I N F Meio Ambiente O R M A Ç Õ E S D A K O D A K A Tecnologia de Recuperação da Prata para Instalações de Processamento Fotográfico Várias técnicas encontram-se disponíveis para a remoção da prata de soluções de processamento fotográfico ricas em prata. Três destas tecnologias são utilizadas em basicamente todos os métodos práticos de recuperação da prata. São elas: • Eletrólise • Substituição metálica • Precipitação Além disso, a tecnologia de troca iônica pode ser usada para tratar a água servida com a finalidade de remover a prata. Esta tecnologia é comumente usada quando há a necessidade de se atender a requisitos rigorosos em relação a despejos, e os custos de capital e operacionais vêm em segundo lugar. Outras técnicas, tais como osmose inversa, destilação e evaporação, podem produzir uma lama de prata; no entanto, elas simplesmente alteram a concentração da prata, sem realmente removê-la da solução. Métodos que são utilizados com sucesso em outras indústrias para recuperar a prata, tais como eletro-extração, podem não ser aplicáveis a soluções de processamento fotográfico, já que tendem a causar uma decomposição significativa da solução. ELETRÓLISE No processo da eletrólise, ou recuperação eletrolítica da prata, uma corrente contínua é passada pela solução rica em prata, entre um eletrodo positivo (o ânodo) e um eletrodo negativo (o cátodo). Durante este processo eletrolítico, um elétron é transferido do cátodo ©Eastman Kodak Company, 1999 para a prata com carga positiva, convertendo-a para o seu estado metálico, e aderindo ao cátodo. Em uma reação simultânea no ânodo, um elétron é retirado de algumas espécies químicas na solução. Na maioria das soluções ricas em prata, este elétron geralmente é proveniente do sulfito. Célula Típica de Recuperação Eletrolítica da Prata Fonte de Corrente Contínua + - J-227(PB) US$ 12,00 As publicações da Kodak sobre saúde, segurança e meio ambiente encontram-se disponíveis para ajudá-lo a administrar as suas operações de processamento fotográfico de forma segura, saudável e custo eficaz em relação ao meio Corrente ambiente. Esta publicação faz - + Cátodo Ânodo parte de uma série de artigos sobre o tratamento da prata, cujo Esta é uma visão geral da reação: Cátodo: Ag(S2O3)2–3 + e– → Ag0 + 2(S2O3)–2 ou Complexo de tiossulfato de prata + Elétron → Prata Metálica + Tiossulfato Ânodo: SO3–2 + H2O → SO4–2 + 2H+ + 2e– ou Sulfito + Água → Sulfato + Íons de Hidrogênio + Elétrons A eletrólise produz uma prata metálica quase pura, levemente contaminada apenas por algumas reações de superfície que também ocorrem. O revestimento de prata deve ter mais de 90% de pureza. objetivo é ajudá-lo a otimizar a sua recuperação. Ela o ajudará a compreender o destino e os efeitos da prata no meio ambiente. ELETRÓLISE TERMINAL Em soluções com grande quantidade de ferro, tais como bleach-fixes, o revestimento de prata se dá com maior eficácia em um estado um pouco mais alcalino, ou seja, com um pH mais alto. Talvez seja preciso adicionar hidróxido de sódio, carbonato de sódio ou bicarbonato de sódio. Este procedimento deve ser realizado em uma área bem ventilada, sem ultrapassar um pH de 8, caso contrário a amônia pode ser liberada. Este processo de recuperação eletrolítica é eficaz e apresenta uma boa relação de custo-eficácia, utilizando equipamentos reaproveitáveis, e pouca ou nenhuma adição de substâncias químicas. A eficácia do sistema depende, entre outras coisas, da disponibilidade de soluções ricas em prata na superfície do cátodo. Nos equipamentos atuais de recuperação comercial, este processo é feito em uma destas duas maneiras: • O cátodo é movimentado dentro da solução. A aplicação mais comum é a célula de cátodo giratório. A corrente negativa é aplicada a um tambor giratório na solução e o tambor recebe um revestimento de prata. Devido à alta eficiência da transferência de massa nas células eletrolíticas deste modelo, elas