XXX ENCONTRO NACIONAL DE ENGENHARIA DE PRODUÇÃO Maturidade e desafios da Engenharia de Produção: competitividade das empresas, condições de trabalho, meio ambiente. São Carlos, SP, Brasil, 12 a15 de outubro de 2010. ROTEIRIZAÇÃO DE VEÍCULOS COMO ESTRATÉGIA DE MELHORIA DO NÍVEL DE SERVIÇO LOGÍSTICO APLICADO NA PEQUENA EMPRESA. Pio Marinheiro de Souza Neto (FACEX/FARN) [email protected] A logística vem sendo apontada como uma dos principais instrumentos para a melhoria da competitividade das empresas ao permitir elevar o nível de serviços oferecido e ao mesmo tempo proporcionar condições que minimizem os custos de operaçãoo. Dentro desta realidade este estudo tem o objetivo de descrever a implementação da roteirização de veículos em uma pequena empresa distribuidora de alimentos localizada na cidade de Currais Novos - RN. Trata-se de uma pesquisa exploratória e descritiva com uma abordagem quantitativa que utilizada o método Clarke e Whight, baseado na abordagem das economias. Ao propor uma nova programação de frota com rotas que apresentam menores distâncias, o trabalho tornou possível alguns avanços na forma de operacionalização da distribuição física da empresa, tais como: racionalizar a utilização do veículo; melhorar o nível de atendimento logístico ao fixar um dia certo para atendimento de cada cidade; a liberação de um dia da semana para a realização de manutenção no veículo; e identificar dados importantes como o total da distância percorrida por cada rota e seu custo com combustível. As principais dificuldades para a realização do estudo foram a falta de informações sobre as demandas de produtos específicas de cada localidade, os custos com manutenção dos veículos, e a falta de informações precisas sobre os custos operacionais relativos a mão-deobra. Diante de tal situação, é pertinente sugerir, por parte da empresa, da adoção de registros mais precisos para que em estudos futuros estes dados sejam utilizados para desenvolver trabalhos mais completos com relação à roteirização de veículos e seus custos operacionais da empresa. Palavras-chaves: Palavras-Chave: Logística. Roteirização. Programação de Veículos. Custos. 1. Introdução O momento atual é bastante propício para se conhecer e discutir ferramentas de gestão que podem contribuir para levar uma organização a atingir vantagem frente aos seus concorrentes. A vantagem competitiva corresponde ao modo como uma empresa pode escolher e programar de forma inteligente uma estratégia a fim de obter e sustentar uma posição diferenciada frente os concorrentes. Algumas vezes a vantagem competitiva não pode ser compreendida observando-se a empresa como um todo, já que ela tem sua origem nas inúmeras atividades distintas que uma empresa executa tais como: no projeto, na produção, no marketing, na entrega e no suporte de seu produto. A logística cada vez mais se consolida como fonte desta vantagem, pois através do gerenciamento das operações logísticas, pode-se elevar a logística como função de ganho da vantagem em custo e valor (CHRISTOPHER, 2007). Em sintonia com essa idéia, a logística vem assumindo um papel de elemento diferenciador, através da integração com as funções empresariais como marketing, produção, finanças para manter um relacionamento mais estrito com os clientes e fornecedores; a resposta aos clientes passou a ser rápida e de pronto atendimento, com isso, a necessidade de otimização dos processos passou a ser essencial. (BALLOU, 2006; BERTAGLIA, 2009; CHRISTOPHER, 2007) Diante desse cenário, a logística contribui para que a administração possa prover um melhor nível de rentabilidade nos serviços de distribuição aos clientes e consumidores, através de planejamento, organização e controle efetivos para as atividades de movimentação e armazenamento que visam facilitar o fluxo de produtos. Visando associar a logística à competitividade, este trabalho discute em que medida as estratégias de logística, mais especificamente a roteirização de veículos, pode contribuir na gestão organizacional visando atingir vantagem competitiva frente à concorrência. Trata-se de uma pesquisa exploratória e descritiva sobre a aplicação da roteirização de veículos na pequena empresa visando minimizar os custos operacionais e permitir a obtenção de um diferencial competitivo no mercado. 1.1 Objetivo O objetivo geral deste trabalho é descrever a implementação da roteirização de veículos pelo método de Clarke e Whight, baseado na abordagem das economias, em uma pequena empresa de distribuição de laticínios localizada na cidade de Currais Novos - RN, visando à redução dos custos associados à atividade. Especificamente buscou-se: obter rotas ótimas através da aplicação do método escolhido; calcular a distância percorrida e tempo de ciclo das rotas; quantificar os custos de combustível para cada rota. Como este artigo trata da descrição da aplicação de método de roteirização de veículos, a abordagem adotada para este estudo foi a quantitativa, já que procura conhecer e compreender, a partir das informações numéricas, quais os impactos da adoção da roteirização nas operações logísticas da empresa. A estratégia de pesquisa escolhida foi o estudo de caso levando em consideração que trata-se de uma investigação de um fenômeno contemporâneo dentro de seu contexto onde as variáveis estudadas podem ser altamente pertinentes ao seu fenômeno de estudo. 