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ENSINO DE LÍNGUA ESPANHOLA
GUIA DE ESTUDO 3
PROFESSOR (A): PROF. LEONARDO FELÍCIO LIRA
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SUMÁRIO
INTRODUÇÃO ............................................................................................. 03
1 FORMAÇÃO DO PROFESSOR DE LINGUA ESPANHOLA .................... 05
1.1 A origem da língua espanhola no mundo ............................................... 07
1.2 Diferenciando Castelhano e Espanhol. Há diferenças? ......................... 09
1.3 Saberes de um professor de língua espanhola ...................................... 11
1.4 Posturas e rotinas ................................................................................... 14
1.5 O ambiente de ensino ............................................................................. 16
2 AS MULTIPLAS RELAÇÕES QUE UM PROFESSOR ESTABELECE .... 19
2.1 O professor ............................................................................................. 20
2.2 Relação professor e aluno ...................................................................... 30
2.3 Relação professor e escola .................................................................... 36
3 METODOLOGIA DA PESQUISA .............................................................. 37
4 REFERÊNCIAS CONSULTADAS E UTILIZADAS ................................... 39
APENDICES ................................................................................................. 42
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INTRODUÇÃO
Olá, sejam bem vindos ao curso de especialização no Ensino de Língua
Espanhola. O ensino de uma segunda língua no Brasil passou por um longo
processo de adaptação e estruturação. Mesmo tendo iniciado sua jornada ainda no
período colonial, com a vinda da família real para o Brasil, e a determinação de Dom
João VI que se passasse a ensinar língua estrangeira nas escolas brasileiras.
Contudo o primeiro foco foi para o ensino da língua inglesa, pois, naquela época as
relações entre Portugal e Inglaterra eram extremamente próximas. Contudo, todos
os demais países de nosso continente foram colonizados pela Espanha, recebendo
destes a sua herança lingüística.
Com o passar dos anos, o espanhol foi sendo incluído sutilmente nas grades
curriculares das escolas, mas a principio somente nas turmas chamadas de segundo
grau,
e
posteriormente
nas
turmas
de
primeiro
grau.
Hoje
chamados
respectivamente de Ensino Médio e Ensino Fundamental. Mas isso ainda não foi
suficiente. Nem mesmo nos cursos de idiomas o Espanhol ganhou prestígio de
idioma a ser ensinado primordialmente, sempre aparece como a segunda língua a
ser ensinada dentro de uma escola de idiomas.
Diante desse cenário que a princípio não parece ser muito animador é que
convidamos e convocamos você, professor de língua espanhola a se especializar e
se aprimorar, a fim de agregar valor ao ensino da língua espanhola dentro das
escolas brasileiras e de cursos de idiomas.
Não será esta uma tarefa fácil. O brasileiro tem a mania de dar um jeitinho em
tudo, e chega a ser engraçado como muitos brasileiros chegam pensar que podem
misturar português com espanhol – famoso portunhol – e assim se comunicarem
na língua portenha ou espanhola. E isso acontece com mais ousadia até do que
acontece com aqueles que fingem falar espanhol. Então, querido professor.
Reconhecemos aqui que a sua tarefa é árdua, e possivelmente você por muitas
vezes já tenha se sentido desmotivado e até mesmo pensado que o seu trabalho
não está tendo frutos.
Contudo, nós acreditamos que com uma maior especialização, e nesse
sentido queremos deixar claro aqui que não temos a pretensão de passar
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conhecimentos lingüísticos específicos da língua espanhola, mas sim tentar passar
técnicas de ensino que são aplicadas no ensino de idiomas como segunda língua.
O educador da língua espanhola tem aqui uma grande vantagem que é o fato
de estarmos trabalhando agora em um mundo globalizado, as economias estão em
blocos. E, como pertencemos ao MERCOSUL, temos todos os ingredientes para
aguçar a curiosidade dos alunos e estimulá-los a fazer com que se sintam
motivamos a aprender uma nova língua. A língua espanhola. Então, agora comum
fator motivador que diferencia das aulas de inglês neste momento, o professor de
língua espanhola pode entrar em sala de cabeça erguida e mostrar aos seus alunos
que a língua espanhola tem o seu papel global sim, e que se o mesmo quiser fazer
parte do mundo que vive de maneira plena precisa também ter um conhecimento
dessa língua.
É com base nisso tudo que convidamos a todos vocês a desfrutarem de
nosso curso e tomarem parte na formação de nossos alunos de maneira plena e
intensa e mostrá-los o papel da língua espanhola no mundo de hoje.
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1. FORMAÇÃO DO PROFESSOR DE LINGUA ESPANHOLA
A completa formação de um professor de língua estrangeira, no nosso caso
de língua espanhola, não deve simplesmente passar pelo fato de que o professor
precisa somente ter certo grau de fluência na língua, mas também é necessário que
o (a) mesmo (a) conheça a origem do idioma, e também como o mesmo passou a
ser ensinado no Brasil. É importante que este professor saiba também expor para
seus alunos a importância da língua espanhola no contexto geográfico-social que
temos hoje em dia. Os blocos econômicos significam muito. E isso trás significado
para o aprendizado dos nossos alunos, agrega valor e os motiva e desperta a
curiosidade dos mesmos para o aprendizado. Transformando o processo de
aprendizado completo, pois, assim será uma troca.
Há ainda outros elementos que devem ser levados em consideração ao
abordamos a formação do professor de língua espanhola. A grade curricular dos
cursos de Letras/Espanhol. Infelizmente a maior parte dos cursos deste tipo que
temos nas nossas universidades não prepara o professor para o dia a dia da sala de
aula. E, ainda são vistos socialmente como cursos de segunda opção. Há uma
urgência de uma reforma acadêmica, e se ensinar uma língua é um pouco mais do
que saber teorias. O professor precisa ter mais oportunidades de vivências e
interação com os alunos antes mesmo de ter a sua graduação completa. Faz então
a necessidade de movimentos estudantis que preparem o professor para a vivencia
de sala de aula.
O primeiro deles é o aluno que ainda na graduação se engaja na jornada
educacional, participa de seminários, cursos, work-shops, etc. E, assim que tem a
primeira oportunidade de começar a sua carreira como professor ele o faz. E, faz
isso de forma apaixonada e dedicada na maior parte das vezes. Mesmo sem ter
consigo ainda todas as ferramentas necessárias para ser um professor. E o faz de
forma incompleta, pois, não apresenta ainda os elementos psicológicos necessários
para o seu papel em sala de aula, mas estamos falando aqui de uma área carente
no ensino e o professor acaba ficando em sala de aula e passando pela graduação
de forma mais preocupada com o trabalho do que com a sua formação. O segundo
tipo é constituído por aqueles alunos que apesar de estarem no curso de letras, não
se identificam com o ensino de línguas e passam a ensinar português. E o terceiro e
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ultimo grupo é composto por aqueles que mesmos amando a língua espanhola, não
querem de forma alguma entrar para a vida acadêmica. Então, acabam por auxiliar
de alguma outra forma no estudo e aprendizado da língua espanhola, como
tradutores, interpretes e ou corretores gramaticais, etc.
Assim como os professores das demais disciplinas, o professor de língua
espanhola deve ser um profundo conhecedor do seu campo de ensino. E, por ser a
língua espanhola algo que ainda podemos considerar como sendo vivo, por estar
passível de constante mudança, tem que ter um time de educadores que esteja
constantemente em atualização e em busca de mais a oferecer aos seus alunos. Ou
seja, a formação acadêmica não é o bastante para formar um professor de língua
espanhola.
1.1 A origem da Língua Espanhola no Mundo
A língua espanhola é o resultado de mais de 1000 anos de evolução, nos que
as diversas línguas dos habitantes da península receberam a influência dos
romanos e os árabes. No final do século XV, com a união das monarquias de
Castela e Aragão, que estenderam seu domínio por grande parte da península, o
castelhano se impulsionou sobre os demais idiomas e dialetos; ademais cruzou o
Atlântico nos barcos dos conquistadores e missionários.
A colonização espanhola do s.XVI levou a língua as Américas, aos Estados
Federais de Micronesia, Guam, Marianas, Palaos e Filipinas.
O latim vulgar que falavam os exércitos romanos e os colonos na antiga
Espanha foi à base de muitos dos dialetos que se desenvolveram depois em várias
regiões do país durante a Idade Média. O dialeto de castilla ou espanhol de
castilla, foi pouco a pouco convertido na língua standard, pelo domínio político de
Castela no século XIII.
A maioria das palavras do espanhol deriva do latim, mas também têm
algumas que vem de outras línguas pré-latinas, como o grego ou o celta. A invasão
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dos visigodos, a princípios do século V d.C. também entraram palavras germanas. A
conquista dos árabes, três séculos mais tarde, introduziu muitas palavras árabes na
língua, a maioria delas é muito facilmente reconhecível pelo prefixo "al". A influencia
