TÉCNICO EM ELETRÔNICA
MTAC-1
Métodos e Técnicas de Análise de Circuitos
Prof. Renato P. Bolsoni
Ver 1 - 11/08/2009
1
MTAC 1 - Prof. Renato Bolsoni
ÍNDICE
Conteúdo
O básico da teoria atômica da matéria................................................................................................
Resistência......................................................................................................................................
Associação de resistência.................................................................................................................
Resistência equivalente de uma associaão de resistência....................................................................
Exercícios........................................................................................................................................
Geradores e Receptores....................................................................................................................
Exercícios........................................................................................................................................
Associação de Geradores.................................................................................................................
Exercícios........................................................................................................................................
Divisor de Tensão e de Corrente.........................................................................................................
Exercícios........................................................................................................................................
Leis de Kirchhoff...............................................................................................................................
Exercícios........................................................................................................................................
Conversão de ligação de resistores Estrela-Triângulo..........................................................................
Exercícios........................................................................................................................................
Equações de Maxwell.......................................................................................................................
Exercícios........................................................................................................................................
Pág.
2
3
4
5
9
15
16
19
21
23
24
27
29
31
34
36
38
MTAC 1 - Prof. Renato Bolsoni
2
O BÁSICO DA TEORIA ATÔMICA DA MATÉRIA
Matéria: tudo o que tem massa e ocupa lugar no espaço, podendo se apresentar em 4 estados
físicos distintos: sólido, líquido, gasoso ou plasma.
Corpo: é uma quantidade limitada de matéria que possui uma certa forma.
Ex: mesa, gota d´água, etc.
- Corpo Simples: formado por um só tipo de elemento: ouro, cobre, alumínio.
- Corpo Composto: formado por dois ou mais elementos: água, sal de cozinha.
Molécula: menor partícula física em que pode ser dividido um corpo composto, sem que o
corpo resultante (molécula) perca suas características.
Átomo: menor partícula física em que se pode dividir um elemento (substancia fundamental)
sem alterar suas características. Pode ser dividido em várias partículas subatômicas, como o
próton, o nêutron e o elétron.
Modelo Atômico de Bohr
O cientista neozelandês Niels Bohr imaginou, em 1915, um modelo para o átomo. Ele o
visualizou como um núcleo rodeado por elétrons em órbitas estáveis, com velocidade suficiente
para que a força centrífuga equilibrasse a atração nuclear. Hoje sabemos que as forças que
governam os átomos não são possíveis de serem explicadas segundo a física tradicional e sim
pela física quântica, que compreende o estudo das interações fortes e fracas no interior do
átomo.
O átomo é formado pelo núcleo e pela elétrosfera.
Núcleo : formado pelos prótons e nêutrons.
Prótons = carga elétrica positiva.
Nêutrons = carga elétrica nula.
Elétrosfera: formada pelos elétrons em órbita
Elétrons = carga elétrica negativa.
Os elétrons se distribuem nos átomos em 7 camadas ou níveis da elétrosfera.
Camada
K
L
M
N
O
P
Q
Número de elétrons
2
8
18
32
32
18
8
Cada camada corresponde a um nível energético. As mais afastadas do núcleo têm
energia menor. Os átomos tendem sempre a ficar com um número de 8 elétrons na sua camada
mais externa, chamada de camada de valência. Assim, os elementos condutores, que possuem
poucos átomos na última camada, têm grande tendência a ceder elétrons para outros átomos,
formando ligações iônicas. Já os elementos isolantes possuem mais elétrons na última camada,
MTAC 1 - Prof. Renato Bolsoni
3
e têm tendência a receber elétrons. De modo geral, os elementos condutores têm 1, 2 ou 3
elétrons na última camada, enquanto os isolantes têm 5, 6 ou 7 elétrons na última camada.
Todas as formas de energia, incluindo a térmica e a elétrica, estimulam os elétrons. A
absorção de energia, tal como calor ou luz, pode fazer com que os elétrons que estão na órbita
mais externa escapem. Esses elétrons tornam-se elétrons livres e podem vaguear até serem
atraídos por um átomo carregado positivamente.
Condutores
Os condutores são aqueles materiais que possuem menos elétrons na última camada e,
portanto, estão mais fracamente presos ao núcleo.
Assim, nesses materiais, há uma grande quantidade de elétrons livres quando os estimulamos
com alguma forma de energia (o cobre, por exemplo, possui apenas 1 elétron na última
camada). Exemplos: cobre e alumínio.
Isolantes
Já os isolantes são materiais que possuem elétrons livres em quantidade bem menor.
Exemplos: ar, borracha e vidro.
A eletricidade (CORRENTE ELÉTRICA) é o movimento ordenado dos elétrons livres de
um átomo para outro da estrutura de uma material.
RESISTÊNCIAS
Resistência ou Resistor é qualquer oposição (dificuldade) à passagem da corrente
elétrica.
Ex.: Lâmpada, motor, equipamento eletrônico, resistência do chuveiro, componentes
eletrônicos e até mesmo um condutor fino e comprido, etc.
Qualquer resistência pode ser representada pelos símbolos abaixo e seu valor ôhmico é
dado em Ohm representado pelo símbolo Ω (letra grega Ohmega):
4
MTAC 1 - Prof. Renato Bolsoni
ASSOCIAÇÃO DE RESISTÊNCIAS
As resistências entram na constituição da maioria dos circuitos eletrônicos formando
associações de resistências.
É importante, pois, conhecer os tipos e características elétricas destas associações, que
são a base de qualquer atividade ligada à eletrônica.
Esse capítulo vai ajuda-lo a identificar os tipos de associações e determinar suas
resistências equivalentes. Para entender uma associação de resistência, é preciso que você já
conheça o que são resistências.