2 2. Revisão de literatura 2.1 Estratégia Competitiva A essência da estratégia está na forma como as atividades são trabalhadas na organização. A opção em desempenhar atividades de forma diferente ou desempenhar atividades diferentes em comparação com os concorrentes pode ser conceituada como uma estratégia competitiva. Assim, uma estratégia bem-sucedida e sustentável consiste em assegurar o alinhamento entre as atividades internas e a geração de valor para o cliente. O negócio é rentável quando o valor que a empresa cria é superior ao custo do desempenho das atividades de valor. Para conquistar vantagens competitivas em relação aos concorrentes, a organização precisa desempenhar suas atividades a um custo inferior ou executá-las de modo a conquistar a diferenciação. Segundo Harrison (2005) uma organização só é competitiva quando há compreensão da relação entre sua estratégia, suas práticas e suas competências. Pois as ações gerenciais desconexas limitam o potencial de desempenho organizacional. Porter (1992) afirma que a fonte da vantagem competitiva é encontrada primeiramente na capacidade da organização diferenciar-se de seus concorrentes aos olhos do cliente e, em segundo lugar, pela sua capacidade de operar a baixo custo e, portanto, com lucro maior. Diz ainda que a chave do crescimento, e mesmo da sobrevivência organizacional, é a demarcação de uma posição que seja menos vulnerável ao ataque dos adversários já estabelecidos ou novos e menos exposta ao desgaste decorrente da atuação dos compradores, fornecedores e produtos substitutos. Dessa forma, para crescer, a empresa deve encontrar uma posição na qual seja capaz de melhor seus processos, defender-se contra as forças que governam a competição num setor ou influenciá-las a seu favor. A adoção dessa estratégia é através de uma abordagem de percepção dos movimentos da empresa em relação ao mercado, ou seja, movimentação empresarial de fora para dentro. Com base nessa premissa pode-se dizer que em um ambiente competitivo, não basta coordenar e promover a eficiência das atividades internas da empresa é necessário que as atividades das empresas que compõem a cadeia de valor sejam igualmente organizadas de forma competitiva, visando atingir um resultado que propicie a sustentabilidade do negócio. 2.2 A estratégia logística A tendência de um mercado cada vez mais competitivo e global está forçando as empresas a racionalizar seus processos logísticos de forma a maximizar os recursos corporativos, levando em consideração que “a estratégia significa o comportamento global da organização em relação ao ambiente que a circunda” (CHIAVENATO E SAPIRO, 2003 p. 38). Como a estratégia é a capacidade de aplicar os meios disponíveis com vista à consecução de objetivos específicos, o seu processo de formulação requer um padrão consistente de decisões estruturais em operações e logística que efetivamente contemplem as atividades de transporte, manutenção de estoques e processamento de pedidos com o objetivo de planejar, programar e controlar de maneira eficiente o fluxo de produtos até os consumidores (BALLOU, 2006). Todas essas áreas que envolvem o trabalho logístico oferecem ampla variedade de tarefas estimulantes. No momento em que essas tarefas são combinadas, torna o gerenciamento integrado da logística uma poderosa e desafiante ferramenta de gestão. Devido à importância estratégica do desempenho logístico, grande número de executivos bem sucedidos na área de logística está sendo promovido para posições de alta gerência. 3 Segundo Bertaglia (2009) uma correta estratégia de logística traz para as organizações uma vantagem competitiva em termos de redução de estoques, cumprimento de prazo na entrega do produto e respostas rápidas às necessidades de mercado. Para Chopa e Mendi (2003), uma estratégia logística pró-ativa freqüentemente começa com objetivos de negócio e com requisitos de serviço aos clientes, onde cada elo no sistema logístico é planejado e balanceado com todos os outros em um processo integrado de planejamento logístico. Harrison e Van Hoek (2003) apontam que a estratégia de logística deve priorizar três aspectos: (1) a melhorias nos serviços com estratégias que normalmente reconhecem que as receitas dependem do nível do serviço fornecido; (2) a redução do capital através da minimização do nível de investimento no sistema logístico e (3) a redução de custo, principalmente com as variáveis associadas à movimentação e à estocagem. Portanto, a estratégia de logística pode ser entendida como um conceito multidimensional que engloba todas as atividades críticas de operações e logística da empresa, fornecendo-lhe um sentido de unidade, direção e propósito. 