dos eclesiásticos franceses do século XI e dos peregrinos que iam para Santiago de
Compostela, fez com que se incorporassem a língua muitas palavras e frases
francesas. Durante os séculos XV e XVI, devido à dominação da Itália por parte dos
aragones, a Espanha recebeu também influência da Itália e se viu influenciada pela
moda da poesia italiana. A relação de Espanha com suas colônias e possessões,
deu passo à introdução de novos términos de línguas nativas americanas e de
outras fontes. Os estudos e investigações aumentaram também consideravelmente
os empréstimos lingüísticos.
Na América, os descendentes dos espanhóis, os espanhóis crioulos e os
mestiços seguiam utilizando a língua. Depois de que as guerras da independência
liberaram estas colônias no s.XIX, as elites existentes estenderam o uso do
espanhol a toda à população para reforçar a unidade nacional.
Em Filipinas este processo não ocorreu assim por varias razões. Era a única
colônia espanhola da Ásia longe de todas as que existiam na América latina.
Filipinas mais que uma colônia espanhola, era a colônia de uma colônia espanhola,
da nova Espanha e era México quem a administrava. Em comparação com seus
homólogos na América latina, a população filipina era quase exclusivamente nativa,
e os espanhóis, que eram quase todos mexicanos, eram maioria frente aos
mestiços. Depois da guerra entre Espanha e América, os poucos espanhóis que
sobraram regressaram a Nova Espanha (México) e mais tarde a Espanha. E em
Filipinas, muito dos poucos mestiços que havia morreram por causa da guerra, o
inglês se declarou língua oficial e em 1973, o espanhol de ser a língua oficial deste
país.
A Real Academia da língua espanhola se fundou em 1713. Estabelecia os
critérios para sancionar os neologismos e para a incorporação de palavras de âmbito
internacional. A gramática espanhola se normalizou durante este período e a
literatura espanhola foi muito prolífica, devido à expressão de liberdade que permitia
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aos escritores e falantes utilizar a língua sem seguir umas regras determinadas para
a ordem das palavras, criando assim diversos estilos literários.
O século XX foi testemunho de como mudou o uso do espanhol. Na língua
entrou multitude de neologismos, alimentados pelos avances tecnológicos e
científicos. Desde os clássicos: termômetro, átomo e psicanálises a os modernos e
apenas hispanizados: filmar, radar, cassete, PC e modem.
1.2 Diferenciando Castelhano de Espanhol – Há diferenças?
Muitas pessoas pensam que Espanhol e Castelhano são línguas totalmente
diferentes, mas isto não é verdade. De acordo com o dicionário normativo da Real
Academia Espanhola, trata-se de termos sinônimos.
As denominações, Espanhol e Castelhano surgiram em épocas diferentes. O
termo castelhano é mais antigo. Ele remonta ao reino de Castela, na Idade Média,
quando a Espanha ainda não existia. Quando o país começou a se consolidar, no
século 13, o reino de Castela se impôs aos outros territórios da região que hoje
formam a Espanha. Por causa dessa liderança, o Castelhano, um dialeto com forte
influência do Latim, acabou sendo adotado como língua oficial do novo país em
1492, com a unificação dos reinos que correspondem à Espanha atual. O termo
espanhol procede do latim medieval Hispaniolus, denominação latina da Península
Ibérica Hispânica.
A denominação do idioma como espanhol, em detrimento da forma
castelhano, costuma gerar uma situação conflituosa. Sabe-se que na Espanha
existem outros idiomas, tais como o Galego Basco e Catalão. Assim, se você disser
que fala Espanhol, pode estar subentendido que você também fala esses outros
idiomas. De acordo com a Constituição Espanhola de 1978, o Castelhano é
considerado língua oficial em toda a Espanha, mas nas regiões onde há um idioma
próprio, este possui valor co-oficial. Assim, torna-se possível compreender porque
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em lugares como na Catalunha ou no País Basco, por exemplo, o idioma co-oficial é
falado no dia-a-dia.
A razão pela qual alguns países optam por chamar o idioma de Castelhano e
outros de Espanhol pode ser política: você dificilmente vai ouvir um argentino
dizendo que fala Espanhol, já que o nome remete ao período colonial. Por esse
motivo, o termo Castelhano é mais usado na América do Sul. Já a forma Espanhola
é comum no Caribe, no México e nas áreas de fronteira com outra grande língua, o
inglês. Na Espanha, o uso dos termos depende da região: no norte, as pessoas
referem-se à língua como Castelhano. Na Andaluzia e nas ilhas Canárias, o idioma é
chamado de Espanhol.
Assim como os brasileiros não falam o Português idêntico ao de Portugal,
sabe-se que existem variações no modo de falar dos diferentes povos latinoamericanos colonizados pela Espanha, mas nada que possa fazer-nos considerar
qualquer dessas variantes como um idioma a parte.
Apesar de o espanhol ser um idioma falado em regiões relativamente
distantes, a ortografia e as normas gramaticais asseguram a integridade da língua.
As diversas Academias de Língua Espanhola são responsáveis por preservar esta
unidade. A Espanha elaborou o primeiro método unitário de ensino do idioma, que é
difundido por todo o mundo, através do INSTITUTO CERVANTES.
Atualmente, o espanhol é a terceira língua mais falada no mundo, perdendo
apenas para o Mandarim e para o Inglês. Assim, é possível encontrar falantes do
idioma nos Estados Unidos, nas Filipinas (antiga colônia espanhola) e até mesmo na
África.
Nos Estados Unidos, o Espanhol é usado como língua de comunicação
entre a maioria dos anglo-saxões dos estados do Colorado, Arizona, Califórnia e
Novo México, e também por numerosos grupos de Nova Iorque e da Flórida. Além
disso, é a língua estrangeira mais estudada em escolas e em universidades do país.
Reparem no mapa as regiões onde se fala o Espanhol. Nas áreas em azul escuro, o
Espanhol é a língua oficial. Nos EUA existem diferenças no número de pessoas que
falam Espanhol em cada Estado, confira:
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EUA - nos EUA, a população que fala o Espanhol varia bastante: nas zonas com
azul mais escuro, mais de 25% da população fala a língua espanhola, nas com azul
um pouco mais claro, de 10 a 20% da população fala Espanhol e nas zonas com o
azul mais claro de todos, apenas entre 5 e 10%.
1.3 Saberes de um professor de língua espanhola
Um professor de língua espanhola, em sua maioria é alguém que passou por
um curso de graduação de Letras / Espanhol, e que se espera que tenha um
conhecimento do idioma, não apenas gramatical ou teórico, mas também de como o
mesmo é articulado, ou falado. Quanto à formação universitária do professor, temos
que entender que as nossas faculdades de letras, em sua grande maioria atendem
muito bem a formação teórica desses alunos e alunas, fazendo com que os mesmos
tenham um conhecimento amplo sobre estruturas gramaticais, lingüística, fonética,
literatura e todo aparado formal para o bom uso de uma língua como meio de
comunicação. Mas, existem ainda algumas lacunas que precisam ser preenchidas
nesse aspecto.
Quando falamos de educação formal, no que se diz respeito à língua inglesa.
Temos aí um primeiro aspecto a ser observado, certo número escolas contratam
como professores pessoas que simplesmente tiveram uma experiência de vida fora
do país, portanto, apresentam um grau de fluência no idioma. Contudo, essas
pessoas são bons falantes da língua, conhecem a linguagem informal, sabem gírias,
expressões, cantam os “hits” musicais do momento, mas podem falhar no conhecer
as estruturas gramaticais.
Por outro lado, os alunos recém-saídos da faculdade apresentam uma boa
bagagem de conhecimentos lingüísticos, conhecem a tonicidade das palavras, as
estruturas gramaticais corretas, a fonética e tudo mais. Mas, em sua maior parte são
pouco conhecedores da linguagem falada. Não são seguros quanto à harmonização
das palavras, não conhecem gírias, e toda a gama de fatores que mostram que a
língua inglesa está ainda em constante formação. Em constante mudança.
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Nesse complexo todo de estruturação do ensino da língua espanhola e até
mesmo de formação do professor dessa disciplina, devido principalmente à carência
de material humano para ensinar fazem-se alguns ajustes e temos algumas pessoas
que passam a ensinar a língua. Qual a principal conseqüência disso? Uma
desvalorização do ensino da língua espanhola e também do profissional que fez
essa tarefa, e mais ainda, daqueles que são professores de verdade e que querem
levar essa carreira a sério.
Ainda temos que somar o fato que muitas pessoas
pensam que por apresentarem muitos aspectos similares com o Português algumas
pessoas consideram menos importante dar atenção ao aprendizado da língua
Espanhola e consequentemente a estruturação do seu ensino. Como reverter isso?
Comecemos com um melhor preparo para entrar em sala de aula. Segundo
pesquisas e publicações, todos nós passamos por um determinado momento de
ansiedade e preocupação antes do primeiro dia de aula. E, o que devemos ter em
mente nesse primeiro momento é que ele é a marca como andará todo o ano letivo
com a turma. Portanto, algumas coisas devem ser bem feitas. Segundo DIXIE
(2006) é nesse primeiro contato que o professor precisa mostras como ele age com
seus alunos e quão seguro está sobre a matéria que ensinará. Mais algumas coisas
que DIXIE (2006) nos orienta fazer:

Ser capaz de obter a total atenção dos alunos na sala de aula quando e onde
for preciso.

Está convicto de que sua autoridade não será diminuída em situações de
aprendizagem livre.

Ser capaz de manter boas relações informais com os alunos na sala de aula
e, ao mesmo tempo, manter a capacidade de convertê-las em situações mais
controladas e formais sempre que necessário.
Ainda de acordo com DIXIE (2006) algumas atitudes que o professor tem não
estão de acordo com o comportamento de um docente, como ser arrogante,
pomposo, sarcástico, convencido, insensível, dogmático, detalhista demais, mal
humorado, inflexível ou incoerente. A fim de evitar esse tipo de comportamento a
primeira coisa a se fazer é se conhecer muito bem, saber seus limites e limitações.
Não se envergonhar dos mesmos, mas sim, estar ciente que são eles que farão de
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você um bom profissional. Tão logo você os conheça e os entenda estará preparado
para começar a ensinar.
É necessário que seja estabelecido um contrato de sala de aula. Um acordo que
na maioria das vezes pode simplesmente pode ser verbal, mas que no caso
principalmente de turmas de adolescentes e pré-adolescentes, pode ser mais
interessante que seja feito de forma escrita e que fique se possível, fique escrito e
impresso dentro da sala de aula. O professor deve ainda:

O professor deve decidir o local em que os alunos vão se sentar.

O professor deve conhecer os alunos pelo nome.

Os alunos devem estar cientes de que todo grau de perturbação é inaceitável.

Deve haver respeito mútuo entre professores e alunos.

Todo aluno deve se sentir valorizado e totalmente inserido no processo de
aprendizado.

As correções devem ser feitas de forma amistosa e gentil. A fim de que
conexões sejam permanente feitas entre professores e alunos. E a
imparcialidade deve ser a melhor amiga do professor em suas análises e
correções.
1.4 Posturas e rotinas
Uma vez em frente de uma sala de aula o professor deve estar ciente que é
como se estivesse em uma espécie de vitrine. E, que da mesma forma que suas
atitudes e posturas podem indicar uma relação de qualidade com seus alunos as
mesmas podem indicar uma relação não saudável e que comprometa o processo de
aprendizado.
Quando em sala de aula, o professor deve buscar atingir os alunos no mesmo
nível, principalmente quando trabalhando com crianças, o professor deve sempre
que possível buscar estar no mesmo nível que seus alunos. Quando necessário e
possível sente-se no chão com seus alunos, cante, brinque, converse, promova
interações que sejam símbolo de uma troca entre você e seus alunos. Inclusive essa
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deve ser uma pratica constante com crianças. Devemos estar cientes de que nessa
fase da vida o brincar ainda é extremamente importante, e que o brincar contribui
para adultos mais fortes e confiantes. Por isso, brinque, cante, recite poesias,
interaja com seus alunos de forma que eles sintam que você apesar de ter um
conhecimento da língua inglesa que é maior do que o deles, não se sente melhor e
muito menos mais especial do que eles por isso. E, acima de tudo, esteja preparado
para todo o tipo de surpresa que isso pode gerar.
No que concerne ao ensino de pré-adolescentes e adolescentes, estamos
entrando em águas quentes. Muitos profissionais não gostam de lidar com essa
faixa de idade, não se culpe por isso. É realmente complicado, eles estão em
mudança, são mais questionadores. O que pode ser o primeiro meio de atingir esse
publico. Apresente a eles o inglês como uma ferramenta de descoberta do mundo.
Esteja preparado para surpresas. Talvez um grupo de alunos pré-adolescentes e ou
adolescentes não te acompanhe em brincadeiras e algumas propostas que você
faça como as crianças fariam. Contudo, não há razão para não ser criativo, muito
pelo contrário, seja criativo ao máximo que puder, pesquise na internet as novas
musicas, utilize sites como “google, youtube, orkut, etc.” como ferramentas de
ensino e fontes constantes de pesquisa.
Quando ensinando adultos os cuidados quanto a ser acompanhado em
brincadeiras e jogos de sala de aula devem ainda ser maiores. Evite jogos que
definam quem vence e quem perde, com placar. Esteja preparado para as
dificuldades. Os adultos tendem a ser mais pessimistas quanto ao próprio
aprendizado. E, o que acontece frequentemente é que são tímidos e inseguros;
barreira que você como educador deve buscar vencer com um conjunto de posturas:

Estabelecer um ambiente de ensino harmônico e amistoso sempre.

Estabeleça uma rotina para a sua sala de aula. Essa será a espinha dorsal da
sua aula, como por exemplo, horário de chamada, recapitulação do que foi
ensinado, apresentação do que será ensinado na aula do dia, atividade
individual ou em grupo, um encerramento.

