Qualidade dos “Compostos”
Existentes no Mercado
Cristina Cunha-Queda
Professora Auxiliar
Evento “A qualidade dos correctivos agrícolas orgânicos comercializados em Portugal: Interesse
para o solo e para as culturas”, Lipor, Baguim do Monte, 28 de Novembro 2007
Fertilizantes Orgânicos (FO)
Fertilizantes em geral são classificados em função:
- Origem das matérias primas
- Apresentação
- Utilização e forma de actuação
Fertilizantes orgânicos:
- Adubos Orgânicos
© Cristina Cunha-Queda. 2007
- Correctivos Orgânicos
Adubo Orgânico
(segundo NP 1048 DE
1990)
N
P2O5
orgânico
---
K2O
N + P2O5 + K20
Matéria
orgânica
---
---
>50%
>10%
>50%
Adubo orgânico azotado
>3%
Adubo orgânico azotado NPK
>2%
>2% >2%
Adubo orgânico NP
>2%
>3%
---
>6%
>50%
Adubo orgânico NK
>3%
---
>6%
>10%
>50%
Exemplos de Correctivos Orgânicos
© Cristina Cunha-Queda. 2007
existentes no mercado Português
Produto
Comercial
Matérias Primas Utilizadas
Biofertil
Cascas de café
Granulado
----
Ecofem
Super
Estrume de bovinos e ovinos,
resíduos florestais
Granulado
----
Orgaveg 65
Resíduos vegetais lenhosos,
estrume de cavalo
Granulado
----
Bionutriente
Estrumes e resíduos vegetais
Pulverulento
Vermicompostagem
Nutrimais
Resíduos verdes, mercados
hortofrutícolas, restaurantes,
cantinas, domicílios
Pulverulento
Compostagem
Frayssinet
Estrume de ovinos
Granulado
ou Pulverulento
----
Apresentação Método de Fabrico
Exemplos de Adubos Orgânicos
© Cristina Cunha-Queda. 2007
existentes no mercado Português
Produto
Comercial
Matérias Primas Utilizadas
Duetto
Estrume de galinha (70%), vinhaça
de beterraba (15%), guano de
aves marinhas (10%), hidrolisado
de penas (5%)
Granulado
----
Guanito
Guano de aves marinhas (65%),
estrume de galinha (15%),
hidrolisado de penas (15%),
vinhaça de beterraba (5%)
Granulado
----
Monterra
Vegetal
Granulado
----
Terra Verde
Carnaz
Pulverulento
----
Apresentação Método de Fabrico
Materiais Fertilizantes: Adubos e Correctivos Orgânicos
Legislação
Portaria n.º 1322/2006 de 24 de Novembro relativa à:
colocação no mercado das matérias fertilizantes que não constam do anexo I do
Regulamento (CE) n.º 2003/2003, do Parlamento Europeu e do Conselho, de 13
de Outubro, nem da norma portuguesa NP 1048, e menções de identificação
obrigatórias (em rótulos, etiquetas ou, no caso de matérias fertilizantes a
granel,nos documentos de acompanhamento).
© Cristina Cunha-Queda. 2007
Revogou a Portaria n.º 67/2002, de 18 de Janeiro
© Cristina Cunha-Queda. 2007
Portaria n.º 1322/2006 de 24 de Novembro
Menções de identificação (Anexo III)
1—Obrigatórias— previstas no n.º 5 da portaria:
a) A menção «Adubo mineral, adubo orgânico, adubo organomineral,
correctivo agrícola orgânico, correctivo agrícola mineral, correctivo
agrícola condicionador ou ainda aminoácidos, ácidos húmicos, extractos
orgânicos», conforme o caso, em letras maiúsculas;
b) Denominação do tipo de adubo (v. tipo do produto no anexo I)—exemplos:
adubo elementar ou adubo composto;
c) Teores declarados (dos parâmetros aplicáveis),expressos em percentagem
em massa (para os fluidos pode também indicar-se em massa em relação ao
volume: quilogramas por hectolitro ou gramas por litro);
d) Matérias-primas—principais matérias-primas utilizadas no seu fabrico cuja
presença relativa é superior a 10% em massa;
e) Massa bruta ou líquida garantida em quilogramas (para os fluidos pode
também indicar-se o volume em litros);
f) Identificação do responsável pela colocação no mercado - o nome ou a
firma ou a marca registada bem como o endereço.