podem ser usadas com êxito para tratar bleach-fixes ricos em ferro dos quais a prata é tradicionalmente difícil de ser removida. • O líquido é rapidamente bombeado sobre o cátodo estacionário. Este modelo geralmente tende a ser relativamente menos eficaz que o modelo de células de cátodo giratório; no entanto, estas unidades geralmente precisam de menos manutenção. A recuperação eletrolítica da prata apresenta desvantagens. Tentativas de acelerar o processo de recuperação, ou despratear para prata abaixo de 200 mg/L, através de um aumento do tempo de permanência na célula ou de um aumento na densidade da corrente 2 (amperagem/área de superfície do cátodo) no cátodo, produzirão um revestimento de prata-sulfeto escuro, fragmentável e de qualidade inferior, o que reduz significativamente a eficácia da célula. As soluções de bleach-fix, principalmente, devem ser ajustadas para um pH alcalino entre 7,8 e 8,0, a fim de evitar que o complexo de ferro se oxide e ressolubilize o revestimento de prata. (Não se deve deixar o bleach-fix em uma célula quando ela estiver desligada, uma vez que a solução pode ressolubilizar ou dissolver a prata, removendo-a do cátodo.) Pode-se usar a eletrólise apenas como tratamento primário. Concentrações de prata pós-eletrólise geralmente encontram-se na faixa de várias centenas de miligramas por litro (ppm). Se for necessário estar dentro de um limite regulatório baixo, deve-se usar algum outro tipo de recuperação secundária da prata como, por exemplo, substituição metálica ou precipitação usando o Agente de Recuperação da Prata KODAK. ELETRÓLISE EM LINHA A recirculação da solução fixadora eletrolítica em linha é usada em algumas instalações de processamento fotográfico. Com esta tecnologia, a solução fixadora é recirculada entre o tanque do processador e uma unidade especialmente projetada de recuperação eletrolítica da prata. Algumas destas unidades possuem equipamentos eletrônicos que controlam automaticamente a concentração da prata na solução de recirculação, geralmente em uma faixa de 250 a 1.000 mg/L. Uma vez que a concentração de prata na solução fixadora tenha sido diminuída de maneira significativa, a prata encontrada no próximo tanque de lavagem também é reduzida, devido a uma menor “passagem” de prata com o filme ou papel para a lavagem durante o processo. Se for necessário, pode-se adicionar mais sulfito à solução fixadora ou pode-se usar uma solução fixadora com uma formulação de alto conteúdo de sulfito que compense a Recirculação Eletrolítica em Linha da Solução Fixadora PROCESSADOR Taxa reduzida de reforço da solução fixadora Passagem reduzida de prata para o tanque de lavagem Tanque de Solução Fixadora Recuperação Eletrolítica em Linha Tanque de Lavagem O Excedente do Tanque passa para o Terminal de Recuperação da Prata A Tecnologia de Recuperação da Prata para Instalações de Processamento Fotográfico • J-227(PB) depleção de sulfito durante a eletrólise e a recirculação. Em alguns processos, é possível ocorrer uma redução de até 50% no reforço da solução fixadora, já que um equipamento com o ajuste adequado não degrada significativamente a maioria dos componentes da solução. Deve-se otimizar o sistema de recirculação monitorando a concentração de prata no fluxo que retorna ao tanque do processador. Isto pode ser feito facilmente usando-se o Kit para Teste Colorimétrico de Prata KODAK ou o Papel de Teste para Estimativa de Quantidade de Prata KODAK. Ao usar o equipamento de recirculação eletrolítica, será necessário realizar uma recuperação adicional da prata no excedente proveniente do tanque de solução fixadora para recuperar a prata a um nível que esteja suficientemente de acordo com os limites regulatórios locais. SUBSTITUIÇÃO METÁLICA A base para a substituição metálica é a redução feita pelo ferro metálico (geralmente presente na forma de “palha de aço”) do complexo pratatiossulfato para prata elementar. Os