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COLECÇÃO TESES / 6
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M É D I C O , X A M Ã O U E RVA N Á R I A ?
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Este volume constitui a publicação de uma versão revista
da tese de doutoramento intitulada
Doença e Ritual entre os Mapuche do Sul do Chile,
apresentada ao
Instituto Superior de Ciências do Trabalho e da Empresa
e defendida publicamente no dia 12 de Janeiro de 1997.
TÍTULO: MÉDICO, XAMÃ OU ERVANÁRIA?
AUTOR: LUÍS SILVA PEREIRA
ã INSTITUTO SUPERIOR DE PSICOLOGIA APLICADA
RUA JARDIM DO TABACO, 34, 1149-041 LISBOA
1.ª EDIÇÃO: JANEIRO DE 2000
CONCEPÇÃO GRÁFICA: INSTITUTO SUPERIOR DE PSICOLOGIA APLICADA
NA CAPA REPRODUZ-SE UMA MANTA («PONCHO») DE CHEFE MAPUCHE (PORMENOR)
FOTOGRAFIA DE JOSÉ CARLOS NASCIMENTO
COMPOSIÇÃO: INSTITUTO SUPERIOR DE PSICOLOGIA APLICADA
IMPRESSÃO E ACABAMENTO: PRINTIPO – INDÚSTRIAS GRÁFICAS, LDA.
DEPÓSITO LEGAL: 145716/99
ISBN: 972-8400-23-3
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Manta («poncho») de chefe mapuche
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Luís Silva Pereira
MÉDICO, XAMÃ OU ERVANÁRIA?
Doença e Ritual entre os Mapuche
do Sul do Chile
I S PA
Lisboa
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Aos três membros da minha família nuclear:
TERESA, INÊS e LEONOR
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ÍNDICE
Prefácio .....................................................................................................................
9
Agradecimentos ........................................................................................................
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INTRODUÇÃO .......................................................................................................
15
I PARTE – Estado/nação e culturas minoritárias no Chile actual ...........................
25
I Capítulo – Breve história das relações interculturais no Chile e da legislação indígena ........................................................................................................................
32
1. As culturas do Chile pré-hispânico .................................................................
32
2. O período da conquista e a Guerra de Arauco .................................................
36
3. O processo de emancipação e a organização social chilena ............................
40
4. A vitória militar chilena e a organização da Araucanía ...................................
43
5. Legislação indígena: a legitimação da usurpação ............................................
46
II Capítulo – «Chilenidad» e cultura mapuche .......................................................
57
III Capítulo – Temuco: cidade de (des)encontro entre huinca e mapuche .............
67
IV Capítulo – Caracterização da comunidade Juana Viuda de Cuminao ................
81
II PARTE – Doença, doente e organização social mapuche ...................................
105
I Capítulo – A organização social mapuche e alguns dos rituais que a actualizam
111
1. A organização social mapuche: evolução e diversidade ..................................
112
2. Rituais e sua relevância na reprodução da cultura mapuche ...........................
136
2.1. Rituais mapuche ........................................................................................
137
2.1.1. O katanpilun ..................................................................................
137
2.1.2. O nguillatun ...................................................................................
142
7
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2.1.3. O eluwün ........................................................................................
159
2.2. Rituais com origem huinca que favorecem a reunião de mapuche ..........
164
2.2.1. Festas religiosas: S. Sebastião, S. João (we tripantu), S. Francisco
164
2.2.1.1. S. Sebastião em Puerto Saavedra (20 de Janeiro de 1995) ..
164
2.2.1.2. S. João e We Tripantu em Temuco (24 de Junho de 1995)
174
2.2.1.3. S. Francisco em Maquehue (4 de Outubro de 1995) ..........
178
2.2.2. Reuniões de jogo e de lazer: os «torneos» ......................................
179
II Capítulo – Cosmovisão mapuche e concepções sobre corpo, doença e cura .....
185
III Capítulo – Agentes curadores e rituais curativos ...............................................
213
1. A (o) machi .....................................................................................................
214
2. A lawentuchefe («yerbatera» ou «meica») .....................................................
247
3. O ngütamchefe («Componedor de huesos») ..................................................
254
4. O médico e outros agentes da medicina ocidental ...........................................
256
IV Capítulo – Articulação entre várias medicinas e itinerários terapêuticos dos doentes ..........................................................................................................................