Portaria n.º 1322/2006 de 24 de Novembro
© Cristina Cunha-Queda. 2007
Teores declarados nos adubos e correctivos agrícolas
Portaria n.º 1322/2006 de 24 de Novembro
© Cristina Cunha-Queda. 2007
Matérias-primas, forma de apresentação e outras características
Portaria n.º 1322/2006 de 24 de Novembro
Menções de identificação (Anexo III)
2—Facultativas—Para além das menções obrigatórias, podem constar da
identificação, em zona claramente separada, outras informações de interesse
para o consumidor:
Marca do fabricante, a marca do produto e as designações comerciais;
Dose de emprego e modo de aplicação;
© Cristina Cunha-Queda. 2007
Condições normais de armazenagem;
Normas de segurança na manipulação;
Outras informações técnicas.
Teores a declarar nos
correctivos agrícolas
segundo a Portaria
1322/2006
Informações apresentadas em rótulos de alguns CO pulverulentos
A
B
D
E
F
12
Humidade (%)
G
H
91*
60-80
60-80*
65±5
55-70
50-60*
>80*
Azoto total (%)
2-3,5*
3
2,5-4
2,5-4*
1,5±0,5
2-3,5
2,5-4*
1,5-2,5
14
J
60
55-70*
pH
I
30
Matéria Orgânica (%)
Relação C/N
25
70*
21
6-7
6
P2O5 (%)
2,5-4*,**
0,5**
2-2,5
2-2,5
1,5±0,3
2,5-4**
2-3,5
2,5
0,8
K2O (%)
2,5-3,5*,**
2,3**
1,5-2,5
1,5-2,5
0,25±0,15
2,5-3,5
1,5-3
2,6
1,1
5-7
6,5
CaO (%)
0,6**
1,69±0,5
***
5
MgO (%)
0,4**
0,27±0,07
***
0,5
0,46±0,05
Enxofre (%)
Boro (mg
kg-1)
Cobre (mg kg-1)
78
133
kg-1)
17
526
Zinco (mg
Cádmio (mg kg-1)
<6
kg-1)
<23
Crómio (mg
Chumbo (mg kg-1)
© Cristina Cunha-Queda. 2007
C
Níquel (mg
kg-1)
***
<160
<31
Mercúrio (mg kg-1)
Salmonella (g-1 m.f.)
E coli (g-1 m.f.)
0,7
Ausente em
25 g de m.f.
4
Materiais Inertes (%)
-1
Infestantes (nº L )
0
0
* na matéria seca; ** Fósforo em P, Potássio em K, Cálcio em Ca, Magnésio em Mg; *** no rótulo é apenas referida a sua presença; m.f. – matéria fresca
Teores a declarar nos
correctivos agrícolas
segundo a Portaria
1322/2006
Informações apresentadas em rótulos de alguns CO granulados
K
L
M
Humidade (%)
35
12
24-27
Matéria orgânica (%)
42
91*
55-65
Azoto total (%)
1,6
3,0
2-3,5*
Relação C/N
pH
N
O
P
Q
R
S
T
U
V
X
88*
70*
46,2*
65*
65*
60
65
50
65
3
2
3
4
15,6
7,5
6,5-7,5
P2O5 (%)
3,2**
0,5
1,5-2,5
2,5**
1,5**
K2O (%)
1,5**
2,3
1,5-3,0
2,5**
1,8**
CaO (%)
14,4*,**
0,6
8,0-10,0
4,5
2
0,4
1-1,5
2,4
MgO (%)
Enxofre (%)
Boro (mg kg-1)
Cobre (mg kg-1)
Zinco (mg kg-1)
Cádmio (mg kg-1)
Crómio (mg kg-1)
© Cristina Cunha-Queda. 2007
Chumbo (mg kg-1)
Níquel (mg kg-1)
Mercúrio (mg kg-1)
Salmonella (g-1 m.f.)
E coli (g-1 m.f.)