Associação de resistências é uma reunião de duas ou mais resistências em um circuito
elétrico.
Na associação de resistência é preciso considerar duas coisas: os terminais e os nós.
Terminais são os pontos da associação conectados á fonte geradora. Nós são os pontos em
que ocorre a interligação de três ou mais resistências.
Tipos de associação de resistência
As resistências podem ser associadas de modo a formar diferentes circuitos elétricos:
R1
V
R1
V
R2
R1
R2
R3
V
R2
R3
R3
Associação em Série
Associação em Paralelo
Associação Mista
Associação em Série
Nesse tipo de associação, as resistências são ligadas de forma que exista apenas um
caminho para a circulação da corrente elétrica entre os terminais.
Caminho único
Caminho único
Associação em Paralelo
Trata-se de uma associação em que os terminais das resistências estão ligadas de forma
que exista mais de um caminho para a circulação da corrente elétrica.
Dois caminhos
V
I1
R1
I2
R2
Três caminhos
V
I1
R1
I2
R2
I3
R3
MTAC 1 - Prof. Renato Bolsoni
5
Associação Mista
É a associação que se compõe por grupos de resistências em série e em paralelo.
R5
RESISTÊNCIA EQUIVALENTE DE UMA ASSOCIAÇÃO DE RESISTÊNCIAS
Quando se associam resistências, a resistência elétrica entre os terminais é diferente das
resistências individuais. Por essa razão, a resistência de uma associação de resistência recebe
uma denominação específica: resistência total (Rt) ou resistência equivalente (Req).
Associação em Série
Ao longo de todo o circuito, a resistência total é a soma das resistências parciais, logo a
Rt é sempre maior que a resistência de maior valor da associação.
Matematicamente, obtém-se a Rt da associação em série pela seguinte fórmula:
Rt = R1 + R2 + R3 + ... + Rn
Ex.: Vamos tomar como exemplo uma associação em série formada pelo resistor R1 de
120Ω e pelo R2 de 270Ω. Qual será a resistência total ?
R1 120Ω
Rt
Rt = R1 + R2
Rt = 120 + 270
Rt = 390Ω
R2 270 Ω
Associação em Paralelo
A resistência total de uma associação em paralelo é dada pela equação:
Rt = _________1__________
_1_ + _1_ +...+ _1_
R1 R2
Rn
DICA: 3 ou mais resistências diferentes
MTAC 1 - Prof. Renato Bolsoni
6
Vamos tomar como exemplo o circuito abaixo onde o R1=10Ω , R2=25Ω e R3=20Ω :
Rt
R1
10
Ω
R2
25
Ω
R3
20
Ω
Rt = ______1________
_1_ + _1_ + _1_
R1 R2
R3
Rt = ______1______ = ______1_______
_1_ + _1_ + _1_
0,1 + 0,04 + 0,05
10
25
20
= __1__
0,19
Rt = 5,26Ω
Esta equação é indicada para associação em paralelo constituída por 3 ou mais
resistências com valores ôhmicos diferentes.
Para associações em paralelo com apenas 2 (duas) resistências com valores diferentes,
podemos usar uma equação mais simples:
Rt = R1 x R2
R1 + R2
DICA: Apenas 2 resistências diferentes
Vamos tomar como exemplo o circuito abaixo onde o R1=1,2KΩ (1200Ω) e R2=680Ω :
Rt = R1 x R2
R1 + R2
Rt
R1
R2
1,2KΩ 680Ω
Rt = 1200 x 680 = 816000
1200 + 680
1880
Rt = 434Ω
Para associações em paralelo com resistências de mesmo valor podemos usar uma
equação ainda mais simples:
Rt = R
n
DICA: Todas as Resistências de mesmo valor
Onde: R é o valor das resistências (todas têm o mesmo valor)
n é a quantidade de resistências associadas em paralelo
MTAC 1 - Prof. Renato Bolsoni
7
Vamos tomar como exemplo o circuito abaixo onde todos os resistores são iguais:
Rt = R
N
Rt
R1
120Ω
R2
120Ω
R3
120Ω
Rt = 120
3
Rt = 40Ω
De qualquer forma, valor da Rt de uma associação em paralelo sempre será menor que a
resistência de menor valor da associação.
Associação Mista
Para determinar a resistência equivalente de uma associação mista, procede-se da
seguinte maneira:
A partir dos nós, divide-se o circuito em pequenas partes de forma que possam ser
calculadas como associações em série ou em paralelo. Vamos tomar como exemplo o circuito
abaixo:
R1 560Ω
R2 180Ω
R3 270Ω
Os resistores R2 e R3 estão
associados em paralelo
R4
1,2KΩ
Neste circuito o R2 está em paralelo como o R3, e são de valores diferentes. Como ainda
não é a Rt do circuito, vamos chamar de RA :
RA = R2 x R3
R2 + R3
RA = 180 x 270 = 48600
180 + 270
450
RA = 108Ω
Portanto, R2 em paralelo com R3 proporciona uma resistência equivalente de 108Ω para
a passagem da corrente elétrica por este circuito.
Se o R2 e R3 forem substituídos por um resistor de 108Ω (RA) o circuito não se altera.
MTAC 1 - Prof. Renato Bolsoni
R1 560Ω
8
RA 108Ω
R4
1,2KΩ
Rt
Desta forma, este circuito passa a ser uma associação final em série:
Rt = R1 + RA + R4
Rt = 560 + 108 + 1200
Rt = 1868Ω
Rt = 1868Ω
O resultado significa que toda a associação mista original tem o mesmo efeito para a
corrente elétrica que uma única resistência de 1868Ω.
A seguir, apresentamos um exemplo de circuito misto, com a seqüência de
procedimentos para determinar a resistência equivalente.