265
1. Três sistemas médicos em confronto na região da Araucanía: mapuche, ocidental e popular ................................................................................................
265
2. População assistida e suas estratégias de recurso aos diferentes sistemas médicos .................................................................................................................
276
V Capítulo – Grupo doméstico, doença e organização social numa comunidade no
sul do Vale Central ...................................................................................................
282
APRECIAÇÕES FINAIS .......................................................................................
325
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ..................................................................
331
ANEXOS ..................................................................................................................
349
QUADROS ..............................................................................................................
363
GENEALOGIAS – Genealogias dos grupos domésticos que compõem a comunidade Juana Viuda de Cuminao .................................................................................
389
MAPAS ....................................................................................................................
403
8
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P R E F Á C I O
1. A ImPORtânCIA dO CORPO
Não é apenas para as batalhas, mas já foi para as batalhas. Quer entre os
Mapuche, quer entre os Portugueses, quer, hoje em dia, nos Balcãs, Irão ou
Indonésia. Quer, ainda, e em todos os sítios, para o sustento quotidiano. Porque é
um átomo no conjunto da constelação do universo, uma molécula que logra e
trabalha com o conjunto das outras. E uma molécula em interacção. É assim como
deve ser entendido e deve ser tratado, é assim que, desde que o tenho visto e lido,
tenho reparado que o corpo é o assento principal do resto do social. O corpo, esse
todo que tem espírito e ossos, sangue e músculos, cabelo e membros. Órgãos reprodutivos. Capacidades. Força. Água, calor, fogo. Os elementos que os minerais
precisam para mexer o outro corpo, o social. A molécula é cuidada com ternura e
com conhecimento. Quer entre Portugueses, quer entre Mapuche. Talvez mais
entre Mapuche que entre Portugueses. O Mapuche, como está claramente explícito no texto que tenho a honra de prologar, não dão beijos ao corpo: tomam conta. Tomando conta a partir de uma cosmovisão que explicita a divindade, as divindades das quais o corpo depende. Corpo que, se não estiver bem, não dá continuidade histórica ao social. Porém, há os seres divinos, os que governam a natureza
dos quais o corpo faz parte, que os Mapuche consideram primeiro, com o respeito
devido aos seus representantes, corpos que são ainda mais do que cuidados: respeitados. A hierarquia advém da sabedoria de tratar ossos e carne, espírito e eternidade. Nunca esqueço essa mulher Mapuche, que vi morrer, aos seus 70 anos,
aos meus 8, de idade: lavada e limpa pelas mulheres, em seguida choravam a
distância entre eles todos e a mulher que ia a enterrar; e para estar melhor na outra
vida, tiraram os saltos altos dos sapatos, para não ser ouvida ao juntar-se aos
antepassados. Transferido o corpo para a terra, cantaram, comeram, beberam. O
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ciclo estava acabado, começava outro. Para esse corpo do grupo, que aí tinha
ficado para sempre. Não era o corpo de qualquer um que tivesse fugido da terra,
corpo vivo, morto para os outros: ou é e fica, ou não fica e não é. O corpo, instrumento sagrado de trabalho, repositório da vida histórica, assento da divindade dos
homens.
2. A AutOnOmIA dA sAúdE
Parte essencial dos cuidados da individualidade que faz o grupo. Autonomia,
porque, ainda que membro solidário de todos, cada entidade é responsável do que
faz, é grande, sabe. Enquanto pequeno, é filho de todos, da responsabilidade de
todos, cuidado por todos. Sem beijos, com ternura. Ternura que é velar por. Ouvir.
Ensinar. Disciplinar. Nunca chorar. A autonomia é já registada nos escritos das
primeiras letras que entre Mapuche, apareceram, castelhanas. E diz como uma
mulher, lá longe, pelo século XVI, mata o filho do chefe que tinha perdido a
guerra e estava sentado a ser morto, à Mapuche, numa picana. Fresia, com desprezo, corta a cabeça do bebé e o lança aos pés do pai que está a morrer. Mito?
