XII Congresso Brasileiro de Meteorologia, Foz de Iguaçu-PR, 2002
FREQÜÊNCIA E INTENSIDADE DOS VENTOS NO ESTADO DO PARANÁ
Ilya S. Kim
Instituto Tecnológico SIMEPAR
Caixa Postal 19100, Centro Politécnico
CEP 81531-990 – Curitiba – PR – Brasil
[email protected]
Leocadio Grodzki
Instituto Agronômico do Paraná – IAPAR
Caixa Postal 19100-990, Centro Politécnico
CEP 81531-990 – Curitiba – PR – Brasil
leocadio @simepar.br
Sandro Vissoto
Instituto Tecnológico SIMEPAR
Caixa Postal 19100-990, Centro Politécnico
CEP 81531-990 – Curitiba – PR – Brasil
Abstract
It was carried out an analyses of maximum wind observed on 17 agrometeorologycal stations across
Paraná State, South of Brazil. Time series from IAPAR and SIMEPAR Institutions were analysed which permited
identify sites with major percentage of ocurrence of strong winds such as Ponta Grossa, Cascavel, Clevelândia and
Bandeirantes, although some stations with casual less strong winds, shoed strong peaks as Cândido de Abreu and
Guarapuava (41,0 and 45,2m/s, respectively).
Basecally, two groups of station coul´d be analysed regarding the sazonality of maximum wind. Ponta
Grossa and Bandeirantes had major summer wind. In winter, Clevelândia, Ponta Grossa and Cascavel showed the
major winter wind. The analyses of the stations suggest that there is a tendency of strong winds corridor formation
in one diagonal crossing over Paraná State.
Introdução
A diferença de gradientes de pressão atmosférica gera o deslocamento do ar, ou seja, origina os ventos.
Estes, partindo de zonas de maior para as de menor pressão, sofrem influências também do movimento de rotação
da Terra, da força centrífuga ao seu movimento, bem como da topografia e conseqüente atrito com a superfície
terrestre (TUBELIS e NASCIMENTO, 1984).
O aquecimento diferencial das massas de ar no Paraná, faz com que ao longo do ano hajam diferenças na
quantidade, direção e intensidade do vento. Nos meses de verão, a pressão atmosférica diminui do litoral em
direção ao continente. Como o interior também se aquece mais durante o dia, dá-se um abaixamento da pressão
atmosférica. Além disso, a existência de uma região de pressão baixa das massas de ar equatorial e continental
quentes, à noroeste da depressão do Paraná, formam ciclones condutores de chuva com ventos norte e noroeste
sobre o Estado. Com o avanço dos meses, a região de baixa pressão vai se deslocando lentamente para o norte e
deixando que haja a aproximação das massas subtropicais de pressão alta do Atlântico Sul (MAACK,1981).
Assim as modificações no regime de ventos são sazonais, impondo constância, direção e velocidades
diferentes a medida que a intensidade da radiação vai mudando ao longo das estações do ano. Sua intensidade e
variação passa a afetar as condições de vida, bem como tem influência direta sobre as plantas. O vento afeta o
crescimento, a reprodução e a distribuição das plantas, podendo causar sua morte (NOBEL,1983).
O crescimento das plantas é afetado pelas trocas físicas de calor, CO2 e vapor d’água entre a atmosfera e a
vegetação assim como várias outras atividades humanas são influenciadas pelos ventos. A instalação de indústrias,
áreas residenciais, localização de aeroportos, atividades agrícolas e outras atividades sofrem influência direta do
vento, necessitando portanto de estudos que forneçam sua caracterização climática para o planejamento e execução
das atividades.
No presente trabalho são apresentados os resultados da análise de vento baseados em séries históricas do
IAPAR e SIMEPAR, de 17 estações agrometeorológicas espalhadas pelas diferentes regiões do Estado.
Procurou-se estabelecer a percentagem da velocidade máximas de vento, por faixa de velocidade, bem
como agrupar aquelas estações que tiveram respostas semelhantes por sazonalidade e velocidade.
