relatório do conselho de administração 2014 Relatório do conselho de administração 2014_Secil 3 Igreja da Santíssima Trindade, Fátima 4 índice Viaduto de Vila Pouca de Aguiar Relatório do conselho de administração 2014_índice 5 Órgãos Sociais06 Mensagem do Presidente08 Relatório de Gestão10 1. Secil: 20 anos no Grupo SEMAPA 12 2. O Grupo Secil em 2014 14 3. Principais acontecimentos do ano 2014 22 4. Portugal 24 5. Tunísia 28 6. Líbano 30 7. Angola 32 8. Cabo Verde 34 9. Perspectivas Futuras 36 10. Proposta de Aplicação de Resultados 37 Demonstrações Financeiras Consolidadas38 1. Balanço Consolidado 40 2. Demonstração dos Resultados Consolidados 41 3. Demonstração das Alterações nos Capitais Próprios Consolidados 42 4. Demonstração dos Fluxos de Caixa Consolidados 46 Anexos178 Relatório de sustentabilidade 01. Este Relatório 02. A Secil 03. Estratégia e Gestão da Sustentabilidade 04. Auditoria externa ao cumprimento da Carta de Compromissos da Cement Sustainability Initiative (CSI) 05. Sustentabilidade - Prioridades para o Futuro 06. A Secil em Números 184 186 188 192 193 194 212 Relatório de Responsabilidade Social216 01. O Grupo Secil e seus colaboradores 02. O Grupo Secil e a comunidade exterior 218 232 Organigrama236 6 órgãos sociais Edifício Vodafone, Porto Relatório do conselho de administração 2014_ORGÃO SOCIAIS 7 PEDRO MENDONÇA DE QUEIROZ PEREIRA Gonçalo de castro Salazar leite carlos alberto medeiros abreu Sérgio alves martins FRANCISCO JOSÉ MELO E CASTRO GUEDES JOSÉ MIGUEL PEREIRA GENS PAREDES PAULO MIGUEL GARCÊS VENTURA JOÃO LUÍS BARBOSA PEREIRA DE VASCONCELOS órgãos sociais CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO PEDRO MENDONÇA DE QUEIROZ PEREIRA Presidente do Conselho de Administração JOÃO LUÍS BARBOSA PEREIRA DE VASCONCELOS Vogal da Comissão Executiva GONÇALO DE CASTRO SALAZAR LEITE Presidente da Comissão Executiva FRANCISCO JOSÉ MELO E CASTRO GUEDES Vogal do Conselho de Administração CARLOS ALBERTO MEDEIROS ABREU Vogal da Comissão Executiva JOSÉ MIGUEL PEREIRA GENS PAREDES Vogal do Conselho de Administração SÉRGIO ALVES MARTINS Vogal da Comissão Executiva PAULO MIGUEL GARCÊS VENTURA Vogal do Conselho de Administração 8 mensagem do presidente Ponte 4 de Abril na Catumbela, Angola Relatório do conselho de administração 2014_mensagem do presidente 9 Exigência, Esforço e Perseverança > O ano de 2014 foi um exercício que nos colocou grandes desafios e de elevada exigência. Tal como já tínhamos antecipado, a envolvente macro-económica para a condução dos nossos negócios continuou pouco favorável na generalidade dos mercados. Em consequência da profunda crise económica que Portugal atravessa desde 2010, o consumo de cimento retrocedeu para níveis comparáveis aos do início da década de 70, o que não pôde deixar de ter impacto negativo nos últimos exercícios económicos da Secil em Portugal e, inerentemente, nos resultados globais alcançados. No entanto, o ano de 2014 caracterizou-se como um ano de abrandamento da crise nesta indústria. A perseverança dos colaboradores, a resiliência da Secil e o conjunto de medidas de gestão adoptadas permitiram começar a vencer as dificuldades e a dotar a empresa dos meios para enfrentar toda esta envolvente. Durante o último exercício a Secil continuou a reduzir custos fixos, conseguiu aumentar a sua produtividade e superou o anterior máximo de exportação a partir de Portugal, atingindo o volume de 1,8 milhões de toneladas vendidas em 29 países de 3 continentes. Nas empresas de materiais da fileira do cimento, a empresa alinhou esforços, criando uma área de negócio mais unificada e racionalizada. As actividades internacionais da Secil obtiveram uma boa performance neste exercício. A actividade fabril na Tunísia obteve um desempenho positivo, onde a Secil começou a operar num enquadramento de um mercado liberalizado, o que contribuiu positivamente para os resultados obtidos neste ano. No Líbano foram sentidas dificuldades de contexto, tendo-se registado um desempenho inferior ao do ano transacto, apesar de se ter estabelecido um novo valor máximo de produção anual. Para o ano de 2015, é um facto marcante para a Secil a conclusão da nova fábrica de cimento no Brasil, sendo expectável que a totalidade da capacidade de cimento instalada atinja os dois milhões de toneladas naquele país. A Secil será assim um grupo mais diversificado internacionalmente, actuando em 5 países, cada um com o seu potencial e as suas condicionantes, que se procuram optimizar para maximizar os resultados globais da Empresa. Os próximos tempos continuarão a ser difíceis e exigentes mas existe um mar de oportunidades para explorar numa viagem que permitirá chegar a destinos promissores. A todos – clientes, colaboradores, fornecedores e demais – expresso reconhecimento pelo trabalho efectuado. Deposito esperança na prossecução das metas e objectivos definidos, que terão de ser o desígnio do esforço e da perseverança de todos os nossos colaboradores. Pedro Queiroz Pereira Presidente do Conselho de Administração 10 relatório de Gestão 1. Secil: 20 anos no Grupo SEMAPA 2. O Grupo Secil em 2014 3. Principais acontecimentos do ano 2014 4. POrtugal Moradias Living Boavista, Porto Edíficio Viriato, Paredes Relatório do conselho de administração 2014_relatório de gestão 11 5. Tunísia 6. Líbano 7. Angola 8. Cabo Verde 9. Perspectivas Futuras 10. Proposta de Aplicação de Resultados Casa da Música, Porto 12 1. Secil: 20 anos no Grupo SEMAPA O exercício de 2014 assinala os 20 anos da reprivatização da Secil. Com efeito, em Junho de 1994, a Semapa, constituída com esse objectivo, adquiriu o controlo da empresa no âmbito do concurso público de reprivatização expressamente promovido pelo Governo Português. De 1994 a 2014, a Secil teve um desenvolvimento assinalável, expandindo fortemente a sua actividade através da concretização bem-sucedida de um processo de internacionalização assente na presença em países com maior potencial de crescimento e pela diversificação das operações para vários sectores na área da produção de materiais de construção. Esse crescimento foi realizado assegurando, simultaneamente, um nível de rentabilidade empresarial assinalável e uma remuneração adequada do capital accionista, que possibilitaram um contributo fiscal muito significativo, particularmente em Portugal, país onde continuam centradas as principais actividades da empresa. Em síntese, apesar da crise que desde 2008 tem afectado a economia portuguesa e o sector da construção civil de forma particularmente acentuada, a Secil desenvolveu-se, criou valor para os accionistas e assegurou as condições da sua sustentabilidade no futuro tendo contribuído positivamente para o desenvolvimento económico do país. Em 1994, antes da privatização, a Secil era já um Grupo cimenteiro sólido com actividade em Portugal, detendo uma fábrica com capacidade produtiva de 2 milhões de toneladas de cimento e actividades relevantes nos mercados do betão pronto, dos agregados, da cal hidráulica e dos rebocos. Em 2014, a Secil é um Grupo Cimenteiro com actividade significativa em seis países – Portugal, Tunísia, Líbano, Brasil, Angola e Cabo Verde – detendo seis fábricas e uma moagem com capacidade produtiva global de cerca de 8 milhões de toneladas de cimento e desenvolvimentos muito sensíveis nos sectores do betão pronto, da exploração de pedreiras, da cal hidráulica, das argamassas, da prefabricação em betão e do tratamento de resíduos. As actividades complementares do cimento localizam-se sobretudo em Portugal mas também noutras geografias em que o Grupo está presente. Além das operações principais, centradas na fileira do cimento, refere-se também, entre 1994 e 2003, uma importante actividade na área da produção de energias renováveis - míni-hídrica e eólica –, através da participação detida na Enersis, que, nesse período, mais do que quadruplicou o seu volume de produção. O investimento necessário para a concretização do processo de diversificação e internacionalização, realizado nos últimos 20 anos, ascendeu a um valor global na ordem dos 570 milhões de euros. Em termos de recursos humanos, no final de 2014 a Secil contava com 2071 colaboradores, 945 dos quais em Portugal. Ao nível qualitativo, é de realçar os avanços extraordinários na certificação de qualidade dos produtos e das empresas do Grupo Secil, bem como na certificação ambiental e de segurança. Na área ambiental destaca-se, entre muitas outras acções, a obra de requalificação visual e paisagística da Fábrica do Outão. Foram igualmente dados passos muito significativos no sentido de fortalecimento das relações da Secil com os seus stakeholders, sendo de realçar, neste domínio, a constituição de comissões de acompanhamento nas principais fábricas do Grupo. Todas estas acções contribuíram para elevar o grau de responsabilidade social da organização e garantir, em conjugação com a adequada gestão da componente operacional e dos recursos naturais, o desenvolvimento sustentável da Secil. Para ilustrar o percurso da Secil desde 1994 apresenta-se uma cronologia dos principais acontecimentos que marcaram os últimos 20 anos: 1994 A SEMAPA entra no negócio do cimento em Portugal adquirindo, em concurso público, 51% da Secil e 80% da Cimentos Maceira e Pataias sendo que a participação na CMP foi, no próprio ano, adquirida pela Secil. Aquisição de 82% da Argibetão e 42,5% da Secil Prebetão, empresas produtoras de prefabricados em betão. Aquisição de 53,5% da Enersis, empresa com actividades no sector das energias renováveis. A Secil participa com 50% na constituição da Ecoresíduos, empresa destinada a desenvolver negócios na área da valorização de resíduos. 1995 A SEMAPA adquire, na 2ª fase do concurso público iniciado em 1994, 7,9% da Secil e 20% da CMP. 1997 Aquisição de 37,5% da ICV - Inertes de Cabo Verde, empresa dedicada à exploração de pedreiras e prefabricação em betão em Cabo Verde. 2000 A Secil inicia o processo de internacionalização na área do cimento com a aquisição, em concurso público, de 99% da Société des Ciments de Gabès, na Tunísia. Relatório do conselho de administração 2014_relatório de gestão 13 A Secil inicia operações em Angola na área do cimento, através da empresa Tecnosecil, com a obtenção de um contrato de exploração da empresa cimenteira Encime, localizada no Lobito. 2001 Aquisição da Sud Beton, empresa de betão-pronto e de prefabricados em betão, na Tunísia. Arranque da fábrica de argamassas em Pataias, Portugal. 2002 Aquisição de 21% da empresa cimenteira Ciment de Sibline, no Líbano; em 2005 essa participação seria aumentada para 29% e, em 2007, para 51% permitindo obter, nesse ano, o controlo accionista da empresa. 2003 A SEMAPA adquire 41% da Secil aos accionistas dinamarqueses da F.L. Smidth & Co e Hojgaard & Schultz A/S. passando a deter 100% do capital da empresa. Aquisição de 25% da Setefrete, empresa com operações no porto de Setúbal, Portugal. Remodelação e aumento de capacidade da linha de produção de clínquer cinzento da Fábrica Cibra-Pataias, em Portugal. 2004 A empresa irlandesa CRH, adquire uma participação do capital da Secil de 49%. Alienação da totalidade da participação detida na Enersis, empresa com actividades no sector das energias renováveis. 2005 Constituição da Secil-Lobito, correspondendo a uma parceria entre a Secil e o Estado Angolano para desenvolvimento de uma cimenteira no Lobito. Aquisição da Intertrade, renomeada Secil Cabo Verde, destinada a operações de comercialização de cimento em Cabo Verde. 2007 A Secil passa a estar presente no mercado do betão-pronto no Líbano, através da empresa Soime. A Secil aumenta de 14% para 57% a participação na Cimentos Madeira, empresa com actividades nas áreas do cimento, do betão-pronto e da exploração de pedreiras na Região Autónoma da Madeira. 2011 Aquisição de 100% do Grupo Lafarge em Portugal, com operações na área do betão-pronto e da exploração de pedreiras. 2012 A SEMAPA recompra à CRH a participação desta no capital da Secil (49%) voltando a deter o controlo completo da sociedade. Início das actividades no Brasil, com a aquisição de uma participação de 13,8% da empresa Supremo Cimentos (tendo a Semapa adquirido 36,2%), com operações na área do cimento e do betão-pronto. Início da construção de uma nova fábrica de cimento em Adrianópolis, Brasil. Início do funcionamento do novo moinho de cimento na fábrica de Gabès, na Tunísia, com capacidade de produção de 600 000 toneladas/ano. Início de um grande processo de reestruturação de todas as actividades em Portugal tendo em vista reajusta-las ao nível, significativamente mais baixo, da procura de materiais de construção resultante da crise, que afectou o país nos últimos anos. Arranque da fábrica de argamassas, no Montijo, Portugal. Pela primeira vez, as exportações de cimento e clínquer ultrapassam as vendas do mercado interno em Portugal. 2013 As exportações de cimento de Portugal atingem o maior volume de sempre, acima de um milhão de toneladas. 2014 Arranque da fábrica de prefabricados em betão, no Líbano. As exportações de cimento e clínquer de Portugal atingem a maior proporção de sempre: 65% da produção em Portugal. 14 2. O Grupo Secil em 2014 O crescimento económico mundial estimado em 2014 foi de 3,3% (crescimento semelhante ao de 2013), com as economias emergentes a crescer 4,4% e as economias desenvolvidas 1,8% (World Economic Outlook, FMI, Janeiro 2015). De acordo com o FMI, os novos factores que apoiam o crescimento - preços do petróleo mais baixos mas também a depreciação do euro e do iene - foram mais do que compensados pelas forças negativas persistentes, incluindo o legado que permanece da crise e o potencial de crescimento mais baixo em muitos países. A zona euro terá recuperado ligeiramente da recessão e o PIB terá crescido 0,8%. De acordo com as últimas projecções do FMI, esta zona estará já em recuperação, prevendo-se para 2015 um crescimento de 1,2%. No entanto, e à semelhança do ano anterior, prevê-se que este seja mais modesto nas economias sujeitas a programas de ajustamento, como é o caso da economia portuguesa, nas quais as exportações serão um contributo fundamental para o seu crescimento. O mercado europeu de construção, em 2014, entrou numa nova fase de crescimento. Após sete anos de profunda crise, durante o qual o mercado perdeu 21% no volume e depois de mais um ano negativo em 2013 (-2,7%), o EuroConstruct confirmou que 2014 terá sido o primeiro ano de recuperação na produção da construção. O crescimento deverá ter sido moderado em 2014 (+ 1%), mas Volume de Negócios EBITDA EBIT Resultado Líquido Total Resultado Líquido Atribuível a Accionistas deverá consolidar no futuro próximo: + 2,1% em 2015 e + 2,2% no período de dois anos seguinte. A actividade de construção e o consumo de cimento continuam em baixa na União Europeia, especialmente nos países com graves dificuldades orçamentais e financeiras, como é caso de Portugal, o principal mercado do Grupo Secil. Nos restantes mercados onde o Grupo actua, ainda que estes não se encontrem em recessão, as economias da Tunísia e do Líbano encontram-se condicionadas por outros factores de instabilidade, nomeadamente político e social, cujos desenvolvimentos nem sempre previsíveis podem condicionar as actividades. Assim, era expectável para a Empresa que o exercício de 2014, à semelhança do exercício anterior fosse sujeito a incertezas e bastante influenciado pela situação económica e em particular pela situação ainda negativa do sector da construção em Portugal. No entanto, o ano de 2014 revelou-se um ano positivo para o Grupo Secil e um ano de viragem nos resultados, tendo sido registadas melhorias significativas face a 2013, consubstanciadas no crescimento: - do volume de negócios em 20 milhões de euros (4,8%); - do EBITDA em 16 milhões de euros (26,6%); - do EBIT e do resultado líquido, respectivamente em 37 e 41 milhões de euros. 2014 2013Variação 431 426 411 525 19 900 76 018 60 034 15 984 30 665 -6 727 37 392 12 086 -29 137 41 223 6 035 -34 897 40 933 % 4,8% 26,6% n.a n.a n.a Relatório do conselho de administração 2014_relatório de gestão 15 As prioridades estabelecidas em 2012 e 2013 de implementação de um plano de ajustamento e redimensionamento das actividades em Portugal, continuaram a ser prioritárias em todas as unidades. Ainda que o leque mais alargado de medidas de racionalização de custos e de maximização da eficiência já tenha sido concretizado em 2012 e 2013, as diferentes unidades continuaram em 2014 os seus esforços com o intuito de redução de custos e de busca de excelência nos mais variados processos, demonstrando uma grande capacidade de resiliência. As diversas unidades em Portugal têm revelado uma boa capacidade de resposta à diminuição dos volumes de vendas no mercado interno e prosseguiram a estratégia de aposta em produtos de maior valor acrescentado enriquecendo o seu mix de vendas. A Secil prosseguiu com sucesso a sua aposta na exportação, tendo as vendas totais no mercado externo aumentado 26%, atingindo-se novo máximo nas exportações de cimento de Portugal. A retracção do mercado continuou a afectar as actividades no mercado interno. No entanto, os esforços efectuados nos últimos anos e também em 2014, através do ajustamento da estrutura produtiva e de custos, a procura de melhoria contínua dos processos e a orientação para a exportação, permitiram, já em 2014, compensar a quebra das vendas no mercado interno e a obtenção de resultados muito mais favoráveis. Assim que o mercado interno recupere, perspectiva-se a obtenção de resultados ainda mais positivos, e a recuperação das unidades onde as medidas implementadas ainda não permitiram compensar a quebra das vendas e permitirá ao Grupo um posicionamento muito benéfico. O aumento de eficiência tem sido igualmente uma das principais prioridades do Grupo, não só em Portugal, mas em todas as suas localizações geográficas. As diversas unidades operacionais deram continuidade à prossecução de um conjunto de iniciativas desta natureza com o objectivo de melhorar a sua rentabilidade e deste modo tirar partido das iniciativas efectuadas ao longo de 2013. A performance operacional em 2014 no cimento em Portugal foi muito positiva, tendo sido conseguida uma gestão muito eficaz da capacidade produtiva e encontrando-se os custos de produção de clínquer e de cimento abaixo dos verificados em 2013. Na Tunísia, o ano de 2014 ficou marcado pela liberalização dos preços de venda no mercado local, que ocorreu no dia 7 de Janeiro (os preços mantinham-se inalterados desde Junho de 2011) com um impacto muito positivo no volume de negócios e pelo fim das restrições às exportações. De registar que em simultâneo foi retirada a subvenção estatal à energia, que se reflectiu num enorme aumento no custo da energia eléctrica (80%) e no custo do gás natural (140%). Esta unidade continuou em 2014 o seu enfoque na melhoria da performance da produção, tendo registado ganhos decorrentes dos investimentos realizados nesta área em 2013, nomeadamente através da substituição dos arrefecedo- res dos dois fornos. No Líbano, destaca-se igualmente a melhoria do desempenho da produção não obstante a instabilidade verificada de forma recorrente no abastecimento de energia eléctrica, principalmente devida à remodelação da linha 1, a qual ficou concluída no final do 1º semestre de 2013. Em Angola, e à semelhança do sucedido em 2013, a constante pressão sobre os preços de venda, marcou negativamente o desempenho de 2014. Não houve ainda condições para concretizar o projecto da nova fábrica no Lobito mas regista-se o reinício das negociações com as autoridades angolanas (ANIP e Ministério da Indústria) tendo em vista a realização deste projecto fundamental para o crescimento da Secil em Angola. No Brasil, onde a Secil tem uma participação financeira no Grupo Supremo, a qual consolida pelo método da equivalência patrimonial, verificou-se uma retração do consumo privado, um abrandamento da criação de emprego e uma forte redução do investimento privado, tudo traduzido no abrandamento da actividade económica do país. Na região Sul, onde o Grupo Supremo actua, o mercado terá atingido cerca de 12 milhões de toneladas, o que traduz um crescimento de 1,5% face ao ano anterior. Neste contexto, o volume de vendas de cimento cifrou-se em cerca 16 de 495 mil toneladas, o que se traduziu num crescimento de 5,3% face a 2013. O EBITDA e o EBIT apresentaram evoluções assinaláveis, devido à melhoria da performance operacional, quer do cimento (aumento de produção de 6%, redução da incorporação de clinquer), quer do betão pronto (aumento de produção de 32%). Assim, o EBITDA atingiu 6,5 milhões de euros, um aumento significativo de 34%. O projecto de construção da nova fábrica em Adrianópolis continuou a bom ritmo e irá permitir aumentar a capacidade de produção de clínquer em 1 milhão de toneladas/ano e a de cimento em 1,7 milhões de toneladas/ano. É convicção do Conselho de Administração que estas medidas, conjuntamente com a continuação na aposta das exportações e na internacionalização, que já permitiram ao Grupo melhorar os seus resultados e a sua rentabilidade em 2014, possam conduzir o Grupo a resultados ainda mais favoráveis e níveis de rentabilidade superiores. Principais Indicadores Físicos Consolidados Unidade Capacidade Produtiva de Cimento Vendas Cimento cinzento 1000 t Cimento branco 1000 t Cal artificial 1000 t Clinquer 1000 t Betão-Pronto 1 000 m3 Inertes 1 000 t Préfabricados 1 000 t Argamassas 1 000 t Cal Hidraúlica 1 000 t Cimento-Cola 1 000 t Pessoal Colaboradores Rácio de frequência de acidentes Rácio de gravidade de acidentes 2014 7.650 2013Variação 7.650 0,0% 4.611 73 57 633 939 1 792 70 90 24 12 4.574 87 56 231 1 027 1 790 74 99 22 12 0,8% -16,9% 1,4% 174,5% -8,6% 0,1% -4,9% -8,8% 6,6% -2,1% 2 071 1,42 33,37 2 125 1,37 34,13 -54 3,4% -2,2% Demonstração de Resultados Consolidados (milhares de euros) 2014 Volume de Negócios 431 426 Custos Operacionais 355 408 EBITDA 76 018 Depreciações, amortizações e provisões 45 352 EBIT 30 665 Resultados Financeiros -16 909 Resultados antes de Impostos 13 756 Impostos sobre os lucros -1 670 Resultado Consolidado Líquido do Período 12 086 Interesses Minoritários -6 051 Resultado Líquido Atribuível a Accionistas 6 035 2013Variação 411 5254,8% 351 491 1,1% 60 034 26,6% 66 761 -32,1% -6 727 n.a -23 919 -29,3% -30 645 n.a 1 509 n.a -29 137 n.a -5 761 5,0% -34 897 n.a Relatório do conselho de administração 2014_relatório de gestão 17 As vendas de cimento e clínquer do Grupo Secil totalizaram 5,4 milhões de toneladas, cerca de 8,6% acima das vendas realizadas em 2013. Este crescimento, a boa performance das vendas no Líbano (+2,4%) e o aumento das vendas na Tunísia (+1,2%), permitiram atenuar o decréscimo verificado nas vendas no mercado interno em Portugal (-8%), que continuam a ser afectadas pela conjuntura económica desfavorável, e em Angola (+2,6 %). O desempenho mais significativo ocorreu nas exportações de Portugal, cujo aumento de 36% face a 2013, é o principal responsável pelo crescimento das vendas totais do Grupo. As vendas de betão pronto no Grupo di- minuíram 8,6% em 2014. Esta quebra ocorreu em todas as geografias onde o Grupo tem operações de betão. Em Portugal, o segmento de negócio dos materiais de construção, tem sido o mais afectado pela crise na construção o que se reflecte em quebras significativas nas vendas, que em 2014 decresceram 5% face a 2013. Em 2014, também as vendas de betão na Tunísia e no Líbano decresceram, devido à recessão nas obras públicas e na construção privada e à forte situação concorrencial, respectivamente. O volume de negócios do Grupo Secil em 2014 cifrou-se em 431 milhões de euros, 19,9 milhões de euros acima do verificado em 2013. Volume de Negócios (milhares de euros) 2014 2013Variação Portugal 272 721 259 597 5,1% Líbano 89 664 90 415 -0,8% Tunísia 75 461 67 199 12,3% Angola 21 748 23 870 -8,9% Cabo Verde 6 411 5 425 18,2% Outros 315 685 -54,0% Intra-Grupo -34 894 -35 665 -2,2% Total Consolidado 431 426 411 525 4,8% Este aumento é justificado maioritariamente pelo aumento do volume de negócios nas operações em Portugal e na Tunísia. O volume de negócios nas operações em Portugal cresceu 5,1% e na Tunísia 12,3%. Em Portugal esse crescimento deve-se ao desempenho das exportações de cimento e clínquer, já que o mercado interno ainda decresceu em 2014. 18 EBITDA (milhares de euros) 2014 Portugal 28 521 Líbano 31 314 Tunísia 17 517 Angola -1 325 Cabo Verde 465 Outros -474 Total Consolidado 76 018 O EBITDA cifrou-se em 76 milhões de euros, tendo aumentado cerca de 16 milhões de euros, face ao exercício anterior. Esta variação deveu-se ao aumento do volume de negócios do Grupo, mas também ao efeito das medidas de gestão que têm vindo a ser implementadas, com o objectivo da redução de custos e maximização da eficiência. À semelhança do sucedido com o volume de negócios, o crescimento do EBITDA é devido, essencialmente, às operações em Portugal e na Tunísia, onde este indicador aumentou 6,9 milhões de euros e 10 milhões de euros, respectivamente. O EBITDA das operações no Líbano foi semelhante ao de 2013, a performance comercial do cimento acima de 2013 e as melhorias introduzidas na produção, foram impactadas negativamente pelas dificuldades no abastecimento de electricidade (alheias às operações), tendo condicionado as produções de clínquer e cimento. O ano de 2014 em Angola ficou marcado pelo decréscimo significativo dos preços de venda, facto que justifica o valor negativo do EBITDA, ainda que se tenham verificado melhorias na produção, que permitiram a redução dos custos de produção. Os custos com pessoal do Grupo, continuaram a registar uma diminuição em 2014, tendo decrescido 4,4% comparativamente a 2013. No final de 2014, o Grupo Secil contava com 2 071 colaboradores, o que representa um decréscimo face a 2013 (2 125 colaboradores). A reestruturação iniciou-se em 2012, em Portugal, nos segmentos do Cimento, Betão Pronto e Inertes e continuou em 2013 (abrangendo a área dos Prefabricados e Portugal Cimento, embora em menor escala, quando comparada com 2012). Em 2014, e apesar de se continuar a verificar um decréscimo no número de colaboradores, este não foi mais expressivo visto a reestruturação mais significativa em Portugal já ter ocorrido em 2012 e 2013. Nas diferentes operações do Grupo continuou a prossecução de múltiplas iniciativas que permitam a melhoria da rentabilidade operacional e atingir desempenhos de excelência. Com este objectivo, a área de Portugal Cimento deu continuidade aos projectos iniciados em 2012, de onde se destacam as áreas da manutenção, dos combustíveis alternativos e da renegociação de contratos de serviços. Em 2014 foram estabelecidos contratos de serviços conjuntos de produção e manutenção permitindo flexibi- 2013Variação 20 894 36,5% 31 301 0,0% 7 477 134,3% 241 -650,3% 194 139,4% -73 549,1% 60 034 26,6% lizar a operação produtiva e assegurar a variabilidade dos custos operacionais. Na Tunísia e em Angola, os investimentos realizados ao longo de 2013, possibilitaram às unidades usufruir dos mesmos na sua totalidade em 2014, permitindo uma melhoria significativa na produção e respectivos indicadores. Ainda assim, estas unidades continuaram em 2014 os esforços na prossecução de resultados mais positivos. O EBIT da Secil, positivo em 30,7 milhões de euros, contrasta com o de 2013, que havia sido negativo em 6,7 milhões de euros. Para além do aumento do EBIT em resultado do aumento do EBITDA, o ano de 2013 estava influenciado negativamente pelo registo de imparidades. Por outro lado, as amortizações registaram um decréscimo de cerca de 5 milhões em 2014. Os resultados financeiros registaram um valor negativo de 16,9 milhões de euros, uma variação positiva significativa quando comparado com os 23,9 milhões de euros de 2013. Relatório do conselho de administração 2014_relatório de gestão 19 Resultados Financeiros (milhares de euros) 2014 2013Variação Proveitos Financeiros 3 455 5 160 -33% Custos Financeiros -19 693 -26 864 -27% Resultados Empresas Associadas -671 -2 214 -70% Total Consolidado -16 909 -23 919 -29% O custo líquido de financiamento registou um decréscimo de 5,5 milhões de euros. Esta variação deve-se à diminuição do endividamento médio, face ao período homólogo, em resultado da geração de caixa positiva pelas operações do Grupo e pela diminuição das taxas de juro e das margens, principalmente em Portugal. O resultado líquido e o resultado líquido atribuível aos accionistas, no ano de 2014, foram positivos em 12 e 6 milhões de euros, respectivamente. Este resultado reflecte, para além do aumento do volume de negócios e aumento do EBITDA, a melhoria dos resultados financeiros. Síntese do Balanço Consolidado (milhares de euros) Activos não Correntes Activos Fixos Tangíveis Participações Financeiras Goodwill Outros activos não correntes Activos Correntes Inventários Clientes e Outras Contas a Receber Caixa e equivalentes Outros activos correntes Total do Activo Capitais Próprios Interesses minoritários Total do Capital Próprio Passivos Não Correntes Financiamentos obtidos Provisões Outros passivos não correntes Passivos Correntes Financiamentos obtidos Fornecedores Outros passivos correntes Total do Passivo Total do Capital Próprio e Passivo 2014 2013 Variação 351 083 39 834 116 660 23 432 365 304 33 408 114 967 23 052 -3,9% 19,2% 1,5% 1,6% 95 841 61 640 136 676 15 208 840 374 272 651 78 292 350 943 91 765 62 423 124 323 12 454 827 697 249 034 66 192 315 226 4,4% -1,3% 9,9% 22,1% 1,5% 9,5% 18,3% 11,3% 240 320 27 669 33 264 282 921 21 294 41 927 -15,1% 29,9% -20,7% 79 690 39 662 68 825 489 430 840 374 71 365 11,7% 42 321 -6,3% 52 642 30,7% 512 470 -4,5% 827 697 1,5% 20 O total do activo líquido do Grupo Secil situou-se em 840 milhões de euros, em 31 de Dezembro de 2014, o que representa um aumento de 1,5% comparativamente a 31 de Dezembro de 2013. Para este valor contribuíram o aumento das disponibilidades e dos saldos de existências (em resultado do aumento da actividade e da produção). Verificou-se uma diminuição do valor líquido dos activos fixos tangíveis em 14 milhões de euros. O investimento em activos fixos tangíveis totalizou 16,7 milhões de euros. Os investimentos em activos fixos tangíveis respeitam maioritariamente a investimentos realizados na área do cimento em Portugal e Tunísia e dos pré-fabricados no Líbano, que representam 80% do montante total. Na Tunísia destaca-se a alimentação de petcoque à torre de pré-aquecimento para substituição do gás natural e no Líbano a conclusão da construção da fábrica de blocos, que havia sido iniciada em 2013. Estes investimentos permitiram aumentar a eficiência operacional e consequentemente a rentabilidade destas fábricas e no caso da fábrica de blocos do Líbano a diversificação da sua actividade. A 31 de Dezembro de 2014 a dívida financeira líquida totalizou 183,3 milhões de euros, o que comparado com o montante Relatório do conselho de administração 2014_relatório de gestão 21 de 229,9 milhões de euros de Dezembro de 2013, representa uma redução de 46,6 milhões de euros, uma demonstração da capacidade de geração de caixa da Secil. Ao longo do ano de 2014, a Secil manteve a disponibilidade de várias linhas de crédito com vista a assegurar o financiamento da sua actividade actual, bem como potenciais investimentos. No final do ano, o total de linhas de financiamento contratadas pelo Grupo ascendia a cerca de 627 milhões de euros, das quais 307 milhões de euros não se encontravam utilizadas. Ao longo de 2014 acentuou-se a disponibilidade por parte das instituições financeiras para a concessão de crédito em condições mais atractivas. No âmbito da política monetária, o Banco Central Europeu reduziu a sua taxa de cedência de liquidez para níveis extremos, colocando-a sucessivamente em 0,15% e 0,05%, face ao valor de 0,25% registado no início do ano. A Euribor a 3 meses, indexante mais representativo para a dívida do Grupo, renovou mínimos históricos a 0,078%, que comparam com 0,287% registados no início do ano. A conjugação destes factores influenciou positivamente os resultados financeiros da Empresa. A exposição do Grupo Secil ao risco de taxa de juro no final do ano de 2014, situava-se em cerca de 70% do total de dívida líquida. No mercado cambial, a cotação EUR/ USD ao longo do ano foi caracterizada pela acentuada desvalorização do Euro, que se cotava a 1,3953 no início do ano, perdendo terreno, de forma quase contínua até fechar o ano a 1,2141. Em termos médios, a cotação situou-se em 1,3272. O Grupo Secil prosseguiu a sua política de maximização do potencial de cobertura natural da exposição cambial, através da compensação dos fluxos cambiais intra-Grupo. Relativamente ao USD, principal divisa de exposição do Grupo, a taxa de cobertura através de hedging natural no ano de 2014 situou-se nos 74%. O Fundo de Pensões do Grupo Secil está repartido em quatro sub-fundos com perfis de risco distintos: um sub-fundo afecto ao Plano de Benefício Definido, em que se manteve a adopção de uma política de investimento conservadora, e três sub-fundos afectos ao Plano de Contribuição Definida com perfis diversificados. À data de 31 de Dezembro de 2014 o Fundo de Pensões do Grupo Secil apresentava, globalmente, uma situação financeira superavitária de 4,9 milhões de euros relativamente às responsabilidades actuariais calculadas por entidades independentes e reportadas à mesma data. 22 3. Principais Acontecimentos do Ano Portugal > As exportações de cimento atingiram o maior volume da história da Empresa (1 127 mil t). > Maior carregamento de sempre de um navio de cimento para exportação. > Concretização do fornecimento à obra do Túnel do Marão pelas áreas de betões e inertes. > Lançamento do website Secil Argamassas em Inglês e em Francês (em Março). > Lançamento do vídeo institucional Secil Argamassas. > Obtenção pela Secil Argamassas de 3 prémios Inovação na Construção. Líbano > Foi atingida a maior produção de clínquer de sempre, bem como o maior volume de vendas de sempre. > Concluiu-se a construção da fábrica de blocos e iniciou-se a produção de blocos leves. > Lançamento da nova identidade da marca Sibline. > O novo sistema de Recursos Humanos foi implementado. Relatório do conselho de administração 2014_relatório de gestão 23 Tunísia > Substituição da utilização de gás natural utilizado como combustível na torre de pré-aquecimento por petcoque, o que permitiu a diminuição dos custos com combustíveis. > Instalação do sistema SLV de controlo do acesso de camiões ao parque, ensacagem e expedição, por forma a melhorar a gestão do processo de expedição de cimento e melhorar o atendimento aos clientes. > Implementação do projecto “Gabés + 2014”, com duração prevista de dois anos e que visa a melhoria das competências ao nível da gestão e supervisão, por forma a contribuir para a melhoria dos resultados globais. > Conclusão do programa de informatização das centrais de betão, de modo a diminuir a intervenção humana e a reduzir os erros de produção, possibilitando a rastreabilidade de todo o betão produzido. Angola > Instalação de um novo circuito de transporte de matérias-primas de alimentação aos moinhos de cimento com impacto substancial no desempenho das moagens de cimento, o que permitiu um aumento da capacidade de moagem em 15% e um aumento da disponibilidade dos equipamentos em 5%. > Foi reactivado o projecto de construção da nova fábrica de cimento e clínquer da Secil Lobito, tendo sido constituída uma equipa de trabalho dedicada exclusivamente a este projecto, que se encontra na fase de análise de propostas. Cabo Verde > Consolidação do fornecimento regular de cimento às ilhas de São Nicolau e de Maio e da estratégia comercial de aumento do número de clientes pequenos revendedores, o que permitiu uma maior resiliência à queda do mercado. > Aumento da capacidade de armazenagem de cimento, permitindo uma redução do custo do cimento adquirido, através da diminuição dos fretes em navios de maior dimensão. > Realizou-se em 2014 o projecto de aproveitamento de subproduto para utilização como matéria-prima na produção de inertes, o que permitiu a redução dos custos de produção. 