Mas não é o mito depositário do que se pensa que se faz, quando feito deve ser?
Porque a saúde não é só e apenas a ausência de doença, é, antes, a paz do corpo e
dos espíritos que nele habitam, a paz do grupo social. A interacção livre de todos
eles, ou entre todos eles. Uma saúde autónoma, que se retira dos outros do grupo,
que dão leite e sangue a beber, álcool fermentado do milho, a beber, aviso do
tempo no canto do pássaro, a beber, sangue vermelho da flor nacional Mapuche –
o copihue –, a beber. A beber o saber que, por gerações, é sempre transmitido. Por
gerações cronológicas, por gerações coexistentes dentro do mesmo tempo. Doença, preguiça? É o que é dito dos Mapuche: nada fazem, não mexem. Perguntasse o
huinca, mal amado pelo Mapuche por mal amar ao Mapuche, qual a concepção da
saúde que o Mapuche tem? Uma ideia de repouso, dentro de um povo que nada
tinha, excepto o coa, para abrir a terra: esse pau a picar, a esburacar sítios onde a
semente do milho é enterrada, para viver depois em planta. Como a batata. Os
que mais alimentam e crescem lentamente e em abundância. Os Inca, no século
XIX, tinham aprendido sobre o milho e a batata, e nada deram, porque não era do
Inca invadir, subordinar, encarcerar. Era só dos cristãos, mitologia do sangue e do
corpo, que crucificaram o saber Mapuche, as suas terras, os alinharam longe dos
seus territórios sadios, os fecharam na humidade das araucárias e dos copihues. Aí
onde, séculos mais tarde, nasceria Neftalí Reyes, o Neruda, ensinaria Lucilia
Godoy, a Mistral, dois huincas a cantar louvores do mundo e de serem de sangue
aborígene – misturado ou não, diferença clãnica ou étnica ou não. Autonomia da
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saúde, que permitia ao aborígene de séculos, viver até quase um século, antigamente. Castela nunca derrotou os Mapuche, nunca foi capaz de intervir, como este
texto diz. O Chile do século XIX derrotou-os a trocar álcool por terra, até ficarem
sem terra, fechados em reservas – como os Banto em Moçambique; os Tallensi no
Ghana; os Cabo Verdianos em Lisboa; os operários no seu país. Os Mapuche,
invadidos pelo álcool, nunca esqueceram os seus hábitos de guardar a força sem a
gastar em movimentos inúteis, que não fosse o movimento que ajuda a saber ter
destreza, percepção, sincronia, velocidade, astúcia: o jogo da chueca, com pau,
uma bola de madeira, corridas. O guillatun, esse que ensina a genealogia, a solidariedade, o partilhar, junta, essa foto que, às tantas, é tirada à família porque está
junta – foto metafórica, o ritual é o retrato. Retrato que diz a perspicácia de cada
um, a habilidade de cada um. Como as procissões cristãs de Portugal, que exibe o
que a gente tem, o que a gente conta com, os possíveis casais. Nguillatun ou
guillatun, que traz de longe aos membros que, juntos, sabem quem troca com
quem, treina a volta de mão, aparafusa a afectividade de ser. Eis a autonomia da
saúde, que faz fugir a doença. E se a doença não foge, a machi olha, cala e diz o
que fazer; ou a ervanária, ou os outros que o autor detalha. Será que um ocidental
europeu ia entender? Se os huincas, os chilenos esses, não entendem e desprezam
e o denominam, de forma ignorante, folclórica, o Mapuche. Mapuche mais amado
na Argentina, do que no Chile. Mais amados os que já não sabem que o são –
como os Picunche, os Huilliche, os Pehuenche, clãs todos do Chile, hoje camponeses, pequenos proprietários ou inquilinos. Que não sabem porque ainda vivem
de forma diferente da que o Director Supremo e Libertador do Chile, o hispano-irlandês Bernardo O´Higgins, na cidade de Talca (Trovão), Chile, denominou
chilena em 1823. Até hoje. Duas nacionalidades: Mapuche, por cultura; chileno,
por lei. Autonomia da saúde, que nem europeus nem chilenos, percebem e que
chilenos e europeus não podem analisar à luz dos conceitos e heurísticas experimentais do sábio distante.
