1 SOBRE O CINE ESQUEMA NOVO 2014 EXPEDIENTE CINE ESQUEMA NOVO: NO CINEMA E NA GALERIA COMPETITIVA BRASIL 1 COMPETITIVA BRASIL 2 COMPETITIVA BRASIL 3 COMPETITIVA BRASIL 4 COMPETITIVA BRASIL 5 COMPETITIVA BRASIL 6 COMPETITIVA BRASIL 7 COMPETITIVA BRASIL 8 COMPETITIVA BRASIL 9 COMPETITIVA BRASIL 10 COMPETITIVA BRASIL 11 COMPETITIVA BRASIL 12 COMPETITIVA BRASIL 13 COMPETITIVA BRASIL 14 COMPETITIVA BRASIL 15 COMPETITIVA BRASIL 16 COMPETITIVA BRASIL 17 COMPETITIVA BRASIL 18 COMPETITIVA BRASIL 19 COMPETITIVA BRASIL 20 GRANDE PRÊMIO CINE ESQUEMA NOVO 2014 5 PRÊMIOS DE ESCOLHA LIVRE PRÊMIO AQUISIÇÃO TVE/RS JÚRI PROGRAMA JACK SMITH #1 & ABERTURA CEN 2014 PROGRAMA JACK SMITH #2 MOSTRA ARSENAL – PROGRAMA KEN JACOBS MOSTRA ARSENAL – PROGRAMA MATTHIAS MULLER MOSTRA ARSENAL – PROGRAMA ISABELL SPENGLER MOSTRA WAYS OF SEEING / FORUM EXPANDED – PROGRAMA GAUGING MOSTRA WAYS OF SEEING / FORUM EXPANDED – PROGRAMA LISTENING MOSTRA WAYS OF SEEING / FORUM EXPANDED – PROGRAMA OBSERVING MOSTRA WAYS OF SEEING / FORUM EXPANDED – PROGRAMA FLOATING MOSTRA WAYS OF SEEING / FORUM EXPANDED– PROGRAMA ASSEMBLING cinéma copains – EM CONSTRUÇÃO: PARTES 1, 2 E 3 cinéma copains – FICTIONS AND FUTURES #1 COMPETIÇÃO BRASIL ÍNDICE 3 4 6 9 10 13 15 19 29 35 38 40 43 49 53 59 63 65 66 68 70 71 PREMIAÇÃO 2014 73 MOSTRA ARSENAL BERLIN 81 74 75 77 78 82 84 88 92 97 WAYS OF SEEING / FORUM EXPANDED 102 CINÉMA COPAINS 113 PALESTRAS SESSÕES ESPECIAIS AGRADECIMENTOS 119 122 129 103 106 110 111 112 114 117 2 SOBRE O CINE ESQUEMA NOVO 2014 3 EXPEDIENTE O CEN 2014 é uma realização da ACENDI - Associação Cine Esquema Novo de Desenvolvimento da Imagem: Alisson Avila - [email protected] Gustavo Spolidoro - [email protected] Jaqueline Beltrame - [email protected] Ramiro Azevedo - [email protected] COORDENAÇÃO GERAL Jaqueline Beltrame COORDENAÇÃO DE CURADORIA Gustavo Spolidoro COORDENAÇÃO DE PROGRAMAÇÃO Ramiro Azevedo COORDENAÇÃO DE COMUNICAÇÃO Alisson Avila CURADORIA COMPETIÇÃO BRASIL CURADORIA SESSÕES ESPECIAIS Alisson Avila Gustavo Spolidoro Jaqueline Beltrame Ramiro Azevedo CURADORIA MOSTRA WAYS OF SEEING / FORUM EXPANDED Stefanie Schulte Strathaus CURADORIA MOSTRA ARSENAL BERLIN Gustavo Spolidoro Jaqueline Beltrame 4 CURADORIA / CONVITE RESIDÊNCIA CINÉMA COPAINS Marina Lindemann ARTE / IMAGEM CEN 2014 Vinicius Stein EQUIPE DE PRODUÇÃO Adauany Zimovski Marco Mafra Martina Zanetello Raysa do Prado Ricardo Curti EQUIPE DE CURADORIA Daniela Strack Flávio Costa Pamella Moreira Pedro Martin EQUIPE DE COMUNICAÇÃO Nicolas Sales Bruna Paulin (colaboração) Naira Hofmeister (colaboração) Luis Francisco Silva COBERTURA FOTOGRÁFICA Roberto Vinícius 5 CINE ESQUEMA NOVO: NO CINEMA E NA GALERIA De 13 a 27 de Novembro de 2014, Porto Alegre recebe a oitava edição do Cine Esquema Novo (CEN), o festival que desde 2003 transita entre o cinema e as artes visuais. Com entrada franca e em diferentes sedes (Sala P.F. Gastal e Galeria Lunara, da Usina do Gasômetro; Galeria da Fundação Ecarta; e Auditório e Galeria do Goethe-Institut Porto Alegre), o Cine Esquema Novo 2014 exibe e debate obras híbridas, múltiplas e abertas a novas contextualizações, vindas do Brasil e do exterior. Graças a esta abordagem, e em linha com uma mentalidade de “fazer cinema” que conquista cada vez mais protagonismo, o festival reflete uma característica marcante de boa parte do cinema autoral produzido no século XXI: a expansão definitiva da sua representação simbólica para diferentes contextos de exibição e fruição da imagem em movimento. A abertura do festival conta com o clássico do cinema underground Normal Love (1963), dirigido por Jack Smith (EUA). Um pilar da arte performática e da experimentação estética norte-americana, Smith influenciou Andy Warhol e é parte das origens da cena nova-iorquina da metade do século 20, além de ser um dos grandes responsáveis pelo estabelecimento das vertentes no-budget, trash e camp do cinema e do audiovisual contemporâneos. Um nome de referência, raramente exibido no Brasil, e que com este filme luxuriante e nunca oficialmente finalizado dá o pontapé inicial a uma temporada de 15 dias de programação do CEN em Porto Alegre. Outro grande destaque do CEN 2014 é a reprodução do clássico do cinema expandido “Line Describing a Cone” (1973), de Anthony McCall (EUA). Neste trabalho, a tradição moderna de filmes autorais e experimentais serem exibidos em espaços informais (e, consequentemente, enfumaçados pelos cigarros da assistência) transforma-se no encontro físico entre a luz do projetor e a fumaça do cigarro, criando um novo sentido e experiência para a sala de cinema e o seu “conteúdo”. Todos os dias, o CEN oferece videoinstalações permanentes pela manhã e à tarde em 4 espaços da cidade: galerias Ecarta, Lunara (Usina do Gasômetro) e do Goethe-Institut Porto Alegre, que também recebe uma obra no Auditório. Já a Sala P.F. Gastal, da Usina, oferece as sessões de cinema: todos os dias (exceto segundas), sempre com entrada franca. 6 O CEN 2014 se divide em 4 grandes linhas de programação: Mostra Competitiva Brasil - Um mergulho na convergência/divergência do cinema e das artes visuais na produção brasileira contemporânea. Um cinema expandido, que leva obras de galerias de arte para salas de cinema e “filmes de cinema” para espaços expositivos. Longas inéditos em Porto Alegre, ao lado de curtas-metragens e obras audiovisuais reconhecidas tanto em festivais de cinema quanto em bienais de arte. Mostra CEN + Arsenal Berlin - O principal arquivo de filmes de artistas da Europa abriu suas portas para uma residência curatorial do Cine Esquema Novo. Diante de mais de 10.000 obras, o foco voltouse a quatro nomes que, juntos, traçam um arco histórico representativo da criação audiovisual nas últimas décadas: obras de Jack Smith, Matthias Müller, Ken Jacobs e Isabell Spengler ocuparão espaços da cidade pela primeira vez. Mostra Ways of Seeing / Forum Expanded - Realizado desde 2006 dentro do Festival de Cinema de Berlim e dedicado a obras que transitam entre o cinema e as artes visuais, o Forum Expanded foi a janela de exibição dos últimos trabalhos de Guy Maddin, Bruce LaBruce e Ken Jacobs na Europa, além de ter recebido regularmente trabalhos de nomes como Harun Faroki e Jonas Mekas. Porto Alegre vai receber algumas das obras mais interessantes já exibidas no Forum Expanded, a divisão mais experimental e disruptiva da Berlinale, em programas montados com exclusividade para o Brasil por sua própria curadora, Stefanie Schulte Strathaus. Residência cinéma copains - O duo de artistas-investigadores Minze Tummescheit e Arne Hector, cofundadores do LaborBerlin, fazem sua primeira incursão pelo Brasil. Além de uma residência artística em Porto Alegre, a dupla exibe obras de sua trajetória e de seu mais recente work in progress, Fictions & Futures #2. 7 Outro aspecto importante da programação são as Palestras do festival: - Diretamente da Alemanha, a Curadora do Forum Expanded da Berlinale / Festival de Cinema de Berlim, Stefanie Schulte Strathaus, fala sobre “Como os festivais de cinema contemporâneos podem criar um discurso público e um debate sobre o cinema?” - A dupla de artistas cinéma copains (Arne Hector e Minze Tummescheit) comenta seu projeto em andamento Fictions and Futures #2, que inclui imagens do Brasil graças à sua residência artística em andamento no Rio Grande do Sul. - Dois dos quatro sócios-curadores do CEN, Jaqueline Beltrame e Gustavo Spolidoro, comentam o mergulho curatorial do festival no acervo do Arsenal Berlin, um dos maiores depositários de filmes de artista da Europa. - O CEN ainda recebe um debate sobre as possibilidades de exibição audiovisual em TVs públicas brasileiras. A programação se completa com sessões especiais de três filmes: o raro “O Jardim das Espumas” (1970), clássico cult recentemente restaurado de Luiz Rosemberg Filho; “Pierrot Lunaire” (2014), a desvairada adaptação da lenda do pierrô e da colombina, através da obra melodramática de Arnold Schoenberg homônima, dirigida pelo canadense Bruce LaBruce; e a mais recente obra de um dos favoritos do CEN, Andrea Tonacci: “Já Visto Jamais Visto” (2013), que encerra o festival dia 27/11. O Cine Esquema Novo 2014 teve sua identidade visual criada pelo artista gráfico Vinicius Stein e é uma realização da Associação Cine Esquema Novo de Desenvolvimento da Imagem (Acendi: Alisson Avila, Gustavo Spolidoro, Jaqueline Beltrame e Ramiro Azevedo), com correalização do Goethe-Institut Porto Alegre e da Coordenação de Cinema, Video e Fotografia da Secretaria de Cultura de Porto Alegre. Conta com o apoio especial do Arsenal Berlin, Fundação Ecarta, Instituto Estadual do Cinema do RS (Iecine) e Governo do Estado do RS. 8 COMPETIÇÃO BRASIL UM MERGULHO NA CONVERGÊNCIA/DIVERGÊNCIA DO CINEMA E DAS ARTES VISUAIS NA PRODUÇÃO BRASILEIRA CONTEMPORÂNEA. UM CINEMA EXPANDIDO, QUE LEVA OBRAS DE GALERIAS DE ARTE PARA SALAS DE CINEMA E “FILMES DE CINEMA” PARA ESPAÇOS EXPOSITIVOS. TRABALHOS INÉDITOS, AO LADO DE OBRAS RECONHECIDAS TANTO EM FESTIVAIS DE CINEMA QUANTO EM BIENAIS DE ARTE. 9 COMPETITIVA BRASIL 1 14 de novembro, sexta-feira, às 20h Sala PF Gastal (Usina do Gasômetro – Av. Pres. João Goulart, 551/3º andar) PARQUE SOVIÉTICO Karen Black (RJ) 10min, 10/2013 16mm negativo Orwo PB [email protected] Amor é guerra fria. Diretor(es): Karen Black Diretor de fotografia: André Gil Mata Som: Som direto: Edoardo Petrelli / Edição: Luís Eduardo do Carmo Montador / editor: Karen Akerman Diretor de arte: Melissa Dullius Ator principal: Gustavo Jahn Atriz principal: Isabella Parkinson Produção: Karen Black Roteirista: Karen Black Trilha sonora original – Grupo ou compositor principal: Luís Eduardo do Carmo 10 COM OS PUNHOS CERRADOS Luiz Pretti, Pedro Diogenes, Ricardo Pretti (CE) 74 min, 08/2014 SONY FS-100 – 24 fps – 1080p – 16:9 [email protected] “Com Os Punhos Cerrados” narra a história de Eugenio, Joaquim e João, que de uma rádio clandestina colocam suas vozes para gritar pela liberdade enquanto planejam a revolução. Eles invadem as transmissões das rádios tradicionais de Fortaleza com poesias, músicas, citações, arquivos de som e provocações. Certa noite, eles são vistos disfarçados pelas ruas da cidade, em ações que atacam a base constitutiva da sociedade burguesa e capitalista. Aos poucos eles começam a incomodar os poderosos. Franco, empresário influente e magnata do forró, decide destruir a qualquer custo, a rádio e a vida deles. Quando o perigo começa a rondar a rádio, surge Salomé, umaouvinte bela e misteriosa que quer se unir a eles na revolução. A chegada de Salomé pode transformar o destino de Eugenio, Joaquim e João. 11 Empresa produtora Alumbramento Diretor de fotografia: Ivo Lopes Araújo Som: Edson Secco Montador / editor: Clarissa Campolina Produção: Caroline Louise Roteirista: Luiz Pretti, Pedro Diogenes, Ricardo Pretti Participações: Festival Del Film Locarno Festival de Mar Del PLata Semana dos Realizadores Mostra Internacional de Cinema de São Paulo 12 COMPETITIVA BRASIL 2 15 de novembro, sábado, às 20h Sala PF Gastal (Usina do Gasômetro – Av. Pres. João Goulart, 551/3º andar) A VIZINHANÇA DO TIGRE Affonso Uchoa (MG) 95 min, 2014 Panasonic HVX 200 – 23.976fps – 7200PN – cartão P2 – 16:9 [email protected] Juninho, Menor, Neguinho, Adilson e Eldo são jovens moradores do bairro Nacional, periferia de Contagem. Divididos entre o trabalho e a diversão, o crime e a esperança, cada um deles terá de encontrar modos de superar as dificuldades e domar o tigre que carregam dentro das veias. 