ANO 18 - Nº 402 PRIMEIRA QUINZENA DE FEVEREIRO DE 2014 17 An s O VERBO A ser viç o da v ida DIOCESE DE JUNDIAÍ - SP Na festa de Nossa Senhora de Lourdes, dia 11 de fevereiro, a Igreja celebra o Dia Mundial do Doente. Em sua mensagem para esse dia - com o tema “Fé e caridade: 'Também nós devemos (1Jo 3,16)” - o Papa dar a vida pelos irmãos' (1Jo Francisco nos exorta a nos aproximarmos com ternura daqueles que precisam de cura, levando a esperança e o sorriso de Deus. Páginas 2, 3 e 4 O Verbo Editorial A Para anunciar o amor os olhos da fé, a doença é uma graça que leva à contemplação do poder de Deus e ao louvor. É uma bênção porque faz aquele que está enfermo mergulhar no amor de Cristo, manifestado em sua entrega na Cruz. É ainda o verdadeiro “esperar contra toda esperança”, especialmente quando se trata de uma enfermidade grave: colocar-se, integralmente, na confiança da presença silenciosa do Pai, no futuro de Deus e não no futuro de uma coisa ou bem que se espera. Esta edição está centrada na celebração do Dia Mundial do Doente, em 11 de fevereiro. Nosso Bispo, Dom Vicente Costa, aborda o assunto aqui ao lado (página 3) com a simplicidade e a profundidade de sempre. Aqui, gostaríamos apenas de reforçar alguns aspectos sobre o assunto, não a partir da mensagem do Papa Francisco (veja na página 4), mas olhando outra vez a Exortação Apostólica Evangelii Gaudium – A alegria do Evangelho (EG). O documento traz orientações preciosas a todos os agentes pastorais que se deparam, no dia a dia, com o Cristo Servo presente na irmã ou irmão portador de qualquer tipo de enfermidade. Ou mesmo para aqueles que, sem ser agentes pastorais, querem ser fiéis aos ensinamentos do Mestre – “Nisto conhecerão todos que sois os meus discípulos: se vos amardes uns aos outros” (Jo 13,35). Não vamos nos estender aqui nos detalhes da Evangelli Gaudium. Todavia, insistiremos sempre em pontos fundamentais que nos dão a direção que o Sucessor de Pedro, com seu vigor apostólico, aponta para a nossa Igreja e para os que a amam. É possível recolher pelo menos dez renúncias sugeridas pelo Papa (EG nn. 76-109) que garantirão, sem dúvida, que o sujeito da evangelização seja sempre quem recebe o anúncio e nunca quem anuncia. O Apóstolo Paulo dizia, aos que de fato crêem: “Anunciar o Evangelho não é para mim motivo de glória. É antes uma necessidade que se me impõe. Ai de mim, se eu não anunciar o Evange- Diretor Responsável Dom Vicente Costa Bispo Diocesano Diretores Fundadores Dom Roberto Pinarello de Almeida Dom Amaury Castanho (In memoriam) Editor-chefe Padre Jorge Demarchi Coordenadores Administrativos Diácono Diógenes Faustini e Maria Laura Pinheiro Dias 2 lho!” (1Cor 9,16). Desse modo, para que se manifeste a alegria daquilo que é feito para a glória de Deus, Francisco pede, sem meias palavras, que os evangelizadores renunciem todos os dias ao individualismo; à crise de identidade e ao declínio do fervor; à indiferença; à psicologia do túmulo que nos torna múmias de museu; ao pessimismo lamuriento que nos faz ficar com cara de vinagre; à desertificação espiritual; a tudo que quer roubar a esperança; ao mundanismo espiritual que ressalta o erro alheio e a aparência; a tudo que nos quer roubar o evangelho; à guerra entre nós (dentro da Igreja e de nossas casas) e aos que querem nos roubar a força missionária. Sem essas renúncias, é impossível levar a alegria do Evangelho a quem quer que seja. Pode-se levar disciplina, doutrina e ritos. Não o amor que cura, que consola, que conforta, o amor que é muito mais do que tudo isso, como recorda São João Evangelista: o amor que é o próprio Deus (cf. 1Jo 4,8). O Vaticano II e a Igreja no mundo atual Gaudium et Spes 10: A paz internacional O capítulo quinto da Constituição Pastoral Gaudium et Spes (GS) é dedicado a refletir sobre a promoção da paz e da comunidade internacional. É preciso recordar que, naquela década de 1960, imperava o clima da chamada “Guerra Fria”. O planeta era dividido numa luta velada entre capitalistas e comunistas, representados respectivamente pelas duas grandes potências de então: os Estados Unidos e a União Soviética. Assim, além de lembrar que “paz não é a ausência da guerra”, a GS aborda questões bem próprias daquele tempo, como a necessidade de se evitar as guerras. Tal questão era urgente de ser debatida uma vez que o medo de uma “guerra total”, embalada pela visão terrível de um conflito nuclear, era uma possibilidade concreta. O Concílio condena a corrida armamentista, os conflitos armados e as causas de tantas discórdias entre os países. O documento sugere normas para uma boa convivência entre as nações, Jornalista Responsável Cx. Postal 21 Diácono Pedro Fávaro Jr. - MTB 11.659 CEP 13.208-200 - JUNDIAÍ - SP Jornalistas (Redação e diagramação) Fone: (11) 4583-7474, Ramal 7496 E-mail: [email protected] Jussane Cristina da S. C. Rodrigues Monique Ribeiro Mangussi Homepage da Diocese de Jundiaí: Diagramação www.dj.org.br Fábio Henrique Campos Impressão O VERBO Lauda Editora Consultoria e Comunicações Ltda. ANO 18 - Nº 402 1ª quinzena de Fevereiro de 2014 Publicação oficial autorizada pela Redação: Cúria Diocesana Diocese de Jundiaí. Registrado sob o Rua Roberto Mange, 400 -Anhangabaú nº 88.757, Lei 6015/73. Autorizadas 1ª QUINZENA - FEVEREIRO/2014 - Nº 402 acreditando principalmente na ação internacional para evitar as guerras. O diálogo através de instituições como a Organização das Nações Unidas é sempre incentivado. O texto também recorda aos fiéis o seu dever de ajudar a todos, sobretudo os pobres e miseráveis, incentivando-os à vida missionária. A Igreja ressalta a importância de se fazer presente na comunidade internacional e incentiva os cristãos a educar a juventude para o diálogo franco com pessoas de todas as nações, afirmando ainda que essa ação não pode ser limitada por questões de raça, de credo ou de opção política. Seminarista Fernando Bête transcrições desde que mencionada a fonte. Os artigos são de responsabilidade de seus autores. Podem ser enviados com antecedência à Redação que, todavia, não abre mão de editálos. O ideal é que sejam enviados à redação por e-mail ou em CD-ROM. A tiragem desta edição é de 15.000 exemplares e a circulação abrange as 65 paróquias e comunidades das cidades de