R23,3KΩ
3,3KΩ
R2
R1 10KΩ
R3 68KΩ
Rt
Da análise do circuito, deduz-se que as resistências R1 e R2 estão em série e ser
substituída por uma única resistência RA :
Rt = R1 + R2
Rt = 10K + 3,3K
Rt = 13,3KΩ (13300Ω)
Foram substituídos por
R1 10KΩ
68KΩ
R3R368KΩ
R2 3,3KΩ
RA 13,3KΩ
R3 68KΩ
MTAC 1 - Prof. Renato Bolsoni
9
Aplicando-se análise de circuito, deduz-se que RA e R3 estão em paralelo:
Rt = RA x R3
RA + R3
Rt = 13,3K x 68K
13,3K + 68K
Rt = 11124Ω
Rt = 11124Ω
EXERCÍCIOS
1) Qual é a característica fundamental de uma associação em série com relação aos caminhos
para a circulação da corrente elétrica?
2) Qual é a característica fundamental de uma associação em paralelo com relação aos
caminhos para a circulação da corrente elétrica?
3) Identifique os tipos de associação (série, em paralelo ou mista) nos circuitos a seguir.
a) _______________
b)________________
c)________________
d)________________
e)_______________
f)_______________
MTAC 1 - Prof. Renato Bolsoni
4) Determine a resistência equivalente (Rt) dos circuitos em série abaixo:
a)
R1
680Ω
Rt
R3
330Ω
b)
12Ω
89Ω
27Ω
c) Fazer Prática
470Ω
1,5KΩ
d) Fazer Prática
0,1MΩ
270Ω
1,2MΩ
e)
330Ω
0,47MΩ
68000Ω
27KΩ
10
MTAC 1 - Prof. Renato Bolsoni
5) Determine a resistência equivalente (Rt) dos circuitos em paralelo abaixo:
a)
100Ω
120Ω
58Ω
b)
6,8KΩ
1,2KΩ
c)
10KΩ
10KΩ
10KΩ
d)
120KΩ
120KΩ
e) Fazer Prática
330Ω
390Ω
10KΩ
11
MTAC 1 - Prof. Renato Bolsoni
6) Registre ao lado de cada circuito a equação mais apropriada para o cálculo da Rt.:
a)
R1
R2
R3
R1
R2
R3
R1
R2
R1 = R2 = R3
b)
c)
d)
R1
R2
R3
7) Determine a resistência equivalente (Rt) de cada circuito abaixo:
a)
R1 6,8KΩ
R3 2,7KΩ
R2 120KΩ
b)
R2 220Ω
R1 390KΩ
R3 39KΩ
R4
2,2KΩ
R5 2,7KΩ
12
MTAC 1 - Prof. Renato Bolsoni
c) Fazer Prática
R1 1,2KΩ
R2 3,3KΩ
R3 10Ω
R4 390Ω
d) Fazer Prática
R2 150KΩ
R1
0,39MΩ
R4 1,2MΩ
R3
10Ω
e)
R1 180Ω
R2 270Ω
R3 150Ω
f)
R1 470KΩ
R2 470KΩ
R4
15KΩ
R3 5K6Ω
R4 2K4Ω
R5
10KΩ
13
MTAC 1 - Prof. Renato Bolsoni
g)
R1 5,6KΩ
R2
10KΩ
Pág.
10
10
10
10
10
11
11
11
11
11
12
12
13
13
13
13
14
R3
15KΩ
Resultado dos cálculos
Exercício Item Resultado
4
a
1010Ω
4
b
128Ω
4
c
1970Ω
4
d
1300270Ω
4
e
565330Ω
5
a
28Ω
5
b
1.02KΩ
5
c
2500Ω
5
d
60KΩ
5
e
178.75Ω
7
a
2802Ω
7
b
395118Ω
7
c
4509Ω
7
d
302586Ω
7
e
6062Ω
7
f
236,68KΩ
7
g
9,61KΩ
R4
12KΩ
Resistores para Práticas
10Ω
120Ω
220Ω
270Ω
330Ω
390Ω
470Ω
680Ω
1.2KΩ
1.5KΩ
2.2KΩ
2.7KΩ
3.3KΩ
39KΩ
100KΩ
150KΩ
390KΩ
1.2MΩ
14
MTAC 1 - Prof. Renato Bolsoni
15
GERADORES E RECEPTORES
Aparelho Elétrico:
Denominamos de aparelho elétrico ao dispositivo que transforma uma modalidade
qualquer de energia em energia elétrica ou vice-versa.
O aparelho elétrico podem ser classificados em geradores e receptores, ativos ou
passivos.
É denominado gerador quando transforma uma modalidade qualquer de energia em
energia elétrica. Se ao fazer esta transformação ele impor uma ddp entre seus terminais é
gerador de tensão e se impor uma corrente é gerador de corrente.
Ao contrário, um aparelho elétrico é denominador receptor quando transforma energia
elétrica em outra modalidade de energia. Se esta modalidade for exclusivamente térmica
será denominado receptor passivo e se envolver outra modalidade, além da térmica, será
denominado receptor ativo.
Resumindo:
Tensão
Gerador
Corrente
Aparelho
Elétrico
Passivo
gera energia térmica
(resistência)
Receptor
Ativo
gera energia térmica
+
outra forma de energia
(luz, movimento, som,
vídeo, etc.)
Fonte de Tensão:
Um gerador de tensão é um bipolo, isto é, um aparelho com 2 terminais acessíveis, que
deve impor uma ddp entre seus terminais independente da carga que está alimentando. Com
seus terminais em aberto, isto é, sem estar ligados a qualquer outro componente, a ddp por
ele imposta é denominada força eletromotriz.