24 4. Portugal Portugal Unidade 2014 2013Variação Mercado de Cimento 1000 t 2 600 2 800 -7% Produção de Clínquer 1000 t 2 416 2 021 20% Produção de Cimento 1000 t 2 140 2 152 -1% Vendas de Cimento e Clinquer* Mercado Interno 1000 t 1 025 1 081 -5% Mercado Externo 1000 t 1 873 1 488 26% Total 1000 t 2 898 2 570 13% Vendas de Betão* 1000 m3 664 699 -5% Vendas de Inertes* 1000 t 2 311 2 281 1% Vendas de Argamassas* 1000 t 130 134 -3% Vendas de Pré-fabricados* 1000 t 65 70 -7% Volume de negócios 1 000 € 272 721 259 597 5% EBITDA 1 000 € 28 521 20 894 37% Margem EBITDA % 10% 8% EBIT 1 000 €€ 7 242 -22 746 -132% Margem EBIT % 2,7% n.a Capex 1 000 €€ 6 800 14 856 -54% Pessoal Nº 943 949 -6 * Os volumes de venda respeitam às vendas totais de cada área de negócio, não estão expurgados os intragrupos. De acordo com as previsões divulgadas pelo FMI, o Produto Interno Bruto deverá ter crescido 1% (World Economic Outlook, FMI, Janeiro 2015) e as actuais estimativas do Banco de Portugal (Boletim Económico do Banco de Portugal – Dezembro 2014) apontam para um crescimento do PIB semelhante (0,9%). Após a queda continuada da actividade económica em Portugal desde o final de 2010, registou-se uma inversão desta tendência a partir do 2º trimestre de 2013, reflectindo uma aceleração da procura interna concomitante com a manutenção de um crescimento significativo das exportações. Os três primeiros trimestres de 2014 foram caracterizados por uma relativa estabilidade da actividade económica e as actuais projecções apontam para a continuação da trajectória de recuperação gradual da actividade iniciada em 2013. Esta recuperação contempla a manutenção de um crescimento robusto das exportações e uma aceleração da formação bruta de capital fixo. No entanto, a procura interna deverá continuar condicionada pelo ainda elevado nível de endividamento do sector privado e pelo processo de consolidação orçamental. De acordo com a FEPICOP, embora a evolução da construção se mantenha desfavorável, observou-se um claro abrandamento da crise neste sector, ao longo de 2014. O investimento em construção reduziu 3% em termos homólogos no 3º trimestre de 2014, após uma variação negativa de 5,3% no primeiro semestre. Ao longo de 2014, os empresários da construção demonstraram confiança numa recuperação da actividade, perspectivando uma situação mais favo- rável quanto à carteira de encomendas. Embora os indicadores quantitativos disponíveis tenham mantido uma tendência de quebra, a mesma foi mais moderada que em 2013. O índice de produção na construção (INE – Novembro 2014) registou em Novembro de 2014 uma variação de -5,8% em termos homólogos, traduzindo uma redução ligeiramente menos expressiva que a verificada no mês anterior (-6,4%). Os índices de emprego e de remunerações diminuíram 2,8% e aumentaram 0,3% respectivamente. Apesar destes índices terem continuado a apresentar reduções, as variações homólogas têm vindo a diminuir, prolongando a tendência de variação menos negativa na actividade da construção, que se manteve ao longo de 2014. Relatório do conselho de administração 2014_relatório de gestão 25 Neste enquadramento, as actividades do Grupo Secil em Portugal, no mercado interno, ainda registaram decréscimos. No entanto, a evolução positiva das actividades de exportação, a abordagem ao mercado através de produtos de maior valor acrescentado e as medidas de racionalização que têm vindo a ser implementadas desde 2012, permitiram a obtenção de resultados muito mais favoráveis em Portugal. A acompanhar a tendência verificada na construção, a procura de cimento continuou em queda. De acordo com os dados disponíveis, o consumo de cimento terá registado uma variação homóloga de -7% comparativamente a 2013, estimando-se que o mercado tenha atingido cerca de 2,6 milhões de toneladas. Apesar de se ter continuado a verificar uma quebra, esta é menos significativa que as registadas nos últimos anos. As vendas de cimento da Secil, no mercado nacional, acompanharam esta tendência atingindo-se 1 025 mil toneladas, menos 5,2% que em 2013, sendo que esta queda se atenuou ao longo do ano. De facto, o primeiro semestre foi mais penalizador em virtude não só da tendência do mercado, mas também pelas condições atmosféricas verificadas. O segundo semestre revelou-se menos gravoso, apresentando variações homólogas menos negativas. Apesar da queda de mercado ser transversal à generalidade dos clientes, foram os de prefabricação e de revenda os que apresentaram melhor desempenho. É de assinalar, a incorporação de cimento branco Secil em várias obras relevantes: edifício da nova sede da EDP em Lisboa, e o edifício da fundação Nadir Afonso em Chaves e, de cimento cinzento: reforço de potência de duas importantes barragens, a da Venda Nova e a de Salamonde em Vieira do Minho, a remodelação do Palácio da Justiça em Gondomar, diversas empreitadas de supressão de passagens de nível na Linha do Minho, o último troço do IC 16 em Lisboa, o pavimento da ampliação do Porto de Sines, o pavimento da placa oeste da Base Aérea nº5 em Monte Real, o Túnel do Marão e o estruturante projecto da construção da rede de rega do Alqueva, entre muitas outras. A orientação estratégica da Secil para a exportação continuou a ser bem sucedida, tendo as vendas totais no mercado externo aumentado 26% e representado cerca de 65% das vendas totais em quantidade. O aumento foi mais expressivo nas vendas de clínquer que aumentaram cerca de 75%, enquanto as vendas de cimento aumentaram 6%. Em 2014 atingiu-se um novo máximo nas exportações de cimento de Portugal. As vendas de betão pronto foram as mais afectadas pela situação do sector da construção e as que registaram uma variação negativa mais significativa, tendo diminuído 5%. Esta situação sentiu-se particularmente nas vendas no continente e que representam a maior parte das vendas totais de betão do Grupo em Portugal (que decresceram 10%), uma vez que as vendas efectuadas na Região Autónoma da Madeira cresceram significativamente, devido a terem sido adjudicadas obras com volumes superiores. Para além da escassez de obras, esta área enfrenta uma situação concorrencial muito forte com reflexos significativos nos preços de venda e nas margens. O mercado no continente manteve-se muito competitivo, com maior acutilância no 1º trimestre de 2014, tendo no entanto esta situação concorrencial dado sinais de algum abrandamento a partir do 2º trimestre. O rigor na concessão de crédito a clientes e a agressividade da concorrência continua a fazer-se sentir nesta área, contribuindo para a diminuição das vendas desta unidade. As vendas de inertes registaram um ligeiro crescimento, demonstrando o esforço comercial que tem sido efectuado para contornar a situação desfavorável do sector. As quantidades vendidas cresceram 1% face a 2013. As vendas na Região Autónoma da Madeira, aumentaram significativamente por via do fornecimento de uma obra de grande dimensão. Nas vendas efectuadas no continente, embora se tenha verificado uma ligeira diminuição das quantidades (-29 mil toneladas) manteve-se a abordagem ao mercado através do fornecimento de agregados mais valorizados. Assim, as vendas, ainda que inferiores em volume, foram compostas por um mix caracterizado por produtos com um preço mais elevado. A performance comercial das argamassas, à semelhança da generalidade das restantes unidades em Portugal, é marcada pelo decréscimo dos volumes de vendas no mercado interno, sendo a diminuição de 7%. As vendas para o mercado externo estão a ter um bom desempenho tendo crescido cerca de 38%, fruto da continuação da aposta em mercados internacionais e do esforço significativo na promoção e divulgação dos produtos junto de clientes e ainda através da presença em feiras internacionais. Apesar das vendas totais em volume terem decrescido cerca de 3%, devido ao decréscimo verificado no mercado interno, foi dada continuação à estratégia de maior aposta nas vendas de produtos técnicos, que possibilitou o aumento das vendas de argamassas técnicas (produtos técnicos, soluções de isolamento térmico), ou seja de produtos de valor acrescentado. Esta área tem também apostado no desenvolvimento e promoção de soluções vocacionadas para 26 a renovação/reabilitação de edifícios. O sector da reabilitação apresenta um potencial significativo, no entanto caracteriza-se pela falta de apoios e investimento. A contínua aposta na estratégia de lançamento e promoção de novos produtos de valor acrescentado, iniciada em 2011, tem permitido atenuar o impacto da quebra do volume de vendas. As vendas de pré-fabricados continuaram em queda em 2014. Este mercado continua a ser marcado pela concorrência muito agressiva, resultante da oferta instalada superior à procura e por preços baixos. A quebra de 7% nas vendas da pré-fabricação do Grupo é devida a uma diminuição de actividade mais acentuada na Secil Prebetão, onde as vendas decresceram 10%. A Argibetão conseguiu, num contexto adverso, aumentar as suas vendas em 4%. As vendas de telhas para o mercado espanhol decresceram, tendo registado uma diminuição de -1% em quantidade. No entanto, apesar da situação desfavorável, foi possível aumentar os preços de venda. Este resultado confirma o sucesso da estratégia comercial adoptada em 2013. Refira-se que o mercado interno, apesar da quebra de 2% nas vendas de telhas, tem vindo a recuperar. Neste contexto, o volume de negócios global em Portugal cresceu 5,1% comparativamente a 2013, tendo-se cifrado em 272,7 milhões de euros. Este crescimento deve-se em grande parte ao desempenho das exportações de cimento e de clínquer. Deve contudo salientar-se que as diferentes unidades têm prosseguido a estratégia de aposta em produtos de maior valor acrescentado, por forma a atenuar os impactos da diminuição dos volumes de venda no mercado interno. O volume de negócios no cimento cresceu cerca de 6%, o que se traduziu num aumento de 10 milhões de euros face a 2013. Este aumento é justificado pelo aumento das quantidades vendidas de cimento e clínquer para o mercado externo. No mercado interno o volume de negócios decresceu cerca de 5% (-3,8 milhões de euros) em linha com o decréscimo das quantidades. A contínua aposta na exportação, permitiu aumentar as quantidades vendidas em cerca de 26%, e o volume de negócios em 17%. Esta variação deve-se ao incremento das vendas de clínquer em 75% e cujo preço é mais baixo do que o das vendas de cimento, que aumentaram 6%. O volume de negócios na área dos betões no seu conjunto manteve-se estável comparativamente a 2013. Apesar da quebra de 5% nas quantidades e do decréscimo em cerca de 2% no preço de venda no continente, o decréscimo no volume de negócios do continente foi compensado pelo aumento do volume de negócios na Região Autónoma da Madeira. O volume de negócios de inertes registou um crescimento significativo de cerca de 12%, crescimento bastante superior ao 1% verificado nas quantidades vendidas. O aumento do volume de negócios deve-se à abordagem ao mercado com produtos de maior valor acrescentado, tornando possível o aumento do preço médio de venda. Apesar das vendas totais de argamassas em volume terem diminuído cerca de 3%, devido ao decréscimo verificado no mercado interno, o volume de negócios cresceu 5,4% para 9,7 milhões de euros, devido ao aumento do preço médio de venda. Este aumento deveu-se à exportação e à continuação da estratégia de maior aposta nas vendas de produtos técnicos, que possibilitou o aumento das vendas de argamassas técnicas (produtos técnicos, soluções de isolamento térmico), ou seja de produtos de maior valor acrescentado. Relatório do conselho de administração 2014_relatório de gestão 27 O volume de negócios dos pré-fabricados cresceu 1%, performance muito positiva tendo em consideração que as vendas em quantidade decresceram 7%. Para este facto contribuiu o desempenho da Argibetão. As vendas de telhas para o mercado espanhol decresceram, tendo registado uma diminuição de -1% em quantidade. No entanto, apesar da situação desfavorável, foi possível aumentar os preços de venda. O preço de venda no mercado interno também teve um comportamento positivo. Apesar do crescimento do peso das vendas de exportação de cimento e clínquer, cujas margens são inferiores às das vendas no mercado interno, a margem EBITDA das operações em Portugal aumentou. Este facto demonstra que o esforço encetado na redução dos custos e optimização das operações, continuou a surtir efeitos positivos nos resultados das operações em Portugal, e que estas têm conseguido responder à diminuição acentuada da actividade, através de eficiência e redução de custos. A Secil Prebetão diminuiu o volume de negócios em 15% face ao verificado no período homólogo. Esta diminuição deveu-se a um decréscimo das vendas em quantidade em 10,5% e ao aumento do peso das vendas de blocos no mix de vendas, tendo contribuído para a diminuição do preço médio de venda. O aumento do EBITDA em Portugal deve-se assim à evolução positiva das actividades de exportação, à continuação da abordagem ao mercado através de produtos de maior valor acrescentado na generalidade das unidades de negócio e também aos efeitos das medidas de racionalização que continuam a ter impacto positivo nos resultados, via custos com pessoal, custos de produção e custos indirectos. O EBITDA das unidades em Portugal cifrou-se em 28,5 milhões de euros o que, comparado com o montante registado em 2013, de 20,9 milhões de euros, representa um acréscimo de 37%. A performance da actividade comercial na generalidade das actividades, com especial relevância na do cimento, afectou o desempenho do EBITDA e é responsável pelo aumento de uma parte significativa deste valor. A performance de 2014 foi impactada positivamente pelos proveitos de venda de CO2 no montante total de 1,5 milhões de euros, enquanto em 2013 estes se cifraram em 1 milhão de euros, tendo a Empresa, à semelhança do que sucedeu no ano anterior, optado por não vender a reserva de excedentes de que dispõe. O mercado de licenças de emissão de CO2 voltou a caracterizar-se por uma volatilidade elevada. Os preços do início do ano situavam-se em redor dos 4,70 €/ton. Ao longo do ano por duas vezes superaram a cotação de 7 €/ton, valor com que terminaram o ano. Desta forma, e à semelhança do que já havia ocorrido em 2013, continua-se a destacar o efeito muito positivo da diminuição e controlo dos custos operacionais em todas as áreas, resultado da reestruturação operacional levada a cabo em 2012 e em 2013, mas também de outras acções implementadas no decurso de 2014. Na área do cimento, cujos custos representam uma parcela significativa dos custos em Portugal, destaca-se o efeito muito positivo da diminuição e controlo acrescido dos custos operacionais resultantes da reestruturação operacional atrás referida. A performance operacional em 2014 foi muito positiva, tendo sido conseguida uma gestão muito eficaz da capacidade produtiva e encontrando-se os custos de produção de clínquer e de cimento abaixo dos verificados em 2013. Deve ser destacada a diminuição dos custos com com- bustível, energia eléctrica e mão-de-obra (serviços de produção e manutenção externos). A optimização de fluxos e racionalização do transporte marítimo, permitiram a redução dos custos com transporte no território nacional, e em consequência dos esforços com a redução de custos, foi possível reduzir os custos operacionais da rede de distribuição. Os custos com pessoal em Portugal registaram uma diminuição de 2,9 milhões de euros, diminuição já não tão significativa quanto a verificada em 2013, uma vez que as reestruturações mais significativas já ocorreram. O resultado dos esforços efectuados, através do ajustamento da estrutura produtiva e de custos, a busca da excelência nos processos e a orientação para a exportação, permitiram já compensar a quebra das vendas no mercado interno e a obtenção de resultados mais favoráveis. Assim que o mercado interno recupere, perspectiva-se a obtenção de resultados ainda mais positivos e a recuperação das unidades onde as medidas implementadas ainda não permitiram compensar a quebra das vendas. O investimento em activos fixos tangíveis em Portugal totalizou 6,8 milhões de euros. A maior parte destes investimentos foram realizados na área do cimento. Destacam-se a substituição dos motores de frequência e impulsores na linha 9 na Fábrica do Outão, a adaptação da segunda linha de paletização de expedição no Outão e a aquisição de parcela de terreno contígua à pedreira de calcário da Fábrica da Maceira, de modo a permitir uma exploração mais adequada das reservas. O elevado número de falências de transportadores e a má situação financeira de várias empresas de transporte na área do betão pronto, conduziu a que a mesma tenha adquirido 9 autobetoneiras e 5 autobombas. 28 5. Tunísia Tunísia Unidade 2014 Mercado de Ligantes Cimento 1000 t 7 307 Cal Artificial 1000 t 243 Total 1000 t 7 550 Produção de Clínquer 1000 t 997 Produção de Cimento 1000 t 1 286 Produção de Cal Artificial 1000 t 58 Total 1000 t 1 344 Vendas de Cimento e Clinquer* Mercado Interno 1000 t 1 183 Mercado Externo 1000 t 157 Total 1000 t 1 341 Vendas de Betão* 1000 m3 150 Volume de negócios 1 000 € 75 559 EBITDA 1 000 € 17 516 Margem EBITDA % 23,2% EBIT 1 000 € 11 329 Margem EBIT % 15,0% Capex 1 000 € 3 186 Pessoal Nº 363 2013Variação 7 402 278 7 680 857 1 272 54 1 326 -1,3% -12,7% -1,7% 16,3% 1,1% 8,4% 1,4% 1 236 94 1 330 175 67 199 7 477 11,1% 1 269 1,9% 7 782 379 -4,2% 68,0% 0,8% -14,2% 12,4% 134,3% 792,8% -59% -16 * Os volumes de venda respeitam às vendas totais de cada área de negócio, não estão expurgados os intragrupos. A economia da Tunísia continuou em 2014 a ser afectada pelos efeitos da situação pós revolucionária, que fomenta a instabilidade política e social. Mantiveram-se os focos de instabilidade social, manifestações e situações de greve e de insegurança em geral. As reformas (a maioria das quais já estão em andamento) estão a enfrentar dificuldades e a decorrer de forma mais lenta do que o previsto. Os sectores exportadores e do turismo mantiveram a tendência recessiva em 2014, situação recorrente desde o início de 2011, ano em que ocorreu a destituição do governo. O país atravessou até final de 2014 uma instabilidade política e social que se espera resolvida com as eleições realizadas em Outubro para a Assembleia Legislativa e em Dezembro de 2014 para a Presidência da República. Neste momento, a Tunísia apresenta as condições políticas para que se possa traçar um caminho de recuperação e estabilidade, e cujos efeitos se espera comecem a ser reflectidos na economia em meados de 2015. Apesar da situação desfavorável, a economia tunisina deverá ter crescido 2,8% em 2014, acima dos 2,3% verificados em 2013 (World Economic Outlook, FMI, Janeiro 2015). No entanto, a situação económica da Tunísia permaneceu frágil, com um crescimento insuficiente para fazer face ao elevado nível de desemprego. O FMI vai continuar a apoiar a Tunísia na implementação do seu programa económico através de apoio financeiro, assessoria política e assistência técnica. Em 2014, especialmente a partir de Junho a procura de cimento no mercado Relatório do conselho de administração 2014_relatório de gestão 29 interno sofreu uma retracção, em virtude da recessão no sector de obras públicas, assim como no sector da construção na vertente habitacional e comercial, por falta de financiamento. Em virtude da situação política indefinida, a evolução do mercado local de ligantes sofreu um decréscimo de 1,7% tendo sido comercializadas na totalidade 7,55 milhões de toneladas de cimento e cal. A concorrência no mercado tunisino é cada vez mais acentuada. O desempenho comercial do sector cimento melhorou substancialmente face a 2013. Verificou-se um aumento muito significativo do volume de negócios que se deve à performance quer do mercado interno quer do externo. A liberalização dos preços de venda no mercado interno, que ocorreu no dia 7 de Janeiro, teve um impacto muito positivo no volume de vendas desta unidade. De salientar que a liberalização dos preços ocorreu simultaneamente com a retirada das subvenções existentes na electricidade e gás. Os preços que não sofriam aumentos desde Junho de 2011, apesar dos sucessivos aumentos dos custos, aumentaram cerca de 27%. Este aumento absorveu a quebra de 4,2% nas quantidades, decréscimo este que teve como principal causa a agitação social e laboral que dificultou o funcionamento da fábrica durante mais de 2 semanas, no primeiro trimestre do ano. Durante 2014 as exportações registaram um aumento significativo face a 2013, tendo os volumes de venda crescido 68%. A Líbia foi o principal destino de exportação no entanto apesar do crescimento das vendas, a sua concretização tem sido muito difícil devido à instabilidade política. A actividade de betão pronto apresentou uma performance inferior à de 2013. As vendas de betão em volume decresceram 14%, tendo sido vendidos menos 25 mil m3. O sector das obras públicas encontra-se em recessão por falta de verbas e o da construção privada por ausência de financiamento bancário. Verificou-se uma quebra do consumo de betão pronto motivada pela diminuição de grandes obras públicas e pelo aumento generalizado do preço das matérias-primas e da energia. Assistiu-se também a um ligeiro aumento do auto consumo de betão (produção de betão em obra) e das vendas do mercado paralelo. O volume de negócios na Tunísia cresceu significativamente em 2014 devido à performance do cimento. O volume de negócios do cimento cresceu cerca de 14,8%, devido ao aumento do preço médio de venda no mercado local e ao crescimento das quantidades vendidas para exportação. O volume de negócios do sector betão apresentou um desempenho inferior ao de 2013, resultado da diminuição das quantidades vendidas. A desvalorização de cerca de 4% do dinar tunisino face ao euro, produziu um impacto negativo de cerca de 3,2 milhões de euros O EBITDA gerado pela Tunísia cresceu cerca de 134,3% comparativamente a 2013. Este aumento resulta do aumento expressivo do EBITDA verificado no cimento. O aumento do preço de venda no mercado interno teve um impacto muito positivo no EBITDA, bem como o aumento das exportações. Este desempenho deve-se também à melhoria da performance da área da produção. A produção de clínquer em 2014 foi superior à realizada em 2013, tendo-se verificado um aumento da produção média diária e um aumento do factor de utilização dos fornos. As compras de clínquer no exterior diminuíram significativamente, com impacto muito posi- tivo no EBITDA. Foram obtidos ganhos energéticos, pelo que os indicadores de consumo de energia eléctrica e térmica melhoraram comparativamente a 2013. Como já foi referido, em 2014 foi retirada a subvenção da energia, tendo provocado o aumento relevante nos custos de produção. O betão pronto, devido à quebra das quantidades vendidas viu diminuído o EBITDA gerado. Ainda que o aumento do preço tenha atenuado a quebra nas quantidades, este não foi suficiente para a compensar. Os investimentos ascenderam a 3,2 milhões de euros, tendo como principal investimento a alimentação de petcoque à torre de pré-aquecimento para substituição do gás natural, e que permitiu a diminuição da utilização do gás comparativamente a 2013. 30 6. Líbano Libano Unidade 2014 Mercado de Cimento 1000 t 5 542 Produção de Clínquer 1000 t 951 Produção de Cimento 1000 t 1 230 Vendas de Cimento e Clínquer* Mercado Interno 1000 t 1 285 Vendas de Betão* 1000 m3 124 Volume de negócios 1 000 € 89 664 EBITDA 1 000 € 31 315 Margem EBITDA % 34,9% EBIT 1 000 € 19 329 Margem EBIT % 21,6% Capex 1 000 € 5 465 Pessoal Nº 501 2013Variação 5 850 -5,3% 923 3,0% 1 239 -0,7% 1 265 153 90 415 31 300 34,6% 20 778 23,0% 9 680 506 1,5% -18,6% -0,8% 0,0% -7,0% -43,5% -5 * Os volumes de venda respeitam às vendas totais de cada área de negócio, não estão expurgados os intragrupos. De acordo com os últimos dados publicados pelo FMI a economia libanesa deverá ter crescido 1,75% em 2014, ligeiramente acima do que sucedeu em 2013 (World Economic Outlook, FMI Janeiro 2015). O Líbano tem sofrido o impacto da desaceleração global e da instabilidade regional, em particular da situação vivida na Síria. Os últimos dois anos têm sido excepcionalmente desafiantes, tendo a crise síria conduzido à entrada, sem precedentes, de refugiados no Líbano, agora estimados em cerca de ¼ da população. O consumo de cimento estima-se que tenha sido inferior ao de 2013 em cerca de 5,3%, tendo o consumo atingido as 5,5 milhões de toneladas. A pressão demográfica criada pelo elevado número de refugiados teve impacto no mercado habitacional, permitindo que o mercado não registasse uma quebra tão acentuada como teria sido expectável. Neste contexto e apesar da quebra do mercado, as vendas de cimento de Sibline registaram uma performance positiva, tendo crescido 2% comparativamente a 2013, vendas estas que foram realizadas integralmente no mercado interno. O mercado continua a apresentar um bom desempenho, tal como mencionado, impulsionado pelo impacto da pressão demográfica no mercado habitacional, mas também pelas condições meteorológicas mais favoráveis verificadas no 1º trimestre de 2014, em comparação com o mesmo período em 2013 (no qual se verificou um inverno mais rigoroso). No que se refere à actividade do be- tão, esta apresentou uma performance abaixo da verificada em 2013, devido à diminuição das quantidades vendidas em cerca de 19%, fruto do ambiente concorrencial muito competitivo. O volume de negócios das actividades no Líbano decresceu cerca de 1% face a 2013, devendo-se esta evolução ao decréscimo de actividade do betão pronto. O volume de negócios do cimento cresceu cerca de 1,5%, tendo as quantidades vendidas aumentado 2%. A taxa média de câmbio do dólar manteve-se semelhante à de 2013, pelo que o volume de negócios não foi impactado por flutuações cambiais. O volume de negócios do betão pronto apresentou um desempenho abaixo do Relatório do conselho de administração 2014_relatório de gestão 31 verificado em 2013, devido à diminuição das quantidades vendidas. No entanto, o impacto no volume de negócios foi superior e diminuiu 21%, em virtude do decréscimo do preço médio de venda, fruto de uma forte pressão da concorrência sobre os preços. O EBITDA gerado pelas operações no Líbano atingiu 31,3 milhões de euros, valor semelhante ao registado em 2013. O EBITDA do cimento situou-se em 30,7 milhões de euros, um crescimento modesto de 150 mil euros, enquanto no betão pronto este indicador decresceu 135 mil euros. No cimento, para além do aumento do volume de negócios, destaca-se a melhoria significativa da performance da produção. Essa melhoria foi principal- mente devida à remodelação da linha 1, a qual ficou concluída no final do 1º semestre de 2013. A produção de clínquer em 2014 foi superior à verificada em 2013, e os indicadores de produção também se revelaram superiores (a produção média diária de clínquer aumentou, bem como o factor de utilização dos fornos). As compras de clínquer e respectivos consumos em 2014 foram muito inferiores às realizadas em 2013, o que permitiu um aumento da margem. No geral, o EBITDA melhorou no segmento de cimento, devido a uma diminuição das compras de cimento e clínquer, em comparação a 2013 e às vendas de clínquer em 2014. Esta melhoria acabou por ser absorvida por despesas relacionadas com o lançamento de novos produtos no mercado (argamassas), pela instabilidade no fornecimento de energia eléctrica. e pelo início da laboração da nova fábrica de blocos, que no passado mês de Setembro iniciou a produção e venda, ainda que com valores pouco expressivos. Apesar das restrições, o EBITDA em 2014 foi 0,5% acima do de 2013. O desempenho do EBITDA no betão pronto, que decresceu 18%, reflecte a diminuição das vendas e do preço médio de venda. Os investimentos em 2014 totalizaram 5,5 milhões de euros, destacando-se a conclusão da fábrica de blocos, e cujo valor de investimento em 2014 ascendeu a 4 milhões de euros. 