Cabreúva, Cajamar, Campo Limpo Paulista, Itu, Itupeva, Jundiaí, Louveira, Pirapora do Bom Jesus, Salto, Santana de Parnaíba e Várzea Paulista. O VERBO Palavra do Pastor O 22º Dia Mundial do Doente – 2014 Fé e caridade: “Também nós devemos dar a vida pelos nossos irmãos” (1Jo 3,16). Dom Vicente Costa Bispo Diocesano de Jundiaí P rezados irmãos e irmãs da Igreja de Deus que se faz presente na Diocese de Jundiaí: O dia 11 de fevereiro, data em que comemoramos a festa litúrgica de Nossa Senhora de Lourdes, foi instituído pelo Beato João Paulo II como o Dia Mundial do Doente. O primeiro Dia Mundial do Doente foi celebrado no dia 11 de fevereiro de 1993. A Mensagem do Papa para o Dia Mundial do Doente deste ano tem como tema: “Fé e caridade: ‘Também nós devemos dar a vida pelos nossos irmãos’ (1Jo 3,16)”. Já no início de sua Mensagem, o Papa Francisco afirma: “A Igreja reconhece em vós, queridos doentes, uma presença especial de Cristo sofredor. É assim: ao lado, aliás, dentro do nosso sofrimento está o de Jesus, que carrega conosco o seu peso e revela o seu sentido” (n. 1). De fato, curar os doentes e aliviar a dor dos sofredores foi uma das principais ações do ministério de Jesus Cristo, pois foi para isso que ele veio ao mundo, como Jesus mesmo fala, ao “inaugurar” sua missão na sinagoga de Nazaré (cf. Lc 4,16-21). Esta mesma missão foi incumbida aos discípulos de Jesus (cf. Mt 10,7-8). Portanto, essa missão faz parte da ação dos discípulos missionários de Jesus Cristo de todos os tempos. O Papa Francisco lembra que são duas as atitudes O VERBO principais que devem estar presentes na vida dos doentes e daqueles que estão ao seu serviço: a fé e a caridade. Em primeiro lugar, é preciso ter fé em Jesus Cristo e acreditar na sua presença amorosa e poderosa em nossa vida. Fazendo-se igual a nós em tudo, menos no pecado, e assumindo a condição do Servo Sofredor e obediente até a morte, e morte na cruz, Jesus infunde em nós a fé. É a fé em Cristo que desperta em nós a esperança e a coragem: “esperança, porque no desígnio de amor de Deus também a noite do sofrimento se abre à luz pascal; e coragem, para enfrentar qualquer adversidade em sua companhia, unidos a Ele” (n. 1). Queridos irmãos e irmãs: a fé no mistério do amor de Jesus Cristo não elimina a doença, o sofrimento e a morte, mas nos dá “a capacidade de aceitar a tribulação e nela amadurecer, de encontrar o seu sentido através da união com Cristo, que sofreu com infinito amor” (Papa Bento XVI, Carta Encíclica sobre a esperança cristã: “Spes Salvi” [2007], n. 37). O sofrimento e as dores continuam, às vezes, terríveis e quase insuportáveis. Mas a fé viva no Cristo Morto e Ressuscitado, que quis sofrer por nós e conosco, surge como a estrela da esperança, como a âncora de uma fé inabalável: “Se Deus é por nós, quem será contra nós?” (cf. Rm 8,31b). Na sua Mensagem para o Dia do Doente deste ano, o Papa Francisco nos lembra também que a fé em Cristo, o Bom Samaritano (cf. Lc 10,25-37), nos faz praticar a caridade, aproximandonos daqueles que sofrem e necessitam de ajuda: “‘Nisto conhecemos o amor: no fato de que Ele deu a sua vida por nós; portanto, também nós devemos dar a vida pelos nossos irmãos’ (1Jo 3,16). Quando nos aproximamos com ternura daqueles que precisam de cura, levamos a esperança e o sorriso de Deus às contradições do mundo. Quando a dedicação generosa aos demais se torna estilo das nossas ações, damos lugar ao Coração de Cristo e por Ele somos aquecidos, oferecendo assim a nossa contribuição para o advento do Reino de Deus” (n. 3). Neste sentido é louvável o trabalho da Pastoral da Saúde, pois quando um agente desta Pastoral visita um doente, não faz uma visita médica nem vai até o sofredor para fazer milagres, mas para ser presença do amor de Deus na solidariedade. Muitas vezes é uma presença singela e silenciosa, capaz de transmitir o amor do Pai, a coragem do Filho e a força do Espírito. Um agente da Pastoral da Saúde, muitas vezes é uma presença singela e silenciosa, capaz de transmitir o amor do Pai, a coragem do Filho e a força do Espírito. Queridos irmãos e irmãs: a fim de reforçar o atendimento aos enfermos nos hospitais de Itu e Salto, administrados pela Sociedade Beneficente São Camilo, já foi formada a Pastoral da Saúde Hospitalar, constituída por membros da Igreja Católica e das Igrejas Evangélicas. O objetivo desta pastoral hospitalar é dar um atendimento integral com 1ª QUINZENA - FEVEREIRO/2014 - Nº 402 assistência espiritual, social e emocional aos enfermos e às suas famílias, bem como aos funcionários e a todos os profissionais de saúde. Procura-se assim humanizar o hospital, tornando-o um ambiente marcado pela ternura, pela esperança e pela alegria. Seguindo o exemplo de Itu e Salto, na cidade de Jundiaí, também está em processo de organização a Capelania Cristã Hospitalar, com a ajuda dos padres e pastores. Espera-se que essas iniciativas se estendam a outros hospitais em nossa Diocese. Por fim, o Papa Francisco nos lembra que, para crescermos na fé e na caridade, mesmo nos momentos difíceis da dor e da enfermidade, temos que olhar para Maria, Mãe de Jesus e nossa Mãe. “A ela podemos recorrer confiantes com devoção filial, certos de que nos assistirá e não nos abandonará. É a Mãe do Crucificado Ressuscitado: permanece ao lado das nossas cruzes e acompanha-nos no caminho rumo à ressurreição e à vida plena” (n. 4). Santa Maria, Mulher das Dores, cujo coração foi transpassado pela espada (cf. Lc 2,35), como foi também o do seu Filho Jesus (cf. Jo 19,34), ensinainos a crer e amar, e ajudai as pessoas doentes a viver o próprio sofrimento em comunhão com Jesus Cristo, amparando quantos deles se ocupam (cf. conclusão da Mensagem do Papa). E a todos abençoo, particularmente os enfermos, seus familiares e todos aqueles que aliviam suas dores. 