C1_2a_Fis_Rose_prof_Sorocaba 19/01/12 09:26 Página 89 Termologia – Módulos 1 – Escalas termométricas 2 – Escalas termométricas 3 – Calorimetria 4 – Calorimetria 5 – Potência de uma fonte térmica 6 – Potência de uma fonte térmica 7 – Balanço energético 8 – Balanço energético Albert Einstein (1879-1955) Teoria da Relatividade 1e2 Escalas termométricas 1. Temperatura Num primeiro contato, entenderemos a temperatura como a grandeza que associamos a um corpo, para traduzir o estado de agitação das partículas que o constituem. Esse estado de agitação é definido pelo nível energético das partículas e constitui o estado térmico ou estado de aquecimento do corpo. A medida desse nível energético (da temperatura) é feita de maneira indireta, pela medida de uma outra grandeza, característica de um determinado corpo e variável com a temperatura. Esta grandeza é chamada de grandeza termométrica e o corpo é o termômetro. • Agitação das partículas • Pontos fixos • Variação da temperatura 2. Escalas termométricas Uma escala termométrica é um conjunto de valores numéricos (de temperaturas), cada um associado a um determinado estado térmico pré-estabelecido. As escalas mais conhecidas são: Escala Kelvin A escala Kelvin, também denominada escala absoluta ou escala termodinâmica, foi obtida do comportamento de um gás perfeito, quando, a volume constante, fez-se variar a pressão e a temperatura dele. Para os pontos fixos, denominados zero absoluto e ponto triplo da água, associamos 0K e 273,15K, respectivamente. Devemos entender por zero absoluto o estado térmico teórico, no qual a velocidade das moléculas de um gás perfeito se reduziria a zero, isto é, cessaria o estado de agitação das moléculas. O ponto triplo da água ocorre quando gelo, água e vapor de água coexistem em equilíbrio. No corpo de maior temperatura, as partículas possuem maior nível de agitação. Ao ler-se uma temperatura nesta escala, deve-se omitir o termo “grau”; assim, 25K leem-se “vinte e cinco Kelvin”. FÍSICA 89 C1_2a_Fis_Rose_prof_Sorocaba 19/01/12 09:26 Página 90 Escala Celsius A escala Celsius é definida pela relação: (°C) = T (K) – 273,15 Observe que uma variação de temperatura é expressa nas escalas Celsius e Kelvin pelo mesmo número: ⌬c = ⌬T No zero absoluto, essa escala assinalaria –273,15°C e no ponto triplo da água, o valor 0,01°C. Até 1954, essa escala era definida convencionando-se 0°C e 100°C como as temperaturas associadas a dois pontos fixos, a saber: Do esquema, obtemos a equação de conversão entre essas escalas, em que faremos: 273,15 273 e 373,15 373 F – 32 T – 273 C – 0 –––––––– = –––––––– = ––––– –––––– – 100 – 0 212 – 32 373 – 273 Simplificando, temos: T – 273 C F – 32 ––– = –––––––– = ––––––––– 5 9 5 As relações mais utilizadas são: 1.o Ponto Fixo (ou ponto do gelo): Estado térmico do gelo fundente (equilíbrio gelo + água), sob pressão normal (0°C). C F – 32 –––– = –––––––– 5 9 e T = C + 273 4. Variação de temperatura 2o. Ponto Fixo (ou ponto do vapor): Estado térmico do vapor de água em ebulição, sob pressão normal (100°C). A escala Celsius é usada, oficialmente, em vários países, entre os quais, o Brasil. Escala Fahrenheit Essa escala é usada, geralmente, nos países de língua inglesa. No ponto do gelo (1.º P.F.), ela assinala 32°F e no ponto do vapor (2.º P.F.), o valor 212°F, apresentando, assim, 180 divisões entre essas duas marcas. 3. Equação de conversão Uma equação de conversão é uma relação entre as temperaturas em duas escalas termométricas, tal que, sabendo-se o valor da temperatura numa escala, pode-se obter o correspondente valor na outra. Assim, relacionando-se as três escalas citadas anteriormente, temos: 90 FÍSICA É comum encontrarmos exercícios nos quais é fornecida a variação de temperatura na escala Celsius (⌬C) e é pedida a correspondente variação na escala Fahrenheit (⌬F) ou vice-versa. Neste caso, devemos comparar as duas escalas e usar as proporcionalidades entre os intervalos de temperaturas. ⌬F ⌬C ––––– = ––––– 100 180 ⌬C ⌬F –––– = –––– 5 9 No Portal Objetivo Para saber mais sobre o assunto, acesse o PORTAL OBJETIVO (www.portal.objetivo.br) e, em “localizar”, digite FIS2M101 C1_2a_Fis_Rose_prof_Sorocaba 19/01/12 09:26 Página 91 Exercícios Resolvidos – Módulo 1 � (MODELO ENEM) – As informações abaixo referem-se à cronologia do estabelecimento das principais escalas termométricas que conhecemos. 1742 – Anders Celsius, sueco, cria uma escala que é utilizada até hoje. ANTIGUIDADE E IDADE MÉDIA: Dificuldade para medir precisamente as temperaturas. Hipócrates, pai da Medicina, valoriza mais o ritmo cardiorrespiratório que a temperatura corporal em seus diagnósticos. 1593 – Galileu cria o termoscópio de água, para medir a temperatura do corpo humano. 1612 – Sanctorius, médico de Pádua, desenvolve o termoscópio de Galileu para medir a temperatura dos pacientes. Século XVII – O álcool é usado como substância termométrica. A temperatura de fusão da manteiga e a do corpo de vacas e veados são testadas como pontos fixos livres da influência da pressão atmosférica. 1724 – Daniel Gabriel Fahrenheit cria o primeiro termômetro confiável, usando o mercúrio como substância termométrica. 1730 – Reamur propõe uma nova escala com 0°R para o ponto do gelo e 80°R para o ponto do vapor. C R F – 32 ––– = ––– = ––––––– = 5 4 9 T – 273 Ra – 492 = ––––––– = ––––––––– 5 9 1848 – Lord Kelvin, baseado na definição termodinâmica da temperatura (grau de agitação das partículas do sistema), cria uma escala científica que estabelece o zero absoluto como limite mínimo para as temperaturas do Universo (–273,15°C). Julgue as afirmativas que se seguem como corretas ou incorretas. I. A Medicina motivou a construção dos primeiros termômetros. II. Cronologicamente, as substâncias termométricas utilizadas foram a água, o álcool e o mercúrio. III. A temperatura de fusão da manteiga e a temperatura corpórea de vacas e veados foram usadas como pontos fixos e substituíram os pontos do gelo e do vapor. IV. Uma temperatura de 20°C corresponde a 68°F, 16°R, 293K e 528°Ra. V. A temperatura de um corpo pode ser reduzida indefinidamente. São corretas apenas: a) I, II e V b) III e V c) I, II e IV d) I, II e III e) IV e V Resolução I. (V) II. (V) III. (F) IV. (V) V. (F) Resposta: C � (MODELO ENEM) A GEOGRAFIA E A GEOPOLÍTICA DAS TEMPERATURAS As escalas Celsius e Kelvin são as mais aceitas em todo o mundo. Apesar disso, a escala Fahrenheit, usada, de modo mais restrito, nos EUA, ainda influencia a divulgação da Ciência, o turismo e as transações comerciais por causa da importância desse país. As expressões abaixo são encontradas em agendas de negócios e livros didáticos para a conversão das indicações entre as escalas Celsius (C) e Fahrenheit (F): 5 C = –––– (F – 32) 9 1859 – Rankine ajusta a escala Fahrenheit com a escala Kelvin. Criação da escala Rankine. e 9C F = –––– + 32 5 FÍSICA 91 C1_2a_Fis_Rose_prof_Sorocaba 19/01/12 09:26 Página 92 Para intervalos de temperatura e amplitudes térmicas (⌬C e ⌬F), temos: ⌬C ⌬F –––– = –––– 5 9 No mapa anterior, há uma visão das temperaturas médias anuais e amplitudes térmicas médias da superfície terrestre. Note que o Hemisfério Norte é mais frio que o Sul e apresenta amplitudes mais acentuadas, por causa da maior extesão dos continentes em relação aos oceanos. A água ameniza as temperaturas e os climas. A temperatura média do nosso planeta é de 15°C (59°F; 288K). O aquecimento global, provocado pela emissão de CO2 pelo homem na atmosfera, pode produzir um acréscimo de 3,0°C (5,4°F; 3,0K) nesse valor nos próximos 100 anos, com consequências desastrosas para o meio ambiente. De acordo com as informações apresentadas, analise as proposições que se seguem. I. A adoção de padrões universais de medida envolve fatores políticos e econômicos. II. As temperaturas medidas em graus Celsius e em graus Fahrenheit são diretamente proporcionais e as conversões são feitas multiplicando as temperaturas Celsius pelo fator 1,8. III. Para os brasileiros, a temperatura ambiente de 68°F pode ser considerada confortável. IV. No norte da Europa, é possivel ocorrer uma variação de temperatura entre –10°C e 25°C. V. A temperatura média do nosso planeta nos próximos cem anos pode passar de 59°F para 64,4°F. São corretas apenas: a) I, III, IV e V b) I,II e III c) I e IV d) I, III e V e) II, III e IV Resolução I. (V) II. (F) III. (V) IV. (V) V. (V) Resposta: A Exercícios Propostos – Módulo 1 � (FATEC-SP) – Lord Kelvin (título de nobreza dado ao célebre físico William Thompson, 1824-1907) estabeleceu uma associação entre a energia de agitação das moléculas de um sistema e a sua temperatura. Deduziu que a uma temperatura de –273,15°C, também chamada de zero absoluto, a agitação térmica das moléculas deveria cessar. Considere um recipiente com gás, fechado e de variação de volume desprezível nas condições do problema e, por comodidade, que o zero absoluto corresponde a –273°C. É correto afirmar: a) O estado de agitação é o mesmo para as temperaturas de 100°C e 100K. b) À temperatura de 0°C, o estado de agitação das moléculas é o mesmo que a 273 K. c) As moléculas estão mais agitadas a –173°C do que a –127°C. d) A –32°C, as moléculas estão menos agitadas que a 241 K. e) A 273K, as moléculas estão mais agitadas que a 100°C. RESOLUÇÃO: a) FALSA. A temperatura de 100°C corresponde a 373K. Assim, o estado de agitação das partículas de um corpo é maior a 100°C do que a 100K. b) VERDADEIRA. c) FALSA. –127°C > –173°C d) FALSA. –32°C = 241K e) FALSA. 273K = 0°C. Assim: 273K < 100°C Resposta: B 92 FÍSICA � (UNICAMP-SP) – Para se transformar graus Fahrenheit em graus Celsius, usa-se a fórmula: 5 C = ––– (F – 32) 9 em que F é o número de graus Fahrenheit e C é o número de graus Celsius. a) Transforme 35 graus Celsius em graus Fahrenheit. b) Qual a temperatura (em graus Celsius) em que o número de graus Fahrenheit é o dobro do número de graus Celsius? RESOLUÇÃO: 5 a) C = 35°C ⇒ C = ––– (F – 32) 9 5 35 = ––– (F – 32) ⇒ 63 = F – 32 ⇒ 9 F = 95°F 5 5 b) F = 2C ⇒ C = ––– (F – 32) ⇒ C = ––– (2C – 32) 9 9 9C = 10C – 160 ⇒ C = 160°C C1_2a_Fis_Rose_prof_Sorocaba 19/01/12 09:26 Página 93 � (UFCE) – Dois termômetros, um graduado em Celsius e o outro em Fahrenheit, são usados, simultaneamente, para medir a temperatura de uma mesma amostra. Lembrando que 9C F = ––– + 32, é verdadeiro afirmar que 5 01. 02. 04. 08. as leituras em Celsius são sempre maiores do que as leituras em Fahrenheit. os termômetros apresentam o mesmo valor, caso a temperatura da amostra seja –40°C. caso o termômetro em Celsius indique zero grau, o termômetro em Fahrenheit indicará 32 graus. quando a temperatura da amostra for zero grau Fahrenheit, a temperatura em Celsius também será zero. RESOLUÇÃO: 01. FALSA. Acima de –40°C, as indicações Celsius são menores que as Fahrenheit. 02. VERDADEIRA. F = C C F – 32 C C – 32 ––– = –––––––– ⇒ ––– = –––––––– ⇒ 9C = 5C –160 5 9 5 9 4C = –160 ⇒ C = –40°C 04. VERDADEIRA. C = 0°C corresponde a F = 32°F 08. FALSA. F = 0°F 0 – 32 C C F – 32 ––– = –––––––– ⇒ ––– = –––––––– ⇒ 9C = –160 9 5 9 5 C –17,8°C � (MODELO ENEM) – A figura ao lado relaciona as principais escalas termométricas (Celsius, Fahrenheit e Kelvin) na faixa das temperaturas cotidianas para o clima e para atividades científicas. Com base nesses dados, considere as proposições a seguir. I. Os aparelhos de ar condicionado são, normalmente, regulados para a temperatura de 298K. II. As indicações de temperaturas Celsius (c), Fahrenheit (F) e Kelvin (T) poderiam ser relacionadas pela expressão: c – 75 F – 167 T – 348 –––––––– = –––––––––– = –––––––––– 90 – 75 194 – 167 363 – 348 III. Uma variação de 15°C corresponde a 59°F e 288K. IV. A vida pode manifestar-se entre –25°C e 70°C. V. A temperatura normal do homem está próxima de 310K e 98°F. São corretas: a) I e III, apenas. b) II, III e V, apenas. c) I, II, III, IV e V. d) II, IV e V, apenas. e) II, III e IV, apenas. RESOLUÇÃO: I. (F) II. (V) Resposta: D III. (F) IV. (V) V. (V) FÍSICA 93 C1_2a_Fis_Rose_prof_Sorocaba 19/01/12 09:26 Página 94 Exercícios Resolvidos – Módulo 2 � (MODELO ENEM) – A cronologia abaixo refere-se ao refinamento das medidas de temperatura ocorridas no século XX e no início do século XXI. 1900 – Pirômetro óptico permite a medição da temperatura de objetos incandescentes (acima de 500°C) e revela que a radiação é emitida na forma de pacotes discretos de energia, os quais Max Planck chamou de quanta (no singular, quantum). Nasce a Física Quântica. 