32 7. Angola Angola Unidade 2014 Mercado Cimento 1000 t 5 700 Produção de Cimento 1000 t 184 Vendas de Cimento 1000 t 185 Volume de negócios 1 000 € 21 748 EBITDA 1 000 € -1 325 Margem EBITDA % n.a. EBIT 1 000 € -3 845 Margem EBIT % n.a. Capex 1 000 € 1 273 Pessoal Nº 227 A economia angolana manteve a tendência de crescimento, continuando o cenário macroeconómico a apresentar-se positivo, apesar de a actividade continuar relativamente vulnerável aos desenvolvimentos do sector petrolífero. De acordo com a informação divulgada pelo FMI, o produto interno bruto deverá ter crescido 3,9% em 2014, crescimento substancialmente abaixo dos 6,8% observados em 2013 (World Economic Outlook, FMI, Janeiro 2015). Na base deste valor está o baixo crescimento, da produção agrícola e a queda temporária da produção de petróleo na primeira metade do ano. Prevê-se no entanto, e dada a contínua desvalorização do preço do petróleo nos mercados internacionais no decorrer do segundo semestre, que o crescimento final do PIB em 2014 tenha sido inferior ao valor previsto no relatório do FMI. Apesar deste crescimento mais moderado do PIB, o mercado do cimento em Angola apresentou em 2014 um crescimento de 3,6% relativamente a 2013, situando-se próximo de 5,7 milhões de toneladas. A construção continuou a sua tendência de crescimento acentuado, suportada pelo investimento no sector energético, bem como nos planos governamentais de construção de projectos de habitação de larga escala e de requalificação de estradas, pontes, silos e sistema ferroviário. Do total do mercado, cerca de 800 mil toneladas foram de cimento importado, valor substancialmente inferior ao de 2013, que se situou em 2 milhões de toneladas. Esta redução significativa resulta das limitações às importações de cimento imposta pela legislação publicada em Janeiro de 2014, que no entanto, só foi operacionalizada em Junho. Esta proibição não afectou o mercado interno uma vez que a capacidade produtiva de cimento em Angola é actualmente superior às necessidades, existindo um excesso de oferta. Como resultado deste facto, os preços de venda de cimento no mercado tiveram uma redução próxima dos 12%. As margens dos produtores nacionais foram também afectadas pelo aumento 2013Variação 5 500 3,6% 181 1,5% 180 2,6% 23 870 -8,9% 241 n.a 1% -2 754 40% n.a. 1 931 -34% 253 -26 dos preços dos combustíveis verificado no decorrer do 4º trimestre, que afectou profundamente as margens das unidades produtivas de clínquer no país. Neste contexto concorrencial adverso, as quantidades vendidas pela Secil Lobito cresceram 2,6% comparativamente ao ano anterior, apesar do aparecimento de novos produtos na zona sul de Angola e do início da laboração em Dezembro de 2013 de uma nova fábrica de cimento na zona da Secil Lobito e de não se ter verificado um crescimento significativo do mercado na zona de influência das nossas operações. O desempenho de 2014, comparativamente ao de 2013, caracterizou-se fundamentalmente por uma redução do preço médio de venda, facto que se deveu maioritariamente ao já referido início de laboração de uma fábrica de cimento na zona do Kuanza Sul, cuja política de preços se caracterizou por uma redução significativa dos mesmos relativamente aos preços de mercado. Assim, o nosso volume de negócios decresceu 8,9% Relatório do conselho de administração 2014_relatório de gestão 33 face a 2013 resultante da descida do preço médio de venda. Dada a diminuição do preço médio de venda, o impacto no EBITDA foi significativo, tendo registado uma diminuição em 2014. O impacto não se revelou mais significativo devido às medidas levadas a cabo pela gestão. Os custos variáveis tiveram uma evolução muito positiva, tendo-se reduzido em 5%. Esta diminuição, deveu-se principalmente à instalação de um separador dinâmico num moinho de cimento, durante o segundo semestre de 2013. Os impactos positivos só ocorreram no final do ano de 2013, pelo que a optimização destes investimentos foi significativa nos resultados de 2014. Foi efectuado um esforço na redução dos custos fixos, que diminuíram 2% comparativamente a 2013. Também a política de pessoal foi direccionada para a redução do número de efectivos e redução de custos. 34 8. CABO VERDE CABO VERDE Unidade Vendas de Cimento* 1000 t Vendas de Agregados* 1000 m3 Venda de Pré-Fabricado* 1000 t Volume de negócios 1 000 € EBITDA 1 000 € Margem EBITDA % EBIT 1 000 € Margem EBIT % Capex 1 000 €€ Pessoal Nº 2014 56 52 0,2 6 411 486 7,6% 420 6,6% 6 35 2013Variação 47 19% 56 -7% 0,7 -67% 5 425 18% 184 164% 3,4% 111 279% 2,0% 58 -89% 36 -1 * Os volumes de venda respeitam às vendas totais de cada área de negócio, não estão expurgados os intragrupos. A economia cabo-verdiana deverá ter crescido 1% em 2014, valor abaixo dos 1,5% verificados em 2013 (World Economic Outlook, FMI, Janeiro 2015). O contexto internacional persistentemente desfavorável, em particular o dos países da União Europeia, continua a condicionar os desenvolvimentos económicos e financeiros do país, dada a sua dependência de capitais estrangeiros, bem como o comportamento das remessas dos emigrantes (importante fluxo de financiamento à economia). o investimento privado em Cabo Verde, principalmente no imobiliário turístico onde se continuou a verificar a paragem ou adiamento de muitos projectos. O agravamento das condições internas de financiamento condicionou o investimento privado, sendo que os investimentos públicos em infra-estruturas não foram suficientes para evitar uma redução no mercado da construção. Estima-se que o mercado do cimento tenha atingido 215 mil toneladas, valor inferior às 240 mil toneladas de 2013, um decréscimo de 10%. O mercado da construção, ainda que pequeno e à semelhança de 2013, enfrentou em 2014 uma contracção e um elevado nível de concorrência. Novamente a conjuntura económica internacional, nomeadamente a Europeia, limitou Apesar da conjuntura, as vendas de cimento da Secil Cabo Verde registaram um crescimento significativo, tendo sido vendidas 56 mil toneladas, o que significa um aumento expressivo de 19,1%. Este crescimento, com o mercado em reces- Relatório do conselho de administração 2014_relatório de gestão 35 são, foi suportado pela fidelização de clientes revendedores que operam nas várias ilhas de Cabo Verde e pela consolidação da estratégia comercial de aumento do número de clientes pequenos revendedores (que permitiu um melhor acesso ao pequeno utilizador). O aumento significativo no volume de negócios (18%) deveu-se à área do cimento, que para além do crescimento do volume de vendas, conseguiu, num ano de forte crise, aumentar o preço médio de venda em cerca de 2%. No caso dos inertes, estima-se que este mercado na ilha de Santiago tenha tido um forte decréscimo em relação a 2013. A situação do mercado aliada à forte concorrência de um player de grandes dimensões e à entrada de um outro no mercado, bem como a importação de areia natural da costa ocidental africana (ainda que a um ritmo inferior), resultou numa diminuição das quantidades vendidas. O aumento das vendas de cimento e da sua margem de comercialização e ainda a redução dos custos variáveis de produção de inertes, contribuíram para o aumento do desempenho das operações. Desta forma o EBITDA registou em 2014 um aumento muito considerável, atingindo os 486 mil euros e a margem EBITDA cresceu para 7,6%, desempenho bastante positivo dados os condicionalismos do mercado. 36 9. Perspectivas futuras Em Portugal o contexto económico geral para 2015 perspectiva-se mais favorável do que o dos últimos anos. De acordo com as últimas projecções do Banco de Portugal prevê-se uma progressiva recuperação da procura interna e uma recuperação moderada da actividade no período de 2014-2016. As actuais projecções apontam para um crescimento de 1,5% da actividade económica em 2015. Em linha com as projecções do FMI que apontam para um crescimento de 1,5%. Estas projecções reflectem a continuação do processo de ajustamento gradual dos desequilíbrios macroeconómicos, num quadro de crescimento moderado da actividade e do nível de preços. As perspectivas de crescimento do PIB, a recuperação da procura interna e do investimento, a inversão positiva no licenciamento de fogos e o crescimento da produção na construção, levam a prever para 2015, a inversão da tendência de evolução do mercado nacional de cimento, ainda que apenas ligeiramente positiva. Em 2015 as actividades do Grupo em Portugal vão permanecer influenciadas pela conjuntura do sector da construção. No entanto, as perspectivas de alguma estabilização, aliadas ao bom desempenho no mercado externo, em conjugação com as poupanças e ganhos obtidos com as medidas de racionalização implementadas em anos anteriores, perspectivam a obtenção de resultados igualmente favoráveis aos de 2014. Na Tunísia é expectável que a economia cresça 3,7%, de acordo com as estima- tivas mais recentes do FMI. As questões políticas na Tunísia, após os desenvolvimentos no final de 2014, estão de um modo geral solucionadas e podem trazer importantes melhorias sociais e económicas. Em consonância com o que é esperado para a economia, também o sector da construção e do cimento deverá crescer em 2015. O nível concorrencial deverá manter-se forte, sendo expectável um aumento da pressão sobre os preços de venda. No Líbano prevê-se um ano de 2015 similar ao de 2014 no que respeita ao mercado do cimento. Contudo, as alterações que têm ocorrido na região do Médio Oriente não facilitam a manutenção da estabilidade macroeconómica e o mercado do cimento deverá estar nos seus valores máximos. A fábrica de blocos foi concluída em 2014, tendo ainda sido efectuadas algumas produções, esperando-se que a partir de 2015 os volumes de produção e venda de blocos sejam incrementados, permitindo a obtenção de resultados positivos. As perspectivas para 2015 em Angola são moderadamente favoráveis. Embora o FMI esteja a prever um crescimento de 5,9% em 2015 para a economia de Angola, os impactos negativos decorrentes da evolução recente do preço do petróleo não deixarão de se fazer sentir ao longo deste ano. Esse preço está em mínimos de 6 anos e em média significativamente abaixo do valor pressuposto no orçamento do Estado angolano para 2015. O anúncio da redução das despesas correntes e de investimento do Estado, conjugado com as dificuldades já sentidas desde o final de 2014 nos pagamentos ao exterior em resultado das restrições cambiais impostas pelo Banco Nacional de Angola, perspectivam um quadro negativo para o sector da construção e obras públicas, que poderá fazer com que 2015 seja o primeiro ano de quebra na procura de cimento em Angola, após uma década de crescimento sustentado. O efeito desta provável quebra de mercado nos produtores nacionais, poderá vir a ser parcialmente amortecido devido à aplicação de legislação recentemente aprovada visando a limitação das importações de cimento. Em qualquer caso, somente existindo um impacto importante ao nível da subida do preço de venda decorrente desta limitação às importações é que o negócio de Angola poderá repor as margens perdidas ao longo dos dois últimos anos. No Brasil, os dados mais recentes publicados pelo FMI estimam que a economia registe um crescimento de 0,3%, superior aos 0,1% previstos para 2014 (World Economic Outlook, FMI, Janeiro 2015). Existem, no entanto, algumas incertezas, considerando a possibilidade de vir a ser implementada pelo governo uma política monetária e económica mais restritiva, através do aumento da taxa de juro e dos impostos. A nova fábrica de cimento, em construção pela Supremo Cimentos, S.A. no Brasil, tem a sua conclusão prevista para Março de 2015. Com o início de actividade desta unidade produtiva, a totalidade da capacidade de cimento instalada da Supremo atingirá os dois milhões de toneladas, assumindo assim um papel importante na actividade e nos resultados do Grupo Secil de 2015 em diante. Perspectiva-se para o ano de 2015 um desempenho global positivo do Grupo Secil, acima do alcançado em 2014. Relatório do conselho de administração 2014_relatório de gestão 37 10. Proposta de Aplicação de Resultados Os resultados líquidos do período da Secil – Companhia Geral de Cal e Cimento, S.A. são de 6 035 413,49 euros. O Conselho de Administração propõe a sua transferência para a rubrica de Resultados Transitados. O Conselho de Administração, Outão, 02 de Março de 2015 Presidente Pedro Mendonça de Queiroz Pereira Vogais Gonçalo de Castro Salazar Leite Carlos Alberto Medeiros Abreu Sérgio António Alves Martins João Luís Barbosa Pereira de Vasconcelos Francisco José Melo e Castro Guedes José Miguel Pereira Gens Paredes Paulo Miguel Garcês Ventura 38 demonstrações financeiras consolidadas 1. Balanço consolidado 2. demonstração dos resultados Consolidados 3. Demonstração das Alterações nos Molhe Foz do Douro, Porto Relatório do conselho de administração 2014_DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS 39 Capitais Próprios Consolidados 4. Demonstração dos fluxos de caixa consolidados Molhe Norte da Foz do Douro, Porto 40 1. Balanço Consolidado BALANÇO CONSOLIDADO EM 31 DE DEZEMBRO DE 2014 E 2013 Valores em Euros Nota 31/12/14 31/12/13 ACTIVO Activo não corrente Activos fixos tangíveis 10 351 082 705 365 303 840 Propriedades de investimento 12 1 272 649 1 289 715 Goodwill 9 116 659 852 114 966 625 Activos intangíveis 13 5 779 052 3 877 689 Participações financeiras - método da equivalência patrimonial 14 39 834 386 33 408 378 Outras contas a receber 18 2 266 051 2 407 210 Activos por impostos diferidos 15 10 816 894 11 827 066 Outros activos financeiros 16 3 297 025 3 650 427 531 008 614 536 730 950 Activo corrente Inventários 17 95 841 046 91 765 301 Clientes 18 49 754 465 48 447 939 Adiantamentos a fornecedores 24 2 958 338 2 062 119 Estado e outros entes públicos 25 10 275 326 8 414 033 Outras contas a receber 18 11 885 484 13 975 118 Diferimentos 26 860 573 804 662 Activos não correntes detidos para venda 19 1 114 053 1 174 069 Caixa e depósitos bancários 18 136 675 939 124 323 147 309 365 224 290 966 388 Total do activo 840 373 838 827 697 338 CAPITAL PRÓPRIO E PASSIVO Capital próprio Capital realizado 20 264 600 000 264 600 000 Acções próprias 20 (22 609 745) (22 609 745) Reservas legais 20 40 680 725 40 680 725 Outras reservas 20 95 675 899 94 623 691 Resultados transitados (42 688 117) (7 952 383) Excedentes de revalorização 20 14 080 833 14 242 547 Outras variações no capital próprio 20 (83 123 673) (99 653 339) 266 615 922 283 931 496 Resultado consolidado líquido do período 6 035 413 (34 897 448) 272 651 335 249 034 048 Interesses minoritários 5 78 292 078 66 192 420 Total do capital próprio 350 943 413 315 226 468 PASSIVO Passivo não corrente Provisões 21 27 668 652 21 294 223 Accionistas/ sócios 36 - 585 000 Financiamentos obtidos 23 240 320 134 282 920 857 Responsabilidades por benefícios pós-emprego 22 1 152 162 2 566 329 Passivos por impostos diferidos 15 28 097 489 34 513 322 Outros passivos financeiros 38 4 014 691 4 262 775 301 253 128 346 142 506 Passivo corrente Fornecedores 23 39 662 228 42 321 474 Adiantamentos de clientes 24 3 565 691 2 534 888 Estado e outros entes públicos 25 24 768 065 16 971 737 Accionistas/ sócios 36 1 908 150 1 655 133 Financiamentos obtidos 23 79 689 815 71 364 558 Outras contas a pagar 23 38 301 503 31 000 729 Passivos directamente associados a activos não correntes detidos para venda 19 84 724 100 265 Diferimentos 26 197 121 379 580 188 177 297 166 328 364 Total do passivo 489 430 425 512 470 870 Total do capital próprio e do passivo 840 373 838 827 697 338 Relatório do conselho de administração 2014_DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS 41 2. Demonstração d os Resultados Consolidados Demonstração dos Resultados Consolidados em 31 de Dezembro de 2014 e 2013 Valores em Euros Nota 31/12/14 31/12/13 Vendas e serviços prestados 27 431 425 633 411 525 441 Ganhos e (perdas) imputados de associadas e empreendimentos conjuntos 28 (671 278) (2 214 487) Variação nos inventários da produção 1 284 452 1 450 246 Trabalhos para a própria entidade 94 047 166 060 Custo das mercadorias vendidas e das matérias consumidas (132 438 890) (130 724 451) Fornecimentos e serviços externos 29 (164 639 971) (158 008 105) Gastos com o pessoal 30 (63 029 355) (65 927 987) Imparidade de inventários ((perdas)/ reversões) 17 (3 574 760) (1 716 701) Imparidade de divídas a receber ((perdas)/ reversões) 18 (1 420 243) (634 228) Imparidade de investimentos não depreciáveis/ amortizáveis ((perdas)/ reversões) 9 - (13 620 281) Provisões ((aumentos)/ reduções) 21 (7 113 734) (3 752 209) Outros rendimentos e ganhos 31 33 454 153 22 613 082 Outros gastos e perdas 32 (8 641 639) (9 867 647) Resultado antes de depreciações, gastos de financiamento e impostos 84 728 415 49 288 733 (Gastos)/ reversões de depreciação e de amortização 33 (53 440 149) (58 436 262) Imparidade de activos depreciáveis/ amortizáveis ((perdas)/ reversões) 33 (1 294 102) 206 338 Resultado operacional (antes de gastos de financiamento e impostos) 29 994 164 (8 941 191) Juros e rendimentos similares obtidos 34 3 454 809 5 159 598 Juros e gastos similares suportados 34 (19 692 532) (26 863 903) Resultado antes de impostos 13 756 441 (30 645 496) Imposto sobre o rendimento 15 (1 670 337) 1 508 953 Resultado consolidado líquido do período 12 086 104 (29 136 543) Resultado consolidado líquido do período atribuível a: Detentores do capital da empresa-mãe 35 6 035 413 (34 897 448) Interesses minoritários 5 6 050 691 5 760 905 12 086 104 (29 136 543) Resultado básico por acção 0,12 (0,72) 42 3. DEMONSTRAÇÃO DAS ALTERAÇÕES NOS CAPITAIS PRÓPRIOS CONSOLIDADOS DEMONSTRAÇÃO DAS ALTERAÇÕES NOS CAPITAIS PRÓPRIOS CONSOLIDADOs DE 1 DE JANEIRO DE 2014 A 31 DE DEZEMBRO DE 2014 C O Capital Acções Reservas O realizado próprias legais Valores em Euros (Nota 20.1) (Nota 20.1) (Nota 20.2) Posição no início do período 2014 264 600 000 (22 609 745) 40 680 725 Alterações no período: Excedente de revalorização de activos fixos tangíveis Realização do excedente de revalorização - - - Imposto diferido - - - Diferenças de conversão de demonstrações financeiras - - - Reserva de justo valor de derivados de cobertura Movimento nas reservas de justo valor de derivados de cobertura no período - - - Imposto diferido - - - Desvios e alterações de pessupostos em estudos actuariais Movimento nos desvios e pressupostos actuariais no período - - - Imposto diferido - - - Subsídios do Governo Subsídios ao investimento - - - Subsídios por licenças de emissão de gases com efeitos de estufa - - - Imposto diferido - - - Efeito de aquisição / alienação de participadas - - - Fusão da Great Heart na Secil (Nota 20.1) - - - Outras alterações reconhecidas no capital próprio: Transferência do resultado líquido do período de 2013 para reservas - - - - - - Resultado líquido do período Resultado integral Operações com detentores de capital no período Distribuição do resultado do período de 2013 - - - Redução de capital - - - - - - Posição no fim do período 2014 264 600 000 (22 609 745) 40 680 725 Relatório do conselho de administração 2014_DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS 43 Capital próprio atribuido aos detentores do capital da empresa mãe Outras Excedentes variações no Outras de capital Resultado Interesses reservas Resultados revalorização próprio líquido do minoritários (Nota 20.3) transitados (Nota 20.4) (Nota 20.5) período Total (Nota 5.2) 94 623 691 (7 952 383) 14 242 547 (99 653 339) (34 897 448) 249 034 048 66 192 420 Total do capital próprio 315 226 468 - - - 186 307 (24 593) - (186 307) 24 593 - - - 14 888 608 - - - - - 14 888 608 - - 8 356 806 23 245 414 - - - - - - 248 084 (73 958) - - 248 084 (73 958) - - 248 084 (73 958) - - - - - - 243 493 (54 933) - - 243 493 (54 933) 25 404 59 268 897 (54 874) - - - - 1 052 208 - - - - - - - - - - (223 783) 1 897 862 (395 707) - - - - - - - (223 783) 1 897 862 (395 707) - 1 052 208 (13 147) - 3 760 15 430 - (236 930) 1 897 862 (391 947) 15 430 1 052 208 - (34 897 448) - - 34 897 448 1 052 208 (34 735 734) (161 714) 16 529 666 34 897 448 6 035 413 - 17 581 874 6 035 413 23 617 287 - 8 388 312 6 050 691 14 439 003 25 970 186 12 086 104 38 056 290 - - 272 651 335 (2 269 237) (70 108) (2 339 345) 78 292 078 (2 269 237) (70 108) (2 339 345) 350 943 413 - - - - - - 95 675 899 (42 688 117) - - - - - - 14 080 833 (83 123 673) - - - 6 035 413 44 3. DEMONSTRAÇÃO DAS ALTERAÇÕES NOS CAPITAIS PRÓPRIOS CONSOLIDADOS DEMONSTRAÇÃO DAS ALTERAÇÕES NOS CAPITAIS PRÓPRIOS CONSOLIDADOs DE 1 DE JANEIRO DE 2013 A 31 DE DEZEMBRO DE 2013 C O Capital Acções Reservas O realizado próprias legais Valores em Euros (Nota 20.1) (Nota 20.1) (Nota 20.2) Posição no início do período 2013 264 600 000 (22 609 745) 40 680 725 Alterações no período: Excedente de revalorização de activos fixos tangíveis Realização do excedente de revalorização - - - Imposto diferido - - - Diferenças de conversão de demonstrações financeiras - - - Reserva de justo valor de derivados de cobertura Movimento nas reservas de justo valor de derivados de cobertura no período - - - Imposto diferido - - - Desvios e alterações de pessupostos em estudos actuariais Movimento nos desvios e pressupostos actuariais no período - - - Imposto diferido - - - Subsídios do Governo Subsídios ao investimento - - - Subsídios por licenças de emissão de gases com efeitos de estufa - - - Imposto diferido - - - Efeito de aquisição / alienação de participadas - - - Outras alterações reconhecidas no capital próprio Transferência do resultado líquido do período de 2012 para reservas - - - - - Resultado líquido do período Resultado integral Operações com detentores de capital no período Distribuição do resultado do período de 2012 - - - - - - Posição no fim do período 2013 264 600 000 (22 609 745) 40 680 725 Relatório do conselho de administração 2014_DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS 45 Capital próprio atribuido aos detentores do capital da empresa mãe Outras Excedentes variações no Outras de capital Resultado Interesses reservas Resultados revalorização próprio líquido do minoritários (Nota 20.3) transitados (Nota 20.4) (Nota 20.5) período Total (Nota 5.2) 94 623 691 30 299 150 14 450 157 (77 523 969) (38 459 143) 306 060 866 65 678 572 - - - 239 182 (31 572) - - - - - - (24 100 907) - - (2 902 672) (27 003 579) - - - - - - 1 532 731 (424 313) - - 1 532 731 (424 313) - - 1 532 731 (424 313) - - - - - - (1 009 091) 298 685 - - (1 009 091) 298 685 (10 822) 573 (1 019 913) 299 258 - - - - - - - - - - - - (146 437) 2 283 263 (563 301) - - - - - (146 437) 2 283 263 (563 301) - 21 250 - (4 005) 1 500 (125 187) 2 283 263 (567 306) 1 500 (38 459 143) - - 38 459 143 - (38 251 533) (207 610) (22 129 370) 38 459 143 (34 897 448) - (22 129 370) (34 897 448) (57 026 818) - (2 894 176) 5 760 905 2 866 729 (25 023 546) (29 136 543) (54 160 089) - - 249 034 048 (2 352 881) (2 352 881) 66 192 420 (2 352 881) (2 352 881) 315 226 468 - - 94 623 691 - - (7 952 383) (239 182) - 31 572 - - (24 100 907) Total do capital próprio 371 739 438 - - - - - 14 242 547 (99 653 339) (34 897 448) 46 4. DEMONSTRAÇÃO DOS FLUXOS DE CAIXA CONSOLIDADOS Demonstração dos fluxos de caixa consolidados para o período findo em 31 de Dezembro de 2014 e 2013 Valores em Euros Nota FLUXOS DE CAIXA DAS ACTIVIDADES OPERACIONAIS Recebimentos de clientes Pagamentos a fornecedores Pagamentos ao pessoal Caixa gerada pelas operações (Pagamentos)/recebimentos do imposto sobre o rendimento Outros (pagamentos)/recebimentos Fluxos de caixa das actividades operacionais (1) FLUXOS DE CAIXA DAS ACTIVIDADES DE INVESTIMENTO Pagamentos respeitantes a: Activos fixos tangíveis Investimentos financeiros Outros activos Recebimentos provenientes de: Activos fixos tangíveis Investimentos financeiros Subsídios de investimento Juros e ganhos similares Dividendos Outros activos Fluxos de caixa das actividades de investimento (2) FLUXOS DE CAIXA DAS ACTIVIDADES DE FINANCIAMENTO Recebimentos provenientes de: Financiamentos obtidos Aumentos de capital Outros Pagamentos respeitantes a: Financiamentos obtidos Amortização de contratos de locação financeira Juros e gastos similares Dividendos Fluxos de caixa das actividades de financiamento (3) VARIAÇÃO DE CAIXA E SEUS EQUIVALENTES (1)+(2)+(3) EFEITO DAS DIFERENÇAS DE CÂMBIO CAIXA E SEUS EQUIVALENTES NO INÍCIO DO PERÍODO VARIAÇÃO DE PERÍMETRO CAIXA E SEUS EQUIVALENTES NO FIM DO PERÍODO 4 31/12/14 31/12/13 483 420 870 470 886 104 (363 973 763) (334 123 790) (43 589 990) (45 732 747) 75 857 117 91 029 567 (2 833 979) 37 920 3 493 780 (36 716 079) 76 516 918 54 351 408 (12 606 908) (2 456 968) (750 000) (15 813 876) (29 457 983) (17 602 279) (47 060 262) 1 362 566 80 815 78 825 1 218 192 665 104 - 3 405 502 (12 408 374) 400 448 3 358 789 713 506 70 143 004 74 615 747 27 555 485 395 684 274 - - 395 684 274 564 313 583 1 500 80 000 564 395 083 (428 028 907) (566 734 207) (576 277) (553 494) (21 107 054) (25 064 676) (2 153 469) (2 228 211) (451 865 707) (594 580 588) (56 181 433) (30 185 505) 7 927 111 51 721 388 8 764 348 (3 364 682) 110 159 292 61 802 586 (17 971) 126 832 780 110 159 292 Relatório do conselho de administração 2014_DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS 47 48 ÍNDICE DAS NOTAS ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS 1.Nota introdutória 50 2.Referencial contabilístico de preparação das demonstrações financeiras 50 3.Resumo das principais políticas contabilísticas 50 3.1. Bases de apresentação 50 3.2. Concentração de actividades empresariais e princípios de consolidação 50 3.2.1. Princípios de consolidação50 3.2.2. Investimentos financeiros em empresas controladas conjuntamente 51 3.2.3. Investimentos financeiros em empresas associadas 51 3.2.4. Investimentos financeiros em outras participações financeiras 52 3.2.5. Concentração de actividades empresariais 52 3.2.6. Goodwill52 3.2.7. Conversão de demonstrações financeiras de entidades estrangeiras 53 3.3. Activos fixos tangíveis 54 3.4. Locações 54 3.5. Propriedades de investimento 55 3.6. Activos intangíveis 55 3.7. Imparidade de activos fixos tangíveis e intangíveis excluindo goodwill56 3.8. Imposto sobre o rendimento 56 3.9. Inventários 57 3.10. Activos e passivos financeiros 57 3.10.1. Imparidade de activos financeiros 58 3.10.2. Desreconhecimento de activos e passivos financeiros 59 3.11. Activos não correntes detidos para venda e unidades operacionais descontinuadas 59 3.12. Subsídios do governo 59 3.13. Saldos e transacções em moeda estrangeira 59 3.14. Provisões 60 3.15. Benefícios pós-emprego 60 3.15.1 Planos de contribuição definida 60 3.15.2. Planos de benefícios definidos 60 3.16. Outros benefícios a longo prazo dos empregados 61 3.17. Benefícios a curto prazo de empregados 61 3.18. Rédito 61 3.19. Encargos financeiros com empréstimos obtidos 62 3.20. Instrumentos financeiros derivados e contabilidade de cobertura 62 3.21. Gestão de risco 63 3.21.1. Factores de risco financeiro 63 3.21.2. Factores de risco operacional 63 3.22. Capital Social e acções próprias 64 3.23. Distribuição de dividendos64 3.24. Juízos de valor críticos e principais fontes de incerteza associadas a estimativas 65 3.25. Acontecimentos após a data do balanço 66 4. Fluxos de caixa 67 5.Investimentos em subsidiárias 5.1. Subsidiárias 5.2. Interesses minoritários 68 68 70 6.Interesses em empreendimentos conjuntos 72 7.Investimentos em associadas 72 8.Alterações no perímetro de consolidação 76 9. Goodwill77 Relatório do conselho de administração 2014_DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS 49 10. Activos fixos tangíveis 78 11. Locações 11.1. Locações financeiras 11.2. Locações operacionais 82 82 84 20.5.4. Reserva de justo valor de derivados de cobertura 20.6. Aplicação do resultado do período anterior 12. Propriedades de investimento 84 21.Provisões119 13. Activos intangíveis 86 14. Participações financeiras 90 15. Imposto sobre o rendimento 15.1. Imposto corrente 15.2. Imposto diferido 92 92 94 22.Benefícios a empregados 120 22.1. Benefícios pós-emprego – Planos de contribuição definida 124 22.2. Benefícios pós-emprego – Planos de benefícios definidos 124 22.2.1. Caracterização dos planos de benefícios definidos 128 22.2.2. Responsabilidades e movimentos ocorridos no período comparativamente com o período anterior 129 22.3. Benefícios a longo prazo 136 16. Outros activos financeiros 100 17. Inventários 102 18. Activos financeiros 18.1. Categorias de activos financeiros 18.2. Activos financeiros - clientes 18.3. Activos financeiros – outras contas a receber 18.4. Imparidade de dívidas a receber 104 19. Activos não correntes detidos para venda 20. Capital próprio 20.1. Capital realizado e acções próprias 20.2. Reservas legais 20.3. Outras reservas 20.4. Excedente de revalorização 20.5. Outras variações no capital próprio 20.5.1. Diferenças de conversão de demonstrações financeiras 20.5.2. Desvios e alterações de pressupostos actuariais 20.5.3. Subsídios do governo 104 104 106 108 110 23.Passivos financeiros 23.1. Categorias de passivos financeiros 23.2. Passivos financeiros - fornecedores 23.3. Passivos financeiros – financiamentos obtidos 23.4.Passivos financeiros – outras contas a pagar 30.Gastos com o pessoal 145 118 31.Outros rendimentos e ganhos 148 119 32.Outros gastos e perdas 149 33.Gastos/ reversões de depreciações, amortizações e imparidades 149 34.Resultados financeiros líquidos 150 35.Resultado por acção 151 36.Partes relacionadas 152 37.Riscos financeiros 37.1. Risco cambial 37.2. Risco de taxa de juro 37.3. Risco de crédito 37.4. Risco de liquidez 158 158 160 164 168 38.Justo valor dos instrumentos financeiros derivados 170 39.Dispêndios em matérias ambientais 172 40.Custos com auditoria e revisão legal de contas 174 138 138 138 138 141 41. Compromissos assumidos pelo Grupo 175 24.Adiantamentos de clientes e a fornecedores 141 41.1. Garantias e outros compromissos financeiros 175 25.Estado e outros entes públicos 142 41.2. Outros compromissos assumidos 176 42.Acontecimentos após a data o balanço 177 111 111 112 112 112 26.Diferimentos activos e passivos143 113 114 116 116 27.Vendas e serviços prestados 143 28.Resultado apropriado de empresas associadas 144 29.Fornecimentos e serviços externos 144 50 NOTAS ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS DO PERÍODO FINDO EM 31 DE DEZEMBRO DE 2014 (Nas presentes notas, todos os montantes são apresentados em Euros, salvo se indicado o contrário.) 1. Nota introdutória O Grupo SECIL (Grupo) é constituído pela Secil – Companhia Geral de Cal e Cimento, S.A. (Sociedade ou Secil) e Subsidiárias. A Secil foi constituída em 27 de Junho de 1918 e tem como actividade principal a fabricação e comercialização de cimento, produzido na sua fábrica do Outão, Setúbal e distribuído pelos diversos entrepostos comerciais presentes por todo o país. Sede Social: Outão, Setúbal Capital Social: Euros 264.600.000 N.I.P.C.: 500 243 590 A Secil lidera um Grupo empresarial com actividades operacionais em Portugal, Tunísia, Angola, França, Líbano, Cabo Verde e Brasil, destacando-se: (i) a produção de cimento directamente e através das suas subsidiárias, nas fábricas de Maceira, Pataias, Gabès (Tunísia), Lobito (Angola) e Beirute (Líbano), (ii) a produção e comercialização de betão em Portugal, Tunísia e Líbano e (iii) a produção de inertes e exploração de pedreiras em Portugal e Cabo Verde. Estas demonstrações financeiras consolidadas foram aprovadas pelo Conselho de Administração na reunião de 2 de Março de 2015. Contudo, as mesmas estão ainda sujei- tas a aprovação pela Assembleia Geral de Accionistas, nos termos da legislação comercial em vigor em Portugal. O Conselho de Administração entende que estas demonstrações financeiras consolidadas reflectem de forma verdadeira e apropriada as operações da Sociedade e das suas subsidiárias, bem como a sua posição consolidada, desempenho financeiro e fluxos de caixa consolidados. 2. Referencial contabilístico de preparação das demonstrações financeiras As demonstrações financeiras consolidadas anexas foram preparadas no quadro das disposições em vigor em Portugal, vertidos no Decreto-Lei nº 158/2009, de 13 de Julho, e de acordo com a estrutura conceptual, normas contabilísticas e de relato financeiro e normas interpretativas aplicáveis ao período findo em 31 de Dezembro de 2014. 3. Resumo das principais políticas contabilísticas As principais políticas contabilísticas aplicadas na elaboração destas demonstrações financeiras consolidadas estão descritas abaixo. 3.1. Bases de apresentação As demonstrações financeiras anexas foram preparadas no pressuposto da continuidade das operações, a partir dos livros e registos contabilísticos das empresas incluídas na consolidação (Notas 5 e 6), mantidos de acordo com os princípios de contabilidade geralmente aceites nos países de cada subsidiária, ajustados no processo de consolidação, de modo a que as demonstrações financeiras consolidadas estejam de acordo com as Normas Contabilísticas e de Relato Financeiro (NCRF). 