma, ele irá nos assistir todo tempo, não se desespere, mas não é um processo
mágico, fácil, nem instantâneo. Para uns é até mais lento que em outros, vai depender da
nossa capacidade de nos moldarmos, de como o barro ser mais ou menos maleáveis ao
contato das mãos de Deus. Ele nos moldada quando deixamos.
Ao convidá-lo para ser seu discípulo Jesus sabia que ele ainda não estava pronto, mas
certamente no processo de capacitação, transformação e amadurecimento ele seria
transformado de Simão em Pedro. Seguro, extremamente confiante na sua natureza humana,
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chegou a desprezar os alertas divinos quando avisado que Satanás havia pedido para “peneiralo”. David Wilkerson disse que o peneirar de Pedro era o equivalente a apontar todas suas
artilharias na direção da sua instabilidade. Ele iria por Simão a prova naquilo que era mais
vulnerável, em sua natureza instável como o seu próprio antigo nome já denunciava. E fez isto.
Pedro caiu, negou ao mestre e por algumas horas se desviou do caminho. A sua natureza
quebrada agora teria que ser construída. Simão aprendeu que para ser transformado em
Pedro teria que renunciar o ímpeto, a falsa segurança interior, agora teria que ceder o total
controle da sua vida a Deus, coisa que jamais havia experimentado. Era em Deus que tinha
que confiar, e estava aprendendo da forma mais difícil, caindo. Muitas vezes, é só neste
momento que a verdadeira mudança se processa. Não raro, temos que perder muito para
ganhar tudo. A partir daquela queda conheceríamos outro homem, agora de fato Simão seria
transformado em Pedro. O homem que sai restaurado daquela queda é outro homem, um
homem dependente de Deus, cheio do Espírito Santo, capaz de profetizar uma cura para um
homem sem mobilidade e ele sair andando. Em Atos 5.15 nós temos conhecimento de que
este novo homem que emergiu das ruínas de Simão, agora tinha um nível de excelência e de
comunhão com Deus tão evidente, que tiravam enfermos de leitos de hospitais em suas
macas, colocando-os no meio das ruas por onde Pedro fosse passar para que pelo menos a
sombra de Pedro tocasse neles. Havia unção divina tão sobrenatural em Pedro que até a
sombra de Pedro curava. Que cena espetacular!
Conclusão
Para quem as palavras de Paulo em Romanos 12:2 tinham um significado especial? As palavras
do apóstolo Paulo registradas na carta aos romanos não foram dirigidas a descrentes ou às
pessoas em geral, mas a seus irmãos, gente que estava no coração do império opressor e que
havia conhecido e confessado a Cristo. É para crentes como nós que Paulo fala de
transformação. Influenciados por um império muito próspero, por uma cidade muito
cosmopolita que adorava seus imperadores como se fossem deuses, irmãos Romanos teriam
que passar por uma transformação interior. A palavra estava clara, ele apela para que
venhamos apresentar nossos corpos como sacrifícios vivos. O que era ser um sacrifício vivo?
Os judeus durante muitos anos haviam aprendido com a lei Mosaica a sacrificar um animal e
por ele no altar. O sacrifício era o do animal, não o dele. Quem havia ofertado a vida foi o
animal, não ele. Agora a exigência mudou. A proposta é que a nossa vida fosse oferecida em
completo estado de rendição, santificação e transformação no altar da sua presença. Isto é
sacrifício vivo, ser magoado e ferido, sem revidar. Ser provocado, mas em resposta amar. A
proposta é que aprendamos a mortificar a nossa natureza humana, dizer não a ela toda vez
que seus desejos nos encaminhem na direção oposta a que Deus nos mandou ir, produzindo
em nós a transformação que produza o efeito de sermos transformado naquilo que Deus diz
que nós somos.
Você está disposto a deixar de ser quem era? Você está decidido a abandonar seus sonhos,
seus projetos de vida, seus ideais, para seguir os sonhos de Deus? Aprender a confiar Nele,
aprender que fazer sua vontade é bom para nós é um exercício de transformação diária que
precisa ser praticado. Veja o que conclui o apóstolo. Que permitir que nossa mente humana e
carnal se transforme em uma mente espiritual é a boa, perfeita e agradável vontade de Deus
sobre nós.
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