2.2.3 Distribuição Física de Produtos A distribuição física de produtos é responsável pelos processos operacionais e de controle que permitem transferir os produtos desde os locais de fabricação até o cliente ou consumidor final, sendo desta forma muito importante no sistema logístico é também responsável pela satisfação quanto ao nível de serviço. O planejamento desta atividade pode criar condições para alcançar a eficiência e a confiabilidade no serviço prestado pela empresa, garantindo a satisfação dos clientes e a redução dos seus custos (NOVAES, 2002; CHOPRA; MEINDL, 2003; BALLOU, 2006). Já Bowersox e Closs (2001) complementam que é a distribuição física que leva a efeito o vínculo entre a empresa e seus clientes. Novaes (2001) apresenta alguns fatores que devem ser considerados na distribuição física dos produtos: Distância entre os pontos – influem o transporte de várias maneiras como seleção do tipo de veículo; dimensionamento da frota; custo e frete cobrado dos usuários; Velocidade operacional – é a velocidade média entre os pontos de origem e destino, descontando os tempos de carga e descarga, e tempo de espera para recebimento da carga. Tempo de carga e descarga – é o tempo total despendido na pesagem, conferência e emissão de documentos, como também os tempos das operações de carga e descarga. A forma de acondionamento dos produtos, como por exemplo, utilização de pallets, pode reduzir substancialmente os tempos de carga e descarga. Tempo porta a porta – é um dos fatores mais importantes para os consumidores finais do serviço de transporte, pois de nada adianta o produto ficar retido nos portos e aeroportos. Quantidade transportada – é fundamental na escolha do tipo de transporte utilizar, próprio ou de terceiros. Quando o volume transportado é elevado pode-se optar por um serviço próprio de distribuição com veículos próprios ou terceirizados. No caso de pequeno volume transportado que não comportam um sistema de distribuição, a empresa se vê obrigada a utilizar serviço de transportadores autônomos ou de empresas transportadoras. Disponibilidade de carga de retorno – pode garantir o frete de retorno ao ponto de origem, de forma a cobrir parte dos custos operacionais da distribuição. 4 Densidade da carga – afeta na escolha do tipo de veículo adequado ao serviço, e conseqüentemente os custos de transporte, pois em alguns casos de mercadorias de baixa densidade o veículo é lotado pelo volume e não pelo peso. Valor unitário dos produtos – existem produtos de alto valor agregado que necessitam de veículos especiais e/ou a implantação de sistemas de monitoramento e controle caros. Grau de fragilidade – este elemento tem influência nos cuidados necessários no processo de embalagem, no seu manuseio e no seu transporte. O grau de fragilidade afeta também a forma acondicionamento, como por exemplo, não permitir a utilização de pallets. Grau de periculosidade – Alguns produtos, como os derivados de petróleo e produtos considerados perigosos necessitam de veículos especiais e/ou operações de transporte muito mais complexas, devido a restrições de horários e velocidades, o que representa elevação de custos. Custo global – a escolha do modelo de distribuição física dos produtos requer uma reflexão pormenorizada que leve em consideração o custo global das operações logísticas e o nível de serviços que se deseja oferecer aos clientes. Neste contexto, Ballou (2007) afirma que o gerenciamento da distribuição física ocorre nos três níveis organizacionais: estratégico, tático e operacional e os problemas relacionados com a roteirização e programação de veículos são tratados na fase operacional do sistema de distribuição. 2.3 Transporte Baseado nessas considerações percebe-se que o transporte apresenta-se como um dos principais elementos da distribuição física. Apoiando esta idéia Chopra e Meindl (2003, p. 289), afirmam que “a decisão operacional mais importante na cadeia de suprimento diz respeito a rotas e cronograma de entregas”. Ballou (2007) reforça a importância do transporte ao afirmar que este “representa o elemento mais importante do custo logístico na maior parte das firmas” (BALLOU 2007, p.113). Em se tratando da operacionalização do transporte rodoviário de carga, objeto deste estudo, Valente (2008, p. 182-183) apresenta algumas variáveis que influenciam no sistema de coleta/distribuição: A capacidade física dos veículos de coleta/distribuição, pois dependendo das características físicas da carga (peso/volume) e da capacidade do veículo, é possível ocorrer em certas ocasiões a superlotação do caminhão; A máxima jornada de trabalho dos tripulantes (motoristas, ajudantes), já que depois de determinado número de horas de trabalho por dia, o desgaste físico e psíquico torna-se excessivo, prejudicando o nível de serviço; A escolha do período em que as visitas se repetem, levando-se em consideração que o cliente fica mais satisfeito quando as entregas são mais freqüentes, porém de outro lado, o custo do transporte para o distribuidor ficará mais elevado. Fica demonstrada a relevância do transporte para as empresas melhorarem a distribuição de seus produtos visando melhorar o nível de serviço e reduzir custos operacionais. 