3.2. Concentração de actividades empresariais e princípios de consolidação 3.2.1. Princípios de consolidação As demonstrações financeiras consolidadas incorporam as demonstrações financeiras da Sociedade e das entidades por si controladas - as suas subsidiárias. Entende-se existir controlo quando a Sociedade tem o poder de definir as políticas financeiras e operacionais de uma entidade, de forma a obter benefícios derivados das suas actividades, normalmente associado ao controlo, directo ou indirecto, de mais de metade dos direitos de voto. A existência e o efeito de direitos de voto potenciais que sejam correntemente exercíveis ou convertíveis são considerados na avaliação do controlo que a Sociedade detém sobre uma entidade. As subsidiárias são incluídas nas demonstrações financeiras consolidadas através do método de consolidação integral, desde a data em que a Sociedade assume o controlo sobre as suas actividades financeiras e operacionais e até ao momento em que esse controlo cessa. As políticas contabilísticas das subsidiárias foram alteradas, sempre que necessário, de forma a garantir consistência com as políticas adoptadas pelo Grupo. Relatório do conselho de administração 2014_DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS 51 As transacções internas, saldos, ganhos não realizados em transacções e dividendos distribuídos entre empresas do Grupo são eliminados. As perdas não realizadas são também eliminadas, excepto se a transacção revelar evidência de imparidade de um activo transferido. O capital próprio e o resultado líquido destas empresas correspondentes à participação de terceiros nas mesmas são apresentados nas rubricas de interesses minoritários, respectivamente, no balanço consolidado de forma autónoma no capital próprio e na demonstração de resultados consolidada. As empresas incluídas nas demonstrações financeiras consolidadas encontram-se detalhadas nas Notas 5 e 6. Os interesses minoritários são inicialmente mensurados pela correspondente quota-parte no justo valor dos activos líquidos adquiridos. Subsequentemente, são ajustados pela correspondente quota-parte nas variações posteriores no capital próprio das subsidiárias. Quando os prejuízos aplicáveis aos interesses minoritários excedem os correspondentes interesses no capital próprio da subsidiária, o Grupo absorve esse excesso e quaisquer prejuízos adicionais, excepto quando os minoritários tenham a obrigação e sejam capazes de cobrir esses prejuízos. Se a subsidiária subsequentemente relatar lucros, o Grupo apropria todos os lucros até que a parte minoritária dos prejuízos absorvidos pelo Grupo tenha sido recuperada. Na redução dos interesses do Grupo em subsidiárias, qualquer diferença entre o justo valor da contraprestação recebida ou a receber e a quota-parte correspondente na quantia escriturada dos activos líquidos da subsidiária é registada em resultados do período. 3.2.2. Investimentos financeiros em empresas controladas conjuntamente Uma entidade conjuntamente controlada é um empreendimento conjunto que envolve o estabelecimento de uma sociedade, de uma parceria ou de outra entidade que, por via contratual, é conjuntamente controlada pelos vários empreendedores. As entidades conjuntamente controladas são incluídas nas demonstrações financeiras consolidadas pelo método de consolidação proporcional sendo os activos, passivos e rendimentos e gastos das entidades conjuntamente controladas reconhecidos rubrica a rubrica nas demonstrações financeiras consolidadas, na proporção do controlo atribuível ao Grupo. As transacções, os saldos e os dividendos distribuídos entre empresas conjuntamente controladas e outras empresas do Grupo são eliminados, no processo de consolidação, na proporção do controlo atribuível ao Grupo. 3.2.3. Investimentos financeiros em empresas associadas Associadas são todas as entidades sobre as quais o Grupo exerce influência significativa mas não possui controlo, geralmente com investimentos representando entre 20% a 50% dos direitos de voto. Por influência significativa entende-se o poder de participar nas decisões relativas às políticas financeiras e operacionais da associada, sem que tal resulte em controlo ou controlo conjunto por parte do Grupo. Os investimentos em associadas são contabilizados pelo método da equivalência patrimonial. De acordo com o método da equivalência patrimonial, as participações financeiras são registadas pelo seu custo de aquisição, ajustado pelo valor correspondente à participação do Grupo nas variações dos capitais próprios (incluindo o resultado líquido) das associadas, por contrapartida de rendimentos ou gastos do período, e pelos dividendos recebidos. O excesso do custo de aquisição face ao justo valor de activos e passivos identificáveis de cada associada na data de aquisição é reconhecido como goodwill (Nota 3.2.6) e é mantido no valor de investimento financeiro. Caso o diferencial entre o custo de aquisição e o justo valor dos activos e passivos líquidos adquiridos seja negativo, o mesmo é reconhecido como um rendimento do período. É feita uma avaliação dos investimentos em associadas quando existem indícios de que o activo possa estar em imparidade sendo registadas como gastos na demonstração de resultados as perdas por imparidade que se demonstrem existir. Quando as perdas por imparidade reconhecidas em períodos anteriores deixam de existir são objecto de reversão, à excepção do goodwill. Quando a proporção do Grupo nas perdas da associada iguala ou ultrapassa o seu investimento na associada, o investimento é relatado por valor nulo, excepto se tiver incorrido em responsabilidades ou efectuado pagamentos em nome da associada. Se posteriormente a associada relatar lucros, a Sociedade retoma o reconhecimento da sua quota-parte nesses lucros somente após a sua parte nos lucros igualar a parte das perdas não reconhecidas. Os ganhos não realizados em transacções com as associadas são eliminados na extensão da participação do Grupo nas associadas. As perdas não realiza- 52 NOTAS ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS das são também eliminadas, excepto se a transacção revelar evidência de imparidade de um bem transferido. As políticas contabilísticas de associadas foram alteradas, sempre que necessário, de forma a garantir consistência com as políticas adoptadas pelo Grupo. Os investimentos em associadas encontram-se detalhados na Nota 7. 3.2.4. Investimentos financeiros em outras participações financeiras Outras participações financeiras são as participações financeiras onde não existe influência significativa, por norma as que sejam inferiores a 20% dos direitos de voto. Os investimentos em outras participações financeiras podem ser mensurados: > Ao custo ou custo amortizado, deduzido de eventuais perdas por imparidade, quando o investimento não é negociado publicamente ou o justo valor não possa ser obtido com fiabilidade; >Ao justo valor através de resultados quando o investimento é cotado e as cotações são divulgadas publicamente. Os rendimentos resultantes destas participações financeiras (dividendos ou lucros distribuídos) são registados na demonstração dos resultados do período em que é decidida e anunciada a sua distribuição. 3.2.5. Concentração de actividades empresariais As aquisições de subsidiárias e de negócios são registadas utilizando o método da compra. O correspondente custo é determinado como o agregado, na data da aquisição, de: (a) justo valor dos activos entregues ou a entregar; (b) justo valor de responsabilidades incorridas ou assumidas; (c) justo valor de instrumentos de capital próprio emitidos pelo Grupo em troca da obtenção de controlo sobre a subsidiária; e (d) custos directamente atribuíveis à aquisição. Quando aplicável, o custo da concentração ou aquisição inclui o efeito de pagamentos contingentes acordados no âmbito da transacção. As alterações subsequentes em tais pagamentos são registadas por contrapartida do correspondente goodwill. Os activos, passivos e responsabilidades contingentes da subsidiária ou negócio adquirido que satisfazem as condições de reconhecimento definidas na NCRF 14 são reconhecidos ao seu justo valor na data da aquisição. O excesso do custo da concentração relativamente ao justo valor da participação da Sociedade nos activos identificáveis adquiridos é registado como goodwill. Se o custo de aquisição for inferior ao justo valor dos activos líquidos da subsidiária adquirida, a diferença é reconhecida directamente na demonstração dos resultados consolidados. Sempre que de um reforço de posição no capital social de uma empresa associada resulte a aquisição de controlo, passando esta a integrar as demonstrações financeiras consolidadas pelo método integral, a quota parte dos justos valores atribuídos aos activos e passivos, correspondente às percentagens anteriormente detidas, é registada na rubrica “ Outras variações no capital próprio”. Se o custo de aquisição for inferior ao justo valor dos activos líquidos da subsidiária adquirida (goodwill negativo), a diferença é reconhecida directamente na demonstração de resultados na rubrica “Outros rendimentos e ganhos”. Na eventualidade da contabilização inicial de uma aquisição não estar concluída no final do período de relato em que a mesma ocorreu, o Grupo relata montantes provisórios para os itens cuja contabilização não está concluída. Tais montantes provisórios são passíveis de ajustamento durante um prazo de 12 meses a contar da data da aquisição. 3.2.6. Goodwill O goodwill representa o excesso do custo da concentração de actividades empresariais face ao interesse adquirido no justo valor líquido dos activos, passivos e passivos contingentes identificáveis reconhecidos na sequência da concentração. O goodwill é reconhecido como um activo na data em que é adquirido o controlo. Subsequentemente, o goodwill não é amortizado e encontra-se sujeito a testes por imparidade, numa base mínima anual. Para efeitos de testes de imparidade, o goodwill é imputado às unidades geradoras de caixa do Grupo que beneficiam das sinergias resultantes da consolidação. As unidades geradoras de caixa às quais foi imputado o goodwill são sujeitas a testes de imparidade anuais ou mais frequentes (na eventualidade de exis- Relatório do conselho de administração 2014_DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS 53 tir alguma indicação de que a unidade possa estar em imparidade). Se a quantia recuperável da unidade geradora de caixa for inferior à correspondente quantia escriturada, a perda por imparidade daí resultante é inicialmente imputada à quantia escriturada do goodwill, sendo a parte remanescente imputada aos restantes activos da unidade geradora de caixa proporcionalmente às quantias escrituradas destes. Perdas por imparidade imputadas ao goodwill não podem ser revertidas subsequentemente. Ganhos ou perdas decorrentes da venda de uma entidade incluem o valor do goodwill que lhe corresponde. 3.2.7. Conversão de demonstrações financeiras de entidades estrangeiras São tratadas como entidades estrangei- ras as que operando no estrangeiro, têm autonomia organizacional, económica e financeira e que elaborem as suas demonstrações financeiras utilizando para o efeito uma moeda distinta do Euro. Os elementos incluídos nas demonstrações financeiras de cada uma das entidades estrangeiras do Grupo são mensurados utilizando a moeda do ambiente económico em que a entidade opera (moeda funcional). As demonstrações financeiras consolidadas são apresentadas em Euros, sendo esta a moeda funcional e de relato do Grupo. Os activos e passivos das demonstrações financeiras de entidades estrangeiras são convertidos para Euros utilizando as taxas de câmbio existentes à data do balanço. Os rendimentos, gastos e fluxos de caixa dessas demonstrações financeiras são convertidos para euros utilizando a taxa de câmbio média verificada no período. A diferença cambial resultante da conversão é registada no capital próprio na rubrica “Outras variações no capital próprio – diferenças de conversão de demonstrações financeiras ”. O goodwill e os ajustamentos de justo valor resultantes da aquisição de entidades estrangeiras são tratados como activos e passivos dessa entidade adquirida e transpostos para Euros de acordo com a taxa de câmbio à data do balanço. Sempre que uma entidade estrangeira é alienada, a diferença cambial acumulada é reconhecida na demonstração de resultados como um ganho ou perda da alienação. As cotações utilizadas para conversão para Euros das demonstrações financeiras das empresas estrangeiras do Grupo são as seguintes: Valorização/ 31/12/14 31/12/13 (desvalorização) TND (dinar tunisino) Câmbio médio do período 2,2516 2,1576 (4,36%) Câmbio de fim do período 2,2490 2,2615 0,55% LBP (libra libanesa) Câmbio médio do período 2000,80 2002,10 0,06% Câmbio de fim do período 1830,30 2079,00 11,96% USD (dólar americano) Câmbio médio do período 1,3272 1,3281 0,07% Câmbio de fim do período 1,2141 1,3791 11,96% BRL (real brasileiro) Câmbio médio do período 3,1225 2,8685 (8,85%) Câmbio de fim do período 3,2207 3,2576 1,13% CVE (escudo cabo-verdiano) Câmbio médio do período 110,2650 110,2650 0,00% Câmbio de fim do período 110,2650 110,2650 0,00% AOA (kwanza angolano) Câmbio médio do período 132,1210 128,1283 (3,12%) Câmbio de fim do período 126,3854 136,8127 7,62% MZM (metical moçambicano) Câmbio médio do período 41,6567 - n.a. Câmbio de fim do período 41,1500 38,6700 (6,41%) 54 NOTAS ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS tos no período em que são incorridas. 3.3. Activos fixos tangíveis Os activos fixos tangíveis encontram-se registados ao custo de aquisição, o qual inclui o custo de compra, quaisquer custos directamente atribuíveis às actividades necessárias para colocar os activos na localização e condição necessárias para operarem da forma pretendida e, quando aplicável, a estimativa inicial dos custos de desmantelamento e remoção dos activos e de restauração dos respectivos locais que o Grupo espera incorrer, deduzido das depreciações e das perdas por imparidade acumuladas. Na data de transição para as NCRF, o Grupo passou a considerar pela primeira vez como componente dos activos fixos tangíveis a componente do custo do activo relativa a custos de recuperação paisagística e ambiental a incorrer na recuperação das pedreiras, tal como previsto na NCRF 7. Os custos capitalizados são sujeitos à depreciação anual de acordo com a vida útil estimada das respectivas pedreiras. Os activos fixos tangíveis adquiridos até 1 de Janeiro de 2010 (data de transição para as NCRF), encontram-se registados ao abrigo da opção prevista na NCRF 3 – Adopção pela primeira vez das Normas Contabilísticas e de Relato Financeiro, pelo seu valor considerado (“deemed cost”), o qual corresponde ao custo de aquisição ou custo de aquisição reavaliado ao abrigo de diplomas legais (determinados activos fixos tangíveis adquiridos até 31 de Dezembro de 1992 e 1996, foram reavaliados, em 1993 e 1998, respectivamente, de acordo com a legislação aplicável através da utiliza- ção de coeficientes de desvalorização monetária). No que respeita às subsidiárias do Grupo: CMP, Société des Ciments de Gabés (SCG), Cimentos Costa Verde, Unibetão, Secil-Britas, Uniconcreto e Lusoinertes o custo dos activos fixos tangíveis na data de aquisição das mesmas foi determinado com base em avaliações efectuadas por entidades independentes. Os custos subsequentes são incluídos no custo de aquisição do activo fixo ou reconhecidos como activos separados, conforme apropriado, somente quando é provável que benefícios económicos futuros fluirão para a empresa e o respectivo custo possa ser mensurado com fiabilidade. Os demais dispêndios com reparações e manutenção são reconhecidos como um gasto no período em que são incorridos. As depreciações são calculadas, após os bens se encontrarem disponíveis para uso, pelo método da linha recta, em conformidade com o período de vida útil estimado para cada grupo de bens. Para algumas classes de activos fixos tangíveis adquiridos pelo Grupo é utilizado o método do saldo decrescente. As vidas úteis e método de depreciação dos vários bens são revistos anualmente. O efeito de alguma alteração a estas estimativas é reconhecido na demonstração dos resultados prospectivamente. As despesas de manutenção e reparação (dispêndios subsequentes) que não são susceptíveis de gerar benefícios económicos futuros são registadas como gas- Os valores residuais dos activos e as respectivas vidas úteis são revistos e ajustados, se necessário, na data do balanço. Se a quantia escriturada é superior ao valor recuperável do activo, procede-se ao seu reajustamento para o valor recuperável estimado mediante o registo de perdas por imparidade (Nota 3.7). Os ganhos ou perdas provenientes do abate ou alienação são determinados pela diferença entre o montante recebido na transacção e a quantia escriturada do activo, e são reconhecidos na demonstração dos resultados, nas rubricas ”Outros rendimentos e ganhos” e “Outros gastos e perdas”. 3.4. Locações As locações são classificadas como financeiras sempre que os seus termos transferem substancialmente todos os riscos e recompensas associados à propriedade do bem para o locatário. As restantes locações são classificadas como operacionais. A classificação das locações é feita em função da substância e não da forma do contrato. Os activos adquiridos mediante contratos de locação financeira, bem como as correspondentes responsabilidades, são registados no início da locação pelo menor de entre o justo valor dos activos e o valor presente dos pagamentos mínimos da locação. Os pagamentos de locações financeiras são repartidos entre encargos financeiros e redução da responsabilidade, por forma a ser obtida uma taxa de juro constante sobre o saldo pendente da responsabilidade. Os pagamentos de locações operacionais são reconhecidos como gasto numa base linear durante o período da locação. Os incentivos recebidos são registados como uma responsabilidade, sendo o Relatório do conselho de administração 2014_DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS 55 montante agregado dos mesmos reconhecido como uma redução ao gasto com a locação, igualmente numa base linear. As rendas contingentes são reconhecidas como gastos do período em que são incorridas. 3.5. Propriedades de investimento As propriedades de investimento compreendem, essencialmente, imóveis detidos para obter rendas ou valorizações do capital (ou ambos), não se destinando ao uso na produção ou fornecimento de bens ou serviços ou para fins administrativos ou para venda no curso ordinário dos negócios. As propriedades de investimento são inicialmente mensuradas ao custo (que inclui custos de transacção). Subsequentemente, as propriedades de investimento são mensuradas de acordo com o modelo do custo. Os custos incorridos relacionados com propriedades de investimento em utilização nomeadamente, manutenções, reparações, seguros e impostos sobre propriedades são reconhecidos como um gasto no período a que se referem. As beneficiações relativamente às quais existem expectativas de que irão gerar benefícios económicos futuros adicionais são capitalizadas na rubrica de “Propriedades de investimento”. 3.6. Activos intangíveis i) Intangíveis adquiridos separadamente Os activos intangíveis adquiridos separadamente são registados ao custo (ou, em situações raras, de acordo com o modelo de revalorização) deduzido de amortizações e perdas por imparidade acumuladas. ii) Intangíveis gerados internamente – dispêndios de pesquisa e desenvolvimento Os dispêndios com actividades de pesquisa são registados como gastos no período em que são incorridos sendo apenas reconhecido um activo intangível gerado internamente resultante de dispêndios com actividades de desenvolvimento de um projecto se forem cumpridas e demonstradas todas as seguintes condições: > Existe viabilidade técnica para concluir o intangível a fim de que o mesmo esteja disponível para uso ou para venda; > Existe intenção de concluir o intangível e de o usar ou vender; > Existe capacidade para usar ou vender o intangível; > O intangível é susceptível de gerar benefícios económicos futuros; > Existe disponibilidade de recursos técnicos e financeiros adequados para concluir o desenvolvimento do intangível e para o usar ou vender; > É possível mensurar com fiabilidade os dispêndios associados ao intangível durante a sua fase de desenvolvimento. O montante inicialmente reconhecido do activo intangível gerado internamente consiste na soma dos dispêndios incorridos após a data em que são cumpridas as condições atrás descritas. Quando não são cumpridas tais condições, os dispêndios incorridos na fase de desenvolvimento são registados como gastos do período. Os activos intangíveis gerados internamente são registados ao custo deduzido de amortizações e perdas por imparidade acumuladas. iii) Intangíveis adquiridos no âmbito de concentrações de actividades empresariais Os intangíveis adquiridos no âmbito de concentrações de actividades empresariais e reconhecidos separadamente do goodwill são inicialmente registados ao seu justo valor na data da aquisição, sendo subsequentemente deduzidos de amortizações e perdas por imparidade acumuladas. iv) Amortização de Intangíveis As amortizações são reconhecidas numa base linear durante a vida útil estimada dos activos intangíveis. As vidas úteis e método de amortização dos vários activos intangíveis são revistos anualmente. O efeito de alguma alteração a estas estimativas é reconhecido na demonstração dos resultados prospectivamente. Os activos intangíveis (independentemente da forma como são adquiridos ou gerados) com vida útil indefinida não são amortizados, sendo antes sujeitos a testes de imparidade com uma periodicidade anual, ou então sempre que haja uma indicação de que o intangível possa estar em imparidade. v) Direitos de emissão de gases com efeito de estufa As Licenças de emissão de CO2 atribuídas ao Grupo, no âmbito do CELE (Comércio Europeu de Licenças de Emissão 56 NOTAS ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS de revalorização. de gases com efeito de estufa) 20132020, a título gratuito são registadas, aquando do seu reconhecimento inicial, pelo justo valor na rubrica “Activos intangíveis” por contrapartida do reconhecimento de um subsídio directamente em capitais próprios na rubrica “Outras variações de capital próprio”. Pelas emissões de gases com efeito de estufa efectuadas pelo Grupo é reconhecido um gasto com a respectiva amortização do activo intangível e um rendimento em resultado do reconhecimento da quota-parte de subsídio correspondente. A emissão de gases com efeito de estufa é mensurada ao custo das licenças detidas, segundo a fórmula de custeio FIFO. Na alienação de direitos de emissão é apurado o ganho ou a perda entre o valor de realização e o respectivo custo de aquisição, deduzido do correspondente subsídio do Estado, o qual é registado em “Outros rendimentos e ganhos” ou “Outros gastos e perdas” respectivamente no período em que ocorre a alienação. Sempre que as emissões de gases com efeito de estufa excedem a quantidade de licenças detidas são reconhecidas as respectivas responsabilidades nos termos da NCRF 21 - Provisões, Passivos Contingentes e Activos Contingentes. 3.7. Imparidade de activos fixos tangíveis e intangíveis excluindo goodwill Em cada data de relato é efectuada uma revisão das quantias escrituradas dos activos fixos tangíveis e intangíveis do Grupo com vista a determinar se existe algum indicador de que possam estar em imparidade. Se existir algum indicador, é estimada a quantia recuperável dos respectivos activos a fim de determinar a extensão da perda por imparidade (se for o caso). Quando não é possível determinar a quantia recuperável de um activo individual, é estimada a quantia recuperável da unidade geradora de caixa a que esse activo pertence. A quantia recuperável do activo ou da unidade geradora de caixa consiste no maior de entre (i) o justo valor deduzido de custos para vender e (ii) o valor de uso. Na determinação do valor de uso, os fluxos de caixa futuros estimados são descontados usando uma taxa de desconto antes de impostos que reflicta as expectativas do mercado quanto ao valor temporal do dinheiro e quanto aos riscos específicos do activo ou da unidade geradora de caixa relativamente aos quais as estimativas de fluxos de caixa futuros não tenham sido ajustadas. Sempre que a quantia escriturada do activo ou da unidade geradora de caixa for superior à sua quantia recuperável, é reconhecida uma perda por imparidade. A perda por imparidade é registada de imediato na demonstração dos resultados nas rubricas “Imparidade de activos não depreciáveis/amortizáveis ((perdas)/ reversões)” ou “Imparidade de activos depreciáveis/amortizáveis ((perdas)/reversões)” salvo se tal perda compensar um excedente de revalorização registado no capital próprio. Neste último caso, tal perda será tratada como um decréscimo A reversão de perdas por imparidade reconhecidas em períodos anteriores é registada quando há evidências de que as perdas por imparidade reconhecidas já não existem ou diminuíram. A reversão das perdas por imparidade é reconhecida na demonstração dos resultados nessas mesmas rubricas e é efectuada até ao limite da quantia que estaria reconhecida (líquida de amortizações) caso a perda não tivesse sido registada. 3.8. Imposto sobre o rendimento O imposto sobre o rendimento corresponde à soma dos impostos correntes com os impostos diferidos. Os impostos correntes e os impostos diferidos são registados em resultados, salvo quando se relacionam com itens registados directamente no capital próprio. Nestes casos os impostos correntes e os impostos diferidos são igualmente registados no capital próprio. Imposto corrente: o imposto corrente a pagar é baseado no lucro tributável do período das várias entidades incluídas no perímetro de consolidação. O lucro tributável difere do resultado contabilístico, uma vez que exclui diversos gastos e rendimentos que apenas serão dedutíveis ou tributáveis noutros períodos. O lucro tributável exclui ainda gastos e rendimentos que nunca serão dedutíveis ou tributáveis. Imposto diferido: os impostos diferidos referem-se às diferenças temporárias entre os montantes dos activos e passivos para efeitos de relato contabilístico e os respectivos montantes para efeitos de tributação. São geralmente reconhecidos passivos por impostos diferidos para todas as di- Relatório do conselho de administração 2014_DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS 57 ferenças temporárias tributáveis. São reconhecidos activos por impostos diferidos para as diferenças temporárias dedutíveis, porém tal reconhecimento unicamente se verifica quando existem expectativas razoáveis de lucros fiscais futuros suficientes para utilizar esses activos por impostos diferidos. Em cada data de relato é efectuada uma revisão desses activos por impostos diferidos, sendo os mesmos ajustados em função das expectativas quanto à sua utilização futura. Os activos e os passivos por impostos diferidos são mensurados utilizando as taxas de tributação que se espera estarem em vigor à data da reversão das correspondentes diferenças temporárias, com base nas taxas de tributação (e legislação fiscal) que esteja formal ou substancialmente emitida na data de relato. A compensação entre activos e passivos por impostos diferidos apenas é permitida quando: (i) a empresa tem um direito legal de proceder à compensação entre tais activos e passivos para efeitos de liquidação; (ii) tais activos e passivos relacionam-se com impostos sobre o rendimento lançados pela mesma autoridade fiscal e (iii) a empresa tem a intenção de proceder à compensação para efeitos de liquidação. 3.9. Inventários Os inventários encontram-se valorizados de acordo com os seguintes critérios: i) Mercadorias e matérias-primas As mercadorias e as matérias-primas, subsidiárias e de consumo encontram-se valorizadas ao mais baixo entre o custo de aquisição e o valor realizável líquido. O custo de aquisição inclui as despesas de compra acessórias, utilizando-se o custo médio ponderado como método de custeio. ii) Produtos acabados e produtos e trabalhos em curso Os produtos acabados e intermédios e os produtos e trabalhos em curso encontram-se valorizados ao mais baixo de entre o custo de produção (que inclui o custo das matérias-primas incorporadas, mão-de-obra e gastos gerais de fabrico, tomando por base o nível normal de produção) e o valor realizável líquido, excluindo quaisquer custos de armazenamento, logística e de venda. O valor realizável líquido corresponde ao preço de venda estimado deduzido dos custos estimados de acabamento e de comercialização. As diferenças entre o custo e o valor realizável líquido, se inferior, são registadas em Imparidade de inventários. 3.10. Activos e passivos financeiros Os activos e os passivos financeiros são reconhecidos no balanço quando as empresas do Grupo se tornam parte das correspondentes disposições contratuais, sendo utilizado para o efeito o previsto na NCRF 27 – Instrumentos financeiros. Os activos e os passivos financeiros são classificados nas seguintes categorias: (i) ao custo ou custo amortizado e (ii) ao justo valor com as alterações reconhecidas na demonstração dos resultados. i) Ao custo ou custo amortizado São classificados na categoria “ao custo ou custo amortizado” os activos e os passivos financeiros que apresentem as seguintes características: > Sejam à vista ou tenham uma maturidade definida; e > Tenham associado um retorno fixo ou determinável; e > Não sejam um instrumento financeiro derivado ou não incorporem um instrumento financeiro derivado. O custo amortizado é determinado através do método do juro efectivo. A taxa de juro efectiva é a taxa que desconta exactamente os pagamentos ou recebimentos futuros estimados durante a vida esperada do instrumento financeiro na quantia líquida escriturada do activo ou passivo financeiro. Nesta categoria incluem-se, consequentemente, os seguintes activos e passivos financeiros: a) Clientes e outras dívidas de terceiros Os saldos de clientes e de outras dívidas de terceiros são registados ao custo amortizado deduzido de eventuais perdas por imparidade. Usualmente, o custo amortizado destes activos financeiros não difere do seu valor nominal. b) Caixa e depósitos bancários Os montantes incluídos na rubrica de “Caixa e depósitos bancários” correspondem aos valores de caixa, depósitos bancários e depósitos a prazo e outras aplicações de tesouraria vencíveis a menos de três meses e para os quais o risco de alteração de valor é insignificante. Estes activos são mensurados ao custo amortizado. Usualmente, o custo amortizado destes activos financeiros não difere do seu valor nominal. 58 NOTAS ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS c) Outros activos financeiros Os outros activos financeiros, que incluem os empréstimos concedidos, são registados ao custo amortizado deduzido de eventuais perdas por imparidade. d) Fornecedores e outras dívidas a terceiros Os saldos de fornecedores e de outras dívidas a terceiros são registados ao custo amortizado. Usualmente, o custo amortizado destes passivos financeiros não difere do seu valor nominal e) Financiamentos obtidos Os financiamentos obtidos são registados no passivo ao custo amortizado. Eventuais despesas incorridas com a obtenção desses financiamentos, designadamente comissões bancárias ou imposto do selo, assim como os encargos com juros e despesas similares, são reconhecidas pelo método do juro efectivo em resultados do período ao longo do período de vida desses financiamentos. As referidas despesas incorridas são apresentadas a deduzir à rubrica de “Financiamentos obtidos”. executados, reúnam as condições atrás descritas para serem classificados na categoria “Ao custo ou custo amortizado” são registados ao custo deduzido de eventuais perdas por imparidade. Estes montantes são registados, consoante a sua natureza, na rubrica “Outros activos financeiros” ou na rubrica “Outros passivos financeiros”. O custo amortizado é determinado através do método do juro efectivo. A taxa de juro efectiva é a taxa que desconta exactamente os pagamentos ou recebimentos futuros estimados durante a vida esperada do instrumento financeiro na quantia líquida escriturada do activo ou passivo financeiro. ii) Ao justo valor com as alterações reconhecidas na demonstração dos resultados Todos os activos e passivos financeiros não classificados na categoria “Ao custo ou custo amortizado” são classificados na categoria “Ao justo valor com as alterações reconhecidas na demonstração dos resultados”. dade em cada data de relato. Tais activos financeiros encontram-se em imparidade quando existe uma evidência objectiva de que, em resultado de um ou mais acontecimentos ocorridos após o seu reconhecimento inicial, os seus fluxos de caixa futuros estimados são afectados. Para os activos financeiros mensurados ao custo amortizado, a perda por imparidade a reconhecer corresponde à diferença entre a quantia escriturada do activo e o valor presente dos novos fluxos de caixa futuros estimados descontados à respectiva taxa de juro efectiva original. Para os activos financeiros mensurados ao custo, a perda por imparidade a reconhecer corresponde à diferença entre a quantia escriturada do activo e a melhor estimativa do justo valor do activo. As perdas por imparidade são registadas em resultados na rubrica “Imparidade de dívidas a receber ((perdas)/reversões)” no período em que são determinadas. Subsequentemente, se o montante da perda por imparidade diminui e tal diminuição pode ser objectivamente relacionada com um acontecimento que teve lugar após o reconhecimento da perda, esta deve ser revertida por resultados. A reversão deve ser efectuada até ao limite da quantia que estaria reconhecida (custo amortizado) caso a perda não tivesse sido inicialmente registada. A reversão de perdas por imparidade é registada em resultados nessa mesma rubrica e não é permitida a reversão de perdas por imparidade registada em investimentos em instrumentos de capital próprio (mensurado ao custo). Os outros passivos financeiros são geralmente registados ao custo amortizado. Tais activos e passivos financeiros são mensurados ao justo valor, sendo as variações no mesmo registadas em resultados nas rubricas “Perdas por reduções de justo valor” e “Ganhos por aumentos de justo valor”. g) Contratos para conceder ou contrair empréstimos 3.10.1. Imparidade de activos financeiros 3.10.2. Desreconhecimento de activos e passivos financeiros Os contratos para conceder ou contrair empréstimos que não possam ser liquidados numa base líquida e que, quando Os activos financeiros classificados na categoria “Ao custo ou custo amortizado” são sujeitos a testes de impari- O Grupo desreconhece activos financeiros apenas quando os direitos contratuais aos seus fluxos de caixa expiram, f) Outros passivos financeiros Relatório do conselho de administração 2014_DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS 59 ou quando transfere para outra entidade os activos financeiros e todos os riscos e benefícios significativos associados à posse dos mesmos. São desreconhecidos os activos financeiros transferidos relativamente aos quais o Grupo reteve alguns riscos e benefícios significativos, desde que o controlo sobre os mesmos tenha sido cedido. O Grupo desreconhece passivos financeiros apenas quando a correspondente obrigação seja liquidada, cancelada ou expire. 