Materiais Inertes (%)
Infestantes (nº L-1)
* na matéria seca; ** Fósforo em P, Potássio em K, Cálcio em Ca, Magnésio em Mg; m.f. – matéria fresca
Compostos e Fertilizantes Orgânicos
N
orgânico
P2O5
K2O
N + P2O5 + K20
Matéria
orgânica
Adubo orgânico azotado
>3%
---
---
---
>50%
Adubo orgânico azotado NPK
>2%
>2%
>2%
>10%
>50%
Adubo orgânico NP
>2%
>3%
---
>6%
>50%
Adubo orgânico NK
>3%
---
>6%
>10%
>50%
Adubo Orgânico
(segundo NP 1048 DE 1990)
Os FO que não têm valores de acordo com o estipulado para os adubos
orgânicos são correctivos orgânicos
© Cristina Cunha-Queda. 2007
⇓
Os compostos podem ser adubos ou correctivos orgânicos dependendo dos
teores de Norgânico, P e K.
Mas nem todos os adubos e correctivos orgânicos são
compostos
Compostagem
Processo aeróbio controlado de bioxidação de substratos
© Cristina Cunha-Queda. 2007
heterogéneos biodegradáveis, resultante da acção dos
Processo
Bioenergético
de Tratamento/Valorização
microrganismos
..., durante
o qual ocorre uma fase
termóde
fila,Resíduos
... e a Orgânicos
biomassa sofre
... mineralização e
Biodegradáveis
humificação parciais. Sendo o principal produto final, o
composto (Cunha-Queda, 1999)
Estável
Maturado
Higienizado
Homogéneo
Não fitotóxico
quando aplicado ao solo não tenha efeitos adversos para o ambiente
O
processo
de
Compostagem deve
permitir ainda:
- Eliminação de maus odores;
© Cristina Cunha-Queda. 2007
- Diminuição de volume e de massa:
- Eliminação de agentes que provocam doenças
nas plantas, sementes de infestantes,
insectos e seus ovos.
QUALIDADE DOS PRODUTOS OBTIDOS A PARTIR DA
COMPOSTAGEM DE RESÍDUOS ORGÂNICOS
© Cristina Cunha-Queda. 2007
Qualidade do
produto final
Qualidade dos
materiais
tratados
⇒
=f
Escolha
selectiva dos
materiais
Qualidade dos
materiais
tratados
⇒
Separação
e
Recolha
selectiva na
fonte
© Cristina Cunha-Queda. 2007
Pressupostos para a obtenção de
compostos de qualidade
correcta selecção dos materiais
separação na origem
recolha selectiva dos resíduos
factores relacionados com o processo de compostagem
condicionamento da matriz inicial
composição química e
características físico e físico-químicas
arejamento
controlo da temperatura
teor de humidade
CRITÉRIOS DE QUALIDADE DOS PRODUTOS OBTIDOS
A PARTIR DA COMPOSTAGEM
⇒
Avaliação da qualidade e sua potencial
utilização
© Cristina Cunha-Queda. 2007
Utilização conjunta de
vários parâmetros
[Metais
pesados]
Materiais
inertes
COMPOSIÇÃO DOS
RESÍDUOS ORGÂNICOS
Patogénicos,
Sementes
infestantes
Estabilidade
PROCESSO
Maturação
Normas de qualidade para compostos
Alguns países da UE como a Alemanha, Áustria, Bélgica,
Dinamarca, Espanha, Finlândia, França, Holanda, Itália e
Suécia, têm padrões de qualidade para compostos
© Cristina Cunha-Queda. 2007
mas não se verifica uniformidade quer a nível dos parâmetros
indicados, quer a nível dos limites propostos
• 2001 foi apresentado um documento de trabalho “Biological
Treatment of Biowaste – 2nd Draft” (DG Env.A.2., 2001), no
qual são propostos os limites de concentrações de metais
pesados e de microrganismos patogénicos.
