AMOR E PAZ Instituição Espírita e Beneficente “Amor e Paz” Fundada em 01/05/1945 | Alameda dos Arapanés, 707 | 04.524-001 | São Paulo | SP www.amorepaz.net | [email protected] | 11 5055-1635 Presidente - Anesia Tessitore Schultz Número 152 | Novembro de 2013 ARTIGO Qual será o verdadeiro sentido da vida? “A vida não exige dor, mas brinda amor. A primeira é experiência para vivenciar o segundo, que não tem sido valorizado como necessário.” (A VIDA: Desafios e Soluções – Joanna de Angelis) Refletir acerca da necessidade de buscar, em nós mesmos, os mecanismos necessários para iniciarmos imediatamente a grande batalha que irá nos conduzir ao progresso espiritual, é voltarmos para o nosso íntimo e passarmos a nos conhecer verdadeiramente, consolidando o desejo real de mudança, ou, pelo menos, iniciar o processo que irá nos auxiliar na estrada divina, rumo às conquistas verdadeiras que tanto desejamos lograr enquanto Espíritos imortais que somos. Contudo, para obtermos êxito nesta empreitada valorosa, é necessário o sacrifício real e justo para fazer com que a nossa vontade possa preponderar sobre o nosso orgulho, dando-nos, assim, melhores condições de identificarmos as maiores urgências, aquelas que trazemos em nós e que nos fazem seres necessitados de grandes aprendizados. Mas somente aceitaremos e buscaremos estes aprendizados, caso nos aceitemos plenamente, com a consciência de que somos filhos de Deus; então, dignos de lutarmos pelo burilamento indispensável, que nos transformará em almas merecedoras do título de espíritos cristãos, a lutar, com força e perseverança, para alcançarmos o Oceano Divino de Bênçãos que o Pai do Céu preparou para cada um de nós. Ao penetrarmos em nós, avisaremos as grandes necessidades trazidas pela nossa alma, que são as conquistas, reflexos das várias viagens no campo material; vamos nos deparar com o “homem velho”, que alimentamos durante inúmeras reencarnações. Mediante este reencontro íntimo, agora como seres mais conscientes, começaremos a grande reforma que se iniciará como m verdadeiro saneamento, tornando-nos mais leves, harmonizandonos com o “mundo” que nós mesmos conquistamos e arquitetamos para a nossa luta, na trajetória de aprimoramento espiritual. Assim, mais equilibrados, começaremos a nos livrar de nossas meras ilusões acerca de nós, e saberemos realmente quem sinceramente somos e não o que fazemos questão de representar, tanto para a sociedade, quanto para nós mesmos; as “personalidades” que traçamos para nós e para o mundo, junto com as fantasias que criamos, são responsáveis pelas falsas expectativas que traçamos em torno de nossa existência. Então, elas desaparecerão, elas que nos impedem de buscar o autoconhecimento e, consequentemente, impedem-nos de identificar o que temos em nós, com grande necessidade para mudar. “Viver é construir-se interiormente, superando cada patamar da evolução mediante o burilamento de si mesmo. Não é uma tarefa simples, porque tem muito a ver com a realidade moral e espiritual da criatura...” (Joanna de Angelis) Nesse processo de autoconhecimento, devemos ficar atentos aos perigos das “teias” da autopiedade, em que psicologicamente buscamos justificativas para nos acomodar em determinada condição, quando nos colocamos na posição equivocada de pessoas com “poucas condições” de largar na poeira da estrada edificante, o lixo que nos impede de ascender espiritualmente. Se conseguirmos tirar a máscara que usamos para iludir a nós mesmos, canalizando mais a nossa observação em torno do próprio íntimo, viajando mais frequentemente em direção ao nosso “self”, fazendo com que ele possa esclarecer o que trazemos verdadeiramente no fundo d’alma, conseguiremos, aos poucos, deixar as ilusões que alimentamos me torno de nós e de tudo aquilo que acreditamos que somos para trás; tornar-nos-emos almas conhecedoras de sua essência e de muitas das causas das aflições. Então, passaremos a nos conhecer melhor e a aceitar nossas dificuldades com o olhar caridoso, mas sem nos acomodar; buscando serenidade, passaremos a lidar com as sombras que trazemos do passado com mais tranqüilidade e equilíbrio, buscando, a cada dia, forças através do sacrifício de vivenciar o Evangelho de Jesus, para que um dia possamos nos livrar, definitivamente, de tudo aquilo que nos prende junto ao lodo da ignorância. “Aprofundar reflexões em torno do que é e do que parece ser constitui proposta de afirmação da identidade e libertação dos mecanismos de evasão da realidade.” (Joanna de Angelis) Na luta diária contra as nossas sombras mais íntimas, devemos buscar sempre os nossos melhores propósitos; nessa excursão de descobertas, valorizemos aquilo que de bom encontramos, o que já amealhamos de edificante, resultado de outras experiências em nossas viagens à carne. Entretanto, para unirmos forças, as que realmente vão nos auxiliar em nossa batalha, podemos usufruir de tudo aquilo que o Mestre os enviou em seu Consolador prometido, a doutrina de Luz, que nos liberta de enganos e equívocos e nos esclarece que, ao lado da luta contra nós mesmos, também encontraremos a grande necessidade de vivermos neste mundo, mas com plena consciência de que não somos dele