1927, 1948, 1968, 1990 – Reuniões para o estabelecimento da Escala Internacional de Temperatura (EIT), as quais definem o aumento da precisão das medidas, com base nas técnicas termométricas vigentes. Atualmente, temperaturas entre –272,5°C (0,65K) a 6000K podem ser medidas com precisão média de 0,001K. 1963 – Arno e Penzias relacionam a radiação, encontrada em todos os pontos do Universo (radiação cósmica de fundo), com a temperatura atual do Universo, 2,8K, que indica que o Universo tem 13,7 bilhões de anos desde o Big Bang. 1988 – Variações de 0,02K na radiação cósmica de fundo reforçam a teoria do Big Bang e explicam a existência das galáxias. 2006 – Medidas meteorológicas precisas imputam à humanidade o aumento acelerado da temperatura do ar atmosférico nos últimos 150 anos (aquecimento global). Assinale a alternativa correta: a) A luz produzida por uma fonte incandescente espalha-se de maneira contínua no espaço b) De acordo com as reuniões para o estabelecimento da EIT, os termômetros modernos podem indicar com fidedignidade temperaturas, por exemplo, de 298,37258K c) A temperatura do Universo atual vale, em média, –272,5°C. d) A falta de variações na radiação cósmica de fundo poderia invalidar a teoria do Big Bang. e) O aquecimento global apresenta apenas causas naturais e não antrópicas. Resposta: D � (MODELO ENEM) A TEMPERATURA CORPORAL E O DIAGNÓSTICO DE DOENÇAS A temperatura do corpo humano é mantida constante pela intervenção de um sistema de termorregulação localizado no diencéfalo. Esse sistema pode ser desequilibado por toxinas introduzidas (infecções, por exemplo) ou formadas no organismo. A temperatura normal do corpo humano é em média 36,5°C, variando ao longo do dia até um grau acima ou abaixo desse valor, segundo um ritmo circadiano. Em algumas doenças, como a cólera, pode atingir 33°C (hipotermia) e, em outras, 42°C (hipertermia, febre). Termografia da cabeça. Os termômetros clínicos são termômetros de mercúrio, utilizados para a determinação da temperatura do corpo humano. São graduados de 35°C a 42°C. Como o mercúrio se contrai rapidamente, o termômetro apresenta um estrangulamento que impede que o mercúrio da haste volte ao bulbo, após a medida de uma temperatura. Considere as afirmações, a seguir, e julgue-as corretas ou incorretas. I. A temperatura do corpo humano é controlada pelo cérebro, que aciona os mecanismos termorreguladores. II. Apesar da temperatura normal do corpo humano ser próxima de 98,6°F, há registros de pessoas que sobreviveram a valores de 33°C e 42°C. III. O estrangulamento obriga-nos a movimentar vigorosamente o termômetro após uma medida de temperatura para conduzir o mercúrio de volta ao bulbo. IV. O termômetro clínico apresenta, entre 35°C e 42°C, variações de 12,6°F ou 7,0K. V. Ao longo do dia, a temperatura do corpo pode variar entre 35,5°C e 37,5°C sem risco de hipotermia ou hipertermia. São corretas: a) I, II, III e IV, apenas b) I, II, III, IV e V c) I, III e V, apenas d) II e IV, apenas e) I, II, III e IV, apenas Resposta: B Exercícios Propostos – Módulo 2 � Dois pesquisadores, um norte-americano e um brasileiro, medem diariamente a temperatura ambiente (máxima e mínima) do mesmo local. O norte-americano faz suas medidas usando um termômetro graduado na escala Fahrenheit, e o brasileiro utiliza um graduado na escala Celsius. Quando necessitam utilizar os dados de temperatura, os dois têm de con- 94 FÍSICA verter seus dados à escala Kelvin. O pesquisador norte-americano encontrou uma variação de 45,0°F entre as temperaturas máxima e mínima de um dia. Nesse mesmo dia, as variações de temperatura obtidas, em °C e em K, foram a) 7,2°C; 7,2K b) 7,2°C; 45,0K c) 25,0°C; 25,0K d) 25,0°C; 45,0K e) 45,0°C; 45,0K C1_2a_Fis_Rose_prof_Sorocaba 19/01/12 09:26 Página 95 RESOLUÇÃO: RESOLUÇÃO: Cálculo do ponto de fusão (F): 1) Para variação de temperatura, relacionando as escalas Celsius 0 – F 30 – 0 –––––––– = –––––––– ⇒ 100 – F 50 – 0 e Fahrenheit, temos: ⌬C ⌬F ––––– = ––––– 100 180 – F 3 –––––––– = ––– ⇒ 100 – F 5 ⇒ – 5F = 300 – 3F ⇒ – 2F = 300 ⇒ ⌬C 45 ––––– = ––––– 180 100 ⇒ F = –150°X ⌬C = 25°C Cálculo do ponto de ebulição (E): 100 – 0 50 – 30 –––––––– = –––––––– E – 0 100 – 30 100 20 ––––– = –––– E 70 2) As variações de temperatura, nas escalas Celsius e Kelvin, são iguais: ⌬T(K) = ⌬ (°C) Assim: ⌬T = 25K 2E = 700 Resposta: C ⇒ E = 350°X Resposta: C � (MACKENZIE-SP) – Um estudante observa que, em certo instante, a temperatura de um corpo, na escala Kelvin, é 280K. Após 2 horas, esse estudante verifica que a temperatura desse corpo, na escala Fahrenheit, é 86°F. Nessas 2 horas, a variação da temperatura do corpo, na escala Celsius, foi de a) 23°C b) 25°C c) 28°C d) 30°C e) 33°C RESOLUÇÃO: 1) Conversão de 280K em °C: C = T – 273 ⇒ C = 280 – 273 (°C) ⇒ � (MACKENZIE-SP) – Um médico criou para uso próprio uma escala termométrica linear, adotando, respectivamente, –10,0 °M e 190 °M para os pontos de fusão do gelo e de ebulição da água sob pressão normal. Usando um termômetro graduado nessa escala, ele mediu a temperatura de um paciente e encontrou o valor 68°M. A temperatura dessa pessoa na escala Celsius era: a) 39°C b) 38°C c) 37,5°C d) 37°C e) 36,5°C C = 7°C RESOLUÇÃO: 2) Conversão de 86°F em °C: F – 32 C –––– = ––––––– 5 9 C 86 – 32 ⇒ –––– = ––––––– (°C) ⇒ C = 30°C 9 5 Logo, a variação da temperatura em °C é dada por: ⌬C = (30 – 7) (°C) ⇒ ⌬C = 23°C Resposta: A Assim: � (UELON-PR) – Uma escala de temperatura arbitrária X está relacionada com a escala Celsius, conforme o gráfico abaixo. As temperaturas de fusão do gelo e de ebulição da água, sob pressão normal, na escala X são, respectivamente, a) –60 e 250 b) –100 e 200 c) –150 e 350 d) –160 e 400 e) –200 e 300 68 – (– 10,0) C – 0 –––––––– = –––––––––––––– 190 – (– 10,0) 100 – 0 C 78 –––––– = ––––– 200 100 ⇒ C = 39°C Resposta: A FÍSICA 95 C1_2a_Fis_Rose_prof_Sorocaba 19/01/12 09:26 Página 96 � (MODELO ENEM) – Observe a figura abaixo. Entre 10°C e 35°C, há uma variação de: a) 25°F b) 35°F c) 45°F d) 50°F e) 95°F Resposta: C Correspondência entre graus Celsius e graus Fahrenheit. 3e4 Calorimetria • Calor não é temperatura • Calor específico sensível • Calor é energia 1. Energia térmica Todo corpo é formado de partículas. Essas partículas estão constantemente em agitação, provocada por uma energia nelas existente. A energia cinética média associada a uma partícula é que determina seu estado de agitação, definindo a temperatura do corpo. O somatório das energias de agitação das partículas é a energia térmica do corpo. É importante notar que esse somatório de energias depende da energia de agitação de cada partícula (da temperatura) e do número de partículas que o corpo possui (da massa do corpo). 2. Calor e equilíbrio térmico Quando dois corpos em temperaturas diferentes são colocados em contato térmico, espontaneamente, há transferência de energia térmica do corpo de maior para o de menor temperatura. Dessa forma, a temperatura do “mais quente” diminui e do “mais frio” aumenta até que as duas se igualem. Nesse ponto, cessa a troca de energia térmica. Dizemos que foi atingido o equilíbrio térmico e a temperatura comum é denominada temperatura final de equilíbrio térmico. Observemos que a causa determinante da passagem de energia térmica de A para B foi a diferença de temperaturas e que, quando as temperaturas se igualaram, cessou a passagem de energia térmica. A energia térmica que passa de A para B recebe, durante a passagem, a denominação de calor. 96 FÍSICA Portanto, calor é energia térmica em trânsito de um corpo para outro, motivada por uma diferença de temperaturas existente entre eles. 3. Capacidade térmica (C) e calor específico sensível (c) Suponhamos que um corpo A de massa m receba uma quantidade de calor sensível Q, que lhe provoca o aquecimento ⌬. Por definição, a capacidade térmica ou capacidade calorífica de um corpo representa a quantidade de calor necessária para variar sua temperatura de uma unidade. Q C = –––– ⌬ Unidade usual: cal/°C C1_2a_Fis_Rose_prof_Sorocaba 19/01/12 09:26 Página 97 Por definição, o calor específico sensível de uma substância corresponde à capacidade térmica por unidade de massa dela. O calor específico sensível da água, em geral, vale 1,0cal/g°C. C Q c = ––– = ––––––– m m ⌬ 4. Cálculo da quantidade de calor sensível Da definição de calor específico sensível, temos: Q Q = m c ⌬ c = ––––– m ⌬ Esta relação é denominada equação fundamental da calorimetria. Exercícios Resolvidos – Módulo 3 � (MODELO ENEM) – A cronologia abaixo relaciona-se com a evolução do conceito de calor. SÉCULO V a.C. – Platão destaca que o calor e o fogo podem ser produzidos por impacto ou fricção. que eles respondiam com diferentes variações de temperatura (⌬). Definiu, então, o calor sensível (Q), a capacidade térmica de um corpo C e o calor específico sensível (c) de uma substância e os relacionou nas fórmulas: Q = C . ⌬ Q = mc ⌬ A ideia de Black de que o calor é uma substância sem peso (calórico) transferida de um corpo quente para outro frio, apesar de lógica, desagrada muitos cientistas (energistas x caloristas). 1620 – Francis Bacon defende a ideia de que calor e temperatura são manifestações do movimento (energia). 1800 – Conde Rumford (Benjamim Thomson) observando a fabricação de canhões, conclui que um corpo finito não poderia produzir quantidades infinitas de calórico – o calor, relacionado com o movimento e o atrito, é definido como energia em trânsito, provocado por uma diferença de temperaturas. 1680 – Robert Hooke e Robert Boyle relacionam a temperatura com a “rápida e impetuosa agitação das partes de um corpo”. 1843 – Joule, pelo caminho experimental, e Mayer, pelo teórico, mostram que o calor pode transformar-se em trabalho mecânico e conservar-se como qualquer tipo de energia. ANTIGUIDADE E IDADE MÉDIA – Ao lado do ar, da terra e da água, o fogo serviu como elemento para compor a visão de mundo e a filosofia natural. Era o único que não abrigava a vida. 1779 – Joseph Black, usando um termômetro, concebido por Fahrenheit, realiza as primeiras experiências para diferenciar calor de temperatura. Aqueceu corpos de massa (m) e substâncias diferentes e percebeu 1912 – Debye aperfeiçoa as ideias de Einstein, ao considerar que átomos e moléculas de um sólido, sob aquecimento, agitam-se como as ondas sonoras no ar, com modos de vibração chamados de fônons. 1907 – Einstein restringe a agitação molecular a energias discretas (quantização) e determina valores muito precisos para os calores específicos sensíveis dos metais. Assinale a alternativa correta. a) Platão não relacionou a produção de calor com a energia mecânica. b) De acordo com a teoria dos quatro elementos, o fogo originou a vida. c) O calor sempre foi considerado uma forma de energia. d) A capacidade térmica relaciona o calor recebido por um corpo com a variação de temperatura que ele sofre e) O calor é a energia térmica de um corpo acima de 30°C. Resolução Resposta: D � O calor específico sensível a) define o comportamento térmico de um corpo, ao contrário da capacidade térmica, que se refere ao da substância. b) é a quantidade de calórico que um corpo recebe para elevar sua temperatura. c) perdeu significado com os trabalhos de Einstein e Debye em Termodinâmica, pois relaciona-se com a teoria do calórico. d) é gerado apenas por impacto e fricção. e) relaciona-se com o modo de vibração das moléculas ou átomos de uma substância. Resolução Resposta: E FÍSICA 97 C1_2a_Fis_Rose_prof_Sorocaba 19/01/12 09:26 Página 98 Exercícios Propostos – Módulo 3 � (UERGS) – No estudo da calorimetria, são comuns os termos calor específico sensível e capacidade térmica. Considerando esse tema, assinale a afirmativa correta. a) Calor específico sensível é uma característica de um corpo. b) Calor específico sensível é uma característica de uma substância. c) Capacidade térmica é uma característica de uma substância. d) Quanto maior a capacidade térmica de um corpo, maior é a sua temperatura. e) Quanto maior o calor específico sensível de um corpo, maior é a sua temperatura. RESOLUÇÃO: Capacidade térmica ou capacidade calorífica de um corpo corresponde à energia térmica necessária para provocar a variação de uma unidade na temperatura desse corpo. A capacidade térmica depende do material e da massa, dependendo assim, do corpo. O calor específico sensível é a capacidade térmica da unidade de massa desse