2.3.1 Roteirização e programação de veículos Este estudo adota o método matricial de economia, apresentado por Chopra e Meindl (2003), que tem como principal objetivo minimizar a distância total percorrida por todos os veículos e indiretamente minimizar o número de veículos necessários para servir a todas as paradas. 5 Segundo Cunha (2000, p.51), o termo roteirização é utilizado para designar o processo para a determinação de um ou mais roteiros ou seqüências de paradas a serem cumpridos por veículos de uma frota, objetivando visitar um conjunto de pontos geograficamente dispersos, em locais pré-determinados, que necessitam de atendimento. A roteirização é caracterizada por n locais que deverão ser atendidos por uma frota, sem apresentar restrições ou a ordem em que serão atendidas. Já a programação de veículos, refere-se à determinação dos aspectos temporais de um ou mais roteiro, levando em consideração, horário de cada tarefa, prioridades e cumprimento de horários. Para Valente (2008) as características básicas de um problema de roteirização são os seguintes: (1) uma região geográfica é dividida em zonas; (2) a cada zona é alocado um veículo; (3) a cada veículo é designado um roteiro; (4) o serviço deverá ser realizado dentro de um tempo de ciclo predeterminado; (5) os veículos são despachados a a partir de um depósito central, ou centro de distribuição. Segundo Chopra e Meindl (2003, p. 290), o método é fácil de ser implementado e pode ser usado para designar localidades (clientes) aos veículos mesmo quando há intervalos de tempo ou outras restrições e tem como principais etapas: 1º. Etapa – Construir a matriz de distância – apresenta a distância entre cada par de localidades a serem visitadas. A distância pode ser substituída pelo valor do custo de para viagem. Utilizando-se as coordenadas de um ponto A (XA, YA) e um ponto B (XB, YB), a distância é calculada como: Dist A, B X A X B 2 YA YB 2 (1) 2º. Etapa – Identificar a matriz de economia – representa a economia advinda da consolidação de entregas para duas localidades em um único caminhão. Esta economia pode ser calculada em termos de distância, tempo ou dinheiro (custo). Neste caso, uma viagem é identificada como CD Localidade X Localidade Y CD e é iniciada no CD, visita a localidade X, visita a localidade Y e retorna ao CD. Essa economia é calculada pela seguinte fórmula. (2) S X , Y DistCD, X DistCD, Y Dist X , Y 3º. Etapa – Designar localidades a veículos ou rotas – ao designar localidades a rotas o objetivo é maximizar as economias. Cada localidade é designada inicialmente para uma rota separada, mas logo depois duas localidades são combinadas em uma rota exeqüível levandose em consideração se o total de entregas não extrapola alguma restrição como capacidade do veículo ou jornada de trabalho. Para cada nova designação deve-se tentar combinar as mais altas economias com uma rota exeqüível, até que não existam mais combinações possíveis. 4º. Etapa – Organizar as localidades dentro das rotas - Ao criar a seqüência de visitas às localidades o objetivo é minimizar a distância percorrida por cada veículo na sua rota. Para concluir esta etapa utiliza-se de alguns procedimentos de seqüenciamento de rotas como: - Inserção pela distância maior: inclui-se a localidade com maior distância em relação ao CD e o processo continua até que todas as localidades remanescentes sejam inclusas na rota; - Inserção pela distância menor: a localidade mais próxima do CD é inserida na rota e o processo continua até que todas as localidades sejam inclusas na rota; - Inserção do vizinho mais próximo – começando pelo CD, a rota é completada adicionando-se a localidade mais próxima daquela visitada na última vez até que todas sejam visitadas. 6 - Varredura – Neste procedimento um ponto no mapa é selecionado e uma linha é traçada no sentido horário ou anti-horário a partir daquele ponto. A rota é planejada criando-se seqüência de localidades na ordem em que são encontradas durante a varredura. Embora o método busque a redução dos custos de transporte através da minimização do somatório das distâncias das rotas, é necessário não perder de vista qual o nível de serviço logístico que atenda os desejos e necessidades do mercado consumidor, pois em alguns casos, é salutar incrementar o número de visitas. 