Lembre-se que o aluno precisa entender o porquê do que está aprendendo.
Sabendo da necessidade do que está aprendendo o aluno terá mais condição
de armazenar o conhecimento que você quer passar.
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
Seja simples na escolha de suas atividades, e ao propor as atividades seja
claro nas instruções. Os alunos precisam saber o que você espera deles ao
propor as atividades.
A postura corporal de um professor em frente de sua sala de aula deve transmitir
segurança e confiança para os seus alunos, eles precisam sentir isso em você para
que sintam que podem aprender a matéria. Gesticule, porém não com gestos
evasivos e exagerados demais, lembre-se que está diante de uma platéia que pode
ser ao mesmo tempo o seu juiz e o seu carrasco. E a sua postura deve demonstrar
clareza, disciplina e credibilidade. Jamais subestime o valor de um sorriso para os
seus alunos e busque sempre manter contato visual com eles.
Quando a voz do professor em sala de aula, primeiramente, devemos lembrar
que esse é o nosso instrumento de trabalho. Antes de mais nada, o cuidado com a
voz deve ser tomado. E, uma vez em frente de uma sala de aula o professor deve
transmitir também com a voz, segurança e confiabilidade. Varie o tom de voz,
transmita aos seus alunos credibilidade, e acima de tudo lembre-se de que é a sua
oralização da língua a primeira coisa que eles pegarão como exemplo e registrarão
como memória da língua.
1.5 O ambiente de ensino
O ambiente de ensino é extremamente importante para o aprendizado. De
acordo com DIXIE (2006, p.49) é necessário que se estabeleça um clima de
cooperação e mútua colaboração dentro da sala de aula e dentro da escola. Não é
necessária uma estrutura física luxuosa ou extremamente elaborada, mas é
necessário que a mesma promova um ambiente confortável e convidativo para o
processo de aprendizado. Parte disso é responsabilidade da escola, contudo, o
ambiente físico passa a ser o menos significante quando dentro de sala de aula o
aluno encontra tudo o que precisa para estimulá-lo a aprender.
Para tanto é necessário como professor que a sua atenção esteja voltada
para os seus alunos como um todo. Tome cuidado porque os alunos que são mais
tímidos podem vir a apresentar um maior grau de timidez em sua aula ou não,
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converse com os outros professores e procure sempre não estigmatizar os seus
alunos. Procure achar familiaridades com seus alunos, para que possa estabelecer
conversas com eles. Procure elogiar os seus alunos. Porem, elogiar pode vir a ser
uma faca de dois gumes; um elogio vazio pode ser muito pior e devastador do que a
total ausência de um.
Uma boa maneira de criar uma sala de aula estimulante é apresentar
perguntas, a fim de que os seus alunos possam pensar nas respostas e assim, ao
invés de respondê-las você mesmo, você cria nos seus alunos a curiosidade. De
acordo com CURY (2003, p.68) o objetivo fundamental de ensinar é fazer com que
os alunos sejam pensadores e não repetidores de informação. Ocupamos um
grande espaço grande de nossa memória com informações inúteis, por isso é
necessário que o processo de pensar sobre o que se aprende é extremamente
importante. Devemos então promover nos nossos alunos a condição de que façam
esse armazenamento de forma coerente e completa.
Dentro de uma sala de aula podemos enfrentar alguns momentos de conflitos,
em especial nos dias de hoje, nos quais temos cada vez mais a competitividade
sendo motivada dentro do sistema educacional e dentro das famílias, portanto,
muitas vezes o professor tem que tomar dentro de sala atitudes que sejam
promotoras de um comportamento que motive a resolução de conflitos, que minimize
as ansiedades e as angustias que os alunos possam estar passando por elas.
Segundo CURY (2003, p 78) “O afeto e a inteligência curam as feridas da alma,
reescrevem as páginas fechadas do inconsciente”. O que é fundamental para que o
processo de aprendizado seja completo e pleno.
Conhecer bem seus alunos, como já mencionado acima, é extremamente
importante pra que o ambiente educacional seja sadio e produtivo. O que acontece é
que muitos educadores com a constante preocupação de ensinarem bem, de
cumprirem uma metodologia ou até mesmo sobrecarregados com a carga de
atividades de classe e extra-classe não tiram tempo suficiente ou de qualidade para
conhecerem os seus alunos. Vale lembrar que a metodologia por si não ensina, e
que não existe nenhuma metodologia que seja totalmente perfeita e que seja
adequada para todos os alunos ao mesmo tempo.
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O que deve ficar claro aqui é que além de estabelecer uma relação com seus
alunos o professor deve ser uma ponte entre este e o conhecimento a ser adquirido,
sendo essa ponte, todas as atividades propostas constituirão as ferramentas
necessárias para que essa travessia seja segura. Portanto, é necessário que antes
de começar qualquer aula tenhamos em mente o que queremos ensinar, e como
queremos que os nossos alunos assimilem esse conhecimento. Nesse aspecto
serão a metodologia e a abordagem que nos guiarão, discutiremos isso depois.
Contudo, para que a mesma seja bem sucedida um bom professor deve conhecer
bem os seus alunos e saber como melhor ajudá-los a superar as suas dificuldades.
De acordo com BODERNAVE (1999, p. 66-69) existem cinco tipos diferentes
de professores.
O PROFESSOR INSTRUTOR – Aquele que procura ajudar os seus alunos a
responderem ou atenderem as suas necessidades imediatamente, sem pensarem o
que estão respondendo ou a necessidade do que estão respondendo ou
aprendendo. Os alunos passam as aulas recitando definições, conceitos gramaticais
e regras de ortografia ou pronuncia. O PROFESSOR/INSTRUTOR é dentro de sala
a autoridade máxima e o aluno tem poucas alternativas sobre o seu próprio
processo de aprendizado. É o tipo de professor mais comum em cursos rápidos,
como preparatórios para concursos, pré-vestibulares e em alguns casos cursos de
idiomas.
PROFESSOR CONCENTRADO NO CONTEUDO – É o professor que está
primariamente focado em cumprir o conteúdo programático que foi estabelecido, por
ele mesmo, pela escola ou pela coordenação do curso. Não é muito aberto para
novidades e nem para discussões sobre o sistema de ensino, não é um professor
muito amigo da originalidade e apresenta pouca criatividade. Seu foco é somente
cumprir a matéria, e o que acontece é que muitas vezes esse tipo de professor não
atinge os seus objetivos, pois, no que concerne o ensino de uma língua em
mudança como a língua inglesa temos que estar em constante renovação.
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PROFESSOR CONCENTRADO NO PROCESSO DE INSTRUÇAO – Assim
como o tipo anterior está simplesmente concentrado no domínio da matéria a ser
ensinada, os alunos aqui são coadjuvantes no processo de aprendizado. Está mais
preocupado com implantar nos seus alunos um modelo de raciocínio do que ensinálos a pensar, a principio, tem um estilo que pode chamar a atenção dos seus alunos,
contudo, após certo tempo corre-se o risco de que os alunos estejam cansados dele
e que os seus objetivos não sejam alcançados.
PROFESSOR QUE SE CONCENTRA NO INTELECTO DOS ALUNOS – Para
esse tipo de professor o processo de ensinar está mais relacionado com fazer o
aluno pensar do que simplesmente fazer deste um repetidor do que aprende, dá
uma importância ao “como”, “porquê”, do saber. É confiante e seguro do conteúdo
a ser ensinado, contudo, se compromete mais com o que deve ser ensinado em si
do que com a pessoa que está aprendendo. E, apesar de em uma primeira visão de
o seu papel ter uma boa perspectiva do que quer, ainda assim não consegue
cumprir bem o seu objetivo, porque isolou o aluno do processo de aprendizado.
PROFESSOR QUE SE CONCENTRA NA PESSOA TOTAL – É um professor
que tem muito em comum com o tipo anterior, concentra-se satisfatoriamente no
estudante, contudo, este tipo acredita que o processo de aprendizado não pode ser
desconectado dos demais fatores que envolvem a vida do aluno e de sua
personalidade. Este tipo de professor considera o aprendizado como um processo
completo e um desafio global, com muitas respostas ainda por serem datas. Esse
tipo de professor assume que o aprendizado ainda está em mudança e evolução.
É interessante notarmos que não há como sermos um tipo desses
isoladamente, e que o que é mais curioso, pode dizer que em fases diferentes de
sua vida profissional um professor apresenta um ou mais dos tipos de perfis
referidos acima. A questão é, qual destes tipos citados você acha que mais contribui
para que a formação dos alunos seja completa e alcance seus objetivos? Não há
uma receita que possa ser dada para fazer com que os alunos aprendam mais ou
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com que seja um professor de sucesso. Contudo, espera-se que na medida em que
o professor conheça mais e mais seus alunos, mais motivado se sinta para variar e
experimentar novos métodos.
Aos poucos o professor se sentirá capaz de identificar quais são as diferenças
de personalidade mais determinantes e as diferenças de aprendizado. Segundo
BORDENAVE (1999, p. 69) isso ajudará o professor a agrupar os seus alunos por
tipos e adequar seus métodos em diversos tipos, que melhor se adapte a cada
grupo. Assim sendo, o professor terá como se concentrar melhor nos seus alunos
como parte de aprendizado e como se adaptarem melhor ao que estão aprendendo.
O que podemos concluir dizendo que o professor que desenvolve empatia e
oportunidades de partilhar coisas reais com seus alunos é muito mais apto para ser
bem sucedido em sua carreira.
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MULTIPLAS RELAÇÕES QUE UM PROFESSOR ESTABELECE
Dentro do contexto exposto até o presente momento, podemos encontrar
várias situações e relações pelas quais nós professores e educadores devemos
passar. Evidentemente a mais proeminente de todas é a relação professor – aluno,
contudo esta apenas a ponta de um grande iceberg. Todo o trabalho que um
professor deve executar e precisa executar depende das múltiplas relações que o
mesmo necessita estabelecer.
Devemos considerar que cada uma dessas relações estabelecidas não tem
maior ou menor grau de importância, o que devemos entender é que de fato todas
apresentam a mesma complexidade e podem interferir diretamente tanto no
andamento de uma aula como no funcionamento total de uma escola. Algumas
dessas relações são mais estressantes para o professor, contudo, devemos ter
todas essas relações em mente e saber que é a harmonia entre elas que faz com
que se tenha sucesso em sala de aula. Nesta sessão apresentaremos algumas
dessas relações, bem como maneiras de torná-las mais eficientes para que o
processo de aprendizado seja eficaz.
2.1 O professor
Antes de começarmos a discorrer sobre quais seriam as implicações da
relação entre professores e alunos e a importância disso para o ambiente de ensino
e o processo de aprendizado precisamos falar primeiro sobre o que é ser professor.
Aqui fica clara uma grande diferença, que é “ser professor” e “estar
professor”, o segundo nome representa um grupo de pessoas que exerce o papel de
professor, que trabalha nas escolas, que tem conhecimento do assunto ensinado e
que pode estar até a muitos anos fazendo isso. Entretanto, não é o melhor
profissional, está sempre reclamando, não é aberto a mudanças e não se preocupa
muito com o processo de aprendizado e com seus alunos. O outro grupo, o primeiro,
por outro lado, é formado por aqueles que abraçaram a carreia de professor em
alguns casos mesmo antes de terem a formação curricular exigida para tal. Mas
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desempenham suas tarefas com desenvoltura e determinações, são apaixonados
pelo que fazem e estão dispostos a andar até duas ou três milha a mais, a fim de
que seus alunos aprendam corretamente.
Em ambos os grupos encontram profissionais bons e bem sucedidos, assim
como encontramos aqueles que ainda não encontraram o seu caminho propriamente
dito.
A primeira preocupação de um bom professor é o seu aluno, e não somente o
processo de aprendizado ou apenas cumprir o conteúdo programático. Portanto, a
primeira qualidade que um professor deve cultivar é a paciência. De acordo com
PAIXÃO (2006, p. 35) para um professor de inglês, não é fundamental a formação
em letras / inglês, ou pedagogia e nem mesmo ser nativo. Mas é fundamental que o
professor de inglês tenha é a paciência. E por que a paciência é fundamental? Se
não for um professor paciente, a primeira coisa que um profissional tende a fazer
quando tem um aluno com dificuldades é facilitar demais as coisas para o aluno, o
que compromete o processo de aprendizado do aluno e com o tempo o desmotiva
de aprender. Porque ao ser tratado como um aluno com muita dificuldade de
aprender, o mesmo incute em sua mente que nunca aprenderá e acaba abriando
mão de fazer essa conquista.
Como contornar esse tipo de comportamento? Conheça seus alunos, saiba o
que eles esperam com o aprendizado da língua inglesa, estimule-os a encontrar as
respostas e a raciocinarem e não simplesmente a receberem de você tudo pronto.
Não embote o processo de aprendizado e a curiosidade dos seus alunos.
A maioria de nós professores tem como principal “público” alunos que são
pré-adolescentes ou adolescentes. De acordo com Brasil (PCNs) é no terceiro e
quarto ciclo que os alunos começam a ter língua estrangeira. É também nessa fase
que os alunos estão passando por um conjunto de mudanças físicas e emocionais.
O que os torna mais complexos do que as crianças e mais difíceis de serem
agradados, então, como saída para isso o professor se torna um “professorpalhaço”, de acordo com PAIXÃO (2006, p. 37) o professor com esse perfil é aquele
que ensina pouco e brinca muito em sala de aula. É animado, agitado, comunicativo,
e o seu perfil combina muito com cursos de idiomas. Contudo, em longo prazo nem
mesmo as escolas de idiomas se satisfazem com eles.
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Há também o professor exemplo ou professor show, acho podemos dizer que
esse tipo de professor é um produto raro no mercado. Está mais preocupado com o
aprendizado dos seus alunos do que as coisas ao redor, em alguns casos não se
preocupa nem mesmo com o próprio salário. É amigo dos alunos, mas na medida
certa, preocupa-se em dar conhecimento aos alunos utilizando uma linguagem e
abordagem que se encaixam melhor com cada grupo de alunos, procura manter
aulas planejadas e é responsável tanto para com a escola e também para com os
seus alunos.
Podemos dizer que é o mais raro de todos porque que o mercado educacional
dos últimos anos tem matado lentamente essa qualidade de professor. Entretanto,
são esses os professores que se sentem realizados com o que tem que fazer.
Existem outros tipos de professores, claro que existem outros rótulos também.
Contudo o mais importante aqui é ter em mente quais as qualidades e virtudes um
bom professor deve buscar ter e cultivar. Com base nos escritos de COLL (1996, p.
264) o conceito de bom professor, ou quem é o bom professor é muito subjetivo. E
obviamente há uma ambigüidade de valores aqui. Contudo, ainda de acordo com
Coll existem alguns preceitos aqui que devem precisam observados.

