Combate à corrupção deve estar presente no processo das privatizações, diz ASFIC Lusa, 10-11-2011 A necessidade de o combate à corrupção estar presente no acompanhamento do processo de privatizações em Portugal foi hoje uma das preocupações manifestadas pela Associação Sindical dos Funcionários de Investigação Criminal (ASFIC) na reunião com o secretário-geral do PS. No final da reunião, em Lisboa, Carlos presidente da Garcia, ASFIC, referiu que o encontro com Seguro António insere-se José na "preocupação que o PS tem demonstrado quanto ao estado da Justiça e acima de tudo no combate à corrupção", designadamente no quadro das privatizações que o Governo pretende fazer. Rua Rodrigues Sampaio, n.º 96, R/C Esq. 1150-281 Lisboa Tel.: 21 355 39 40 / Fax: 21 355 39 49 [email protected] / www.apcolaco.com 1 Carlos Garcia adiantou que a associação sindical dos investigadores da Polícia Judiciária transmitiu algumas ideias, nomeadamente o que podia ser alterado em termos legais e o que podia ser feito para "melhorar o combate à corrupção". O presidente da ASFIC expressou preocupação com a necessidade de haver um acompanhamento das privatizações, para evitar crimes de corrupção, favorecimento e outros ilícitos de natureza económico-financeira, tendo alertado o líder do PS para dar atenção ao facto de "aquelas empresas que hoje são públicas vão deixar de o ser e os seus administradores, os seus gestores, os seus funcionários vão perder esse estatuto (público) conforme está previsto no Código de Processo Penal". "Portanto, não deixa de haver o perigo de poder haver aqui algum tipo desta criminalidade conhecida, como a corrupção, o favorecimento", disse. Carlos Garcia reiterou acompanhamento das a necessidade privatizações para de se fazer o "salvaguardar os interesses públicos". Quanto à corrupção em Portugal, o presidente da ASFIC admitiu que se tem assistido a um "aumento deste fenómeno" e apontou Rua Rodrigues Sampaio, n.º 96, R/C Esq. 1150-281 Lisboa Tel.: 21 355 39 40 / Fax: 21 355 39 49 [email protected] / www.apcolaco.com 2 a importância destas situações serem hoje mais "facilmente" denunciadas, por força das pessoas estarem "mais informadas" e sensibilizadas para a questão. Relativamente às medidas que têm sido aprovadas para combater este tipo de criminalidade, Carlos Garcia afirmou que as mesmas têm sido "louváveis", mas vincou que "é preciso ir mais fundo" nalgumas iniciativas. "Não pensem que só por mudarmos algumas leis como o do enriquecimento ilícito" se resolve o problema, frisou Carlos Garcia, observando que persiste o problema das offshores, porque muito do enriquecimento ilícito pode estar sediado nessas offshores e não se consegue saber quem é o dono dos bens ou da fortuna ilícita. Em sua opinião, deve-se ponderar e analisar em conjunto todas estas matérias. "Não vale a pena estarmos a fazer operações de cosmética e depois o resultado é nada", advertiu. Rua Rodrigues Sampaio, n.º 96, R/C Esq. 1150-281 Lisboa Tel.: 21 355 39 40 / Fax: 21 355 39 49 [email protected] / www.apcolaco.com 3