1
XII Congresso Brasileiro de Meteorologia, Foz de Iguaçu-PR, 2002
Material e métodos
Foram utilizados registros de anemômetros da marca Fuess nas séries até 1997, instalados em 17 estações
agrometeorológicas convencionais, a dez metros de altura, referentes a períodos variáveis de 10 a mais de 30 anos
de observações. Os dados de rajadas e velocidade foram plotados a partir dos dados armazenados em períodos
instantâneos e horários. A velocidade média diária foi obtida a partir do total diário acumulado, cotado com base
nos anemogramas. Obteve-se então as médias máximas diárias mensais, média diária máxima sazonal, média diária
máxima anual e freqüência das diferentes velocidades de vento máximo. Esta foi dividida de 5 em 5m/s (18 km/h)
para estabelecimento das diferentes freqüências de vento por estação.
Das séries mais recentes utilizou-se os registros das estações automáticas do SIMEPAR, obtendo-se as
médias diárias a partir dos dados armazenados.
As estações que apresentaram comportamento semelhante, foram agrupadas para facilidade de
entendimento e interpretação pelos usuários.
Resultados e discussão
A TABELA 1 apresenta as normais de ventos máximos, em m/s, ao longo dos meses e anual, por estação.
Observa-se que quase todas as estações concentram menor velocidade de vento máximo no mês de maio, com raras
exceções como Bandeirantes , Londrina e Ibiporã no mês de junho e Castro e Laranjeiras do Sul, em março.
Apenas Morretes tem menor velocidade de vento máximo em julho. Da mesma forma em novembro há maior
concentração de velocidades maiores de vento máximo, com algumas exceções: Bandeirantes e Paranavaí em
setembro, Telêmaco Borba e Cândido de Abreu em dezembro e Morretes, Pinhais e Lapa, estas na região Leste e
Sul do Estado, apresentam as maiores velocidades em janeiro.
Isto é particularmente importante para o planejamento e segurança das atividades humanas que envolvem
risco como a construção civil, aeroportos, grandes coberturas, e que estão na região mais densamente habitada do
Estado, que é a Região Metropolitana de Curitiba. Também deve ser considerada as atividades no meio rural, como
preparo de solo e coberturas de silos e galpões, para se evitar catástrofes, como bem ilustradas por MAACK, 1981.
A origem destes fortes ventos está na dependência dos centros formadores de alta pressão do Atlântico e do
Pacífico, conforme TUBELIS e NASCIMENTO, 1984.
Ainda comparando-se a média anual dos ventos máximos entre as estações agrometeorológicas, nota-se que
Bandeirantes, Cascavel e Clevelândia superaram os 10m/s o que confirma o trabalho de WAGNER et al., 1989, o
qual afirma que estes são os locais de velocidade de vento altas, juntamente com Guarapuava. Na presente série
estudada, esta estação mostrou uma normal próxima porém pouco mais baixa, ficando similar a Cambará, Ibiporã,
Paranavaí, Planalto e Lapa. Dentre os picos máximos observados, Cascavel e Bandeirantes superaram os 12m/s,
seguidos de Ponta Grossa, Clevelândia, Cambará, Planalto e Ibiporã, na faixa dos 11m/s.
Com base nos ventos máximos encontrados, procurou-se agrupar as estações em grupos e sub-grupos mais
homogêneos, como ficou demonstrado nas TABELAS 2, 3 e 4. Assim na TABELA 2 – vento máximo de verão, o
sub-grupo 1 concentra as estações agrometeorológicas com maior concentração percentual de vento máximo. As
sete estações definidas tem 57,2% dos ventos máximos na faixa dos 5-10m/s enquanto que 31,9% está entre 1015m/s e 5,4% entre 15-20m/s. Isto representa ventos de 54 a 72km/h, de significativa importância para a vida e o
bem estar do ser humano, podendo causar prejuízos de relativa monta para a sociedade.