3. Evidências do caso A distribuidora de alimentos YXZ é uma pequena empresa distribuidora de produtos lácteos como iogurtes, bebidas lácteas, achocolatados, requeijões e queijos para toda a região Seridó do estado do Rio Grande do Norte, conforme mostra a figura 1. Figura 01 – Região do Seridó Potiguar Fonte: Autor da pesquisa 3.2 A distribuição física A área de distribuição da YXZ abrange 71 municípios do Rio Grande Norte, distribuídos nas micro-regiões do Seridó, Central, Agreste Potiguar e Salineira. Na região do Seridó, objeto deste estudo atende 22 (vinte e dois) municípios, tendo a cidade Currais Novos como ponto de partida para todas as rotas de abastecimento do mercado. Viajando de segunda a sábado, cada veículo tem motorista e um ajudante fixo com jornada de trabalho das 07h00min as 17h00min e uma hora para almoço no local de preferência dos funcionários. Existe um acordo com os funcionários para o pagamento diário de 02 (duas) horas extras, caso trabalhem ou não durante este horário. A empresa possui uma frota própria de veículos para distribuição. São 03 (três) caminhões baú refrigerados com capacidade de 08 (oito) toneladas e uma caminhonete com capacidade de meia tonelada utilizada para distribuição de produtos em Currais Novos, cidade onde localiza-se o depósito central (CD) e que esta fora do escopo deste estudo. Os caminhões são 7 designados da seguinte forma: 01 para a região do Seridó, 01 para a região Agreste Potiguar e 01 para as regiões Central e Salineira. Atualmente a distribuição é executada dentro das seguintes condições: as localidades são visitadas uma vez por semana, através de caminhões que deixam o CD com carga máxima e percorrem em média 05 municípios por viagem. Este processo esta acarretando alguns problemas como: falta de produtos nas últimas localidades visitadas; incerteza no dia de abastecimento das localidades e grande variabilidade nos níveis de serviços oferecidos. Outra deficiência do processo é a falta de confiabilidade das informações de vendas para cada localidade, as informações estão processadas e agrupadas por viagem, o que dificulta, ou mesmo inviabiliza a construção de um processo de previsão de demanda para cada localidade. Esta realidade vem causando um crescente nível de insatisfação dos clientes com relação aos produtos/serviços oferecidos pela empresa. 4. Metodologia A abordagem adotada para este trabalho foi a quantitativa, pois ele procura construir, a partir de dados numéricos, um sistema de roteirização e programação de veículos. Trata-se de uma pesquisa exploratória, descritiva que segue os seguintes passos: Passo 01 - Construir da matriz de distância entre todas as localidades, inclusive Currais Novos (CD), utilizando-se os dados relativos às distâncias rodoviárias disponibilizados pela Associação Brasileira de Concessionárias de Rodovias (ABCR), através do Sistema de Coordenadas Geodésicas e Percursos entre Municípios Brasileiros. Passo 02 - Construção da matriz de economias advindas da junção de duas localidades em uma única rota; Passo 03 - Designar localidades as respectivas rotas seguindo a restrição de tempo total de jornada de trabalho. Para realização do cálculo do tempo de rota foram observados os seguintes parâmetros: - Jornada de trabalho com duração de 09 horas, com início às 07 horas da manhã. É oportuno frisar que esta jornada poderá ser estendida por mais 02 horas, se necessário. - 01 hora da jornada de trabalho destinada como horário de almoço; - Tempo médio de atendimento em cada localidade de 60 minutos, exceto para a cidade de Caicó; - Não foi considerado tempo de carga, devido esta operação ser realizada por outra equipe, antes do início da jornada de trabalho de motorista e ajudante; - O tempo de deslocamento entre as localidades foi baseado em uma velocidade média dos veículos de 60 km/hora. Passo 04 - Organizar as localidades dentro das rotas pelo procedimento de seqüenciamento do vizinho mais próximo; e Passo 05 - Calcular a distância total percorrida e tempo de ciclo de cada rota, através do somatório do tempo de todas as operações, inclusive tempo de retorno ao CD; Passo 06 - Quantificar os custos com combustível para cada rota, baseada na média de consumo de 05 quilômetros por litro de óleo diesel. 5. Resultados do método Embora o método matricial de economia apresentando uma forma de calcular as distâncias entre as diversas localidades atendidas baseado na latitude e longitude de cada ponto, para construção da matriz das distâncias optou-se pela utilização de dados da ABCR, conforme apresentado no quadro 01. 