São igualmente propostas as classes de qualidade para
produtos obtidos através da compostagem
Em Portugal, e até esta altura, não existe qualquer tipo de
regulamentação específica para compostos, contudo em:
© Cristina Cunha-Queda. 2007
• 2001 foi apresentada pelo LQARS/INIAP (Gonçalves, 2001)
uma proposta de regulamentação sobre qualidade de composto
para utilização na agricultura, na qual foram apresentados os
limites de metais pesados para compostos e a classificação dos
mesmos em função desses teores
• 2004 foi elaborada uma “Proposta de norma técnica sobre
qualidade e utilizações do composto” (revista em 2005),
baseada na proposta 2001 e no 2nd Draft, são estabelecidas
especificações para o composto, definidas classes de
qualidade, fixados critérios para a sua utilização e restrições
para evitar efeitos indesejáveis para o solo, água, plantas,
animais e seres humanos; são indicados os resíduos que podem
ser utilizados para a produção de composto
Conteúdo em metais pesados (crómio, níquel, cobre,
zinco, cádmio, mercúrio e chumbo)
2nd Draft Working Document Biological Treatment of
Biowaste (DG Env.A.2, 2001)
© Cristina Cunha-Queda. 2007
Compostos são classificados em duas classes (1 e 2) de acordo com o
teor de metais pesados (normalizado a 30% de matéria orgânica),
é ainda considerada uma terceira classe designada por resíduos
biodegradáveis estabilizados provenientes da recolha indiferenciada.
Proposta de Norma Técnica (2005)
Compostos são classificados em três classes (I, II e II) de acordo
com o teor de metais pesados (normalizado a 40% de matéria
orgânica no caso dos RSU e 50% no caso das lamas de ETAR)
Valores máximos admissíveis para os teores “totais”
(fracção solúvel em água régia) de metais pesados
(reportados à matéria seca – ms)
2nd Draft (DG Env.A.2, 2001)
© Cristina Cunha-Queda. 2007
Parâmetro
Classe Classe
1
2
Proposta de Norma
Técnica (2005)
Resíduo
biodegradável
estabilizado
Classe
I
Classe
II
Classe
III
Cd (mg/kg ms)
0,7
1,5
5
0,7
1,5
5
Cr (mg/kg ms)
100
150
600
100
150
600
Cu (mg/kg ms)
100
150
600
100
200
600
Hg (mg/kg ms)
0,5
1
5
0,7
1,5
5
Ni (mg/kg ms)
50
75
150
50
100
200
Pb (mg/kg ms)
100
150
500
100
150
500
Zn (mg/kg ms)
200
400
1500
200
500
1500
Substâncias Orgânicos e Dioxinas
2nd Draft (DG Env.A.2, 2001)
© Cristina Cunha-Queda. 2007
Parâmetro
Proposta de Norma
Técnica (2005)
Classe 1
Classe 2
Resíduo
biodegradável
estabilizado
PAH, hidrocarbonetos policíclicos
aromáticos (mg/kg ms)
-
-
3
6
PCB, compostos bifenilos
policlorados (mg/kg ms)
-
-
0,4
0,8
Valor limite
AOX, compostos
organohalogenados adsorvíveis
(mg/kg ms)
500
LAS, alquilo benzenossulfonatos
leneares (mg/kg ms)
2600
DEHP, di(2-etilhexil)ftalato
(mg/kg ms)
100
NPE, nonilfenóis e nonilfenóis
etoxilados (mg/kg ms)
50
Dioxinas – PCDD/F,
policlorodibenzodioxinas/furanos
(ng/kg ms)
100
© Cristina Cunha-Queda. 2007
Na proposta de Norma Técnica (2005) é referido a análise
de compostos orgânicos e dioxinas deverá ser efectuada
sempre que se trate de composto produzido a partir de
lamas de ETAR Urbanas que tratem simultaneamente águas
residuais com origem industrial ou equiparadas ou de
ETARI’s.
Segundo a proposta de Norma Técnica (2005) o composto só poderá ser
incorporado no solo após prévio conhecimento do pH e do teor de metais
pesados dos solos a que se destina.
Valores máximos admissíveis dos teores “totais” de metais pesados nos solos onde
se pretende aplicar composto
© Cristina Cunha-Queda. 2007
Elemento
Valores máximos admissíveis (mg/kg)
5 ≤ pH > 6
6 ≤ pH > 7
pH ≥ 7
Cd
0,5
1
1,5
Cr
30
60
100
Cu
20
50
100
Hg
0,1
0,5
1
Ni
15
50
70
Pb
70
70
100
Zn
60
150
200
Para solos com pH< a 5 que se destinem a culturas para consumo humano ou
animal a calagem é obrigatória
Avaliação da qualidade de alguns produtos existentes no mercado
Produtos granulados
I
© Cristina Cunha-Queda. 2007
Parâmetros
II
III
IV
T1
T2
T1
T2
T1
T2
T1
T2
Humidade (%)
10,6
10,9
16,8
15,8
14,0
14,1
13,4
12,6
Matéria orgânica (% m.s.)