No sub-grupo 2, 67,5% e 21,2% dos ventos máximos ocorreram nas faixas de 10-15 e 15-20m/s,
respectivamente. Ventos máximos de classes de velocidade maiores, ficaram na faixa de 4% (15-20m/s). No subgrupo 3 , as estações responderam por um equilíbrio na distribuição dos ventos, para faixas de velocidades
menores, chamando a atenção para faixas maiores (15-20 e 20-25m/s), mostrando que estas classes de velocidade
tem significativa expressão no verão. Bandeirantes e Ponta Grossa também indicaram velocidades altas de vento
nesta estação do ano, o que permite inferir que para diversos locais do Estado há possibilidades de ventos fortes e
que uma atenção especial deva ser dada pelos diferentes órgãos da sociedade como defesa civil e outros.
Da mesma forma a TABELA 3 exibe o grupamento de estações agrometeorológicas por comportamento
semelhante com relação ao vento. Embora no inverno haja um menor percentual das faixas de maior velocidade de
vento, ainda assim há ocorrência também nestas faixas.
A TABELA 4 mostra a média anual, agrupando diferentemente as estações das análises sazonais.
As FIGURAS 1, 2 e 3 mostram as distribuições de freqüências de ventos, por grupamento de estações
agrometeorológicas, para as estações de verão, inverno e médias anuais. Na FIGURA 1, para o verão, no subgrupo
de estações G 2.1, aparecem as maiores freqüências de vento para as maiores faixas de velocidade. Seguem-se2
XII Congresso Brasileiro de Meteorologia, Foz de Iguaçu-PR, 2002
lhe os subgrupos G 1.4, com 15% de velocidades de vento de até 15 a 20m/s e G 1.3 com menos de 10% de ventos
neste patamar. Todos os gráficos apresentam alguma percentagem de ventos de até 20-25m/s (até 90km/h). Na
FIGURA 2, os subgrupos G 1.3 e G 1.4 são os que concentram maiores velocidades de vento, embora em escala
menor do que no verão. Quando se analisa o ano (FIGURA 3), os subgrupos G 2.1 e G 1.4 concentram as maiores
velocidades de vento. Da mesma forma as FIGURAS 3,4 e 5 mostram as maiores freqüências em relação as faixas
de velocidade de vento.
Há tendência de formação de um corredor de ventos fortes atravessando o Estado do Paraná, numa
diagonal de Sudoeste à Nordeste. Embora não se tenha aplicada uma análise estatística, nota-se que ao lado deste
corredor ficam agrupadas outras estações num segundo plano de velocidades de vento. Isto mostra que deva ser
dada atenção maior para a região abrangida no sentido de se estar alerta sobre os possíveis prejuízos para a
sociedade de um modo geral, como construção civil, linhas de transmissão de energia e aeroportos.
A TABELA 5 apresenta os resultados de velocidade de vento no seu pico máximo. Nas séries estudadas, o
maior valor atingido foi na estação de Guarapuava, 1988, com 45,2m/s. Outras estações como Cambará, Londrina,
Ibiporã, Cianorte, Telêmaco Borba, Cascavel, Morretes, Ponta Grossa, Guarapuava e Clevelândia, registraram
picos máximos anuais entre 30 e 40m/s. Cândido de Abreu registrou em 1996, a velocidade máxima de 41m/s.
Portanto, várias estações que foram analisadas em período anterior (WAGNER et al., 1989) e que não tinham
registro de valores altos de vento entre os 30 e 40m/s, como Cianorte, Cândido de Abreu e Cascavel, apresentaram
valores deste patamar nesta série estudada. Por outro lado, existe uma tendência evidenciada pelas datas de
ocorrência, de que haja maior concentração de picos máximos de vento nos meses de primavera e verão.