8 Acari 31 0 Caicó 87 56 0 Carnaúba dos Dantas 48 17 73 0 Cerro Corá 36 67 123 84 0 Cruzeta 49 18 38 35 85 0 Equador 105 74 94 57 141 92 0 Florânia 41 72 77 89 77 90 146 Ipueira 135 104 48 121 171 86 142 125 0 Jardim de Piranhas 117 86 30 103 153 68 124 107 78 0 Jardim do Seridó 56 25 43 42 92 43 51 97 91 73 0 0 Jucurutu 67 98 51 115 103 89 145 26 99 81 94 0 Lagoa Nova 29 60 116 77 65 78 134 70 164 146 85 96 0 Ouro Branco 79 48 41 65 115 66 74 118 89 71 23 92 108 0 Parelhas 72 41 61 24 108 59 33 113 109 91 18 112 101 41 0 Santana do Seridó 91 56 76 15 123 74 37 128 124 106 33 127 116 56 15 0 São Fernando 104 73 17 90 140 45 111 94 65 26 60 68 133 58 78 93 0 São João do Sabugi 79 93 37 122 163 93 131 114 11 67 80 88 153 78 98 113 54 0 São José do Seridó 61 30 26 47 97 12 104 103 74 43 55 77 90 67 71 86 43 63 0 São Vicente 21 52 97 69 50 70 126 145 114 77 46 50 100 93 108 114 134 82 0 140 123 94 107 122 20 Serra Negra do Norte 133 102 46 119 169 84 89 97 162 87 72 143 0 Ten. Laurentino Cruz 53 84 89 101 89 102 158 12 137 119 109 38 82 130 125 140 106 126 115 32 135 0 Timbaúba dos Batistas 109 78 22 95 145 60 99 70 73 138 63 119 40 111 111 Timbaúba dos Batistas Ten. Laurentino Cruz Serra Negra do Norte São Vicente São José do Seridó São João do Sabugi São Fernando Santana do Seridó Parelhas Ouro Branco Lagoa Nova Jucurutu Jardim do Seridó Jardim de Piranhas Ipueira Florânia Equador Cruzeta Cerro Corá Carnaúba dos Dantas 0 Caicó Currais Novos Currais Novos Acari Localidades 22 62 65 83 98 63 18 83 59 48 0 Quadro 01 – Matriz de distância Fonte: Autor da pesquisa Caicó 62 0 Carnaúba dos Dantas 62 62 0 Cerro Corá 0 0 0 0 Cruzeta 62 98 62 0 0 Equador 62 98 96 0 62 0 Florânia 0 51 0 0 0 0 Timbaúba dos Batistas Ten. Laurentino Cruz Serra Negra do Norte São Vicente São José do Serdó São João do Sabugi São Fernando Santana do Seridó Parelhas Ouro Branco Lagoa Nova Jucurutu Jardim do Seridó Jardim de Piranhas Ipueira Florânia Equador Cruzeta Cerro Corá 0 Carnaúba dos Dantas Acari Caicó Cidades Acari Com matriz de distância é possível, como mostra o quadro 02, realizar a construção da matriz de economia de acordo como determina o método matricial das economias. 0 9 Ipueira 62 174 62 0 98 98 51 0 Jardim de Piranhas 62 174 62 0 Jardim do Seridó 62 100 62 0 98 98 51 174 62 110 0 100 100 0 Jucurutu 0 103 0 0 27 27 82 103 103 29 0 0 0 0 0 Lagoa Nova 0 0 0 0 0 0 0 0 0 Ouro Branco 62 125 62 0 62 110 2 125 125 112 54 0 0 Parelhas 62 98 96 0 62 144 0 98 110 27 0 110 Santana do Seridó 66 102 124 4 66 159 4 102 102 114 31 4 114 148 São Fernando 62 174 62 0 108 98 51 174 195 100 103 0 125 98 102 0 São João do Sabugi 17 129 5 -48 35 53 6 203 129 55 58 -45 80 53 57 129 São José do Seridó 62 122 62 0 98 62 -1 122 135 62 51 0 73 62 66 122 77 0 São Vicente 0 11 0 7 0 0 42 11 0 42 0 0 0 4 11 -34 0 Serra Negra do Norte 62 174 62 0 98 98 51 174 228 100 103 0 125 98 98 24 51 0 0 Ten. Laurentino Cruz 0 51 0 0 0 0 82 51 82 0 2 0 Timbaúba dos Batistas 62 174 62 0 98 103 51 174 164 100 103 0 125 98 0 0 102 174 129 122 4 51 6 -1 102 195 129 122 0 11 0 42 51 0 11 202 51 0 Quadro 02 – Matriz de economias Fonte: Autor da pesquisa Assim, iniciou-se o processo de estruturar as rotas. Para a segunda-feira foi criada a rota n° 01 atendendo 04 cidades - Ipueira, São João do Sabugi, Jardim de Piranhas e Serra Negra do Norte, com um trajeto de 368 km e tempo de ciclo de 10h08min. Tabela 01 – Dados da Rota 01 Rota: 01 No. Localidade CD 19 20 21 22 CD Currais Novos Ipueira São João do Sabugi Jardim de Piranhas Serra Negra do Norte Currais Novos Tempo Total: Horários Chegada Saída 07h00min 09h15min 10h15min 10h26min 11h26min 12h33min 13h33min 13h55min 14h55min 17h08min 10h08min Distância Total (Km): 368 Distância Tempo (Rodovias) Parcial Acumulada Parcial Acumulado 135 11 67 22 133 135 146 213 235 368 02h15min 00h11min 01h07min 00h22min 02h13min 02h15min 02h26min 03h33min 03h55min 06h08min Tempo de Ciclo 00h00min 03h15min 04h26min 06h33min 07h55min 10h08min Fonte: Autor da Pesquisa A rota n° 02, na terça-feira atende as cidades de Timbaúba dos Batistas, São Fernando e Caicó. Optou-se por destinar mais tempo para atendimento dos clientes localizados na cidade de Caicó, maior cidade da região onde a empresa tem um número significativo de clientes. Nessa perspectiva, foi designado um tempo total de 05 horas para distribuição de produtos nesta cidade. Dessa maneira, esta rota apresenta um percurso total de 231 km e seu tempo de ciclo é de 08h51min. Tabela 02 – Dados da Rota 02 Rota: 02 No. Localidade CD 18 17 16 CD Currais Novos Timbaúba dos Batistas São Fernando Caicó Currais Novos Tempo Total: Horários Chegada Saída 07h00min 08h49min 09h49min 10h07min 11h07min 11h24min 16h24min 17h51min 08h51min Distância Total (Km): 231 Distância Tempo (Rodovias) Parcial Acumulada Parcial Acumulado 109 18 17 87 109 127 144 231 01h49min 00h18min 00h17min 01h27min 01h49min 02h07min 02h24min 03h51min Tempo de Ciclo 00h00min 02h49min 04h07min 07h24min 08h51min Fonte: Autor da Pesquisa 10 Atendendo as cidades de Equador, Santana do Seridó, Parelhas e Carnaúba dos Dantas na quarta-feira, a rota n° 03 percorre 229 km e realiza seu ciclo de trabalho em 07h49min. Tabela 03 – Dados da Rota 03 Rota: 03 No. Localidade CD 14 13 12 8 CD Currais Novos Equador Santana do Seridó Parelhas Carnaúba dos Dantas Currais Novos Tempo Total: Horários Chegada Saída 07h00min 08h45min 09h45min 10h22min 11h22min 11h37min 12h37min 13h01min 14h01min 14h49min 07h49min Distância Total (Km): 229 Distância Tempo (Rodovias) Parcial Acumulada Parcial Acumulado 105 37 15 24 48 105 142 157 181 229 01h45min 00h37min 00h15min 00h24min 00h48min 01h45min 02h22min 02h37min 03h01min 