I
+
V
OBS: Observe que a corrente e a tensão tem o mesmo sentido na fonte de tensão
MTAC 1 - Prof. Renato Bolsoni
16
Fonte de Corrente:
É um bipolo que deve impor uma corrente de intensidade conhecida entre seus
terminais quando ligado a outro componente (carga). Como é fonte de corrente, mesmo
variando a carga, a corrente se mantém e para isso ela muda o valor da tensão (ddp).
I
+
V
OBS: Observe que a corrente e a tensão também tem o mesmo sentido na fonte de
Corrente.
Receptor (carga):
Equipamento ou componente que entrará em funcionamento quando for alimentado por
uma fonte de tensão ou de corrente. Em todo e qualquer receptor a corrente e a tensão terão
sentido contrário.
IR
+
-
VR
EXERCÍCIOS
Calcule a tensão e a corrente em cada resistor e indicar seus sentidos.
1)
10V
10 Ω
2)
10V
R2
20 Ω
R1=20 Ω
MTAC 1 - Prof. Renato Bolsoni
3)
10V
R1=20 Ω
R2=20 Ω
4) Calcular a tensão da bateria e a RT :
1,5 Ω
2A
3V
VT
1,5 Ω
3V
5) Calcular a tensão em R3 (VR3):
R1
3V
12V
R2
R3
V=____
___
7V
17
MTAC 1 - Prof. Renato Bolsoni
6) Calcule a VT e a RT :
4A
10 Ω
10 V
VT
Motor
24V
7) Calcule o que se pede:
2A
R1
VT
R2
R3
R1 = 10Ω
R2 = _____
R3 = _____
RT = _____
VR1 = ______
VR2 = 50V
VR3 = 40V
VT = ______
18
MTAC 1 - Prof. Renato Bolsoni
19
ASSOCIAÇÃO DE GERADORES
Associação de geradores de tensão em série:
As fontes de tensão podem ser conectadas em série para aumentar ou diminuir a
tensão total aplicada a um sistema. A tensão resultante é determinada somando-se as
tensões das fontes de mesma polaridade e subtraindo-se as de polaridade oposta. A
polaridade resultante é aquela para a qual a soma é maior.
OBS: Como o circuito é em série, a corrente é a mesma em todas as fontes, a
capacidade de fornecer corrente das fontes tem que ser de mesmo valor.
Exemplo de aplicação: Alimentação de um rádio de 6V (3 pilhas de 1,5V em série).
Exs.:
1)
V1=10V
V2=6V
V1=10V
V2=6V
V1=10V
Observe que a maior força está empurrando a
corrente para a direita.
V3=2V
VAB = (V1 + V3) – V2
VAB = (10 + 2) - 6
VAB = 6V
I
VAB
3)
VAB = V1 + V2 + V3
VAB = 10 + 6 + 2
VAB = 18V
I
VAB
2)
V3=2V
V2=6V
Observe que a força maior está empurrando
a corrente para a direita.
V3=2V
VAB = V1 – (V2 + V3)
VAB = 10 – (6 + 2)
VAB = 2V
I
VAB
Observe que a força maior está empurrando
a corrente para a esquerda.
Associação de geradores de tensão em paralelo:
As fontes de tensão podem ser colocadas em paralelo, como mostra a figura abaixo,
em mesma polaridade e somente se as tensões nos seus terminais forem idênticas. A razão
principal para colocarmos duas ou mais baterias de mesma tensão em paralelo é a obtenção
de uma intensidade de corrente maior (e, portanto, de uma potência mais alta) a partir da
fonte composta.
A capacidade total de fornecer corrente (IT) é determinada pela soma da capacidade de
cada fonte (IT = I1 + I2 + I3 + ...).
Exemplo de aplicação: - Banco de baterias para alimentação de computadores;
- Associação de baterias para som automotivo.
+
I1
50A
I2
50A
12V
I3
50A
12V
IT=150A
VT=12V
12V
Se duas baterias de tensões diferentes forem conectadas em paralelo, acabarão
ambas descarregadas, pois a tendência da bateria de tensão maior é cair rapidamente até
igualar-se à da fonte de menor tensão. Considere, por exemplo, duas baterias automotivas de
MTAC 1 - Prof. Renato Bolsoni
20
chumbo-ácido, com diferentes valores de tensão, conectadas em paralelo, como mostra a
figura abaixo:
I
I=
Rint 1
Rint 2
0,03Ω
0,02Ω
E1
E2
V1
12V
I=
V2
6V
∑V
∑R
E1 – E2
Rint 1 + Rint 2
=
12V – 6V =
6V
0,03 + 0,02
0,05
I = 120A
As resistências internas relativamente pequenas das baterias são os únicos elementos
de limitação da corrente no circuito série resultante. Essa corrente excede em muito as
correntes usuais de operação da bateria de maior capacidade , resultando em uma rápida
descarga de E1 e um impacto destrutivo na bateria de menor valor E2
Associação de geradores de corrente em série:
Todas as fontes devem ter o mesmo sentido.