13 Empresa produtora: Katásia Filmes Diretor(es): Affonso Uchoa Diretor de fotografia: Affonso Uchoa Som: Warley Desali (som direto) e Pedro Durães (desenho e mixagem de som) Montador / editor: Luiz Pretti, Affonso Uchoa, João Dumans Ator principal: Aristides Lima de Souza (junim), Maurício Chagas (menor), Wederson dos Santos (Neguim), Adílson Cordeiro (Adílson) e Eldo Rodrigues (Eldo) Produção: Thiago Macêdo Correia Roteirista: Affonso Uchoa, João Dumans, Aristides de Sousa, Maurício Chagas, Wederson Patrício, Eldo Rodrigues, Adílson Cordeiro Trilha sonora original – Grupo ou compositor principal: Eldo Rodrigues Participações: 17a Mostra de Cinema de Tiradentes; II Olhar de Cinema – Festival Internacional de Cinema de Curitiba; I Fronteira – Festival do filme documentário e experimental (Goiânia) 14 COMPETITIVA BRASIL 3 Domingo, 16 de novembro, às 20h Sala PF Gastal (Usina do Gasômetro – Av. Pres. João Goulart, 551/3º andar) NOSSO TRAÇOS Rafael Spínola (RJ) 4min, 06/2013 VHS – imagem de arquivo digitalizada [email protected] Em um vídeo de família, vivemos com meu avô. Empresa produtora: Benjamin Idealizadora Montador / editor: Rafael Spínola 8o CineOP – Mostra de Cinema de Ouro Preto VI Janela Internacional de Cinema do Recife Festival Internacional de Curtas do Rio de Janeiro – Curta Cinema 2013 15 VAILAMIDEUS Ticiana Augusto Lima (CE) 8min, 01/2014 5D – 23,98fps – 1080PN – 16:9 [email protected] Festa em família. Empresa produtora: (não fornecido) Diretor de fotografia: (não fornecido) Som (Desenhista ou Editor ou Técnico): (não fornecido) Montador / editor: (não fornecido) Personagem real principal: (não fornecido) Produção: (não fornecido) Roteirista: (não fornecido) Participações: (não fornecido) Filmografia selecionada: (não fornecido) 16 GIGANTE Rafael Spínola (RJ) 12 min, 06/2014 Canon T4i – 24 fps – 16:9 – FullHD [email protected] Quando você volta pra casa e vê que tudo parecia maior. Empresa produtora: Benjamin Idealizadora Diretor de fotografia: Bárbara BergamaschiSom Montador / editor: Gabriel Medeiros, Assist. João Gila Personagem real principal: Rafael Spínola Roteirista: Rafael Spínola e André Novais Oliveira Participações: VII Janela Internacional de Cinema do Recife Festival Internacional de Curtas do Rio de Janeiro – Curta Cinema 2014 17 AQUILO QUE FAZEMOS COM AS NOSSAS DESGRAÇAS Arthur Tuoto (PR) 60 min, 01/2014 [email protected] Formado por imagens apropriadas de diversos suportes, o filme narra a fábula dos Monstros, descrevendo a condição humana a partir de uma percepção trágica e desoladora. Montador / editor: Arthur Tuoto Produção: Arthut Tuoto Participações: 17a Mostra de Cinema de Tiradentes (Mostra Aurora) – Tiradentes/BRASIL Olhar de Cinema – Festival Internacional de Curitiba – Curitiba/BRASIL 18 COMPETITIVA BRASIL 4 16 de novembro, domingo, às 21h30 Sala PF Gastal (Usina do Gasômetro – Av. Pres. João Goulart, 551/3º andar) VISITA AO FILHO Frederico Benevides (CE) 24 min, 08/2014 Sony PMW F3 – 23.98fps – 1080p [email protected] Dia Cinza. Vento Forte. Algo se moveu. Das entranhas do centro antigo as farpas reluziram. A cidade viu sua odiosa e querida entidade voar para a anti performance. Empresa produtora: Mirabilias e Dona Bela Amores & Filmes Diretor de fotografia: Victor de Melo e Eudes Freitas na assistência Montador / editor: Aline Portugal e Isaac Pipano na assistência Produção: Camila Battistetti e Kennya Mendes Roteirista: Frederico Benevides 19 A MISTERIOSA MORTE DE PÉROLA Guto Parente (CE) 62 min, 2014 Canon 5D – 23,98fps – 1920×1080 – 16:9 / VHS [email protected] Longe de casa e de seu namorado, vivendo sozinha em um apartamento antigo e sombrio, Pérola sente os efeitos de um tempo que passa pesado e mordaz, sendo cada vez mais tomada por nostalgia e medo, solidão e pavor, a um ponto onde sonho, fantasia e realidade perdem suas fronteiras. Empresa produtora: Alumbramento e Tardo Diretor de fotografia: Guto Parente e Ticiana Augusto Lima Som: Érico Paiva (Sapão) Montador / editor: Guto Parente Personagem real principal: Jayme Fygura Produção: Ticiana Augusto Lima Roteirista: Guto Parente Participações: VII Janela Internacional de Cinema do Recife 20 COMPETITIVA BRASIL 5 18 DE NOVEMBRO, TERÇA-FEIRA, ÀS 20H Sala PF Gastal (Usina do Gasômetro – Av. Pres. João Goulart, 551/3º andar) UM PASSEIO POR WEDDING, BERLIM, 2014 Elaine Tedesco (RS) 4 min, 2014 câmera fotográfica Canon 16:9 [email protected] O vídeo apresenta impressões subjetivas sobre dois tipos de espaços públicos de Berlim os mais turísticos e populares e os lugares livres ainda preservados e cultuados pelos berlinenses. Autor: Elaine Tedesco Personagem real principal (que interprete ele mesmo): Klaus W. Eisenlohr 21 TIME GAP Rafael Schlichting & Cláudia Cárdenas (BRA – SC / Detroit, EUA) 11 min, 02/2014 SUPER8/ ANIMAÇÃO DE NEGATIVO EM IPOD [email protected] Atraso, intervalo, espaço. O que o espaço contém de tempo na duração do instantâneo da imagem? Como retratar o tempo retirando-lhe o caráter documental que a imagem sempre produz? A imagem num cinema contemporâneo, não referencial, não é imitação das coisas, mas um intervalo produzido de forma a exibir a natureza mesma da linguagem cinematográfica ao falar sobre o tempo cinema. Time Gap aborda o nascimento da imagem, retomando o negativo fílmico como pele de inscrição para expor e tentar exaurir suas possibilidades de esgarçamento através da tecnologia digital. O filme foi realizado em Detroit, berço da indústria automobilística, cidade ícone do capitalismo americano e que hoje se encontra em profunda decadência. 22 Empresa produtora: Diretor de fotografia: Rafael Schlichting Som: Rafael Schlichting & Rodrigo Ramos Montador / editor: Rafael Schlichting Produção: Cláudia Cárdenas & Felipe Vernizzi Roteirista: Cláudia Cárdenas & Rafael Schlichting Participações: - Cineop – Ouro Preto – Brasil - Experimental Music Festival 6 – NYC – U.S.A. - Curta 8 – Curitiba- Brasil 23 SONHO DE SARA Sara Não Tem Nome e Gabraz (MG/BA/RJ) 8 min, 2014 Canon 5d – 29fps – 1080p – 16/9 [email protected] Numa estrada deserta, um carro atravessa a paisagem. a narrativa onírica se reduz ao umbigo do sonho, lugar em que as imagens mergulham no desconhecido. Diretor de fotografia: Sara Não Tem Nome e Gabraz Som: Sara Não Tem Nome e Gabraz Montador / editor: Gabraz Produção: Sara Não Tem Nome e Gabraz Roteirista: Sara Não Tem Nome e Gabraz 24 O PORTO Clarissa Campolina, Julia De Simone, Luiz Pretti, Ricardo Pretti (RJ / MG) 21min, 2013 Canon EOS 5D Mark II, 24 fps, 1080P, Cartao CF, 16:9 [email protected] | [email protected] | [email protected] Cais do Vallongo – Cais da Imperatriz – Porto do Rio – Porto Maravilha: camadas de uma cidade assombrada pelo progresso. 25 Direção, Fotografia, Montagem: Clarissa Campolina, Julia De Simone, Luiz Pretti, Ricardo Pretti Produção Executiva: Julia De Simone Desenvolvimento de Projeto: Aline Portugal, Julia De Simone, Marcelo Grabowsky, Ricardo Pretti Edição de Som e Mixagem: Pedro Aspahan, Hugo Silveira Finalização: Guto Parente Assistência de Produção: Érica Sarmet, Ralph Antunes Projeto Gráfico: Clara Moreira Participações: V Semana dos Realizadores Festival de Rotterdam FICUNAM Cachoeira Doc Mostra de Tiradentes 26 O INVERNO DE ZELJKA Gustavo Beck (Brasil/Croácia/Dinamarca) 20 min, 11/2012 Super 8 [email protected] A lenda conta que os Zvončari afugentaram os invasores Tártaros e Turcos. De acordo com a lenda, os pastores colocaram máscaras em suas cabeças, sinos em seus cintos, e produziram um barulho ensurdecedor que amedrontou e expulsou seus inimigos. 27 Empresa produtora: If You Hold A Stone & Cinestación Diretor de fotografia: Lucas Barbi Montador / editor: Ernesto Gougain, Karen Akerman, Miguel Seabra Lopes Produção: Aranka Matits, Ales Suk, Gustavo Beck Roteirista: Gustavo Beck Participações: CPH:DOX Edinburgh Gothenburg Jihlava FIDBA 28 COMPETITIVA BRASIL 6 19 de novembro, quarta-feira, às 20h Sala PF Gastal (Usina do Gasômetro – Av. Pres. João Goulart, 551/3º andar) BRASIL S/A Marcelo Pedroso (PE) 72 min, 2014 Red Scarlet 2K e Canon 5D [email protected] No Brasil dos últimos 500 anos, Edilson esteve cortando cana-de-açúcar. Um dia, as máquinas chegaram e ele deixou o corte para se engajar em sua primeira missão espacial. Um pequeno passo para ele, um salto enorme para o Brasil. 29 Empresa produtora: Símio Filmes Diretor(es): Marcelo Pedroso Diretor de fotografia: Ivo Lopes Araújo Som: Pablo Lamar Montador / editor: Daniel Bandeira Diretor de arte: Juliano Dornelles Ator principal: Edilson Silva Animador: ZQuatro Produção: Livia de Melo Roteirista: Marcelo Pedroso Trilha sonora original – Grupo ou compositor principal: Mateus Alves 30 COMPETITIVA BRASIL 7 20 DE NOVEMBRO, QUINTA-FEIRA, ÀS 20H Sala PF Gastal (Usina do Gasômetro – Av. Pres. João Goulart, 551/3º andar) FERNANDO QUE GANHOU UM PÁSSARO DO MAR Felipe Bragança, Helvécio Marins Jr. (Portugal) 20 min,2013 HD [email protected] Uma pequena cantiga luso-brasileira. Fernando divide seu tempo entre um café da vizinhança e a pequena casa em que vive no Porto. Do Brasil, recebe um pequeno presente que lhe faz imaginar o Paraíso. 