03h49min Tempo de Ciclo 00h00min 02h45min 04h22min 05h37min 07h01min 07h49min Fonte: Autor da Pesquisa Já a rota n° 04, na quinta-feira, percorrendo 206 km em um tempo de ciclo de 07h26min, distribui produtos em Ouro Branco, Jardim do Seridó, Acari, Cruzeta e São José do Seridó. Tabela 04 – Dados da Rota 04 Rota: 04 No. Localidade CD 15 9 7 10 11 CD Currais Novos Ouro Branco Jardim do Seridó Acari Cruzeta São José do Seridó Currais Novos Tempo Total: Horários Chegada Saída 07h00min 08h19min 09h19min 09h42min 10h42min 11h07min 12h07min 12h25min 13h25min 13h37min 13h37min 14h26min 07h26min Distância Total (Km): 206 Distância Tempo (Rodovias) Parcial Acumulada Parcial Acumulado 79 23 25 18 12 61 79 102 127 145 157 206 01h19min 00h23min 00h25min 00h18min 00h12min 01h01min 01h19min 01h42min 02h07min 02h25min 02h37min 03h38min Tempo de Ciclo 00h00min 02h19min 03h42min 05h07min 06h25min 06h37min 07h26min Fonte: Autor da Pesquisa Na sexta-feira, a rota n° 05 percorre 158 km para atender as cidades de Jucurutu, Florânia, Ten. Laurentino Cruz e São Vicente, totalizando um tempo total de ciclo de 08h30 min. Tabela 05 – Dados da Rota 05 Rota: 05 No. Localidade CD 6 5 4 3 CD Currais Novos Jucurutu Florânia Ten. Laurentino Cruz São Vicente Currais Novos Tempo Total: Horários Chegada Saída 07h00min 08h07min 09h07min 09h33min 10h33min 10h45min 11h45min 12h17min 13h17min 15h30min 08h30min Distância Total (Km): 158 Distância Tempo (Rodovias) Parcial Acumulada Parcial Acumulado 67 26 12 32 21 67 93 105 137 158 01h07min 00h26min 00h12min 00h32min 02h13min 01h07min 01h33min 01h45min 02h17min 04h30min Tempo de Ciclo 00h00min 02h07min 03h33min 04h45min 06h17min 08h30min Fonte: Autor da Pesquisa Finalmente no sábado, a rota n° 06 distribui produtos nas cidades de Lagoa Nova e Cerro Corá com um percurso de somente 130 km e um tempo total de ciclo de apenas 04h10min. Tabela 06 – Dados da Rota 06 Rota: 06 No. Localidade CD 1 2 CD Currais Novos Lagoa Nova Cerro Corá Currais Novos Tempo Total: Horários Chegada Saída 07h00min 07h29min 08h29min 09h34min 10h34min 11h10min 04h10min Distância Total (Km): 130 Distância Tempo (Rodovias) Parcial Acumulada Parcial Acumulado 29 65 36 29 94 130 00h29min 01h05min 00h36min 00h29min 01h34min 02h10min Tempo de Ciclo 00h00min 01h29min 03h34min 04h10min 11 Fonte: Autor da Pesquisa Os resultados sugerem a necessidade de realização de ajustes na roteirização da frota com o objetivo de aperfeiçoar o processo, já que a rota do sábado atende somente duas cidades que poderiam ser atendidas por outra rota. Assim sendo foi realizada a inclusão da cidade de Cerro Corá na rota n° 04 e com esta nova configuração a mesma passou a atender 06 cidades em um percurso de 290 km e um tempo de ciclo de 10h50min, conforme mostra a tabela 07. Tabela 07 – Dados da Rota 04 com Ajuste Rota: 04 No. Localidade CD 15 9 7 10 11 2 CD Currais Novos Ouro Branco Jardim do Seridó Acari Cruzeta São José do Seridó Cerro Corá Currais Novos Tempo Total: Horários Chegada Saída 07h00min 08h19min 09h19min 09h42min 10h42min 11h07min 12h07min 12h25min 13h25min 13h37min 13h37min 16h14min 17h14min 16h14min 10h50min Distância Total (Km): 290 Distância Tempo (Rodovias) Parcial Acumulada Parcial Acumulado 79 23 25 18 12 97 36 79 102 127 145 157 254 290 01h19min 00h23min 00h25min 00h18min 00h12min 01h37min 00h36min 01h19min 01h42min 02h07min 02h25min 02h37min 04h14min 04h50min Tempo de Ciclo 00h00min 02h19min 03h42min 05h07min 06h25min 07h37min 10h14min 10h50min Fonte: Autor da Pesquisa De modo similar, na rota n° 05 foi acrescentada a cidade de Lagoa Nova. Este procedimento liberou o dia de sábado, que será utilizado para a realização de manutenção preventiva e corretiva do veículo. Assim sendo, a rota n° 05 passou de 158 para 216 km, e um tempo de ciclo de 08h36min, como determinado na tabela 08 abaixo. Tabela 08 – Dados da Rota 05 com Ajuste Rota: 05 No. Localidade CD 6 5 4 3 1 CD Currais Novos Jucurutu Florânia Ten. Laurentino Cruz São Vicente Lagoa Nova Currais Novos Tempo Total: Horários Chegada Saída 07h00min 08h07min 09h07min 09h33min 10h33min 10h45min 11h45min 12h17min 13h17min 14h07min 15h07min 15h36min 08h36min Distância Total (Km): 216 Distância Tempo (Rodovias) Parcial Acumulada Parcial Acumulado 67 26 12 32 50 29 67 93 105 137 187 216 01h07min 00h26min 00h12min 00h32min 00h50min 00h29min 01h07min 01h33min 01h45min 02h17min 03h07min 03h36min Tempo de Ciclo 00h00min 02h07min 03h33min 04h45min 06h17min 08h07min 08h36min Fonte: Autor da Pesquisa Esta nova configuração das rotas n° 04 e 05, além de permitir a redução de custos, permitem também que em uma eventual necessidade, este veículo possa ser utilizado para atender entregas não programadas nesta ou em outra região do estado. Diante de tal situação a empresa atenderá o mercado com 05 rotas funcionando semanalmente de segunda a sexta-feira como mostra a tabela 09. Com esta configuração de roteiros, são percorridos semanalmente 1.334 km, o que determina uma rota