Conclusões
A análise das séries anuais de ventos máximos permitiu identificar locais com maior percentagem de
ocorrência de ventos fortes como Ponta Grossa, Cascavel, Clevelândia e Bandeirantes, embora estações de
menor velocidade de vento também apresentassem picos de grande velocidade como Cândido de Abreu e
Guarapuava. A sazonalidade tem interferência em algumas localidades diferentes, formando portanto
agrupamentos de estações diferenciadas: assim os ventos máximos de verão ficaram para Ponta Grossa e
Bandeirantes formando grupos separados, enquanto que um grupo próximo foi formado por Cambará, Cascavel
e Clevelândia. No inverno o grupo que apresentou maiores velocidades de vento foi o formado pelas estações
de Clevelândia, Ponta Grossa e Cascavel seguidas por Bandeirantes. As observações de pico máximo de vento
mostram que as ocorrências são em períodos aleatórios e muitas vezes em estações de características de ventos
calmos, como foi o caso de Cândido de Abreu, com velocidade de 41,0m/s. Guarapuava foi a estação que
apresentou maior pico de velocidade de vento, de 45,2m/s. Cambará, Londrina, Ibiporã, Cianorte, Telêmaco
Borba, Cascavel, Morretes, Ponta Grossa, Guarapuava e Clevelândia, registraram picos máximos anuais entre
30 e 40m/s, formando um número maior de estações, neste patamar, do que o apresentado por WAGNER et al.,
1989.
3
XII Congresso Brasileiro de Meteorologia, Foz de Iguaçu-PR, 2002
TABELA 1 – Normais mensais e anual de ventos máximos em m/s, das estações agrometeorológicas
analisadas.
Estação
Cambará
Bandeirantes
Londrina
Ibiporã
Paranavaí
Cianorte
Telêmaco Borba
Cândido Abreu
Palotina
Cascavel
Morretes
Pinhais
Lapa
Ponta Grossa
Guarapuava
Laranjeiras do Sul
Clevelândia
jan fev mar abr mai jun jul ago set out nov dez anual
10,10
9,44
9,41
9,30
8,21
8,39
8,34
9,35
11,14 11,21 11,37 10,51
9,73
10,63
9,89
10,26
9,77
8,47
8,22
8,95
9,60
12,23 12,06 12,16 11,50
10,33
10,10
9,14
8,70
8,53
7,72
7,40
8,29
8,17
9,72
9,93
8,97
10,66
9,87
9,74
9,07
8,33
7,75
7,94
8,90
10,63 10,66 11,11 10,75
9,59
9,24
8,76
8,64
8,46
8,13
8,51
9,10
9,29
10,54 10,19 10,18
9,82
9,22
9,14
8,52
7,89
7,93
7,57
7,71
8,32
8,48
9,46
9,47
9,71
9,31
8,61
9,09
8,41
7,62
7,05
6,43
6,60
7,04
7,08
8,19
8,34
8,62
8,77
7,74
9,34
8,61
8,05
7,92
7,59
7,60
7,92
8,16
9,42
9,34
9,51
9,56
8,60
9,75
9,36
9,13
8,67
8,06
8,15
8,63
9,04
10,65 10,84 11,16 10,10
9,47
10,17 10,10
9,72
10,12
10,32 10,70 10,78 10,74 11,67 12,18 12,35 11,22
10,84
10,18
8,45
7,09
6,74
8,09
9,00
6,36
6,35
7,09
7,88
9,96 10,26
8,64
9,53
9,75
9,27
9,34
8,61
7,96
7,86
7,58
8,03
8,29
8,22
9,01
9,03
8,99
8,51
10,53
9,59
8,66
8,43
7,81
8,92
8,88
8,56
9,87
10,25 10,05 10,16
9,33
11,09 10,42
9,82
9,71
9,47
10,02 10,63 10,82 11,87 11,97 11,98 11,39
10,75
9,43
8,96
8,82
8,83
8,65
8,81
9,59
9,70
10,61 10,82 10,66
9,83
9,55
8,64
8,58
8,11
8,56
8,15
8,90
9,28
9,05
9,87
9,10
8,94
10,73
9,90
9,87
10,21
9,80
10,34 11,13 10,96 11,49 11,49 11,66 10,91
10,70
4
9,47
9,72
XII Congresso Brasileiro de Meteorologia, Foz de Iguaçu-PR, 2002
TABELA 2 – Grupamento de estações agrometeorológicas com características semelhantes de porcentagem para
classe de velocidades de vento máximo – meses de verão.