3. A InvAsãO
Não de não Mapuche. Nem de conquistadores. Nem de castelhano-bascos,
que ficámos com as terras Mapuche. E que hoje tentamos redimir, depois de 500
anos, com a nossa vida dedicada ao esforço de entender, finalmente, os originários, os proprietários, arruinados dentro das sua pequenas terras, como o autor
diz. Como a mulher do autor diz. Como a filha mais velha do autor, um dia
lembrará e a mais nova, um dia, ficará a saber. A invasão dos Mapuche pelos
antropólogos, que aí vão lembrar, ou querer fazer lembrar, o que ciosamente a
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história oral, cala para eles: nem para os próprios que saíram da terra, um dia, e
fizeram correr a lei chilena por sobre a cultura Mapuche. Esses Mapuche a
defenderem-se com um saber adquirido que embora mate o seu saber original
mantém vivo o saber que permite viver. Invasão de antropólogos que a melhor das
intenções aí leva. Intenção que é detida pelos mesmos aborígenes, que sabem
lutar, sem voz nem movimento, contra povos. O autor encontrou Rubén, Rubén
empurrou para o seu pai, o pai, para a comunidade que serve de facto a esta teoria
cá desenvolvida. Teoria que o Ocidente, bêbedo de livros e epistemologia necessariamente sabida para cá viver, acabam por não perceber. O autor que encontrou
Rubén, lá no frio e húmido Temuco, tinha encontrado um outro ser, criado por
Nana Mapuche, respeitoso dos Mapuche, amante dos Mapuche, que lhe disse: Vá.
E foi. E voltou. E o seu espírito lá ficou. E a sua afectividade. E a da outra antropóloga, a sua mulher Teresa. Nunca pensei que aceitassem ir. E foram, e souberam
serem acolhidos. E souberam entender por ver, ouvir, conviver e calar. Um ano,
todo um ano de chuvas, frio, calor um tempo, casa de zinco, sem telhado, lá no
morro da Cordilheira de Los Andes, longe do mar. Que se a escola ensina? O quê,
quando a escola não sabe mapudungun, nem conhece a arte de continuar a
reprodução que, séculos de saber não escrito, mais séculos de saber historiado por
outros, têm guardado em silêncio.
Não teria aceite prologar este livro, se não fosse o prólogo de um texto sobre
pessoas que amo, que muito conheci, que à distância ouvi, cujas histórias sabia.
Se não fosse porque é do autor que, desde a Licenciatura em frente, me tem dado
a honra de trabalhar comigo. E porque é com este texto que podemos entender que
nada há de original entre Mapuche que não exista, de forma diferente, entre nós e
que nos obriga a comparar dentro da Antropologia da Saúde. Essa Ciência que o
médico não sabe e devia aprender, para entender os seus. Como o autor cita no seu
livro. Sempre que o médico queira sair de si para entrar no incómodo de saber.
Que é comparar. Que é viver fora de casa. Que é ter o medo do desconhecido. Que
é não dizer, nem mandar. É legitimar, por convívio fraterno e epistemológico: eu
sou, enquanto comparo. Aí é que sei. Como o Luís Carlos Cirilo da Silva Pereira,
Teresa, Inês e Leonor. Os quais este velho professor agradece o aprendido em tão
dura lide, um Lautaro contra um Pedro de Valdívia. Como foi em Talca-Picunche,
o encontro do mestre e do hoje também doutor, na altura a fazer trabalho de campo e a tomar chá na casa dos envergonhados castelhano-vascos, com ayuya e fotos
que a mãe do velho professor gostava de mostrar.
Raul Iturra
Parede, 14 de Maio de 1998
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A g R A d E C I m E n t O s
Ao povo mapuche.
A todos os membros da comunidade Juana Viuda de Cuminao.
A Rubén Sánchez Curihuentro e a toda a sua família, a minha família no
Chile, pelos momentos inesquecíveis de amizade e de aprendizagem do mundo
mapuche.