Todas as fontes devem ter o mesmo valor
I1
I2
I3
IT
IT = I1 = I2 = I3
Associação de geradores de corrente em paralelo:
Exemplos:
1)
IT
I1
I2
I3
2)
IT = I1 + I2 + I3
IT
I1
I2
I3
3)
IT = I1 + I2 - I3
IT
I1
I2
I3
IT = I1 + I3 – I2
21
MTAC 1 - Prof. Renato Bolsoni
EXERCÍCIOS
Calcule o que se pede em cada diagrama:
1)
2)
I
R1
2Ω
6V
3)
6V
R1
6Ω
V1
6V
V2
V2
4)
V1
I2
I2
I1
V1
R2
4Ω
6V
I3
V1
I1
4Ω
6V
I1
3Ω
3Ω
4Ω
6Ω
1Ω
6V
6V
6Ω
R2
3Ω
3Ω
6V
6V
5)
2Ω
I2
3Ω
6)
R2=10Ω
R5=30Ω
IT
R1
10Ω
R4
40Ω
R3
40Ω
R8
20Ω
R7
20Ω
R1
1Ω
10V
R2
5Ω
300V
I1
V1
R6=30Ω
IT
7)
R3=3Ω
R2=10Ω
R1
20Ω
8)
R4=30Ω
R3
60Ω
R5
60Ω
R6
60Ω
R1=20Ω
IT
100V
R2=35Ω
R3
100Ω
R5
80Ω
R4
80Ω
80V
R7=30Ω
R7=30Ω
IT
9)
I4
V4
R5=2Ω
R4=10Ω
R6=25Ω
V3
R6=2Ω
V1
I1
I5
R1
3Ω
I2
R2
3Ω
I3
R3
12Ω
16V
R7=8Ω
V2
R8
8Ω
I6
MTAC 1 - Prof. Renato Bolsoni
RESULTADOS:
1) I
V1
V2
VT
2A
4V
8V
12V
2) I1
I2
I3
V1
V2
1A
2A
3A
6V
6V
3) I1 1.3A
I2 2A
V1 8V
4) I1 0.288A
I2 0.795A
V1 2.38V
5) I
8.3A
6) I1 0A
V1 8.33V
IT 1.66A
7) IT 0.89A
8) IT 1A
9) V1
V2
V3
V4
I1
I2
I3
I4
I5
I6
16V
8V
4V
4V
5.33A
5.33A
1.33A
2A
1A
1A
22
MTAC 1 - Prof. Renato Bolsoni
23
DIVISOR DE TENSÃO E DE CORRENTE
Divisor de corrente:
Conforme o nome sugere, a regra do divisor de corrente nos diz como uma corrente
que entra em um conjunto de elementos em paralelos se divide entre esses elementos, porém
a tensão é a mesma para todos.
No caso de dois elementos em paralelo com resistências iguais, a corrente se divide
igualmente.
2A
Ex.:
10V
1A
10Ω
10Ω
1A
No caso de 3 ou mais elementos em paralelo de mesmo valor, a corrente se dividirá
igualmente entre todos os elementos, porém a tensão é a mesma para todos.
No caso particular de apenas duas resistências em paralelo, mesmo com valores
diferentes, podemos aplicar as seguintes formulas:
IR1 =
Ex.:
R2 x IT
R1 + R2
IR2 =
R1 x IT
R1 + R2
4A
R2
5Ω
5A
20V
1A
R1
20Ω
Se os elementos em paralelo tiverem resistências diferentes, o elemento de menor
resistência será percorrido pela maior fração da corrente.
No caso de 3 ou mais elementos em paralelo de valores diferentes, a corrente se
dividirá entre todos os elementos inversamente proporcional à sua resistência, e a tensão é a
mesma para todos.
5A
15V
1,5A
R1
10Ω
2,5A
R2
6Ω
1A
R3
15Ω
MTAC 1 - Prof. Renato Bolsoni
24
Divisor de Tensão:
Conforme o nome sugere, a regra do divisor de tensão nos diz como uma tensão que é
aplicada em um conjunto de elementos em série se divide entre esses elementos, porém a
corrente é a mesma em todos os elementos.
A tensão entre os terminais dos elementos resistivos divide-se na mesma proporção
que os valores de resistência.
Para resolução das quedas de tensão em cada resistor, pode ser usado a lei de Ohm
ou pela seguinte equação:
Vx = Rx
x
RT
VT
VR1 = R1 x VT
RT
VR1 = 6 x 20
10
VR1 = 12V
EX.:
R1
6Ω
R2
3Ω
20V
12V
6V
12V
R3
1Ω
2V
VR2 = R2 x VT
RT
VR2 = 3 x 20
10
VR2 = 6V
VR3 = R3 x VT
RT
VR3 = 1 x 20
10
VR3 = 2V
EXERCÍCIOS
1) Determinar a tensão de V1 para o circuito abaixo usando a regra do divisor de tensão:
R1
20Ω
20V
R2
60Ω
V1
MTAC 1 - Prof. Renato Bolsoni
25
2) Usando a regra dos divisores de tensão, para um circuito série com 3 resistores (R1=2KΩ ,
R2=5KΩ e R3=8KΩ) alimentado com 45V, determinar o valor de VR1 e VR3 :
3) Para o circuito abaixo, calcular o valor de V1 usando o método divisor de tensão :
R1
2Ω
R2
5Ω
45V
V1=_______
R3
8Ω
4)
Para o circuito abaixo, calcular o valor de VR2 usando o método divisor de tensão:
VR2 =____
R1
4Ω
R2
2Ω
R3
3Ω
R4
5Ω
V = 27V
5) Calcular o valor de IR2 usando o método divisor de corrente:
6A
IR2=____
R1
4KΩ
R2
8KΩ
MTAC 1 - Prof. Renato Bolsoni
6) Determinar o valor das correntes I1 , I2 e I3 usando o método divisor de corrente:
R1=2Ω
I1
I=12A
R2=4Ω
I3
I2
7) Usando a regra do divisor de corrente, calcular o valor de R1:
R1
I1=21mA
I=27mA
R2
7Ω
8) Determinar o valor de I1 no circuito abaixo:
42mA
IR1=_______
__
R1
6Ω
R2
24Ω
R3
48Ω
26
MTAC 1 - Prof. Renato Bolsoni
27
LEIS DE KIRCHHOFF
1ª Lei de Kirchhoff - Lei dos NÓS
“A somatória das correntes que chegam a um nó é igual a somatória das correntes que
dele saem”.