56,1
56,7
70,0
67,6
32,5
35,7
52,7
52,8
Azoto total (% m.s.)
1,8
5,0
4,9
4,7
0,9
0,8
3,0
3,2
Relação C/N
18,4
6,6
8,3
8,4
20,3
24,6
10,2
9,8
pH
5,0
5,1
8,5
7,6
9,3
10,1
7,6
7,5
P2O5 (% m.s.)
2,8
6,6
5,2
5,2
1,0
1,1
5,9
5,9
K2O (% m.s.)
0,8
2,6
3,3
3,0
0,4
4,2
2,6
2,6
CaO (% m.s.)
9,2
11,0
16,6
8,6
20,0
17,2
16,3
14,9
MgO (% m.s.)
1,4
1,4
1,7
1,4
3,1
3,0
1,7
1,5
Enxofre (% m.s.)
2,2
1,9
0,7
0,8
0,1
0,2
1,0
1,1
Boro (mg kg-1 m.s.)
78,8
61,0
48,6
48,8
95,4
101,3
73,6
76,8
Cobre (mg kg-1 m.s.)
74,0
181,5
149,0
150,0
208,0
204,0
167,5
157,0
Zinco (mg kg-1 m.s.)
280,0
270,0
400,0
300,0
35,0
33,0
210,0
240,0
Cádmio (mg kg-1 m.s.)
5,0
6,0
5,0
7,0
7,0
5,0
7,0
6,0
Crómio (mg kg-1 m.s.)
35,0
32,0
12,0
13,0
39,0
44,0
36,0
38,0
Chumbo (mg kg-1 m.s.)
21,0
93,0
58,0
84,0
91,0
40,0
47,0
78,0
Níquel (mg kg-1 m.s.)
75,0
34,0
20,0
18,0
94,0
103,0
40,0
39,0
Salmonella (g-1 m.f.)
neg
neg
neg
neg
neg
neg
neg
neg
E. coli (g-1 m.f.)
<10
<10
<10
<10
<10
<10
<10
<10
Materiais Inertes (%)
0
0
0
0,01
0
0
0
0
Infestantes (nº L-1)
0
0
0
0
0
0
0
0
21,8
24,2
8,6
36,1
6,1
6,5
19,2
8,1
Actividade respiratória
ao fim de 4 dias
(mg O2 g-1 m.s.)
m.s.- matéria seca;
m.f. – matéria fresca
Avaliação da qualidade de alguns produtos existentes no mercado
Produtos pulverulentos
V
Parâmetros
VII
VIII
T1
T2
T1
T2
T1
T2
T1
T2
Humidade (%)
38,0
38,3
35,1
36,4
34,5
34,0
55,4
56,9
Matéria orgânica (% m.s.)
66,5
77,9
61,8
68,1
69,9
62,8
75,0
72,0
Azoto total (% m.s.)
3,6
0,4
3,7
3,3
3,9
3,7
1,3
1,4
Relação C/N
10,7
10,9
9,8
12,0
10,5
9,9
33,9
30,2
pH
7,8
6,9
7,8
7,4
7,3
7,2
5,7
5,7
P2O5 (% m.s.)
2,5
2,7
3,8
3,8
4,4
5,7
0,7
0,7
K2O (% m.s.)
1,9
1,9
2,4
2,1
2,2
1,7
0,9
1,0
CaO (% m.s.)
8,0
8,0
9,2
8,6
6,3
8,4
5,6
3,8
MgO (% m.s.)
0,8
1,1
1,1
0,9
0,9
1,0
0,7
0,4
Enxofre (% m.s.)
0,5
0,7
0,3
0,4
0,4
0,3
0,2
0,2
Boro (mg kg-1 m.s.)
39,2
36,4
59,7
58,0
53,0
58,5
39,4
38,7
Cobre (mg kg-1 m.s.)