3.11. Activos não correntes detidos para venda e unidades operacionais descontinuadas Os activos não correntes e os grupos para alienação são classificados como detidos para venda quando a sua quantia escriturada for essencialmente recuperada através de uma venda e não através do seu uso continuado. Considera-se que esta condição se verifica apenas quando a venda é altamente provável e o activo não corrente ou grupo para alienação está disponível para venda imediata nas suas condições presentes. A correspondente venda deve estar concluída no prazo de um ano a contar da data da classificação do activo não corrente ou do grupo para alienação como disponível para venda. Quando o Grupo está comprometido com um plano de venda de uma subsidiária que envolva a perda de controlo sobre a mesma, todos os activos e passivos dessa subsidiária são classificados como detidos para venda, desde que se cumpram os requisitos referidos no parágrafo anterior, ainda que o Grupo retenha algum interesse minoritário na subsidiária após a venda. A partir do momento em que determi- nados activos tangíveis passam a ser considerados como detidos para venda cessa a depreciação inerente a esses bens passando estes a ser classificados como activos não correntes detidos para venda. Os ganhos ou perdas nas alienações de activos tangíveis, determinados pela diferença entre o valor de venda e o respectivo valor líquido contabilístico, são contabilizados em resultados na rubrica “Ganhos e perdas com a alienação de activos”. Os activos não correntes e os grupos para alienação classificados como detidos para venda são mensurados ao menor de entre a sua quantia escriturada antes da classificação e o seu justo valor menos os custos para vender. 3.12. Subsídios do governo Os subsídios do governo apenas são reconhecidos quando há uma certeza razoável de que o Grupo irá cumprir com as condições de atribuição dos mesmos e de que os mesmos irão ser recebidos. Os subsídios do governo associados à aquisição ou produção de activos não correntes são inicialmente reconhecidos no capital próprio, na rubrica “Outras variações no capital próprio”, sendo subsequentemente imputados numa base sistemática (proporcionalmente às amortizações dos activos subjacentes) como rendimentos do período durante as vidas úteis dos activos com os quais se relacionam. No caso de se relacionarem com activos não depreciáveis, são mantidos no capital próprio, excepto na parte necessária para compensar eventuais perdas por imparidade nos referidos activos. Outros subsídios do governo são, de uma forma geral, reconhecidos como rendimentos de uma forma sistemática durante os períodos necessários para os balancear com os gastos que é suposto compensarem. Subsídios do Governo que têm por finalidade compensar perdas já incorridas ou que não têm custos futuros associados são reconhecidos como rendimentos do período em que se tornam recebíveis. 3.13. Saldos e transacções em moeda estrangeira As transacções em moeda estrangeira (moeda diferente da moeda funcional da empresa) são registadas às taxas de câmbio das datas das transacções. Em cada data de relato, as quantias escrituradas dos itens monetários denominados em moeda estrangeira são actualizadas às taxas de câmbio dessa data. As quantias escrituradas dos itens não monetários registados ao justo valor denominados em moeda estrangeira são actualizadas às taxas de câmbio das datas em que os respectivos justos valores foram determinados. As quantias escrituradas dos itens não monetários registados ao custo histórico denominados em moeda estrangeira não são actualizadas. As diferenças de câmbio resultantes das actualizações atrás referidas são registadas em resultados do período em que são geradas. 3.14. Provisões São reconhecidas provisões apenas quando o Grupo tem uma obrigação presente (legal ou implícita) resultante dum acontecimento passado, é provável que para a liquidação dessa obrigação ocorra uma saída de recursos e o montante da obrigação possa ser razoavelmente estimado. O montante reconhecido das provisões consiste no valor presente da melhor estimativa na data de relato dos recursos necessários para liquidar a obrigação. 60 NOTAS ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS do Grupo com a recuperação, na data em que estes ocorrem. 3.15. Benefícios pós-emprego Tal estimativa é determinada tendo em consideração os riscos e incertezas associados à obrigação. As provisões são revistas na data de relato e são ajustadas de modo a reflectir a melhor estimativa a essa data. As obrigações presentes que resultam de contratos onerosos são registadas e mensuradas como provisões. Existe um contrato oneroso quando o Grupo é parte integrante das disposições de um contrato de acordo, cujo cumprimento tem associados custos que não é possível evitar que excedem os benefícios económicos derivados do mesmo. É reconhecida uma provisão para reestruturação quando o Grupo desenvolveu um plano formal detalhado de reestruturação e iniciou a implementação do mesmo ou anunciou as suas principais componentes aos afectados pelo mesmo. Na mensuração da provisão para reestruturação são apenas considerados os dispêndios que resultam directamente da implementação do correspondente plano, não estando, consequentemente, relacionados com as actividades correntes da empresa. Os passivos contingentes não são reconhecidos nas demonstrações financeiras, sendo divulgados sempre que a possibilidade de existir uma saída de recursos englobando benefícios económicos não seja remota. Os activos contingentes não são reconhecidos nas demonstrações financeiras, sendo divulgados quando for provável a existência de um influxo económico futuro de recursos. Recuperação ambiental e paisagística Nos termos da legislação aplicável, algumas das empresas do Grupo, têm como responsabilidade a recuperação ambiental e paisagística das pedreiras afectas à exploração. Os trabalhos de reabilitação incluem essencialmente a limpeza e regularização das áreas destinadas à recuperação, a modelação e preparação do terreno, o transporte e espalhamento de materiais rejeitados para aterro, a fertilização, a execução do plano geral de revestimento com hidrossementeiras e plantações e a manutenção e conservação das zonas recuperadas após a implantação. A extensão dos trabalhos necessários e dos respectivos custos a incorrer foram determinados com base em estudos preparados por entidades independentes, sendo que a responsabilidade total foi mensurada pelo valor esperado dos fluxos de caixa futuros, descontados a valor presente. Juízos de valor e estimativas estão envolvidos na formação de expectativas sobre actividades futuras e no montante e período de tempo dos fluxos de caixa associados. Estas perspectivas são efectuadas com base na envolvente existente e regulamentação em vigor. O valor da provisão para recuperação paisagística é incrementado na data de relato financeiro, em função do efeito temporal do dinheiro por contrapartida da rubrica “Juros e gastos similares suportados” e é reduzido pelos dispêndios efectuados por cada uma das empresas 3.15.1. Planos de contribuição definida As contribuições para planos de contribuição definida são reconhecidas como gasto na rubrica de “Gastos com o pessoal” no período a que respeitam (quando os empregados abrangidos pelo plano prestaram os serviços que lhes conferem o direito aos benefícios). 3.15.2. Planos de benefícios definidos No que diz respeito aos planos de benefícios definidos, o correspondente custo é também reconhecido na rubrica de “Gastos com o pessoal” e é determinado através do método da unidade de crédito projectada, sendo as respectivas avaliações actuariais efectuadas em cada data de relato intercalar e anual. Os desvios actuariais, resultantes das diferenças entre os pressupostos utilizados para efeito de apuramento de responsabilidades e o que efectivamente ocorreu (bem como de alterações efectuadas aos mesmos e do diferencial entre o valor esperado da rentabilidade dos activos dos fundos e a rentabilidade real) são reconhecidos, quando incorridos, directamente em capitais próprios na rubrica “Outras variações no capital próprio” (Nota 20). O custo dos serviços passados é reconhecido em resultados numa base de linha recta durante o período até que os correspondentes benefícios se tornem adquiridos. São reconhecidos imediatamente na medida em que os benefícios já tenham sido totalmente adquiridos. Os ganhos e perdas gerados por um Relatório do conselho de administração 2014_DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS 61 corte ou uma liquidação de um plano de pensões de benefícios definidos são reconhecidos em resultados do período quando o corte ou a liquidação ocorrer. Um corte ocorre quando se verifica uma redução material no número de empregados ou o plano é alterado de forma a que os benefícios atribuídos sejam reduzidos, com efeito material. A responsabilidade associada aos benefícios garantidos reconhecida no balanço representa o valor presente da correspondente obrigação, ajustado por ganhos e perdas actuariais e pelo custo dos serviços passados não reconhecidos e deduzido do justo valor dos activos do plano. 3.16. Outros benefícios a longo prazo dos empregados Relativamente ao reconhecimento e mensuração dos outros benefícios a longo prazo dos empregados, a NCRF 28 – Benefícios dos empregados, prevê um método simplificado de contabilização dos mesmos diferindo da contabilização exigida para os benefícios pós-emprego no reconhecimento imediato como rendimento ou gasto: (i) ganhos e perdas actuariais e (ii) todo o custo dos serviços passados. Os respectivos custos são registados na rubrica ‘‘Gastos com o pessoal” e a responsabilidade reconhecida no balanço corresponde ao valor presente da obrigação de benefícios definidos, determinada de acordo com as avaliações actuariais em cada data de relato intercalar e anual. 3.17. Benefícios a curto prazo de empregados Os benefícios a curto prazo de empregados são registados como gasto na rubrica “Gastos com o pessoal” aquando da prestação de serviço pelo empregado. No caso da participação nos lucros e gratificações os gastos são reconhecidos quando e, só quando: (i) exista a obrigação legal ou construtiva de fazer tais pagamentos, em consequência de acontecimentos passados e (ii) possa ser feita uma estimativa fiável da obrigação. Existe uma obrigação presente quando e, só quando, o Grupo não tem alternativa realista senão a de fazer os pagamentos. 3.18. Rédito O rédito é mensurado pelo justo valor da contraprestação recebida ou a receber. O rédito a reconhecer é deduzido do montante estimado de devoluções, descontos e outros abatimentos. O rédito reconhecido não inclui IVA e outros impostos liquidados relacionados com a venda. O rédito proveniente da venda de bens é reconhecido quando todas as seguintes condições são satisfeitas: > Todos os riscos e vantagens da propriedade dos bens foram transferidos para o comprador; > A empresa não mantém qualquer controlo sobre os bens vendidos; > O montante do rédito pode ser mensurado com fiabilidade; > É provável que benefícios económicos futuros associados à transacção fluam para a empresa; à fase de acabamento da transacção à data de relato, desde que todas as seguintes condições sejam satisfeitas: > O montante do rédito pode ser mensurado com fiabilidade; > É provável que benefícios económicos futuros associados à transacção fluam para a empresa; > Os custos incorridos ou a incorrer com a transacção podem ser mensurados com fiabilidade; > A fase de acabamento da transacção à data de relato pode ser mensurada com fiabilidade. O rédito de juros é reconhecido utilizando o método do juro efectivo, desde que seja provável que benefícios económicos fluam para o Grupo e o seu montante possa ser mensurado com fiabilidade. O rédito proveniente de dividendos deve ser reconhecido quando for estabelecido o direito do Grupo receber o correspondente montante. 3.19. Encargos financeiros com empréstimos obtidos Os encargos financeiros relacionados com empréstimos são geralmente reconhecidos como gastos à medida que são incorridos. > Os custos incorridos ou a incorrer com a transacção podem ser mensurados com fiabilidade. Os encargos financeiros de empréstimos directamente relacionados com a aquisição, construção ou produção de activos fixos são capitalizados quando o seu período de construção é superior a um ano, fazendo parte integrante do custo do activo. O rédito proveniente da prestação de serviços é reconhecido com referência A capitalização destes encargos começa após o início da preparação das activida- 62 NOTAS ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS instrumento de cobertura a compensar variações nos justos valores e fluxos de caixa do item coberto. des de construção ou desenvolvimento do activo e é interrompida após o início de utilização ou quando o projecto em causa se encontre suspenso. Quaisquer proveitos financeiros gerados por empréstimos, directamente relacionados com um investimento específico, são deduzidos aos encargos financeiros elegíveis para capitalização. 3.20. Instrumentos financeiros derivados e contabilidade de cobertura O Grupo utiliza derivados com o objectivo de gerir os riscos financeiros a que se encontra sujeito. Os instrumentos financeiros derivados são registados inicialmente pelo seu justo valor na data em que são contratados. Em cada data de relato são remensurados ao justo valor, sendo o correspondente ganho ou perda de remensuração registado de imediato em resultados, salvo se tais instrumentos forem designados como instrumento de cobertura. Quando forem designados como instrumento de cobertura, o correspondente ganho ou perda de remensuração deve ser registado em resultados quando a posição coberta afectar resultados. Um instrumento financeiro derivado com um justo valor positivo é reconhecido como um activo financeiro nas rubricas “Outros activos financeiros não correntes” ou “Outros activos financeiros correntes”. Um instrumento financeiro derivado com um justo valor negativo é reconhecido como um passivo financeiro nas rubricas “Outros passivos financei- ros não correntes” ou “Outros passivos financeiros correntes”. Um instrumento financeiro derivado é apresentado como não corrente se a sua maturidade remanescente for superior a 12 meses e não for expectável a sua realização ou liquidação no prazo de 12 meses. Contabilidade de cobertura O Grupo designa como instrumento de cobertura determinados instrumentos financeiros derivados, no âmbito de operações de cobertura do risco de taxa de juro e do risco de preço de licenças de emissão de gases com efeitos de estufa. Os critérios para a aplicação das regras de contabilidade de cobertura são os seguintes: > Adequada documentação da operação de cobertura; > O risco a cobrir é um dos riscos descritos na NCRF 27 – Instrumentos financeiros; > É esperado que as alterações no justo valor ou fluxos de caixa do item coberto, atribuíveis ao risco a cobrir, sejam praticamente compensadas pelas alterações no justo valor do instrumento de cobertura. No início da operação da cobertura, o Grupo documenta a relação entre o instrumento de cobertura e o item coberto, os seus objectivos e estratégia de gestão do risco e a sua avaliação da eficácia do As variações no justo valor dos instrumentos financeiros derivados designados como instrumento de cobertura no âmbito de cobertura do risco de preço de licenças de emissão de gases com efeito de estufa no âmbito de um compromisso ou de uma transacção futura de elevada probabilidade são registadas no capital próprio na rubrica “Outras variações de capital próprio – reserva de cobertura”. Tais ganhos ou perdas registados no capital próprio são reclassificados para resultados nos períodos em que o item coberto afectar resultados, sendo apresentados na linha afectada pelo item coberto. A contabilidade de cobertura é descontinuada quando o Grupo revoga a relação de cobertura, quando o instrumento de cobertura expira, é vendido, ou é exercido, ou quando o instrumento de cobertura deixa de se qualificar para a contabilidade de cobertura. Qualquer montante registado em “Outras variações no capital próprio” apenas é reclassificado para resultados quando a posição coberta afectar resultados. Quando a posição coberta consistir numa transacção futura e não for expectável que a mesma ocorra, qualquer montante registado em “Outras variações no capital próprio” é de imediato reclassificado para resultados. 3.21. Gestão de risco 3.21.1. Factores de risco financeiro O Grupo Secil tem um programa de gestão de risco que foca a sua análise nos mercados financeiros com vista a mitigar os potenciais efeitos adversos na performance financeira do Grupo Secil. Relatório do conselho de administração 2014_DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS 63 A gestão deste risco é conduzida pela Direcção Financeira do Grupo Secil de acordo com políticas aprovadas pela Administração. a) Risco cambial A variação da taxa de câmbio do Euro face a outras moedas pode afectar os resultados do Grupo de diversas formas. O risco cambial resulta essencialmente: (i) da transposição para Euros das demonstrações financeiras das subsidiárias e associadas localizadas na Tunísia, Angola, Líbano e Brasil, cuja moeda funcional é distinta da moeda de relato financeiro e (ii) dos fluxos operacionais em USD, nomeadamente os relativos às vendas de cimento e clinquer e às compras de combustíveis e fretes de navios. O Grupo Secil prosseguiu a sua política de maximização do potencial de cobertura natural da sua exposição cambial, via compensação dos fluxos cambiais intra-grupo. Para os fluxos não compensados naturalmente, o risco tem vindo a ser analisado e parcialmente coberto através da transacção de divisas spot e forward, que estabelecem o contra-valor máximo a pagar e permitem beneficiar parcialmente de evoluções favoráveis na taxa de câmbio. b) Risco de taxa de juro A política de gestão de risco de taxa de juro visa minimizar o custo da dívida sujeito à manutenção de um nível baixo de volatilidade dos encargos financeiros. O Grupo Secil tem contratada com uma instituição financeira uma cobertura de risco da taxa de juro que lhe permitiu fixar um valor máximo para os encargos finan- ceiros relativos a esta dívida de longo prazo. A restante dívida foi mantida num regime de taxa variável. c) Risco de licenças de emissão de efeitos de estufa O Grupo Secil promove uma gestão activa da sua carteira de licenças de emissão de carbono que lhe foram atribuídas no âmbito da fase 3 do EU-ETS. Fruto da crescente utilização de combustíveis alternativos, o Grupo Secil tem registado (e prevê manter) alguns excessos de licenças de emissão, tendo estes excedentes vindo a ser transaccionadas no mercado, reduzindo/ minorando o risco de preço. d) Risco de crédito O risco de crédito está essencialmente relacionado com os montantes a receber de clientes. O agravamento das condições económicas globais ou adversidades que afectem apenas as economias a uma escala local pode originar a incapacidade dos clientes em saldar as obrigações decorrentes das vendas de produtos. O seguro de crédito tem sido um dos instrumentos adoptados pelo Grupo Secil para, em complemento com a sua constante e essencial monitorização, minorar os impactos negativos deste tipo de risco. facilidades de crédito de apoio à tesouraria em montantes suficientes e disponíveis a todo o momento e acumulando montantes em caixa. 3.21.2. Factores de risco operacional a) Sector da Construção O volume de negócios da Secil depende do nível de actividade no sector da construção em cada um dos mercados geográficos em que opera. O sector da construção tende a ser cíclico, especialmente em economias maduras, e depende do nível de construção residencial e comercial, bem como do nível de investimentos em infra-estruturas. O sector da construção é sensível a factores como as taxas de juro e uma quebra da actividade económica numa dada economia pode conduzir a uma recessão no sector da construção. Apesar da empresa considerar que a sua diversificação geográfica é a melhor forma de conseguir a estabilização dos seus resultados, a sua actividade, situação financeira e resultados operacionais podem ser negativamente afectados por uma quebra do sector da construção em qualquer mercado significativo em que opere. e) Risco de liquidez b) Procura de produtos - Secil O Grupo gere o risco de liquidez por três vias: garantindo que a sua dívida financeira tem uma componente de médio e longo prazo com maturidades adequadas aos activos financiados, dispondo de Nos mercados maduros a procura de cimento e outros materiais de construção tende a ser bastante regular ao longo do ano. Apenas se nota uma redução da procura durante o mês de Janeiro e De- 64 NOTAS ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS aquisição. zembro. A procura dos produtos da Secil está, em geral, alinhada com esse padrão de comportamento. c) Legislação ambiental Nos últimos anos, a legislação comunitária e nacional tem vindo a tornar-se mais limitativa no que respeita ao controlo dos efluentes. O Grupo Secil respeita a legislação actualmente em vigor, tendo para isso realizado investimentos muito significativos nos últimos anos. Embora não se preveja, num futuro próximo, alterações significativas à actual legislação, existe a possibilidade da Secil necessitar de realizar investimentos adicionais nesta área, de modo a cumprir eventuais novos limites que venham a ser aprovados. d) Custos energéticos Uma parte significativa dos custos do Grupo está dependente dos custos energéticos. A energia é um factor de custo com peso significativo na actividade da Secil e nas suas participadas. O Grupo protege-se, em certa medida, contra o risco da subida do preço da energia através da possibilidade de algumas das suas fábricas utilizarem combustíveis alternativos e de contratos de fornecimento de energia eléctrica de longo prazo para algumas das necessidades energéticas. Apesar destas medidas, flutuações significativas nos custos da electricidade e dos combustíveis podem afectar negati- vamente a sua actividade, situação financeira e resultados operacionais do Grupo. e) Necessidade de investimentos significativos em novas aquisições no futuro O Grupo Secil tem interesses em sectores onde se tem vindo a assistir a processos de consolidação e onde podem surgir oportunidades de crescimento quer orgânico quer pela via de aquisições. 3.22. Capital Social e acções próprias As acções ordinárias são classificadas no capital próprio (Nota 20). Os custos directamente atribuíveis à emissão de novas acções ou outros instrumentos de capital próprio são apresentados como uma dedução, líquida de impostos, ao valor recebido resultante da emissão. Os custos directamente imputáveis à emissão de novas acções ou opções, para a aquisição de um negócio são incluídos no custo de aquisição, como parte do valor da compra. As acções próprias são contabilizadas pelo seu valor de aquisição, como uma redução do capital próprio, na rubrica “Acções próprias” sendo os ganhos ou perdas inerentes à sua alienação registados em “Outras reservas”. Em conformidade com a legislação comercial aplicável, enquanto as acções próprias se mantiverem na posse da sociedade, é tornada indisponível uma reserva de montante igual ao seu custo de Quando alguma empresa do Grupo adquire acções da empresa-mãe (acções próprias) o pagamento, que inclui os custos incrementais directamente atribuíveis (líquidos de impostos), é deduzido ao capital próprio atribuível aos detentores do capital da empresa-mãe até que as acções sejam canceladas, reemitidas ou alienadas. Quando tais acções são subsequentemente vendidas ou reemitidas, qualquer recebimento, líquido de custos de transacção directamente atribuíveis e de impostos, é reflectido no capital próprio dos detentores do capital da empresa, em outras reservas. 3.23. Distribuição de dividendos A distribuição de dividendos aos detentores do capital é reconhecida como um passivo nas demonstrações financeiras do Grupo no período em que os dividendos são aprovados pelos accionistas e até ao momento da sua liquidação. 3.24. Juízos de valor críticos e principais fontes de incerteza associadas a estimativas Na preparação das demonstrações financeiras consolidadas anexas foram efectuados juízos de valor e estimativas e utilizados diversos pressupostos que afectam as quantias relatadas de activos e passivos, assim como as quantias relatadas de rendimentos e gastos do período. As estimativas e os pressupostos subjacentes foram determinados com base no melhor conhecimento Relatório do conselho de administração 2014_DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS 65 existente à data de aprovação das demonstrações financeiras consolidadas dos eventos e transacções em curso, assim como na experiência de eventos passados e/ou correntes. Contudo, poderão ocorrer situações em períodos subsequentes que, não sendo previsíveis à data de aprovação das demonstrações financeiras consolidadas, não foram consideradas nessas estimativas. As alterações às estimativas que ocorram posteriormente à data das demonstrações financeiras serão corrigidas de forma prospectiva. Por este motivo e dado o grau de incerteza associado, os resultados reais das transacções em questão poderão diferir das correspondentes estimativas. Os principais juízos de valor e estimativas efectuadas na preparação das demonstrações financeiras consolidadas anexas foram os seguintes: a) Imparidade do goodwill O goodwill é sujeito a teste de imparidade anualmente ou sempre que existem indícios de uma eventual perda de valor, de acordo com a política indicada na Nota 3.2.6. Os valores recuperáveis das unidades geradoras de fluxos de caixa às quais o goodwill é afecto são determinados com base no valor de uso, apurado de acordo com os fluxos de caixa esperados. Na determinação do valor de uso são utilizadas estimativas por parte da gestão relativamente à evolução futura da actividade e às taxas de desconto consideradas. b) Imposto sobre o Rendimento O Grupo reconhece passivos para liquidações adicionais de impostos que possam resultar de revisões pelas autoridades fiscais. Quando o resultado final destas situações é diferente dos valores inicialmente registados, as diferenças terão impacto no imposto sobre o rendimento e nos impostos diferidos, no período em que tais diferenças são identificadas. c) Reconhecimento de activos por impostos diferidos São reconhecidos activos por impostos diferidos apenas quando existe forte segurança de que existirão lucros tributáveis futuros disponíveis para a utilização das diferenças temporárias, ou quando existam passivos por impostos diferidos cuja reversão seja expectável no mesmo período em que os activos por impostos diferidos sejam revertidos. A avaliação dos activos por impostos diferidos é efectuada pela gestão no final de cada exercício, tendo em atenção a expectativa de desempenho no futuro. d) Pressupostos actuariais A avaliação das responsabilidades com benefícios definidos é efectuada semestralmente com o recurso a estudos actuariais elaborados por peritos independentes, baseados em pressupostos actuariais associados a indicadores económicos e demográficos. Alterações nestes pressupostos podem ter um impacto relevante naquelas responsabilidades. e) Provisões O Grupo analisa de forma periódica eventuais obrigações que ressaltem de eventos passados e que devam ser objecto de reconhecimento ou divulgação. A subjectividade inerente à determinação da probabilidade e montante de recursos internos necessários para liquidação das obrigações poderá conduzir a ajustamentos significativos, quer por variação dos pressupostos utilizados, quer pelo futuro reconheci- 66 NOTAS ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS mento de provisões anteriormente divulgadas como passivos contingentes. f) Imparidade das contas a receber O Grupo gere os riscos de crédito na carteira de saldos a receber através de análises de risco criteriosas aquando da abertura de crédito para novos clientes e da sua revisão regular (Nota 18.4). Desta forma, são recolhidos elementos do comportamento financeiro dos clientes através de contactos regulares, bem como através de contactos com outras entidades envolvidas na relação comercial (por exemplo, agentes de vendas). Paralelamente, a Secil e algumas das suas subsidiárias portuguesas contratualizaram seguros de crédito (Nota 37.3) que reduzem a sua exposição ao risco de crédito da carteira de saldos a receber. 