AN14. Determinação do teor de flavonóides totais em grãos in natura do Coffea arabica (cultivar Acaiá e Obatã) Costa MC, Sylos CM Introdução: Nos últimos anos têm-se evidenciado um aumento no uso de compostos bioativos tanto em cosméticos, fármacos e principalmente em alimentos e produtos naturais que tem sido associado a benefícios a saúde humana. No entanto, maior atenção tem sido dada a diversos alimentos com efeito protetor atribuído à presença de fitoquímicos, como o café, uma das bebidas de maior consumo e de grande importância econômica, principalmente no Brasil. As melhores bebidas são obtidas quando se processa o café cereja, considerado o estádio ideal de maturação dos frutos, em que a casca, polpa e semente se encontram com a composição química equilibrada. Entre os diversos compostos encontrados no café, destacam-se os flavonóides que atualmente vem sendo investigado devido suas propriedades na prevenção e tratamento de algumas doenças como a hipertensão, alergias, hipercolesterolemia, entre outros. Os flavonoides, assim como outros compostos do café, variam segundo as condições de processamento e apresentam a função de pigmentação e originam sabores e aromas no café. Objetivo: O objetivo deste estudo foi quantificar o conteúdo de Flavonóides Totais de dois cultivares do Coffea arabica (Obatã e Acaiá) durante os diferentes estádios de maturação: verde, verde-cana, cereja e passa/seco. Metodologia: Os cultivares do Coffea arabica foram adquiridos na Fazenda Monte Alto (Café Helena), localizada na região de Dourado/SP. As amostras foram coletadas nas fases de maturação verde, verde-cana, cereja e passa/seco, posteriormente os grãos foram triturados e liofilizados. Para a análise realizou-se a extração aquosa em triplicata e mantidas sob refrigeração até o momento da análise. O teor de FlavonóidesTotais foi determinado através do método colorimétrico Folin-Ciocalteu, expresso em gramas de equivalente de epicatequina por grama de massa seca (ms) e quantificado de acordo com uma curva padrão de epicatequina elaborada em diferentes concentrações. Resultados e discussão: Teores médios de 2.10 – 2.50 g/100g de epicatequina foram obtidos no estádio verde, não apresentando diferença significativa (p>0.05) entre os cultivares Acaiá e Obatã. Observou-se um decréscimo no teor deste composto com a maturação dos grãos para c.v Obatã. Foi possível identificar a diferença significativa (p<0.05) entre os cultivares Acaiá e Obatã para os estádios verde-cana, cereja e passa. Porém um teor maior deste composto foi observado para o cultivar Acaiá (verde<passa/seco<verde-cana<cereja). Entre os estádios que apresentaram maior teor de flavonoides para cada cultivar, destacam-se os estádios verde-cana (3.11 ± 0.03 g/100g de epicatequina) e cereja (3.11 ± 0.05 g/100g de epicatequina) do c.v Acaiá e grão passa/seco (3.4 ± 0.05 g/100g de epiatequina) do c.v Obatã. Os valores encontrados no presente estudo foram superiores aos da literatura quando comparado com bebidas de café e bebidas de café descafeinado. Procedimentos que levam ao aquecimento ou mesmo a secagem de alta temperatura bem como a torrefação dos grãos, influenciam na composição destes compostos. Palavras-chave: café, flavonóides totais, estádio de maturação. Apoio financeiro: CAPES.