3 O Verbo Voz de Roma A prova da fé autêntica em Cristo é o dom de si A Divulgamos, a seguir, os principais trechos da mensagem do Papa Francisco para o XXII Dia Mundial do Doente, celebrado em 11 de fevereiro de 2014. mados irmãos e irmãs! Por ocasião do XXII Dia Mundial do Doente, que este ano tem como tema Fé e caridade: também nós devemos dar a vida pelos nossos irmãos (1Jo 3,16), dirijo-me de modo particular às pessoas doentes e a quantos lhes prestam assistência e cura. A Igreja reconhece em vós, queridos doentes, uma presença especial de Cristo sofredor. É assim: ao lado, aliás, dentro do nosso sofrimento está o de Jesus, que carrega conosco o seu peso e revela o seu sentido. Quando o Filho de Deus subiu à cruz destruiu a solidão do sofrimento e iluminou a sua escuridão. Desta forma somos postos diante do mistério do amor de Deus por nós, que nos infunde esperança e coragem: esperança, porque no desíg- nio de amor de Deus também a noite do sofrimento se abre à luz pascal; e coragem, para enfrentar qualquer adversidade em sua companhia, unidos a Ele. Jesus é o caminho, e com o seu Espírito podemos segui-lo. (...) A prova da fé autêntica em Cristo é o dom de si, o difundir-se do amor ao próximo, sobretudo por O Filho de Deus feito homem não privou a experiência humana da doença e do sofrimento mas, assumindo-os em si, transformou-os e reduziu-os. (...) quem não o merece, por quantos sofrem, por quem é marginalizado. Em virtude do Batismo e da Confirmação somos chamados a conformar-nos com Cristo, Bom Samaritano de todos os sofredores. (...) Quando a dedicação generosa aos demais se torna estilo das nossas ações, damos lugar ao Coração de Cristo e por Ele somos aquecidos, oferecendo assim a nossa contribuição para o advento do Reino de Deus. Para crescer na ternura, na caridade respeitadora e delicada, temos um modelo cristão para o qual dirigir o olhar com segurança. É a Mãe de Jesus e nossa Mãe, atenta à voz de Deus e às necessidades e dificuldades dos seus filhos. (...) A ela podemos recorrer confiantes com devoção filial, certos de que nos assistirá e não nos abandonará. É a Mãe do Crucificado Ressuscitado: permanece ao lado das nossas cruzes e acompanha-nos no caminho rumo à ressurreição e à vida plena. São João, o discípulo que estava com Maria aos pés da Cruz, faz-nos ir às nascentes da fé e da caridade, ao coração de Deus que “é amor” (1Jo 4,8.16), e recorda-nos que não podemos amar a Deus se não amarmos os irmãos. Quem está aos pés da Cruz com Maria, aprende a amar como Jesus. (...) Confio este XXII Dia Mundial do Doente à intercessão de Maria, para que ajude as pessoas doentes a viver o próprio sofrimento em comunhão com Jesus Cristo, e ampare quantos deles se ocupam. A todos, doentes, agentes no campo da saúde e voluntários, concedo de coração a Bênção Apostólica. Vaticano, 6 de Dezembro de 2013. Franciscus PP Fonte: vatican.va Brasileiros são nomeados para o Conselho para os Leigos O Pontifício Conselho para os Leigos tem dois novos membros brasileiros: o Prefeito da Congregação para os Institutos de Vida Consagrada e as Sociedades de Vida Apostólica, Cardeal Dom João Braz de Aviz, e o Arcebispo do Rio de Janeiro, recémdesignado Cardeal, Dom Orani João Tempesta. O Arcebispo de Belém (PA), Dom Alberto Taveira Corrêa, foi nomeado consultor. As nomeações foram feitas pelo Papa Francisco, 4 Dom João Braz de Aviz. Dom Alberto Taveira Corrêa. Dom Orani João Tempesta. no dia 6 de fevereiro. Também foram nomeados membros outros Cardeais, entre os quais o Ar- cebispo de Viena (Áustria), Christoph Schoborn; o de Milão (Itália), Angelo Scola; o de Nairóbi (Quênia), John Njue; o de Munique (Alemanha), Reinhard Marx; o de Manila (Filipinas), Luis Antonio Tagle. 1ª QUINZENA- FEVEREIRO/2014 - Nº 402 O Frei Hans Stapel, O.F.M., fundador e presidente da Associação Internacional de Fiéis Família da Esperança, assim como Dom Alberto Taveira, foram nomeados consultores. No mesmo dia, o Papa Francisco confirmou como presidente do Conselho o Cardeal Stanisław Ryłko e como secretário, monsenhor Josef Clemens. Fonte: news.va O VERBO O Verbo Padres de todo o país se encontram em Aparecida A cidade de Aparecida (SP) recebeu mais de 400 sacerdotes durante o 15° Encontro Nacional de Presbíteros (ENP), que aconteceu de 5 a 11 fevereiro. Os padres, que representaram várias dioceses brasileiras, se reuniram para aprofundar a vivência de seu testemunho e encontrar a melhor maneira de exercer o ministério na cultura atual. Representando o clero da Diocese de Jundiaí par- Mais de 400 padres se encontraram em Aparecida para participarem do 15° Encontro Nacional de Presbíteros, entre eles, três representaram a Diocese de Jundiaí. ticiparam os padres Félix Xavier da Silveira, coordenador diocesano da Pastoral Presbíteral; Carlos José Virillo e Márcio Felipe de Souza Alves. “Durante o Encontro pude entender melhor o va- lor do presbitério, pois não se é padre sozinho. É preciso amar a Igreja e o Evangelho para, a partir disso, se lançar no campo missionário”, avaliou o padre Félix. O Encontro teve como tema “Concílio Vaticano II e os Presbíteros do Brasil: Testemunhas de Fé, Esperança e Caridade” e lema “Estai sempre prontos a dar a razão da esperança a quem a pedir” (Cf. 1Pd 3,15). A partir deles, foram feitos momentos de reflexão guiados por exposições, de- Dom Vicente participa de curso no Rio de Janeiro Edital de Convocação Assembleia Geral Ordinária Da Associação Amigos do Seminário Diocesano “Nossa Senhora do Desterro” de Jundiaí Convocamos Senhores Padres, Paroquianos e Associados, para participar da Assembleia Geral Ordinária a ser realizada no dia 28 de fevereiro de 2014, às 19h30, no salão nobre da Paróquia Nova Jerusalém em primeira convocação com a presença de 2/3 (dois terços) dos associados. Não havendo quorum, esta se instalará às 20h com a presença de qualquer número, deliberando-se pela maioria dos presentes, para tratar da seguinte ordem do dia: a) Acolhimento e apresentação. b) Relatório da diretoria, apresentando resumos dos trabalhos desenvolvidos no exercício de 2013. c) Prestação de contas da administração, compreendendo balanço geral de exercício de 2013, das contas de sobras e perdas, parecer do conselho fiscal e do relatório da diretoria. d) Deliberação sobre os trabalhos futuros propostos pela diretoria. e) Planejamento orçamentário para o exercício de 2014. f) Assuntos gerais da pauta. Favor confirmar a presença através do telefone (11) 4526-1623 ou por e-mail semi [email protected]. Jundiaí,6 de janeiro 2014. Padre Marcelo dos Santos Reitor do Seminário Diocesano O VERBO bates e grupos de estudo. Pela primeira vez na história dos ENPs, os sacerdotes puderam participar de uma