31 Empresa produtora: CURTAS METRAGENS CRL, DUAS MARIOLA FILMES Diretor de fotografia: André Cepêda, Guilherme Toste Som: Vasco Pucarinho, Gustavo Fioravante Montador / editor: Virginia Primo, Marina Meliande Produção: Nuno Rodrigues – CURTAS METRAGENSCRL / Sandra Weber, Helvécio Marins Jr. – DUAS MARIOLA FILMES Roteirista: Felipe Bragança, Helvécio Marins Jr. Participações: 2013 Curtas Vila do Conde Festival Internacional de Cinema, Portugal 2014 Buenos Aires Festival Internacional de Cine Independiente, Argentina 2014 Festival Internacional de Curtas-Metragens de São Paulo, Brazil 32 VENTOS DE AGOSTO Gabriel Mascaro (PE) 77 min, 07/2014 5d Mar II [email protected]/ [email protected] Shirley deixou a cidade grande para viver em uma pequena e pacata vila litorânea cuidando de sua avó. Ela trabalha numa plantação de coco dirigindo trator. Mesmo isolada, cultiva o gosto pelo punk rock e o sonho de ser tatuadora. Ela está de caso com Jeison, um rapaz que também trabalha na fazenda de cocos e nas horas vagas faz pesca subaquática de lagosta e polvo. Um estranho pesquisador chega na Vila para registra o som dos ventos alísios que emanam da Zona de Convergência Intertropical. O mês de agosto marca a chegada das tempestades e das altas marés. Os ventos crescentes marcarão os próximos dias da pequena vila colocando Shirley e Jeison numa jornada sobre perda e memória, a vida e a morte, o vento e o mar. 33 Empresa produtora: Desvia Produções Diretor(es): Gabriel Mascaro Diretor de fotografia: Gabriel Mascaro Som: Maurício d’Orey Montador / editor: Ricardo Pretti e Eduardo Serrano Diretor de arte: Stefania Regis Ator principal: Geová Manoel dos Santos Atriz principal: Dandara de Morais Produção: Rachel Ellis Roteirista: Gabriel Mascaro e Rachel Ellis Participações: 67th Festival Del Film de Locarno 47o Festival de Brasília do Cinema Brasileiro 62th San Sebastian Film Festival 34 COMPETITIVA BRASIL 8 21 de novembro, sexta-feira, às 20h Sala PF Gastal (Usina do Gasômetro – Av. Pres. João Goulart, 551/3º andar) LOJA DE RÉPTEIS Pedro Severien (PE) 17 min, 2014 Red One – 4K – 23.98fps – 2.39 Scope [email protected] Aluisio ama a loja e seus animais. 35 Empresa produtora: Orquestra Cinema Estúdios Diretor de fotografia: Beto Martins Som: Carlos Montenegro e Pablo Lopes Montador / editor: Maria Cardoso e Pedro Severien Produção: Maria Cardoso e Maria Caminha Roteirista: Pedro Severien Participações: O filme estreará no CineEsquemaNovo 2014 36 PERISCÓPIO Kiko Goifman (SP) 86 min, 09/2013 DCP, H264 e Blu Ray [email protected] Dois homens em um apartamento. Brigas, conflitos, ironia. Eric, 76 anos e Élvio, 43, não se suportam. O mais jovem é um misto deassistente, secretário e enfermeiro do mais velho. Em um cenário no qual o mundo lá fora parece não existir, sobram provocações. O tempo está imobilizado, suspenso e o tédio media a relação entre eles. Não existe uma gota de esperança e eles parecem estar apenas à espera da morte. Até que, subitamente, surge um estranho objeto do apartamento de baixo. Tudo se modifica. Empresa produtora: PaleoTV Produções Diretor(es): Kiko Goifman Diretor de fotografia: Julia Zakia Ator principal: João Miguel e Jean-Claude Bernardet Produção: Evelyn Margareth Barros (produção executiva), Cristina Alves Roteirista: Kiko Goifman e Jean-Claude Bernardet Trilha sonora original – Grupo ou compositor principal: DJ Dolores Participações: Festival de Rotterdan Festival do Rio Festival de Berlim 37 COMPETITIVA BRASIL 9 21 de novembro, sexta-feira, das 21h45 às 22h45 27 de novembro, quinta-feira, das 21h30 às 22h30 (encerramento CEN) TERRAÇO 4º ANDAR (Usina do Gasômetro – Av. Pres. João Goulart, 551/3º andar) ESCAFANDRO SINTOMMNNIA Filipe Rossato, Isandria Fermiano e Kalisy Cabeda (RS / Quebec, Canadá) 8 min, 02/2014 Canon 5D – 30fps – 16:9 [email protected] Com passos lentos, o escafandro respira fundo e vai adiante. 38 Empresa produtora Alumbramento Diretor de fotografia: Filipe Rossato, Isandria Fermiano e Kalisy Cabeda Som: Filipe Rossato Montador / editor: Filipe Rossato Produção: Filipe Rossato, Isandria Fermiano e Kalisy Cabeda Roteirista: Filipe Rossato, Isandria Fermiano e Kalisy Cabeda Participações: Chez Boris Film Festival, em Montreal; Mostra de curtas “Fifa Go Home”, em Porto Alegre 39 COMPETITIVA BRASIL 10 22 de novembro, sábado, às 20h Sala PF Gastal (Usina do Gasômetro – Av. Pres. João Goulart, 551/3º andar) ESTUDO EM VERMELHO Chico Lacerda (PE) 16 min, 08/2013 Canon 60D – 24p – 16:9 [email protected] Em um prólogo, dois atos e um número musical. 40 Empresa produtora: Surto & Deslumbramento Diretor de fotografia: André Antônio, Chico Lacerda, Fábio Ramalho, Rodrigo Almeida Som: Chico Lacerda Montador / editor: Chico Lacerda Produção: Chico Lacerda Roteirista: Chico Lacerda Participações: 9o BrasilCine (Estocolmo/Suécia, out/2014); 21o Festival de Vitória – Vitória Cine Vídeo (set/2014) – Vencedor do Troféu Marlin Azul – 21o Festival de Vitória – Vitória Cine Vídeo; 17a Mostra de Cinema de Tiradentes (jan/2014); 41 SEMANA SANTA Leonardo Amaral, Samuel Marotta (MG) 72 min, 2013 Canon EOS 7D [email protected] “Pai, perdoai-vos, eles não sabem o que fazem!” Empresa produtora: El Reno Fitas Diretor de fotografia: Gabriel Martins Som: Maurilio Martins, Leo Pyrata Montador / editor: Leo Pyrata Produção: Leonardo Amaral, Samuel Marotta, Pedro Leal Roteirista: Leonardo Amaral, Samuel Marotta Participações: 16a Mostra de Cinema de Tiradentes 2013 1a Mostra Tiradentes SP Mostra do Filme Livre 2013 Mostra Cinema de Garagem 2014, Mostra Ponto.CE 2013 Mostra Cinema de Belo Horizonte 2013. 42 COMPETITIVA BRASIL 11 22 de novembro, sábado, às 21h30 na Sala PF Gastal (Usina do Gasômetro – Av. Pres. João Goulart, 551/3º andar) A ANTI PERFORMANCE Daniel Lisboa (SP/BA) 19 min, 2012 CANON T2i – 30fps – 1080 – 16:9 [email protected] Dia Cinza. Vento Forte. Algo se moveu. Das entranhas do centro antigo as farpas reluziram. A cidade viu sua odiosa e querida entidade voar para a anti performance. 43 Empresa produtora: Cavalo do Cão Filmes Diretor de fotografia: Daniel Lisboa Montador / editor: Daniel Lisboa Personagem real principal: Jayme Fygura Produção: Daniel Lisboa Roteirista: Daniel Lisboa Participações: Fórum DOC Festival de Curta de BH Panorama de Cinema Salvador 44 LA LLAMADA Gustavo Vinagre (SP) 19 min, 06/2014 HD (Canon 7D), 29,97fps, 1920×1080. [email protected] Lázaro Escarze, um cubano revolucionário de 87 anos, vive num pequeno povoado e terá seu telefone instalado pela primeira vez na sua vida. Para quem ele vai ligar? 45 Empresa produtora: Avoa Filmes Diretor(es): Gustavo Vinagre Diretor de fotografia: Giovanna Pezzo Som: Raymi Morales-Brès Montador / editor: Juanjo Cid Personagem real principal (que interprete ele mesmo): Lázaro Escarze, Alexei (Pacolo) Hernández Roteirista: Gustavo Vinagre Participações: 3o Olhar de Cinema – Curitiba International Film Festival, 2014 (Brazil) 42o Festival de Cinema de Gramado, 2014 (Brazil) 25o Festival Internacional de Curtas Metragens de São Paulo, 2014 (Brazil) 46 O ARQUIPÉLAGO Gustavo Beck (RJ – Brasil/Chile) 28 min, 03/2014 HD [email protected] Um retrato de uma família que vive na solidão de um mundo inóspito. Uma crônica íntima dos ritmos da vida cotidiana que muda e abre uma janela para uma beleza inesperada. Empresa produtora: If You Hold A Stone & Cinestación Diretor de fotografia: Lucas Barbi, Gustavo Beck, Ernesto Gougain Som: Fernando Henna & Daniel Turini Montador / editor: Ernesto Gougain Produção: Gustavo Beck, Dominga Sotomayor, Aranka Matits, Luiza Cunha, Guilherme Coelho Roteirista: Gustavo Beck Participações: Cinéma du Réel Art of the Real CPH:DOX Viennale Bafici 47 HI MOM! (VIDEO EDIT) Vinicius Cabral (MG) 14 min, 06/2014 Captura de imagens VHS. [email protected] HI MOM! (VIDEO EDIT) trata-se da adaptação do álbum HI MOM!, do duo brasileiro THE INNERNETTES (lançado com 15 faixas pelo selo americano ILLUMINATED PATHS) em formato curta-metragem, feito inteiramente com samplers videográficos extraídos de comerciais e fitas VHS dos anos 80 e 90. O material que compõe o filme traça uma narrativa intertextual com os samplers musicais presentes no LP. Empresa produtora: TV Cocriativa / The Innernettes Som: Vinicius Cabral e Christian Bravo Montador / editor: Vinicius Cabral 48 COMPETITIVA BRASIL 12 23 de novembro, domingo, às 20h Sala PF Gastal (Usina do Gasômetro – Av. Pres. João Goulart, 551/3º andar) BLANK Ali Khodr, Camila Mello e Mauro Espíndola (Berlin, Alemanha) 43 min, 12/2013 Canon EOS 7D – 24fps – 1080p – 16:9 – lentes analógicas [email protected] Duas mulheres, conectadas por um mesmo processo, buscam a compreensão de sua história a partir do esquecimento. Enquanto um dossiê contendo documentos é folheado, imagens recorrentes conduzem a uma condição irremediável. 49 Empresa produtora BASE-Film Diretor de fotografia: Ali Khodr, Camila Mello e Mauro Espíndola Som: David Clark Montador / editor: Ali Khodr, Camila Mello e Mauro Espíndola Produção: BASE-Film Zentrum für Kunst und Urbanistik – ZK/U – Berlim Galeria Mamute – Porto Alegre MIS Museu da Imagem e do Som – São Paulo 50 NO CORAÇÃO DO VIAJANTE Melissa Dullius & Gustavo Jahn (Lituânia / Alemanha / Brasil) 20 min, 04/2014 Negativo 16mm Vision 3 50D; Câmeras: Kinor e Krasnogorsk 3 [email protected] Um viajante que leva consigo apenas o necessário, como um ronin, um samurai sem mestre, adentra uma paisagem desconhecida onde é assombrado pela solidão e pela natureza selvagem. O seu duplo, o guardião do seu coração, acabará por destruí-lo ao fundir-se com ele. 51 Empresa produtora: Distruktur Diretor de fotografia: Melissa Dullius & Gustavo Jahn Som: Melissa Dullius & Gustavo Jahn // Masterização: Bill Robin Fuller Montador / editor: Melissa Dullius & Gustavo Jahn Produção: Melissa Dullius & Gustavo Jahn Roteirista: Melissa Dullius & Gustavo Jahn Participações: IV Janela Internacional de Cinema do Recife, International Competition V Semana dos Realizadores, Rio de Janeiro, Brazilian Competition 31. Torino Film Festival – Waves 52 COMPETITIVA BRASIL 13 25 de novembro, terça-feira, às 20h Sala PF Gastal (Usina do Gasômetro – Av. Pres. João Goulart, 551/3º andar) NADA É Yuri Firmeza (CE) 32 min, 2014 [email protected] Em Alcântara Nada É, tudo foi ou será. Empresa produtora: Dona Bela Amores e Filmes Diretor de fotografia: Victor de Melo Som: Danilo Carvalho Montador / editor: Frederico Benevides Produção: Camila Battistetti / Lohayne Lima Participações: 30ª Bienal de São Paulo 53 GLÓRIA Filipe Rossato (RS) 16 min, 01/2014 Canon 5D – 30fps – 16:9 [email protected] A trajetória do último herói em uma terra de fé e de ódio. Diretor de fotografia: Filipe Rossato Som: Filipe Rossato Montador / editor: Filipe Rossato Produção: Filipe Rossato, Thiago Miyamoto e Lilian Perman Roteirista: Filipe Rossato e Thiago Miyamoto 54 RITO DE PASSAGEM Juliette Yu-Ming (RJ) 11 min, 07/2014 Panasonic HMC 151E – 24fps – 1920x1080p – cartão SD – 16:9”/ 35mm – 4:3 [email protected] Numa casa misteriosamente abandonada, um corpo à deriva dança suas memórias. Um filme sobre o devir, a transição e a busca da identidade, “Rito de Passagem” é uma videodança de Butoh com imagens de arquivo e uma trilha sonora experimental.O filme pergunta: como o corpo expressa o “devir” e a natureza as vezes violenta da mudança? Como somos construídos pelos ritos de passagem que atravessamos? ”O eu é apenas um limiar, uma porta, um devir entre duas multiplicidades.” ~ Gilles Deleuze 55 Diretor de fotografia: Guido Marcondes, Rafael Biondi Som: Juliette Yu-Ming (desenho sonoro), Alexandre Brasil (editor) Montador / editor: Juliette Yu-Ming, Alexandre Brasil (som), colaboração: Antonio Gil Leal Produção: Maria Byington de Artesanato Digital Produções Roteirista: Juliette Yu-Ming Participações: - Danxica Int’l Contemporary Dance Festival (Cancún, Mexico), 