Vento Máximo “Verão” (1/10 – 31/3)
Intervalo
Porcentagem
Grupo Subgrupo
Estações
em m/s
Mínima
Londrina, Ibiporã,
0–5
0,9% (GPV)
Palotina,
5,1 – 10
52,5% (PLT)
1
Paranavaí,
10,1 – 15
29,7% (LAP)
Guarapuava, Lapa 15,1 – 20
3,8% (PAR)
e Morretes*
20,1 – 25
0,5% (PAR)
0–5
2,5% (PIN)
Cianorte, Cândido
5,1 – 10
63,5% (TBO)
Abreu, Laranjeiras
2
10,1 – 15
18,8% (TBO)
do Sul, Pinhais e
15,1 – 20
2,7% (PIN)
Telêmaco Borba*
20,1 – 25
0,4% (PIN)
1
0–5
0,2% (CLE)
5,1 – 10
46,8% (CAS)
Cambará, Cascavel
3
10,1 – 15
38% (CAM)
e Clevelândia
15,1 – 20
6,4% (CAM)
20,1 – 25
1,6% (CAM)
0–5
5,1 – 10
4
Bandeirantes
10,1 – 15
15,1 – 20
20,1 – 25
0–5
5,1 – 10
2
1
Ponta Grossa
10,1 – 15
15,1 – 20
20,1 – 25
* Porcentagem alta em 0 – 5
1
GPV – Guarapuava
PLT – Palotina
LAP – Lapa
PAR – Paranavaí
IBI – Ibiporã
MOR – Morretes
2
TBO – Telêmaco Borba
PIN – Pinhais
CIA – Cianorte
CAB – Cândido Abreu
3
CLE – Clevelândia
CAS – Cascavel
CAM – Cambará
5
Porcentagem
Média
Máxima
11,3% (MOR)
4,2%
62,5% (LAP)
57,2%
34,2% (GPV/PLT) 31,9%
8,8% (IBI)
5,4%
1,9% (IBI)
1,1%
12,8% (TBO)
6,4%
73,8% (PIN)
67,5%
23,3% (CIA)
21,2%
5,8% (CAB)
4%
0,9% (TBO)
0,7%
2,9% (CAM)
1,3%
50,7% (CAM)
49,1%
41,1% (CLE)
40%
8,9% (CAS)
7,5%
1,8% (CAS)
1,7%
4,5%
39%
40,8%
14,1%
1,5%
0,5%
39,3%
51,7%
7,3%
1,1%
XII Congresso Brasileiro de Meteorologia, Foz de Iguaçu-PR, 2002
TABELA 3 – Grupamento de estações agrometeorológicas com características semelhantes de porcentagem para
classe de velocidades de vento máximo – meses de inverno.
Vento Máximo “Inverno” (1/4 – 30/9)
Intervalo
Porcentagem
Grupo Subgrupo
Estações
em m/s
Mínima
Cambará, Ibiporã,
0–5
5% (GPV)
Palotina,
5,1 – 10
56,5% (PLT)
1
Paranavaí,
10,1 – 15
21,8% (IBI)
Guarapuava e
15,1 – 20 3,9% (PAR/PLT)
Laranjeiras do Sul 20,1 – 25
0,3% (GPV)
0–5
7,6% (LAP)
Londrina,
5,1 – 10
65,3% (LON)
Cianorte, Cândido
2
10,1 – 15
14,4% (CAB)
Abreu, Pinhais e
15,1 – 20
2,3% (LON)
Lapa
20,1 – 25
0,2% (CIA/PIN)
0–5
1,2% (CLE)
5,1 – 10
44,7% (CAS)
Clevelândia, Ponta
3
10,1 – 15
42% (POG)
Grossa e Cascavel
15,1 – 20
7,1% (CLE)
20,1 – 25
0,7% (POG)
1
0–5
5,1 – 10
4
Bandeirantes
10,1 – 15
15,1 – 20
20,1 – 25
0–5
5,1 – 10
5
Morretes
10,1 – 15
15,1 – 20
20,1 – 25
0–5
5,1 – 10
6
Telêmaco Borba
10,1 – 15
15,1 – 20
20,1 – 25
* Porcentagem alta em 0 – 5
1
GPV – Guarapuava
PLT – Palotina
IBI – Ibiporã
PAR – Paranavaí
2
LAP – Lapa
LON- Londrina
CAB – Cândido Abreu
CIA – Cianorte
PIN – Pinhais
3
CLE – Clevelândia
CAS – Cascavel
POG – Ponta Grossa.