equipamentos comerciais que podem ser usados para a recuperação são muitas vezes chamados de Cartuchos de Recuperação Metálica1 1. Os cartuchos utilizados no processo de substituição metálica para a recuperação da prata foram descritos como cartuchos de recuperação química (CRCs), cartuchos de recuperação metálica (MRCs) e cartuchos de recuperação da prata (SRCs). A indústria fotográfica tem evitado o termo SRC para se precaver contra roubos de cartuchos durante o transporte dos mesmos. O termo CRC apresenta uma associação aproximada ao produto Kodak original que era protegido por uma patente americana. Conseqüentemente, usamos MRC como termo genérico para nos referirmos à substituição metálica. (MRCs) ou Cartuchos de Recuperação Química (CRCs). A fonte de ferro mais comum é a palha de aço fina, escolhida devido à sua área de superfície. A palha de aço é enrolada em um macho, ou é picada e colocada em um cartucho. Alguns fabricantes de cartuchos utilizam outras formas, tais como partículas de ferro coladas à fibra de vidro ou partículas de resina impregnadas com ferro, ou material de blindagem de ferro enrolado. Para melhores resultados, as soluções ricas em prata são vagarosamente dosadas, colocadas no cartucho e passadas por um meio de ferro. A prata é deixada para trás no cartucho, enquanto o ferro é solubilizado e transportado pela solução. Da mesma forma que o processo eletrolítico, a substituição metálica é um processo de redução-oxidação. Esta é uma visão geral da reação: 2Ag(S2O3)2–3 + Fe0 → 2Ag0 + Fe+2 + 4S2O3–2 ou Complexo de Tiossulfato de Prata + Ferro Metálico → Prata Metálica + Ferro Iônico + Tiossulfato A concentração final de prata é afetada pela baixa taxa de fluxo, área de superfície do ferro, tempo de contato, pH, concentração original de prata e volume que passa pelo cartucho. Se o MRC estiver funcionando de maneira adequada, a concentração de prata pode ser reduzida para menos de 5 mg/L. À medida que o cartucho é usado, principalmente com a palha de aço, canais ou desvios podem começar a se formar. Este canais e desvios aumentam com o tempo e, eventualmente, a palha de aço pode começar a entrar em colapso interno, podendo ocorrer ruptura da prata bem antes do ferro ser consumido. O consumo do ferro em um MRC está relacionado com o volume da solução que passa pelo cartucho e com o conteúdo de prata na solução, além do seu pH. A fim de evitar perdas indesejáveis de prata e despejos provenientes de um cartucho gasto, o sistema geralmente é composto por dois cartuchos em série. Dois Cartuchos de Substituição Metálica com Tanque de Armazenamento e Bomba de Dosagem Soluções Ricas em Prata Provenientes do Processador ou da Recuperação Eletrolítica Válvula de Amostragem Tanque de Armazenamento MRC MRC Bomba de Dosagem Solução Desprateada A Tecnologia de Recuperação da Prata para Instalações de Processamento Fotográfico • J-227(PB) 3 Deve-se testar regularmente a vazão do primeiro cartucho para verificar se há ruptura de prata, usando o Kit para Teste Colorimétrico de Prata KODAK ou o Papel de Teste para Estimativa de Quantidade de Prata KODAK. Quando o primeiro MRC estiver gasto, remova-o da seqüência, passe o segundo cartucho para a posição dianteira e coloque um cartucho novo na segunda posição. Pode-se usar a substituição metálica como tratamento primário ou secundário (tratamento residual) para soluções tratadas primariamente com eletrólise. Não se pode reutilizar soluções passadas por cartuchos de substituição metálica para processamentos fotográficos futuros, já que tanto o ferro dissolvido como outros subprodutos da reação contaminarão a solução no tanque do processador. Da mesma forma que a eletrólise, a substituição metálica tem as suasdesvantagens. Ela pode não reduzir significativamente as concentrações de prata até os níveis extremamente baixos que devem ser obedecidos. Sem um bom controle da taxa de fluxo e sem uma manutenção