e que, consequentemente, as coisas do mundo também não nos pertencem, mas que são apenas empréstimos Divinos para nos dar oportunidades santas de crescimento, auxiliando ao nosso próximo. Somente encontraremos o verdadeiro sentido da vida, quando nos colocarmos á disposição de nós mesmos, a fim de vislumbrarmos o horizonte de bênçãos que Deus preparou para cada um de nós; quando nos encaramos como filhos de Deus, cheios de equívocos ainda, mas com a semente Divina incutida dentro de nós, esperando que a cultivemos para que ela possa crescer e gerar muitos frutos; quando alcançarmos a verdadeira convicção de que existe um horizonte que vai além, muito além daquele que os nossos olhos físicos são capazes de enxergar. Então, a partir desse momento, já começaremos a entender, realmente, qual é o verdadeiro sentido da vida. “Não se creia (...), equivocadamente, que a finalidade primeira da conjuntura existencial seja viver bem, no sentido de acumular recursos, fruir comodidades, gozar sensações...” (Joanna de Angelis) (Transcrito da RIE-Revista Internacional de Espiritismo, editora O Clarim, julho de 2013, página 292) ■ ARTIGO Orfãos de pais vivos CELSO MARTINS informação: “- Ele não tem mãe nem pai.” Lembro-me muito bem. Foi numa triste tarde de 1946, perto do Natal. Contava os meus saudosos 4 anos de idade e morava com meu pai, minha mãe e mana (ela com um ano e meio) numa casa alugada em Cordovil (bairro do subúrbio da E.F. Leopoldina Railwail, um pouco antes do Município de Duque de Caxias). Confesso que chorei por dentro. de 1947 até 17 de julho de 1969. Foi então que conheci a outra face da tal orfandade. Conheci o órfão de pai vivo. Não me passava pela cabeça pudesse uma criança não ter pais, dormindo na rua, vivendo do que lhe desse a piedade pública. Não me entrava no bestunto um pai dormir sossegado com um filho perambulando pelas ruas. O tempo passa. Meados de 1953 e morando agora em Nova Iguaçu, na Baixada Fluminense, por volta das 4h da madrugada um carro-pipa, transportando querosene, quando ia atravessando uma curva de nível, próxima a Igreja de Sto Antônio de Jacutinga, enguiçou e aí, um trem elétrico então levando passageiros, os quais seguiam para o trabalho no antigo Distrito Federal (hoje Cidade do Rio de Janeiro), tendo chocado com o carro cheio de combustível, desencadeou um pavoroso incêndio, de modo que durante dias pairou no ar aquele terrível cheiro de churrasco humano. O tempo torna a passar e então, no começo dos anos 70, com a minha esposa Neli participei de alguns programas de poesia romântica ao vivo, sábado e domingo, à noite, da Rádio Solimões, dirigidos e muito bem apresentados pela Rosa Rubra e pelo Wandeck Pereira. Na frente da nossa casa estava o casarão do seu Egídio, dono da pequena propriedade. E erguia-se altaneiro um pé de carambolas. Um lindo caramboleiro. Naquela tarde fria minha mãezinha, com apenas 23 anos de idade, em vendo na rua um menino com fisionomia abatida, chama-o e lhe dá um punhado de suculentas carambolas. A criança esboça um sorriso melancólico, se afastando a mastigar aquele fruto meio verde-amarelado. Indaguei de minha genitora que criança era aquela. E ela responde: “- É um órfão.” Estranhei tal termo. Insisti no interrogatório: “- É um órfão?! Que é isto?” Obtive a Foi quando um menino, de seus 6 anos de idade, que vagava pelas ruas de Nova Iguaçu, acordou o pai, que dormia a sono solto, dando-lhe ciência do que estava ocorrendo naquela então pacata cidade provinciana, onde vivi desde 7 de julho E aí notei que, entre um e outro intervalo de sonetos, de poemas, de trovas, de valsas e de tangos, o locutor comercial da Rádio, instalada em meados de 1956, fazia esta indagação, depois das 22 h: “- Você sabe onde está o seu filho agora?”. Claro que não iremos policialescamente vigiar nossos filhos 30h por dia. Mas, sem confundir autoritarismo com autoridade, bom seria se soubéssemos por onde anda e com quem está o nosso filho, não raro ainda menor! ■ Coral Amor e Paz: participe! Voz humana AUGUSTO DOS ANJOS Uma voz. Duas vozes. Outras vozes. Milhões de vozes. Cosmopolitismos. Gritos de feras em paroxismos, Uivando subjugadas e ferozes. É a voz humana em intérminas nevroses, Seja nas concepções dos ateísmos, Ou mesmo vinculada a gnosticismos Nos singultos preagônicos, atrozes. Toda sexta na sede do Amor e Paz: - Teoria musical: das 16 às 17h - Ensaio do coral: das 18 às 20hs Inscrições no local com a maestrina Louise Ribeiro. ■ É nessa eterna súplica angustiada Que eu vejo a dor em gozos, insaciada, Nutrir-se de famélicos prazeres. A dor, que gargalhando em nossas dores, É a obreira que tece os esplendores Da evolução onímoda dos seres. Você sabia? » Seja um voluntário na realização dos trabalhos assistenciais da casa. Procure os dirigentes das sessões para maiores informações. (Transcrito do livro PARNASO DE ALÉM TÚMULO) HORÁRIOS DAS ATIVIDADES 2ª feira 14:00 e 18:45 3ª feira 11:00 e 18:30 4ª feira 19:30 5ª feira 14:00 e 19:00 6ª feira 19:00 Sábado 14:30 » Grupo de Estudos de “O Livro dos Espíritos”: segundas, das 18h30 às 19h; e quartas, das 18h50 às 19h20. » Se possível, colabore financeiramente com a Casa para a manutenção normal.