Uma melhor definição do conteúdo incluído dentro das expressões de ensino
que podem ser progressistas ou liberais ou ainda tradicionais ou modernas. A
partir dessa definição mais restrita saberemos melhor o que estamos
ensinando.

A aceitação por parte dos professores que por mais modernos que sejam
alguns preceitos mais conservadores ajudam em sala de aula e estabelecem
valores que são para a vida. Ou seja, o processo educacional estaria assim
completo – educar para a vida.
A formação de um professor é um processo totalmente continuado, apesar de se
nascer com uma vocação para o magistério, a estruturação formal dessa vocação é
extremamente importante para que o professor tenha sucesso em sua jornada. E,
acrescentando tudo o que foi mencionado acima vale lembrar que algumas outras
características podem ainda ser acrescentadas à formação do professor. Segundo
ARTHUR COSTA & BENA KALLICK (2000), alguns desses hábitos a serem
desenvolvidos são os seguintes:
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
INCLINAÇÃO – Além da inclinação profissional aqui, o que os autores
querem mencionar é que essa inclinação pode ser útil na formação de uma
personalidade que esteja mais apta a resolver problemas o que é
extremamente útil em uma sala de aula.

VALOR – Apesar de ter características que podem se assemelhar a questão
da inclinação, aqui temos uma qualidade que valoriza o raciocínio.
Consideram possibilidades e valorizam ouvir lados opostos de uma situação.
O que demonstra que um professor deve sempre buscar a imparcialidade. É
importante ainda dizer que esse tipo de atitude motiva os alunos a terem o
mesmo tipo de personalidade que busque conhecer os dois lados de cada
situação. Como a autora mesmo cita uma aluna da segunda série que tem
uma pesquisa para fazer sobre a imigração pode se sentir motivada a fazer
entrevistas com imigrantes para que seu trabalho tenha imparcialidade.

SENSIBILIDADE – Mesmo que se tenha o mais perfeito repertório de
atividades cognitivas, e o mais completo material e suporte pedagógico, tudo
isso seria sem valor algum se não se percebesse quando usar cada uma
dessas coisas, assim como, o professor também precisa ter a sensibilidade
de saber que algumas atividades funcionam melhor com algumas turmas ou
idades e outras nem tanto. Isso seria reconhecer qual a melhor ferramenta
usar em cada trabalho, e demanda uma alta sensibilidade.

CAPACIDADE - Os professores têm praticamente todo o controle sobre a
capacidade de seus alunos de pôr em prática as capacitações cognitivas
apropriadas. Enquanto os alunos não puderem decidir usar as capacitações
cognitivas que possuem, não há inclinação, valor ou sensibilidade capaz de
ajudar o indivíduo que não tem a capacidade de pôr em prática os tipos de
raciocínio que os problemas demandam. Alunos de todas as idades podem
desenvolver suas capacidades para comparar e contrastar objetos e idéias,
criar categorias para organizar os fatos e usar argumentos lógicos para
persuadir os outros. Essa área é a responsabilidade do professor e, embora
alguns alunos possam desenvolver as capacitações cognitivas por conta
própria, muitos deles não o farão sem orientação. No caso da língua
estrangeira isso fica ainda mais explicita a necessidade de que o professor
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tenha capacidade de colocar em prática as capacidades cognitivas dos seus
alunos, pois, caso contrário, pode o mesmo criar mais problemas para o
processo de aprendizado dos seus alunos.

COMPROMETIMENTO – Aqui temos duas vias de acesso. O processo de
raciocínio não é simples, entretanto, algumas vezes este significa admitir um
erro e recomeçar. O primeiro aspecto de comprometimento aqui é o
comprometimento com a filosofia de ensino da escola ou curso de idiomas.
Acreditar na metodologia que se usa, assim como saber como um bom
professor vendê-la é algo extremamente importante para o sucesso do
professor e da escola, e também para o aprendizado do aluno. O
comprometimento com o raciocínio profundo e cuidadoso profundo e
cuidadoso significa que a pessoa está constantemente adquirindo novas
capacitações e conhecimentos. Estar comprometido não está somente ligado
ao aprender, mas sim com fazer com que o processo de aprendizado seja
bem sucedido.
COSTA & KALLICk identificaram
aproximadamente dezesseis hábitos
intelectuais para a construção de um raciocínio eficiente. As pessoas que possuem
esses hábitos não só conseguem raciocinar, com também escolhe fazê-lo. Esses
hábitos intelectuais são escolhidos pela nossa inteligência, personalidade e
experiência, e podem nos ajudar a acessar as nossas capacidades mentais para
resolver problemas sempre que necessário. Enquanto professores e educadores
essa é uma alternativa muito importante.

PERSISTÊNCIA – Pensadores e alunos bem-sucedidos não desistem
simplesmente se o projeto for difícil.
O professor nesse sentido encontra
estratégias motivacionais para convencer seus alunos a irem em frente
sempre. Fazendo com que os mesmos encontrem meios de resolverem seus
obstáculos.

ADMINISTRANDO A IMPULSIVIDADE – Bons professores e pensadores
incentivam os seus alunos na tomada de decisões, e o fazem para que as
mesmas sejam tomadas não no calor de um momento, mas para que as
atitudes tomadas por eles sejam pensadas e seguras. Eles reservam tempo
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necessário para começar a estudar o problema antes de tomar uma decisão.
Esse tipo de atitude prepara o aluno para a vida. No caso de uma língua
estrangeira, no nosso caso o inglês, esse tipo de atitude é extremamente
saudável, pois, o aluno preparado para pensar antes de tomar uma atitude o
faz com mais propriedade, e sente-se mais seguro na aplicação da língua
estrangeira na sua vida. Em uma situação real, não se sentirá constrangido,
pois, terá treinado a sua capacidade de raciocinar e agir em tempo.

OUVINDO OS OUTROS COM ATENÇÃO – Um bom professor é também um
bom ouvinte. E é uma qualidade a ser desenvolvida é aprender a ouvir os
alunos e demonstrar interesse por eles. O bom professor além de ser atendo
ao ouvir, sustenta sua opinião e reconhece que as outras pessoas têm idéias
e informações que podem acrescer as suas. Vale reconhecer que este tipo de
atitude ajuda inclusive na auto -estima dos alunos.

RACIOCINANDO COM FLEXIBILIDADE – Um bom professor deve estar
preparado para mudar o seu raciocínio com rapidez sempre que encontrar
argumentos que crenças arraigadas ou, sempre que um novo fato ou
descoberta surgir. Através dessa qualidade é que o professor tem a condição
de ver o quadro sob perspectiva mais generalizada. Conseguem ainda
receber informações de diferentes fontes ao mesmo tempo e ainda assim
sintetizar suas origens e confiabilidades. Tal característica é extremamente
importante quando em uma sala de aula vários alunos ao mesmo tempo
trazem novidades para falar com você. Em especial turmas de crianças de
pré-adolescentes.

METACOGNIÇÂO – Pensadores e professores metacognitivos conseguem
planejar os passos de uma atividade e supervisionar a sua execução
cuidadosamente e com imparcialidade, o que é excelente para a execução de
projetos educacionais. Qualidade que pode ajudar no somente em sala de
aula, mas também no desenvolvimento de outras atividades dentro da escola
e do funcionamento da mesma.

BUSCANDO EXATIDÃO E PRECISÃO – Como um artesão trabalha assim
deve ser o trabalho do professor. Este deve ser norteado pelo desejo e a
vontade de fazer as coisas sempre de uma maneira sempre melhor e mais
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clara. Com precisão, objetivo ao que esta fazendo e conhecimento de todo o
processo. É essa busca que faz com que o professor nunca cesse sua busca
por conhecimento ou novidades dentro do seu processo de formação e, ao
mesmo tempo é a qualidade que faz com que na busca pelo processo
educacional o professor esteja sempre buscando fazer o seu melhor pelos
seus alunos.