137,0
164,5
51,60
151,5
125,0
147,5
229,0
248,5
170,0
180,0
150,0
140,0
160,0
160,0
250,0
300,0
4,0
5,0
5,0
6,0
6,0
6,0
6,0
6,0
89,0
21,00
40,0
30,0
29,0
63,0
78,0
78,0
Chumbo (mg kg-1 m.s.)
64,0
72,0
81,0
79,0
64,0
109,0
126,0
175,0
Níquel (mg kg-1 m.s.)
70,0
21,0
33,0
25,0
18,0
49,0
52,0
50,0
Salmonella (g-1 m.f.)
neg
neg
neg
neg
neg
neg
neg
neg
E. coli (g-1 m.f.)
< 10
< 10
< 10
450
< 10
<10
< 10
<10
Materiais Inertes (%)
0
0
0
0
0,7
0,01
0,8
1,4
Infestantes (nº L-1)
0
0
0
0
0
0
0
0
28,3
30,6
10,9
40,2
12,3
58,3
7,1
5,4
Zinco (mg
kg-1
m.s.)
Cádmio (mg kg-1 m.s.)
Crómio (mg
© Cristina Cunha-Queda. 2007
VI
kg-1
m.s.)
Actividade respiratória
ao fim de 4 dias
(mg O2 g-1 m.s.)
m.s.- matéria seca;
m.f. – matéria fresca
Avaliação da qualidade de alguns produtos existentes no mercado
em relação a propostas de regulamentação para compostos
Produtos granulados
I
Parâmetros
III
IV
Proposta de Norma
Técnica Portuguesa
2nd Draft
T1
T2
T1
T2
T1
T2
Humidade (%)
10,6
10,9
16,8
15,8
14,0
14,1
13,4
12,6
< 40
Matéria orgânica (% m.s.)
56,1
56,7
70,0
67,6
32,5
35,7
52,7
52,8
> 30
pH
5,0
5,1
8,5
7,6
9,3
10,1
7,6
7,5
5,5 - 8,5
m.s.)
74,0
181,5
149,0
150,0
208,0
204,0
167,5
157,0
100
150
600
100
200
600
Zinco (mg kg-1 m.s.)
280,0
270,0
400,0
300,0
35,0
33,0
210,0
240,0
200
400
1500
200
500
1500
m.s.)
5,0
6,0
5,0
7,0
7,0
5,0
7,0
6,0
0,7
1,5
5
0,7
1,5
5
Crómio (mg kg-1 m.s.)
35,0
32,0
12,0
13,0
39,0
44,0
36,0
38,0
100
150
600
100
150
600
21,0
93,0
58,0
84,0
91,0
40,0
47,0
78,0
100
150
500
100
150
500
Níquel (mg kg-1 m.s.)
75,0
34,0
20,0
18,0
94,0
103,0
40,0
39,0
50
75
150
50
100
200
Salmonella
neg
neg
neg
neg
neg
neg
neg
neg
E. coli (g-1 m.f.)
<10
<10
<10
<10
<10
<10
<10
<10
Materiais Inertes (%)
0
0
0
0,01
0
0
0
0
Infestantes (nº L-1)
0
0
0
0
0
0
0
0
<3
21,8
24,2
8,6
36,1
6,1
6,5
19,2
8,1
< 10
Cádmio (mg
kg-1
Chumbo (mg
kg-1
m.s.)
Actividade respiratória
ao fim de 4 dias
(mg O2 g-1 m.s.)
Classe Estabilidade
Dewar
IV
V
V
II
V
V
V
IV
Cl 2
RBE
neg em 50 g m.f.
Cl I
CL
III
T2
kg-1
Cl1
Cl
II
T1
Cobre (mg
© Cristina Cunha-Queda. 2007
II
Propostas para avaliação da qualidade
neg em 25 g m.f.
< 1000
<0,5
<0,5
<3
0,5
1,0
3,0
Comp. maturado:
graus IV e V
Comp. semimaturado:
grau III
Comp. fresco:
graus I e II
m.s.- matéria seca;
m.f. – matéria fresca
Avaliação da qualidade de alguns produtos existentes no mercado
em relação a propostas de regulamentação para compostos
Produtos pulverulentos
V
Parâmetros
VII
VIII
Proposta de Norma
Técnica Portuguesa
2nd Draft
T1
T2
T1
T2
T1
T2
Humidade (%)
38,0
38,3
35,1
36,4
34,5
34,0
55,4
56,9
< 40
Matéria orgânica (% m.s.)
