Universitário analisa diversidades de morcegos na reserva biológica União Os morcegos, geralmente, causam mais receio do que interesse nas pessoas. Entretanto, esses mamíferos se destacam por terem um grande número de espécies, pela capacidade de vôo e também pela diversidade ecológica, fisiológica e comportamental. Sob orientação do professor Leandro Rabello Monteiro, o universitário Breno Mellado da Com o objetivo de produzir um inventário e analisar uma espécie de morcego na Reserva Figura 1: Breno Mellado com diferentes espécies de morcegos Biológica União, um aluno do curso de Biologia da Rocha realizou o estudo dentro da UENF participa de uma pesquisa mata. Ele conta como foi o científica, intitulada “Estrutura e processo. sazonalidade de uma assembléia de morcegos filostomídeos na Mata Atlântica.” Esta revista faz parte do Projeto de Extensão da Universidade Estadual do Norte Fluminense Darcy Ribeiro Equipe de Jornalismo: Thaís Peixoto e Julio Ammon Equipe Editorial: Adriana Jardim de Almeida, Beatriz dos Santos Ferreira e Deisy Lúcia Cardoso – Maio de 2015 / Vol. 2 Nº 2 / ISSN 2446-5445 “De dois em dois meses o grupo ia até a reserva, fazia a coleta do material e analisava a variação da comunidade. Esticamos de cinco a dez redes ao longo das trilhas e em possíveis rotas de morcegos. Os animais eram capturados nestas redes e a gente levava para o laboratório para analisar o sexo, o tamanho, peso, espécie.” O aluno explica que 70% dos morcegos coletados para a pesquisa eram da espécie Carollia perspicillata que pertence a família dos filostomídeos, grupo mais abundante na região neotropical. “Podemos perceber que essa espécie está dominando a área. E como os filostomídeos possuem inúmeros hábitos alimentares, eles são importantes como indicadores de conservação da reserva por explorarem o ambiente de diversas formas.” Figura 2: Breno em trabalho no laboratório A reserva biológica União é dividida pela rodovia BR-101. Por isso, o projeto também tem como finalidade servir como auxílio futuro no estudo de conservação devido as obras de duplicação da pista. “O impacto ambiental vai ser maior quando as obras começarem, então é interessante que todos conheçam a composição da comunidade antes e depois das alterações.” Breno diz ainda que a experiência de fazer a pesquisa durante a Iniciação Científica tem sido enriquecedora e transformadora, pois a imersão no estudo proporciona conhecimentos variados. Esta revista faz parte do Projeto de Extensão da Universidade Estadual do Norte Fluminense Darcy Ribeiro Equipe de Jornalismo: Thaís Peixoto e Julio Ammon Equipe Editorial: Adriana Jardim de Almeida, Beatriz dos Santos Ferreira e Deisy Lúcia Cardoso – Maio de 2015 / Vol. 2 Nº 2 / ISSN 2446-5445 O que sabemos da história dos povos indígenas? O município de Campos dos Goytacazes é marcado por importantes fatos históricos. Um deles é a ocupação de povos indígenas na região, porém poucos conhecem este passado. Com a ideia de historiar e divulgar a cultura dos índios, um aluno da Universidade Estadual Norte Fluminense Darcy Ribeiro (UENF) vem desenvolvendo uma pesquisa científica. O projeto de pesquisa, intitulado “Estudo de História e Arqueologia Indígena da bacia inferior do rio Paraíba do Sul. Leitura e análise de fontes documentais e bibliográficas – século XIX” é orientado pela professora Simonne Teixeira e desenvolvido por Renan Torres, aluno do 5º período de Ciências Sociais da UENF. Figura 3: Renan Torres com alguns achados arqueológicos Esta revista faz parte do Projeto de Extensão da Universidade Estadual do Norte Fluminense Darcy Ribeiro Equipe de Jornalismo: Thaís Peixoto e Julio Ammon Equipe Editorial: Adriana Jardim de Almeida, Beatriz dos Santos Ferreira e Deisy Lúcia Cardoso – Maio de 2015 / Vol. 2 Nº 2 / ISSN 2446-5445 O universitário diz que um dos objetivos do trabalho é produzir um texto sobre a Aldeia Santo Antônio de Guarulhos, instalada em Campos. “São escassos os estudos acerca desta aldeia, por isso nós queremos oferecer o texto como um instrumento para auxiliar e incentivar os professores a trabalhar em sala de aula a questão indígena da região.” De acordo com Renan, a pesquisa tem por base bibliografias e documentos antigos, como, por exemplo, relatórios anuais dos Presidentes de Província, sobre a situação dos cinco aldeamentos que tinham na província: Aldeamento de São Pedro, Aldeamento de São Barnabé, Aldeamento de São Lourenço, Aldeamento de Santo Antônio de Guarulhos e Aldeamento Curato da Pedra. do Além disso, o aluno também