QUESTIONANDO E LEVANTANDO PROBLEMAS – A busca pela verdade e
o questionamento são as suas molas que movem todo o pensamento
cientifico. E, quando se trata de posturas em sala de aula encorajar os alunos
a serem questionadores e formadores de seus próprios pensamentos é
extremamente saudável, alguns podem se perguntar se mesmo em áreas
como o ensino de línguas seria necessário esse tipo de postura. Contudo,
vale dizer que esse tipo de postura é extremamente válido, como motivar
seus alunos a questionarem pronuncias diferentes para uma mesma palavra,
questionar diferenças de escrita entre o inglês americano e o britânico. Em
outras palavras, extremamente saudável, porque assim os alunos tomam
parte no processo do próprio conhecimento.
A didática de levantar problemas é sempre válida, é ela que faz com que os
alunos tenham mais motivação e mais interesse, o que diverge de toda a
tendência atual que é dar respostas extremamente prontas e muito antes que
os alunos sequer pensem em fazer perguntas.

APLICAR O CONHECIMENTO EXISTENTE EM NOVAS SITUAÇÕES – A
habilidade de fazer conexão com informações que já fazem parte do
conhecimento dos seus alunos é algo que faz com que os alunos se sintam
ainda mais impressionados com o valor do conhecimento que eles possuem,
uma coisa é você saber o uso de uma determinada palavra, outra é você
notar, por exemplo, que, uma palavra assume diferentes significados em
contextos diferentes e com combinações de palavras também diferentes. No
ensino de línguas isso é extremamente válido, e no caso da língua inglesa
isso acontece muito. Uma palavra associada à outra tem múltiplos
significados. Falaremos mais sobre isso posteriormente. Ou seja, o
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conhecimento de uma pronuncia, por exemplo, facilita toda a compreensão
em contextos diferentes.

RACIOCINAR E SE COMUNICAR COM CLAREZA E PRECISÃO – Em sua
obra COSTA descreve o raciocínio e a linguagem como os dois diferentes
lados de uma moeda. Ele adverte que um linguajar confuso gera
pensamentos e raciocínios confusos também. No ensino de línguas isso é
ainda mais complicado, pois, os alunos estão aprendendo uma nova língua,
então, as explicações que serão dadas precisam ser feitas com clareza,
simplicidade e objetividade. E, é assim que deve ser feito, pois, caso contrario
nossos alunos terão sérios riscos de não absorverem o conteúdo esperado, e
ainda mais podem ficar traumatizados com o aprendizado da língua.

USANDO TODOS OS SENTIDOS PARA COLETAR DADOS – Principalmente
no ensino de crianças é muito importante explorar os sentidos das crianças a
fim de que as descobertas a serem feitas em sala de aula tenham significado.
Brincar com os sentidos não é algo que se restrinja somente ao ensino de
crianças. Deve ser algo que estimule tanto professor e alunos dentro de sala.
Um professor habituado a fazer isso ou treinado para fazer isso tem maiores
chances de conquistar seus alunos de um meio inusitado e cativá-los. E, o
processo de aprendizado terá maior significado.

CRIANDO, IMAGINANDO E INOVANDO – Pessoas criativas tendem a ver as
coisas de uma forma diferente. Elas estão sempre dispostas a ampliar o limite
do que é previsível e correm riscos para ver seus objetivos melhor
alcançados. A criatividade envolve mais do que lidar com atividades comuns,
mas também a capacidade critica sobre aquilo que se realiza.
O que é
extremamente importante para o professor em sua jornada na educação.
Essa criticidade melhora a qualidade do trabalho e aprimora as chances de
obtermos um desenvolvimento melhor dos alunos em sala de aula. Vale dizer
que essa critica não tem que provir de elementos externos, mas sim, partir do
próprio professor.

RESPONDER COM ESTUPEFAÇÃO E ESPANTO – É uma capacidade que
temos que desenvolver como professores, e está diretamente ligada a todas
as demais atividades e potencialidades, que é a capacidade de interagir com
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espanto e estupefação para todas as situações que aparecerem para nós no
cotidiano. Qualquer fato novo, qualquer mudança merece ser olhada como
algo inteiramente novo e pronto a ser descoberto. E, esse encantamento que
as crianças apresentam diante da vida e que nós vamos perdendo de acordo
com o nosso envelhecimento. Resgatar essa característica nós coloca no
mesmo nível de encantamento das crianças, ou seja, nos aproxima delas, o
que ainda é um facilitador do processo do aprendizado.

ASSUMIR RISCOS COM RESPONSABILIDADE – Todos nós temos uma
grande dificuldade em sairmos de nossa zona de conforto. Entretanto, bons
pensadores e consequentemente bons professores tem a habilidade de
mudar de uma zona de conforto para uma zona mais nova ou desconhecida
com mais facilidade. Entretanto, essas mudanças que se resumem em
tomadas de riscos precisam ser feitas com respeito e segurança pelo que se
faz. Segurança para que o processo seja o menos traumático possível,
especialmente no que se trata de mudanças em processos educacionais e
metodologias dentro de uma escola, e devemos fazê-los sempre com respeito
porque existem pessoas envolvidas, e, portanto, cada um tem seu tempo de
adaptação. E isso precisa ser considerado.

ACHAR GRAÇA – A habilidade de achar graça de situações cotidianas
mostra sabedoria e autoconhecimento. O que tendem a mostrar os
educadores com essa qualidade é um singular senso de humor para todas as
situações. E, parece simples ensinar ou passar esse conhecimento aos
alunos, entretanto, ensiná-los a fazer isso é ensiná-los a primeiramente a
correr riscos e em segundo a se auto-conhecerem a ponto de confrontarem
momentos singulares de suas vidas com humor. Isso contribui para a
formação de adultos mais seguros e melhor resolvidos com suas emoções.

RACIOCINANDO DE FORMA INDEPENDENTE - No século 21, os problemas
tornaram-se tão complexos que ninguém consegue resolvê-los sozinho.
Como COSTA e KALLICK (2000a) explicam, “ninguém tem acesso a todos os
dados necessários para tomar decisões importantes; ninguém sozinho
consegue considerar tantas alternativas como muitas pessoas conseguem”
(p. 11). Para trabalhar bem com outras pessoas, é necessário que os alunos
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sejam bons em fazer comentários, incluindo admiração e crítica construtiva.
Para isso eles também precisam buscar e aceitar os comentários sobre suas
próprias contribuições ao trabalho do grupo.