adequada do sistema, podem ocorrer variações aleatórias nas concentrações de prata no efluente. É relativamente caro refinar a lama de prata proveniente dos cartuchos e, freqüentemente, a prata recuperada praticamente não compensa os gastos com os materiais e equipamentos usados para coletá-la. A decisão de usar MVRs depende da 4 eficácia desejada em relação à recuperação da prata e dos regulamentos para despejos que devem ser obedecidos. Alguns regulamentos limitam o despejo de ferro, podendo limitar também o uso de MRCs. PRECIPITAÇÃO A precipitação pode remover a prata das soluções ricas neste metal, reduzindo-a a níveis extremamente baixos. Quando aplicada de forma adequada, os níveis podem ser reduzidos até taxas baixas de ppm (parte por milhão). Até recentemente, a precipitação não era amplamente usada como técnica de recuperação de prata. Os agentes tradicionalmente usados de precipitação eram os sais de metais alcalinos de sulfeto (sulfeto de sódio, sulfeto de potássio, etc.) que formam sulfeto de prata em solução; o sulfeto de prata é removido por filtragem. A falta de aceitação em relação ao processo de precipitação-filtragem do sulfeto de prata pode ser atribuída basicamente a dois fatores: • Deve-se medir a concentração de prata com precisão antes de se adicionar o sulfeto, a fim de se evitar tanto uma dosagem excessiva quanto a emissão de gás tóxico de sulfeto de hidrogênio. Até recentemente, não havia nenhuma técnica de análise fácil e disponível para se medir a concentração de prata antes do tratamento. • É difícil filtrar o precipitado de sulfeto de prata, pois ele causa obstruções no filtro. A desprateação do sulfeto é mais eficaz em instalações centralizadas quando feita por uma equipe treinada. Outros procedimentos de precipitação geralmente envolvem a conversão da prata na solução para um estado metálico através da adição de compostos redutores fortes como boroidretos. Estas técnicas são mais Unidade de Recuperação da Prata KODAK SR-2000 Filtro Tanque de Coleta de Efluente Parte A Parte B Visão com Corte Transverso Bobinas dos Reatores Para o Despejo A Tecnologia de Recuperação da Prata para Instalações de Processamento Fotográfico • J-227(PB) eficazes quando usadas por companhias de serviço de solução ou em instalações de tratamento centralizadas que contam com uma equipe de técnicos. Há sérias questões em relação à segurança que devem ser levadas em consideração ao se manusear substâncias químicas como boroidretos. A Eastman Kodak Company desenvolveu uma tecnologia de precipitação para a recuperação da prata nas próprias instalações. Esta técnica de precipitação da prata utiliza uma substância química chamada Agente de Recuperação da Prata KODAK (KODAK SRA). O KODAK SRA produz um composto insolúvel de prata mais fácil de ser filtrado do que o sulfeto de prata. Em muitos processos, os níveis de prata podem ser reduzidos de forma confiável e consistente até uma média de menos ppm. Despejos consistentemente pequenos de prata e custos reduzidos são algumas das vantagens do KODAK SRA. Unidades comerciais encontram-se disponíveis para várias aplicações. Entres estas unidades, encontram-se as que são exclusivamente projetadas para grandes instalações de processamento fotográfico e a Unidade de Recuperação da Prata KODAKSR-2000. A KODAK SR-2000 foi projetada para despratear até 75 galões por dia de soluções de processamento fotográfico ricas em prata em pequenas instalações como minilaboratórios. TROCA DE ÍONS A troca de íons diz respeito à substituição de um íon em uma solução por um outro ligado a uma grande molécula de polímero. O uso mais comum de troca de íons é um processo de geração de água doce. O sistema de geração de água doce basicamente consiste em uma coluna de resina e em um tanque contendo Sistema de Tratamento de Água de Lavagem Típico Utilizando Troca de Íon Excedente de Soluç es õ Ricas em Prata (1.000 a 12.000 mg/L) - Excedente