3.25. Acontecimentos após a data do balanço Os acontecimentos após a data do balanço que proporcionem informação adicional sobre condições que existiam à data do balanço (adjusting events ou acontecimentos após a data do balanço que dão origem a ajustamentos) são reflectidos nas demonstrações financeiras. Os eventos após a data do balanço que proporcionem informação sobre condições que ocorram após a data do balanço (non adjusting events ou acontecimentos após a data do balanço que não dão origem a ajustamentos) são divulgados nas demonstrações financeiras, se forem considerados materiais. Relatório do conselho de administração 2014_DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS 67 4.Fluxos de caixa Para efeitos da demonstração dos fluxos de caixa, a caixa e seus equivalentes inclui numerário, depósitos bancários imediatamente mobilizáveis (de prazo inferior ou igual a três meses) e aplicações de tesouraria no mercado monetário, líquidos de descobertos bancários e de outros financiamentos de curto prazo equivalentes. Caixa e seus equivalentes em 31 de Dezembro de 2014 e 2013 detalha-se conforme se segue: Valores em Euros Numerário Depósitos bancários imediatamente mobilizáveis Aplicações de tesouraria Descobertos bancários (Nota 18) (Nota 23.3) 31/12/14 300 931 19 177 345 117 197 663 136 675 939 (9 843 159) 126 832 780 31/12/13 305 587 25 609 321 98 408 239 124 323 147 (14 163 855) 110 159 292 68 5. Investimentos em subsidiárias 5.1.Subsidiárias Em 31 de Dezembro de 2014 e 2013 o Grupo apresenta as seguintes subsidiárias: Denominação SocialSede DirectaI Secilpar, Unipessoal, Lda. Lisboa - Hewbol, S.G.P.S., Lda. Funchal 100,00 Somera Trading Inc. Panamá - Secil Cabo Verde Comércio e Serviços, Lda. Praia - ICV - Inertes de Cabo Verde, Lda. Praia 37,50 Florimar- Gestão e Participações, S.G.P.S., Lda. Funchal 100,00 Sociedade de Inertes, Limitada Nacala - Seciment Investments, B.V. Amesterdão 100,00 I3 Participações e Serviços, Ltda. Rio de Janeiro - Serife - Sociedade de Estudos e Realizações Industriais e de Fornecimento de Equipamento, Lda. Lisboa 100,00 Silonor, S.A. Dunkerque 100,00 Société des Ciments de Gabés Tunis 98,72 Sud- Béton- Société de Fabrication de Béton du Sud Tunis - Zarzis Béton Tunis - Secil Angola, SARL Luanda 100,00 Secil - Companhia de Cimento do Lobito, S.A. Lobito - Secil, Betões e Inertes, S.G.P.S., S.A. Setúbal 100,00 Unibetão - Indústrias de Betão Preparado, S.A. Lisboa - Britobetão - Central de Betão, Lda. Évora - Eurobetão - Betão Pronto, S.A. Lisboa - Secil Britas, S.A. Lisboa - Lusoinertes, S.A. Lisboa - Secil Martingança - Aglomerantes e Novos Materiais para a Construção, S.A. Leiria 51,19 IRP - Industria de Rebocos de Portugal, S.A. Santarém - Ciminpart - Investimentos e Participações, S.G.P.S., S.A. Lisboa 100,00 ALLMA - Microalgas, Lda. Leiria - Argibetão - Sociedade de Novos Produtos de Argila e Betão, S.A. Lisboa - Cimentos Costa Verde - Comércio de Cimentos, S.A. Lisboa - Reficomb- Refinação e Comercialização de Combustíveis Derivados de Resíduos, S.A.Setúbal - Solenreco-Produção e Comercialização de Combustíveis, Lda. Porto - Prescor Produção de Escórias Moídas, Lda. Lisboa - CMP - Cimentos Maceira e Pataias, S.A. Leiria 100,00 Ciments de Sibline, S.A.L. Beirute 28,64 Soime, S.A.L. Beirute - Cimentos Madeira, Lda. Funchal 57,14 Beto Madeira - Betões e Britas da Madeira, S.A. Funchal - Promadeira - Sociedade Técnica de Construção da Ilha da Madeira, Lda. Funchal - Brimade - Sociedade de Britas da Madeira, S.A. Funchal - Madebritas - Sociedade de Britas da Madeira, Lda. (a) Funchal - Pedra Regional - Industria Transformadora de Rochas Ornamentais, S.A. (a) Funchal - Uniconcreto - Betão Pronto, S.A. Lisboa 100,00 (a) Sociedades detidas em 51% pela Brimade, S.A. e portanto controladas pelo Grupo Relatório do conselho de administração 2014_DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS 69 31/12/14 31/12/13 % do capital detido pela Secil % do capital detido pela Secil Indirecta Total DirectaIndirecta Total - - 100,00 - 100,00 - 100,00 - 100,00 100,00 100,00 100,00 - 100,00 100,00 100,00 100,00 - 100,00 100,00 25,00 62,50 37,50 25,00 62,50 - 100,00 100,00 - 100,00 99,00 99,00 - - - 100,00 100,00 - 100,00 99,97 99,97 - 99,97 99,97 - 100,00 100,00 - 100,00 - 100,00 100,00 - 100,00 - 98,72 98,72 - 98,72 98,72 98,72 - 98,72 98,72 98,52 98,52 - 98,52 98,52 - 100,00 100,00 - 100,00 51,00 51,00 - 51,00 51,00 - 100,00 100,00 - 100,00 100,00 100,00 - 100,00 100,00 91,00 91,00 - 91,00 91,00 - - - 100,00 100,00 100,00 100,00 - 100,00 100,00 100,00 100,00 - 100,00 100,00 48,81 100,00 51,19 48,81 100,00 75,00 75,00 - 75,00 75,00 - 100,00 100,00 - 100,00 70,00 70,00 - 70,00 70,00 90,87 90,87 - 90,87 90,87 100,00 100,00 - 100,00 100,00 100,00 100,00 - 100,00 100,00 - - - 98,00 98,00 100,00 100,00 - 100,00 100,00 - 100,00 100,00 - 100,00 22,41 51,05 28,64 22,41 51,05 51,05 51,05 - 51,05 51,05 - 57,14 57,14 - 57,14 57,14 57,14 - 57,14 57,14 57,14 57,14 - 57,14 57,14 57,14 57,14 - 57,14 57,14 29,14 29,14 - 29,14 29,14 29,14 29,14 - 29,14 29,14 - 100,00 100,00 - 100,00 70 5.2. Interesses minoritários Em 31 de Dezembro de 2014 e 2013, o detalhe dos interesses minoritários incluídos no capital próprio é conforme segue: Valores em Euros Britobetão - Central de Betão, Lda. Société des Ciments de Gabès e subsidiárias IRP - Industria de Rebocos de Portugal, S.A. Secil - Companhia de Cimento do Lobito, S.A. Ciments de Sibline, S.A.L e subsidiárias Cimentos Madeira, Lda. e subsidiárias Outros 31/12/14 57 042 965 064 460 366 2 957 344 69 182 364 5 366 376 (696 478) 78 292 078 31/12/13 64 731 921 417 421 258 5 235 200 54 798 441 5 353 225 (601 852) 66 192 420 31/12/14 (7 689) 106 320 89 108 (2 618 003) 8 566 966 23 708 (109 719) 6 050 691 31/12/13 (18 323) (35 463) 57 173 (2 420 268) 8 656 037 (142 680) (335 571) 5 760 905 Em 31 de Dezembro de 2014 e 2013, o detalhe dos interesses minoritários evidenciados na demonstração dos resultados é conforme se segue: Valores em Euros Britobetão - Central de Betão, Lda. Société des Ciments de Gabès e subsidiárias IRP - Industria de Rebocos de Portugal, S.A. Secil - Companhia de Cimento do Lobito, S.A. Ciments de Sibline, S.A.L e subsidiárias Cimentos Madeira, Lda. e subsidiárias Outros Relatório do conselho de administração 2014_DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS 71 Os movimentos ocorridos nos períodos findos em 31 de Dezembro de 2014 e 2013 apresentam-se conforme se segue: Valores em Euros 31/12/14 31/12/13 Saldo inicial 66 192 420 65 678 572 Variação de perímetro: ALLMA - Microalgas, Lda. Constituição - 1 500 Sociedade de Inertes, Limitada Reforço de 50% da participação do grupo no capital (Nota 8) 795 Solenreco - Prod. e comercialização de combustíveis, Lda. Alienação da participação de 98% no capital (Nota 8) 14 635 Redução de Capital (70 108) Transposição das demonstrações financeiras de subsidiárias estrangeiras 8 356 806 (2 902 672) Dividendos (2 269 237) (2 352 881) Desvios e alterações de pressupostos nos estudos actuariais 25 463 (10.249) Subsídios ao investimento (9 387) 17 245 Resultado líquido do período 6 050 691 5 760 905 Saldo final 78 292 078 66 192 420 72 6. Interesses em empreendimentos conjuntos Em 31 de Dezembro de 2014 e 2013, o Grupo apresenta os seguintes interesses em empreendimentos conjuntos: Denominação SocialSede DirectaI Secil Unicon - S.G.P.S., Lda. Lisboa 50,00 Secil Prébetão, S.A. Montijo - 7. Investimentos em associadas Em 31 de Dezembro de 2014 e 2013, o Grupo tem os seguintes investimentos em associadas: 31/12/1431/12/13 % indirecta % indirecta Sede do capital detido do capital detido Setefrete, SGPS, S.A. Setúbal 25,00 25,00 MC - Matériaux de Construction Gabés 49,36 49,36 J.M. Henriques, Lda. Câmara de Lobos 50,00 50,00 Ave-Gestão Ambiental e Valorização Energética, S.A. Lisboa 35,00 35,00 Supremo Cimentos, S.A. Pomerode 15,00 15,00 NSOSPE - Empreendimentos e Participações, S.A. Rio de Janeiro 20,68 45,58 Sociedade de Inertes, Lda. Nacala - Porto - 49,00 Relatório do conselho de administração 2014_DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS 73 31/12/14 31/12/13 % do capital detido pela Secil % do capital detido pela Secil Indirecta Total DirectaIndirecta - 50,00 50,00 - 39,80 39,80 - 39,80 No decurso do corrente período a Ciminpart – Investimentos e Participações, SGPS, S.A. (“Ciminpart”) diluiu a percentagem de participação financeira que detinha no capital da NSOSPE – Empreendimentos e Participações, S.A., detendo, em 31 de Dezembro de 2014, uma participação correspondente a 20,68% do seu capital. Esta diluição da percentagem de participação traduziu-se no reconhecimento de um ganho no período no montante de Euros 5.064.240 (Nota 31). Em 7 de Novembro de 2014 a subsidiária Florimar- Gestão e Participações, S.G.P.S., Lda., reforçou a participação financeira que detinha no capital da Sociedade de Inertes, Lda. em 50%, pelo montante de Euros 646, passando a deter 99% do capital da mesma. Com esta aquisição a Sociedade de Inertes, Lda. passou de associada a subsidiária do Grupo Secil (Nota 5.1 e 14). Total 50,00 39,80 74 Em 31 de Dezembro de 2014 e 2013, as demonstrações financeiras disponíveis das associadas apresentam nas suas demonstrações financeiras os valores seguintes: Activos Valores em Euros Totais MC- Materiaux de Construction a) 622 391 J.M.J. - Henriques, Lda. a) 1 076 917 Setefrete, SGPS, S.A. a) e b) 5 664 562 Ave-Gestão Ambiental e Valorização Energética, S.A. a) 3 989 252 Supremo Cimentos S.A a) e b) 175 997 086 NSOSPE - Empreendimentos e Participações, S.A. a) e b) 84 404 485 a) A informação financeira apresentada está de acordo com as demonstrações financeiras oficiais das associadas para o período findo em 31.12.2014, com excepção da Setefrete, SGPS, S.A que respeitam ao período findo em 31.12.2013. b) Para efeitos de aplicação do Método de Equivalência Patrimonial (Nota 14), as demonstrações financeiras destas sociedades encontram-se ajustadas. Activos Valores em Euros Totais MC- Materiaux de Construction a) 699 140 J.M.J. - Henriques, Lda. a) 1 074 797 Setefrete, SGPS, S.A. a) e b) 4 731 052 Ave-Gestão Ambiental e Valorização Energética, S.A. a) 4 087 892 Supremo Cimentos S.A a) e b) 120 508 624 NSOSPE - Empreendimentos e Participações, S.A. a) e b) 62 649 838 a) A informação financeira apresentada está de acordo com as demonstrações financeiras oficiais das associadas para o período findo em 31.12.2013, com excepção da Setefrete, SGPS, S.A que respeitam ao período findo em 31.12.2012. b) Para efeitos de aplicação do Método de Equivalência Patrimonial (Nota 14), as demonstrações financeiras destas sociedades encontram-se ajustadas. Relatório do conselho de administração 2014_DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS 75 31 de Dezembro de 2014 PassivosCapital Vendas Totais Próprio 500 547 121 844 316 595 760 322 2 207 862 3 456 700 3 500 394 488 858 82 838 453 93 158 633 47 605 439 36 799 046 e serviçosResultado prestados Líquido 7 603 069 (5 134) - (3 320) 102 813 2 892 221 12 379 830 427 896 54 316 698 (1 793 627) - (4 498 648) 31 de Dezembro de 2013 PassivosCapital Vendas Totais Próprio 572 858 126 282 311 147 763 650 1 969 573 2 761 479 3 695 911 391 981 26 685 991 93 822 633 57 526 759 5 123 079 e serviçosResultado prestados Líquido 4 753 814 25 693 - (6 514) 102 813 1 347 994 12 302 485 331 011 49 846 812 (1 068 961) - (7 688 250) 76 8. Alterações no perímetro de consolidação No decurso do período findo em 31 de Dezembro de 2014, o impacto nas demonstrações financeiras consolidadas por via de alterações no perímetro de consolidação são como se segue: SubsidiáriasAssociadaImpacto Valores em Euros alienadas adquirida líquido Activos não correntes Activos fixos tangíveis (Nota 10) (880 833) 614 010 (266 823) Outros activos não correntes (550 042) - (550 042) Activos correntes Estado e outros entes públicos (3 640) 105 691 102 051 Outras contas a receber (301 574) - (301 574) Caixa e depósitos bancários (19 312) 1 340 (17 972) Interesses minoritários (Nota 5.2) (14 635) (795) (15 430) Passivos não correntes Outras contas a pagar 1 927 117 - 1 927 117 Passivos correntes Estado e outros entes públicos 32 171 - 32 171 Outras contas a pagar 212 851 (641 505) (428 654) Activos e passivos identificáveis à data da aquisição/alienação 402 103 78 741 480 844 Custo / (proveito) reconhecido em resultados (Nota 31) - (39 121) (39 121) Ganho na alienação (482 918) - (482 918) Custos da concentração/ Preço Venda (80 815) 39 620 (41 195) Caixa e equivalentes de caixa 19 312 1 340 20 652 Património líquido adquirido / integrado (61 503) 40 960 (20 543) Entradas no perímetro Saídas do perímetro - Sociedade de Inertes, Lda. – com sede em Nacala, reforço de 50% na participação financeira detida de 49%, passando esta associada a subsidiária (Nota 7). - Solenreco - Produção e Comercialização de Combustíveis, Lda., subsidiária alienada. Relatório do conselho de administração 2014_DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS 77 9. Goodwill No decurso dos períodos findos em 31 de Dezembro de 2014 e 2013, os movimentos ocorridos na rubrica “Goodwill”, são conforme se segue: Valores em Euros 31/12/14 Valor bruto no início do período 224 577 379 Perdas por imparidade acumuladas (109 610 754) Valor líquido no início do período 114 966 625 Perdas por imparidade (Nota 15) - Variação cambial: Société des Ciments de Gabès (Nota 20.5.1) 151 870 Sud-Béton-Société de Fabrication de Béton du Sud (Nota 20.5.1) 9 027 Ciments de Sibline, S.A.L. (Nota 20.5.1) 1 532 330 Secil Angola, SARL (Nota 20.5.1) - Saldo final 116 659 852 31/12/13 217 561 182 (85 349 488) 132 211 694 (13 620 281) (2 866 217) (170 376) (510 178) (78 017) 114 966 625 O goodwill é atribuído às unidades geradoras de fluxos de caixa (UGC) do Grupo, identificadas de acordo com o país da operação e o segmento de negócio, conforme se segue: Valores em Euros Cimento Betões Agregados Outros Para efeitos de testes de imparidade, o valor recuperável das UGC é determinado com base no valor em uso, de acordo com o método dos fluxos de caixa descontados. Os cálculos baseiam-se no desempenho histórico e nas expectativas de desenvolvimento do negócio com a actual estrutura produtiva, sendo utilizado o plano estimado de médio prazo a 5 anos do Grupo. Portugal Líbano TunísiaOutros Total 50 647 610 12 964 923 27 476 373 - 91 088 906 21 336 708 - 1 633 276 - 22 969 984 ----2 480 536 - - 120 426 2 600 962 74 464 854 12 964 923 29 109 649 120 426 116 659 852 Em resultado dos cálculos efectuados, foram imputadas, no período findo em 31 de Dezembro de 2013, perdas por imparidade ao goodwill no montante de Euros 13.620.281 relativas à unidade geradora de fluxos de caixa em Portugal para o segmento de negócio dos betões (Euros 11.896.000) e à unidade geradora de fluxos de caixa em Angola para o segmento de negócio do cimento (Euros 1.724.281). Em 2014, verificou-se através de testes de imparidade às UGC não haver lugar ao registo de qualquer imparidade adicional. 78 10. Activos fixos tangíveis Nos períodos findos em 31 de Dezembro de 2014 e 2013, os movimentos ocorridos na rubrica “Activos fixos tangíveis”, bem como nas respectivas depreciações acumuladas e perdas por imparidade, são conforme se segue: Terrenos e recursosRecuperação Valores em Euros naturais paisagística Activos Saldo em 1 de Janeiro de 2013 171 880 811 5 093 941 Aquisições 20 045 - Alienações (37 668) - Regularizações, transferências e abates 116 922 - Ajustamento cambial (6 123 467) - Activos não correntes detidos para venda (Nota 19) 2 081 798 - Saldo em 31 de Dezembro de 2013 167 938 441 5 093 941 Variação de perímetro (Nota 8) - - Aquisições 468 978 - Alienações (75 444) - Regularizações, transferências e abates 1 829 544 375 931 Ajustamento cambial 2 854 345 - Saldo em 31 de Dezembro de 2014 173 015 864 5 469 872 Deprec. acumuladas e perdas por imparidade Saldo em 1 de Janeiro de 2013 (41 636 576) (1 662 075) Depreciações (Nota 33) (2 027 663) (102 472) Perdas por imparidade (Nota 33) (770 000) - Alienações - - Regularizações, transferências e abates - - Ajustamento cambial 1 482 699 - Activos não correntes detidos para venda (Nota 19) (628 275) - Saldo em 31 de Dezembro de 2013 (43 579 815) (1 764 547) Variação de perímetro (Nota 8) Depreciações (Nota 33) (1 210 333) (116 393) Perdas por imparidade (Nota 33) (105 316) - Alienações 358 - Regularizações, transferências e abates (341 108) (300 377) Ajustamento cambial (363 536) - Saldo em 31 de Dezembro de 2014 (45 599 750) (2 181 317) Activos líquidos Valor líquido em 31 de Dezembro de 2013 124 358 626 3 329 394 Valor líquido em 31 de Dezembro de 2014 127 416 114 3 288 555 Relatório do conselho de administração 2014_DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS 79 EdifíciosActivos fixos e outras tangíveis construções Equipamentos em cursoAdiantamentos Total 386 949 770 1 289 340 939 25 208 504 1 491 875 1 879 965 840 1 495 769 9 629 101 22 802 798 418 825 34 366 538 (155 220) (6 439 438) (10 493) (24 609) (6 667 428) 8 123 947 25 035 094 (33 952 121) (729 413) (1 405 571) (5 224 453) (20 923 028) (1 086 955) (46 408) (33 404 311) 5 943 197 4 858 959 265 000 - 13 148 954 397 133 010 1 301 501 627 13 226 733 1 110 270 1 886 004 022 - (1 510 000) 614 010 - (895 990) 1 602 359 3 183 121 10 851 761 629 242 16 735 461 (127 772) (3 043 296) - - (3 246 512) (3 060 369) 14 461 534 (14 477 995) (932 260) (1 803 615) 6 510 403 19 643 903 603 576 86 822 29 699 049 402 057 631 1 334 236 889 10 818 085 894 074 1 926 492 415 (309 509 236) (1 130 048 559) - - (1 482 856 446) (9 857 018) (39 085 215) - - (51 072 368) 417 220 1 097 631 (1 202 321) - (457 470) 146 157 6 519 329 - - 6 665 486 167 119 864 286 - - 1 031 405 2 547 724 13 376 735 76 319 - 17 483 477 (5 742 029) (4 858 962) (265 000) - (11 494 266) (321 830 063) (1 152 134 755) (1 391 002) - (1 520 700 182) 629 167 - - 629 167 (8 116 283) (32 346 584) - - (41 789 593) 381 783 (1 121 934) (523 419) - (1 368 886) 127 443 2 907 948 - - 3 035 749 421 822 1 103 588 - (267 500) 616 425 (3 184 179) (12 272 602) (12 073) - (15 832 390) (332 199 477) (1 193 235 172) (1 926 494) (267 500) (1 575 409 710) 75 302 947 149 366 872 11 835 731 1 110 270 365 303 840 69 858 154 141 001 717 8 891 591 626 574 351 082 705 80 As perdas por imparidade acumuladas detalham-se conforme se segue: Valores em Euros Terrenos e recursos naturais Edifícios e outras construções Equipamentos Activos fixos tangíveis em curso Perdas Perdas doA acumuladasexercícioAjustamento 01/01/13 (Nota 33) cambial (4 774 809) (770 000) - (4 281 577) 417 220 - (4 160 907) 1 097 631 - - (1 202 321) 76 319 (13 217 293) (457 470) 76 319 As empresas do Grupo, sedeadas em Portugal, procederam em anos anteriores à reavaliação dos seus activos fixos tangíveis ao abrigo da legislação aplicável, nomeadamente Portaria nº 258 de 28 de Dezembro de 1963, Decretos-Lei nº 126/77, nº 430/78, nº 219/82, nº 319G/84, nº 118-B/86, nº 111/88, nº 49/91, nº 264/92, nº 22/92 e nº 31/98. O detalhe dos custos históricos de aquisição de activos fixos tangíveis e correspondente reavaliação, líquidos de amortizações acumuladas, em 31 de Dezembro de 2014 e 2013 é o seguinte: Valores em Euros 31/12/14 RubricasCusto histórico Excedente de revalorização Terrenos e recursos naturais 117 340 826 10 075 288 Edifícios e outras construções 67 663 826 2 194 328 Equipamentos 140 874 673 127 044 325 879 325 12 396 660 Relatório do conselho de administração 2014_DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS 81 Activos Perdas Perdas do Perdas não correntes acumuladasexercícioAjustamento acumuladas detidos para venda 31/12/13 (Nota 33) cambial 31/12/14 (2 277 432) (7 822 241) (105 316) - (7 927 557) (1 427 993) (5 292 350) 381 783 - (4 910 567) (606 822) (3 670 098) (1 121 934) - (4 792 032) (262 750) (1 388 752) (523 419) (104 973) (2 017 144) (4 574 997) (18 173 441) (1 368 886) (104 973) (19 647 300) Valor revalorizadoCusto histórico 127 416 114 114 489 774 69 858 154 71 277 697 141 001 717 149 218 413 338 275 985 334 985 884 31/12/13 Excedente de revalorização Valor revalorizado 9 868 852 124 358 626 4 025 250 75 302 947 148 459 149 366 872 14 042 561 349 028 445 82 11. Locações 11.1. Locações financeiras Em 31 de Dezembro de 2014 e 2013 o Grupo utiliza os seguintes bens adquiridos em locação financeira: 31/12/1431/12/13 ValorAmortização Valor líquido ValorAmortização Valor líquido Valores em Euros aquisição acumulada contabilistico aquisição acumulada contabilistico Equipamento básico 4 365 548 (2 252 534) 2 113 014 4 365 548 (1 679 936) 2 685 612 4 365 548 (2 252 534) 2 113 014 4 365 548 (1 679 936) 2 685 612 Em 31 de Dezembro de 2014 e 2013, a dívida do Grupo referente a locações financeiras bem como o seu plano de reembolso, detalha-se como se segue: Locação financeira - rendas a pagar Valores em Euros Não correntes (Nota 23.3) Correntes (Nota 23.3) 31/12/14 2 162 052 679 642 2 841 694 31/12/13 2 441 096 656 874 3 097 970 Locação financeira – plano de reembolso Valores em Euros A menos de 1 ano 1 a 2 anos 2 a 3 anos 3 a 4 anos 4 a 5 anos Juros futuros - a deduzir Valor actual das responsabilidades por locação financeira (Nota 23.3) 31/12/14 810 999 805 178 755 872 798 175 - 3 170 224 (328 530) 2 841 694 31/12/13 793 816 677 751 681 829 680 716 699 775 3 533 887 (435 917) 3 097 970 Relatório do conselho de administração 2014_DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS 83 No decurso dos períodos findos em 31 de Dezembro de 2014 e 2013 foram reconhecidos nas rubricas “(Gastos)/ reversões de depreciação e amortização” e “Juros e gastos similares suportados” os seguintes montantes: Valores em Euros Amortizações do período Gasto financeiro 31/12/14 572 598 131 948 704 546 31/12/13 536 568 152 315 688 883 84 11.2. Locações operacionais Em 31 de Dezembro de 2014 e 2013, o Grupo é locatário em contratos de locação operacional relacionados com o alu- guer de viaturas, os quais se encontram denominados em Euro. Os pagamentos mínimos das locações operacionais são detalhados conforme se segue: Valores em Euros A menos de 1 ano 1 a 5 anos 31/12/14 110 189 4 020 114 209 Os gastos relacionados com locações operacionais reconhecidos nos períodos findos em 31 de Dezembro de 2014 e 2013 ascenderam a Euros 532.967 e 777.528, respectivamente. 12. Propriedades de investimento Os movimentos ocorridos nos períodos findos em 31 de Dezembro de 2014 e 31/12/13 390 787 183 900 574 687 2013, na rubrica “Propriedades de investimento”, são conforme se segue: 31/12/14 Valores em EurosArrendadas Para venda Saldo inicial - quantia bruta 957 222 1 103 319 Alienações - - Saldo final quantia bruta 957 222 1 103 319 Saldo inicial - amortizações e perdas por imparidades 705 305 65 521 Transferências Para outras classes de activos - (1 725) Amortizações e perdas por imparidade (Nota 33) 15 997 2 794 Saldo final - amortizações e perdas por imparidade 721 302 66 590 Valor líquido 235 920 1 036 729 As propriedades de investimento são amortizadas de acordo com o método da linha recta, em conformidade com o período de vida útil estimado para cada grupo de bens. No decurso dos períodos findos em 31 de Dezembro de 2014 e 2013 foram reconhecidos em resultados os seguintes rendimentos e gastos relacionados com propriedades de investimento: 31/12/14 Valores em EurosArrendadas Para venda Rendimentos de rendas 58 293 - Amortizações e perdas por imparidade (15 997) (2 794) 42 296 (2 794) Relatório do conselho de administração 2014_DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS 85 31/12/13 TotalArrendadas Para venda Total 2 060 541 957 222 1 261 860 2 219 082 - - (158 541) (158 541) 2 060 541 957 222 1 103 319 2 060 541 770 826 689 308 62 729 752 037 (1 725) - - 18 791 15 997 2 792 18 789 787 892 705 305 65 521 770 826 1 272 649 251 917 1 037 798 1 289 715 31/12/13 TotalArrendadas 58 293 38 103 (18 791) (15 997) 39 502 22 106 Para venda - (2 792) (2 792) Total 38 103 (18 789) 19 314 86 A Propriedade Valores em Euros industrial Activos Saldo em 1 de Janeiro de 2013 172 166 Aquisições - Licenças atribuídas - Licenças alienadas no período - Revogação licenças - Transferências e abates 19 451 Licenças devolvidas à Entidade Coordenadora do Licenciamento - Saldo em 31 de Dezembro de 2013 191 617 Aquisições - Licenças atribuídas - Licenças alienadas no período - Revogação licenças - Transferências e abates 22 228 Licenças devolvidas à Entidade Coordenadora do Licenciamento - Saldo em 31 de Dezembro de 2014 213 845 Amortizações acumuladas e perdas por imparidade Saldo em 1 de Janeiro de 2013 (106 474) Amortizações do período (Nota 33) (47 363) Amortizações do período - Emissões de gases com efeito de estufa no período (Nota 33) - Reversão de perdas por imparidade no período (Nota 33) - Licenças devolvidas à Entidade Coordenadora do Licenciamento - Saldo em 31 de Dezembro de 2013 (153 837) Amortizações do período (Nota 33) (26 839) Amortizações do período - Emissões de gases com efeito de estufa no período (Nota 33) - Reversão de perdas por imparidade no período (Nota 33) - Licenças devolvidas à Entidade Coordenadora do Licenciamento - Saldo em 31 de Dezembro de 2014 (180 676) Activos líquidos Valor líquido em 31 de Dezembro de 2013 37 780 Valor líquido em 31 de Dezembro de 2014 33 169 Relatório do conselho de administração 2014_DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS 87 13. Activos intangíveis Nos períodos findos em 31 de Dezembro de 2014 e 2013, os movimentos ocorridos na rubrica “Activos intangíveis”, bem como nas respectivas amortizações, são conforme se segue: Activos LicençasOutros activos intangíveis Emissão CO2 intangíveis em curso Total 18 317 574 81 249 10 634 18 581 623 - - 33 253 33 253 10 640 176 - - 10 640 176 (1 791 891) - - (1 791 891) (26 364) - - (26 364) - - (19 451) (16 155 808) - - (16 155 808) 10 983 687 81 249 24 436 11 280 989 30 751 - 30 341 61 092 15 341 876 - - 15 341 876 (1 985 025) - - (1 985 025) (19 615) - - (19 615) - - (22 228) (6 912 250) - - (6 912 250) 17 439 424 81 249 32 549 17 767 067 (16 752 832) (78 524) - (16 937 830) - (1 832) - (49 195) (7 235 891) - - (7 235 891) 663 808 - - 663 808 16 155 808 - - 16 155 808 (7 169 107) (80 356) - (7 403 300) - - (26 839) (11 544 910) - - (11 544 910) 74 784 - - 74 784 6 912 250 - - 6 912 250 (11 726 983) (80 356) - (11 988 015) 3 814 580 893 24 436 3 877 689 5 712 441 893 32 549 5 779 052 Em 31 de Dezembro de 2014 e 2013 os montantes de Euros 5.712.441 e 3.814.580 registados na rubrica “Licenças de emissão CO2” referem-se ao valor das licenças de emissão de gases com efeitos de estufa atribuídas a título gratuito e depositadas a favor das empresas do Grupo no Registo Português de Licenças de Emissão relativos ao ano de 2014 e 2013 respectivamente, acrescido das licenças adquiridas e deduzido das licenças alienadas, das perdas por imparidade identificadas e das licenças entregues/entregar à Entidade Coordenadora do Licenciamento. 88 Os movimentos ocorridos nos períodos findos em 31 de Dezembro de 2014 e 2013, nas licenças de emissão de gases com efeito de estufa, são conforme se segue: Activos Saldo inicial Licenças atribuídas (Nota 20.5.3) Licenças adquiridas Revogação licenças (Nota 20.5.3) Licenças alienadas Licenças devolvidas à Entidade Coordenadora do Licenciamento Saldo final Amortizações acumuladas e perdas por imparidade Saldo inicial Amortizações do período relativas a: Emissões de gases com efeito de estufa no período Reversão de perdas por imparidade no período (Nota 33) Licenças devolvidas à Entidade Coordenadora do Licenciamento Saldo final Valor líquido O Grupo alienou, no período findo em 31 de Dezembro de 2014, 413.700 toneladas (193.300 toneladas em 2013) de licenças de emissão, tendo registado ganhos no montante de Euros 1.561.769 (Euros 978.774 em 2013) (Nota 31). Relatório do conselho de administração 2014_DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS 89 31/12/14 31/12/13 Toneladas Euros Toneladas Euros 2 400 517 10 983 687 2 097 830 18 317 574 2 201 130 15 341 876 2 240 037 10 640 176 133 700 30 751 - (2 116) (19 615) (2 844) (26 364) (413 700) (1 985 025) (193 300) (1 791 891 (1 559 126) (6 912 250) (1 741 206) (16 155 808) 2 760 405 17 439 424 2 400 517 10 983 687 (1 597 876) (7 169 107) (1 725 978) (16 752 832) (1 882 912) (11 544 910) (1 613 104) (7 235 891) 74 784 - 663 808 1 559 126 6 912 250 1 741 206 16 155 808 (1 921 662) (11 726 983) (1 597 876) (7 169 107) 838 743 5 712 441 802 641 3 814 580 90 14. Participações financeiras Em 31 de Dezembro de 2014 e 2013, a rubrica “Participações financeiras”, incluindo o goodwill, apresenta a seguinte composição: Valores em Euros Setefrete, SGPS, S.A. MC - Materiaux de Construction J.M.J. - Henriques, Lda. Ave-Gestão Ambiental e Valorização Energética, S.A. Supremo Cimentos, S.A. Nsospe Empreendimentos e Participações, S.A. Sociedade de Inertes, Lda O total das participações financeiras inclui os seguintes montantes relativos ao goodwill gerado na aquisição das associadas: Valores em EurosAno da aquisição Setefrete, SGPS, S.A. 2003 Ave - Gestão Ambiental e Valorização Energética, S.A. 2009 Supremo Cimentos, S.A. 2013 Nsospe Empreendimentos e Participações, S.A. 2013 Nsospe Empreendimentos e Participações, S.A. 2014 31/12/14 2 227 750 1 308 977 5 278 577 4 322 632 905 241 14 043 177 31/12/13 2 227 750 1 308 977 5 218 785 4 273 668 13 029 180 Os movimentos ocorridos nesta rubrica, nos períodos findos em 31 de Dezembro de 2014 e 2013, são como se segue: O Valores em EurosA Saldo inicial Aquisições: Nsospe Empreendimentos e Participações, S.A. Supremo Cimentos, S.A. Sociedade de Inertes, Limitada Efeito de diluição em participações financeiras (Nota 7 e 31) Resultado líquido apropriado (Nota 28) Dividendos atribuídos pela Setefrete, SGPS, S.A. Dividendos atribuídos pela Ave, S.A. Transferência de outras participações financeiras Transferência de associada para subsidiária (Nota 7) Ajustamento cambial Saldo final % Detida 25,00% 49,36% 28,57% 35,00% 15,00% 20,68% 49,00% Relatório do conselho de administração 2014_DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS 91 31/12/14 Valor % Detida 3 091 925 25,00% 2 223 49,36% 380 161 28,57% 1 480 077 35,00% 22 084 473 15,00% 12 795 527 45,58% - 49,00% 39 834 386 31/12/13 Valor 2 918 120 2 211 381 825 1 446 165 22 088 327 6 571 082 648 33 408 378 31/12/14 31/12/13 Outras participações AssociadasAssociadas financeiras Total 33 408 378 5 016 542 24 413 353 29 429 895 --2 456 968 9 978 305 9 978 305 - 5 623 326 5 623 326 - 648 648 5 064 240 - - (671 278) (2 214 487) - (2 214 487) (549 250) (487 500) - (487 500) (115 853) (226 006) - (226 006) - 24 413 353 (24 413 353) (38 973) - - 280 154 (8 695 803) - (8 695 803) 39 834 386 33 408 378 - 33 408 378 92 15. Imposto sobre o rendimento 15.1. Imposto corrente A Secil e algumas das suas subsidiárias integraram, em 1 de Janeiro de 2014, o Grupo fiscal do qual a Semapa, S.G.P.S., S.A. é a sociedade dominante, sendo tributadas pelo Regime Especial de Tributação de Grupos de Sociedades (RETGS), constituído pelas empresas com uma participação igual ou superior a 75% e que cumprem as condições previstas no artigo 69º e seguintes do Código do IRC. As empresas que se englobam no perímetro do grupo de sociedades sujeitas a este regime apuram e registam o imposto sobre o rendimento tal como se fossem tributadas numa óptica individual. Em 31 de Dezembro de 2014 e 2013, a rubrica “Imposto sobre o rendimento” apresenta o seguinte detalhe: Valores em Euros Imposto corrente Liquidações adicionais de IRC Imposto diferido (Notas 15.2) 31/12/14 4 196 782 3 929 358 (6 455 803) 1 670 337 31/12/13 3 547 069 (4 238 041) (817 981) (1 508 953) Os montantes de Euros 4.196.782 e Euros 3.547.069 registados em imposto corrente em 31 de Dezembro de 2014 e 2013, respectivamente incluem: Valores em Euros 31/12/14 31/12/13 Estimativa de imposto do período das empresas não pertencentes ao Grupo fiscal Semapa (Nota 25) 5 679 206 4 320 602 Estimativa de imposto das empresas que integram o Grupo fiscal Semapa (Nota 36) 1 084 275 Outros custos e perdas de IRC de exercícios anteriores (1 031 846) (755 445) Excesso / (insuficiência) de estimativa de exercícios anteriores (1 534 853) (18 088) 4 196 782 3 547 069 As declarações anuais de rendimentos estão sujeitas em Portugal a revisão e eventual ajustamento por parte das autoridades fiscais durante um período de 4 anos. Contudo, no caso de serem apresentados prejuízos fiscais estes podem ser sujeitos a revisão e liquidação pelas autoridades fiscais por um período superior. Noutros países em que o Grupo desenvolve a sua actividade os prazos são diferentes, em regra superiores. O Conselho de Administração entende que eventuais correcções àquelas declarações em resultado de revisões/inspecções por parte das autoridades fiscais não terão efeitos materiais nas demons- trações financeiras consolidadas em 31 de Dezembro de 2014. Relatório do conselho de administração 2014_DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS 93 A reconciliação da taxa efectiva de imposto nos períodos findos em 31 de Dezembro de 2014 e 2013 é evidenciada como segue: Valores em Euros Resultado antes de impostos Imposto esperado Diferenças permanentes (a) Prejuízos fiscais recuperáveis de períodos anteriores Prejuízos fiscais não recuperáveis Prejuízos fiscais de períodos anteriores considerados não recuperáveis Diferenças de taxas de imposto (b) Benefícios fiscais Liquidações adicionais de IRC Retenção na fonte a título definitivo Imposto relativo a períodos anteriores Ajustamentos à colecta (c) Taxa efectiva de imposto 31/12/14 13 756 441 4 058 150 5 923 889 (2 869 162) 2 875 941 - (4 608 280) (5 376 543) 3 929 358 98 484 (2 665 183) 303 683 1 670 337 12,1% 31/12/13 (30 645 496) (9 040 421) 4 287 308 (31 808) 7 662 299 1 278 242 (1 030 777) (4 933 558) 102 874 (439 686) 636 574 (1 508 953) 0,0% 31/12/14 - 671 278 151 394 (5 861 745) (3 811 801) - 9 066 106 17 915 382 1 950 367 20 080 981 5 923 889 31/12/13 13 620 281 2 214 487 2 874 429 (2 907 713) (809 380) 1 958 476 181 517 (2 598 849) 14 533 248 4 287 308 (a) Este valor respeita essencialmente a: Valores em Euros Perdas por imparidade do goodwill (Nota 9) Efeito da aplicação do método da Equivalência Patrimonial (Nota 28) Mais / (Menos) valias fiscais (Mais) / Menos valias contabilísticas Benefícios fiscais Dividendos de empresas sediadas fora da U.E. Aumento / (Redução) de imparidades e provisões tributadas Resultados intragrupo sujeitos a tributação Outros Impacto fiscal (29,50%) (b) A redução de imposto verificada no período na rubrica “Diferenças de taxas de imposto” inclui essencialmente o efeito positivo (i) de diferentes taxas de imposto praticadas em países em que o Grupo opera, nomeadamente a taxa de imposto da Tunísia de 25% e do Líbano de 15% e (ii) o efeito da redução da taxa de IRC em Portugal. (c) O montante mostrado na rubrica “Ajustamentos à colecta” respeita essencialmente à tributação autónoma no montante de Euros 286.842. 