APRENDENDO CONSTANTEMENTE - A motivação intrínseca para ser
melhor como pensador e pessoa é o segredo do aprendizado para toda a
vida. As pessoas com esses hábitos intelectuais estão sempre assumindo
novos projetos e adquirindo novas capacitações. Embora elas possam ter
certeza de seu ponto de vista com relação a um tópico, nunca estão tão
certas a ponto de não estudar novas informações e mudar de idéia. Elas
vêem os problemas como oportunidades de aprendizado e continuam a
praticar todos os hábitos intelectuais durante toda a vida.
Ensinar os hábitos intelectuais significa ensinar além do tópico do dia. Significa
abordar cada atividade de ensino como um passo rumo a um aprendizado
independente e para o resto da vida. Embora normalmente seja possível persuadir
os alunos a concluir as atividades por meio de punições e recompensas extrínsecas,
esse tipo de motivador diminui a motivação autêntica das tarefas de aprendizado e
pode destruir o desejo de buscar o aprendizado fora da sala de aula. Ao modelar as
atitudes e crenças que servem de base para um raciocínio crítico e criativo e ao criar
uma cultura na sala de aula que premia o amor pelo aprendizado, os alunos não
ficarão limitados ao que podem aprender na escola. Eles podem fazer de qualquer
experiência uma experiência de aprendizado.
2.2 Relação professor e aluno:
As relações humanas, embora complexas, são peças fundamentais na
realização comportamental e também na formação da mesma. Desta forma, a
relação entre professor e aluno envolve uma gama de interesses e interações que
aponta para o maior expoente da educação que é aprendizado em si. Essa relação
vai acima de tudo ser caracterizada pela escolha de conteúdos a serem ensinados
bem como a sistematização didática escolhida para apresentá-los.
De acordo com GADOTTI (1999, 2) o educador para colocar em prática o
diálogo, não deve colocar-se na posição de detentor do saber, deve antes, colocar-
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se na posição de quem não sabe tudo, reconhecendo que mesmo um analfabeto e
portador de conhecimentos que podem ser úteis na vida. Assim estará diminuindo a
barreira entre o professor e o aluno e fazendo com que se sentindo mais próximos
tenham condição de começar a construir uma relação mais saudável e duradoura,
que perdure melhor durante um ano letivo.
A relação professor aluno talvez seja a relação mais complexa dentro de uma
escola. O professor é o responsável direto pela imagem que o aluno constrói da
escola, e é com o professor que o aluno passa a maior parte do seu tempo dentro da
escola, e com o quem esse interage diretamente. Essa relação deve, portanto, ser
construída com base na sinceridade e na abertura ao diálogo de ambos os lados. Os
alunos devem sentir que o professor tem algo a transmitir-lhes que vai além do
conteúdo programático.
De acordo com COLL (1996, p. 281 – 282) a relação entre professor e aluno
foi durante muito tempo baseada na forma de que esta deveria demonstrar certa
superioridade por parte do professor em relação aos seus alunos, historicamente é
assim que vemos primeiramente relatada essa relação. Contudo, na tentativa de
superar tais problemas é que vemos o avanço dessa relação indo de encontro a
uma aproximação entre professor e aluno, o que é bom, pois auxilia essa
aproximação na formação do aluno. Segundo RYANS (1960), um professor justo,
imparcial, com credibilidade, original, metódico, com sérios objetivos pessoais e
profissionais apresenta maiores chances de ser bem sucedido na sua missão de
educar.
A fim de que essa relação possua essa base sólida é necessário que o
professor tenha a expertise de conquistar os seus alunos com perspicácia e
dedicação. E, para que essa conquista tenha fundamento o professor deve mostrar
ao aluno que conhece com propriedade os conteúdos a serem ensinados bem como
a aplicabilidade desses conteúdos em seu cotidiano, pois, o aluno só aprenderá
verdadeiramente se souber para que sirva o que está aprendendo.
O professor não deve preocupar-se somente com o conhecimento através da
absorção de informações ou o acumulo de conceitos e regras a serem passadas aos
seus alunos, mas também com um processo de construção de cidadania desse
aluno, e em especial com o ensino da língua inglesa a inserção desse aluno em um
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mundo no qual o inglês é a língua mais falada, não em quantidade de pessoas, mas
sim em uma esfera de importância e expansão. Para que isso ocorra, é necessário
que o professor entenda o seu papel como facilitador de aprendizado e aberto a
novas oportunidades dentro do processo de conhecimento, sempre procurando
compreender, em uma relação empática, também os sentimentos e problemas que
os alunos podem estar levando para a sala de aula. Sem, no entanto deixar que isso
seja um entrave para o processo de aprendizado ou que os alunos tenham um
professor amigo demais e professor de menos.
Muitas vezes, a necessidade de fazer com que os alunos atinjam os objetivos
de aprendizado rapidamente o professor acaba por tentar facilitar demais o trabalho
para o aluno, não esperam que o mesmo aprenda com seus próprios erros. Acabam
então indo de encontro com a teoria cognitiva de aprendizado, BRASIL (PCNs) na
qual o aluno deve usar seus próprios erros para promover uma descoberta para o
caminho certo, sendo o professor apenas um colaborador desse processo de
descoberta. Esse tipo de professor acaba na maior parte das vezes se tornando o
professor amigo, aquele que os alunos adoram de primeira, que é o querido durante
todo o ano letivo porque suas provas são fáceis, suas aulas divertidas e os alunos
não têm a menor dificuldade de entender o que ele quer, porque ele se encarrega de
facilitar todo o processo. Mas com o passar do tempo os alunos notam que os
objetivos relacionados ao aprendizado do conteúdo não estão sendo alcançados, e,
portanto, esse não é o professor correto. De acordo com PAIXÃO (2006, p. 47),
sobretudo no ensino de línguas, no nosso caso o inglês, quando o professor na
tentativa de fizer com que o aluno melhore a sua pronuncia ou entenda algum
conceito gramatical corre o risco de ou banalizar tal conteúdo ou ser simplório
demais na correção da pronuncia e perder a atenção do aluno.
A amizade entre professor e aluno é um ponto extremamente importante,
contudo, há limites que devem ser calmamente observados, existem todas as
singularidades por trás dessa relação. Entretanto, conquistar um aluno não quer
dizer que o mesmo tenha que ser seu conselheiro ou vice-versa. E, muito menos
que o processo de aprendizado deva ser facilitado ao ponto de os alunos perderem
o interesse por sua matéria. De acordo com PAIXÃO (2006), a amizade entre
professor e aluno é extremamente válida, entretanto, esta não deve de forma
alguma interferir no processo de aprendizado.
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A sobriedade e o respeito devem ser a via de acesso mútuo entre professores
e alunos, tomando os devidos cuidados para que não se caia em nenhum
estereótipo por ambos os lados. Porque, há também um grande risco de que o
professor por desconhecimento sobre psicologias de aprendizado acabe rotulando
os seus alunos, estereotipando os mesmos e tornando para esses o processo de
aprendizado traumatizante e às vezes com marcas que perdurarão para o resto da
vida desses alunos. Então, o que devemos entender aqui é que a relação entre
professor e aluno deve ter suas bases na verdade mutua e na mutua colaboração, e
não na facilitação dos conteúdos a serem aprendidos e muito menos na criação de
estereótipos por ambos os lados. Baseando-se nisso que DIXIE (2003, p. 49) nos diz
que “Não devemos ignorar alunos quietos, nem permitir que alguns alunos dominem
a sala”. Ainda de acordo com ele, sempre que for necessário devemos procurar
esses alunos em particular e explicar-lhes a importância de um compromisso de
aprendizado.
Para tanto, o aluno deve ter a idéia que ele é o próprio autor do seu processo
de aprendizado. Ele é o principal responsável pelas conquistas de conhecimento
que fará durante um ano letivo. A metodologia, o material didático, a escola e o
professor funcionarão apenas como co-autores de tudo isso. FREIRE (1998) nos diz
que é assim que damos autonomia aos nossos alunos e aprimorarmos o processo
de aprendizado.
O trabalho do professor em sala de aula e também na escola, assim como o
relacionamento com seus alunos deve ser fruto de sua relação com a cultura. Um
professor de língua espanhola precisa conhecer mais do que aspectos gramaticais
da língua estrangeira, pronuncia e fonética e fonologia. Contudo, é necessário que
se conheça a história da língua e aspectos sócio-culturais que a tornem
interessantes para o aluno. De acordo com ABREU & MASETTO (1990, 115), que
afirma que, “o modo como um professor age em sala de aula, mais do que suas
características e personalidade que colabora para a adequada aprendizagem dos
alunos; fundamenta-se em uma determinada concepção do papel do professor, que
por sua vez reflete valores e padrões da sociedade”.
Segundo FREIRE (1996: 96), “O bom professor é o que consegue, enquanto
fala trazer o aluno até a intimidade do movimento do seu pensamento”. Sua aula é
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um desafio e não uma cantiga de ninar. Seus alunos cansam, não dorme. Cansam
porque acompanham as idas e vindas de seu pensamento, surpreendem-se com
suas pausas, suas dúvidas e suas incertezas. Ainda segundo FREIRE, “o professor
autoritário, o professor licencioso, o professor competente, sério, o professor
incompetente, irresponsável, o professor amoroso da vida e das gentes, o professor
mal-amado sempre com raiva do mundo e das pessoas, frio, burocrático,
racionalista, nenhum deles passa pelos alunos sem deixar uma marca”.
Apesar da importância da existência de efetividade, confiança, empatia e
respeito entre professores e alunos para que se desenvolva a leitura a escrita, a
escrita, a reflexão, a aprendizagem e a pesquisa autônoma; por outro lado,
SIQUEIRA (2005: 01), afirma que os educadores não podem permitir que tais
sentimentos interfiram no cumprimento ético de seu dever de professor. Assim,
situações diferenciadas adotadas com um determinado aluno (como melhorar a nota
deste, para que ele não fique para recuperação), apenas norteadas pelo fator
amizade ou empatia, não deveriam fazer parte das atitudes de um “formador de
opiniões”. Logo, a relação entre professor e aluno depende, fundamentalmente, do
clima estabelecido pelo professor, da relação empática com seus alunos, de sua
capacidade de ouvir, refletir e discutir o nível de compreensão dos alunos e da
criação das pontes entre o seu conhecimento e o deles. Indica também, que o
professor, educador da era industrial com raras exceções, deve buscar educar para