de Água de Lavagem (0,1 a 10 mg/L) Coluna de Troca de Íons + Corrente Tanque de Armazenamento - + Cátodo Ânodo De 200 a 500 mg/L Recuperaç ão Eletrolítica da Porç ão Excedente de Lavagem e Soluç es õ Desprateadas Dosadas (Cerca de 20 mg/L) Controlador de Condutividade e Bomba de Dosagem uma solução de sal usada para regeneração da resina. O polímero, ou resina, em forma de pequenas partículas colocadas dentro das colunas, é escolhido devido à sua afinidade com certas substâncias químicas dissolvidas que devem ser removidas da solução. Esta resina é tratada ou “ativada”, tendo todos os seus pontos de troca preenchidos por um íon de troca, como o cloro ou o sódio, durante o ciclo de regeneração. À medida que a solução a ser tratada é passada pela coluna preenchida pela resina, ela libera o seu íon de troca, trocando por um outro de maior preferência. No gerador de água doce, esse íon pode se tornar um íon de endurecimento da água, como, por exemplo, o cálcio. Na água servida proveniente do processamento fotográfico, ele pode ser um complexo de tiossulfato de prata. A troca de íons funciona melhor com soluções diluídas, tais como água de lavagem. Geralmente, este processo é usado quando se precisa tratar águas de lavagem, a fim de se alcançar limites de prata muito baixos determinados nos regulamentos. Um sistema bem controlado de troca de íons pode remover de 0,1 a 0,5 ppm de prata. Infelizmente, instalações de processamento fotográfico menores <1 mg/L para Despejo podem não ser capazes de colocar em funcionamento um sistema eficaz de troca de íons devido ao espaço, custo e experiência técnica necessários neste processo. A fim de tratar soluções mais concentradas, pode-se combinar água de lavagem e soluções eletroliticamente desprateadas, e tratá-las com troca de íons. As soluções concentradas, depois da recuperação primária da prata, são dosadas e colocadas no tanque de água de lavagem, a fim de manter uma condutividade na lavagem de cerca de 2000 a 2500 µScm (microseimens por centímetros). Se o nível de tiossulfato chegar a ser muito alto, ele competirá pelos pontos de troca na resina, resultando em uma capacidade baixa e em passagem da prata pela coluna. Há duas situações de troca de íons que diferem apenas quanto à etapa de regeneração, onde a prata é removida dos pontos ativos na resina. A Tecnologia de Recuperação da Prata para Instalações de Processamento Fotográfico • J-227(PB) 5 • Regeneração por Elução — Quando a coluna de troca de íons está esgotada (ex., incapaz de absorver qualquer prata adicional), uma solução concentrada de tiossulfato (hipo) é passada através da coluna e coletada separadamente. Esta hipossolução separa a prata das partículas de resina e a retira da coluna. A seguir, a solução de tiossulfato é desprateada eletroliticamente. O excesso de tiossulfato é enxaguado da coluna, estando então pronto para remover mais prata. Pode-se guardar a solução de regeneração de tiossulfato e usá-la novamente. • Regeneração In-Situ — Quando a coluna de troca de íon está esgotada, uma solução diluída de ácido sulfúrico é passada pela camada de resina (não use ácido nítrico). O ácido decompõe o complexo de prata-tiossulfato preso na resina. Um dos subprodutos desta decomposição é o sulfeto de prata, uma forma extremamente insolúvel deste metal, que é precipitado dentro da própria partícula de resina. Os pontos de troca da resina são liberados para uma recuperação futura da prata, enquanto o sulfeto de prata permanece nas partículas. Cada ciclo de regeneração utiliza uma nova porção de ácido sulfúrico diluído (2% por volume) como regenerador. O regenerador usado deve ser neutralizado antes de ser descartado. Eventualmente, começa a haver uma queda na capacidade da resina, que passa a precisar de regenerações mais freqüentes. Quando for necessário substituir a resina, remova a usada e envie-a para refinação. Coloque uma nova camada de