ΣI chegam = ΣI saem
Σ = somatória (soma ou subtração)
Ex.:
I2
I3
I1
I1 + I2 + I5 = I3 + I4
I4
I5
2ª Lei de Kirchhoff - Lei das MALHAS
“A somatória das forças eletromotrizes e contra-eletromotrizes ao longo de uma malha de
um circuito é igual a soma algébrica dos produtos R x I em todos os resistores da malha”.
ΣV = ΣR*I
Ex.:
VAB
V1
R1
R2
V2
R3
A
B
I1
Fazendo o percurso indicado pela corrente I1, de A para B, temos:
VAB = +V1 - R1 * I1 - R2 * I1 - V2 - R3 * I1
ΣV
=
ΣR * I
V1 – V2 = (R1+R2+R3) * I1
Exemplos:
1) Calcule a tensão em todos os resistores e a corrente total.
R1=10Ω
5V
ΣV
R3
30Ω
12V
R4=10Ω
R2=20Ω
10V
VR1 = R1 * IR1
VR1 = 10 * 128,57m
VR1 = 1,2857V
8V
=
IT =
ΣR * I
ΣV
ΣR
=
12 – 5 – 8 + 10
=
10 + 20 + 30 + 10
9
70
IT = 128,57mA
VR2 = R2 * IR2
VR2 = 20 * 128,57m
VR2 = 2,5714V
VR3 = R3 * IR3
VR3 = 30 * 128,57m
VR3 = 3,8571V
VR4 = R4 * IR4
VR4 = 10 * 128,57m
VR4 = 1,2857V
MTAC 1 - Prof. Renato Bolsoni
28
2) Calcule a tensão e a corrente em todos os resistores.
5V
R1=10Ω 11V
12V
R2
20Ω
R7
5Ω
R3
10Ω
R6=10Ω
5V
R1=10Ω
6V
11V
R5=20Ω
12V
RA
30Ω
R7
5Ω
R6=10Ω
5V
R1=10Ω
6V
11V
12V
RB
15Ω
6V
R4
30Ω
2° Passo: Resolver o paralelo de RA
com R4.
RB = R
=
30
n
2
RB = 15Ω
R5=20Ω
R7
5Ω
R6=10Ω
R4
30Ω
1° Passo: Resolver a série R2 + R3.
RA = 20 + 10
RA = 30Ω
3° Passo: Calcular a IT pela 2ª Lei de Kirchhoff
ΣV
=
ΣR * I
IT = Σ V = 5 + 11 – 12 + 6 __ = 10
ΣR
10 + 15 + 20 + 10 + 5
60
IT = 166,66mA
R5=20Ω
3° Passo: Calcular a queda de tensão de cada resistor do último circuito usando a Lei de
Ohm.
VR1 = R1 * IR1
VR1 = 10 * 166,66m
VR1 = 1,666V
VRB = RB * IRB
VRB = 15 * 166,66m
VRB = 2,499V
VR5 = R5 * IR5
VR5 = 20 * 166,66m
VR5 = 3,333V
VR6 = R6 * IR6
VR6 = 10 * 166,66m
VR6 = 1,666V
VR7 = R7 * IR7
VR7 = 5 * 166,66m
VR7 = 0,833V
4° Passo: Como o RB foi formado pelo paralelo de RA com R4, a VRA e VR4 é a mesma de
RB. Portanto a VR4 = 2,499V. Calcular a corrente de R4 e de RA usando a Lei de
Ohm.
IRA = VRA
RA
IRA = 2,499
30
IRA = 83,3mA
IR4 = VR4
R4
IR4 = 2,499
30
IR4 = 83,3mA
5° Passo: Como RA foi formado pela série de R2 + R3, a IR2 e a IR3 = 83,3mA. Calcular a
VR2 e a VR3.
VR2 = R2 * IR2
VR2 = 20 * 83,3m
VR2 = 1,666V
VR3 = R3 * IR3
VR3 = 10 * 83,3m
VR3 = 0,833V
29
MTAC 1 - Prof. Renato Bolsoni
6° Passo: É aconselhável montar uma tabela para termos certeza de todos valores
calculados:
R1
R2
V 1.666V
1.666V
I 166.66mA 83.3mA
R3
0.833V
83.3mA
R4
R5
R6
R7
2.499V
3.333V
1.666V
0.833V
83.3mA 166.66mA 166.66mA 166.66mA
Exercícios
A) Calcular a corrente I1 e indicar seu sentido nos circuitos abaixo:
1)
10V
I1
5V
2)
I1
R1=10Ω
10V
R1
10Ω
R2
20Ω
5V
R2
10Ω
R4
6Ω
R3=6Ω
10V
R5=12Ω
__________________________________________________________________________________________________
B) Calcular a V (tensão) e I (corrente) em todos os resistores:
3)
4)
R4=10Ω
R1=40Ω
R5
10Ω
R2
20Ω
R1
12Ω
R3
10Ω
R5
40Ω
R6
20Ω
R2=20Ω
R4=20Ω
R3
10Ω
20V
20V
R6=10Ω
R7=10Ω
5)
10V
5V
R1=20Ω
R2=5Ω
R5
10Ω
5V
R4=20Ω
20V
20V
R3=30Ω
___________________________________________________________________________
6) Calcule um resistor que colocado entre os pontos X e Y, faça percorrer por R2 uma
corrente de 160mA:
R1=30Ω
160mA
20V
R2
75Ω
X
Y
MTAC 1 - Prof. Renato Bolsoni
7) Calcule a V e a I em todos os Resistores:
R1=10Ω
10V
R2=20Ω
10V
R4
10Ω
R3=20Ω
R5=20Ω
R6=20Ω
RESPOSTAS :
1) 166.66mA
2) 576.923mA
3)
R1
R2
R3
R4
R5
R6
R7
It
Rt
V (V)
10,85
9,12
9,12
---6,19
6,19
4,65
1,37A
14,58Ω
I (A)
0,904
0,456
0,912
---0,154
0,309
0,465
4)
R1
R2
R3
R4
R5
R6
It
Rt
V (V)
8,4
11,92
8,07
1,398
2,1
1,398
0,807A
24,78Ω
I (A)
0,21
0,596
0,803
69,9m
0,21
139m
5)
R1
R2
R3
R4
R5
It
Vt
Rt
V (V)
I (A)
1,17
0,294 0,0588
1,76
1,17
0,588
58,8mA
5V
85Ω
6) 113,2Ω
7)
R1
R2
R3
R4
R5
R6
It
Rt
V (V)
3,75
2,49
0
2,49
3,75
3,75
0,375A
26,66Ω
I (A)
0,375
0,124
0
0,249
0,187
0,187
30
MTAC 1 - Prof. Renato Bolsoni
31
CONVERSÃO DE LIGAÇÃO DE RESISTORES
ESTRELA – TRIÂNGULO
Há combinações especiais de três resistores que não podem ser simplificadas como os circuitos série,
paralelo e misto. Podemos resolve-las aplicando regras especiais. Uma destas ligações é a estrela e podemos
encontra-la das formas abaixo. Este tipo de ligação é também conhecido com Y ou T.