corpo, correspondendo à energia necessária para provocar a variação de uma unidade de temperatura na unidade de massa. Assim, o calor específico sensível depende apenas do material do corpo. Resposta: B � (UNIMEP-SP) – Considere as seguintes afirmações: I. Corpos de mesma massa e constituídos de uma mesma substância possuem a mesma capacidade térmica e o mesmo calor específico. II. Corpos constituídos de uma mesma substância e com massas diferentes possuem o mesmo calor específico e capacidades térmicas diferentes. III. Corpos de mesma massa e constituídos por substâncias diferentes possuem calores específicos e capacidades térmicas diferentes. Destas afirmações, pode-se concluir que a) apenas as afirmações I e II estão corretas. b) apenas a afirmação III está correta. c) as afirmações I e III estão corretas e a afirmação II não é verdadeira. d) apenas as afirmações II e III estão corretas. e) todas as afirmações são verdadeiras. RESOLUÇÃO: I) CORRETA. C = mc II) CORRETA. O calor específico sensível é uma característica da substância. Assim, corpos de mesma substância possuem calores específicos sensíveis iguais. Corpos de mesma substância e massas diferentes possuem capacidades térmicas diferentes. III)CORRETA. Resposta: E 98 FÍSICA C1_2a_Fis_Rose_prof_Sorocaba 19/01/12 09:26 Página 99 � A massa e o calor específico sensível de cinco amostras de materiais sólidos e homogêneos são representados na tabela dada a seguir. Amostra m(g) c(cal/g°C) A 150 0,20 B 50 0,30 C 250 0,10 D 140 0,25 E 400 0,15 As cinco amostras se encontram inicialmente na mesma temperatura e recebem quantidades iguais de calor. Qual delas atingirá a maior temperatura final? a) A b) B c) C d) D e) E RESOLUÇÃO: A amostra que irá atingir maior temperatura é aquela que tiver menor capacidade térmica. Preencha o quarto quadrinho com o valor da capacidade térmica (produto da massa pelo calor específico sensível) de cada amostra. Resposta: B � Com relação ao conceito termodinâmico de calor, assinale a alternativa correta. a) Calor é energia em trânsito de um corpo para outro, quando entre eles há diferença de temperatura. b) Calor é uma forma de energia presente exclusivamente em corpos com alta temperatura. c) Calor é a medida da intensidade de temperatura dos corpos, sejam eles quentes ou frios. d) Calor é a máxima quantidade de energia retida num corpo quente. e) Calor é o mesmo que temperatura. � (MODELO ENEM) – Tempos atrás, as Casas Pernambucanas veicularam uma campanha publicitária nos meios de comunicação em que alguém batia à porta de uma residência e uma voz feminina perguntava: — Quem bate? E recebia como resposta: — É o frio! A voz feminina cantava, então, os seguintes versos: Não adianta bater, eu não deixo você entrar. As Casas Pernambucanas é que vão aquecer o meu lar. Vou comprar flanelas, lãs e cobertores eu vou comprar, nas Casas Pernambucanas, e não vou sentir o inverno passar. Analisando o texto e usando os seus conhecimentos de Termologia, você conclui que a) essa propaganda está fisicamente correta, pois a lã é péssima condutora tanto de frio como de calor e não vai deixar o frio entrar. b) essa propaganda está fisicamente correta, pois a lã é boa condutora de calor e péssima condutora de frio, não deixando o frio entrar. c) essa propaganda está correta, pois a lã e a flanela são tecidos que não permitem a propagação do calor, porém o frio pode passar através delas. d) essa propaganda está incorreta, pois o frio só se propaga por meio da convecção; portanto, não passa pelos tecidos em geral, que são sólidos. e) essa propaganda está incorreta, pois o frio não se propaga. O calor é que se propaga. Assim, os agasalhos de lã dificultam a saída do calor do nosso corpo, sendo errado dizer que impedem a entrada do frio. RESOLUÇÃO: O frio não entra, é o calor (energia térmica) que sai. Os agasalhos devem isolar nossos corpos, evitando a saída do calor. Resposta: E RESOLUÇÃO: Calor é a denominação que damos à energia térmica quando, e apenas enquanto, ela desloca-se entre dois locais de temperaturas diferentes. Calor é energia térmica em trânsito, indo espontaneamente do local de maior temperatura para o de menor temperatura. Calor é energia em trânsito, enquanto temperatura está relacionada à energia térmica média existente nas partículas de um corpo. Resposta: A FÍSICA 99 C1_2a_Fis_Rose_prof_Sorocaba 19/01/12 09:26 Página 100 Exercícios Resolvidos – Módulo 4 � (MODELO ENEM) – Até o século XVIII, os físicos e os alquimistas, em sua maioria, tratavam o calor como um fluido que podia ser transferido de um corpo para outro. Por isso, os termos capacidade, fonte e fluxo, ligados ao armazenamento, produção e movimentacão de líquidos e gases são utilizados, ainda hoje, na Termologia. Assim, a capacidade térmica de um corpo homogêneo pode ser definida a) pela massa de água a 0°C que um calorímetro pode receber. b) pela relação entre o calor recebido por um corpo e seu volume. c) pelo produto da massa do corpo pelo calor específico sensível do material que o constitui. d) pela relação entre o calor recebido por um corpo e sua temperatura. e) pelo volume de água a 100°C que um calorímetro pode receber. Resolução C=m.c Resposta: C � Suponhamos que um corpo A de massa m receba uma quantidade de calor sensível Q que lhe provoque o aquecimento ⌬. Q O quociente ––– representa ⌬ a) o calor específico sensível da substância que constitui corpo A. b) a capacidade térmica do corpo A. c) o calor específico latente de fusão da substância que constitui o corpo A. d) a potência da fonte que aquece o corpo A. e) o fluxo de calor do corpo A para o ambiente. Resolução Q C = –––– ⌬ cal C: capacidade térmica –––– °C m: massa (g) ⌬: variação de temperatura (°C) Resposta: B Exercícios Propostos – Módulo 4 � Um corpo de massa 200g recebe 400 cal, aquecendo-se de 30°C a 40°C. Calcule a) a capacidade térmica do corpo; b) o calor específico sensível da substância que constitui o corpo. RESOLUÇÃO: QS = C ⌬ a) 400 = C . (40 – 30) C = 40cal/°C RESOLUÇÃO: Q = m c ⌬ ⇒ 1 000 = m . 1,0 . (60 – 10) m = 20g C = mc b) � (MODELO ENEM) – Você já deve ter lido no rótulo de uma latinha de refrigerante diet a inscrição “contém menos de 1,0 caloria”. Essa caloria é a grande caloria (caloria alimentar) que vale 1000 calorias utilizadas na termologia. Que massa m de água poderia ser aquecida de 10°C para 60°C utilizando essa energia (1000 cal)? Dado: calor específico sensível da água = 1,0 cal/g°C. a) 10 gramas b) 20 gramas c) 30 gramas d) 40 gramas e) 50 gramas Resposta: B 40 = 200 . c c = 0,2cal/g°C 100 FÍSICA C1_2a_Fis_Rose_prof_Sorocaba 19/01/12 09:26 Página 101 � (UNIP-SP) – Um corpo de massa 1,0kg recebe uma quantidade de calor de 1,0 cal e aumenta sua temperatura de 1,0°C, sem mudança de estado. O calor específico sensível da substância que constitui o corpo, em cal/g°C, vale a) 1,0 b) 0,1 c) 1,0 . 103 –3 6 d) 1,0 . 10 e) 1,0 . 10 RESOLUÇÃO: Q = m c ⌬ 1,0 cal = 103g . c . 1,0°C c = 1,0 . 10–3 cal/g°C � (FGV-SP) – Os trajes de neopreno, um tecido emborrachado e isolante térmico, são utilizados por mergulhadores para que certa quantidade de água seja mantida próxima ao corpo, aprisionada nos espaços vazios no momento em que o mergulhador entra na água. Essa porção de água em contato com o corpo é por ele aquecida, mantendo assim uma temperatura constante e agradável ao mergulhador. Suponha que, ao entrar na água, um traje retenha 2,5ᐉ de água inicialmente a 21°C. A energia envolvida no processo de aquecimento dessa água até 35°C é a) 25,5kcal b) 35,0kcal c) 40,0kcal d) 50,5kcal e) 70,0kcal Dados: densidade da água = 1,0kg/ᐉ calor específico sensível da água = 1,0 cal/(g.°C) Resposta: D RESOLUÇÃO: Usando-se a equação fundamental da calorimetria, temos Q = m c ⌬ m Sendo a densidade expressa por d = ––– ⇒ m = d . V V vem: Q = d V c ⌬ Substituindo-se os valores numéricos, Q = 1.0 . 103 . 2,5 . 1,0 . (35 – 21) (cal) Q = 35,0 . 103 cal ⇒ Q = 35,0kcal Resposta: B � Fornecendo 500 cal a 200g de uma substância, a sua temperatura passou de 20°C a 30°C. O calor específico sensível da substância, em cal/g°C, vale: a) 0,25 b) 2,5 c) 50 d) 500 e) 600 RESOLUÇÃO: 500 Qs c = ––––– ⇒ c = –––––––––––– 200 (30 – 20) m ⌬ –––––– g . °C cal cal ⇒ c = 0,25 –––––– g . °C Resposta: A No Portal Objetivo Para saber mais sobre o assunto, acesse o PORTAL OBJETIVO (www.portal.objetivo.br) e, em “localizar”, digite FIS2M102 FÍSICA 101 C1_2a_Fis_Rose_prof_Sorocaba 19/01/12 09:26 Página 102 Potência de uma fonte térmica 5e6 • Calor e tempo • 4,2J • Caloria • Aquecedores 1. Cálculo da potência da fonte térmica ⌬t medido por um cronômetro, para provocar uma variação de temperatura ⌬ sem ocorrer mudança de estado. Os sistemas que produzem calor (estrelas, aquecedores elétricos, fogões a gás) podem ter seus desempenhos analisados à luz dos conceitos de energia mecânica, como transformação, conservação, trabalho e potência. Assim, se uma fonte térmica produz certa quantidade de calor Q, num intervalo de tempo ⌬t, podemos definir sua potência Pot pela expressão: Q Pot = ––––– ⌬t ou Q = Pot . ⌬t As unidades mais utilizadas para estas grandezas são mostradas no quadro abaixo: Potência (Pot) Calor (Q) (energia) Intervalo de tempo (⌬t) cal ––––– min caloria (cal) minuto (min) cal ––––– s caloria (cal) segundo (s) J watt (W) = ––– s joule (J) segundo (s) quilowatt (kW) quilowatt-hora (kWh) Importante 1,0cal 4,2J 1,0kcal = 1000cal 1,0kWh = 3 600 000J 735W = 1,0cv (cavalovapor) FÍSICA Q Pot = –––– ⌬t ⇒ mc ⌬ Pot = –––––––– ⌬t Q ⇒ calor sensível c ⇒ calor específico sensível da água Se a potência da fonte térmica é constante, podemos relacionar a variação de temperatura ⌬ com a variação do tempo ⌬t por meio do seguinte gráfico: hora (h) 746W = 1,0hp (horse power) 1,0min = 60s 1,0h = 3600s As fontes térmicas mais comuns em um laboratório são os bicos de Bunsen e os aquecedores elétricos de imersão (ebulidores). Eles estão representados a seguir, no aquecimento de uma certa massa m de água, num intervalo de tempo 102 A potência Pot desses aparelhos, em relação a esse processo, pode ser calculada pela expressão: No Portal Objetivo Para saber mais sobre o assunto, acesse o PORTAL OBJETIVO (www.portal.objetivo.br) e, em “localizar”, digite FIS2M103 C1_2a_Fis_Rose_prof_Sorocaba 19/01/12 09:26 Página 103 Exercícios Resolvidos – Módulo 5 � (MODELO ENEM) – A potência de uma fonte térmica também IV) Correta. O total de calorias seria gasto em pode ser utilizada para analisarmos sistemas que não sejam necessariamente máquinas térmicas. A energia consumida e utilizada por um ser humano pode ser calculada V) Correta. 110 cal x 20 maçãs = 2200 cal Q em kcal e sua potência, em kcal/h ou kcal/dia Pot = –––– . ⌬t 26 + 18 + 5 + 6 = 55 min 12 min x 20 maçãs = 240 min (4h) Resposta: A A tabela mostra a relação da energia térmica com a atividade humana. Os dados apresentados devem ser utilizados para analisar as seguintes proposições. I) A natação é a atividade física mais eficiente para elevar o gasto calórico da pessoa. II) Em quatro horas de sono, a pessoa consome o conteúdo calórico de um “milk-shake”. III) A energia fornecida por um lanche composto por um hambúrguer, batata frita e um milk-shake seria consumida em três horas e cinco minutos de caminhada. IV) Uma hora de corrida permitiria a ingestão de um “milk-shake”, um hambúrguer, um refrigerante comum e um ovo frito sem risco de ganhar peso. V) Vinte maçãs correspondem a 2 200 cal e permitiriam uma viagem de quatro horas de bicicleta. � (INEP-MODELO ENEM) – No século XXI, racionalizar o uso da energia é uma necessidade imposta ao homem devido ao crescimento populacional e aos problemas climáticos que o uso da energia, nos moldes em que vem sendo feito, tem criado para o planeta. Assim, melhorar a eficiência no consumo global de energia torna-se imperativo. O gráfico, a seguir, mostra a participação de vários setores da atividade econômica na composição do PIB e sua participação no consumo final de energia no Brasil. Considerando-se os dados apresentados, a fonte de energia primária para a qual uma melhoria de 10% na eficiência de seu uso resultaria em maior redução no consumo global de energia seria a) o carvão. b) o petróleo. c) a biomassa. d) o gás natural. e) a hidroeletricidade. CONTEÚDO ENERGÉTICO DE ALGUNS ALIMENTOS, TEMPOS DE EXERCÍCIOS EQUIVALENTES (PESSOA DE 70KG) PARA CONSUMI-LOS Alimento Repouso Andando Bicicleta Natação Corrida cal (uma porção) (min) (min) (min) (min) (min) 110 78 19 12 9 5 Toucinho (duas fatias) 96 74 18 12 9 5 Ovo cozido 77 59 15 9 7 4 110 85 21 13 10 6 Hambúrguer 350 269 67 43 31 18 Milk-shake 502 386 97 61 45 26 Refrigerante comum 106 82 20 13 9 5 Batata frita 108 83 21 13 10 6 Maçã Ovo frito C.H. Snyder. The extraordinary chemistry of ordinary things. John Wiley and Sons. São corretas, somente: a) III, IV e V b) I e II c) I, II e III d) I e III e) I, III e V Resolução I) Incorreta. A corrida é mais eficiente. II) Incorreta. O conteúdo energético do “milk-shake” é consumido em seis horas e 26 minutos (386 min) de repouso. III) Correta. O conteúdo energético do lanche proposto seria consumido em 67 + 97 + 21 = 185 min de caminhada (3h e 5 min). PATUSCO, J. A. M. “Energia e economia no Brasil 1970-2000”. Economia & Energia, no. 35, nov./dez., 2002. Disponível em:<http://ecen.com/eee35/energ-econom19702000.htm>. Acesso em: 20 mar. 2009. (com adaptações). Resolução A fonte de energia primária responsável pela maior contribuição para a energia total consumida no planeta é o petróleo, o que se evidencia pela coluna vermelha correspondente a transporte. Resposta: B FÍSICA 103 C1_2a_Fis_Rose_prof_Sorocaba 19/01/12 09:26 Página 104 Exercícios Propostos – Módulo 5 � Um líquido cuja massa é igual a 250g é aquecido de –20°C a 40°C sem sofrer mudança de estado. Sabendo-se que seu calor cal específico sensível é igual a 0,30 ––––– , o tempo necessário g°C � (FURG-RS) – O gráfico representa a temperatura de um corpo em função do tempo, ao ser aquecido por uma fonte que fornece calor a uma potência constante de 180 cal/min. para este aquecimento, usando uma fonte térmica de potência constante e igual a 90 calorias por minuto, será igual a: a) 20min b) 30min c) 40min d) 50min e) 60min RESOLUÇÃO: Q 250 . 