2014 - Festival Oeste en Movimiento (Buenos Aires, Argentina), 2014 - Cult Dance Ocupa DeCurators, (Brasília, Brazil), 2014 - FotoAtiva 30 Year Exhibition, 2014 (Bélem, Brazil), 2014 - Meta House Short Film Screening, (Phnom Penh, Cambodia), 2014 - Proyecto Corporalidad Expandido (Buenos Aires), 2014 - Jamboree International Festival at Icat Gallery (Ventiane, Laos), 2014 - IX International Butoh Festival Thailand (Bangkok, Thailand) 2014 - XIX Festival Encuentro con la Muerte, (Mexico City), 2014 - Cherry’s Film Festival (Serbia), 2014 - Short Cutz Express Viseu (Lisbon), 2014 - Jump The Cut (Singapore), 2014 - Festival Internacional Imagen en Movimiento (Bogotá, Colombia), 2014 - Cuerpo Digital V Festival Internacional de Videodanza (Cochabamba, Bolívia), 2014 - Int’l Festival Video Dance Ecuador (Quito/Guayaquil/Cuenca, Ecuador), 2014 - 5th Siliguri International Short Film and Documentary Contest (West Bengal, India), 2014 - Breaking 8 Int’l Videodance Festival (Cagliari, Italy), 2014 - Prosa, Vídeo, Dança (São Paulo, Brazil), 2014 - FICCA Festival Int’l Cinema de Caeté (Bragança, Pará, Brazil), 2014 - Les Irrécuperables ArtVideoLab (Paris, France), 2014 56 PODER DOS AFETOS Helena Ignez (SP) 31 min, 2013 Full HD – 16×9 [email protected] Poder dos Afetos, média metragem de Helena Ignez, protagonizado por Ney Matogrosso, Simone Spoladore, Djin Sganzerla e Dan Nakagawa.O filme desenrola-se em cenário paradisíaco, tratando a brasilidade e a sua força na transformação dos costumes, rompendo preconceitos e trazendo a tona uma realidade mágica e original através de seus personagens inquietantes. 57 Empresa Produtora: Mercúrio Producções Diretor de Fotografia: Toni Nogueira Som: René Brasil Montador / Editor: Sergio Gagliardi Produção: Michele Matalon, Eduardo Raccah, Carlos de Oliveira, Daniela Verde Roteirista: Helena Ignez Participações: 17° Festival Luso Brasileiro de Santa Maria da Feira, Portugal, 2013 67° Festival Del Film Locarno, 2014. I Fronteira – Festival Internacional do Filme Documentário e Experimental, 2014 58 COMPETITIVA BRASIL 14 26 de novembro, quarta-feira, às 20h Sala PF Gastal (Usina do Gasômetro – Av. Pres. João Goulart, 551/3º andar) ALMOÇO NA RELVA Gurcius Gewdner (SC-MG-RJ) 16 min, 09/2013 Canon HD 5. [email protected] Seria a verdade uma mulher? A verdade-mulher é uma ciência alegre, para além da abstração conceitual, ciência corporal da vida imanente. A celebração dionisíaca de uma existência feliz faz o indivíduo desviar de sua condição de rebanho. Uma ovelha perdida, uma verdade-mulher, uma figura feminina que não está plácida, nem modesta, tampouco acuada e que sustenta uma questão em seu olhar. 59 Empresa produtora: Bulhorgia Produções Diretor(es): Gurcius Gewdner Diretor de fotografia: Daniel Yencken Som: Gurcius Gewdner Montador / editor: Gurcius Gewdner Diretor de arte: Gurcius Gewdner Ator principal: Urinney Dinngo Atriz principal: Gisele Ferran Personagem real principal (que interprete ele mesmo): Animador: Gurcius Gewdner Produção (Produtor executivo ou Diretor de produção): Gurcius Gewdner / Leo Pirata Roteirista: Gurcius Gewdner 60 BATGUANO Tavinho Teixeira (PB) 74 min, 01/2014 Red 4K [email protected] Éramos então um só ser duplo vivo transformado com duas cabeças pensando e logo nos tornamos símbolo da perfeição do novo ser em sua máxima evolução e potência e desejo e vontade e expansão e começamos a viajar pelo universo por todas as galáxias divulgando nossa dupla de repentistas punkrock completos porque a Terra havia ficado pequena demais para nós dois. 61 Diretor: Tavinho Teixeira Atores: Everaldo Pontes, Tavinho Teixeira Direção de Arte: GigaBrow, Diógenes Mendonça Empresa produtora: Vã Ventura; Vermelho Profundo; Pigmento Cinematográfico Diretor de fotografia: Marcelo Lordello Som: Danilo Carvalho Montador / editor: Arthur Lins Produção: Ramon Porto Mota; Ana Barbara Ramos; CristhineLucena Roteirista: Tavinho Teixeira Participações: VII Janela Internacional de Cinema do Recife 62 COMPETITIVA BRASIL 15 De 14 a 27 de novembro na Galeria Lunara (Usina do Gasômetro – Av. Pres. João Goulart, 551/5º andar) Horário de Funcionamento: Terças a domingos das 10h às 22h TRÊS RATOS Luciana Mazeto e Vinícius Lopes (RS) 12 min, 2013 Sony HDR – XR100 – 29,97fps – 1080i – cartão SD – 16:9 [email protected] Em um apartamento vazio e abandonado, antigas memórias ecoam pelas paredes. 63 Empresa Produtora: Pátio Vazio Diretor De Fotografia: Luciana Mazeto Som: Kevin Agnes Montador / Editor: Luciana Mazeto Produção: Eduardo Dall`Agnol e Renata Schuh Roteirista: Luciana Mazeto e Vinícius Lopes Participações: 1o Festival Diálogo de Cinema de Porto Alegre – (Brasil) 9o Festival Internacional de Cine de Horror – AURORA – (México) 5o Salón Internacional de la Luz – (Colômbia) 64 COMPETITIVA BRASIL 16 De 14 a 27 de novembro na Galeria Lunara (Usina do Gasômetro – Av. Pres. João Goulart, 551/5º andar) Horário de Funcionamento: Terças a domingos das 10h às 22h URRO João Gabriel de Queiroz (RS / CANADÁ) (Duração não fornecida), 09/2014 Canon 90D – 24fps – 1080p – 16:9 [email protected] Os pais viajaram e as crianças fizeram um clipe. Diretor de fotografia: João Gabriel de Queiroz Som: João Gabriel de Queiroz Montador / editor: João Gabriel de Queiroz Personagem real principal: Anise, Juny, Sasha e Kiara Produção: Aleks Schürmer 65 COMPETITIVA BRASIL 17 de 14 a 27 de novembro na Galeria Ecarta (Av. João Pessoa, 943) Horário de Funcionamento: Terças a sextas das 10h as 19h Sábados das 10h às 20h. Domingos das 10h às 18h ATLÂNTICO-PACÍFICO Romy Pocztaruk (RS) (duração não espeificada), 072014 Canon 5D – Canon 5d Mark II [email protected] Ao propor a união das regiões norte e nordeste do Brasil, do extremo leste da Paraíba até a divisa com o Peru, a construção da Rodovia Transamazônica previa também facilitar a ligação dos dois oceanos que circundam o continente americano. Em Atlântico-Pacífico, Romy Pocztaruk lida com essa possibilidade, que foi também uma das motivações para que realizasse o projeto A Última Aventura. No vídeo, dois balões de vidro, comumente utilizados em laboratórios químicos, são reutilizados como aquários, cada um contendo um pequeno peixe doméstico. Ao unir ambos os recipientes pelo gargalo, Pocztaruk estabelece a inviabilidade do encontro das águas, simbolizando também a inviabilidade utópica da Transamazônica. A trilha pautada por composições de Saint-Saëns pontua de forma intermitente o balé solitário dos animais. 66 Diretor de fotografia: Eduardo Rabin Montador / editor: Romy Pocztaruk Participações: Santander Cultural, Porto Alegre 67 COMPETITIVA BRASIL 18 de 14 a 27 de novembro na Galeria Ecarta (Av. João Pessoa, 943) Horário de Funcionamento: Terças a sextas das 10h as 19h Sábados das 10h às 20h. Domingos das 10h às 18h IMERSO Joacélio Batista e Nelton Pellenz (RS) 9’30’’, 04/2014 Cannon –(16×9) Mov_h264. [email protected] e [email protected] Apresentado como uma videoinstalação, o vídeo é projetado em parede inteira no espaço expositivo,sugerindo a abertura de uma ‘porta’ para um outro lugar. A proposta é levar o espectador a um mergulho por este ambiente, ao acompanhar um andarilho que vagueia e que desbrava esse espaço/imagem, ao mesmo tempo em que é mimetizado na paisagem. 68 Empresa produtora: Mamute Estúdio Galeria Diretor(es): Joacélio Batista e Nelton Pellenz Diretor de fotografia: Joacélio Batista e Nelton Pellenz Som: Joacélio Batista e Nelton Pellenz Montador / editor: Joacélio Batista e Nelton Pellenz Diretor de arte: Joacélio Batista e Nelton Pellenz Ator principal: Nelton Pellenz Produção: Joacélio Batista e Nelton Pellenz Roteirista: Joacélio Batista e Nelton Pellenz Trilha sonora original – Grupo ou compositor principal: Joacélio Batista e Nelton Pellenz Participações: Mostra Paisagens Inventadas 69 COMPETITIVA BRASIL 19 De 14 a 27 de novembro no Goethe-Institut Porto Alegre (Rua 24 de Outubto, 112) Visitação: de segunda a sexta-feira, das 10h às 20h, sábados das 10h às 16h À TOA James Zortéa (RS) 5 min, 08/2014 Gopro HD [email protected] Ao reboque de uma pequena embarcação e sem um rumo definido, nosso olhar é arrastado para o fundo do rio Guaíba, lago que banha a cidade de Porto Alegre. A câmera deriva na margem até ser surpreendida por um cão sem dono, que assume o registro dos acontecimentos. Empresa produtora: Osso Filmes Diretor de fotografia: Cão sem dono e James Zortéa Som: Marcelo Amani Montador / editor: James Zortéa Personagem real principal: cão sem dono Produção: Clóvis Martins Costa 70 COMPETITIVA BRASIL 20 De 14 a 27 de novembro no Goethe-Institut Porto Alegre (Rua 24 de Outubto, 112) Visitação: de segunda a sexta-feira, das 10h às 20h, sábados das 10h às 16h CORDA Pablo Lobato (PA/MG) 7 min, 06/2014 EOS 5D Mark III, HD [email protected] O Círio de Nazaré, realizado em Belém do Pará, Brasil, desde 1793, é uma das maiores procissões Católicas do mundo. A cada ano milhões de romeiros acompanham a travessia da santa e disputam o privilégio de segurar a longa corda de sisal que conduz a berlinda pelas ruas da cidade. Em desalinho com as regras da festa, para garantir suas relíquias, alguns promesseiros cortam a corda em meio ao ritual. O vídeo aproxima dois diferentes fluxos, um linear, regido pela inteireza da corda, e outro caótico, que responde ao corte. 71 Empresa produtora: Pablo Lobato Studio Diretor de fotografia: Pablo Lobato Montador / editor: Pablo Lobato Participações: LOOP 2014, Barcelona, Espanha Nuit Blanche, Londres, Inglaterra Bienal de Montevideo, Montevideo, Uruguay 72 PREMIAÇÃO 2014 73 GRANDE PRÊMIO CINE ESQUEMA NOVO 2014 Aquilo que Fazemos com as Nossas Desgraças de Arthur Tuoto (PR) 60 min, 01/2014 Justificativa do Júri para o prêmio: Pelo trabalho de ressignificação de textos e imagens apropriados, levando o espectador a uma reflexão política sobre o mundo contemporâneo através da forma de um potente filme-ensaio, o júri confere o Grande Prêmio Cine Esquema Novo 2014 para o filme “Aquilo que Fazemos com as Nossas Desgraças” de Arthur Tuoto. 74 5 PRÊMIOS DE ESCOLHA LIVRE Batguano de Tavinho Teixeira (PB) 74 min, 01/2014 Justificativa do Júri para o prêmio: Pela irreverente e ao mesmo tempo melancólica desconstrução de dois ícones da cultura Pop, o que dá margem à uma serie de reflexões de cunho existencial, o júri do CEN 2014 premia o filme “Batguano” de Tavinho Teixeira. O Inverno de Zeljka de Gustavo Beck (Brasil/Croácia/Dinamarca) 20 min, 11/2012 Justificativa do Júri para o prêmio: Pela utilização da linguagem audiovisual na construção de uma obra capaz de evidenciar o sentimento de estranheza em relação a uma paisagem desconhecida, ao mesmo tempo em que deixa latentes (ou, em suspensão) questões relativas à complexidade e abrangência das relações intersubjetivas, o júri do CEN 2014 premia o filme “O Inverno de Zeljka” de Gustavo Beck. A Misteriosa Morte de Pérola de Guto Parente (CE) 62 min, 2014 Justificativa do Júri para o prêmio: Pela eficiente apropriação dos códigos do cinema de gênero, acionados para criar uma fascinante trama que funciona como metáfora do deslocamento da protagonista, o júri do CEN 2014 premia o filme “A Misteriosa Morte de Pérola” de Guto Parente. 