6
Porcentagem
Máxima
13,9% (IBI)
62,6% (PAR)
30,5% (GPV)
5,5% (LJS)
1,3% (IBI)
13,4% (LON)
73,2% (CAB)
20,3% (LAP)
4,1% (LAP)
0,9% (LON)
3,4% (POG)
47,8% (CLE)
43,6% (CAS)
8,3% (CAS)
1,2% (CAS)
-
-
-
Média
10,0%
59,6%
25,1%
4,3%
0,7%
10,7%
68,6%
17,4%
2,7%
0,5%
2,2%
46,4%
42,7%
7,7%
0,9%
13,7%
45,2%
32,7%
7,9%
0,9%
34,6%
50,8%
11,5%
2,5%
0,6%
27,5%
59,8%
10,3%
2,5%
0,6%
XII Congresso Brasileiro de Meteorologia, Foz de Iguaçu-PR, 2002
TABELA 4 – Grupamento de estações agrometeorológicas com características semelhantes de porcentagem para
classe de velocidades de vento máximo - anual
Vento Máximo Anual
Intervalo
Porcentagem
Grupo Subgrupo
Estações
em m/s
Mínima
0–5
3% (GPV)
Cambará, Ibiporã,
5,1 – 10
54,4% (PLT)
Palotina,
1
10,1 – 15
27,6% (IBI)
Guarapuava e
15,1 – 20
3,9% (PAR)
Paranavaí*
20,1 – 25 0,4% (GPV/PAR)
0–5
4,4% (LAP)
Londrina, Lapa,
5,1 – 10
61,6% (PAR)
2
Laranjeiras do Sul 10,1 – 15
22,7% (LJS)
e Paranavaí*
15,1 – 20
3,5% (LON)
20,1 – 25
0,4% (PAR)
0–5
6,3% (PIN)
5,1 – 10
67% (CIA)
Cianorte, Cândido
3
10,1 – 15
18,1% (CAB)
Abreu e Pinhais
15,1 – 20
2,6 (PIN)
20,1 – 25
0,3% (PIN)
1
0–5
0,7% (CLE)
Cascavel,
5,1 – 10
42% (BAN)
Clevelândia e
4
10,1 – 15
36,7% (BAN)
Bandeirantes
15,1 – 20
7,2% (CLE)
20,1 – 25
1,2% (BAN)
0–5
5,1 – 10
5
Morretes
10,1 – 15
15,1 – 20
20,1 – 25
0–5
5,1 – 10
6
Telêmaco Borba
10,1 – 15
15,1 – 20
20,1 – 25
0–5
5,1 – 10
2
1
Ponta Grossa
10,1 – 15
15,1 – 20
20,1 – 25
* Participa de dois grupos
Porcentagem
Máxima
9% (PLT)
61,6% (PAR)
32,3% (GPV)
66% (IBI)
1,6% (IBI)
8,8% (LON)
64,9% (LAP)
27,8% (PAR)
5% (LJS)
1% (LON)
9,2% (CIA)
72,1% (PIN)
20,2% (CIA)
4% (CAB)
0,6% (CAB)
8,9% (BAN)
48,7% (CLE)
42,3% (CAS)
11,1% (BAN)
1,5% (CAS)
-
-
-
CLE – Clevelândia
BAN - Bandeirantes
CAS - Cascavel
1
GPV – Guarapuava
PLT – Palotina
IBI – Ibiporã
LAP – Lapa
2
LON – Londrina
LJS – Laranjeiras do Sul
PAR – Paranavaí
PAR – Paranavaí
3
PIN – Pinhais
CIA – Cianorte
CAD – Cândido de Abreu
7
Média
6,5%
57,4%
29,8%
5,1%
0,9%
6,9%
63,1%
24,8%
4,2%
0,8%
7,6%
69,6%
19,1%
3,2%
0,4%
3,5%
45,6%
40,4%
8,9%
1,3%
22,9%
51,7%
21,2%
3,4%
0,7%
20,1%
61,6%
14,5%
2,9%
0,7%
1,9%
42,9%
46,8%
7,4%
0,9%