0,30 [40 – (–20)] mc⌬ Pot = ––– ⇒ ⌬t = ––––––– = ––––––––––––––––––––– ⌬t 90 Pot 4500 ⌬t = –––––– 90 ⇒ Se a massa do corpo é 200g, então o seu calor específico vale ⌬t = 50min a) 0,180 cal/g°C d) 0,090 cal/g°C Resposta: D b) 0,150 cal/g°C e) 0,075 cal/g°C c) 0,120 cal/g°C RESOLUÇÃO: Q = mc⌬ Q Pot = ––– ⌬t ⇒ Q = Pot ⌬t Então: Pot ⌬t = mc⌬ � (FUVEST) – Um atleta envolve sua perna com uma bolsa de água quente, contendo 600g de água à temperatura inicial de 90°C. Após 4,0 horas, ele observa que a temperatura da água é de 42°C. A perda média de energia da água por unidade de tempo é: (c = 1,0cal/g°C) a) 2,0 cal/s b) 18 cal/s c) 120 cal/s d) 8,4 cal/s e) 1,0 cal/s RESOLUÇÃO A energia média perdida na unidade de tempo corresponde a uma potência média: Q mc ⌬ Pot = ––– = –––––––––– ⌬t ⌬t Substituindo os valores, temos: 600 . 1,0 . 48 Pot = ––––––––––––– (cal/s) 4,0 . 60 . 60 180 . 10 = 200 . c . (120 – 20) Resposta: D c = 0,090cal/g°C � (ENEM) – A eficiência do fogão de cozinha pode ser analisada em relação ao tipo de energia que ele utiliza. O gráfico a seguir mostra a eficiência de diferentes tipos de fogão. Pot = 2,0cal/s Resposta: A Pode-se verificar que a eficiência dos fogões aumenta a) à medida que diminui o custo dos combustíveis. b) à medida que passam a empregar combustíveis renováveis. 104 FÍSICA C1_2a_Fis_Rose_prof_Sorocaba 19/01/12 09:26 Página 105 Observação: na realidade, a eficiência é cerca de duas vezes maior e não o aumento que é de cerca de duas vezes (o que corresponderia a multiplicar a eficiência por três). c) cerca de duas vezes, quando se substitui fogão a lenha por fogão a gás. d) cerca de duas vezes, quando se substitui fogão a gás por fogão elétrico. e) quando são utilizados combustíveis sólidos. d) Falsa: a eficiência passa de um valor da ordem de 56% para 62%. e) Falsa: lenha e carvão são combustíveis sólidos e correspondem às menores eficiências. Resposta: C RESOLUÇÃO: a) Falsa: o fogão a lenha tem custo mais baixo e é o de menor eficiência. b) Falsa: dos combustíveis citados, o único que é sempre renovável é a lenha, que corresponde à menor eficiência. c) Correta: para o fogão a lenha, a eficiência é da ordem de 28%, e do fogão a gás é da ordem de 56%. Exercícios Resolvidos – Módulo 6 (MODELO ENEM) – A sequência histórica a seguir mostra a evolução do conceito de calor da Grécia Antiga ao mundo da Revolução Industrial do século XIX. 1842: J.R. Mayer reúne e sistematiza todo o conhecimento de sua época sobre o calor e o insere no contexto energético, subordinando-o aos conceitos de conservação e transfomação. 500 a.C.: Platão diz que o calor e o fogo, que geram e sustentam todas as coisas, são em si originados por impacto e fricção. 1790: James Watt desenvolve a máquina a vapor de Newcomen e mostra que o calor pode ser transformado em trabalho mecânico. 1800: Humphry Davy impressiona a comunidade científica ao derreter gelo, num dia de inverno rigoroso (–15°C), atritando um bloco no outro. Demonstra, assim, que o calor necessário para a fusão era criado pelo movimento (energia cinética). 1843: James Prescott Joule encontra experimentalmente o equivalente mecânico do calor (1,0cal = 4,2J) e permite o cálculo da potência das fontes térmicas. Q Pot = –––– ⌬t � As referências apresentadas permitem a análise das proposições que se seguem. I) Platão já admitia que o calor é uma forma de energia e que poderia ser obtido a partir do trabalho mecânico. II) A máquina a vapor transforma calor em movimento. III) Davy mostrou que os corpos a temperaturas muito baixas não podem transferir calor. IV) Mayer afirmou que o calor era uma forma de energia e sua conservação em sistemas isolados explica o equilíbrio térmico. V) Na experiência de Joule, as duas massas de 150kg descem dez metros para girar o agitador, que eleva a temperatura de 1,0kg de água em 10°C. São corretas apenas: a) I, II e III b) I e III c) II e V d) I, II, IV e V e) IV e V Resolução I – Correta II – Correta III – Incorreta V – Correta IV – Correta Qcedido + Qrecebido = 0 Resposta: D � O consumo médio de energia de um ser humano adulto é de 100 J por segundo (100W); isso significa que a cada segundo consumimos, aproximadamente: a) 2400kcal b) 420kcal c) 1,0kcal d) 0,42kcal e) 0,024kcal Resposta: E Experiência de Joule. Exercícios Propostos – Módulo 6 � (MACKENZIE-SP) – No nível do mar, certa pessoa necessitou aquecer 2,0 litros d’água, utilizando um aquecedor elétrico de imersão, cuja potência útil é constante e igual a 1,0 kW. O termômetro disponibilizado estava calibrado na escala Fahrenheit e, no início do aquecimento, a temperatura indicada era 122°F. O tempo mínimo necessário para a água atingir a temperatura de ebulição foi a) 1min 40 s b) 2 min c) 4 min 20 s d) 7 min e) 10 min Dados: água = 1,0 g/cm3 cágua = 1,0cal/(g.°C) 1 cal = 4,2 J RESOLUÇÃO: 1) Temperatura inicial em °C: FÍSICA 105 C1_2a_Fis_Rose_prof_Sorocaba 19/01/12 09:26 Página 106 RESOLUÇÃO: Pot. ⌬t = mc ⌬ c F – 32 ––– = –––––– 5 9 122 – 32 c ––– = –––––––– 9 5 Pot. ⌬t = C . ⌬ Assim, 20 . 100 = C (60 – 20) ⇒ ⇒ 0 = 50°C C = 50 cal/°C Resposta: D Q m c ⌬ 2) Pot = ––– = –––––– ⌬t ⌬t J 1000 cal Pot =1000W = 1000 ––– = –––––– ––– s 4,2 s � (UFG-GO) – O cérebro de um homem típico, sadio e em repouso, consome uma potência de aproximadamente 16W. Supondo que a energia gasta pelo cérebro em 1 min fosse completamente usada para aquecer 10mᐉ de água, a variação de temperatura seria de, aproximadamente, 1000 2000 . 1 . 50 –––––– = –––––––––––– 4,2 ⌬t ⌬t = 420s = 7min Densidade da água: 1,0 . 103 kg/m3 Calor específico da água: 4,2 . 103 J/kg . °C Resposta: D a) 0,5°C b) 2°C c) 11°C d) 23°C e) 48°C RESOLUÇÃO: Q Da expressão da potência, temos: Pot = ––– ⌬t Q = Pot . ⌬t � (PUC-RS-MODELO ENEM) – Responder à questão com base no gráfico abaixo, referente à temperatura em função do tempo, de um corpo que está sendo aquecido e que absorve 20 cal/s. Assim: Pot ⌬t = mc⌬ m mas: d = ––– ⇒ m = dV V Portanto: Pot ⌬t = dVc ⌬ 16 . 60 = 1,0 . 103 . 10 . 10– 6 . 4,2 . 103 . ⌬ = 22,857°C ⇒ ⌬ 23°C Resposta: D Atenção que: 10mᐉ = 10 . 10– 3ᐉ = 10 . 10– 3 dm3 = 10 . 10– 6 m3 1min = 60s A capacidade térmica do corpo é a) 20 cal/°C b) 30 cal/°C d) 50 cal/°C e) 60 cal/°C c) 40 cal/°C Balanço energético 7e8 1. Calores trocados Consideremos vários corpos em temperaturas diferentes, colocados em contato térmico, constituindo um sistema termicamente isolado (sistema que não troca calor com o meio externo). Como estão em temperaturas diferentes, eles trocam calor entre si, até atingirem o equilíbrio térmico. Mas, como o sistema é termicamente isolado, isto é, como ele não troca energia térmica com o meio externo, sua energia térmica total permanece constante. 106 FÍSICA • Equilíbrio térmico • Soma de calores trocados nula Logo, a soma das quantidades de calor cedidas por uns é igual à soma das quantidades de calor recebidas pelos demais. ⌺ Qcedida = ⌺ Qrecebida Se convencionarmos: Calor recebido: Q > 0 Calor cedido: Q < 0 a expressão acima se transforma em: C1_2a_Fis_Rose_prof_Sorocaba 19/01/12 09:26 Página 107 ⌺ Qtrocada = 0 |Qa + Qb| = |Qc + Qd + Qe| Exemplo Sistema termicamente isolado. cedido recebido Pela convenção adotada, temos Qa e Qb negativos e Qc, Qd e Qe positivos, de tal forma que: Qa + Qb + Qc + Qd + Qe = 0 Exercícios Resolvidos – Módulo 7 (MODELO ENEM) – O calor está presente em nossa vida cotidiana e de certa maneira relaciona-se com a própria evolução do Universo. SÉCULO VI a.C. – Filósofos pré-socráticos (entre os quais, Heráclito) consideravam o Universo como um sistema fechado e que o “quente” e o “frio” ditassem o sentido de sua evolução para um estado “morno” ou “mais frio”. 1779 – Black define o calor como um fluido indestrutível, invisível e sem peso (calórico) que era transferido de um corpo “quente” para outro, “frio”. Estes, num sistema fechado, atingiam o equilíbrio térmico, ao ficarem com temperaturas iguais. A quantidade de calórico fornecida pelo corpo quente é igual à recebida pelo corpo frio (Qquente + Qfrio = 0). 1800 – Conde Rumford rebate a ideia do calórico e relaciona o calor com a energia trocada entre o corpo quente e o frio. Num sistema fechado, a soma dos calores trocados entre eles é sempre nula (Qquente + Qfrio = 0). 1843 – Mayer insere o calor definitivamente no reino energético e justifica o equilíbrio térmico, num sistema fechado, pelo princípio da conservação da energia. 1988 – Segundo a teoria do Big Bang, o Universo era muito pequeno (1,0cm de diâmetro) e “quentíssimo” (mais de 1050K) há 13,7 bilhões de anos e, em explosiva expansão, atingiu, hoje, com um diâmetro de 1026m, a marca média de 2,8K, com variações de até 0,02K, que explicam a existência das galáxias. � Julgue as proposições abaixo com base na cronologia apresentada anteriormente. I. O pensamento dedutivo dos filósofos gregos e a metodologia indutiva da ciência moderna convergiram para a ideia da evolução do Universo de um estado mais quente para outro, mais frio. II. Apesar das divergências sobre a natureza do calor, Black e Rumford equacionaram o equilíbrio térmico de maneira semelhante. III. Mayer reforçou as ideias de Rumford sobre o calor ser uma forma de energia em movimento e não uma transferência de um fluido entre dois corpos com temperaturas diferentes. IV. A expansão do Universo produz seu resfriamento progressivo. São corretas, a) somente, I e II c) somente, II e IV e) I, II, III e IV Resposta: E b) somente, II, III e IV d) somente, I, III e IV � Num processo de transferência de energia térmica, se um corpo fornece 10cal para outro corpo com temperatura mais baixa, a soma dos calores trocados vale: a) –20cal b) –10cal c) zero d) +10cal e) +20cal Resposta: C Exercícios Propostos – Módulo 7 � Misturam-se 100g de água a 0°C com 500g de determinado líquido a 20°C, obtendo-se o equilíbrio térmico a 10°C. O calor específico sensível do líquido, em cal/g°C, é: a) 0,10 b) 0,20 Dado: cH 2O c) 0,30 d) 0,40 (mc⌬)água + (mc⌬)líquido = 0 100 . 