as mudanças, para a autonomia, para a liberdade possível numa abordagem global,
trabalhando o lado positivo dos alunos e para a formação de um cidadão consciente
de seus deveres e de suas responsabilidades sociais.
Sob a visão dos alunos o professor é alguém que gosta do que faz o que
pode ser facilmente notado pelos alunos. E, por possuir essa qualidade consegue
passar o que precisa com simplicidade e tranqüilidade, e consegue deixar no final
das aulas um gosto de quero mais nos seus alunos.
Quantas vezes em nossas vidas nos deparamos com criticas a respeito de
nossas aulas, ou a nossa maneira de lecionar. Inclusive, essa deve ser uma
qualidade o devemos como educadores aprender a desenvolver, procurar nos
questionar ao final de cada aula se o objetivo da mesma foi alcançado em relação
junto aos alunos. Não é apenas uma questão de técnica ou de domínio de sala de
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aula, mas também de reconhecer que temos limites, não existem super-heróis na
educação.
Em seu livro intitulado Teaching Large Multilevel Classes (Ensinando
Turmas Numerosas e de Níveis Múltiplos), NATALIE HESS relata realidades
diversas de turmas, onde o numero de alunos e também o nível cultural são
bastante diferentes também. Ela também relata a sua experiência com uma sala que
tem em média vinte alunos, que de acordo com ela é uma sala numerosa. Os alunos
eram cuidadosamente colocados em diferentes níveis de proficiência, e ainda assim,
professores usualmente reclamavam da grande diferença entre os alunos e que
podiam falar fluentemente e os que não podiam, entretanto, de forma inadequada
aqueles alunos que podiam ler e escrever com certa facilidade e aqueles que não
conseguiam ser coerentes com a fala.
Como podem notar, ter dificuldades em sala de aula não é um privilégio
apenas dos professores brasileiros que ensinam uma segunda língua para alunos
também brasileiros. Os alunos apresentam aptidões diferentes, competências
lingüísticas diferentes e até mesmo em atitude perante a aprendizagem de uma
língua estrangeira. Ensiná-los não é uma tarefa simples, mas sim desafiadora.
Por isso para estar preparado para essa tarefa é que mais uma vez insistimos
que a interação entre o professor e a turma deve ser extremamente saudável e
construtiva, o professor não deve ser visto pelos alunos como alguém distante ou
inatingível. Será comentado mais sobre isso em nosso segundo módulo quando
falaremos sobre a construção de uma sala de aula saudável e produtiva.
2.3 Relação professor e escola:
A relação entre o professor e a escola é uma relação complexa. Ao mencionála aqui gostaria apenas de mostrar que essa relação está diretamente relacionada
com todas as esferas que fazem o funcionamento de uma escola ser bom ou ruim.
Uma boa relação entre professor e escola implica em uma sala de aula com uma
qualidade melhor, o que influencia diretamente no processo de aprendizado dos
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alunos. Por outro lado, uma relação conturbada entre professor e escola pode gerar
um alto nível que stress para ambos os lados, o que pode e com certeza influenciará
na qualidade das aulas dadas.
A primeira esfera dessa relação que seria interessante mencionar seria a
relação entre professor e técnicos e serviços de apoio. Muitas vezes durante o ano
letivo o professor precise usar material de vídeo, áudio ou outros materiais, para os
quais seria necessário o auxilio de um técnico da escola ou alguém do suporte
pedagógico. Se a relação entre o professor e esses funcionários não for boa, o
professor correrá sérios riscos de não ter o que precisa na hora que precisa. Então,
aqui o que vale é a política dos bons relacionamentos: seja sincero e amistoso com
esses funcionários, trate-los com respeito e educação sempre, e sempre tenha em
mente que a sua aula pode depender deles para funcionar numa boa.
Em segundo lugar, temos o pessoal da área administrativa, secretaria e
recepção. Em cursos de inglês livres essa relação é mais direta do que nas escolas
regulares. Mas é importante lembrar que parte do trabalho desses funcionários
depende diretamente do seu trabalho, como confecção de declarações e outros
documentos escolares nos quais podem ser necessárias informações que podem
estar contidas nos diários de classe ou pautas do professor. O que vale dizer que se
os seus diários ou pautas de classe estão organizados, apresentáveis e em dia
facilitaram o trabalho dessas pessoas, o que certamente vai voltar para você da
melhor foram possível quando precisar deles. De acordo com PAIXÃO (2006, p. 97)
Um dono ou diretor de escola sempre pergunta ao pessoal da recepção dicas e
opiniões sobre os professores.
Outra relação a ser comentada aqui é a relação entre professor e a direção da
escola e com os donos da escola. Apesar de parecerem aqui serem esferas
diferentes a direção da escola é a voz do dono nas escolas privadas, ou às vezes é
o próprio dono que fala ao professor e dirige a escola. Portanto, é com eles que a
relação do professor deve ser mais clara a transparente possível. Nenhum
administrador gostaria de ter em seu time de trabalho alguém que não rema junto
com o time, em outras palavras, um professor que não veste a camisa da escola,
que não quer participar de atividades extracurriculares promovidas pela escola etc.,
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pode não ser um professor bem visto pela escola. Mesmo que o seu trabalho em
sala de aula seja grandioso. No que diz respeito à educação, ninguém faz vôos solo.
Ainda dentro das relações que um professor desenvolve no ambiente de
trabalho temos que ressaltar a sua relação com os demais colegas professores.
Essa é uma relação um tanto quanto conturbada em alguns locais. Muitas vezes por
questões de hierarquia ou ordem de chegada na escola há certo grupo de
professores que não é muito aberto a novidades e aos novos professores que
chegam. Esses, em contrapartida, tendem a não facilitar muito as coisas para
aqueles que já estão na escola há algum tempo. Sendo frios e em alguns casos
extremos debochados. De acordo com PAIXÃO (2006, 209), mais do que nunca o
trabalho entre professores deve ser um trabalho em equipe, pois, muitas vezes
quando um colega substitui o outro, mesmo que seja por poucos dias, não toma o
cuidado de estabelecer limites aqui, e acaba por ser o professor daquele grupo por
poucos dias encantando demais os alunos daquele professor. E, o que acontece é
que os alunos começam a comparar os dois professores, o que é comum, e o
professor daquela turma passa a perder espaço, e uma vez que retorne a sua turma
de origem não será como antes. Portanto, o que devemos ter em mente aqui é que
como somos educadores e formadores de personalidades, a nossa ética profissional
deve estar acima de tudo, pois, mais do que imaginamos os nossos alunos estão
nos observando e copiando o que fazemos.
O que deve ficar de mais importante é que o processo de aprendizado é uma
via de mão dupla. Onde o professor não funciona como único agente deste
processo, e muito menos o aluno aparece no mesmo como agente da passiva. Há
extrema necessidade e urgência que as dinâmicas de sala de aula sejam
aprimoradas a fim de possibilitar aos alunos uma maior participação no próprio
processo de aprendizado. E, capacitar os professores para que os mesmos tenham
condições de participar deste processo dos alunos de maneira plena e objetiva.
No que se refere ao ensino da língua espanhola precisamos ter em mente
que os desafios apresentados não são pequenos. Há muito que fazer, e acima de
tudo há uma necessidade de desmistificar o fato de que por apresentar inúmeras
semelhanças com o português a língua pode ser aprendida de forma relapsa e
descuidada. Todo aprendizado precisa ser feito com propriedade e conhecimento de
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causa. Está aí a principal base que fundamenta a necessidade da formação
cuidadosa de professores de espanhóis. Não basta apenas conhecer a língua
falada, há uma necessidade de se conhecer o idioma como um todo, com todos os
seus aspectos lingüísticos e estruturais.
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3 METODOLOGIA DA PESQUISA
Como é sabido ao final de nosso curso será necessária à construção de uma
dissertação no molde de uma dissertação científica. Portanto, devemos aqui
esclarecer o que é a Metodologia Cientifica.
De forma muito simplificada podemos concluir que a pesquisa cientifica nada
mais é do que buscar respostas para questões previamente propostas e levantadas.
Esse tipo de metodologia já é consagrado ao longo dos anos. E, como professores
não devemos nunca perder a capacidade de questionar e estimular o
questionamento em nossos alunos. O que caracteriza o método cientifico é a
pesquisa em si, que é a atividade que seguindo processos e protocolos préestabelecidos
conclui
o
raciocínio
cientifico
e
também
responde
aos
questionamentos levantados.
A pesquisa cientifica tem por pura essência responder questionamentos na
intenção de adquirir conhecimentos que podem não ter uma explicação muito clara
anteriormente, ou não ter explicação alguma. E esse tipo de pesquisa pode atingir a
área da saúde, de interesses pessoas, aos objetivos e a abordagens. No nosso
caso, como teremos aqui uma pesquisa de procedimentos nada melhor para
responder aos nossos argumentos do que pesquisas de campo e a analise e a
comparação de dados.
A pesquisa de campo é a observação de fatos como eles ocorrem. Nesse tipo
de pesquisa não há abertura para se controlar as variáveis, mas é possível perceber
as interações entre as partes e as suas variáveis. É claro que nesse campo alguns
estudos
exploratórios
e
experimentais
podem
ser
úteis,
assim
como
o
acompanhamento dos mesmos. Não podendo nos esquecer é a bibliografia é o meio
pelo qual recuperamos todas as informações obtidas.
Pode-se também partir para o campo da dedução a partir das variáveis
encontradas, e, dessa forma criar postulados que podem vir a ser provados, dando
respostas para os questionamentos levantados anteriormente. O que queremos aqui
lembrar é que não importa qual o método de abordagem cientifica você, nosso
aluno, escolha para realizar as suas considerações ao final deste curso, mas importa
que ao fazê-las, as faça seguindo os princípios da metodologia cientifica, para que
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tenham como servir de exemplo para outros colegas de profissão que virão após
cada um de vocês.
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4 REFERÊNCIAS CONSULTADAS E UTILIZADAS
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5 APENDICES
1. Mapa ressaltando os países onde o espanhol é falado como língua oficial.
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