XII Congresso Brasileiro de Meteorologia, Foz de Iguaçu-PR, 2002
FIGURA 1 – Freqüência de vento máximo de verão (1/10 – 31/3) por grupo de estações agrometeorológicas de
comportamento semelhante
GRUPO 1.1
60%
50%
40%
30%
20%
10%
0%
Londrina
Ibiporã
Palotina
Paranavaí
Guarapuava
Lapa
Morretes
GRUPO 1.2
Cianorte
Cândido Abreu
Laranjeiras do Sul
Pinhais
Telêmaco Borba
80%
60%
40%
20%
0a5
5,1 a 10,1 a 15,1 a 20,1 a
10
15
20
25
0%
0a5
GRUPO 1.3
GRUPO 1.4
Cambará
Cascavel
Clevelândia
50%
Bandeirantes
50%
40%
40%
30%
30%
20%
20%
10%
10%
0%
0a5
5,1 a 10,1 a 15,1 a 20,1 a
10
15
20
25
0%
0a5
GRUPO 2.1
Ponta Grossa
60%
50%
40%
30%
20%
10%
0%
0a5
5,1 a 10,1 a 15,1 a 20,1 a
10
15
20
25
5,1 a 10,1 a 15,1 a 20,1 a
10
15
20
25
8
5,1 a 10,1 a 15,1 a 20,1 a
10
15
20
25
XII Congresso Brasileiro de Meteorologia, Foz de Iguaçu-PR, 2002
FIGURA 2 – Freqüência de vento máximo de inverno (1/4 – 30/9) por grupo de estações agrometeorológicas de
comportamento semelhante
GRUPO 1.2
GRUPO 1.1
Cambará
Ibiporã
Palotina
Guarapuava
Laranjeiras do Sul
60%
50%
40%
30%
60%
40%
20%
20%
10%
0%
Londrina
Cianorte
Cândido Abreu
Pinhais
Lapa
80%
0 a 5 5,1 a 10,1 15,1 20,1
10 a 15 a 20 25
0%
0a5
GRUPO 1.3
GRUPO 1.4
Clevelândia
Ponta Grossa
Cascavel
50%
Bandeirantes
50%
40%
40%
30%
30%
20%
20%
10%
10%
0%
0a5
5,1 a 10,1 a 15,1 a 20,1
10
15
20
25
0%
0a5
GRUPO 1.5
60%
50%
40%
30%
20%
10%
0%
5,1 a 10,1 a 15,1 a 20,1
10
15
20
25
GRUPO 1.6
Morretes
0a5
5,1 a 10,1 a 15,1 a 20,1
10
15
20
25
5,1 a 10,1 a 15,1 a 20,1
10
15
20
25
60%
50%
40%
30%
20%
10%
0%
Telêmaco Borba
0a5
9
5,1 a 10,1 a 15,1 a 20,1
10
15
20
25
XII Congresso Brasileiro de Meteorologia, Foz de Iguaçu-PR, 2002
FIGURA 3 – Freqüência de vento máximo anual por grupo de estações agrometeorológicas de comportamento
semelhante
GRUPO 1.1
60%
50%
40%
30%
20%
10%
0%
Cambará
Ibiporã
Palotina
Guarapuava
Paranavaí
GRUPO 1.2
Londrina
Lapa
Laranjeiras do Sul
Paranavaí
80%
60%
40%
20%
0a5
5,1 a 10,1 a 15,1 a 20,1 a
10
15
20
25
0%
0a5
GRUPO 1.4
GRUPO 1.3
Cianorte
Cândido Abreu
Pinhais
80%
Cascavel
Clevelândia
Bandeirantes
50%
40%
60%
30%
40%
20%
20%
0%
10%
0a5
5,1 a 10,1 a 15,1 a 20,1 a
10
15
20
25
0%
0a5
Morretes
Telêmaco Borba