1 (10 – 0) + 500 . c . (10 – 20) = 0 ⇒ c = 0,20 cal/g°C Resposta: B e) 0,50 = 1,0cal/g°C RESOLUÇÃO: ⌺ Q = 0; Qs = mc ⌬ FÍSICA 107 C1_2a_Fis_Rose_prof_Sorocaba 19/01/12 09:26 Página 108 � (FATEC-SP-MODELO ENEM) – Um sistema, A, está em equilíbrio térmico com outro, B, e este não está em equilíbrio térmico com um terceiro, C. Então, podemos dizer que a) os sistemas A e B possuem a mesma quantidade de calor. b) a temperatura de A é diferente da de B. c) os sistemas A e B possuem a mesma temperatura. d) a temperatura de B é diferente da de C, mas C pode ter temperatura igual à do sistema A. e) a temperatura de C é maior que a de A e B. RESOLUÇÃO: Dois corpos em equilíbrio térmico possuem a mesma temperatura. Resposta: C � (UECE) Duas substâncias, 1 e 2, de massas iguais e temperaturas iniciais de 50°C e 10°C, respectivamente, são colocadas em um calorímetro de capacidade térmica desprezível. Depois de 50 minutos, elas atingem o equilíbrio térmico, conforme indica o gráfico da figura. c) o calor específico da substância 2 é maior que o da substância 1. d) a substância 2 fornece calor à substância 1. RESOLUÇÃO: Qcedido + Qrecebido = 0 (mc ⌬)1 + (mc ⌬)2 = 0 m c1 (15 – 50) + m c2 (15 – 10) = 0 –35 c1 + 5 c2 = 0 ⇒ 5 c2 = 35 c1 ⇒ c2 = 7 c 1 Resposta: C � Misturando-se 20g de água a 40°C com 10g de água a 70°C e admitindo-se que não há perdas de calor, a temperatura final de equilíbrio térmico será, em °C, igual a: a) 30 b) 35 c) 50 d) 65 e) 90 Dado: cH O = 1,0cal/g°C 2 RESOLUÇÃO: ⌺ Q = 0; Qs = mc ⌬ (mc⌬)água fria + (mc⌬)água quente = 0 20 . 1 (E – 40) + 10 . 1 . (E – 70) = 0 ⇒ E = 50°C Resposta: C Sobre estas substâncias, pode-se dizer corretamente que a) elas possuem o mesmo calor específico. b) a razão entre os calores específicos da substância 1 e 2 nesta ordem, é 5. No Portal Objetivo Para saber mais sobre o assunto, acesse o PORTAL OBJETIVO (www.portal.objetivo.br) e, em “localizar”, digite FIS2M104 Exercícios Resolvidos – Módulo 8 � (MODELO ENEM) – Um professor, ao apresentar o assunto “Equilíbrio Térmico”, montou o seguinte esquema na lousa: 108 FÍSICA A partir das informações apresentadas, considere as proposições que se seguem. I) A temperatura A do corpo A é maior que a temperatura B do corpo B. II) O calor flui espontaneamente do corpo mais frio para o corpo mais quente. III) No equilíbrio térmico, os corpos A e B ficam com a mesma temperatura f. IV) A > f > B São corretas apenas: a) II, III e IV b) I, II e IV c) II e IV d) I, III e IV e) III e IV Resposta: D � (MODELO ENEM) “Tal foi o calor de minha palavra que a fez sorrir.” (Machado de Assis) C1_2a_Fis_Rose_prof_Sorocaba 19/01/12 09:38 Página 109 “Chovia uma triste chuva de resignação Como contraste e consolo ao calor tempestuoso da noite.” (Manuel Bandeira) De acordo com os trechos citados, podemos concluir que a) a mudança de humor descrita por Machado de Assis sugere a mudança de estado físico que o calor sempre provoca. b) Manuel Bandeira aproximou-se muito do conceito físico de calor como sendo a quantidade de energia dos corpos em ambientes quentes. c) Machado de Assis e Manuel Bandeira afastaram-se do conceito físico de calor como sendo a medida macroscópica do grau de agitação das partículas de um corpo. d) Machado de Assis e Manuel Bandeira afastaram-se do conceito físico de calor como sendo a transferência de energia motivada por uma diferença de temperatura. e) Machado de Assis e Manuel Bandeira definiram o calor como a quantidade de energia relacionada aos corpos a baixas temperaturas. Resposta: D Exercícios Propostos – Módulo 8 � (MACKENZIE-SP) – Lourdinha coloca, em uma garrafa térmica, o café que acabou de fazer. São 350g de café [calor específico = 1 cal/(g.°C)] a 86°C. A garrafa térmica inicialmente estava a 20°C e o conjunto atinge equilíbrio térmico a 75°C. A capacidade térmica dessa garrafa é a) 40 cal/°C b) 50 cal/°C c) 65 cal/°C d) 70 cal/°C e) 75 cal/°C Ctotal = 50 . 1,0 + 200 . 0,095 (cal/°C) ⇒ Ctotal = 69 cal/°C Para o cálculo da temperatura de equilíbrio térmico, usamos a relação: Qcedido + Qrecebido = 0 (mc⌬)cobre + (mc⌬)água = 0 RESOLUÇÃO: Considerando o sistema termicamente isolado, Qcedido + Qrecebido = 0 (mc⌬)café + (C . ⌬)garrafa = 0 ⇒ 350 . 1 . (75 – 86) + C(75 – 20) = 0 200 . 0,095 . (f – 158) + 50 . 1,0 . (f – 20) = 0 19f – 3002 + 50f – 1000 = 0 ⇒ 69f = 4002 ⇒ f = 58°C Resposta: A C = 70 cal/°C Resposta: D � (FATEC-SP) – Em um calorímetro, de capacidade térmica desprezível, são colocados 50g de água a 20°C e um bloco de cobre de massa 200g a 158°C. A capacidade térmica do conteúdo do calorímetro, em cal/°C, e a temperatura final de equilíbrio, em °C, valem, respectivamente, a) 69 e 58 b) 69 e 89 c) 89 e 58 d) 250 e 58 e) 250 e 89 � Um corpo A de massa 100g e calor específico sensível 0,060 cal/g°C, a 20°C, é misturado com outro, B, de 200g e calor específico sensível 0,020 cal/g°C, a 50°C. Calcular a temperatura final de equilíbrio térmico, admitindo-se que este foi atingido sem que os corpos sofressem mudanças de estado e que os corpos A e B estavam termicamente isolados do restante do universo. RESOLUÇÃO: ⌺ Q = 0; Qs = mc ⌬ (mc⌬)A + (mc⌬)B = 0 100 . 0,060 (E – 20) + 200 . 0,020 . (E – 50) = 0 ⇒ E = 32°C Dados: calor específico da água = 1,0 cal/g°C calor específico do cobre = 0,095 cal/g°C RESOLUÇÃO: Da definição de capacidade térmica, temos Q C = –––– = mc ⌬ Assim: Ctotal = Cágua + Ccobre ⇒ Ctotal = (mc)água + (mc)cobre FÍSICA 109 C1_2a_Fis_Rose_prof_Sorocaba 19/01/12 09:26 Página 110 Óptica – Módulos 1 – Princípios da óptica geométrica I 2 – Princípios da óptica geométrica II 3 – Objeto e imagem 4 – Espelhos esféricos 5 – Equação de Gauss 6 – Equação de Gauss 7 – Índice de Refração e Leis da Refração 8 – Índice de Refração e Leis da Refração Isaac Newton (1643-1727) Lei da Gravitação Universal Princípios da óptica geométrica I 1 • Raios de luz • Fontes de luz • Feixes de luz • Meios de propagação 1. Introdução Conceitua-se luz como um agente físico capaz de sensibilizar nossos órgãos visuais. A óptica geométrica estuda os fenômenos que são explicados sem que seja necessário conhecer a natureza do agente físico luz. A propagação retilínea, a reflexão e a refração são fenômenos estudados pela óptica geométrica. Este estudo é feito a partir da noção de raio de luz, de princípios que regem o comportamento dos raios de luz e de conhecimentos de geometria plana. 2. Raios de luz São linhas orientadas que representam, graficamente, a direção e o sentido de propagação da luz. Conforme o meio em que se propaga, o raio de luz pode ser retilíneo ou curvilíneo. O estudo da óptica geométrica possibilita o entendimento de fenômenos do cotidiano e a construção de complexos aparatos tecnológicos. 110 FÍSICA C1_2a_Fis_Rose_prof_Sorocaba 19/01/12 09:26 Página 111 ? Saiba mais GUIA ILUSTRADO PARA FEIXES DE LUZ, FONTES LUMINOSAS E MEIOS DE PROPAGAÇÃO Exemplos de pincéis Meio translúcido Sol, a mais importante fonte primária de luz para a Terra. Meio transparente Exemplos: ar, água em pequenas camadas, vidro hialino etc. Exemplos: vidro fosco, papel de seda, nevoeiro, uma lâmina extremamente fina etc. Meio opaco Exemplo: madeira, concreto, chapas metálicas espessas etc. No Portal Objetivo Para saber mais sobre o assunto, acesse o PORTAL OBJETIVO (www.portal.objetivo.br) e, em “localizar”, digite FIS2M105 FÍSICA 111 C1_2a_Fis_Rose_prof_Sorocaba 19/01/12 09:26 Página 112 � (MODELO ENEM) – Destruidores de mitos A construção de um modelo correto para a visão dos objetos que nos rodeiam depende da refutação, ou destruição, de mitos criados pelo senso comum. De acordo com o quadro acima, a visão dos objetos depende a) de raios luminosos que emergem dos olhos do observador e atingem os objetos, que refletem a luz dos olhos. b) da iluminação dos olhos do observador, para que ele emita raios luminosos até os objetos, que refletem difusamente a luz. c) do encontro da luz emitida pelos olhos com a luz emitida pelos objetos, o que produz a sensação visual. d) da luz produzida por todos os objetos em ambientes claros ou escuros. e) da emissão de luz pelas fontes primárias, da reflexão nas secundárias ou da refração nos meios transparentes. Resposta: E � (ENEM) – Um leitor encontra o seguinte anúncio entre os classificados de um jornal: Interessado no terreno, o leitor vai ao endereço indicado e, lá chegando, observa um painel com a planta a seguir, onde estavam destacados os terrenos ainda não vendidos, numerados VILA DAS FLORES Vende-se terreno plano medindo 200m2. de I a V. Considerando as informações do jornal, é Frente voltada para o sol no período da possível afirmar que o terreno anunciado manhã. éo a) I b) II c) III Fácil acesso. d) IV e) V (443)0677-0032 Resolução Dadas as informações do mapa e do anúncio, os únicos terrenos com 200m2 são III e IV. Contudo, apenas o terreno IV recebe o sol de frente no período da manhã, pois tem sua frente voltada para o leste. Resposta: D 112 FÍSICA C1_2a_Fis_Rose_prof_Sorocaba 19/01/12 09:26 Página 113 � (UFMG-MODELO ENEM) – Marília e Dirceu estão em uma praça iluminada por uma lâmpada. Assinale a alternativa em que estão corretamente representados os feixes de luz que permitem a Dirceu ver Marília. a) Como se denominam as linhas representadas e que traduzem a propagação da luz? b) Como se classifica essa faixa de luz solar? c) Classifique o Sol como uma fonte de luz. d) Classifique a Terra como meio de propagação da luz. RESOLUÇÃO: a) Tais linhas denominam-se “raios de luz” e o conjunto de raios constitui um pincel ou um feixe de luz. b) Como os raios são paralelos, o feixe ou pincel é denominado cilíndrico. c) O Sol é uma fonte primária incandescente, pois a temperatura na superfície solar é da ordem de 6000°C. d) A Terra é um meio opaco, pois não permite propagação da luz através de si. RESOLUÇÃO: Para Dirceu enxergar Marília, é preciso que raios de luz, saindo da lâmpada, atinjam Marília, reflitam-se e cheguem aos olhos de Dirceu. Resposta: A � (VUNESP) – O motivo pelo qual se consegue enxergar objetos quando estão em lugar iluminado é porque a) refletem a luz. b) refratam a luz. c) absorvem a luz. d) difratam a luz. e) emitem luz própria. RESOLUÇÃO: A luz reflete-se nos objetos e encaminha-se, em linha reta, para nossos olhos. Resposta: A � A figura representa uma estreita faixa de luz proveniente do Sol chegando a uma região da Terra. � No livro de ficção científica 2010: Uma odisseia no espaço II, Arthur C. Clarke descreve a transformação de Júpiter no segundo Sol de nosso sistema planetário. A nova estrela passou a ser uma fonte de luz a) primária. b) secundária fluorescente. c) secundária incandescente. d) secundária fosforescente. e) secundária luminescente. Resposta: A � Uma lâmina é colocada entre um observador e uma lâmpada acesa. O observador recebe a luz da lâmpada e consegue vê-la nitidamente. O material de que é feita a lâmina constitui um meio a) translúcido. b) transparente. c) opaco. d) perfeitamente refletor. e) absorvedor de luz. Resposta: B 2 Princípios da óptica geométrica II • Propagação retilínea • Eclipse • Sombra • Câmara escura 1. Princípio da propagação retilínea Nos meios homogêneos e transparentes, a luz se propaga em linha reta. Observação Muitos fenômenos são explicados pela propagação retilínea da luz. É o caso da câmara escura de orifício, a formação de sombra e penumbra e a ocorrência de eclipses. FÍSICA 113 C1_2a_Fis_Rose_prof_Sorocaba 19/01/12 09:26 Página 114 2. Câmara escura de orifício É uma caixa de paredes opacas munida de um orifício em uma de suas faces. Um objeto AB é colocado em frente à câmara, conforme a figura. Raios de luz provenientes do objeto AB atravessam o orifício e formam na parede oposta uma figura A'B', chamada "imagem" de AB. O fato de a imagem ser invertida em relação ao objeto evidencia a propagação retilínea da luz. Se a fonte de luz for extensa, observa-se entre o corpo C e o anteparo A uma região que não recebe luz (cone de sombra) e outra parcialmente iluminada (cone de penumbra). No anteparo A, temos a sombra e a penumbra projetadas. 4. Eclipses A semelhança entre os triângulos OAB e OA'B' fornece: A'B' d' ––––– = ––– AB d O eclipse do Sol ocorre quando o cone de sombra e o de penumbra da Lua interceptam a superfície da Terra. 3. Sombra e penumbra Considere uma fonte de luz puntiforme (F), um corpo opaco (C) e um anteparo opaco (A). Dos raios de luz emitidos por F, consideremos aqueles que tangenciam C. Sobre o corpo C, podemos distinguir duas regiões: uma iluminada e outra em sombra. A região em sombra é denominada sombra própria. Entre o corpo C e o anteparo A, existe uma região do espaço que não recebe luz de F: é o cone de sombra do corpo C. A região do anteparo que não recebe luz de F é a sombra projetada. Para os observadores A e C, o eclipse do Sol é parcial. Para o observador B, o eclipse do Sol é total. O eclipse total da Lua ocorre quando ela está totalmente imersa no cone de sombra da Terra. Se a Lua interceptar parcialmente o cone, o eclipse será parcial. No Portal Objetivo Para saber mais sobre o assunto, acesse o PORTAL OBJETIVO (www.portal.objetivo.br) e, em “localizar”, digite FIS2M106 (MODELO ENEM) – A cronologia apresentada abaixo refere-se aos testes e que se seguem. � � 2137 a.C. – Primeiro registro de eclipse solar da história, no livro chinês Shu-Ching (achava-se que um dragão comeria o Sol). 