celebração de encerramento presidida pelo atual Núncio Apostólico no Brasil, Dom Giovanni D’ Aniello. O 15º ENP foi organizado e dirigido pela Comissão Nacional de Presbíteros, que faz parte da Comissão para os Ministérios Ordenados e a Vida Consagrada da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB). O Bispo Diocesano, Dom Vicente Costa, participou entre os dias 3 a 7 de fevereiro, do Curso Anual para Bispos, na cidade do Rio de Janeiro. A vida consagrada e a missão dos Bispos foram as temáticas escolhidas para a edição 2014 do Curso para Bispos promovido, anualmente, pela Arquidiocese do Rio de Janeiro (RJ). Os documentos da Igreja Ad gentes, Perfectae Caritatis e Christus Dominus serviram como base para os estudos do episcopado. Participaram cerca de 100 Bispos brasileiros. De acordo com o Arcebispo do Rio de Janeiro (RJ), Dom Orani João Tempesta, esta edição do curso foi uma continuação dos estudos e reflexões propostas pelo Concílio Vaticano II. Entre os conferencistas participaram o prefeito da Congregação para a Evangelização dos Povos, Cardeal Fernando Filoni, que abordou o documento Ad Gentes, tratando do perfil missionário na atualidade, e o prefeito da 1ª QUINZENA- FEVEREIRO/2014 - Nº 402 Congregação para os Institutos de Vida Consagrada e as Sociedades de Vida Apostólica, Dom João Braz de Aviz, que apresentou o documento Perfectae Charitatis, que reflete sobre as questões ligadas à dimensão vocacional e das experiências da vida religiosa. Falaram também o Bispo de Garanhuns (PE), Dom Fernando José Guimarães, que abordou as experiências e desafios específicos da Vida Consagrada e o Bispo emérito de Petrópolis (RJ), Dom Filippo Santoro, com o tema “A missão do Bispo à luz do Decreto Conciliar Christus Dominus. Fonte: cnbb.org.br 5 Igreja na Diocese A Paroquianos louvam São João Bosco em Jundiaí comunidade paroquial dedicada a São João Bosco, carinhosamente chamada de “família Dom Bosco”, localizada no Parque Eloy Chaves, em Jundiaí, celebrou com fervor seu padroeiro. As comemorações iniciaram com “A Semana Dom Bosco”, de 27 a 31 janeiro, com celebrações presididas por padres convidados. Na sexta-feira, dia 31 de janeiro, como de costume, uma procissão de fiéis reuniu centenas de devotos que caminharam pelas ruas próximas à matriz, antecedendo a solene celebração eucarística, presidida pelo até então pároco, padre Leandro Megeto. Na parte social, foi realizado um jantar dançante no sábado, 1º de fevereiro, e a 14ª Festa do Padroei- Com fervor e admiração, fiéis acompanham as celebrações em louvor a São João Bosco, em Jundiaí. Em 11 de fevereiro, o recém -empossado pároco, padre Agnaldo, celebrou a missa de envio dos voluntários que trabalharão na 14ª Festa do Padroeiro, até 2 de março. ro São João Bosco iniciou com missa de envio dos voluntários, presidida pelo recém-empossado pároco, padre Agnaldo Ribeiro Tavares (Leia sobre a posse, na página 12) no dia 11 de fevereiro, seguida de coquetel. Os encontros acontecem Ele é o fundador da Congregação Pia Sociedade de São Francisco de Sales, mais conhecida por “Salesianos de Dom Bosco”. No centenário de sua morte, em 31 de janeiro 1988, o Papa João Paulo II o nomeou “Pai e Mestre da Ju- sempre aos sábados e domingos até 2 de março. São João Bosco foi um homem sensível aos problemas dos jovens abandonados ou que viviam longe de suas famílias como operários. Sua obra é toda ela um poema de fé e caridade. ventude”. Em seu trabalho pedagógico, ensinou que, para educar, é preciso amar primeiro. Para ele, educação é missão, um jeito de santificar e tornar melhores tanto os homens quanto o mundo. Fonte: salesianos.br Procissão luminosa encerrou homenagem a padroeira de Itu Uma procissão luminosa encerrou, no domingo, 2 de fevereiro, as homenagens a Nossa Senhora da Candelária, em Itu. Os fiéis saíram da matriz e tomaram as principais ruas do centro da cidade, rezando e entoando cânticos. No retorno à igreja, o pároco, padre Francisco Carlos Caseiro Rossi, rezou a oração da padroeira, incensou a imagem da santa e abençoou os fiéis, que entoaram o hino de Nossa Senhora da Candelária, padroeira da paróquia e da cidade de Itu. Antes disso, o sacerdote presidiu missa solene concelebrada pelo padre Paulo Eduardo Ferreira de Souza, pároco da Paróquia São Judas Tadeu. No mesmo local, pela 6 O vigário geral da Diocese, padre José Donizeti do Carmo, abençoou as velas e recordou a origem da devoção a padroeira. manhã, o vigário geral da Diocese, padre José Donizeti do Carmo, fez a tradicional bênção das velas e celebrou uma missa. Concelebraram vários padres de Itu. Em sua homilia padre Donizeti recordou a origem da devoção a Nossa Senhora Candelária que tem início na Festa da Apresentação de Jesus no Templo e da puri- ficação de Nossa Senhora, que acontece quarenta dias após o nascimento. “ Segundo a tradição do povo de Israel, as mulheres, após darem à luz, ficavam impuras, devendo ausentar-se do Templo até 40 dias após o parto. Nessa data, deviam apresentar-se diante do sacerdote, a fim de apresentar o seu sacrifício (um cordei- Com velas nas mãos e seguindo a imagem da santa, a procissão de fiéis percorreu as ruas do centro de Itu. ro e duas pombas) e, assim, purificar-se”. As comemorações religiosas contaram ainda com tríduo preparatório. Durante os dias 30 e 31 de janeiro e 1º de fevereiro os ituanos celebraram com a participação das comunidades paroquiais da cidade, tendo a cada dia um celebrante. Na parte social, shows 1ª QUINZENA - FEVEREIRO/2014 - Nº 402 e barracas com comidas típicas marcaram a 13ª Festa Italiana, nos dias 18 e 19, 25 e 26 de janeiro, no Largo da Matriz. Em todos os dias de festa, fiéis e devotos, além de autoridades civis e militares, prestaram honras a Nossa Senhora da Candelária. Colaboração: Tadeu Italiani O VERBO Igreja na Diocese Ministros da Palavra participam de encontro O Centro de Convivência “Mãe do Bom Conselho”, em Jundiaí, recebeu 110 Ministros da Palavra durante o encontro realizado pela Comissão Diocesana de Liturgia, entre os dias 31 de janeiro e 2 de fevereiro. No encontro, o padre Carlos José Virillo, asssessor da Comissão, apresentou aos participantes o subsídio “Celebração da Palavra de Deus”, elaborado pela Diocese, e a irmã Veronice Fernades, PDDM, orientou