média diária de 266,8 km. Rotas Rota 01 Rota 02 Rota 03 Rota 04 Rota 05 Tabela 09 – Dados da Rota 05 com Ajuste Localidades Tempo de Ciclo CD – 19 – 20 – 21 – 22 – CD 10h08min CD – 18 – 17 – 16 – CD 10h51min CD – 14 – 13 – 12 – 08 – CD 7h49min CD – 15 – 09 – 07 – 10 – 11 – 02 – CD 10h50min CD – 06 – 05 – 04 – 03 – 01 - CD 08h36min Percurso 368 Km 231 Km 229 Km 290 Km 216 Km 12 Fonte: Autor da Pesquisa. Com um consumo médio de 4,5 km/l, os resultados indicam um consumo semanal de 296,44 litros distribuídos conforme a tabela 10. Tabela 10 – Custo de combustível Rotas Percurso (Km) Combustível (Litros) Rota 01 368 81,78 Rota 02 231 51,33 Rota 03 229 50,89 Rota 04 290 64,44 Rota 05 216 48,00 Total 1.334 296,44 Fonte: Autor da Pesquisa. Valor (R$) 162,74 102,14 101,27 128,23 95,52 589,91 No que se refere ao cálculo do valor gasto com combustível por rota, foi utilizado um preço médio de compra de R$ 1,99 (hum real e noventa e nove centavos) por litro de óleo diesel. Conforme se pode constatar, o custo total com combustível é de R$ 589,91 (quinhentos e oitenta e nove reais e noventa e um centavos) por semana. O que representa um custo médio por rota de R$ 117,98 (cento e dezessete reais e noventa e oito centavos. 6. Conclusões A logística proporciona um vasto campo de conhecimentos. Alguns destes foram aplicados no desenvolvimento desse estudo, como conceitos de logística e estratégia de distribuição, dos quais de destaca a roteirização de veículos, ferramenta de grande valia no auxílio à redução de custos e melhoria de nível de serviço. Ficou evidenciado que este estudo alcançou o seu objetivo de apresentar uma nova forma de roteirização de veículos baseada no método matricial das economias, em uma pequena empresa de distribuição de laticínios. Propondo uma nova programação de frota que permitiu a realização de percursos com menores distâncias, o trabalho tornou possível alguns avanços na forma de operacionalização da distribuição física da empresa, tais como: racionalizar a utilização do veículo e conseqüentemente seus custos operacionais; melhorar o nível de logístico ao fixar um dia certo para atendimento de cada cidade; permitiu a liberação de um dia da semana para a realização de manutenção no veículo; e identificar dados importantes como o total da distância percorrida por cada rota e custo com óleo diesel. As principais dificuldades para a realização do estudo foram a falta de informações sobre as demandas de produtos especificas de cada localidade; os custos com manutenção dos veículos, bem como as falta de informações precisas sobre outros custos operacionais relativos a mão-de-obra. Diante de tal situação, é pertinente sugerir que em estudos futuros sejam utilizados dados referentes ao histórico de vendas, custos diretos e indiretos com transportes e capacidade da carga dos veículos, com o objetivo de desenvolver trabalhos mais precisos com relação à roteirização de veículos e seus custos operacionais. Referências ABCR – Associação Brasileira de Concessionárias de Rodovias. Disponível em: www.abcr.org.br> Acesso em: 19.fev.2010. BALLOU, Ronald. H. Gerenciamento da Cadeia de Suprimentos/Logística Empresarial: estratégia e planejamento da logística/cadeia de suprimentos. São Paulo: Bookman, 2006. _____________. Logística Empresarial: transportes, administração de materiais e distribuição física. São Paulo: Atlas, 2007. 13 BOWERSOX, Donald J; CLOSS, David J. Logística Empresarial: O processo de integração da cadeia de suprimento. São Paulo: Atlas, 2001. BERTAGLIA, Paulo Roberto. Logística e Gerenciamento da Cadeia de Abastecimento. 2. ed. São Paulo: Saraiva, 2009. CHIAVENATO, Idalberto; SAPIRO, Arão. Planejamento estratégico. Rio de Janeiro: Elsevier, 2003. CHOPRA, Sunil; MEINDL, Peter. Gerenciamento da cadeia de suprimentos. São Paulo: Prentice Hall, 2003. CHRISTOPHER, Martin. Logística e gerenciamento da cadeia de suprimentos: criando redes que agregam valor. 2. ed. São Paulo: Thomson Learning, 2007. CUNHA, Claudio Barbieri. Aspectos práticos da aplicação de modelos de roteirização de veículos a problemas reais. Transportes, v. 8, n.2, p. 51-74, 2000. HARRISON, Alan; VAN HOEK, Remko. Estratégia e Gerenciamento de Logística. São Paulo: Futura, 2003. HARRISON, Jeffrey S. Administração estratégica de recursos e relacionamentos. Porto Alegre: Bookman, 2005. LIMA, Maurício. Custos logísticos na economia brasileira. Instituto de Logística e Supply Chain – ILOS, 2006 Disponível em: < http://www.ilos.com.br/site/index.php?option=com_content&task=view&id=695&Itemid=74> Acesso em: 17.02.2010. NOVAES, Antônio Galvão. Logística e gerenciamento da cadeia de distribuição: estratégia, operação e avaliação. Rio de Janeiro: Campus, 2001. PORTER, Michael E. Vantagem Competitiva: Criando e sustentando um desempenho superior. 29. ed. Rio de Janeiro: Campus, 1989. VALENTE, Amir Mattar. Transporte Rodoviário de Cargas. In: Qualidade e produtividade em transportes. São Paulo: Cengage Learning, 2008. 14