6. SEÇÃO DE TUBERCULOSE 6.1 Orientações gerais de coleta e transporte das amostras em relação ao exame solicitado EXAMES Pesquisa de BAAR Cultura para BAAR Teste de Resistência MATERIAL BIOLÓGICO ONDE COLHER Escarro Em pote estéril, de boca larga, com tampa de rosca e descartável (Figura 12) Líquidos assépticos (líquor, líquidos pleural, ascítico, sinovial, pericárdico, peritoneal Em frasco estéril, (mínimo de 1,5 ml) Lavado gástrico, aspirado brônquico, urina Em pote estéril, de boca larga, com tampa de rosca e descartável Pus (cavidade fechada) Em seringa, através de punção Pus (cavidade aberta) Com swab imerso em água destilada ou salina Sangue Em tubo com anticoagulante (SPS ou EDTA) em volume de até 5 ml. Medula óssea Em frasco estéril biópsia Em frasco estéril, com água destilada ou salina estéril. Não utilizar formol. 6.2 Orientações específicas de coleta e transporte a) Uma boa amostra de escarro é a que provém da árvore brônquica, obtida após esforço de tosse, e não a que se obtém da faringe ou por aspiração de secreções nasais nem tampouco, a que contém somente saliva. O volume de 5 a 10 ml é o ideal. b) Ao despertar pela manhã, o paciente deve lavar bem a boca, inspirar profundamente, deter por um instante o ar nos pulmões e lançá-lo fora pelo esforço da tosse. Deve repetir a operação até obter três eliminações de escarro, evitando que se escorra pela parede externa do pote; Figura 12: Modelo do pote para coleta de escarro c) As amostras devem ser colhidas em local aberto, de preferência ao ar livre ou em sala bem ventilada; d) O lavado gástrico é indicado para crianças, pois essas deglutem o escarro. Deve-se colher assim que o paciente acorda, antes de se levantar e comer. Pelo menos duas amostras em dias consecutivos; e) Para o exame na urina, colhe-se toda a urina da primeira micção da manhã em frasco limpo, após higiene íntima com água. Utiliza-se um número mínimo de três e no máximo de seis amostras colhidas em dias consecutivos; f) Para os líquidos assépticos recomenda-se que o material seja enviado imediatamente ao laboratório para que a semeadura seja feita para se obter maior positividade; g) O pus é coletado assepticamente de abscessos não drenados com uma agulha estéril em seringa. Após a coleta, retirar a agulha com uma pinça e passar o material para um frasco estéril; h) Todas as vezes que a coleta for com swab, este deve ser umedecido em salina ou água estéril antes da coleta. Após a coleta, deve permanecer em um frasco estéril com salina suficiente para mantê-lo úmido até o procedimento do exame. i) Para o transporte das amostras devem-se considerar três condições importantes: manter sob refrigeração, proteger da luz solar, e acondicionar de forma adequada para que não haja risco de derramamento; j) Não são mais utilizadas as fezes para diagnóstico da tuberculose intestinal. Neste caso é indicada a biópsia. 6.3 Envio de culturas do Micobacterium tuberculosis para o LACEN a) O tubo com a cultura do M. tuberculosis deve ser com tampa de rosca, a prova de vazamento; b) Para o transporte, este tubo deve ser envolvido com papel absorvente, em quantidade suficiente para absorver o material e protege-lo em caso de acidente; c) O tubo embalado deve ser colocado dentro de um recipiente de paredes rígidas, a prova de vazamentos e inquebrável (pode ser uma lata de leite em pó com tampa) contendo etiqueta com as características da amostra (Figuras 13 e 14); Figura 13: Modelo do frasco com parede rígida SUBSTÃNCIA INFECCIOSA EM CASO DE DANO OU VAZAMENTO, INFORME IMEDIATAMENTE A UNIDADE REMETENTE Figura 14: Rótulo indicando substancia infecciosa d) Este recipiente deve ser colocado dentro de outra embalagem, podendo ser uma caixa de papelão, madeira, isopor ou polietileno, que deve conter o rótulo de material infectante ou de risco biológico (Figura 8) juntamente com o nome, telefone e endereço da pessoa que deve ser avisada em caso de acidente com a(s) cultura(s); e) Completar o espaço da caixa com papel amassado ou polibolha, para evitar o movimento do recipiente contendo a cultura; f) Colocar as requisições correspondentes, devidamente preenchidas, dentro de um saco plástico; g) Vedar bem o saco e fixá-lo na parte interna da tampa da caixa; h) Fechar e vedar bem a caixa; i) Identificar com destinatário, remetente; j) Enviar ao laboratório. Notas: Este transporte é realizado em temperatura ambiente. As orientações acima servem para qualquer tipo de cultura que deva ser encaminhada ao LACEN. 6.4 Transporte de lâminas para Supervisão Indireta a) Todas as lâminas positivas e todas as negativas devem ser encaminhadas a Seção de Tuberculose do LACEN para supervisão indireta; b) Devem ser transportadas em caixas ou frascos (Figura 15) com paredes rígidas e com ranhuras próprias para a fixação das lâminas; c) Os formulários que acompanham as lâminas para a supervisão indireta não devem ser colocados junto com as lâminas para evitar possíveis contaminações; d) É importante colocar no formulário o nome do laboratório e o município de procedência; e) Colocar os formulários junto à caixa ou frasco, embrulhar e enviar ao LACEN, devidamente identificados com o endereço do remetente e destinatário, corretos. Figura 15: Modelo de frasco para transporte de lâminas