o estudo do Rito de Louvor e Ação de Graças. As oficinas que foram feitas pela irmã Veronice tiveram grande importância, porque possibilitaram o contato prático com o Rito, compreendendo como deve ser o momento da louvação. “Deve ser um gesto de reconhecimento sobre ‘a ação salvadora de Deus, realizada por Jesus Cristo’, onde Deus se mistura com o povo e seu povo se junta a Ele”, disse o coordenador da Comissão, Emerson Coletti, que assumiu a função no início de 2014. Frente ao seu primeiro trabalho como coordenador, Emerson afirmou ter se sentido muito à vontade, pois o trabalho de toda a equipe que forma a Comissão é feito com responsabilidade e dedicação à Sagrada Liturgia. Dom Vicente Costa, Bispo Diocesano, escreveu a apresentação do subsídio entregue e nela encorajou os participantes: “quando nossas comunidades se reúnem em nome do Senhor (cf. Mt 18,20) e celebram os ministérios da fé ao redor da Palavra de Deus, realizam um ato verdadeiramente litúrgico reconhecido e incentivado pela Igreja”. Um dos participantes, o ministro da Palavra da Paróquia Nossa Senhora do Monte Serrat, em Salto, Valdair Ambrózio do Prado, afirmou a respeito do encontro que “a mudança principal que senti foi na O Encontro reuniu Ministros da Palavra de 51 paróquias da Diocese, no Centro de Convivência “Mãe do Bom Conselho”, durante os dias 31 de janeiro a 2 de fevereiro. louvação. Pude participar da apresentação e da prática desse momento e vou valorizar cada vez mais a Palavra de Deus, transmitindo a experiência aos outros paroquianos”. Das 65 paróquias que formam a Diocese de Jundiaí, 51 delas estavam representadas. Aqueles que estiveram no encontro se comprometeram a passar o que foi visto e vivênciado para aqueles que não puderam participar. A irmã Veronice Fernandes, PDDM, assessorou o Encontro ministrando oficinas e momentos de reflexão. Paróquia celebra memória de sua padroeira Em Várzea Paulista, fiéis e devotos da Paróquia Nossa Senhora de Lourdes prestaram homenagens a sua padroeira. A louvação começou com uma novena celebrativa, que aconteceu do dia 2 até o dia 11 de fevereiro. Durante os nove dias, missas foram celebradas com base no tema “Maria e o seguimento de Jesus”. No dia 11, terça-feira, a solene celebração eucarística foi presidida pelo padre Arno Boesing, SDS, e concelebrada pelo padre O VERBO FOTOS: RUBENS PEREIRA SILVA As crianças da Catequese entraram na matriz de Nossa Senhora de Lourdes para a coroação da santa e foram aplaudidas pelos fiéis... ...que no momento da coroação, rezaram e cantaram em homenagem a sua padroeira, encerrando as comemorações. Jurandir Batista de Souza, SDS. Durante a cerimônia, os diáconos Antônio Vicente e Luiz Sebastião Demasi encheu os corações de gratidão e esperança por aquela que é conhecida como padroeira dos enfermos e auxiliaram os sacerdotes. Em seguida, aconteceu a coroação de Nossa Senhora de Lourdes, momento que 1ª QUINZENA-FEVEREIRO/2014 - Nº 402 tem sua memória litúrgica lembrada no Dia Mundial do Doentes, instituído pelo Papa João Paulo II. 7 Igreja na Diocese Padres se encontram com pastores Boa A Comunidade Cristã Pró-Família, em Jundiaí, foi o local escolhido para uma reunião entre padres diocesanos e pastores, no dia 10 de fevereiro. Participaram 16 convidados, entre eles, Dom Vicente Costa, Bispo Diocesano. O intuito desse encontro, realizado pela 5ª vez, foi trabalhar o ecumenismo entre as igrejas cristãs de Jundiaí. Enquanto estiveram reunidos, os participantes puderam participar de um momento de oração e reflexão da Palavra, conduzido pelo padre Milton Rogério Vicente e pelo pastor Dirlei Gonçalves. Os religiosos conversaram ainda sobre a Capelania Cristã Hospitalar. Como as- LeiTura A pedagogia de Jesus Com o intuito de ajudar os catequistas a se reencantarem por Jesus Cristo, levando-os a transformar a catequese, este livro, dividido em sete capítulos, traz aos catequistas, sugestões de trabalho em grupo, textos e reflexões, mostra o passo a passo de como Jesus fez a sua catequese. Irmã Mary apresenta Jesus, o Mestre e também apresenta os Mestres de Jesus; seus pais. De maneira clara e didática, leva o catequista a buscar semelhança com o Mestre Jesus. A reunião que foi realizada proporcionou um momento de união entre o Bispo Diocesano, Dom Vicente Costa, e padres diocesanos com pastores. sessor da Pastoral da Saúde, o padre Clóvis Wilson Fontela fez alguns encaminhamentos e pôde falar sobre a busca continua pela valorização e maior atenção aos doentes. Para o presbítero a ocasião representou um verdadeiro momento de unidade. “Nós conversamos, nos ajudamos e tudo isso, guiados pela fé que temos em Deus e em Jesus Cristo.” A próxima reunião já tem data prevista para acontecer. Será no dia 3 de abril, na Paróquia Santa Teresinha do Menino Jesus, em Jundiaí. Título: A pedagogia de Jesus na catequese Autor: Irmã Mary Donzellini, mjc Editora: Paulus Preço:R$ 8,50 O dízimo é uma retribuição que fazemos a Deus de parte do que gratuitamente d’Ele recebemos. Ricardo Luiz Dido venceu o sorteio do dia 10 de fevereiro e ganhou Pastoral do Dízimo o livro “Evangelii Gaudium – A alegria do Evangelho”. Parabéns! No dia 24 de fevereiro, o jornal O VERBO sorteará o livro “A Oração de Jesus”, divulgado na edição 315. Para participar acesse www.dj.org.br/sorteio e preencha o formulário. O contemplado será avisado e deverá retirar o prêmio na Cúria Diocesana de Jundiaí. Boa Sorte! Atividades do Centro Catequético são retomadas O Núcleo Teológico São Tomás de Aquino do Centro Catequético Diocesano realizou sua 6ª Semana Catequética Teológica. O primeiro evento de 2014 aconteceu de 28 a 30 de janeiro, na Paróquia São Benedito, em Salto. Com o tema “Igreja Casa da Iniciação Cristã”, catequistas e alunos do curso de Teologia para Leigos foram preparados para o novo ano que se inicia. O evento foi realizado através de uma parceria entre o Núcleo Teológico São Tomás de Aquino e a coor8 denação para a Animação Bíblico-Catequética da Região Pastoral 8. Participaram cerca de 300 pessoas entre alunos, padres, diáconos, professores e irmãs da Congregação Filhas de São José, que cedem o espaço aonde as aulas de Teologia para Leigos são realizadas semanalmente. Durante três dias falaram aos participantes a coordenadora, a