Outras pessoas tiveram papel importante neste trabalho, porque possibilitaram o acesso ao terreno, contribuíram para o esclarecimento de questões
respeitantes à cultura mapuche ou para o andamento da minha investigação. Tive
com estas pessoas diferentes graus de envolvimento e de afeição, mas esclarecêlos não é o objectivo deste texto. Espero que me perdoem apresentá-las pelo nome, sem pormenorizar o contributo de cada um para este trabalho.
No Chile, são os casos de Bernardo Arroyo e família, Carmen Norambuena,
Ana Maria Conejeros, Ivonne Jelves, Bernarda Espinosa, Heriberto Huaiquil, sua
mulher Gabriela Ellado e a família de ambos, Cristina Torres, Ana Maria Oyarce,
Eliana Paillalí, Elisa Avendaño, Monica Huentemil, Rosa Tralma, Llanca Nahuel,
Martina Cayun Curin, Luís Enriquez, Francesco Chiodi, Lucca Citarella, Arturo
Rojas, José Aylwin, Juan Huentemil e família, e, finalmente, em Santiago e em
Talca, a família Iturra.
Em Portugal e em Espanha, devo agradecimentos especiais: aos meus Pais,
pelo estoicismo com que viveram situações complexas, decorrentes da distância
geográfica a que nos encontrávamos, e por, ainda assim, terem contribuído para
que o trabalho decorresse sem interrupções ou sobressaltos, no Chile e em
Portugal; ao Professor Doutor Raúl Iturra, orientador e amigo de há dezoito anos,
pela amizade e pela excelência do trabalho de orientação desta investigação; ao
Dr. António Melo, pela nossa «amizade à primeira vista» e aprofundamento da
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mesma ao longo do tempo, pela atenção e pelo rigor que dedicou à revisão de
parte do texto deste livro; ao Dr. Filipe Reis, amigo e colega de profissão, que
possibilitou que vídeos de festas populares em Portugal fossem vistos e ficassem
de posse das pessoas da comunidade, as quais manifestaram interesse em
conhecer algo sobre trabalho rural e festas do país de origem do antropólogo que
os visitava; à Prof.ª Doutora Graça Índias Cordeiro e ao Prof. Doutor Josep Maria
Comelles pela amizade destes últimos anos e pelos comentários que dedicaram à
tese de doutoramento, da qual resultou este livro; à Drª Fátima Sacchetti, pela
atenção que pôs na leitura de parte dessa mesma tese e pelos comentários que fez,
decorrentes da sua formação e experiência como médica; à Luísa Sacchetti, pelas
figuras que ilustram o texto e pelo trabalho de digitalização e de ordenação dos
mapas; à Carla e ao Rodrigo Coutinho, pela paciência e disponibilidade que demonstraram na difícil tarefa de adaptar-me aos meandros da informática e na resolução de problemas decorrentes da ignorância e da inaptidão com que me confrontei enquanto escrevia a tese; à Regina Rodrigues, que ajudou na composição
dos Anexos e nas emendas finais; ao Manuel Pinto, pelo entusiasmo e pela
qualidade do trabalho de digitalização; à Maria do Carmo Miranda, pela pronta
ajuda na resolução de problemas informáticos e gráficos; ao José Carlos Nascimento, pelo excelente trabalho fotográfico da capa; ao Instituto Superior de Psicologia Aplicada (I.S.P.A.), que permitiu a minha saída da docência para executar o
projecto da tese e me convidou para publicar este livro; ao Instituto Superior de
Ciências do Trabalho e da Empresa (I.S.C.T.E.), que me aceitou como doutorando; à Junta Nacional de Investigação Científica e Tecnológica (J.N.I.C.T.),
que financiou o projecto, por ter investido na Antropologia Social e ter permitido
que levasse a cabo este trabalho, esperando que os resultados e a sua apreciação
abram caminho a outros investigadores, a novos financiamentos e a novas
investigações.
À Teresa e à Inês, a minha mulher e a nossa filha mais velha, que viveram
comigo quase todos os momentos da vida no Chile, pelo incentivo e pela alegria
que transmitiram ao meu trabalho e aos meus dias. À Leonor, a filha mais nova,
que escolheu nascer nesta família, juntando-se a nós já em Lisboa, e que tornou
mais leve o trabalho de recordar e de escrever.
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INTRODUÇÃO
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