66,5
77,9
61,8
68,1
69,9
62,8
75,0
72,0
> 30
pH
7,8
6,9
7,8
7,4
7,3
7,2
5,7
5,7
5,5 - 8,5
m.s.)
137,0
164,5
51,60
151,5
125,0
147,5
229,0
248,5
100
150
600
100
200
600
Zinco (mg kg-1 m.s.)
170,0
180,0
150,0
140,0
160,0
160,0
250,0
300,0
200
400
1500
200
500
1500
m.s.)
4,0
5,0
5,0
6,0
6,0
6,0
6,0
6,0
0,7
1,5
5
0,7
1,5
5
Crómio (mg kg-1 m.s.)
89,0
21,00
40,0
30,0
29,0
63,0
78,0
78,0
100
150
600
100
150
600
64,0
72,0
81,0
79,0
64,0
109,0
126,0
175,0
100
150
500
100
150
500
Níquel (mg kg-1 m.s.)
70,0
21,0
33,0
25,0
18,0
49,0
52,0
50,0
50
75
150
50
100
200
Salmonella
neg
neg
neg
neg
neg
neg
neg
neg
E. coli (g-1 m.f.)
< 10
< 10
< 10
450
< 10
<10
< 10
<10
Materiais Inertes (%)
0
0
0
0
0,7
0,01
0,8
1,4
Infestantes (nº L-1)
0
0
0
0
0
0
0
0
<3
28,3
30,6
10,9
40,2
12,3
58,3
7,1
5,4
< 10
Cádmio (mg
kg-1
Chumbo (mg
kg-1
m.s.)
Actividade respiratória
ao fim de 4 dias
(mg O2 g-1 m.s.)
Classe Estabilidade
Dewar
III
II
IV
II
IV
I
V
V
Cl 2
RBE
neg em 50 g m.f.
Cl I
CL
III
T2
kg-1
Cl1
Cl
II
T1
Cobre (mg
© Cristina Cunha-Queda. 2007
VI
Propostas para avaliação da qualidade
neg em 25 g m.f.
< 1000
<0,5
<0,5
<3
0,5
1,0
3,0
Comp. maturado:
graus IV e V
Comp. semimaturado:
grau III
Comp. fresco:
graus I e II
m.s.- matéria seca;
m.f. – matéria fresca
CONSIDERAÇÕES FINAIS
• A caracterização qualitativa quer dos produtos granulados
quer dos produtos pulverulentos ao longo do tempo
mostra que há diferenças nos parâmetros analisados
© Cristina Cunha-Queda. 2007
• Os produtos testados são em geral equiparados à classe
mais baixa proposta para os compostos, sendo o cádmio o
metal limitante nos produtos testados
• Alguns dos produtos testados apresenta baixa estabilidade
(elevado consumo de oxigénio e classe de estabilidade
baixa)
Bibliografia
- Cunha Queda, A.C.F. 1999. Dinâmica do azoto durante a compostagem de materiais biológicos
putrescíveis. Dissertação de doutoramento em Engenharia Agro-Industrial, ISA, Lisboa.
- Declaração de rectificação n.º9/2007.
- DG Env. A.2. 2001. Biological treatment of biowaste, 2nd Draft of biological treatment – Working
document. http://www.compost.it/www/pubblicazioni on_line/biod. pdf. [acedido em 9 de Agosto de
2006].
- Ferreira, J. 2005. Guia de factores de produção para a agricultura biológica. Agro-Sanus.
- Gonçalves, M.S., Baptista, M. 2005. Proposta de norma técnica sobre qualidade e utilizações do
composto.
- NP 1048 de 1990.
© Cristina Cunha-Queda. 2007
- Portaria 1322/2006 de 24 de Novembro.
- Santos, J.L.D. 2007. Caracterização físico-química e biológica em diferentes laboratórios de produtos
obtidos a partir da compostagem de resíduos orgânicos biodegradáveis. Dissertação de Mestrado em
Ecologia Aplicada, Faculdade de Ciências da Universidade do Porto, Porto.
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Qualidade dos “Compostos” Existentes no Mercado