114 FÍSICA SÉCULO VI a.C. – Observação de sombras e reflexos leva os gregos a formular o princípio da propagação retilínea dos raios de luz. C1_2a_Fis_Rose_prof_Sorocaba 19/01/12 09:26 Página 115 SÉCULO III a.C. – Eratóstenes, utilizando a formação de sombras em poços de cidades distintas, calculou a circunferência da Terra com grande precisão (40 000km). Ele era chefe da biblioteca de Alexandria. 1919 – Eclipse solar, em Sobral, no Ceará, confirma a teoria da relatividade geral: o campo gravitacional desvia a luz. � Os eclipses do Sol e da Lua, a formação de sombras e penumbras e a utilização de câmaras escuras de orifício comprovam experimentalmente a a) propagação retilínea dos raios luminosos. b) visão dos objetos através de meios translúcidos. c) a possibilidade de visão dos objetos atrás de objetos opacos. d) a curvatura dos raios luminosos em meios translúcidos e opacos. e) a necessidade de lentes para a projeção de imagens em telas ou anteparos. Resposta: A SÉCULO II a.C. – Hiparco de Niceia determina a distância entre a Terra e seu satélite pelo tempo de duração de um eclipse. SÉCULO I d.C. – Heron mostra que a luz se propaga em linha reta em meios transparentes e homogêneos estudando, conjuntamente, a reflexão e a refração (Alexandria). IDADE MÉDIA – É comum o uso de câmaras escuras de orifícios para a pintura de paisagens e ambientes. � 1500 – Leonardo da Vinci relaciona a câmara escura de orifício com a propagação retilínea da luz. SÉCULO XVII – As Leis de Kepler consolidam o sistema heliocêntrico ao permitir a previsão de eclipses com maior facilidade de cálculo que no sistema geocêntrico. Assinale a alternativa correta. a) Num eclipse solar, a Terra posiciona-se entre o Sol e a Lua. b) A distância entre as cidades de Siena e Alexandria corresponde à milésima parte da circunferência da Terra. c) A luz propaga-se em linha reta em qualquer material homogêneo. d) Um objeto de 1,0m de altura colocado a 2,0m de uma câmara escura de orifício de 10cm de profundidade produz uma imagem de 5,0cm de altura no fundo da caixa. e) Uma pessoa de 1,80m de altura projeta uma sombra de 90cm num local onde um poste de 3,0m projeta uma sombra de 60cm, tendo o Sol como fonte de luz. Resposta: D � a) b) c) d) e) (UFRO) – A formação de sombra evidencia que a luz se propaga em linha reta. a velocidade da luz não depende do referencial. a luz sofre refração. a luz é necessariamente fenômeno de natureza corpuscular. a temperatura do obstáculo influi na luz que o atravessa. RESOLUÇÃO: O princípio de propagação retilínea da luz estabelece que, em meios homogêneos e transparentes, a luz se propaga em linha reta. No anteparo A, podem-se distinguir claramente duas regiões: S (região que não recebe luz da fonte) e I (região iluminada pela fonte). A semelhança geométrica entre a região S e o objeto constitui um dos fatos que evidenciam a propagação retilínea da luz. Resposta: A FÍSICA 115 C1_2a_Fis_Rose_prof_Sorocaba 19/01/12 09:26 Página 116 � (FGV-SP) – O porão de uma antiga casa possui uma estreita claraboia quadrada de 100cm2 de área, que permite a entrada da luz do exterior, refletida difusamente pelas construções que a cercam. Na ilustração, vemos uma aranha, um rato e um gato, que se encontram parados no mesmo plano vertical que intercepta o centro da geladeira e o centro da claraboia. Se, mais tarde, a sombra do poste (que tem 600cm de altura) passou a medir 150cm (pois diminuiu 50cm), então, sendo s cm a medida da nova sombra da mesma pessoa, teremos: Sendo a claraboia a fonte luminosa, pode-se dizer que, devido à interposição da geladeira, a aranha, o rato e o gato, nesta ordem, estão em regiões de a) luz, luz e penumbra. b) luz, penumbra e sombra. c) penumbra, luz e penumbra. d) penumbra, sombra e sombra. e) sombra, penumbra e luz. Resposta: B RESOLUÇÃO: A figura a seguir mostra a região de iluminamento proporcionada pela claraboia. O triângulo ABC representa a região de sombra, criada pela geladeira, na sala. O quadrilátero ACDE representa a região de penumbra. Fora dessas duas regiões, a sala está iluminada. � (UNIFOR-CE) – O esquema representa o alinhamento do Sol, da Terra e da Lua no momento de um eclipse. Resposta: B Neste instante, uma pessoa situada no ponto A observará um eclipse a) parcial da Lua. b) total da Lua. c) anular do Sol. d) parcial do Sol. e) total do Sol. � (ENEM) – A sombra de uma pessoa que tem 1,80m de altura mede 60cm. No mesmo momento, a seu lado, a sombra projetada de um poste mede 2,00m. Se, mais tarde, a sombra do poste diminuiu 50cm, a sombra da pessoa passou a medir a) 30cm b) 45cm c) 50cm d) 80cm e) 90cm RESOLUÇÃO: No instante em que a sombra de uma pessoa (que tem 180cm de altura) mede 60cm, a sombra de um poste (que tem h cm de altura) mede 200cm. Assim sendo: 116 FÍSICA RESOLUÇÃO: Uma pessoa situada no ponto A da Terra não conseguirá ver o Sol. Assim, ela estará presenciando um eclipse total do Sol. Resposta: E C1_2a_Fis_Rose_prof_Sorocaba 19/01/12 09:26 Página 117 3 Objeto e imagem • Ponto objeto • Refletores • Refratores • Ponto imagem Ponto objeto e ponto imagem Principais sistemas ópticos dos laboratórios de Física Ponto objeto: vértice do pincel de luz incidente no sistema óptico. Ponto imagem: vértice do pincel de luz emergente do sistema óptico � (MODELO ENEM) – O desenvolvimento dos instrumentos ópticos permitiu à humanidade avanços na ciência, na arte e no lazer a ponto de não conseguirmos imaginar como seria nossa vida sem eles. SÉCULO V a.C. – Chineses usam espelhos côncavos para cozinhar alimentos, transformando pontos objetos impróprios em pontos imagens reais. SÉCULO IV a.C. – O espelho plano inspira os gregos para formular o princípio da propagação retilínea da luz. ricos côncavos para queimar navios romanos em Siracusa. 1352 – Primeiro registro de uso de lentes convergentes para corrigir a hipermetropia. 1609 – Galileu revoluciona a ciência, apontando seu telescópio para o céu. SÉCULO II a.C. – Arquimedes sugere o uso de espelhos esfé- FÍSICA 117 C1_2a_Fis_Rose_prof_Sorocaba 19/01/12 09:26 Página 118 SÉCULOS XVII E XVIII – Newton, Halley, Dollon, Scheiner, entre outros, aperfeiçoam os telescópios eliminando as aberrações cromáticas das lentes. Robert Hooke observa uma célula num microscópico composto. SÉCULO XIX – Desenvolvimento da fotografia e do cinema (imagens projetadas são reais). SÉCULO XX – Invenção da televisão (1926). Lançamento do telescópio orbital Hubble (1990). � Considere as proposições abaixo com base nas informações dadas anteriormente. I. Ao transformar pontos objetos impróprios em pontos imagens reais, os fornos solares dos chineses recebem raios paralelos entre si e convergem-nos para o foco do espelho côncavo. II. Raios paralelos que incidem num espelho plano emergem paralelamente deste refletor. III. Os espelhos de Arquimedes transformavam objetos impróprios em pontos imagens reais. IV. Galileu e Newton exploraram o macrocosmo e Robert Hooke, o microcosmo. V. O televisor, a fotografia, o projetor de cinema e o telescópio Hubble projetam suas imagens em telas ou em sensores químicos ou eletrônicos ao produzirem pontos imagens reais. São corretas: a) I, II, III, IV e V. b) I, II e III, apenas. c) III, IV e V, apenas. d) I, III e V, apenas. e) II e IV, apenas. Resposta: A (FATEC) – Na associação abaixo, os sistemas ópticos (S1, S2, S3) estão funcionando: a) S1, S2 e S3 como refratores. b) S1 e S3 como refletores e S2 como refrator. � Na figura, classifique os pontos P1, P2 e P3 em relação aos sistemas ópticos S1, S2 e S3. Resolução Para o sistema óptico (S1), o ponto P1 representa um objeto real, pois é vértice de um pincel incidente de luz do tipo cônico divergente; o correspondente ponto imagem é impróprio, pois o pincel emergente é cilíndrico. Para o sistema óptico (S2), o ponto objeto é impróprio, pois o pincel de luz incidente é cilíndrico e o ponto P2 é uma imagem real, pois é vértice do pincel emergente do tipo cônico convergente. Para o sistema óptico (S3), o ponto P2 é objeto real, pois é vértice do pincel incidente do tipo cônico divergente, e o ponto P3 é imagem virtual, pois é vértice do pincel emergente do tipo cônico divergente. c) P é objeto impróprio para S2. d) P é objeto virtual para S2. e) Q é imagem virtual para S2. Resposta: D c) S1 como refletor e S2 e S3 como refratores. d) S1 e S2 como refratores e S3 como refletor. e) S1, S2 e S3 como refletores. � Classifique os pontos P, P’ e P1 em relação aos sistemas ópticos S1 e S2. Resposta: C � (MED.-VASSOURAS) – Na figura abaixo, o ponto O é fonte de luz e S1 e S2 são dois sistemas ópticos. a) P é imagem virtual para S1. b) P é objeto real para S2. 118 FÍSICA RESOLUÇÃO: P – objeto real para S1. P1 – imagem real de S1 e objeto virtual para S2. P’ – imagem virtual de S2. C1_2a_Fis_Rose_prof_Sorocaba 19/01/12 09:26 Página 119 � (MODELO ENEM) – Os fenômenos físicos, como a reflexão da luz, podem surgir em diversas situações da vida cotidiana ou podem ser obtidos nas situações mais controladas de um laboratório. Estão ilustradas a seguir duas situações com conclusões muito conceituais sobre a natureza das imagens obtidas. SISTEMAS REFLETORES Os espelhos planos, como a superfície da água, transformam pontos objetos reais em pontos imagens virtuais. De acordo com as figuras e com seus conhecimentos de Óptica Geométrica, é correto afirmar que a) a imagem dos elefantes na água poderia ser projetada numa montanha próxima do rio, sem o auxílio de lentes. b) o calor dos raios luminosos provenientes da vela não poderia ser concentrado numa folha de papel. c) a distância da vela ao espelho não interfere no tamanho e na orientação da imagem. d) as imagens formadas na água têm suas dimensões alteradas em relação aos elefantes reais. e) a curvatura do espelho define a possibilidade de produzir imagens reais ou virtuais. Resposta: E No Portal Objetivo Os espelhos curvos podem produzir pontos imagens reais, virtuais e impróprios. 4 Para saber mais sobre o assunto, acesse o PORTAL OBJETIVO (www.portal.objetivo.br) e, em “localizar”, digite FIS2M108 Espelhos esféricos • Raio paralelo emerge pelo foco • Raio pelo vértice, com o mesmo ângulo 1. Classificação e elementos dos espelhos esféricos Espelho esférico côncavo. Espelho esférico convexo. Os elementos importantes de um espelho esférico são: Consideremos uma superfície esférica de centro C e raio de curvatura R. Um plano, interceptando a superfície esférica, divide-a em duas calotas esféricas. Denomina-se espelho esférico toda calota esférica em que uma de suas superfícies é refletora. O espelho esférico é dito côncavo, quando a superfície refletora é aquela voltada para o centro da calota, e convexo, em caso contrário. Vértice do espelho (V) É o polo da calota esférica. Centro de curvatura (C) É o centro da superfície esférica, de onde se originou a calota. FÍSICA 119 C1_2a_Fis_Rose_prof_Sorocaba 19/01/12 09:26 Página 120 Raio de curvatura (R) É o raio da superfície esférica, de onde se originou a calota. 2. Construção gráfica: raios notáveis Raio paraxial paralelo ao eixo principal Eixo principal É o eixo determinado pelo centro de curvatura (C) e pelo vértice do espelho (V). Quando o raio de luz é paraxial e paralelo ao eixo principal do espelho, ele se reflete com direção passando pelo foco (F). Eixo secundário Qualquer eixo que passa pelo centro de curvatura C e não passa pelo vértice V. Foco principal (F) Distância focal (f) É a distância de F a V. Raio incidente em direção radial Todo raio de luz que incide no espelho passando pelo centro de curvatura (direção radial) volta sobre si mesmo, isto é, reflete-se na própria direção radial. Raio incidente paraxial passando pelo foco Observação Para que as imagens fornecidas pelos espelhos esféricos tenham maior nitidez e não apresentem deformações, devem ser obedecidas as Condições de Nitidez de Gauss: Quando o raio de luz é paraxial e incide com direção passando pelo foco (F), ele vai refletir-se paralelo ao eixo principal. "Os raios incidentes devem ser paralelos ou pouco inclinados em relação ao eixo principal e próximos deste." Nessas condições, trabalharemos somente com a parte do espelho em torno do vértice (V) e que aparece ampliada nos esquemas que apresentaremos nos itens seguintes. Para um Espelho Esférico de Gauss, tem-se: R f = ––– 2 O estudo dos espelhos esféricos, utilizando-se apenas de raios paraxiais, foi feito por Gauss. 