trabalhou com o relato de um naturalista (Von Eschwege) que percorreu a região e fez uma descrição de como era a população indígena, as suas relações, os espaços e os costumes. Figura 4: Renan produzindo artigo sobre a aldeia O projeto está relacionado com uma pesquisa da Officina de Estudos do Patrimônio Cultural, do Laboratório de Estudos do Espaço Antrópico (LEEA), do Centro de Ciências do Homem. Renan explica que o trabalho buscou retratar a história dos indígenas no século XIX Esta revista faz parte do Projeto de Extensão da Universidade Estadual do Norte Fluminense Darcy Ribeiro Equipe de Jornalismo: Thaís Peixoto e Julio Ammon Equipe Editorial: Adriana Jardim de Almeida, Beatriz dos Santos Ferreira e Deisy Lúcia Cardoso – Maio de 2015 / Vol. 2 Nº 2 / ISSN 2446-5445 porque era um período em que a presença desses povos ainda era constante na região. A pesquisa faz parte do programa de Iniciação Científica (IC) e o aluno conta que é uma experiência proveitosa em vários aspectos. “Durante os estudos, fizemos a árvore genealógica da minha família e descobrimos que minha tataravó era índia Puri e vivia em uma tribo que existia às margens do rio Itabapoana. Então a IC é uma oportunidade muito boa porque a gente descobre novos dados, trabalha, estuda, escreve artigos e recebe por isso. Eu estou sendo privilegiado porque eu também trabalhei com Iniciação Científica no ensino médio. Estudei em escola estadual e no 2º e 3º anos eu participei do projeto Jovens Talentos com história local da cidade de Bom Jesus do Itabapoana. Então foram duas grandes oportunidades.” Esta revista faz parte do Projeto de Extensão da Universidade Estadual do Norte Fluminense Darcy Ribeiro Equipe de Jornalismo: Thaís Peixoto e Julio Ammon Equipe Editorial: Adriana Jardim de Almeida, Beatriz dos Santos Ferreira e Deisy Lúcia Cardoso – Maio de 2015 / Vol. 2 Nº 2 / ISSN 2446-5445 O uso do óleo nas rações para ovelhas Figura 5: Zeildo em trabalho de análises no laboratório Com o objetivo de estudar o potencial de redução do estresse térmico de ruminantes a partir do uso de rações contendo óleo vegetal, uma pesquisa científica busca avaliar o desempenho e as características fisiológicas de ovelhas recebendo essas rações. Intitulado “Avaliação do desempenho de ovinos recebendo rações suplementadas com lipídios”, o projeto é desenvolvido pelo estudante Zeildo Ramos da Cunha, que cursa o 5º período de Zootecnia na UENF, com orientação do professor Antonio Gesualdi Júnior. Zeildo relata que o trabalho foi feito com oito ovelhas e quatro níveis de inclusão de óleo de soja Esta revista faz parte do Projeto de Extensão da Universidade Estadual do Norte Fluminense Darcy Ribeiro Equipe de Jornalismo: Thaís Peixoto e Julio Ammon Equipe Editorial: Adriana Jardim de Almeida, Beatriz dos Santos Ferreira e Deisy Lúcia Cardoso – Maio de 2015 / Vol. 2 Nº 2 / ISSN 2446-5445 nas rações, sendo a primeira com 0% de óleo, a segunda com 1%, a terceira com 3% e a última com 5% de óleo. “O óleo contribui para reduzir o incremento calórico das rações, além de aumentar sua quantidade de energia, porém dificulta a digestão da fibra da forragem ingerida, então às vezes prejudica o desempenho do animal. Portanto, existe um limite do quanto pode ser usado.” De acordo com o aluno, a alimentação ideal para os animais é uma combinação de volumoso, que contém fibra, com o concentrado, onde há uma grande porcentagem de nutrientes. Zeildo diz também que futuras pesquisas irão utilizar outros tipos de óleo, como o de sementes de girassol ou mesmo os óleos de descarte após as frituras. “Alguns óleos são fontes de energia mais baratas, então a gente espera avançar os conhecimentos para produzir ração e, com isso, alterar os custos da produção, deixando-a mais eficiente.” O universitário começou a trabalhar na Iniciação Científica quando estava no 3º período do curso. Ele conta que na prática obteve informações mais avançadas. “Eu já vi coisas do final do curso, tive que aprender na raça. Isso é muito bom. E ainda tem a ajuda monetária que ao mesmo tempo em que estou estudando, estou recebendo um retorno financeiro que me permite continuar na universidade.” Disponível em: http://uenf.br/projetos/pibic/revista-pibic-conhecendo-a-ciencia/ Esta revista faz parte do Projeto de Extensão da Universidade Estadual do Norte Fluminense Darcy Ribeiro Equipe de Jornalismo: Thaís Peixoto e Julio Ammon Equipe Editorial: Adriana Jardim de Almeida, Beatriz dos Santos Ferreira e Deisy Lúcia Cardoso – Maio de 2015 / Vol. 2 Nº 2 / ISSN 2446-5445