vice-coordenadora e o assessor da Comissão Diocesana para Animação Bíblico-Catequética. Um professor do Núcleo Teológico Dom Gabriel Paulino A aula inaugural do Núcleo Teológico Diocesano Dom Gabriel Paulino Bueno Couto aconteceu no Anfiteatro Pio XII, na Cúria Diocesana, em Jundiaí, no dia 5 de fevereiro. Bueno Couto, em Jundiaí, também se apresentou. Respectivamente, Roberta Natalia Biagio e Ana Paula Vieira expuseram juntas o tema sobre Liturgia e Catequese, destacando como estes dois assuntos estão interligados. O padre Leandro Megetto falou sobre o Plano Diocesano da Ação Evangelizadora, destacando a importância da formação do 1ª QUINZENA- FEVEREIRO/2014 - Nº 402 leigo no processo de evangelização. O professor Sérgio de Abreu discorreu sobre os Sete Sacramentos e o que eles representam para a história da Igreja. Na sequência, entre 4 e 11 de fevereiro, os cinco Núcleos Teológicos Diocesanos – a saber: Dom Gabriel Paulino Bueno Couto; Maria, Sede de Sabedoria; Santo Agostinho; Santo Tomás de Aquino e São Paulo Apóstolo – promoveram aulas inaugurais, marcando o início do ano letivo e acolhendo os alunos. O VERBO O Verbo Evangelii Gaudium (II): Na Crise do Compromisso Comunitário N o capítulo II da Exortação Apostólica Evangelii Gaudium (EG) o Papa Francisco aborda a idolatria ao dinheiro e a crise do compromisso comunitário. Assim, o Pontífice inicia o capítulo denunciando com vigor a idolatria do capital que tende a subverter a ordem natural das coisas, se colocando no centro em vez de estar a serviço da pessoa humana e da justiça entre os povos: “o mandamento ‘não matar’ coloca um limite claro para assegurar o valor da vida humana, hoje devemos dizer ‘não a uma economia da exclusão e da iniquidade’. Esta economia mata... O ser humano é considera- do, em si mesmo, como um bem de consumo que se pode usar e depois lançar fora. Assim teve início a cultura do ‘descartável’, que, aliás, chega a ser promovida. Já não se trata simplesmente do fenômeno de exploração e opressão, mas duma realidade nova: com a exclusão, ferese, na própria raiz, a pertença à sociedade onde se vive, pois quem vive nas favelas, na periferia ou sem poder já não está nela, mas fora. Os excluídos não são “explorados’, mas resíduos, ‘sobras’” (EG, 53). O texto papal sustenta que para uma promoção integral dos pobres que supere o mero assistencialismo o “crescimento equitativo” deve estar à frente do cresci- mento econômico. Por isto torna-se necessário “uma evangelização que ilumine os novos modos de se relacionar com Deus, com os outros e com o ambiente, e que suscite os valores fundamentais da fé e da pessoa humana. Nos países de tradição católica, tratar-se-á de acompanhar, cuidar e fortalecer o anúncio da Boa Nova e, nos países de outras tradições religiosas ou profundamente secularizados, há que procurar novos processos de evangelização da cultura, ainda que suponham projetos a longo prazo” (EG, 69). Tarefa importante para a renovação destas estruturas exercem os agentes de pastorais. Através da genero- sidade de muitos é enorme a contribuição da Igreja no mundo atual: “ajudam tantas pessoas seja a curar-se seja a morrer em paz em hospitais precários, acompanham as pessoas que caíram escravas de diversos vícios nos lugares mais pobres da terra, prodigalizamse na educação de crianças e jovens, cuidam de idosos abandonados por todos, procuram comunicar valores em ambientes hostis, e dedicam-se de muitas outras maneiras que mostram o imenso amor à humanidade inspirado por Deus feito homem” (EG, 76). Profeticamente o Pontífice também enumera algumas tentações dos agentes de pastorais: acentuação do individualismo; crise de identidade; declínio do fervor; falta de persistência; pragmatismo e anseios por resultados rápidos; sensação de derrota; mundanismo espiritual; divisões internas, entre outros. O Papa, no entanto, mostra muita esperança para o futuro, tanto que termina o capítulo com a seguinte exortação: “os desafios existem para ser superados. Sejamos realistas, mas sem perder a alegria, a audácia e a dedicação cheia de esperança. Não deixemos que nos roubem a força missionária!” (EG, 109). Padre Enéas de Camargo Bête Nota da CNBB sobre o sistema carcerário “Lembrai-vos dos presos, como se estivésseis presos com eles, e dos que são maltradados, pois também vós tendes um corpo!” (Hb 13,3) O Conselho Episcopal Pastoral da Conferência Nacional dos Bispos do BrasilCNBB, reunido em Brasília, nos dias 4 a 6 de fevereiro, vem manifestar repúdio aos graves fatos ocorridos neste início de ano no Complexo Penitenciário de Pedrinhas, em São Luís, no Maranhão, com repercussão mundial. Foram 60 mortes em 2013 e três no último mês de janeiro, algumas com decapitações e esquartejamentos, provocadas pelos próprios presos. Unimo-nos aos Bispos do Maranhão que, em nota, condenaram “o clima de terror e medo vivido na cidade de São Luís”, consequência da violência no Complexo de Pedrinhas. Com eles O VERBO afirmamos: “A nossa sociedade está se tornando cada vez mais violenta. É nosso parecer que essa violência é resultado de um modelo econômico-social que está sendo construído”. Esse modelo produz a desigualdade social, uma das maiores causas da violência. Entende-se, assim, que a maior parte da população carcerária seja de pobres, jovens e negros. Combater esta desigualdade é caminho para a segurança a que a população aspira como nos lembra o papa Francisco: “Enquanto não se eliminarem a exclusão e a desigualdade dentro da sociedade e entre os vários povos, será impossível desarraigar a violência” (EG 59). Não podemos assistir passivamente à violação da dignidade humana como ocorre nos presídios brasileiros e em inúmeras situações de violência que grassa no país. É lamentável que o Estado e a Sociedade só tenham olhos para a situação carcerária quando os presídios são palco de cenas estarrecedoras como as do Maranhão. Nesses casos, soluções emergenciais não enfrentam os problemas nas suas raízes nem levam a reformas estruturais que requer o atual sistema penitenciário. A falência do nosso sistema prisional é sustentada pela política de encarceramento em massa e comprovada pelas desumanas condições dos presídios, por denúncias de práticas de torturas, por despreparo de agentes penitenciários. Soma-se