120 FÍSICA Raio incidente pelo vértice Todo raio de luz que incide no vértice do espelho se reflete simetricamente em relação ao eixo principal. C1_2a_Fis_Rose_prof_Sorocaba 19/01/12 09:27 Página 121 � (MODELO ENEM) – Na Antiguidade, credita-se a Arquimedes a queima dos navios romanos que assediavam sua cidade, Siracusa, ao utilizar espelhos curvos para concentrar os raios solares. Os espelhos utilizados eram a) planos. c) prismáticos. e) divergentes. Resposta: B b) côncavos. d) convexos. � (MODELO ENEM) – Em Ordeille, França, há um forno solar capaz de, em poucos minutos, atingir temperaturas superiores a 3000°C e aquecer água para produzir vapor, o qual movimenta geradores elétricos. Onze mil espelhos planos, colocados numa encosta de montanha, direcionam raios solares de maneira paralela ao eixo principal do refletor curvo da figura. A radiação solar, depois de refletir-se no espelho côncavo do forno, ficará concentrada a) b) c) d) e) no centro de curvatura do espelho. no vértice do espelho. no foco principal do espelho. em todos os pontos do eixo principal. num ponto situado a quatro distâncias focais do vértice. Resposta: C No Portal Objetivo Para saber mais sobre o assunto, acesse o PORTAL OBJETIVO (www.portal.objetivo.br) e, em “localizar”, digite FIS2M113 � (UNIP-MODELO ENEM) – Um estudante de Física deseja queimar um papel usando um espelho esférico e a energia solar. A respeito do tipo de espelho e do posicionamento do papel, assinale a opção correta: a) b) c) d) e) Espelho côncavo côncavo côncavo convexo convexo � (PUCC) – A figura representa dois raios de luz, i1 e i2, que incidem num espelho esférico convexo de foco F e centro de curvatura C. A figura que melhor representa os raios refletidos correspondentes r1 e r2 é: Posição do papel centro de curvatura do espelho vértice do espelho foco do espelho centro de curvatura do espelho foco do espelho RESOLUÇÃO: RESOLUÇÃO: Resposta: C Resposta: B FÍSICA 121 C1_2a_Fis_Rose_prof_Sorocaba 19/01/12 09:27 Página 122 � Considere um espelho esférico côncavo tendo o ponto C como centro de curvatura e o ponto F como foco. RESOLUÇÃO: Resposta: B � Um raio de luz incide no vértice de um espelho esférico proveniente de uma fonte P. Quando o raio a) AF incide no espelho, o raio refletido será paralelo a CV. b) AC incide no espelho, o raio refletido passará por F. c) AF incide no espelho, o raio refletido volta sobre si mesmo. d) AC incide no espelho, o raio refletido passará por V. e) AF incide no espelho, o raio refletido passará por C. Resposta: A O correspondente raio refletido passa pelo ponto a) P b) F c) D d) G e) H � (PUC-SP) – Em um farol de automóvel, tem-se um refletor constituído por um espelho esférico e um filamento de pequenas dimensões que pode emitir luz. O farol funciona bem quando o espelho é a) côncavo e o filamento está no centro do espelho. b) côncavo e o filamento está no foco do espelho. c) convexo e o filamento está no centro do espelho. d) convexo e o filamento está no foco do espelho. e) convexo e o filamento está no ponto médio entre o foco e o centro do espelho. RESOLUÇÃO: Resposta: C Equação de Gauss 5 1. Pontos conjugados Sejam p e p’ as abscissas do objeto e da imagem, respectivamente. A Equação de Gauss relaciona p, p’ e f. • Real é positivo • Virtual é negativo De acordo com o sistema de eixos adotado (referencial de Gauss), temos a seguinte convenção de sinais: p > 0: objeto real p < 0: objeto virtual p’ > 0: imagem real p’ < 0: imagem virtual R f = –––– 2 f: distância focal R: raio da curvatura do espelho 1 1 1 ––– = ––– + ––– f p p' 122 FÍSICA f > 0: espelho côncavo f < 0: espelho convexo No Portal Objetivo Para saber mais sobre o assunto, acesse o PORTAL OBJETIVO (www.portal.objetivo.br) e, em “localizar”, digite FIS2M115 C1_2a_Fis_Rose_prof_Sorocaba 19/01/12 09:27 Página 123 Exercício Resolvido � (MODELO ENEM) – O método Pierre Lucie para a determinação das abscissas dos objetos (p) e das imagens (p’) dos espelhos esféricos de distância focal (f) pode facilitar o trabalho de estudantes, técnicos e pesquisadores nos laboratórios de Física. Como usar o diagrama 1) Encontre o ponto F que tem como coordenadas a distância focal F = (f, f). 2) Com uma régua, una o ponto F ao ponto P (abscissa do objeto) e encontre o ponto P’ (abscissa da imagem). O diagrama permite avaliar as seguintes proposições: I) para p = 30cm e f = 20cm, encontramos p’ = 60cm. II) para p = 30cm e p’ = 30cm, a distância focal vale 15cm. III) um espelho convexo de distância focal f = – 30cm conjuga, para um objeto a 60cm do vértice do espelho, uma imagem virtual de abscissa p’ = – 20cm. IV) um espelho côncavo de distância focal f = 50cm, para uma abscissa do objeto p = 50cm, conjuga uma imagem imprópria. São corretas: a) I e II, apenas c) I, II e IV, apenas e) II, III e IV, apenas b) I, II e III, apenas d) I, II, III e IV Resolução Resposta: D FÍSICA 123 C1_2a_Fis_Rose_prof_Sorocaba 19/01/12 09:27 Página 124 � (UFSM-RS) – Um objeto é colocado a 40cm do vértice de um espelho esférico côncavo com raio de curvatura de 30cm, conforme a figura. A distância da imagem ao espelho será de: a) 20cm b) 24cm c) 30cm d) 36cm e) 50cm RESOLUÇÃO: Aplicando-se a Equação de Gauss, temos: 1 1 1 ––– + ––– = ––– p p’ f 1 1 1 ––– + ––– = ––– 20 p’ 30 R = 30cm sendo: f = ––– –––––– 2 2 f = +15cm p = +40cm 1 1 1 1 ––– = ––– – ––– ⇒ ––– = p’ 30 20 p’ 1 = 1 + 1 vem: ––– ––– ––– 15 40 p’ ⇒ 1 8–3 5 1 ––– = ––––– = ––– = ––– p’ 120 120 24 p’ = + 24cm A imagem conjugada pelo espelho côncavo é real, formando-se na frente do espelho, a 24cm dele. Resposta: B 124 RESOLUÇÃO: Do enunciado, temos: p = +20cm f = +30cm O objeto é real (p > 0) e o espelho é côncavo (f > 0). Aplicando-se a Equação de Gauss, vem: Substituindo-se os valores obtidos, temos: 1 1 1 ––– = ––– + ––– p’ f p 1 1 1 ––– = ––– – ––– p’ 15 40 � (UFES-ES) – Um objeto é colocado sobre o eixo principal de um espelho esférico côncavo, a 20cm do vértice. Sendo 30cm a distância focal do espelho, pode-se afirmar que a imagem do objeto é a) virtual, distante 60cm do vértice. b) real, distante 20cm do vértice. c) virtual, distante 20cm do vértice. d) real, distante 30cm do vértice. e) virtual e está sobre o foco. FÍSICA 2–3 –––––– 60 –1 = ––– ⇒ p’ = –60cm 60 O sinal negativo indica que a imagem é virtual. A imagem está a 60cm do espelho, atrás dele. Resposta: A C1_2a_Fis_Rose_prof_Sorocaba 19/01/12 09:27 Página 125 � (F. ESTÁCIO DE SÁ) – Um espelho esférico convexo tem raio igual a 60cm. Colocamos uma seta luminosa a 30cm do vértice do espelho. Observamos que a imagem tem as seguintes características: a) está distante do espelho 15cm e é virtual; b) está distante do espelho 15cm e é real; c) está distante do espelho 10cm e é virtual; d) está distante do vértice 30cm e é real; e) não há formação de imagem neste caso. � (MODELO ENEM) – A ARTE E A FÍSICA RESOLUÇÃO: 60 R R = –60cm ⇒ f = ––– = – ––– ⇒ f = –30cm 2 2 1 1 1 1 1 1 1 1 1 ––– = ––– + ––– ⇒ – ––– = ––– + ––– ⇒ – ––– – ––– = ––– p’ f p p’ 30 30 30 30 p’ –2 1 ––– = ––– ⇒ – 2p’ = 30 ⇒ 30 p’ p’ = –15cm p’ < 0 imagem virtual Resposta: A Mão com esfera refletida (M.C. Escher, Holanda, 1935). Imagem virtual, direta e reduzida em um espelho esférico convexo. � (FUND. CARLOS CHAGAS-MODELO ENEM) – Um espelho esférico côncavo é utilizado para projetar, sobre uma tela, a imagem do Sol. A distância focal do espelho é 2,0 metros. Qual é, aproximadamente, a distância entre a imagem do Sol e o espelho? RESOLUÇÃO: Os raios solares são paralelos ao eixo principal do espelho e convergem para o foco, onde deve ser colocada a tela. Assim: p’ = f ⇒ Os espelhos esféricos convexos são utilizados para a) ampliar as imagens nos espelhos de maquiagem. b) concentrar raios nos fornos solares. c) reduzir imagens e projetá-las em telas ou anteparos. d) aumentar o campo visual nos espelhos de garagens e de vigilância. e) reproduzir as dimensões exatas dos objetos, como nos retrovisores internos dos automóveis. Resposta: D p’ = 2,0m FÍSICA 125 C1_2a_Fis_Rose_prof_Sorocaba 19/01/12 09:27 Página 126 Equação de Gauss – Aumento linear transversal (A) 6 • Invertida é negativa • Direita é positiva 1. Relações entre as dimensões do objeto e da imagem Sejam i e o as medidas algébricas das dimensões lineares da imagem e do objeto, respectivamente, com orientação positiva para cima, de acordo com o referencial adotado. O aumento linear transversal é, por definição, o i quociente: –––. o Desenhando o objeto sempre para cima, o será positivo. Se a imagem resultar para cima, temos i > 0: imagem direita. Se a imagem resultar para baixo, temos i < 0: imagem invertida. Exemplos i a) ––– = +2 significa que a imagem é direita e duas veo zes maior do que o objeto. i b) ––– = – 3 significa que a imagem é invertida e três o Da semelhança entre os triângulos ABV e A'B'V da figura, vem: A'B' B'V ––––– = ––––– AB BV Porém, A'B' = –i, AB = o, B’V = p’ e BV = p. Logo: i –p’ A = ––– = ––– o p Outra expressão para o aumento linear transversal: vezes maior do que o objeto. (MODELO ENEM) – De acordo com o texto, responda aos testes � e �. Os espelhos curvos sempre fizeram parte da história da humanidade, tanto em aplicações práticas como para comprovar propriedades geométricas importantes. 212 a.C. – Na Antiguidade, credita-se a Arquimedes a queima dos navios romanos que assediavam sua cidade, Siracusa, ao utilizar espelhos curvos para concentrar os raios solares. SÉCULO V a.C. – Os chineses já usavam espelhos esféricos côncavos para cozinhar os alimentos. SÉCULO I d.C. – Heron de Alexandria, ao estudar a propagação retilínea dos raios luminosos, destacou a necessidade da reta normal para definir os ângulos de incidência e de reflexão, pois as superfíces dos espelhos podiam ser curvas. Ele mesmo construiu espelhos curvos para produzir imagens deformadas. 126 FÍSICA i f A = ––– = ––––– o f–p 1678: Chrystian Huygens cria um modelo ondulatório para os fenômenos ópticos estudando a refração e a reflexão em espelhos planos e curvos. 1800: Carl Friedrich Gauss inicia uma revolução na Matemática, que afeta toda a Física. Ao mostrar que as leis da geometria plana devem ser mudadas para descrever as superfícies curvas, ele sistematiza o estudo dos espelhos esféricos, mostrando que, apenas para ângulos de abertura de 10°, os espelhos produzem imagens com deformações previsívies e de utilidade tecnológica. Define os raios paraxiais, próximos do eixo principal. C1_2a_Fis_Rose_prof_Sorocaba 19/01/12 09:27 Página 127 1960: Em Ordeille, França, há um forno solar capaz de, em poucos minutos, atingir temperaturas superiores a 3000°C. Onze mil espelhos planos, colocados numa encosta de montanha, direcionam raios solares de maneira paralela ao eixo principal do refletor curvo da figura. A radiação solar, depois de refletir-se no espelho côncavo do forno, fica concentrada no seu foco principal. � Os raios notáveis que possibilitam o uso tecnológico dos espelhos ocorrem quando o ângulo entre o eixo principal (eixo central) e a extremidade do espelho curvo vale: a) 5° b) 10° c) 20° d) 30° e) 40° Resposta: A � O fogão chinês, a arma de Arquimedes e o forno de Ordeille transformam energia radiante ou luminosa em energia a) cinética. b) potencial gravitacional. c) potencial elástica. d) elétrica. e) térmica. Resposta: E No Portal Objetivo Para saber mais sobre o assunto, acesse o PORTAL OBJETIVO (www.portal.objetivo.br) e, em “localizar”, digite FIS2M116 � (UNIRIO-RJ) – Um objeto é colocado diante de um espelho. Considere os seguintes fatos referentes ao objeto e à sua imagem: I. o objeto está a 6 cm do espelho; II. o aumento transversal da imagem é 5; III. a imagem é invertida. A partir destas informações, está correto afirmar que o(a) a) espelho é convexo. b) raio de curvatura do espelho vale 5cm. c) distância focal do espelho vale 2,5cm. d) imagem do objeto é virtual. e) imagem está situada a 30cm do espelho. RESOLUÇÃO: Dados do problema: p = +6cm A = –5 (imagem invertida) Assim: a) FALSO. Espelhos convexos conjugam apenas imagens direitas. O espelho é, portanto, côncavo. A imagem é real, formando-se à frente do espelho, a 30cm dele. Resposta: E � (UEPB-PB-MODELO ENEM) – Numa aula, utilizando experimentos