75 Nossos Traços de Rafael Spínola (RJ) 4min, 06/2013 Justificativa do Júri para o prêmio: Pelo emocionante resgate de uma antiga memória familiar, associada à recuperação de um suporte de reprodução de imagens que também ficou no passado, o júri do CEN 2014 premia o filme “Nossos Traços” de Rafael Spínola. Periscópio de Kiko Goifman (SP) 86 min, 09/2013 Justificativa do Júri para o prêmio: Pelo jogo performático estabelecido entre os protagonistas e o diretor, colocado à serviço de uma complexa reflexão sobre identidade e comportamento, o júri do CEN 2014 premia o filme “Periscópio” de Kiko Goifman. 76 PRÊMIO AQUISIÇÃO TVE/RS No Coração do Viajante de Distruktur – Melissa Dullius & Gustavo Jahn (Lituânia / Alemanha / Brasil) 20 min, 04/2014 Justificativa do Júri para o prêmio: Pela encenação enigmática que desloca elementos de uma tradição audiovisual tipicamente brasileira para um contexto estrangeiro, o júri do CEN 2014 confere o prêmio aquisição TVE para o filme “No Coração do Viajante” de Distruktur (Gustavo Jahn & Melissa Dullius). 77 JÚRI O Júri convidado para o CEN 2014 assistiu aos 20 programas da Mostra Competitiva Brasil – entre longas, médias, curtas e videoinstalações – e é responsável pela definição de 5 prêmios livres, 1 Grande Prêmio e ainda o Prêmio Aquisição da TVE/RS. Os resultados serão divulgados no dia 27/11. Marina Ludemann Marina Ludemann, nascida no séc. XX em Bochum (Alemanha), filha de mãe franco-vietnamita e pai alemão, estudou Letras/Alemão (Germanistik) em Tübingen e Hamburgo e foi redatora do jornal de economia Zeitung für kommunale Wirtschaft em Munique. Desde 1989 atua no Goethe-Institut, entre outros como Diretora do Departamento de Programação Cultural em São Paulo e Coordenadora do Departamento de Cinema na Central do Instituto, em Munique. Desde junho de 2013, é Diretora do Goethe-Institut Porto Alegre. Marcus Mello Crítico de cinema, Marcus Mello é um dos editores da revista Teorema, fundada em agosto de 2002, uma das publicações de cinema mais respeitadas do Brasil. Entre agosto de 2004 e março de 2012 foi titular da coluna de cinema da revista Aplauso (edição 57 a 113) Formado em Letras, é Mestre em Literatura Brasileira pela UFRGS e especialista em gestão cultural pela Universidade de Girona, na Espanha, em curso realizado em parceria com o Itaú Cultural de São Paulo. Funcionário da Secretaria da Cultura de Porto Alegre, na qual ingressou através de concurso público para o cargo de Técnico em Cultura, em outubro de 1996. Entre 2000 e 2013 foi programador da Sala P. F. Gastal, na Usina do Gasômetro, uma referência do circuito de exibição alternativa na capital gaúcha. Desde maio de 2013 é Coordenador de Cinema, Vídeo e Fotografia da Secretaria da Cultura de Porto Alegre. Membro da ABRACCINE – Associação Brasileira de Críticos de Cinema, tem artigos publicados nos livros Cinema dos Anos 90 (Editora Argos, 2005), Cinema Mundial Contemporâneo (Papirus Editora, 2008), Os Filmes que Sonhamos (Lume Filmes, 2011), Irmãos Coen: Duas Mentes Brilhantes (Caixa 78 Cultural, 2012), Cinema sem Fronteiras – 15 Anos da Mostra de Cinema de Tiradentes: Reflexões sobre o Cinema Brasileiro 1998-2012 (Universo Produção, 2012) e Hitchcock é o Cinema (Fundação Clóvis Salgado, 2013), entre outros. André Severo Nascido em 1974, André Severo vive e trabalha em Porto Alegre. Mestre em poéticas visuais pelo Instituto de Artes da Universidade Federal do Rio Grande do Sul, iniciou, em 2000, ao lado de Maria Helena Bernardes, as atividades de AREAL, projeto que se define como uma ação de arte contemporânea deslocada que aposta em situações transitórias capazes de desvincular a ocorrência do pensamento contemporâneo dos grandes centros urbanos e de suas instituições culturais. Em 2004 publicou Consciência Errante, quinto volume da série Documento Areal, que busca contribuir com o eixo das reflexões contemporâneas sobre o estabelecimento de um intenso diálogo a respeito das fronteiras que conformam os processos de conhecimento que possibilitam a existência da arte. Em 2007 elaborou, conjuntamente com Paula Krause, Cláudia Vieira e Grady Gerbracht o projeto Lomba Alta, um programa de residência que se utiliza do espaço físico de uma fazenda, em plena atividade, na região central do estado do Rio Grande do Sul e busca oferecer o espaço e os meios para a realização de investigações artísticas que coloquem em foco a experiência do fazer criativo e reflexivo compartilhado. Em 2008 inaugurou, conjuntamente com Marcelo Coutinho, o projeto Dois Vazios, que almeja alcançar não somente o encontro de duas linguagens artísticas (cinema e artes plásticas), mas também o embate entre duas vastas paisagens brasileiras: os pampas da região Sul e o sertão da região Nordeste. Em 2009, como parte de seu envolvimento no Projeto Pedagógico da 7a Bienal do Mercosul, publicou Histórias de península e praia grande/Arranco, trabalho realizado em parceria com Maria Helena Bernardes e que consiste em um livro reunindo pequenas histórias orais colhida na metade sul do estado do Rio Grande do Sul e em um filme que traduz em imagem, tempo e símbolo a amplidão e o imaginário da região. Em 2010 lançou Soma, uma experiência audiovisual que trata do encontro de indivíduos movidos pelo impulso da errância; e foi responsável, também em parceria com Maria Helena Bernardes, pela curadoria da mostra Horizonte Expandido, proposta expositivo/reflexiva que almejou propiciar um maior contato do público brasileiro com obras e registros de experiências artísticas radicais que 79 inauguraram um importante debate sobre as formas de compartilhamento da arte e se inclinaram a tratar de uma problemática ainda presente na produção artística contemporânea: a construção e afirmação de novas possibilidades de contato entre arte e público. Em 2012, ao lado de Luis Pérez-Oramas, foi curador associado da XXX Bienal de São Paulo – A Iminência das Poéticas e publicou o livro Deriva de Sentidos – nono volume da série Documento Areal e segunda parte da tetralogia Nômada – que corporifica uma reflexão sobre o físico e o metafísico, viabilizada por uma radical experiência artística de convergência entre pensamento e gesto. Em 2013, também com Luis Pérez-Oramas, foi responsável pela curadoria da exposição Dentro/fora que compôs a representação brasileira na 55ª Bienal de Veneza. Em 2014 publicou o décimo quinto livro da série Documento Areal intitulado Companhia — livro em três volumes que intercala cinco ações artísticas e três ensaios textuais e busca situar os cursos criativos e reflexivos em um ponto de intersecção com as circunstâncias e os fenômenos inomogêneos que os instauram. 80 MOSTRA ARSENAL BERLIN O PRINCIPAL ARQUIVO DE FILMES DE ARTISTAS DA EUROPA ABRIU SUAS PORTAS PARA UMA RESIDÊNCIA CURATORIAL DO CEN. DIANTE DE MAIS DE 10.000 OBRAS, DEBRUÇAMOS NOSSO FOCO SOBRE QUATRO NOMES QUE, JUNTOS, TRAÇAM UM ARCO HISTÓRICO REPRESENTATIVO DA CRIAÇÃO AUDIOVISUAL NAS ÚLTIMAS DÉCADAS: OBRAS DE JACK SMITH, MATTHIAS MÜLLER, KEN JACOBS E ISABELL SPENGLER OCUPARÃO ESPAÇOS DA CIDADE PELA PRIMEIRA VEZ. 81 MOSTRA ARSENAL – PROGRAMA JACK SMITH Sala PF Gastal (Usina do Gasômetro – Av. Pres. João Goulart, 551/3º andar) PROGRAMA JACK SMITH #1 & ABERTURA CEN 2014 13 de novembro, quinta, às 20h30 15 de novembro, sábado, às 21h30 NORMAL LOVE Jack Smith; EUA; 1963-65; 106min O segundo longa-metragem de Jack Smith parece derivar de sua adoração a Maria Montez, a estrela de filmes B, mais conhecida pela sua atuação em “Cobra Woman”. A obra exibe uma variedade de monstros de filmes de horror dos anos 30, uma sereia, uma personagem devassa, e vários outros, interpretados por um elenco que inclui Mario Montez, John Vaccaro, Diane DePrima, Beverly Grant, Tiny Tim, entre outros. 82 THE YELLOW SEQUENCE (EXIBIÇÃO SOMENTE NO DIA 15/11) Jack Smith; EUA; 1963; 15min YELLOW SEQUENCE (1963) consiste em cenas do futuro apresentador Tiny Tim e da drag queen Francis Francine. Supostamente concebida como parte de NORMAL LOVE, do mesmo diretor, esta sequência deslumbrante é o que resta da versão reconstruída do filme. 83 PROGRAMA JACK SMITH #2 14 de novembro, sexta-feira, às 18h30 15 de novembro, sábado, às 18h30 SCOTCH TAPE Jack Smith; EUA; 1959-62; 3min Os escombros espalhados no local onde seria o futuro Lincoln Center filmados com uma Kodachrome 16 milímetros. O título surge a partir de um pedaço de fita adesiva que ficou entalado dentro da câmera. 84 SONGS FOR RENT Jack Smith; EUA; 1968-69; 5min O cineasta Jack Smith estrela esse divertido curta-metragem, interpretando a matriarca cadavérica Rose Courtyard (inspirada em Rose Kennedy). Vestida completamente de vermelho (vestido, luvas, óculos e peruca), a cadeirante Rose senta-se cerimoniosamente sobre a bandeira americana, o chão coberto de cadáveres, enquanto, na trilha sonora, Kate Smith canta “God Bless America”. Rose carrega para cima e para baixo todo tipo de parafernália excêntrica (uma garrafa térmica, caixas de doces, espigas de milho, escova de vaso sanitário, cartões do Dia dos Namorado, etc), que deixa cair pelo seu caminho. Além de embriagar-se e borrifar seus odorizadores por onde quer que passe, ela examina um antigo livro com recortes de jornal sobre velhas peças de teatro. O final derradeiro de Songs for Rent é a lágrima que escorre pelo rosto da protagonista. 85 SINBAD OF BAGHDAD Jack Smith; EUA; 1975; 27min O filme em super 8, SINBAD OF BAGDAD (1978), documenta uma performance na exótica praia em Coney Island, Nova York. 86 FLAMING CREATURES Jack Smith; EUA; 1963; 43 min Jack Smith agracia a liberação anárquica do novo cinema americano com um poder visual e rítmico digno do melhor do cinema formal. Ele alcançou pela primeira vez no cinema tal nível artístico, que se torna absolutamente desprovido de decoro, e um tratamento sobre o sexo, que nos torna conscientes da restrição de todos os cineastas anteriores. Ele tem mostrado, mais claramente do que qualquer um antes, como a licença poética inclui todas as coisas, não só de espírito, mas também carnais; não só de sonhos e símbolos, mas também da realidade sólida. “Em nenhuma outra arte, além do cinema, isso poderia ter sido feito de forma tão completa; e essa capacidade foi realizada por Smith.” - Film Culture 87 MOSTRA ARSENAL – PROGRAMA KEN JACOBS 19 de novembro, quarta-feira, às 18h30 25 de novembro, terça-feira, às 21h30 Sala PF Gastal (Usina do Gasômetro – Av. Pres. João Goulart, 551/3º andar) PUSHCARTS OF ETERNITY STREET Ken Jacobs; EUA; 2006; 11min Um retrato das carruagens que vendiam produtos básicos na Lower East Side, em Nova York. Minúsculos movimentos que se desenvolvem no lugar, capturados entre o então e o agora, o 2D e o 3D. 88 THE PUSHCARTS LEAVE ETERNITY STREET Ken Jacobs; EUA; 2011; 13min A voz de David Moss se junta aos vendedores ambulantes em um cântico glorioso, enquanto policiais irlandeses expressam sua devoção pela ordem. 