a isso o fato de que dos mais de 500 mil detentos, cerca de 40% aguardam julgamento da justiça, além dos milhares com penas já vencidas. Como compreender uma situação dessas? É urgente uma reforma do sistema carcerário que estabeleça metas claras para a solução dos problemas enfrentados pelos presídios, além da criação de um grupo ou programa de monitoramento de implementação destas metas. Levem-se a sério a justiça restaurativa, proposta pela ONU, e a Escola de Perdão e Reconciliação (ESPERE), defendida pela Pastoral Carcerária, como alternativas à política de encarceramento em vigor no país. Para esse fim devem se unir Executivo, Legislativo e Judiciário, contando sempre com a indispensável participação da sociedade civil. A Igreja no Brasil tem dado sua contribuição para a afirmação de uma cultura de paz, seja pela realização de três Campanhas da Fraternidade sobre a violência (1983), encarcerados (1997) e segurança pública (2009), 1ª QUINZENA - FEVEREIRO/2014 - Nº 402 seja por meio da atuação da Pastoral Carcerária e de outros grupos de defesa e promoção dos direitos humanos. Fiel à sua missão evangelizadora, ela continua à disposição para colaborar na busca de soluções que estanquem a violência, assegurem a paz e estabeleça a justiça nos presídios e na sociedade. Que Deus nos ilumine e nos dê sabedoria para juntos trilharmos os caminhos da justiça e da paz! Brasília, 6 de fevereiro de 2014. Cardeal Raymundo Damasceno Assis, Arcebispo de Aparecida Presidente da CNBB Dom José Belisário da Silva Arcebispo de São Luís Vice-presidente da CNBB Dom Leonardo Ulrich Steiner Bispo Auxiliar de Brasília Secretário Geral da CNBB 9 O Verbo Mundo Mais de 500 mil angolanos visitam Santuário de Muxima M ais de 500 mil fiéis angolanos visitaram o Santuário de Muxima, a 150 quilômetros a sudeste de Luanda, durante a anual peregrinação a “Mama Muxima”, a Nossa Senhora Padroeira de Angola. A pequena “Lourdes africana” que se encontra no coração do parque nacional de Quissama e tem normalmente mais ou menos 3000 moradores, recebeu a maré de fiéis proveniente de várias provín- cias do país e do exterior para rezar a Nossa Senhora. A pequena imagem, conservada na cripta da uma igreja toda pintada de branco, é meta de peregrinações anuais. “Muxima irá se tornar um polo de devoção para milhões de pessoas, como Fátima em Portugal ou Lourdes na França”, afirmou convicto o reitor do Santuário, padre Albino Reyes Gonzales. “Este ano tivemos muitos fiéis e o número está cres- cendo a cada ano – afirmou à agência missionária MISNA o Bispo da Diocese de Viana, Dom Joaquim Ferreira Lopes – e isto graças também à construção de uma ponte e do asfaltamento da rodovia que tornaram mais fácil o itinerário. De Luanda, em uma hora se pode chegar a Muxima, enquanto antes a viagem durava um dia inteiro”. A igreja de Nossa Senhora de Muxima, “do meu coração” em língua kim- bundu, foi construída pelos portugueses no século XVI. “Quando conseguiram expulsar os holandeses do país quiseram agradecer a Nossa Senhora – disse o Bispo – pela vitória, com a construção dessa igreja”. Fonte: radiovaticana.va Calendário Diocesano da Ação Evangelizadora 5 de março a 16 de março de 2014 DATA HORA ATIVIDADE PARTICIPANTES LOCAL 05/03 19h30 Missa: Cinzas e Abertura da Campanha da Fraternidade 2014 Povo Cat. Nossa Senhora do Desterro – Jundiaí 06/03 19h30 Reunião: Conselho Regional da Ação Evangelizadora (CRAE) – Reg. Past. 8 Membros Par. São Benedito – Salto 06/03 20h00 Reunião: Conselho Regional da Ação Evangelizadora (CRAE) – Reg. Past. 1 Membros Par. Nova Jerusalém – Jundiaí 07/03 09h00 Visita de Dom Vicente às Entidades Sociais Membros e Convidados A definir 07/03 18h15 Missa: 4º Ano de Posse de Dom Vicente Costa como Bispo Diocesano Povo Cat. Nossa Senhora do Desterro – Jundiaí 07 a 09/03 20h00 161º Cursilho Feminino Cursilhistas Casa Mater Dei – Campo Limpo Paulista 08/03 08h30 Reunião Diocesana: Conselho Missionário Diocesano (COMIDI) Membros do COMIDI, COMIPAs, COMISE e Grupos de rua Cúria Diocesana – Jundiaí 08/03 09h00 Reunião: Novas Comunidades Responsáveis das Novas Comun. Cúria Diocesana – Jundiaí 08/03 09h00 Reunião: Conselho Regional da Ação Evangelizadora (CRAE) – Reg. Past. 9 Membros Par. Nossa Senhora da Alegria – Cajamar 08/03 14h00 Jornada Regional dos Catequistas Catequistas da Reg.Past. 7 Par. São Judas Tadeu – Itu 09/03 07h00 Festa Regulamentar-Homenagem aos Falecidos da Soc. de São Vicente de Paulo Vicentinos e Convidados Par. Santo Antônio – Jundiaí 09/03 07h30 Romaria: Campanha da Mãe Peregrina de Schoenstatt Famílias de Jundiaí e Convidados Atibaia – SP 09/03 09h00 Assembleia Geral – Federação Mariana Congregados(as) Par. Nossa Sra. da Conceição – Jundiaí 10/03 09h00 Encontro dos Auxiliares Administrativos das Paróquias Auxiliares Administrativos Cúria Diocesana – Jundiaí 11/03 20h00 Reunião: Conselho Regional da Ação Evangelizadora (CRAE) – Reg. Past. 4 Membros Par. São Vicente – Jundiaí 11/03 20h00 Reunião: Conselho Regional da Ação Evangelizadora (CRAE) – Reg. Past. 5 Membros Par. Jesus de Nazaré – Cabreúva 12/03 09h00 Fórum Diocesano das Pastorais Sociais Membros Cúria Diocesana – Jundiaí 12/03 19h30 Reunião: Conselho Regional da Ação Evangelizadora (CRAE) – Reg. Past. 2 Membros Par. Santa Rosa de Lima – Jundiaí 15/03 08h30 Encontro Pastoral da Acolhida: Comissão Diocesana de Liturgia Agentes Paroquiais Cúria Diocesana – Jundiaí 15/03 09h00 Assembleia Geral Anual: Cáritas Diocesana Entidades e Pastorais Sociais Cúria Diocesana – Jundiaí 15/03 13h30 Curso de Formação e Espiritualidade: Pastoral Familiar Agentes da Pastoral Cúria Diocesana – Jundiaí 15/03 19h30 Missa: Celebração do Sacramento da Crisma Crismandos e Povo Par. N.Sra. Perpétuo Soc.