resina na coluna e ative-a através da regeneração. Os sistemas de troca de íons produzem água relativamente limpa que pode, em alguns casos, ser reciclada através do sistema. Com 6 alguns recursos adicionais para ajudar a reduzir o crescimento orgânico e possivelmente destruir a hipossolução (tiossulfato), a troca de íon é a base para a maioria das tecnologias de reutilização de água de lavagem. É preciso ter um cuidado excepcional para se manter as propriedades de longa duração do filme ou do papel quando estes são processados com água de lavagem recirculada. OSMOSE INVERSA A osmose inversa é um processo de concentração através do qual os íons são mantidos em um lado de uma membrana semipermeável, enquanto se permite que a água passe pela membrana. Pode-se então tratar o concentrado para se recuperar a prata. Ainda mais do que no caso da troca de íons, o custo, a manutenção e o espaço necessário tendem a fazer com que esta tecnologia não possa ser usada pela maioria das instalações de processamento fotográfico. DESTILAÇÃO E EVAPORAÇÃO Estes são exemplos tradicionais de técnicas de concentração. As duas técnicas básicas são: • Destilação — O efluente do processamento fotográfico é captado em um recipiente e aquecido para que a água evapore. Em alguns aparelhos, a solução é realmente fervida e o vapor é condensado. Em outros, a solução simplesmente é aquecida e lançada na atmosfera (por um ventilador) para liberar a umidade em evaporação. Apesar de alguns equipamentos serem capazes de produzir um bloco sólido a partir dos efluentes, a quantidade de energia necessária para isso pode ser proibitiva, e os efluentes de fotoprocessamento tendem a liberar um odor forte e desagradável. Uma autorização para lançamentos de emissões atmosféricas pode ser necessária para se usar este tipo de equipamento. • Evaporação — A destilação a vácuo, ou evaporação a baixa temperatura, é um processo através do qual um vácuo é retirado do recipiente contendo os efluentes de processamento fotográfico. Com uma pressão suficientemente baixa, a solução ferverá e o vapor d’água será retirado do recipiente, condensado e coletado. Estes evaporadores geralmente podem reduzir o volume do efluente em até 90%, mas a despesa inicial com o equipamento é relativamente alta. A tecnologia de evaporação pode ser útil onde não houver acesso disponível a esgotamento sanitário público ou quando os limites regulamentais para a prata forem tão rigorosos que exijam o transporte de efluentes ricos em prata para longe das instalações. Ainda há necessidade de se tratar o concentrado para a remoção da prata. O vapor d’água coletado conterá alguns materiais orgânicos, um pouco de amônia e, possivelmente, um pouco de sulfito. Em alguns casos, ele pode servir como água reutilizada para soluções fixadoras novas ou para bleach-fix. A Tecnologia de Recuperação da Prata para Instalações de Processamento Fotográfico • J-227(PB) COMPARAÇÃO DAS TECNOLOGIAS DE RECUPERAÇÃO DA PRATA E TRATAMENTO COM ÁGUA DE LAVAGEM Eletrólise Terminal Eletrólise de Recirculação em Linha Substituição Metálica Precipitação de Sulfeto Precipitação KODAK SRA Troca de Íons (apenas para águas de lavagem) Concentração Inicial Típica de Prata 2.000 a 12.000 mg/L 500 a 7.000 mg/L Variável Variável > 250 mg/L < 30 mg/L Concentração Final Típica de Prata 50 a 250 mg/L Ajustável geralmente 250 a 1.000 mg/L 0,5 a 15 mg/L 0,1 a 1,0 mg/L 0,3 a 1,5 mg/L 0,1 a 1,0 mg/L Soluções Tratáveis Maioria das soluções ricas em prata Soluções Maioria das Maioria das Maioria das Fixadoras em soluções ricas em soluções ricas em soluções ricas em certos processos prata prata prata Águas de lavagem e soluções muito diluídas contendo hipo Custo de Capital US$ 2.000 a US$ 30.000 dependendo do local e da sofisticação do equipamento US$ 1.500 a US$ 8.000 dependendo do local e da sofisticação do equipamento US$ 50 a US$ 3.000 Precisa de um tanque e de um sistema de