94 15.2. Imposto diferido No decurso dos períodos findos em 31 de Dezembro de 2014 e 2013, os movimentos ocorridos nos activos e passivos por impostos diferidos, são os seguintes: A R Ajustamento Valores em EurosSaldo inicial Cambial Diferenças temporárias que originam activos por impostos diferidos Provisões e imparidades tributadas 19 399 744 391 971 Provisões para recuperação ambiental e paisagística 2 538 457 - Prejuízos fiscais reportáveis 337 146 - Responsabilidade por subsídio de reforma (Nota 22) 396 861 27 939 Responsabilidades por subsídios por morte (Nota 22) 52 678 - Responsabilidade por prémio de antiguidade (Nota 22) 534 666 - Insuficiência do fundo de pensões (Nota 22) 94 178 450 Benefícios de reforma sem fundo autónomo (Nota 22) 5 962 894 - Responsabilidade por assistência na doença (Nota 22) 514 795 - Mais-valias diferidas contabilísticamente, originadas em transacções intra-grupo 2 713 674 - Justo valor apurado em combinações empresariais 1 325 414 180 096 Imparidades em activos fixos 7 452 085 - Outras diferenças temporárias 4 803 510 - 46 126 102 600 456 Diferenças temporárias que originam passivos por impostos diferidos Reavaliação de activos fixos tangiveís (3 721 476) - Justo valor apurado em combinações empresariais (104 957 243) (3 875 013) Menos-valias diferidas contabilísticamente, originadas em transacções intra-grupo (9 950 698) 90 090 Diferimento da tributação de mais-valias (844 850) - Acréscimos de amortizações (3 830 576) (21 593) Excesso do fundo de pensões (Nota 22) (4 102 570) - Subsídios ao investimento (Nota 20.5.3) (1 264 042) (1 461) Licenças emissão de gases com efeito de estufa (Nota 13) (3 814 580) - Outras diferenças temporárias (228 144) - (132 714 179) (3 807 977) Valores reflectidos no balanço Activos por impostos diferidos 11 827 066 89 315 Passivos por impostos diferidos (34 513 322) (603 128) Relatório do conselho de administração 2014_DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS 95 31 de Dezembro de 2014 Alteração da Resultados taxa deAlteração daActivos do período impostoCapital taxa de detidos (Nota 15.1) (Nota 15.1) Próprio imposto Transferências para vendaSaldo final (234 263) - - - (22.689) - 19 534 763 157 248 - - - - - 2 695 705 (191 094) - - - - - 146 052 57 626 - (66 723) - - 415 703 5 502 - (4 146) - - - 54 034 (36 844) - - - - - 497 822 (33 055) - (23 019) - - - 38 554 (646 226) - 412 695 - - - 5 729 363 (433 538) - (11 969) - - - 69 288 (160 633) - - - - - 2 553 041 - - - - - - 1 505 510 1 363 057 - - - - - 8 815 142 (101 234) - (248 084) - 22 689 - 4 476 881 (253 454) - 58 754 - - - 46 531 858 681 465 - - - - - (3 040 011) 2 136 126 - - - - (30 311) (106 726 441) 9 860 608 - - - - - 76 073 - - - - - (768 777) (261 656) - - - - - (4 113 825) (179 202) - (575 735) - - - (4 857 507) - - 238 390 - - - (1 027 113) - - (1 897 861) - - - (5 712 441) 78 871 - - - - - (149 273) 12 392 285 (2 235 206) - (30 311) (126 395 388) (172 019) (961 397) 39 286 (5 357) - 10 816 894 3 754 325 3 834 894 (644 816) 90 108 - (15 550) (28 097 489) 96 Em resultado da alteração introduzida pela Lei nº 82-B/2014 de 31 de Dezembro, que alterou o artigo 87º do Código do IRC, fixando em 21% a taxa em vigor para o exercício de 2015, o Grupo procedeu à actualização das taxas aplicadas aos seus activos e passivos por impostos diferidos O impacto desta alteração de taxa nos impostos diferidos, em 31 de Dezembro de 2014, traduziu-se em um impacto positivo nos resultados e nos capitais próprios no montante de Euros 78.577 e Euros 84.751, respectivamente. A R A Valores em EurosSaldo inicial C Diferenças temporárias que originam activos por impostos diferidos Provisões e imparidades tributadas 17 701 992 Provisões para recuperação ambiental e paisagística 2 251 493 Prejuízos fiscais reportáveis 5 341 885 Responsabilidade por subsídio de reforma (Nota 22) 430 715 Responsabilidades por subsídios por morte (Nota 22) 53 853 Responsabilidade por prémio de antiguidade (Nota 22) 551 207 Insuficiência do fundo de pensões (Nota 22) 96 648 Benefícios de reforma sem fundo autónomo (Nota 22) 6 739 718 Responsabilidade por assistência na doença (Nota 22) 983 936 Mais-valias diferidas contabilísticamente, originadas em transacções intra-grupo 1 459 469 Justo valor apurado em combinações empresariais 1 385 387 Imparidades em activos fixos 7 452 863 Outras diferenças temporárias 6 375 190 50 824 356 Diferenças temporárias que originam passivos por impostos diferidos Reavaliação de activos fixos tangiveís (4 807 282) Justo valor apurado em combinações empresariais (115 529 388) Menos-valias diferidas contabilísticamente, originadas em transacções intra-grupo (10 400 946) Diferimento da tributação de mais-valias (904 480) Acréscimos de amortizações (3 944 550) Excesso do fundo de pensões (Nota 22) (5 030 218) Subsídios ao investimento (Nota 20.5.3) (1 389 229) Licenças emissão de gases com efeito de estufa (Nota 13) (1 531 317) Outras diferenças temporárias (328 820) (143 866 230) Valores reflectidos no balanço Activos por impostos diferidos 13 496 066 Passivos por impostos diferidos (38 343 238) Relatório do conselho de administração 2014_DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS 97 Adicionalmente, verificou-se uma redução na taxa de imposto sobre o rendimento praticada na Tunísia, de 30% para 25%, que se traduziu num efeito positivo em resultados no montante de Euros 2.794.920. 31 de Dezembro de 2013 Alteração da Resultados taxa deAlteração daActivos Ajustamento do período impostoCapital taxa de detidos Cambial (Nota 15.1) (Nota 15.1) Próprio imposto para vendaSaldo final (527 609) 2 225 361 - - - - 19 399 744 - 286 964 - - - - 2 538 457 - (5 004 739) - - - - 337 146 (33 517) 2 572 - (2 909) - - 396 861 - (1 175) - - - - 52 678 - (16 541) - - - - 534 666 (9 331) (29 297) - 36 158 - - 94 178 - (653 010) - (123 814) - - 5 962 894 - (399 862) - (69 279) - - 514 795 - 1 254 205 - - - - 2 713 674 (59 973) - - - - - 1 325 414 - (778) - - - - 7 452 085 - (38 949) - (1 532 731) - - 4 803 510 (630 430) (2 375 249) (1 692 575) - 46 126 102 - 1 094 533 - - - (8 727) (3 721 476) 7 193 335 3 406 372 - - - (27 562) (104 957 243) 450 248 - - - - - (9 950 698) - 114 924 - - - (55 294) (844 850) 387 029 (273 055) - - - - (3 830 576) - (252 109) - 1 179 757 - - (4 102 570) 66 129 - - 59 058 - - (1 264 042) - - - (2 283 263) - - (3 814 580) - 100 676 - - - - (228 144) 8 096 741 4 191 341 (1 044 448) (91 583) (132 714 179 (156 760) (383 050) (649 406) (427 159) (52 625) - 11 827 066 2 224 453 1 282 028 568 409 (274 962) 62 385 (32 397) (34 513 322) 98 Prejuízos fiscais reportáveis com imposto diferido activo São reconhecidos impostos diferidos activos sobre prejuízos fiscais na medida Valores em Euros Cimentos Madeira, Lda. em que seja provável a realização do respectivo benefício fiscal, através da existência de lucros tributáveis futuros. Os impostos diferidos activos reconhecidos pelo Grupo referem-se a prejuízos fiscais 31/12/14 146 052 146 052 que se espera virem a ser deduzidos aos lucros tributáveis futuros, conforme segue: 31/12/13 337 146 337 146 Data limite 2018 Empresa Não tributadas pelo RETGS ALLMA - Microalgas, Lda. Beto Madeira - Betões e Britas da Madeira, S.A. Florimar- Gestão e Participações, S.G.P.S., Lda. I3 Participações e Serviços, Ltda. Madebritas - Sociedade de Britas da Madeira, Lda. Pedra Regional - Industria Transformadora de Rochas Ornamentais, S.A. Secil Angola, SARL Seciment Investments, B.V. Silonor, S.A. Soime, S.A.L. Zarzis Béton Sociedade de Inertes, Limitada Tributadas pelo RETGS Argibetão - Sociedade de Novos Produtos de Argila e Betão, S.A. Britobetão - Central de Betão, Lda. Ciminpart - Investimentos e Participações, S.G.P.S., S.A. Lusoinertes, S.A. Prescor Produção de Escórias Moídas, Lda. Reficomb- Refinação e Comercialização de Combustíveis Derivados de Resíduos, S.A. Secil, Betões e Inertes, S.G.P.S., S.A. Secil Britas, S.A. Secil Martingança - Aglomerantes e Novos Materiais para a Construção, S.A. Serife - Sociedade de Estudos e Realizações Industriais e de Fornecimento de Equipamento, Lda. Unibetão - Indústrias de Betão Preparado, S.A. Uniconcreto - Betão Pronto, S.A. Total prejuízos fiscais reportáveis sem imposto diferido Relatório do conselho de administração 2014_DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS 99 Prejuízos fiscais reportáveis sem imposto diferido activo Os prejuízos fiscais sobre os quais o Grupo considera, nesta data, não existir a capacidade de dedução a lucros tributáveis futuros, e como tal sem imposto diferido activo, detalham-se por ano de prescrição conforme segue: Total20152016201720182019 2020 e posteriores 55 077 - - - 11 884 43 193 316 663 316 663 - - - - 188 737 24 965 24 275 - 31 725 59 579 48 193 96 873 - - - - - 96 873 9 133 2 169 - 2 027 2 577 - 2 360 614 331 497 415 - 91 537 24 288 - 1 091 1 078 542 - 552 712 525 830 - - 147 249 - - - - - 147 249 12 523 580 - - - - - 12 523 580 494 617 58 089 343 909 92 619 - - 90 560 - - - - - 90 560 172 558 - - - - 172 558 15 787 920 899 301 920 896 712 013 70 474 232 137 12 953 099 425 934 - - 148 531 185 567 - 91 836 23 619 - - - 23 619 - 2 291 037 - - 564 947 1 286 726 - 439 364 4 106 417 - 1 647 166 2 459 251 - -341 001 - - 243 963 - - 97 038 6 994 - - 4 375 1 236 - 1 383 1 766 278 - - - - - 1 766 278 10 859 793 - - 4 791 394 4 761 380 - 1 307 019 2 330 400 - - 943 354 852 517 - 534 529 269 204 233 233 - - 17 211 - 18 760 13 244 499 - - 4 683 060 3 022 195 - 5 539 244 6 713 857 - 3 864 422 1 258 397 1 399 967 - 191 071 42 379 033 233 233 5 511 588 15 097 272 11 550 418 - 9 986 522 58 166 953 1 132 534 6 432 484 15 809 285 11 620 892 232 137 22 939 621 100 16. Outros activos financeiros Em 31 de Dezembro de 2014 e 2013, a rubrica “Outros activos financeiros”, líquida de perdas acumuladas por imparidade, decompõe-se conforme se segue: 31/12/14 Valores em Euros Quantia brutaImparidade acumulada Outros activos financeiros - não corrente: Depósito a prazo (Notas 37.2 e 41.2) - - Adiantamentos para investimentos financeiros 2 250 000 - Outros - Partes relacionadas (Notas 36 e 37.2) 645 125 - Outros 500 762 (98 862) 3 395 887 (98 862) Os movimentos ocorridos nos períodos findos em 31 de Dezembro de 2014 e 2013 nas perdas acumuladas por imparidade são conforme se segue: Valores em Euros Saldo inicial Ajustamento cambial Saldo final 31/12/14 98 641 221 98 862 31/12/13 102 815 (4 174) 98 641 Relatório do conselho de administração 2014_DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS 101 31/12/13 Quantia Quantia escriturada líquida Quantia brutaImparidade acumulada escriturada líquida - 1 250 000 - 1 250 000 2 250 000 2 000 000 - 2 000 000 645 125 - - 401 900 499 068 (98 641) 400 427 3 297 025 3 749 068 (98 641) 3 650 427 102 17. Inventários Em 31 de Dezembro de 2014 e 2013, os inventários, líquidos de perdas acumuladas por imparidade, apresentam a seguinte composição: 31/12/14 Valores em Euros Quantia brutaImparidade acumulada Matérias-Primas, subsidiárias e de consumo 81 727 038 (8 308 824) Produtos e trabalhos em curso 411 621 - Produtos acabados e intermédios 21 297 873 (3 294 813) Mercadorias 4 109 133 (102 169) Adiantamento por conta de compras 1 187 - 107 546 852 (11 705 806) Relatório do conselho de administração 2014_DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS 103 31/12/13 Quantia líquida Quantia brutaImparidade acumulada 73 418 214 75 350 298 (7 004 010) 411 621 720 560 - 18 003 060 19 257 736 (595 001) 4 006 964 4 129 383 (96 105) 1 187 2 440 - 95 841 046 99 460 417 (7 695 116) Quantia líquida 68 346 288 720 560 18 662 735 4 033 278 2 440 91 765 301 Os movimentos ocorridos, nos períodos findos em 31 de Dezembro de 2014 e 2013, nas perdas acumuladas por imparidades em inventários são conforme se segue: Valores em Euros Saldo inicial Aumentos Reposições Utilizações Ajustamento cambial Saldo final Os aumentos e reposições, no montante de Euros 3.762.853 e Euros 188.093, respectivamente foram reconhecidos na demonstração dos resultados na rubrica “Imparidade de inventários ((perdas)/ reversões)”. 31/12/14 7 695 116 3 762 853 (188 093) (12 959) 448 889 11 705 806 31/12/13 6 550 498 1 723 901 (7 200) (66 851) (505 232) 7 695 116 104 18. Activos financeiros 18.1. Categorias de activos financeiros As categorias de activos financeiros, líquidas de perdas acumuladas por imparidade, em 31 de Dezembro de 2014 e 2013 são detalhadas conforme se segue: 31/12/14 Valores em Euros Quantia brutaImparidade acumulada Disponibilidades (Nota 4): Numerário 300 931 - Depósitos bancários imediatamente mobilizáveis 19 177 345 - Outras aplicações de tesouraria 82 447 663 - Outras aplicações de tesouraria - Partes relacionadas (Nota 36) 34 750 000 - 136 675 939 - Activos financeiros ao custo: Clientes (Nota 18.2) 76 013 049 (26 258 584) Outras contas a receber - corrente (Nota 18.3) 19 379 598 (7 494 114) Outras contas a receber - não corrente (Nota 18.3) 4 122 026 (1 855 975) 99 514 673 (35 608 673) 236 190 612 (35 608 673) 18.2. Activos financeiros - clientes Em 31 de Dezembro de 2014 e 2013, a rubrica “Clientes”, líquida de perdas acumuladas por imparidade, apresenta a seguinte composição: 31/12/14 Imparidade acumulada Valores em Euros Quantia bruta (Nota 18.4) Clientes 73 630 346 (26 258 584) Clientes - Partes relacionadas (Nota 36) 2 382 703 - 76 013 049 (26 258 584) Em 31 de Dezembro de 2014 e 2013, a antiguidade do saldo da rubrica “Clientes”, líquida de perdas acumuladas por imparidade, é detalhada conforme se segue: 31/12/14 Valores em Euros Quantia brutaImparidade acumulada Não vencido 30 539 686 (59 000) Vencido: 0-90 dias 15 126 613 (47 944) 90-180 dias 2 904 506 (380 168) 180-360 dias 1 845 147 (1 171 657) > 360 dias 25 597 097 (24 599 815) 76 013 049 (26 258 584) Relatório do conselho de administração 2014_DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS 105 31/12/13 Quantia Quantia escriturada líquida Quantia brutaImparidade acumulada escriturada líquida 300 931 305 587 - 305 587 19 177 345 25 609 321 - 25 609 321 82 447 663 98 408 239 - 98 408 239 34 750 000 - - 136 675 939 124 323 147 - 124 323 147 49 754 465 73 776 844 (25 328 905) 48 447 939 11 885 484 20 796 516 (6 821 398) 13 975 118 2 266 051 4 263 185 (1 855 975) 2 407 210 63 906 000 98 836 545 (34 006 278) 64 830 267 200 581 939 223 159 692 (34 006 278) 189 153 414 31/12/13 QuantiaImparidade acumulada escriturada líquida Quantia bruta (Nota 18.4) 47 371 762 72 701 299 (25 328 905) 2 382 703 1 075 545 - 49 754 465 73 776 844 (25 328 905) Quantia escriturada líquida 47 372 394 1 075 545 48 447 939 31/12/13 Quantia Quantia escriturada líquida Quantia brutaImparidade acumulada escriturada líquida 30 480 686 30 471 425 (8 048) 30 463 377 15 078 669 13 614 867 (96 684) 13 518 183 2 524 338 1 764 979 (78 518) 1 686 461 673 490 1 921 667 (918 807) 1 002 860 997 282 26 003 906 (24 226 848) 1 777 058 49 754 465 73 776 844 (25 328 905) 48 447 939 106 18.3. Activos financeiros – outras contas a receber Em 31 de Dezembro de 2014 e 2013, a rubrica “Outras contas a receber - corrente”, líquida de perdas acumuladas por imparidade apresenta a seguinte composição: 31/12/14 Imparidade acumulada Valores em Euros Quantia bruta (Nota 18.4) Outros devedores Partes relacionadas (Nota 36): Empréstimos concedidos 750 000 - Outras operações 2 138 818 (1 294 310) Outros 11 571 511 (6 199 804) 14 460 329 (7 494 114) Devedores por acréscimos de rendimentos Juros a receber 535 428 - Partes relacionadas (Nota 36) 1 324 146 - Outros 3 059 695 - 4 919 269 - 19 379 598 (7 494 114) Em 31 de Dezembro de 2014 e 2013, a rubrica “Outras contas a receber - não corrente”, líquida de perdas acumuladas por imparidade apresenta a seguinte composição: 31/12/14 Imparidade acumulada Valores em Euros Quantia bruta (Nota 18.4) Outros devedores Cauções prestadas a favor de terceiros 1 744 551 - Outras partes relacionadas (Nota 36) - - Outros 2 377 475 (1 855 975) 4 122 026 (1 855 975) Relatório do conselho de administração 2014_DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS 107 31/12/13 QuantiaImparidade acumulada Quantia escriturada líquida Quantia bruta (Nota 18.4) escriturada líquida 750 000 - - 844 508 1 194 842 (647 000) 547 842 5 371 707 13 558 727 (6 174 398) 7 384 329 6 966 215 14 753 569 (6 821 398) 7 932 171 535 428 486 849 - 486 849 1 324 146 2 584 774 - 2 584 774 3 059 695 2 971 324 - 2 971 324 4 919 269 6 042 947 - 6 042 947 11 885 484 20 796 516 (6 821 398) 13 975 118 31/12/13 QuantiaImparidade acumulada Quantia escriturada líquida Quantia bruta (Nota 18.4) escriturada líquida 1 744 551 1 302 305 - 1 302 305 - 550 000 - 550 000 521 500 2 410 880 (1 855 975) 554 905 2 266 051 4 263 185 (1 855 975) 2 407 210 108 18.4. Imparidade de dívidas a receber Os movimentos ocorridos nas perdas acumuladas por imparidade de dívidas a receber, nos períodos findos em 31 de Dezembro de 2014 e 2013, são conforme se segue: 31/12/14 OutrosOutrosO Devedores Partes Devedores Não correntesClientes relacionadas correntes Valores em Euros (Nota 18.3) (Nota 18.2) (Nota 18.3) (Nota 18.3) Total Saldo inicial 1 855 975 25 328 905 647 000 6 174 398 34 006 278 Variação de perímetro - - - - - Aumentos - 2 081 862 647 310 23 793 2 752 965 Reposições - (1 328 726) - (3 996) (1 332 722) Utilizações - - - - - Ajustamento cambial - 176 543 - 5 609 182 152 Transferências -- - - - Activos não correntes detidos para venda - - - - - Saldo final 1 855 975 26 258 584 1 294 310 6 199 804 35 608 673 Os aumentos e reposições, no montante de Euros 2.752.965 e Euros 1.332.722, respectivamente, foram reconhecidos na demonstração dos resultados na rubrica “Imparidade de dívidas a receber ((perdas)/ reversões)”. Relatório do conselho de administração 2014_DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS 109 31/12/13 OutrosOutros Devedores Partes Devedores Não correntesClientes relacionadasCorrentes (Nota 18.3) (Nota 18.2) (Nota 18.3) (Nota 18.3) Total 1 855 975 22 123 192 - 6 127 728 30 106 895 - - - - - 2 414 605 647 000 22 518 3 084 123 - (2 445 461) - (4 434) (2 449 895) - (405 485) - (7 907) (413 392) - (224 422) - (10 748) (235 170) - - -- - 3 866 476 - 47 241 3 913 717 1 855 975 25 328 905 647 000 6 174 398 34 006 278 110 19. Activos não correntes detidos para venda Em 30 de Junho de 2011 a Secil adquiriu a totalidade do capital da sociedade Uniconcreto – Betão Pronto, S.A. (anteriormente designada por Lafarge Betões, S.A.) e das suas subsidiárias Eurobetão – Betão Pronto, S.A. e Lusoinertes, S.A. (anteriormente designada por Lafarge Agregados Unipessoal, Lda.). Estas sociedades operam no mercado de betões e agregados e detinham à data da compra vinte e seis centrais de betão e quatro explorações de agregados. No âmbito desta compra, a decisão de alienar os activos e passivos, apresentados como activos não correntes detidos para venda, decorre da imposição colocada por parte da Autoridade da Concorrência, bem como da posterior avaliação interna efectuada pelo Grupo. No período findo em 31 de Dezembro de 2014 e 2013 os activos e passivos directamente associados a activos não correntes detidos para venda detalham-se como se segue: No período findo em 31 de Dezembro de 2013, em resultado (i) das dificuldades sentidas na conclusão do plano de venda e (ii) de re-avaliação interna, deixaram de qualificar como activos não correntes detidos para venda os activos e passivos da subsidiária Uniconcreto – Betão Pronto, S.A.. Valores em Euros 31/12/14 31/12/13 ACTIVO Activos fixos tangíveis 1 114 053 1 174 069 1 114 053 1 174 069 PASSIVO Passivos por impostos diferidos 84 724 100 265 84 724 100 265 1 029 329 1 073 804 Em 31 de Dezembro de 2014 e 2013, os activos apresentados como não correntes detidos para venda correspondem às centrais de betão cuja imposição de venda foi colocada pela Autoridade da Concorrência. Valores em Euros Saldo em 1 de Janeiro de 2013 Depreciações (Nota 33) Desreconhecimento de activos não correntes detidos para venda (Nota 10) Saldo em 31 de Dezembro de 2013 Depreciações (Nota 33) Saldo em 31 de Dezembro de 2014 Em 31 de Dezembro de 2014, a rubrica de activos fixos tangíveis apresenta a seguinte movimento: ValorDepreciações BrutoAcumuladas 14 451 129 (11 562 353) - (60 019) (13 148 954) 11 494 266 1 302 175 (128 106) - (60 016) 1 302 175 (188 122) Valor Líquido 2 888 776 (60 019) (1 654 688) 1 174 069 (60 016) 1 114 053 Relatório do conselho de administração 2014_DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS 111 20. Capital próprio 20.1. Capital realizado e acções próprias Em 31 de Dezembro de 2014 e 2013, o capital social da Secil, encontra-se totalmente subscrito e realizado, sendo representado por 52.920.000 acções com o valor nominal de Euros 5. As pessoas colectivas que detém posições relevantes no capital da sociedade em 31 de Dezembro de 2014 e 2013 detalham-se conforme se segue: Nome Great Earth – Projectos, S.A. Semapa, SGPS, S.A. Longapar, S.G.P.S., S.A. Acções próprias Em 8 de Maio de 2014, a Secil incorporou, por fusão, a sociedade Great Earth – Projectos, S.A., a qual tinha anteriormente alienado as acções tituladas e nominativas representativas do capital Nº acções % do capital detida 31/12/1431/12/1331/12/1431/12/13 - 48 734 540 0,00% 92,09% 48 734 540 - 92,09% 0,00% 1 000 1 000 0,00% 0,00% 4 184 460 4 184 460 7,91% 7,91% 52 920 000 52 920 000 100,00% 100,00% social desta à sociedade Semapa, SGPS, S.A.. Em resultado desta operação a Secil reconheceu nos seus capitais próprios uma reserva de fusão positiva no montante de Euros 1.052.208 (Nota 20.3). Acções próprias Secil - Companhia Geral de Cal e Cimento, S.A. Hewbol, S.G.P.S., S.A. A sociedade Hewbol, S.G.P.S, Lda. é uma empresa subsidiária do Grupo Secil pelo que as 366.100 acções por si de- As acções próprias evidenciadas nas demonstrações financeiras consolidadas do Grupo em 31 de Dezembro de 2014 e 2013 são detidas pelas seguintes sociedades: 31/12/14 3 818 360 366 100 4 184 460 31/12/13 3 818 360 366 100 4 184 460 tidas encontram-se evidenciadas como acções próprias nas demonstrações financeiras consolidadas do Grupo. 112 20.2. Reservas legais Em 31 de Dezembro de 2014 e 2013, a rubrica “Reserva legais” ascende a Euros 40.680.725. A legislação comercial estabelece que, pelo menos, 5% do resultado líquido anual tem de ser destinado ao reforço da reserva legal até que esta represente pelo menos 20% do capital. Esta reserva não é distribuível a não ser em caso de liquidação da sociedade poderá contudo, ser utilizada para absorver prejuízos, depois de esgotadas as outras reservas, ou incorporada no capital. 20.3. Outras reservas Em 31 de Dezembro de 2014 e 2013, a rubrica “Outras reservas” decompõe-se como segue: Valores em Euros Saldo inicial Reserva de fusão da Great Heart na Secil (Nota 20.1) Saldo final Esta rubrica corresponde a reservas livres para distribuição aos accionistas, constituídas através da transferência de resultados de períodos anteriores e à reserva de fusão resultante da incorporação da sociedade Great Earth – Projectos, S.A. na Secil. 20.4. Excedente de revalorização O movimento do excedente de revalorização nos períodos findos em 31 de Valores em Euros Saldo inicial Excedente realizado no período Imposto diferido no período Saldo final 31/12/14 94 623 691 1 052 208 95 675 899 31/12/13 94 623 691 94 623 691 Dezembro de 2014 e 2013 foi conforme se segue:como segue: 31/12/14 14 242 547 (186 307) 24 593 14 080 833 31/12/13 14 450 157 (239 182) 31 572 14 242 547 O montante de Euros 14.080.833 não se encontra disponível para distribuir aos accionistas do Grupo. Relatório do conselho de administração 2014_DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS 113 20.5. Outras variações no capital próprio Em 31 de Dezembro de 2014 e 2013, a rubrica “Outras variações no capital próprio” apresenta a seguinte composição: Valores em Euros Diferenças de conversão de demonstrações financeiras Desvios e alterações de pressupostos em estudos actuariais Impostos diferidos - desvios e alterações de pressupostos em estudos actuariais Subsídios ao investimento Impostos diferidos - subsídios ao investimento Subsídios por licenças de emissão de gases com efeito de estufa Impostos diferidos - subsídios por licenças de emissão de gases com efeito de estufa Reserva de justo valor de derivados de cobertura Impostos diferidos - reserva de justo valor de derivados de cobertura Justo valor em associadas 31/12/14 (90 499 255) 4 243 449 (1 267 376) 988 799 (256 782) 5 706 200 (1 557 528) (658 857) 148 243 29 434 (83 123 673) 31/12/13 (105 387 863) 3 999 956 (1 212 443) 1 212 582 (338 436) 3 808 338 (1 080 167) (906 941) 222 201 29 434 (99 653 339) 114 20.5.1. Diferenças de conversão de demonstrações financeiras O montante de Euros 90.499.255, respeita ao valor apropriado pelos detentores do capital da empresa-mãe das diferenças cambiais resultantes da conversão das demonstrações financeiras das sociedades, goodwill e empréstimos que qualificam como extensões do investimento líquido, essencialmente na Tunísia, Líbano, Angola e Brasil, sendo o movimento nos períodos findos em 31 de Dezembro de 2014 e 2013 detalhado como se segue: 31 de Dezembro de 2014 Valores em EurosSaldo inicialAumentos DiminuiçõesSaldo final Société des Ciments de Gabès e subsidiárias: Conversão das demonstrações financeiras (59 392 367) 395 600 - (58 996 767) Conversão do goodwill (Nota 9) (26 900 884) 160 897 - (26 739 987) Secil Angola, S.A.R.L.: Conversão das demonstrações financeiras 1 545 281 240 894 - 1 786 175 Extensão do investimento líquido (1 256 633) 4 710 382 - 3 453 749 Conversão do goodwill (Nota 9) (21 517) - - (21 517) Secil - Companhia de Cimentos do Lobito, S.A.: Conversão das demonstrações financeiras (671 133) - (742 083) (1 413 216) Ciment de Sibline, SAL: Conversão das demonstrações financeiras (9 202 595) 8 315 056 - (887 539) Conversão do goodwill (Nota 9) (751 772) 1 532 330 - 780 558 I3 Participações e Serviços, Ltda. Conversão das demonstrações financeiras (40 674) 2 214 - (38 460) Supremo Cimentos, S.A. Conversão das demonstrações financeiras (747 299) 261 149 - (486 150) Nsospe Empreendimentos e Participações, S.A. Conversão das demonstrações financeiras (7 948 270) 19 007 - (7 929 263) Sociedade de Inertes Lda Conversão das demonstrações financeiras - - (6 838) (6 838) (105 387 863) 15 637 529 (748 921) (90 499 255) Relatório do conselho de administração 2014_DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS 115 31 de Dezembro de 2013 Valores em EurosSaldo inicial DiminuiçõesSaldo final Société des Ciments de Gabès e subsidiárias: Conversão das demonstrações financeiras (51 948 966) (7 443 401) (59 392 367) Conversão do goodwill (Nota 9) (23 864 291) (3 036 593) (26 900 884) Secil Angola, S.A.R.L.: Conversão das demonstrações financeiras 2 044 160 (498 879) 1 545 281 Extensão do investimento líquido (50 722) (1 205 911) (1 256 633) Conversão do goodwill (Nota 9) 56 500 (78 017) (21 517) Secil - Companhia de Cimentos do Lobito, S.A.: Conversão das demonstrações financeiras (566 918) (104 215) (671 133) Ciment de Sibline, SAL: Conversão das demonstrações financeiras (6 695 892) (2 506 703) (9 202 595) Conversão do goodwill (Nota 9) (241 594) (510 178) (751 772) I3 Participações e Serviços, Ltda. Conversão das demonstrações financeiras (19 233) (21 441) (40 674) Supremo Cimentos, S.A. Conversão das demonstrações financeiras - (747 299) (747 299) Nsospe Empreendimentos e Participações, S.A. Conversão das demonstrações financeiras - (7 948 270) (7 948 270) (81 286 956) (24 100 907) (105 387 863) 116 20.5.2. Desvios e alterações de pressupostos actuariais O movimento dos desvios e alterações de pressupostos actuariais nos períodos findos em 31 de Dezembro de 2014 e 2013, repartido entre Grupo e minoritários, decompõe-se como segue: 31/12/14 Detentores do capital Valores em Euros da empresa-mãe Minoritários Saldo inicial 3 999 956 285 668 Movimento no período (Nota 22.2) 243 493 25 404 Saldo final 4 243 449 311 072 20.5.3. Subsídios do governo Subsídios ao investimento Os movimentos ocorridos nos subsídios ao investimento nos períodos findos em 31 de Dezembro de 2014 e 2013 são conforme se segue: Valores em Euros 31/12/14 31/12/13 Saldo inicial 1 264 042 1 389 229 Ajustamento cambial 1 461 (66 129) Subsídios recebidos no período 78 825 1 628 403 Subsídios reconhecidos nos resultados (Nota 31) (317 215) (1 687 461) Saldo final 1 027 113 1 264 042 Subsídios ao investimento repartidos em: Detentores do capital da empresa-mãe 988 799 1 212 582 Interesses minoritários 38 314 51 460 1 027 113 1 264 042 Relatório do conselho de administração 2014_DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS 117 31/12/13 Detentores do capital Total da empresa-mãe Minoritários 4 285 624 5 009 047 296 490 268 897 (1 009 091) (10 822) 4 554 521 3 999 956 285 668 Total 5 305 537 (1 019 913) 4 285 624 Subsídios por licenças de emissão de gases com efeitos de estufa Os movimentos dos subsídios relativos a licenças de emissão de gases com efeito de estufa nos períodos findos em 31 de Dezembro de 2014 e 2013 são conforme se segue: Valores em Euros 31/12/14 Saldo inicial 3 808 338 Licenças atribuídas no período (Nota 13) 15 341 876 Revogação de licenças (Nota 13) (19 615) Subsídio reconhecido nos resultados do período (Nota 31) (11 472 800) Licenças alienadas no período (1 951 599) Saldo final 5 706 200 Subsídios por licenças de emissão de gases com efeito de estufa repartidos em: Detentores do capital da empresa-mãe 5 706 200 Interesses minoritários - 5 706 200 31/12/13 1 525 075 10 640 176 (26 364) (6 538 658) (1 791 891) 3 808 338 3 808 338 3 808 338 118 20.5.4. Reserva de justo valor de derivados de cobertura Os movimentos ocorridos na reserva de justo valor de derivados de cobertura (Nota 38) nos períodos findos em 31 de Dezembro de 2014 e 2013 são conforme se segue: Valores em Euros Saldo inicial Aumentos de justo valor Saldo final 31/12/14 (906 941) 248 084 (658 857) 31/12/13 (2 439 672) 1 532 731 (906 941) Relatório do conselho de administração 2014_DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS 119 20.6. Aplicação do resultado do período anterior Por deliberação da Assembleia Geral da Secil realizada em 4 de Abril de 2014, o resultado líquido negativo no montante de Euros 34.897.448, do período findo em 31 de Dezembro de 2013, foi transferido para a rubrica de “Resultados transitados”. 21. Provisões No decurso dos períodos findos em 31 de Dezembro de 2014 e 2013, realizaram-se os seguintes movimentos nas rubricas de provisões: Valores em EurosRecuperação Saldo em 1 de Janeiro de 2013 Aumentos Desconto financeiro (Nota 34) Utilizações Reposições Ajustamento cambial Saldo em 31 de Dezembro de 2013 Aumentos Desconto financeiro (Nota 34) Utilizações Reposições Ajustamento cambial Transferências Saldo em 31 de Dezembro de 2014 O aumento, no montante de Euros 7.113.734 (aumento de Euros 3.752.209 em 2013), registado na demonstração dos resultados na rubrica “Provisões”, inclui: ambientalOutras 6 953 590 11 924 826 - 5 165 013 356 093 - (51 530) (1 462 342) (119 981) (1 292 823) - (178 623) 7 138 172 14 156 051 - 9 888 405 288 359 - (89 485) (1 314 930) (157 298) (2 617 373) - 375 348 - 1 403 7 179 748 20 488 904 (i) o aumento de Euros 9.888.405 (Euros 5.165.013 em 2013) registado na rubrica “Outras”; Total 18 878 416 5 165 013 356 093 (1 513 872) (1 412 804) (178 623) 21 294 223 9 888 405 288 359 (1 404 415) (2 774 671) 375 348 1 403 27 668 652 (ii) o total das reposições de Euros 2.774.671 (Euros 1.412.804 em 2013). 