– Sant. de Parnaíba 16/03 07h00 Retiro: Pastoral da Sobriedade Convidados Par. São Francisco de Assis – Várzea Pta. 16/03 09h00 Missa: Celebração do Sacramento da Crisma Crismandos e Povo Par. Santa Ana – Santana de Parnaíba 10 1ª QUINZENA - FEVEREIRO/2014 - Nº 402 O VERBO Igreja na Diocese A vida religiosa é um dom precioso na vida da Igreja “Por isso devia fazer-se em tudo semelhante aos irmãos, para se tornar um sumo sacerdote misericordioso” (Hb 2,17) I greja Diocesana de Jundiaí celebrou na tarde de 1º de fevereiro, o Dia Mundial da Vida Consagrada. Na solene liturgia, Dom Vicente exortou todos os religiosos a viverem a radicalidade de seu chamado: “A Vida Religiosa é uma forma de pertença a Deus e a Cristo, uma adesão amorosa ao Evangelho e ao Reino de Deus”. Na ocasião do Dia Mundial da Vida Consagrada, fizeram-se presentes diversas comunidades religiosas que atuam na Diocese, e diante do Bispo Diocesano, manifestaram seu propósito de promoverem a unidade. Na Diocese de Jundiaí estão presentes 11 Congregações masculinas e 18 Congregações femininas, que desen- Durante a celebração, em sinal de comunhão com o Bispo e com a Igreja de Jundiaí, os consagrados renovaram seus votos. Ladeados por religiosas e religosas, Dom Vicente e padre Alberto, assessor diocesano da CRB, perpetuaram esse momento posando para a foto acima. volvem diversos serviços pastorais missionários. Celebrar este dia é reforçar o propósito do Concílio Vaticano II como acontecimento de graça e expressão máxima da atuação pastoral da Igreja. Este concílio teve uma influência decisi- da perfeição pessoal. Estes são animados pelo carisma fundacional e fazem parte da comunhão orgânica de toda a Igreja, que torna-se enriquecida pela variedades de ministérios e carismas. Após o Concílio Vaticano II, a Vida Religiosa renovou va sobre a Vida Religiosa: não somente em virtude do decreto Perfectae Caritatis, mas como fomentador de uma renovação; pois a comunidade religiosa é célula de comunhão fraterna, e não somente um aglomerado de cristãos em busca seu vigor, assumiu na Igreja um papel de testemunha e promotora dos conselhos evangélicos. Colaboração: Padre Alberto Simionato Quatro religiosas professaram os primeiros votos Quatro irmãs da Congregação Missionárias de Cristo fizeram suas primeiras profissões religiosas no dia 2 de feveiro, domingo, no Mosteiro São Bento, em Jundiaí. Os votos temporários de obediência, pobreza e castidade foram professados pelas irmãs Jaqueline da Cruz Miranda, Rafaela Santos da Costa, Luzia Silva Gomes e Luciana Mattos Teixeira na presença de Dom Vicente Costa, Bispo Diocesano, que presidiu a solene celebração eucarística. Concelebraram os padres Carlos Aparecido Marchesani, Alberto Simionato, Adriano Ferreira Rodrigues, Rodrigo de Oliveira Silva, Lupércio Batista O VERBO No início da celebração, as noviças foram apresentadas pelo Pastor da Diocese e depois falaram sobre seus familiares. Martins e Dom Cláudio da Silva Corrêa, OSB. Demostrando grande felicidade pelas jovens professas, religiosos e religiosas, integrantes da coordenação diocesana da Conferência dos (as) Religiosos (as) do Brasil (CRB), fami- liares e amigos participaram da missa. A frase “Que Jesus Cristo seja seu único Tesouro e que todo seu amor esteja n’Ele com um coração indiviso”, atribuída a Santa Ângela, serviu como inspiração para cada uma delas. Após as profissões de votos temporários, já como religiosas, as irmãs adentraram a capela do Mosteiro São Bento. Por isso, com o intuito de fazer com que as irmãs desenvolvam um trabalho interior de unificação pessoal, que lhes permita buscar e encontrar Deus em todas as coisas, elas foram enviadas em missão pastoral. Com exceção da irmã 1ª QUINZENA - FEVEREIRO/2014 - Nº 402 Luciana, enviada para uma paróquia na cidade de Louveira, as outras três foram para diferentes dioceses. As irmãs Jaqueline e Rafaela ficarão um período na Diocese de Marabá (PA) e a irmã Luzia, na Diocese de Presidente Prudente (SP). 11 Igreja na Diocese Mudanças no clero das paróquias da Diocese O Bispo Diocesano, Dom Vicente Costa, dá continuidade ao processo de mudanças nas paróquias e no clero da Diocese de Jundiaí, iniciado em janeiro, com transferências de vários padres. O rema- nejamento dos sacerdotes é uma ação que objetiva a melhoria da condução dos trabalhos pastorais na Diocese. Com a mudança dos padres, que passam a pastorear outros rebanhos, se instaura um novo tempo, um novo jeito de trabalhar, um novo olhar sobre diversos aspectos da vida paroquial, promovendo assim, uma grande renovação nas paróquias. A seguir, O VERBO traz o registro das celebrações de posse e apresentação dos pa- dres, Juverci Pontes Siqueira, Noél Teixeira da Silva, Wilson Vitoriano Ferreira da Silva, Leandro Megeto, Lupércio Batista Martins, Adeilson Rodrigues dos Santos e Agnaldo Tavares Ribeiro. Todas as missas fo- FOTO: VICENTE FERREIRA O padre Agnaldo Tavares Ribeiro é o oitavo pároco da Paróquia São João Bosco, Parque Residencial Eloy Chaves, em Jundiaí. Ele assumiu a nova missão na noite do domingo, dia 9 de fevereiro, na presença de centenas de fiéis. FOTO: PASCOM Em Campo Limpo Paulista, na manhã de 9 de fevereiro, o padre Adeilson Rodrigues dos Santos tomou posse na função de pároco. O sacerdote foi acolhido com caloroso afeto pela assembleia presente à missa presidida por Dom Vicente Costa. FOTO: GUSTAVO REIS/FOTO VISÃO A comunidade da Paróquia Cristo Redentor, em Várzea Paulista, acolheu os padres Leandro Megeto e Lupércio Batista Martins, respectivamente como pároco e vigário paroquial, em celebração eucarística presidida pelo Bispo Diocesano, Dom Vicente Costa, no sábado, dia 8 de fevereiro. ram presididas por Dom Vicente Costa. Outras celebrações de posse e apresentação de padres estão previstas no Calendário Diocesano para o decorrer de fevereiro e março. FOTO: HELENA ZANONI Cerca de 3 mil pessoas entre concelebrantes, diáconos, seminaristas e fiéis acompanharam a missa de posse como pároco, do padre Wilson Vitoriano Ferreira da Silva, na matriz da Paróquia Cristo Rei, em Salto, e no salão paroquial, onde foi instalado um telão, no dia 2 de fevereiro. FOTO: LUCAS PAGOTTI O padre Noél Teixeira da Silva é o novo vigário paroquial da Paróquia Sagrada Família de Itu. A missa de apresentação aconteceu no dia 31 de janeiro na presença de familiares, amigos e comunidade paroquial. O pároco, padre Venilton Calheiros, deu as boas-vindas ao novo vigário paroquial. 12 A Comunidade Nossa Senhora das Vitórias, pertencente à Paróquia Nossa Senhora Mãe dos Homens e Santo Antônio de Pádua, de Louveira, acolheu o padre Juverci Pontes Siqueira, no dia 29 de janeiro. Como residente, padre Juverci trabalhará em conjunto com o pároco, padre João Estêvão da Silva. 1ª QUINZENA - FEVEREIRO/2014 - Nº 402 O VERBO