com material de baixo custo, o professor de óptica tenta mostrar, aos seus alunos, a formação de imagens num espelho esférico. Para realizar a demonstração, ele utilizou a superfície externa e espelhada de uma bola de árvore de natal, cujo raio vale 10cm e, usando uma vela acesa como objeto real, colocou-a sobre o eixo principal e anotou cuidadosamente os dados de suas observações sobre a imagem obtida. Considerando este espelho como ideal e colocando uma vela de 12cm de altura, num ponto que se encontra a 25cm do vértice do espelho, conforme a figura, o professor mostrou que a imagem é b) FALSO Equação do aumento linear: f A = ––––– f–p f ⇒ –5 = ––––– f–6 6f = 30 ⇒ f = +5cm ⇒ f = –5f + 30 então: R = 2f = 10cm c) FALSO. f = +5cm d) FALSO. Se a imagem é invertida, então ela é real. e) VERDADEIRO. Usando a equação do aumento linear, temos: –p’ A = ––– p –p’ ⇒ –5 = ––– 6 –p’ = – 30 ⇒ p’ = +30cm a) imprópria. b) direta com altura de 2,0cm. c) invertida com altura de 2,0cm. d) invertida com altura de 12cm. e) direta com altura de 12cm. FÍSICA 127 C1_2a_Fis_Rose_prof_Sorocaba 19/01/12 09:27 Página 128 RESOLUÇÃO: Nos espelhos esféricos convexos, as imagens de objetos reais são virtuais e direitas. Aplicando-se a relação do aumento linear, temos: i f A = ––– = ––––– o f–p Das informações retiradas do texto, temos: R f = ––– ⇒ f = –5cm (espelho convexo) 2 p = +25cm o = +12cm i –5 Assim: ––– = ––––––– 12 –5 – 25 12 i = ––– ⇒ 6 ⇒ i –5 1 ––– = –––– = ––– 12 –30 6 O sinal positivo indica espelho côncavo. A = –4 A imagem é 4 vezes maior do que o objeto e é real, portanto, invertida (sinal negativo). Assim, usando a equação do aumento linear da imagem, temos: 8 f A = ––––– – 4 = ––––– 8–p f–p –32 + 4p = 8 4p = 40 p = +10cm A posição da imagem é determinada por: –p’ A = ––– p – p’ – 4 = ––– 10 p’ = +40cm Portanto: i = +2,0cm d = 40 – 10 (cm) Resposta: B d = 30cm � (MACKENZIE-SP) – Um pequeno objeto retilíneo é colocado perpendicularmente ao eixo principal de um espelho esférico côncavo de Gauss, de raio de curvatura 16 cm. A imagem conjugada por esse espelho é real e sua altura é quatro vezes maior que a altura do objeto. A distância entre a imagem e o objeto é: a) 10 cm b) 20 cm c) 30 cm d) 40 cm e) 50 cm Resposta: C RESOLUÇÃO: Dados do problema: R = 16cm ⎯→ f = +8cm Observe que a distância focal f do espelho é metade do raio de curvatura. Índice de refração e leis da refração 7e8 • Relação de velocidades (n) • Mais refringente aproxima da normal 1. O fenômeno da refração Refração da luz é a passagem da luz de um meio para outro, acompanhada de variação em sua velocidade de propagação. O que caracteriza a refração é a variação da velocidade de propagação; o desvio da luz pode ou não ocorrer. 128 FÍSICA C1_2a_Fis_Rose_prof_Sorocaba 19/01/12 09:27 Página 129 2. Índice de refração absoluto de um meio para uma dada luz monocromática mesmo plano (denominado plano de incidência da luz)." A importância dessa 1a. lei está no fato de ela permitir que os problemas de refração possam ser abordados apenas com o uso da geometria plana. 2a. lei da refração (Lei de Snell-Descartes) O índice de refração absoluto de um meio (n) para uma dada luz monocromática é definido como a razão entre o módulo da velocidade (c) com que a luz se propaga no vácuo e o módulo da velocidade (V) com que a luz considerada se propaga no meio em questão: "Na refração, é constante o produto do índice de refração absoluto do meio pelo seno do ângulo formado pelo raio com a normal, naquele meio." c n = ––– V n1 . sen i = n2 . sen r Notas O índice de refração (n) é uma grandeza adimensional. Como o módulo da velocidade de propagação da luz é maior no vácuo do que em qualquer meio material, isto é, c > V, resulta que, para qualquer meio material, o índice de refração absoluto é maior do que 1. Para o vácuo, temos V = c e n = 1. Para o ar, temos V c e n 1. Dados dois meios, o de maior índice de refração é chamado mais refringente. Se n2 > n1, resulta sen r < sen i e, portanto, r < i. Podemos, então, enunciar as seguintes propriedades: Quando a luz passa do meio menos refringente para o meio mais refringente, o módulo da velocidade de propagação da luz diminui e o raio de luz aproxima-se da normal, para incidência oblíqua (Fig. a). 3. Leis da refração Considere dois meios homogêneos e transparentes, (1) e (2), com índices de refração absolutos n1 e n2 para uma dada luz monocromática, delimitados por uma superfície (S). Quando a luz passa do meio mais refringente para o meio menos refringente, o módulo da velocidade de propagação da luz aumenta e o raio de luz afasta-se da normal, para incidência oblíqua (Fig. b). Sejam: I: ponto de incidência da luz. N: reta normal à superfície no ponto I. R: raio de luz incidente. R’: raio de luz refratado. Definem-se: i: ângulo de incidência da luz, o ângulo formado entre o raio incidente R e a normal N. r: ângulo de refração da luz, o ângulo formado entre o raio refratado R' e a normal N. 1a. lei da refração "O raio incidente (R), a normal à superfície (S) no ponto de incidência (N) e o raio refratado (R') pertencem ao No Portal Objetivo Para saber mais sobre o assunto, acesse o PORTAL OBJETIVO (www.portal.objetivo.br) e, em “localizar”, digite FIS2M117 FÍSICA 129 C1_2a_Fis_Rose_prof_Sorocaba 19/01/12 09:27 Página 130 Exercícios Resolvidos – Módulo 7 (MODELO ENEM) – Com base nas ilustrações e nos seus conhecimentos de óptica geométrica, responda aos testes e . e) reflexão difusa, refração e refração. Resposta: D � � � As figuras 1, 2, 3 e 4 representam feixes de luz interagindo com diversos materiais. Figura 3 Figura 4 � Figura 1 Figura 2 Nas figuras 1, 2 e 3, ocorrem, respectivamente: a) Reflexão especular, reflexão difusa e refração. b) refração, reflexão difusa e reflexão especular. c) refração, refração e reflexão difusa. d) reflexão difusa, reflexão especular e refração. Na figura 4: a) ocorre apenas refração. b) o ângulo de incidência e o ângulo de reflexão são complementares na base do prisma transparente. c) o ângulo de incidência é maior que o ângulo de refração na face superior do prisma transparente. d) o módulo da velocidade da luz aumenta no interior do prisma. e) o raios incidente e emergente na face superior do prisma são paralelos. Resposta: C Exercícios Propostos – Módulo 7 � (UFSCar) – Um canhão de luz foi montado no fundo de um laguinho artificial. Quando o lago se encontra vazio, o feixe produzido corresponde ao representado na figura. Quando cheio de água, uma vez que o índice de refração da luz na água é maior que no ar, o esquema que melhor representa o caminho a ser seguido pelo feixe de luz é: � (UNIFOR) – Um raio de luz monocromática, propagando-se num meio A com velocidade 3,00 . 108m/s, incide na superfície de separação com outro meio transparente, B, formando 53° com a normal à superfície. O raio refratado forma ângulo de 37° com a normal no meio B, onde a velocidade VB vale, em m/s, a) 1,20 . 108 b) 1,60 . 108 c) 2,10 . 108 d) 2,25 . 108 e) 2,40 . 108 Dados: sen 37° = cos 53° = 0,600; cos 37° = sen 53° = 0,800 RESOLUÇÃO: A situação descrita no enunciado está representada abaixo. Lei de Snell: nA sen i = nB sen r c c ––– sen i = ––– sen r VA VB RESOLUÇÃO: A refração da luz obedece à Lei de Snell-Descartes: nar sen r = nágua sen i (I) sen i nar (II) ––––– = ––––– = constante n sen r água Como i2 > i1 ⇒ sen i2 > sen i1 Logo: sen r2 > sen r1 e r2 > r1 Resposta: B 130 FÍSICA Sendo nágua > nar , então, sen r > sen i e r > i, isto é, ao refratar-se obliquamente da água para o ar, o raio luminoso afasta-se da normal. sen r 0,600 VB = VA ––––– ⇒ VB = 3,00 . 108 ––––– (m/s) sen i 0,800 VB = 2,25 . 108m/s Resposta: D C1_2a_Fis_Rose_prof_Sorocaba 19/01/12 09:27 Página 131 � (UNICEMP-PR-MODELO ENEM) – Em um laboratório de manipulação, um técnico trabalha na composição de um vermífugo do qual faz parte a substância tetracloroetileno, perfeitamente transparente e com índice de refração absoluto n. Acidentalmente, um bastão de vidro, usado para agitar a substância citada, quebra-se em seu interior, ficando completamente invisível. Pode-se afirmar que o pedaço do vidro que ficou mergulhado no tetracloroetileno a) possui índice de refração maior que n. b) possui índice de refração menor que n. c) possui índice de refração praticamente igual a n e, por isso, os raios de luz atravessam o bastão quase sem sofrer desvios. d) reflete parcialmente os raios de luz. e) é absolutamente transparente, não interferindo na propagação dos raios de luz. RESOLUÇÃO: Existe continuidade óptica entre o tetracloroetileno e o vidro, o que permite aos raios luminosos passar de um meio para o outro sem sofrer desvios. Isso ocorre sempre que os meios têm índices de refração praticamente iguais. Resposta: C Exercícios Resolvidos – Módulo 8 (MODELO ENEM) – A visão dos objetos depende basicamente da reflexão que a luz sofre nas superfícies. Essa reflexão pode ser difusa ou especular, conforme as figuras representadas a seguir. Esse fato é comprovado pela ilustração ao abaixo, na qual a água e o copo são perfeitamente visíveis, apesar de serem transparentes. a) a luz refletiu-se difusamente no bastão. b) a luz refletiu-se especularmente no bastão. c) a luz foi absorvida pelo bastão e não se refletiu. d) há igualdade entre os índices de refração absolutos do líquido e do vidro. e) a água e o vidro emitem luz espontaneamente. Resposta: D � Entretanto, meios transparentes podem ser vistos sem a necessidade de reflexão, pois o desvio dos raios luminosos por refração da luz deforma a imagem dos objetos colocados atrás desses meios, denunciando as suas presenças. � Se, num laboratório de Química, um professor mergulhar um bastão de vidro transparente num líquido orgânico também transparente e a parte submersa do bastão ficar invisível, isso ocorrerá porque De acordo com o texto, a visão dos objetos é possível por a) reflexão difusa, apenas. b) reflexão especular, apenas. c) reflexão difusa e refração, apenas. d) refração e reflexão especular, apenas. e) reflexão especular, reflexão difusa e refração. Resposta: E Exercícios Propostos – Módulo 8 � (UNESP) – O índice de refração absoluto de um determinado material é encontrado fazendo uma relação entre a velocidade da luz no vácuo e no material. Considerando-se o índice de refração da água como, aproximadamente, 1,3 e a velocidade da luz no vácuo como 3,0 . 108 m/s, a melhor estimativa para a velocidade da luz na água é: a) 0,4 . 108 m/s b) 0,9 . 108 m/s c) 2,3 . 108 m/s 8 8 d) 3,0 . 10 m/s e) 3,9 . 10 m/s RESOLUÇÃO: c c 3,0 . 10 8 nágua = ––––––– ⇒ Vágua = ––––––– ⇒ Vágua = ––––––––– (m/s) Vágua nágua 1,3 Vágua 2,3 . 10 8m/s Resposta: C FÍSICA 131 C1_2a_Fis_Rose_prof_Sorocaba 19/01/12 09:27 Página 132 � Dadas as afirmativas: Não é possível existir um meio homogêneo e transparente de índice de refração absoluto menor do que 1. II) O módulo da velocidade de propagação da luz num meio A é 2,4 . 108 m/s e num meio B é 1,8 . 108 m/s. O índice de refração do meio A em relação ao meio B é 0,75. III) Quando se diz que um meio A é mais refringente do que um meio B, deve-se entender que o índice de refração absoluto do meio A é maior que o de B. Tem-se: a) só I é correta. b) só I e II são corretas. c) só I e III são corretas. d) todas são corretas. e) só II é correta. I) � (UERJ) – Um raio luminoso que se propaga no ar (nar = 1) incide obliquamente sobre um meio transparente de índice de refração n, fazendo um ângulo de 60° com a normal. Nessa situação, verifica-se que o raio refletido é perpendicular ao raio refratado, como ilustra a figura. Calcule o índice de refração n do meio. RESOLUÇÃO: RESOLUÇÃO: I) CORRETA. O índice de refração absoluto de um meio homogêneo e transparente obedece à condição: n ⭓ 1,0. nB 3 VB nA 1,8 . 108 II) CORRETA. –––– = –––– = –––––––– ⇒ –––– = ––– = 0,75 4 n 8 nB VA A 2,4 . 10 III)CORRETA. Resposta: D Aplicando-se a Lei de Snell à refração ocorrida, temos: n sen r = nar sen i n sen 30° = 1 . sen 60° � (MODELO ENEM) – Os esquemas abaixo representam um raio de luz r que atinge a superfície S, de separação entre dois meios homogêneos e transparentes. Desses esquemas, o que pode representar um raio de luz que incide na superfície de separação ar/água é: RESOLUÇÃO: Na incidência do raio r, ocorrem reflexão e refração. Como nágua > nar, o raio refratado aproxima-se da normal. Resposta: D 132 FÍSICA 1 3 n . ––– = –––––– 2 2 Da qual: n= Resposta: n = 3 3