bombeamento para proporcionar melhores resultados Custo Operacional Baixo Baixo Alto Médio Médio Alto Vantagens Pode produzir > 90% de prata pura Minimiza a passagem de prata para lavagem subseqüente; reduz taxas de reforço Pode ser relativamente barato Baixa concentração de prata constante Baixa concentração de prata constante Oferece baixa concentração de prata para águas de lavagem Desvantagens Concentração final de prata relativamente alta; geralmente precisa de “tratamento residual” (recuperação secundária) Difícil saber quando se deve Precisa de Pode precisar de fazer a cuidados ajustes substituição; profissionais a fim eletrônicos; despeja ferro, de evitar precisa de sistema limitada devido a liberação de de tratamento certos regulamentos gases perigosos; terminal difícil de filtrar para esgotamento sanitário No momento não se encontra disponível para todos os processos Cara; precisa de manutenção especializada Grandes instalações de processamento fotográfico e minilaboratórios Grandes instalações de processamento fotográfico Aplicação Todas as Todas as instalações de instalações de processamento processamento fotográfico, exceto fotográfico,exceto laboratórios laboratórios muito pequenos pequenos Todas as instalações de processamento fotográfico US$ 2.000 a US$ 10.000 Equipamento padrão não está disponível US$ 3.000 a US$ 75.000 dependendo do nível de automação US$ 10.000 a US$ 100.000 Companhias de serviço de soluções A Tecnologia de Recuperação da Prata para Instalações de Processamento Fotográfico • J-227(PB) 7 MAIORES INFORMAÇÕES Se você tiver perguntas sobre o meio ambiente ou sobre segurança em relação aos produtos ou serviços da Kodak, entre em contato com Kodak Environmental Services no seguinte número de telefone 1- 585-477-3194, entre 8:00 e 17:00 (horário da Costa Leste). A Kodak também mantém uma linha direta sobre saúde funcionando durante 24 horas por dia para responder qualquer pergunta sobre o manuseio seguro de substâncias químicas usadas na fotografia. Se você precisar de informações sobre saúde em relação aos produtos Kodak, ligue para 1-585-722-5151. Os produtos e serviços descritos nesta publicação podem não estar disponíveis em todos os países. Fora dos Estados Unidos, entre em contato com o seu representante Kodak local, ou com o seu fornecedor habitual de produtos Kodak. A Kodak possui várias publicações para ajudá-lo com informações sobre os seus produtos, equipamentos e métodos. Para obter uma lista das publicações da Kodak, peça uma cópia de KODAK Publication No. L-1, Kodak Index to Photographic Information, e envie US$ 1,00 com o seu pedido para Eastman Kodak Company, Department 412-L, Rochester, New York 14650-0532. As seguintes publicações encontram-se disponíveis junto aos revendedores de produtos Kodak. Você também pode encomendá-las diretamente para a Kodak usando o formulário de pedidos encontrado em KODAK Publication No. L-1. J-210 Sources of Silver in Photographic Processing Facilities J-211 Measuring Silver in Photographic Processing Facilities J-213 Refining Silver Recovered from Photographic Processing Facilities J-214 The Regulation of Silver in Photographic Processing Facilities Faxback System do Kodak Information Center - Disponível 24 horas por dia, 7 dias por semana Muitas das publicações de apoio técnico podem ser enviadas para você por fax pelo Kodak Information Center. Ligue para: 1-800-242-2424, ramal 33 Se você tiver alguma pergunta sobre os produtos da Kodak, ligue para a Kodak. Ou entre em contato com a Kodak on-line: http://www.kodak.com/ Esta publicação foi impressa em papel reciclado contendo 50 por cento de fibra e 10 por cento de material após o uso feito pelo consumidor. KODAK EASTMAN KODAK COMPANY • ROCHESTER, NY 14650 A Tecnologia de Recuperação da Prata para Instalações de Processamento Fotográfico KODAK Publication No. J-227(PB) Kodak e “e” são marcas registradas. 7-98 Impresso nos E.U.A.