Outro tipo é chamado ligação triângulo e também recebe as denominações ∆ (delta) ou π (pi).
CONVERSÃO ESTRELA-TRIÂNGULO
É possível converter um tipo de ligação em outro. Para fazer a conversão de uma ligação em ESTRELA para
TRIÂNGULO basta:
MTAC 1 - Prof. Renato Bolsoni
CONVERSÃO TRIÂNGULO-ESTRELA
Ex.:
Req entre A e B?
E os triângulos formados pelos resistores:
O circuito ao lado possui as estrelas formadas pelos resistores:
32
MTAC 1 - Prof. Renato Bolsoni
Para encontrar a Req entre A e B temos que converter uma das estrelas para triângulo ou um dos
triângulos para estrela. Teoricamente, qualquer uma das conversões pode ser feita, mas temos que optar por
aquela que irá nos trazer uma maior simplificação. Vamos escolher o triângulo formado pelos resistores:
Substituindo o triângulo pela estrela no circuito teremos:
Após a conversão, o circuito se transformou num circuito misto, que nós conhecemos bem.
Agora podemos calcular Req entre A e B com facilidade.
33
MTAC 1 - Prof. Renato Bolsoni
Exemplo de aplicação do circuito “Ponte de Wheatstone”:
-
Balança eletrônica
Ajuste de
balanceamento
+ Fonte de
Sensor
de peso
alimentação
- cc
Para o circuito conversor analógico / digital
-
Detector de fumaça
+ Fonte de
Ajuste de
balanceamento
alimentação
Detector
de fumaça
- cc
NF
Para o circuito de alarme
C
NA
EXERCÍCIOS :
Calcular a Req entre A e B :
1)
2)
A
A
R2
10Ω
R1
4Ω
R1
1KΩ
R3 6Ω
R4
37Ω
B
R2
2KΩ
R3 4K7Ω
R5
8,8Ω
R5
3K9Ω
B
R4
3K3Ω
34
MTAC 1 - Prof. Renato Bolsoni
Calcular o Req , It , a V e a I em todos os resistores:
3)
R1
3Ω
4)
R1 3Ω
R2
45Ω
50V
R2
6Ω
R3 10Ω
R4
2Ω
10V
R4 5Ω
R5
30Ω
R6
3Ω
5)
R1
3Ω
R2
30Ω
50V
R3 10Ω
R4
10Ω
R5
30Ω
Calcular a Req entre os pontos A e B dos circuitos abaixo:
6)
R4 4Ω
A
R1 1Ω
R2 2Ω
R5 5Ω
R2 5Ω
R4 8Ω
R3 10Ω
R5 8Ω
B
R3 3Ω
7)
A
R1 6Ω
B
R6
5Ω
R7 5Ω
RESPOSTAS :
1)
Req
3)
10Ω
2)
Req
2,5KΩ
6)
Req
3Ω
7)
Req
5Ω
V (V)
I (A)
4)
V (V)
I (A)
5)
V (V)
I (A)
R1
30
10
R1
4,5
1,5
R1
12,7
4,23
R2
30
0,7
R2
3,7
0,6
R2
17,6
0,6
R3
0
0
R3
3,7
0,9
R3
4,9
0,5
R4
20
10
R4
0
0
R4
37,3
3,7
R5
20
0,7
R5
1,8
0,9
R5
32,4
1,08
1,8
0,6
It
4,81A
Rt
10,38Ω
It
10,7A
R6
Rt
4,67Ω
It
1,51A
Rt
6,6Ω
R3
4Ω
R5
2Ω
35
MTAC 1 - Prof. Renato Bolsoni
36
EQUAÇÕES DE MAXWELL
As equações de malha de Maxwell podem ser consideradas como simplificação para soluções de problemas
de redes pelas Leis de Kirchhoff. Esse método reduz o número de equações necessárias para a resolução do
problema.
Dado o circuito abaixo vamos exemplificar o método de resolução por Maxwell:
12V
R3 6Ω
R1
5Ω
R2
2Ω
6V
10V
R4 4Ω
1) Identificar as malhas com M1 (Malha 1) e M2 (Malha 2) como mostrado no circuito abaixo.
2) Desenhar em cada malha um laço com seta indicando a corrente I1 e I2 no sentido horário. Se estivermos
errados em nossa estimativa, o resultado da corrente terá um sinal negativo associado.
12V
R2
2Ω
I1
R3 6Ω
R1
5Ω
I2
6V
10V
M1
R4 4Ω
M2
Em nosso circuito há um resistor (R1) que é comum para as duas malhas.