89 CAPITALISM: SLAVERY Ken Jacobs; EUA; 2006; 3min Uma antiga imagem estereoscópica de colhedores de algodão, animada por computador, apresenta a cena com uma profundidade ativa, mesmo para o espectador que fechar um de seus olhos. 90 CAPITALISM: CHILD LABOR Ken Jacobs; EUA; 2006; 14min Este curta-metragem de Ken Jacobs oscila entre cartões estereográficos que mostram uma imagem de trabalho infantil na era vitoriana, criando um retrato do horror normalizado, reproduzido infinitamente. 91 MOSTRA ARSENAL – PROGRAMA MATTHIAS MULLER 18 de novembro, terça-feira, às 21h30 20 de novembro, quinta-feira, às 18h30 Sala PF Gastal (Usina do Gasômetro – Av. Pres. João Goulart, 551/3º andar) ALPSEE Matthias Müller; ALE; 1994; 15min “O ponto culminante das teias associativas psico-sexuais de Mathias Müller é ALPSEE, um psico- drama com elaborada mise-en-scène.” (Gavin Smith, Film Comment, New York, 2000) 92 PENSÃO GLOBO Matthias Müller; ALE; 1997; 15min “Oito anos após AUS DER FERNE, Müller revisita Lisboa, a cidade do seu destino, da saudade, da decadência e de seres divisíveis. Ocultando seu protagonista entre quartos de hotel e ruas labirínticas, o filme contempla a dissolução e as fronteiras permeáveis entre a vida e a morte, em cores sangrentas e sobreposições” (The New York Film Festival, 1997). 93 VACANCY Matthias Müller; ALE; 1998; 15min “Müller usa filmes caseiros do dia da inauguração de Brasília e os submete a um estilo visual único. Envelhece estoques de filmes que piscam e desaparecem gerando uma aura de romantismo ambiente. Enquanto as nuvens se juntam sobre a arquitetura da era espacial de Niemeyer, Müller evoca um sentimento de profunda melancolia – a identidade do narrador poeta borrada no cadáver requintado da própria cidade. No filme de Müller, o documentário se dissolve em um “momento Kodak” de outro tipo”. (Gregor Muir, Art Flash, Londres 2002) 94 METEOR Matthias Müller & Christoph Girardet; ALE; 2011; 15min Abrangendo elementos do cinema tradicional, contos de fadas desnorteados, e da ficção científica clássica, METEOR leva seus espectadores ao longo de uma viagem direto do quarto das crianças para o espaço sideral. 95 CUT Matthias Müller & Christoph Girardet; ALE; 2013; 14min Neste curta experimental, o corpo é como uma ferida que nunca cicatriza. 96 MOSTRA ARSENAL – PROGRAMA ISABELL SPENGLER 22 de novembro, sábado, às 18h30 25 de novembro, terça, às 18h30 Sala PF Gastal (Usina do Gasômetro – Av. Pres. João Goulart, 551/3º andar) PSYCHIC TEQUILA TAROT Isabell Spengler; EUA/ALE; 1998; 24min O filme Psychic Tequila Tarot é baseado em uma performance interativa (1996-1998) com o mesmo nome, na qual Isabell Spengler personifica o personagem central, que ilustra o problema da conformidade e a filosofia de trabalho da humanidade através de um alegoria radical: as realizações femininas vistas como talento e doença. É tomando forma de um filme de estrada, que a autobiografia ficcional da autoproclamada cartomante Leila se desenrola. Escapando da casa, excessivamente liberal, de seus pais, Leila tenta preencher 97 o seu vazio interior, projetando os desejos e problemas dos outros em si mesma. Em uma viagem pela Califórnia, ela convida estranhos para uma leitura grátis de cartas de tarô, regada a tequila, em seu carro, idealisticamente tentando ser um reflexo da outra pessoa e se comportar de uma maneira radicalmente “altruísta”. Isto leva a uma relação simbiótica de exploração mútua. Enquanto que para os clientes, a excessiva devoção espiritual e corporal de Leila abre a possibilidade de ter seus desejos e impulsos reprimidos refletida, Leila ganha uma identidade cada vez mais comprimida, realizando e personificando esses desejos. Em flashbacks de histórias de sua infância, Leila oferece um vislumbre de como suas convicções e personalidade se desenvolveram. 98 THE NATURAL LIFE OF MERMAIDS Isabell Spengler; EUA; 2004; 10min Contada da perspectiva de um guarda ambiental, o narrador detalha a fauna aquática local e fala sobre a possível presença de sereias no lago Havasu, um destino popular para os amantes de esportes aquáticos durante a primavera no estado do Arizona. 99 PERMANENT RESIDENTS Isabell Spengler; EUA/ALE; 2005; 9min30 O filme PERMANENT RESIDENTS combina figurinos luxuosos com uma representação em estilo documental de eventos diários, no espaço urbano contemporâneo de Los Angeles. Em enquadramentos compostos em um espaço fantástico de um mundo de imaginação coletiva, expande a perspectiva do espectador em um ambiente em que os a cultura popular, mitos e ficções sociais reverberam. A combinação do “futurismo” dos protagonistas com tarefas diárias banais como limpar, aspirar ou fazer compras produz uma piada que se infiltra subversivamente na aceitação das atividades rotineiras e nas aparências da vida diária que todos nós concebemos. 100 VATER, MUTTER, WAS SOLL ICH HEUTE FILMEN? (FATHER, MOTHER, WHAT SHOULD I FILM TODAY?) Isabell Spengler; ALE; 2012; 52min FATHER, MOTHER, WHAT SHOULD I FILM TODAY? é parte de uma série de experimentos com descrição visual, executados por amigos, parentes e o público; entre cineastas, intérpretes e os espectadores. Os experimentos marcam claras posições para aqueles envolvidos atrás, em frente e na imagem do filme. 101 WAYS OF SEEING / FORUM EXPANDED A PROGRAMAÇÃO MAIS EXPERIMENTAL E DISRUPTIVA DO FESTIVAL DE CINEMA DE BERLIM. PORTO ALEGRE VAI RECEBER ALGUMAS DAS OBRAS MAIS INTERESSANTES JÁ EXIBIDAS NO FORUM EXPANDED, EM PROGRAMAS MONTADOS COM EXCLUSIVIDADE PARA O BRASIL POR SUA PRÓPRIA CURADORA, STEFANIE SCHULTE STRATHAUS. ALÉM DE SE REUNIR COM ARTISTAS BRASILEIROS, STEFANIE VAI MINISTRAR UMA PALESTRA ABERTA AO PÚBLICO. 102 MOSTRA WAYS OF SEEING / FORUM EXPANDED – PROGRAMA GAUGING 14 de novembro, sexta-feira, às 21h30 18 de novembro, terça-feira, às 18h30 Sala PF Gastal (Usina do Gasômetro – Av. Pres. João Goulart, 551/3º andar) LINE DESCRIBING A CONE Anthony McCall; EUA; 1973; 30min Um lendário clássico do Expanded Cinena. Em uma sala cheia de fumaça e neblina, um único ponto branco gradualmente se transforma em um círculo na tela de exibição. Na mesma sala, o único raio de luz projeta esse ponto que se torna um cone luminoso, com o qual a audiência pode interagir. A mágica do cinema torna-se uma experiência tangível. A fumaça não tem que necessariamente distorcer a visão, pelo contrário, pode tornar algo mais visível, ou seja, torna-se aquilo que chamamos de cinema: Um manto de luz expandindo-se no espaço e tempo, modelado pelo artista, desaparecendo mais rápido do que surge. LINE DESCRIBING A CONE faz o espectador acreditar que é capaz de tocar o filme. Aqui, o intangível resulta na experiência cinematográfica mais imediata e física possível. “Embora, inevitavelmente haja uma parede que limitará o alcance da luz, uma tela não é necessária… O filme começa como um lápis de luz coerente, como um raio e se transforma, durante 30 minutos, em um cone de luz. Não existe ilusão, apenas uma experiência primária, não secundária: o espaço é real, não referencial; o tempo é real, não referencial.” Anthony McCall 103 BRUCE LEE IN THE LAND OF BALZAC Maria Thereza Alves; FRA; 2007; 3min O que uma artista brasileira faz quando confrontada com a vasta beleza das paisagens francesas? Honoré de Balzac escreveu precisamente sobre isso. Particularmente sobre a região de Sache; e a natureza se curva pela normalidade da comunidade local. Aqui Alves introduz o “outro” retirado, mas agora recolocado no contexto – e não há volta. (Maria Thereza Alves) 104 COFFEE Ayse Erkmen; TUR; 2007; 25min COFFEE é um curta sobre previsões do futuro feitas através das marcas deixadas pela borra de café. O filme começa com a imagem de um cachorro que anuncia o começo do entretenimento, mas que também testemunha tudo que será contado nessa história. O adivinho revela para uma mulher (a própria artista, cuja sorte está sendo lida na borra de café) o que está acontecendo e poderá acontecer em sua vida no futuro próximo. A história é cheia de personagens, objetos, eventos e rumores estranhos e obscuros. Todos esses elementos constroem um imagético fortemente imaginativo e colorido através de uma linguagem seca e inteligente. “COFFEE constrói com e em seus locutores clássicos, emoldurando o espaço cinematográfico – a espacialidade do cinema – entre o adivinho que lê borras de café e sua cliente. As manchas na xícara tornam-se projeções de um filme feito de desejos, memórias, especulações, processos de nomeação, interpretação e recusa.” (Stefanie Schulte Strathaus) 105 MOSTRA WAYS OF SEEING / FORUM EXPANDED – PROGRAMA LISTENING 16 de novembro, domingo, às 18h30 21 de novembro, sexta-feira, às 18h30 Sala PF Gastal (Usina do Gasômetro – Av. Pres. João Goulart, 551/3º andar) SHOOTING STARS REMIND ME OF EAVESDROPPERS Maha Maamoun; EGI; 2013; 5min Trabalhando principalmente com fotografia e vídeo, Maha Maamoun explora espaços de fissura entre a representação e interpretação de determinados eventos e suas relações com identidades políticas e relações hegemônicas ocultas. Através dos ouvidos, guia os caminhos de ambos, aceitação e rejeição. Shooting Stars Remind Me of Eavesdroppers tece múltiplos registros e referências à literatura e articulações visuais do ato de ouvir e do estado de ouvinte. (WHW – What, How & for Whom) 106 MUSIC FOR DRIFTING Malak Helmy; EGI; 2013; 10min Music for Drifting é uma instalação sonora multi-canal, composta de gravações das viagens de um pombo correio entre cinco locais ao longo do Mar Mediterrâneo e do Deserto Ocidental, na costa norte do Egito, em agosto de 2013. Estes locais incluem um antigo porto na Alexandria, uma colina da Batalha de Alamein, um deserto de vidro formado por uma chuva de meteoritos 200 mil anos atrás, e um terreno baldio que será uma futura usina de energia nuclear. 107 23RD AUGUST 2008 Laura Mulvey, Faysal Abdullah e Mark Lewis; GBR; 2013; 22min O filme consiste de duas cenas. A primeira, uma breve cena de abertura, entrecortada com intertítulos, do famoso mercado de livros Al-Mutanabbi Street em Bagdá. Esta é seguida por um monólogo ininterrupto de dezoito minutos, filmado a partir de um único posicionamento de câmera. Nele, Faysal Abudullah gradualmente constrói um retrato de seu relacionamento com o irmão mais novo, Kamel, e no processo evoca a vida dos intelectuais iraquianos de esquerda, levados ao exílio no início dos anos 80 pelo regime de Saddam Hussein. 