80%
60%
40%
20%
0a5
5,1 a 10,1 a 15,1 a 20,1 a
10
15
20
25
0%
0a5
GRUPO 2.1
Ponta Grossa
50%
40%
30%
20%
10%
0%
5,1 a 10,1 a 15,1 a 20,1 a
10
15
20
25
GRUPO 1.6
GRUPO 1.5
60%
50%
40%
30%
20%
10%
0%
5,1 a 10,1 a 15,1 a 20,1 a
10
15
20
25
0a5
5,1 a 10,1 a 15,1 a 20,1 a
10
15
20
25
10
5,1 a 10,1 a 15,1 a 20,1 a
10
15
20
25
XII Congresso Brasileiro de Meteorologia, Foz de Iguaçu-PR, 2002
TABELA 5. Picos máximos de velocidades de vento em m/s, registrados nas estações agrometeorlógicas.
ESTAÇÃO
CAMBARÁ
BANDEIRANTES
LONDRINA
IBIPORÃ
PARANAVAÍ
CIANORTE
TELÊMACO BORBA
CÂNDIDO ABREU
PALOTINA
CASCAVEL
MORRETES
PINHAIS
LAPA
PONTA GROSSA
GUARAPUAVA
LARANJEIRAS DO SUL
CLEVELÂNDIA
VENTO MÁXIMO (m/s)
32,0
31,1
30,9
28,9
28,6
33,3
32,5
32,3
32,2
33,2
33,0
30,8
27,9
30,0
28,4
30,8
29,3
28,8
28,4
41,0
33,7
31,5
30,0
28,9
28,4
33,5
30,6
30,0
32,2
32,0
31,0
30,0
26,8
26,1
39,9
33,5
31,5
29,9
45,2
26,5
33,7
31,0
30,4
30,4
30,3
11
DATA DA OCORRÊNCIA
20/ 1/1994
21/12/1996
07/04/1994
20/03/1989
30/10/1988
17/01/1991
28/01/1996
07/08/1991
13/11/1991
21/05/1987
10/12/1993
21/04/1986
29/11/1994
17/05/1988
29/12/1998
08/09/1993
06/11/1986
20/01/1986
27/12/1994
19/10/1996
19/09/1998
19/06/1991
06/10/1998
08/02/1998
27/ 8/1989
08/09/1989
25/11/1989
11/12/1996
30/06/2000
14/01/1988
22/12/1997
27/02/1986
09/05/1987
13/11/1988
14/06/1997
24/09/1989
28/01/1988
31/01/1995
11/08/1988
22/ 9/1990
23/01/1991
01/12/1993
12/11/1997
06/09/1999
20/12/1996
XII Congresso Brasileiro de Meteorologia, Foz de Iguaçu-PR, 2002
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
MAACK, R. Geografia Física do Estado do Paraná. 2ªed. Rio de Janeiro: J. Olympio, 1981. 450p
NOBEL, P.S. Byophysical plant physiology and ecology. San Francisco, W.H. Freemann, 1983. 608p.
TUBELIS, A. & NASCIMENTO, F.C.L. do.
brasileiras. São Paulo, Nobel, 1984 374p.
Meteorologia descritiva – fundamentos e aplicações
WAGNER, C.S. et al. Velocidade e direção predominante dos ventos no Estado do Paraná. Londrina, IAPAR, 1989.
56p. ilust. (IAPAR. Boletim técnico, 26).
12
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Freqüência e intensidade dos ventos no Estado do Paraná