Existem duas correntes fluindo pelo resistor comum R1, e sua corrente real é a soma algébrica das duas.
. Devemos notar que, para o nosso sentido horário estipulado para as correntes, I1 e I2 estão em sentidos
opostos no R1, onde deveremos subtrair a menor da maior, com isso determinamos o seu sentido real da
corrente.
3) Agora escrevemos a equação das tensões de Kichhoff para cada malha, percorrendo no mesmo sentido
que estipulado para as correntes e fazendo a somatória das tensões e resistências.
M1
ΣV
M2
ΣV
= ΣR x I1 – Rcomum x I2
+12 – 10 = (R2 + R1) x I1 – R1 x I2
2
= (2 + 5) x I1 – 5 x I2
2
=
7
x I1 – 5 x I2
= ΣR x I2 – Rcomum x I1
+10 - 6
4
4
= (R1 + R3 + R4) x I2 – R1 x I1
= (5 + 6 + 4) x I2 – 5 x I1
=
15
x I2 – 5 x I1
4) Como temos 2 incógnita em cada expressão (I1 e I2) devemos igualar uma delas para que possamos calcular
a outra.
M1
2 = 7 x I1 – 5 x I2
M2
4 = 15 x I2 – 5 x I1
Devemos inverter os termos de uma das expressões (M2).
M1
M2
2 = 7 x I1 – 5 x I2
4 = -5 x I1 + 15 x I2
MTAC 1 - Prof. Renato Bolsoni
37
Igualar uma das incógnitas (I2).
M1
M2
2 = 7 x I1 – 5 x I2 (x3)
4 = -5 x I1 + 15 x I2
M1
M2
6 = 21 x I1 – 15 x I2
4 = -5 x I1 + 15 x I2
Executar a soma algébrica
M1
M2
6 = 21 x I1 – 15 x I2
4 = -5 x I1 + 15 x I2
10 = 16 x I1
Calcular I1
I1 = 10
16
I1 = 0,625A
5) Tendo agora o valor de uma das incógnitas (I1) substituí-la em uma expressão e calcular a outra (I2).
M1
2 = 7 x I1 – 5 x I2
2 = 7 x 0,625 – 5 x I2
2 = 4,375 – 5 x I2
5 x I2 = 4,375 – 2
I2 = 2,375
5
I2 = 0,475 A
6) Como já comentado que no Rcomum (R1) teremos 2 correntes (I1 e I2), temos que calcular sua corrente
real e indicar seu sentido no circuito. No circuito exemplo, as correntes I1 e I2 calculadas são positivas portanto o
sentido horário adotado está correto e para calcular a IR1 devemos subtraí-las (Maior menos Menor) e o sentido
fica obedecendo a maior.
IR1 = I1 – I2
IR1 = 0,625 – 0,475
IR1 = 0,15 A
12V
R3 6Ω
IR1
R2
2Ω
I1
R1
5Ω
I2
6V
10V
M1
R4 4Ω
M2
7) É possível agora identificar a corrente e a queda de tensão em cada resistor.
IR1
IR2
IR3
IR4
=
=
=
=
0,15 A
0,625 A
0,475 A
0,475 A
VR1 = R1 x IR1
VR1 = 5 x 0,15
VR1 = 0,75 V
VR2 = R2 x IR2
VR2 = 2 x 0,625
VR2 = 1,25 V
VR3 = R3 x IR3
VR3 = 6 x 0,475
VR3 = 2,85 V
VR4 = R4 x IR2
VR4 = 4 x 0,475
VR4 = 1,9 V
MTAC 1 - Prof. Renato Bolsoni
EXERCÍCIOS:
1) Determinar a corrente em todos os resistores:
R1 12Ω
R2
10Ω
100V
40V
R3 10Ω
R4 24Ω
2) Determinar a corrente em todos os resistores:
6V
R6
6Ω
R5
1Ω
10V
R1 2Ω
R4
3Ω
R2
12Ω
R3 4Ω
3) No circuito abaixo calcular VR4 e IR2:
R1 2Ω
IR2
10V
R4
2Ω
R3
8Ω
R2
6Ω
R5
4Ω
6V
4) No circuito abaixo calcular VR4 e IR2:
R5 6Ω
R1 16Ω
IR2
10V
R2
6Ω
R3
8Ω
R4
4Ω
20V
VR4
VR4
R6
6Ω
38
MTAC 1 - Prof. Renato Bolsoni
5) Determinar a Tensão e a Corrente em cada resistor do circuito abaixo:
R5 2Ω
12V
R1
6Ω
R2
4Ω
12V
R3
10Ω
R4
8Ω
R7 1Ω
R6 5Ω
6) Estando a chave CH1 aberta, o resistor R2 está submetido a uma tensão VR2 = 10V e dissipa uma
potência de 5W. Pede-se:
a) Calcular o valor de R2.
b) Calcular o valor de V1.
c) Agora, fechando a chave CH1 e utilizando o valor de V1 calculado anteriormente, calcular a nova
potência dissipada por R2.
R1 10Ω
CH1
R4 10Ω
V1
40V
VR2
1)
R1
R2
R3
R4
I (A )
4,74
5 ,047
0 ,307
0 ,128
6)
a)
b)
c)
20 Ω
20V
2,17W
2)
R1
R2
R3
R4
R5
R6
R3
20Ω
R2
I (A)
5,426
0,019
56,5m
56,5m
5,371
0,037
3)
VR4
IR2
2V
1A
4)
VR4
IR2
2,74V
1,37A
5)
R1
R2
R3
R4
R5
R6
R7
V (V)
5,058
6,04
5,902
6,08
1,686
4,215
0,843
I (A)
0,84 3
1,51
0,59 0
0,76
0,84 3
0,84 3
0,84 3
39
Download

Métodos e Técnicas de Análise de Circuitos