108 PUCCINI CONSERVATO Michael Snow; ITA/CAN; 2008; 10min Puccini Conservato utiliza um CD, uma gravação com algumas músicas de Puccini (a partir de La Boheme). A fonte do som (os alto-falantes), em um movimento panorâmico contínuo (guiado pela música), é intercalada com cenas de flores ou fogueiras, exemplificando o lirismo na música de Puccini. Por ser uma gravação de outra gravação, o trabalho proclama a artificialidade do som. Entretanto, a beleza e a humanidade da música também são reveladas. 109 MOSTRA WAYS OF SEEING / FORUM EXPANDED – PROGRAMA OBSERVING 19 de novembro, quarta-feira, às 21h30 20 de novembro, quinta-feira, às 21h30 Sala PF Gastal (Usina do Gasômetro – Av. Pres. João Goulart, 551/3º andar) THE SLEEPING GIRL Rainer Kirberg; ALE; 2011; 105min Na cidade de Düsseldorf, início dos anos 70, Hans, um jovem e introvertido estudante de Beuys, encontra Ruth, uma jovem sem-teto que vive em um parque. Fascinado por ela, o rapaz lhe dá abrigo e faz de Ruth a personagem de seu projeto de vídeo. Ruth rapidamente se adapta ao ambiente artístico que circunda Hans e consegue um emprego como modelo de desenhos na Universidade local. Cético com a nova vida da garota, Hans suspeita que a transformação de Ruth em uma “mulher glamorosa”, é apenas uma tentativa de escapar de si mesma. Para ele, a jovem continua sendo garota desconcertante que ele encontrou morando na rua, a pessoa por quem se apaixonou e a qual não está disposto a dividir com mais ninguém. Com ciúmes do melhor amigo de Ruth, Phillipp, Hans a tranca em seu estúdio, o único local onde ele acredita que poderá observar os seus verdadeiros segredos. Arte e vida tornam-se intrinsecamente ligados. 110 MOSTRA WAYS OF SEEING / FORUM EXPANDED – PROGRAMA FLOATING de 14 a 27 de novembro na Galeria Ecarta (Av. João Pessoa, 943) Horário de Funcionamento: Terças a sextas das 10h as 19h Sábados das 10h às 20h. Domingos das 10h às 18h LILY’S LAPTOP Judith Hopf; ALE; 2014; 3min Um jovem casal se despede da babá contratada e sai, mas antes de partirem, o pai a proíbe de navegar na internet. Em meio ao tédio, ela tem uma ideia: sempre quis saber se um laptop podia flutuar. Ela coloca o laptop na pia e liga a torneira. Na imagem seguinte, a cozinha já está coberta de água. Na escada, vemos a extensão da inundação, objetos domésticos são lavados pela correnteza. Nem mesmo o apartamento do andar inferior escapa da enxurrada. O dilúvio continua seu caminho, derrubando a hierarquia de poder reinante e transformando o estilo de vida burguês em uma espécie de pastelão. Lily’s Laptop é uma adaptação atualizada do filme sufragista “Le Bateau de Leontina” (1911). Como é característico de muitos filmes sufragistas da era silenciosa, um apartamento burguês é completamente destruído por uma empregada doméstica. As relações de poder e de hierarquia são, por um momento, conduzidas ao absurdo, tornando-se quase obsoletas em um estilo que remete as histórias em quadrinhos. 111 MOSTRA WAYS OF SEEING / FORUM EXPANDED– PROGRAMA ASSEMBLING De 14 a 27 de novembro no Goethe-Institut Porto Alegre (Rua 24 de Outubto, 112) Visitação: de segunda a sexta-feira, das 10h às 20h, sábados das 10h às 16h ZUR BAUWEISE DES FILMS BEI GRIFFITH Harun Farocki; ALE; 2006; 9min Utilizando uma sequência do filme “Intolerância” (1916), “Na construção dos filmes de Griffith” mostra um diálogo entre um homem e uma mulher, filmado e editado em plano e contraplano. A cena é reproduzida em dois monitores, de modo a revelar seu caráter narrativo: a lógica do plano e contraplano, que posteriormente se transformaria no padrão das cenas de diálogo em filmes, ainda é nova aqui. Poucos anos antes, Griffith ainda filmava diálogos através de movimentos de câmera; mas em “Intolerância”, a cinematografia já havia alcançado tamanho grau de independência que era a câmera que construía o espaço / cenário com seus detalhamentos. 112 cinéma copains O duo de artistas-investigadores Minze Tummescheit e Arne Hector, cofundadores do LaborBerlin, fazem sua primeira incursão pelo Brasil. Além de uma residência artística em Porto Alegre, a dupla exibe obras de sua trajetória e de seu mais recente work in progress, Fictions & Futures #2, na cidade – além de promover uma palestra / exibição aberta ao público. Arne Hector e Minze Tummescheit são cineastas baseados em Berlim e que trabalham em conjunto desde 2000 como cinéma copains. Seus projetos de longo prazo, que lidam com questões sociais e econômicas, são baseados em pesquisas de vários anos e que se fundamentam no método de “investigação militante” – um trabalho que procura compreender o seu assunto a partir do interior. Tummescheit e Hector são membros fundadores da LaborBerlin, um laboratório fílmico coletivo dedicado à experimentação e manipulação com filme analógico. No filme-ensaio “Jarmark Europa”, Tummescheit e Hector descreveram a transformação econômica da Europa Oriental, tomando como exemplo o bazar de mesmo nome em um estádio esportivo convertido, em Varsóvia. “Em arbeit” (“Em Construção”, no CEN 2014) é uma série de documentários: um exame fílmico de condições, possibilidades e limites da atividade coletiva. Trata-se de uma série que cria ligações diretas entre grupos de vários países, tornando-se um exercício prático de autoria cooperativa. Ambas as obras estrearam na programação Fórum, do Festival de Berlim. Para a Trienal de Bergen, a dupla criou a instalação “Fictions and Futures # 1”: uma estudo da colonização do futuro por meio de instrumentos financeiros complexos. Atualmente, cinéma copains trabalham em um documentário sobre o mesmo tema. 113 cinéma copains – EM CONSTRUÇÃO: PARTES 1, 2 E 3 23 de novembro, domingo, às 21h30 27 de novembro, quinta-feira, às 18h30 Sala PF Gastal (Usina do Gasômetro – Av. Pres. João Goulart, 551/3º andar) EM CONSTRUÇÃO – PARTES 1, 2 E 3; cinéma copains; ALE; 2012; 142min EM CONSTRUÇÃO é uma série de documentários, uma investigação fílmica da realidade, possibilidades e limitações da ação coletiva. O processo comunicativo de pesquisa torna-se o foco da obra. Começamos uma série de entrevistas em vários países europeus. Membros dos diferentes grupos viajaram conosco para conhecer e se envolver com outros coletivos. Através de nove encontros diferentes, surge uma imagem das práticas de cooperação em diversas áreas da sociedade. Exploramos como a auto-organização é percebida, como ela funciona e como cada grupo persegue os seus princípios, apesar das limitações práticas. Cada episódio usa uma estética, adequada ao contexto e ao grupo retratado. 114 Parte 1: L’Abominable, Paris Realizamos a nossa primeira conversa em L’Abominable. O L’Abominable é um laboratório de filmes coletivo em Asnières-sur-Seine, França. Uma oficina aberta, em que filmes podem ser desenvolvidos, realizados, editados e copiados. Com essa finalidade, os equipamentos do laboratório que estavam em desuso, por conta da digitalização da indústria cinematográfica, foram restaurados. O laboratório permite que cineastas levem o material com os trabalhos consigo, para assim, obter uma certa autonomia no processo de produção. A diálogo é focado na construção de uma estrutura aberta, em questões de auto-organização e projetos que transcendem a produção comercial. Em paralelo com a conversa, as imagens mostram o nosso processo de aprendizagem no desenvolvimento do nosso próprio material em 16 milímetros até a cópia acabada. Parte 2: Coordination des Intermittents et Précaires Nicolas Rey, do L’Abominável, nos conduziu a esta conversa com membros da Coordination des Intermittents et Précaires, Île de France, Paris. Desde a década de 1960, a França oferece seguro desemprego para os profissionais de cinema e teatro. Esse recurso garante, aos técnicos e artistas que trabalham de forma intermitente, uma renda mínima e a continuação do pagamento da contribuições para o seguro social. Este seguro tem permitido aos trabalhadores do setor um melhor uso do tempo entre os projetos para pensar e pesquisar, ou até mesmo, realizar projetos independentes que não têm financiamento adequado. A expansão do cenário de cinema e teatro gratuitos na França é, em grande parte, atribuída a este programa. Quando os parâmetros para ser considerado “intermitente” foram estabelecidos em 2003, a Coordination des Intermittents et Précaires foi formada para ser uma associação – que não só agiu contra a restrição dos privilégios como também abraçou a causa de todos aqueles precariamente empregados. Com a transformação do assunto em notícia nos principais noticiários da televisão francesa, eles foram capazes de envolver o grande público na discussão sobre condições de trabalho precárias e as possíveis alternativas para esse problema. Esta parte do filme concentra-se na experiência da ação política conjunta e como um movimento espontâneo transformou-se em uma estrutura aberta que é utilizada para o aconselhamento, a organização de uma universidade livre e pesquisas sobre este fenômeno observado, em que as condições de trabalho tornam-se cada vez mais deterioradas. 115 Part 3: As cooperativas Placido Rizzotto e Pio La Torre, na Sicília Laurence Hartenstein e Catherine Bot, ambas ativas na Coordination des Intermittents et Précaires, dirigiram-se conosco até a Sicília para a reunião seguinte. Elas falaram com membros de duas cooperativas agrícolas sobre a importância das cooperativas na construção de uma economia legal, com condições de trabalho regulamentadas, em contraste com as estruturas mafiosas que ainda dominam a economia e a sociedade sicilianas. Em uma entrevista realizada paralelamente, aprendemos sobre a longa história de luta contra a máfia, na qual as cooperativas desempenharam um papel importante contra os grandes proprietários de terras, o Estado, e a própria máfia. Após a Segunda Guerra Mundial, pela primeira vez na história, a Itália criou a uma base legal que permitiu que as cooperativas reivindicassem terras não cultivadas. Um movimento de pleno direito desenvolvido, onde os trabalhadores rurais fundaram cooperativas e exigiram a distribuição de terras – e onde a máfia lutou brutalmente contra essas exigências legais. Uma das cooperativas foi nomeada em homenagem à Placido Rizzotto, um sindicalista do município de Corleone que, com os trabalhadores rurais, organizou a ocupação de terras não cultivadas. A máfia o assassinou em 1948. Ambas as cooperativas foram fundadas com base em uma lei que não foi aprovada, até chegar o ano de 1996. Ela permite que cooperativas sociais usem ativos e terras confiscadas de membros da máfia. Eles podem usar a terra que lhes foi concedida gratuitamente por trinta anos. Contudo, eles têm que trabalhar em um ambiente hostil – na vizinhança próxima a das famílias mafiosas. Além disso, eles lutam constantemente para sobreviver às dificuldades econômicas impostas pelo mercado mundial de produtos agrícolas, liderado pelos grandes produtores. País: Alemanha 2012 Empresa produtora: cinéma copains, Berlin Direção, conceito, direção de fografia, montagem: Arne Hector, Minze Tummescheit Tradução para italiano: Davide Cova Partipações de: Nicolas Rey, Stefano Canapa, Nathalie Nambot, Catherine Bot, Frédéric Danos, Baptiste Bessette, Antonio Castro, Valentina Fiore, Francesca Massimino, Angelo Sciortino Formato: DigiBeta (shot on 16mm und DV), 4:3, colour and b/w. Duração: 148 min. (Part 1: 43’; part 2: 53’; part 3: 52’). Idioma: French, Italian, German 116 cinéma copains – FICTIONS AND FUTURES #1 De 14 a 27 de novembro no Goethe-Institut Porto Alegre (Rua 24 de Outubto, 112) Visitação: de segunda a sexta-feira, das 10h às 20h, sábados das 10h às 16h FICTIONS AND FUTURES #1 – HAPPINESS IN THE ABSTRACT Arne Hector e Minze Tummescheit; ALE/NOR; 2013; 30min “O que é tão fantástico sobre mercado de futuros hoje em dia: é muito fácil, basta apertar o botão, comprar a soja, e, pera aí, eu estou no mercado certo?” – diz um analista. Originalmente, a ideia básica sobre o mercado de futuros era que ele serviria para proteger produtores e consumidores contra flutuações nos preços de matérias primas. Na prática, são apostas feitas em preços futuros que são negociados na bolsa de futuros. Com a desregulamentação do mercado financeiro e a introdução do comércio eletrônico, esse processo tornou o mercado mais acessível, em grande parte, substituindo a compra e venda no mercado físico. Fundos de investimentos e bancos investiram fortemente em preços futuros de alimentos básicos. Firmas de vendas online começaram a focar em um tipo de consumidor completamente novo, o pequeno investidor. Qualquer um pode legalmente participar no jogo de sorte que é o mercado futuros, na esperança de obter lucro real de um contrato abstrato, baseado em uma premissa ficcional. Ao mesmo tempo, como uma mão invisível, o mercado de futuros determina os preços de alimentos reais, determinando os padrões industriais para produção agrícola mundial. 117 Para Fictions and Futures #1 nós quisemos filmar no local onde o mercado de futuros foi inventado, Chicago Board of Trade. No entanto, nós percebemos que, pelo menos desde a crise e o Occupy Wall Street, o setor financeiro é um mercado fechado que tenta exercer controle absoluto sobre as imagens que transmite. Por outro lado, é extremamente fácil abrir uma conta em uma plataforma de e-trading e adquirir experiência prática no mercado de futuros. Em Fictions and Futures #1, Gloria, porta-voz da firma corretora de derivativos, que leva o mesmo nome, nos dá uma introdução sobre a linguagem e a lógica do mundo financeiro. Nas palavras dela e de seus seletos convidados, escolhidos a dedo, descobrimos que tipos de relatos abastecem esses mercados, porque a escassez de matéria prima é motivo para comemoração, e como uma catástrofe anunciada pode ser usada em interesses próprios para alavancar uma vantagem. Alemanha/Noruega 2013, HD, instalação com dois canais de vídeo, 30 minutos Ideia, direção, fotografia e edição: Arne Hector e Minze TUmmescheit voz feminina: Jessy Tuddenham voz masculina: Daniel Belasco New música: Asi Föcker produção: cinéma copains, Frøken Hellesøy Film. Minze Tummescheit nasceu em 1967, em Lima, Peru e Arne Hector em 1970 em Eschwege. Trabalham juntos como Cinéma Copains desde 2000. Vivem e trabalham em Berlin. Participaram do Forum Expanded com Em construção, em 2012, e com Jarmark Europa, em 2004. 118 PALESTRAS 119 “COMO OS FESTIVAIS DE CINEMA CONTEMPORÂNEOS PODEM CRIAR UM DISCURSO PÚBLICO E UM DEBATE SOBRE O CINEMA?” Sábado, 15/11 – 10:00 – Auditório do Goethe-Institut Porto Alegre (Rua 24 de Outubro, 112 – Porto Alegre) Com Stefanie Schulte Strathaus (Alemanha), Curadora do Forum Expanded / Festival de Cinema de Berlim. cinéma copains – FICTIONS AND FUTURES #2 Sábado, 22/11 – 10:00 - Auditório do Goethe-Institut Porto Alegre (Rua 24 de Outubro, 112 – Porto Alegre) A dupla cinéma copains (Alemanha) comenta seu projeto em andamento Fictions & Futures #2, que passa pelo Brasil graças a uma residência artística em andamento em Porto Alegre. Arne Hector e Minze Tummescheit vão mostrar e discutir imagens de sua última imersão na monocultura agrícola, materiais de arquivo, achados da internet e outras jóias encontradas no caminho rumo ao coração da abstração financeira – e, depois, a volta rumo aos prazeres e problemas cotidianos do fazer cinematográfico. UM MERGULHO NO ARSENAL: O CINE ESQUEMA NOVO EM UM DOS MAIORES ACERVOS DE FILMES DE ARTISTA DA EUROPA Sábado, 22/11 - 17:00 – Sala P.F. Gastal (Usina do Gasômetro – Av. Pres. João Goulart, 551/3º andar) Dois dos quatro sócios do CEN, Jaqueline Beltrame e Gustavo Spolidoro, comentam o mergulho curatorial no acervo do Arsenal – Institut für Film und Videokunst e.V. de Berlim, um dos maiores depositórios de filmes de artista da Europa. ENCONTRO SOBRE ESPAÇOS DE EXIBIÇÃO NAS TVS PÚBLICAS Sexta, 26/11, às 18h30, na Sala P.F. Gastal: Com Cristiane Reque (Coordenadora de Projetos da Diretoria de Programação, Produção e Operações da TVE-RS), Marina Volpatto e Edinho Costa (Produtores Executivos da Unidade Técnica Sul da Linha de Produção de Conteúdos Destinados às TVs Públicas do Fundo Setorial do Audiovisual). 120 A TVE-RS e o escritório regional Sul da Unidade Técnica convidam os produtores independentes da Região Sul a participarem deste encontro informal, onde serão apresentadas possibilidades de produção e exibição de conteúdos na TV pública. Uma delas, que será lançada em breve, é a Linha de Produção de Conteúdos Destinados às TVs Públicas do Fundo Setorial do Audiovisual. Fruto de uma parceria entre a Empresa Brasil de Comunicação – TV Brasil e a Agência Nacional de Cinema – ANCINE, a Linha é executada por meio da associação dessas entidades com a Secretaria do Audiovisual do Ministério da Cultura – SAV/MinC e com o apoio das associações representativas de segmentos do Campo Público de Televisão (ABCCOM – Associação Brasileira de Canais Comunitários; ABTU – Associação Brasileira de Televisões Universitárias; e ABEPEC – Associação Brasileira das Emissoras Públicas, Educativas e Culturais). Os recursos da Linha serão destinados na forma de editais a empresas produtoras brasileiras independentes registradas na ANCINE, para a produção de obras nos gêneros ficção, documentário e animação, de curta e média duração, seriadas e não-seriadas. As obras produzidas terão espaço nas grades de programação das TVS Públicas (comunitárias, universitárias, educativas e culturais), de todas as regiões do país. Cada região conta com uma Unidade Técnica, que no caso da Região Sul, está sediada dentro da TVE-RS. A TVE irá apresentar ainda suas propostas de parcerias com as produtoras independentes com recursos do Fundo Setorial do Audiovisual na linha Prodav 2. 121 SESSÕES ESPECIAIS Três filmes especialmente convidados para integrar a programação do Cine Esquema Novo 2014. 122 JÁ VISTO JAMAIS VISTO Andrea Tonacci (SP) 54 min, 2013 Cor, digital QUINTA, 27/11 SALA PF GASTAL // 21:00 // Sessão de Encerramento Um diálogo entre as memórias de um autor e as imagens que filmou e guardou ao longo de 50 anos de atividade cinematográfica. Segmentos de vida nunca exibidos, nunca revistos e nunca editados. Uma reflexão sobre imagens que permaneceram à margem da memória, e de memórias à beira do esquecimento. A imagem captada é um outro, o outro, ela provoca sentidos em quem a vê, altera a vião do mundo, é a presença da uma intenção interferindo numa realidade que lhe é externa, como os efeitos de qualquer ação na realidade cotidiana. Contudo memórias e registros são ambos transitórios, fragmentos impermanentes na mente e na matéria, constituem a narrativa da momentânea consciência progressiva que temos de solidez do ser e do mundo. Montador / editor: Cristina Amaral Produção: Patrícia Mourão Roteirista: Andrea Tonacci 123 JARDIM DAS ESPUMAS Luiz Rosemberg Filho (RJ) 120min, 1970 Cor, 35mm QUARTA, 26/11 SALA PF GASTAL // 21h30 // Sessão Aurora Especial Um planeta extremamente pobre, dominado pela irracionalidade e opressão, recebe a visita de um emissário dos planetas ricos, interessado em acordos econômicos. Antes de se encontrar com o governante, ele é seqüestrado pela facção contraditória do sistema, o oposto de tudo aquilo que é dito oficialmente. Dois estudantes são interrogados sobre o seu desaparecimento e mortos, sendo seus corpos, abandonados numa estrada. O emissário, ao tomar contato com a realidade do planeta, descobre que vai fomentar um mito que não deve ser desenvolvido ali. Exibição digital. 124 Empresa produtora: Multifilmes S.A. Diretor de fotografia: Renaud Leenhardt Som : Celso Muniz Montador / editor: Luiz Rosemberg Filho Produção: Sônia Andrade; Marianita de Avellar Fernandes; Blay Bittencourt Roteirista: Luiz Rosemberg Filho Filmografia selecionada: Documentário (2001) As Máscaras (2000) As Sereias (2000) Barbárie (2000) Ficção Científica (2000) Imagens e Imagens (2000) Biblioteca Nacional (1997) O Santo e a Vedette (1982) Crônica de um Industrial (1978) Assuntina das Amérikas (1976) Imagens do Silêncio (1973) Jardim de Espumas (1971) América do Sexo (1969) Balada de Página Três (1968) 125 PIERROT LUNAIRE Bruce Labruce (ALE / CAN) 2013; 51min P&B, Video DOMINGO, 23/11 SALA PF GASTAL // 18h30 // Sessão Especial Uma menina que se veste regularmente como um menino se apaixona e seduz uma jovem que não faz ideia de que “seu amante”, na verdade, tem o mesmo sexo que ela. Quando a menina apresenta o ‘namorado’ para o seu pai, ele fica cético e desmascara a fraude. Mesmo assim, estranhamente, os sentimentos da menina persistem sem mudanças, o pai a proíbe de ver o suposto namorado. Furioso e delirante o “menino” cria um plano de aventura para provar sua verdadeira masculinidade para o pai de sua amante. 126 127 CORREALIZAÇÃO APOIO ESPECIAL APOIO OSSIP ODESSA DE ISAAC BABEL 128 AGRADECIMENTOS (em ordem alfabética) Adriane Kampff Aimée Goulart Spolidoro André Severo Angelika Ramlow Augusto Schnorr Beti Tomasi Bruna Lucas Bruna Paulim Cris Reque Cristian Verardi DAFA – Diretório Acadêmico da Faculdade de Arquitetura / UFRGS Daniel Müller do Carmo Daniel Petry Daniela Mazzilli Eva Georgina dos Santos Fontes Fernando Pinto da Costa Guilherme Carlin Henrique Luiz Schuck Jaime Junior João Ferrer Leo Felipe Leonardo Bomfim Lurdes Krás Mafalda Beltram Marcelo Nepomuceno Marcos Secco Marcus Mello Maria de Lourdes Santos Beltram Marina Ludemann Markus Ruff Marta Dueñas Mauricio Pflug Ministério das Relações Exteriores Mônica Schreiner Nelson Azevedo Patricia Barbieri Patrícia Pires Fehlauer Paula Cordeiro Paula Krause Paulo Dalpian Santiago Cordeiro de Avila Stefanie Schulte Strathaus 129 WWW.CINEESQUEMANOVO.ORG 130