120 22. Benefícios a empregados Conforme referido nas Notas 3.15 e 3.16 o Grupo atribui aos seus trabalhadores e seus familiares diversos benefícios pós emprego e outros benefícios a longo prazo. A evolução das responsabilidades assumidas, reflectidas no balanço consolidado em 31 de Dezembro de 2014 e 2013, são conforme se segue: Acréscimo/ (redução) de responsabilidades Gastos comOutras variações Valores em EurosSaldo inicial o pessoal (Nota 30) no capital próprio Benefícios pós-emprego - contribuição definida Contribuições efectuadas - 789 813 - Conta “Reserva” (887 173) - - (887 173) 789 813 - Benefícios pós-emprego - benefícios definidos Responsabilidades por pensões a cargo do Grupo 5 962 894 247 474 412 695 Insuficiência/ (excesso) dos fundos (4 008 392) (164 002) (598 754) Responsabilidades por subsídios de reforma 396 861 71 316 (66 723) Responsabilidades por assistência na doença 514 795 1 880 (11 969) 2 866 158 156 668 (264 751) Benefícios a longo prazo Responsabilidades por prémios de antiguidade 534 666 86 997 - Responsabilidades por subsídios por morte 52 678 5 502 (4 146) 587 344 92 499 (4 146) 2 566 329 1 038 980 (268 897) Relatório do conselho de administração 2014_DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS 121 31 de Dezembro de 2014 Pagamentos Prémios Variação cambial efectuados pagos/resgatesSaldo final - (789 813) - - - 106 556 - (795 095) - (683 257) - (795 095) - (893 700) - 5 729 363 450 - (48 255) (4 818 953) 27 939 (13 690) - 415 703 - (435 418) - 69 288 28 389 (1 342 808) (48 255) 1 395 401 - (123 841) - 497 822 - - - 54 034 - (123 841) - 551 856 28 389 (2 149 906) (48 255) 1 152 162 122 Acréscimo (redução) de responsabilidades Gastos comOutras variações Valores em EurosSaldo inicial o pessoal (Nota 30) no capital próprio Benefícios pós-emprego - contribuição definida Contribuições efectuadas - 778 972 - Conta “Reserva” (1 012 191) - - (1 012 191) 778 972 - Benefícios pós-emprego - benefícios definidos Responsabilidades por pensões a cargo do Grupo 6 739 718 311 421 (123 814) Insuficiência/ (excesso) dos fundos (4 933 570) (237 312) 1 215 914 Responsabilidades por morte e subsídios de reforma 430 715 71 223 (2 908) Responsabilidades por assistência na doença 983 936 36 302 (69 279) 3 220 799 181 634 1 019 913 Benefícios a longo prazo Responsabilidades por prémios de antiguidade 551 207 73 255 - Responsabilidades por subsídios por morte 53 853 (1 175) - 605 060 72 080 - 2 813 668 1 032 686 1 019 913 Em 2010, foi alterado o contrato constitutivo do Fundo de Pensões Secil, que passou a designar-se por Fundo de Pensões do Grupo Secil, substituindo integralmente o anterior contrato e produzindo efeitos a 1 de Janeiro desse mesmo ano. São associadas do Fundo, a Secil e as suas subsidiárias: (i) CMP – Cimentos Maceira e Pataias, S.A. e Unibetão – Industrias de Betão Preparado, S.A., que integraram (e extinguiram simultaneamente) os seus Fundos de Pensões no Fundo de Pensões do Grupo Secil; (ii) Cimentos Madeira, Lda., que integrou (e extinguiu simultaneamente) a sua apólice de seguro no Fundo de Pensões do Grupo Secil; (iii) Britobetão – Central de Betão, Lda., Relatório do conselho de administração 2014_DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS 123 31 de Dezembro de 2013 Pagamentos Prémios Dotação para Variação cambial efectuados pagos/resgates os fundosSaldo final - (778 972) - - - 125 018 - - (887 173) - (653 954) - - (887 173) - (964 431) - - 5 962 894 (9 331) - (41 114) (2 979) (4 008 392) (33 520) (68 649) - - 396 861 - (436 164) - - 514 795 (42 851) (1 469 244) (41 114) (2 979) 2 866 158 - (89 796) - - 534 666 - - - - 52 678 - (89 796) - - 587 344 (42 851) (2 212 994) (41 114) (2 979) 2 566 329 Secil Britas, S.A, Beto Madeira, S.A. e Brimade, S.A.. A Cimentos Madeira alterou, com efeitos a 1 de Janeiro de 2012, para contribuição definida o plano de benefícios definidos que assegurava directamente aos seus empregados a título de complemento de reforma por velhice, invalidez, reforma antecipada e pensões de sobrevivência. O património líquido positivo resultante da transição dos trabalhadores no activo da Cimentos Madeira do plano de benefício definido para o plano de contribuição definida, após a transferência das responsabilidades por serviços passados financiadas com referência a 31 de Dezembro de 2011 e garantindo o financiamento das responsabilidades com reformados e pensionista a cargo do Plano de Pensões de Benefício Definido foi transferido para a Conta Reserva da respectiva associada e afecto ao Plano de Contribuição Definida. O Fundo de Pensões do Grupo Secil é o suporte financeiro para o pagamento dos benefícios previstos nos Planos de Pensões de cada associada (agora geridos conjuntamente) que se encontram descritos nas Notas 22.1 e 22.2. 124 22.1. Benefícios pós-emprego – Planos de contribuição definida Os Planos de Pensões de Contribuição Definida geridos pelo Fundo de Pensões do Grupo Secil são financiados pelas associadas e pelos participantes contribuintes e são os seguintes: (i) Planos Secil e CMP, incluem todos os trabalhadores que à data de 31 de Dezembro de 2009 tinham um contrato de trabalho sem termo (e que se encontravam abrangidos pelo plano de benefícios definidos em vigor nas empresas) e que tenham optado pela transição para estes Planos e todos os trabalhadores admitidos ao abrigo de um contrato sem termo, a partir de 1 de Janeiro de 2010, sendo também aplicável aos membros dos órgãos de administração; (ii) Planos Unibetão e Britobetão, incluem todos os trabalhadores que à data de 31 de Dezembro de 2009 tinham um contrato de trabalho sem termo, celebrado ao abrigo do CCT celebrado entre a APEB e a FETESE e todos os trabalhadores admitidos ao abrigo de um contrato sem termo, a partir de 1 de Janeiro de 2010, com excepção dos trabalhadores da Unibetão que estejam abrangidos pelo CCT celebrado entre a APEB e a FEVICCOM, os quais continuam a beneficiar do Plano de benefício definido, sendo também aplicável aos membros dos órgãos de administração; (iii) Plano Beto Madeira inclui todos os trabalhadores que à data de 31 de Dezembro de 2010 tinham um contrato de trabalho sem termo e estavam abrangidos pelo CCT celebrado entre a APEB – Associação Portuguesa das Empresas de Betão Pronto e a FETESE – Federação dos Sindicatos dos Trabalhadores de Serviços e outros; (iv) Plano Secil Britas, inclui todos os trabalhadores que à data de 31 de Dezembro de 2009 tinham um contrato de trabalho sem termo e a todos os trabalhadores admitidos ao abrigo de um contrato sem termo, a partir de 1 de Janeiro de 2010, sendo também aplicável aos membros dos órgãos de administração; (v) Plano Cimentos Madeira inclui todos os trabalhadores que à data de 1 de Janeiro de 2012 tinham um contrato de trabalho sem termo (e que se encontravam abrangidos pelo plano de benefícios definidos em vigor na empresa) e todos os empregados admitidos ao abrigo de um contrato sem termo, a partir dessa data, sendo também aplicável aos membros dos órgãos de administração; (vi) Plano Brimade inclui todos os trabalhadores que tinham à data de 1 de Julho de 2012 um contrato de trabalho sem termo e todos os trabalhadores que venham a ser admitidos ao serviço após essa data. 22.2. Benefícios pós-emprego – Planos de benefícios definidos Os gastos suportados com os planos de benefícios definidos, nos períodos findos em 31 de Dezembro de 2014 e 2013, são os seguintes: Valores em EurosS Responsabilidades por pensões a cargo do Grupo Responsabilidades por pensões com fundo autónomo Responsabilidades por subsídios de reforma Responsabilidades por assistência na doença Relatório do conselho de administração 2014_DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS 125 31 de Dezembro de 2014 Retorno esperado Serviços correntesCusto dos juros activos do plano - 247 474 - 14 032 923 905 (1 101 939) 30 063 41 253 - - 1 880 - 44 095 1 214 512 (1 101 939) Total de gastos com o pessoal (Nota 30) 247 474 (164 002) 71 316 1 880 156 668 126 Valores em EurosServiços correntesC Responsabilidades por pensões a cargo do Grupo - Responsabilidades por pensões com fundo autónomo 15 757 Responsabilidades por morte e subsídios de reforma 29 298 Responsabilidades por assistência na doença 13 401 58 456 Os ganhos e perdas reconhecidos directamente nos capitais próprios nos períodos findos em 31 de Dezembro de 2014 e 2013, são como segue: G A Valores em EurosOutros desvios Responsabilidades por pensões a cargo do Grupo (412 695) Responsabilidades por pensões com fundo autónomo (1 687 492) Responsabilidades por subsídios de reforma 66 723 Responsabilidades por assistência na doença 11 969 Responsabilidades por subsídios por morte 4 146 (2 017 349) G A Valores em EurosOutros desvios Responsabilidades por pensões a cargo do Grupo 123 814 Responsabilidades por pensões com fundo autónomo (511 185) Responsabilidades por morte e subsídios de reforma 2 908 Responsabilidades por assistência na doença 69 279 (315 184) Relatório do conselho de administração 2014_DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS 127 31 de Dezembro de 2013 Retorno esperadoGanhos por Custo dos juros activos do plano cortes nos planos 311 421 - - 1 072 308 (1 318 329) (7 048) 41 925 - - 22 901 - - 1 448 555 (1 318 329) (7 048) Total de gastos com o pessoal (Nota 30) 311 421 (237 312) 71 223 36 302 181 634 31 de Dezembro de 2014 Ganhos e perdas actuariais Activos plano est. vs real - 2 286 246 - - - 2 286 246 Total (Nota 20.5.2)Imposto diferido (412 695) (41 083) 598 754 (5 766) 66 723 (3 249) 11 969 (3 568) 4 146 (1 208) 268 897 (54 874) Valor líquido (453 778) 592 988 63 474 8 401 2 938 214 023 31 de Dezembro de 2013 Ganhos e perdas actuariais Activos plano est. vs real - (704 729) - - (704 729) O montante de Euros 268.897, registado no período findo em 31 de Dezembro de 2014 em ganhos actuariais, reflecte a alteração dos pressupostos actuariais ocorrida no período, nomeadamente a redução da taxa de juro técnica (Nota 22.2.2). Total (Nota 20.5.2)Imposto 123 814 (1 215 914) 2 908 69 279 (1 019 913) Os gastos apresentados correspondem aos planos de benefícios definidos existentes no universo de empresas que constituem o Grupo os quais seguidamente se descrevem. diferido (39 051) 365 503 (6 126) (21 068) 299 258 Valor líquido 84 763 (850 411) (3 218) 48 211 (720 655) 128 22.2.1. Caracterização dos planos de benefícios definidos Planos de benefícios definidos com fundos geridos por terceiras entidades Responsabilidades por complementos de pensões de reforma e sobrevivência e subsídio de reforma A Secil e as suas subsidiárias: (i) CMP- Cimentos Maceira e Pataias, S.A.; (ii) Unibetão- Industrias de Betão Preparado, S.A.; (iii) Cimentos Madeira, Lda.; (iv) Betomadeira – Betões e Britas da Madeira, S.A.; (v) Societé des Ciments de Gabès; assumiram o compromisso de pagar aos seus empregados prestações pecuniárias a título de complementos de reforma por velhice, invalidez, reforma antecipada, pensões de sobrevivência ou subsídios de reforma. As responsabilidades derivadas destes planos são asseguradas por fundos autónomos, administrados por terceiros ou cobertas por apólices de seguro. Estes planos são avaliados semestralmente, às datas dos fechos intercalar e anuais das demonstrações financeiras, por entidades especializadas e independentes, utilizando o método de crédito da unidade projectada. Planos de benefícios definidos a cargo do Grupo Responsabilidades por complementos de pensões de reforma e sobrevivência As responsabilidades decorrentes dos reformados da Secil, à data de constituição do Fundo de Pensões, 31 de Dezembro de 1987, são asseguradas directamente pela Secil. De igual forma, as responsabilidades assumidas pela subsidiária Secil Martingança, S.A. são asseguradas directamente pela empresa. Em 26 de Junho de 2012, as responsabilidades a cargo da Cimentos Madeira, Lda. e Beto Madeira- Betões e Britas da Madeira, S.A. relativas a todos os reformados e pensionistas que se encontravam a receber uma pensão, foram transferidas para o Plano de Pensões de Benefícios Definidos da Cimentos Madeira o qual integrou o Fundo de Pensões do Grupo Secil. Estes planos são igualmente avaliados semestralmente, por entidades independentes, utilizando o método de cálculo dos capitais de cobertura correspondentes aos prémios únicos das rendas vitalícias imediatas, na avaliação das responsabilidades com actuais pensionistas e o método de crédito da unidade projectada, na avaliação das responsabilidades com activos. Relatório do conselho de administração 2014_DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS 129 Responsabilidades por assistência na doença A subsidiária Cimentos Madeira, Lda. mantêm com os seus empregados regimes de assistência na doença, de natureza supletiva relativamente aos serviços oficiais de saúde, extensivo a familiares, pré-reformados e reformados e viúvas, através de um seguro contratado. 22.2.2. Responsabilidades e movimentos ocorridos no período comparativamente com o período anterior Pressupostos utilizados na avaliação das responsabilidades (i) Na Secil Angola, S.A.R.L. e Secil Lobito, S.A. (Angola), na data da reforma, de acordo com a Lei Geral do Trabalho Nº 2/2000, um subsídio de reforma que representa um quarto do último salário multiplicado pelo nº de anos ao serviço na empresa; Responsabilidades por benefícios por subsídio de reforma As subsidiárias do Grupo a seguir identificadas assumiram com os seus trabalhadores a responsabilidade pelo pagamento de subsídio de reforma por velhice e por invalidez com os seguintes critérios de atribuição: (ii) Na Societé des Ciments de Gabès (Tunísia), na data da reforma, com base no Acordo Colectivo de Trabalho, artigo 52, um subsídio de reforma, que representa: (i) 2 meses do último salário, se o trabalhador tem menos de 30 anos ao serviço da empresa e (ii) 3 meses do último salário, se o trabalhador tem 30 anos ou mais ao serviço da empresa. Os estudos actuariais efectuados por entidades independentes, com referência a 31 de Dezembro de 2014 e 2013, para efeitos de apuramento nessas datas das responsabilidades por serviços passados, tiveram por base os seguintes pressupostos: Fórmula de Benefícios da Segurança Social Tabelas de invalidez Tabelas de mortalidade Taxa de crescimento salarial Taxa de juro técnica Taxa de crescimento das pensões Taxa de crescimento das despesas de saúde 31/12/14 Decreto-Lei nº 187/2007 de 10 de Maio EKV 80 TV 88/90 1,00% 3,50% 0,45% n/a 31/12/13 Decreto-Lei nº 187/2007 de 10 de Maio EKV 80 TV 88/90 1,00% 4,50% 0,45% 4,60% 130 Responsabilidades por serviços passados com planos de benefícios de reforma e sobrevivência De acordo com os estudos actuarias reportados a 31 de Dezembro de 2014 e 2013, o valor presente da obrigação correspondente a planos de reforma, bem como os valores de mercado dos fundos/ apólices de seguro a eles afectos são como se segue: 31/12/14 FundoApóliceAssumido Valores em Euros autónomo de seguro pelo Grupo Responsabilidades por serviços passados - Activos 62 558 258 680 - - Aposentados 21 436 639 - 5 729 363 Valor de mercado dos fundos (26 354 855) (221 975) - Insuficiência / (excesso) (4 855 658) 36 705 5 729 363 No decurso dos períodos findos em 31 de Dezembro de 2014 e 2013, a evolução das responsabilidades do Grupo apresenta a seguinte evolução: 31/12/14 FundoApóliceAssumido Valores em Euros autónomo de seguro pelo Grupo Responsabilidades no início do período 21 398 760 270 061 5 962 894 Variação cambial - 1 486 - Valores registados nos resultados do período: Serviços correntes 5 415 8 617 - Custo dos juros 905 361 18 544 247 474 Retorno esperado dos activos do plano (1 089 905) (12 034) - Perdas / (Ganhos) por cortes nos planos - - - Valores registados nos capitais próprios: Ganhos e perdas actuariais 1 697 605 (10 113) 412 695 Retorno estimado dos fundos de pensões 1 089 905 12 034 - Reformas processadas - (29 915) - Pensões pagas no período (2 507 944) - (893 700) Responsabilidades no fim do período 21 499 197 258 680 5 729 363 Relatório do conselho de administração 2014_DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS 131 31/12/13 FundoApóliceAssumido Total autónomo de seguro pelo Grupo Total 321 238 142 821 270 061 - 412 882 27 166 002 21 255 939 - 5 962 894 27 218 833 (26 576 830) (25 499 746) (177 467) - (25 677 213) 910 410 (4 100 986) 92 594 5 962 894 1 954 502 31/12/13 FundoApóliceAssumido Total autónomo de seguro pelo Grupo Total 27 631 715 22 463 519 266 623 6 739 718 29 469 860 1 486 - (26 697) - (26 697) 14 032 7 647 8 110 - 15 757 1 171 379 1 057 667 14 641 311 421 1 383 729 (1 101 939) (1 309 088) (9 241) - (1 318 329) - (7 048) - - (7 048) 2 100 187 475 862 35 323 (123 814) 387 371 1 101 939 1 309 088 9 241 - 1 318 329 (29 915) - (27 939) - (27 939) (3 401 644) (2 598 887) - (964 431) (3 563 318) 27 487 240 21 398 760 270 061 5 962 894 27 631 715 132 No decurso dos períodos findos em 31 de Dezembro de 2014 e 2013, a evolução do património dos fundos/ apólices de seguro é conforme se segue: Valores em Euros Saldo inicial Variação cambial Dotação efectuada no período/ Prémio seguro pago Rendimento dos fundos no período Pensões pagas Reformas processadas Saldo final 31/12/1431/12/13 FundoCapital FundoCapital autónomo seguro autónomo seguro 25 499 746 177 467 27 491 958 171 754 - 1 036 - (17 366) - 48 255 2 979 41 114 3 363 053 25 132 603 696 9 904 (2 507 944) - (2 598 887) - (29 915) - (27 939) 26 354 855 221 975 25 499 746 177 467 Relatório do conselho de administração 2014_DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS 133 Em 31 de Dezembro de 2014 e 2013, a composição dos fundos é conforme se segue: Valores em Euros Acções Obrigações - taxa fixa Dívida Pública Imobiliário Liquidez 31/12/14 3 549 945 11 785 934 9 106 088 131 590 1 781 298 26 354 855 31/12/13 2 219 723 12 365 037 7 266 399 115 070 3 533 517 25 499 746 134 Responsabilidades por serviços passados com outros benefícios pós emprego De acordo com os estudos actuariais efectuados por entidades independentes, com referência a 31 de Dezembro de 2014 e 2013, o valor actual das responsabilidades com outros benefícios de reforma é o seguinte: 31/12/14 AssistênciaSubsídioA Valores em Euros na doença de reforma Responsabilidades por serviços passados - Activos - 415 703 - Aposentados 69 288 - 69 288 415 703 No decurso dos períodos findos em 31 de Dezembro de 2014 e 2013, a evolução das responsabilidades do Grupo com outros benefícios de reforma apresenta a seguinte evolução: 31/12/14 AssistênciaSubsídioA Valores em Euros na doença de reforma Responsabilidades no início do período 514 795 396 861 Variação cambial - 27 939 Valores registados nos resultados do período: Serviços correntes - 30 063 Custo dos juros 1 880 41 253 Valores registados nos capitais próprios (11 969) (66 723) Benefícios pagos no período (435 418) (13 690) Responsabilidades no fim do período 69 288 415 703 Relatório do conselho de administração 2014_DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS 135 31/12/13 AssistênciaSubsídio Total na doença de reforma 415 703 10 240 396 861 69 288 504 555 - 484 991 514 795 396 861 31/12/13 AssistênciaSubsídio Total na doença de reforma 911 656 983 936 430 715 27 939 - (33 520) 30 063 13 401 29 298 43 133 22 901 41 925 (78 692) (69 279) (2 908) (449 108) (436 164) (68 649) 484 991 514 795 396 861 Total 407 101 504 555 911 656 Total 1 414 651 (33 520) 42 699 64 826 (72 187) (504 813) 911 656 136 22.3. Benefícios a longo prazo Responsabilidades por prémios de antiguidade Responsabilidades por subsídio por morte A Secil e a subsidiária CMP – Cimentos Maceira e Pataias, S.A., assumiram com os seus trabalhadores a responsabilidade pelo pagamento de prémios àqueles que atingem 25 anos de antiguidade nas referidas empresas, os quais são pagos no ano em que o trabalhador perfaz aquele número de anos ao serviço da Empresa. A Secil e a subsidiária CMP – Cimentos Maceira e Pataias, S.A., assumiram com os seus trabalhadores a responsabilidade pelo pagamento de um subsídio por morte do trabalhador activo, de igual valor a 1 mês do último salário auferido. Valores em Euros Prémios de antiguidade Subsídios por morte efectuados por entidades independentes, com referência a 31 de Dezembro de 2014 e 2013, o valor das responsabilidades com serviços passados com estes benefícios detalha-se como se segue: De acordo com os estudos actuariais 31/12/14 497 822 54 034 551 856 31/12/13 534 666 52 678 587 344 No decurso dos períodos findos em 31 de Dezembro de 2014 e 2013, a evolução das responsabilidades do Grupo com benefícios a longo prazo apresenta a seguinte evolução: 31/12/14 Prémios deSubsídios Valores em Euros antiguidade por morte Responsabilidades no início do período 534 666 52 678 Serviços correntes 26 632 2 997 Custo dos juros 22 472 2 505 Alterações no plano - - Ganhos e perdas actuariais 37 893 (4 146) Benefícios pagos no período (123 841) - Responsabilidades no fim do período 497 822 54 034 Relatório do conselho de administração 2014_DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS 137 31/12/13 Prémios deSubsídios Total antiguidade por morte 587 344 551 207 53 853 29 629 27 215 3 143 24 977 26 676 2 850 - (9 630) (1 736) 33 747 28 994 (5 432) (123 841) (89 796) - 551 856 534 666 52 678 Total 605 060 30 358 29 526 (11 366) 23 562 (89 796) 587 344 138 23. Passivos financeiros 23.1. Categorias de passivos financeiros As categorias de passivos financeiros em 31 de Dezembro de 2014 e 2013 são detalhadas conforme se segue: 31/12/14 Valores em EurosCorrente Não corrente Passivos financeiros ao custo: Fornecedores 39 662 228 - Financiamentos obtidos 79 689 815 240 320 134 Outras contas a pagar 38 301 503 - 157 653 546 240 320 134 23.2. Passivos financeiros - fornecedores Em 31 de Dezembro de 2014 e 2013 a rubrica de fornecedores apresenta a seguinte composição: Valores em Euros Fornecedores c/c Fornecedores c/c - partes relacionadas (Nota 36) Facturas em recepção e conferência 31/12/14 26 866 886 4 458 628 8 336 714 39 662 228 31/12/13 30 231 728 3 849 138 8 240 608 42 321 474 23.3. Passivos financeiros – financiamentos obtidos Os financiamentos obtidos em 31 de Dezembro de 2014 e 2013 são detalhados conforme se segue: 31/12/14 Valores em EurosCorrente Não corrente Empréstimos obrigacionistas: SBI 2007 - 2017 - 40 000 000 Secil 2012 - 2017 - 60 000 000 Secil 2013 - 2016 - 40 000 000 Secil 2013 - 2018 - 40 000 000 Empréstimos bancários 67 519 522 54 718 565 Descobertos bancários (Nota 4) 9 843 159 - Outros empréstimos: Obtidos no âmbito do QREN 2 981 730 3 439 517 Locação financeira - rendas a pagar (Nota 11) 679 642 2 162 052 Comissões bancárias de empréstimos (1 334 238) - 79 689 815 240 320 134 Relatório do conselho de administração 2014_DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS 139 31/12/13 TotalCorrente Não corrente Total 39 662 228 42 321 474 - 42 321 474 320 009 949 71 364 558 282 920 857 354 285 415 38 301 503 31 000 729 - 31 000 729 397 973 680 144 686 761 282 920 857 427 607 618 31/12/13 TotalCorrente Não corrente Total 40 000 000 - 40 000 000 40 000 000 60 000 000 - 60 000 000 60 000 000 40 000 000 - 40 000 000 40 000 000 40 000 000 - 40 000 000 40 000 000 122 238 087 56 990 910 93 371 244 150 362 154 9 843 159 14 163 855 - 14 163 855 - - 6 421 247 1 811 398 7 108 517 8 919 915 2 841 694 656 874 2 441 096 3 097 970 (1 334 238) (2 258 479) - (2 258 479) 320 009 949 71 364 558 282 920 857 354 285 415 140 A subsidiária Secil Betões e Inertes, S.A., emitiu em 2007, um empréstimo obrigacionista pelo montante de Euros 40.000.000. Os juros são pagos semestral e postecipadamente. O reembolso das obrigações far-se-á no final do 10º ano, ou seja, em 2017. Poderá ser solicitado o reembolso antecipado (Call Option), total ou parcial, nas 10ª, 12ª, 14ª, 16ª e 18ª datas de pagamento de juros. Em 2013, a Secil emitiu dois empréstimos obrigacionistas, com vencimentos a três e cinco anos, no montante de Euros 40.000.000 cada. Os juros são pagos semestral e postecipadamente. Um dos empréstimos será reembolsado ao par, de uma só vez, em 2016. O outro empréstimo é reembolsado em 5 prestações iguais e semestrais com início em Maio de 2016 e final em Maio de 2018. Em 2012, a Secil emitiu um empréstimo obrigacionista pelo montante de Euros 60.000.000. Os juros são pagos semestral e postecipadamente. O reembolso das obrigações será efectuado ao par, de uma só vez, no final do 5º ano, ou seja, em 2017. A parcela classificada como não corrente em 31 de Dezembro de 2014 e em 2013 tem o seguinte plano de reembolso definido: Valores em Euros 1 a 2 anos 2 a 3 anos 3 a 4 anos 4 a 5 anos Mais de 5 anos 31/12/14 72 491 494 138 613 956 20 870 788 4 165 522 4 178 374 240 320 134 Créditos concedidos e não sacados Em 31 de Dezembro de 2014 e 2013, os créditos bancários concedidos e não sacados ascendiam a Euros 307.029.261 e Euros 267.230.062, respectivamente. 31/12/13 45 261 071 73 041 148 136 813 713 19 731 872 8 073 053 282 920 857 Financial Covenants Existem contratos de financiamento com entidades bancárias que obrigam ao cumprimento de alguns rácios financeiros. A Secil Prebetão, entidade conjuntamente controlada, está em renegociação de alguns contratos de financiamento, um dos quais obriga ao cumprimento do Rácio de Dívida Financeira Liquida / EBITDA. Relatório do conselho de administração 2014_DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS 141 23.4. Passivos financeiros – outras contas a pagar Em 31 de Dezembro de 2014 e 2013, as outras contas a pagar correntes detalham-se como se segue: Valores em Euros Fornecedores de imobilizado c/c Fornecedores de imobilizado c/c - partes relacionadas (Nota 36) Outros credores Outros credores - partes relacionadas (Nota 36) Credores por acréscimos de gastos 31/12/14 3 370 224 43 516 4 490 198 - 30 397 565 38 301 503 31/12/13 2 567 221 43 516 4 030 760 19 305 24 339 927 31 000 729 31/12/14 48 706 9 853 113 707 581 12 037 197 367 881 1 006 362 197 948 613 761 1 730 712 3 834 304 30 397 565 31/12/13 34 303 8 949 558 2 751 309 6 560 633 802 295 108 123 166 644 353 857 2 291 568 2 321 637 24 339 927 A rubrica “Credores por acréscimos de gastos” em 31 de Dezembro de 2014 e 2013 detalha-se conforme se segue: Valores em Euros Seguros Custos com o pessoal Juros a pagar Periodificação de gastos com energia Serviços de transporte Accionistas (Nota 36) Serviços bancários Descontos comerciais Consultoria Outros 24. Adiantamentos de clientes e a fornecedores Em 31 de Dezembro de 2014 e 2013 as rubricas “Adiantamentos de clientes” e “Adiantamentos a fornecedores” apresentam a seguinte composição: ActivoPassivo Valores em Euros 31/12/14 31/12/13 31/12/14 31/12/13 Adiantamentos a fornecedores 2 958 338 2 062 119 - Adiantamentos de clientes - - 3 565 691 2 534 888 2 958 338 2 062 119 3 565 691 2 534 888 142 25. Estado e outros entes públicos Em 31 de Dezembro de 2014 e 2013 a rubrica “Estado e outros entes públicos” detalha-se conforme se segue: ActivoPassivo Valores em Euros 31/12/14 31/12/13 31/12/14 31/12/13 Imposto sobre o rendimento 3 202 699 5 341 724 18 635 580 12 548 551 Retenções de imposto sobre o rendimento 117 959 92 547 973 741 1 147 149 Imposto sobre o Valor Acrescentado 6 712 854 2 734 610 3 235 235 1 343 457 Contribuição para a Segurança Social - - 1 330 790 1 316 003 Restantes Impostos 241 814 245 152 592 719 616 577 10 275 326 8 414 033 24 768 065 16 971 737 Em 31 de Dezembro de 2014 e 2013 a rubrica “Imposto sobre o rendimento” tem a seguinte decomposição: 31/12/1431/12/13 Valores em EurosSaldo devedorSaldo credor LíquidoSaldo líquido Imposto sobre o rendimento do período (Nota 15) (61 131) 5 618 075 5 679 206 4 320 602 Ajustamento cambial 9 310 899 310 890 (126 872) Pagamentos por conta 206 414 (82 618) (289 032) (1 683 107) Retenções na fonte a recuperar 68 298 (8 985) (77 283) (4 137 336) IRC de períodos anteriores 2 989 109 (386 427) (3 375 536) (538 754) Liquidações adicionais - 13 184 636 13 184 636 9 372 294 3 202 699 18 635 580 15 432 881 7 206 827 Relatório do conselho de administração 2014_DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS 143 26. Diferimentos activos e passivos O saldo da rubrica “Diferimentos activos e passivos”, em 31 de Dezembro de 2014 e 2013, detalha-se conforme se segue: ActivoPassivo Valores em Euros 31/12/14 31/12/13 31/12/14 31/12/13 Seguros 80 532 198 721 - Rendas e alugueres 267 300 231 769 - Tratamento de resíduos - - 180 347 255 556 Outros 512 741 374 172 16 774 124 024 860 573 804 662 197 121 379 580 27. Vendas e serviços prestados Em 31 de Dezembro de 2014 e 2013 a rubrica “Vendas e serviços prestados” apresenta a seguinte composição: Valores em Euros Vendas Serviços prestados Descontos de pronto pagamento concedidos 31/12/14 409 462 924 22 712 757 (750 048) 431 425 633 31/12/13 390 819 750 21 496 919 (791 228) 411 525 441 144 28. Resultado apropriado de empresas associadas Nos períodos findos em 31 de Dezembro de 2014 e 2013, o Grupo apropriou-se de resultados em empresas associadas conforme se segue: Valores em Euros Setefrete, SGPS, S.A. J.M. Henriques, Lda. Ave-Gestão Ambiental e Valorização Energética, S.A. Supremo Cimentos, S.A. Nsospe Empreendimentos e Participações, S.A. Sociedade de Inertes Limitada (Notas 14 e 15) 31/12/14 723 055 (1 660) 149 764 (265 001) (1 315 770) 38 334 (671 278) 31/12/13 341 641 (3 257) 107 132 (80) (2 659 923) (2 214 487) Valores em Euros Subcontratos (*) Serviços especializados Materiais Energia e fluidos Deslocações, estadas e transportes Serviços diversos 31/12/14 2 322 298 42 726 534 372 985 50 036 491 48 826 078 20 355 585 164 639 971 31/12/13 10 978 317 40 090 453 565 451 44 929 019 40 304 998 21 139 867 158 008 105 29. Fornecimentos e serviços externos A rubrica “Fornecimentos e serviços externos” nos períodos findos em 31 de Dezembro de 2014 e 2013 é detalhada conforme se segue: (*) No corrente período os custos com transporte de betão passaram a ser considerados na rúbrica “Deslocações, estadas e transporte” Relatório do conselho de administração 2014_DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS 145 30. Gastos com o pessoal Em 31 de Dezembro de 2014 e 2013, a rubrica “Gastos com o pessoal” decompõe-se como se segue: Valores em Euros 31/12/14 Remunerações dos Orgãos Sociais 3 565 464 Remunerações do pessoal 43 277 919 Benefícios pós-emprego: Contribuição definida (Nota 22) 789 813 Benefícios definidos (Nota 22) 156 668 Outros benefícios a longo prazo (Nota 22) 92 499 Indemnizações 291 071 Outros gastos com pessoal 14 855 921 63 029 355 31/12/13 4 617 739 44 606 537 778 972 181 634 72 080 988 451 14 682 574 65 927 987 146 A rubrica “Remunerações dos membros dos órgãos sociais”, nos períodos findos em 31 de Dezembro de 2014 e 2013 compõe-se como se segue: Valores em Euros Conselho de Administração da Secil Outros membros de órgãos sociais de subsidiárias 31/12/14 2 458 991 1 106 473 3 565 464 31/12/13 3 410 316 1 207 423 4 617 739 Em 31 de Dezembro de 2014 e 2013, o número de colaboradores ao serviço das diversas empresas do Grupo, repartidos por segmento de negócio, detalha-se conforme se segue: País/SegmentoCimento BetõesA Portugal 483221 Líbano 436 65 Tunísia 267 96 Angola 223 - Cabo Verde 13 - Outros - - Total 1 422 382 Relatório do conselho de administração 2014_DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS 147 31/12/14 31/12/13 AgregadosOutros TotalCimento BetõesAgregadosOutros Total 127114945491211126 122 950 - - 501 436 70 --506 - - 363 283 96 --379 - 4 227 249-- 4 253 22 - 3513 -23 - 36 - - ---- 1 1 149 118 2 071 1 472 377 149 127 2 125 148 31. Outros rendimentos e ganhos Em 31 de Dezembro de 2014 e 2013, a rubrica “Outros rendimentos e ganhos” decompõe-se como se segue: Valores em Euros 31/12/14 Licenças de emissão de gases com efeitos de estufa atribuídas a título gratuito (Nota 20.5.3) 11 472 800 Subsídios ao investimento (Nota 20.5.3) 317 215 Rendimentos e ganhos em investimentos não financeiros 569 072 Proveitos suplementares - partes relacionadas (Nota 36) 50 557 Proveitos suplementares - outros 585 963 Alienação de licenças de emissão (Nota 13) 1 561 769 Swap de licenças de emissão - Diferenças de câmbio favoráveis 2 540 647 Proveitos com tratamento de resíduos 956 663 Ganhos na alienação de interesses em subsidiárias, associadas e empreendimentos conjuntos 5 547 158 Outros rendimentos e ganhos - partes relacionadas (Nota 36) 75 464 Rendimentos e ganhos nos activos financeiros (Nota 8) 39 121 Outros 9 737 724 33 454 153 A rubrica “Ganhos na alienação de interesses em subsidiárias, associadas e empreendimentos conjuntos” inclui essencialmente o montante de 5.064.240 Euros (Nota 7) relativo à diluição da participação financeira detida na subsidiária Nsospe Empreendimentos e Participações, SA. 31/12/13 6 538 658 1 687 461 696 243 1 934 818 1 586 275 978 774 223 000 1 095 483 842 679 7 029 691 22 613 082 As diferenças de câmbio favoráveis registadas no período findo 31 de Dezembro de 2014 referem-se essencialmente às variações entre o câmbio da data da compra de bens e serviços e a data da respectiva liquidação financeira do passivo relacionado, assim como à actualização cambial de activos e passivos intra-grupo em moeda estrangeira, sendo o seu montante justificado em grande parte pela variação ocorrida na cotação do dólar americano durante o período em análise. Relatório do conselho de administração 2014_DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS 149 32. Outros gastos e perdas A decomposição da rubrica “Outros gastos e perdas” nos períodos findos em 31 de Dezembro de 2014 e 2013 é conforme se segue: Valores em Euros Gastos e perdas em activos não financeiros Gastos e perdas em activos financeiros - Partes relacionadas (Nota 36) Donativos Impostos indirectos Diferenças câmbiais desfavoráveis Despesas bancárias Gastos e perdas em investimentos financeiros Outros gastos operacionais 31/12/14 114 719 4 875 762 273 2 061 845 1 287 457 848 250 1 334 893 2 227 327 8 641 639 31/12/13 80 995 910 998 2 289 037 2 365 754 714 003 3 506 860 9 867 647 31/12/14 41 789 593 18 791 11 571 749 60 016 53 440 149 1 368 886 (74 784) 1 294 102 31/12/13 51 072 368 18 789 7 285 086 60 019 58 436 262 457 470 (663 808) (206 338) 33. Gastos/ reversões de depreciações, amortizações e imparidades A decomposição da rubrica “Gastos/ reversões de depreciações, amortizações e imparidades” nos períodos findos em 31 de Dezembro de 2014 e 2013 é conforme se segue: Valores em Euros Activos fixos tangíveis (Nota 10) Propriedades de investimento (Nota 12) Activos intangíveis (Nota 13) Activos não correntes detidos para venda (Nota 19) Gastos/(reversões) de depreciações e de amortizações Activos fixos tangíveis (Nota 10) (Reversão)/ Reforço de imparidades nas licenças de emissão (Nota 13) Imparidade de activos depreciáveis/ amortizáveis (perdas/ (reversões)) 150 34. Resultados financeiros líquidos Em 31 de Dezembro de 2014 e 2013, os resultados financeiros líquidos decompõem-se como se segue Valores em Euros 31/12/14 Juros e rendimentos similares obtidos: Outros juros obtidos 1 760 283 Outros juros obtidos - partes relacionadas (Nota 36) 1 565 608 Outros proveitos e ganhos financeiros 128 918 3 454 809 Juros e gastos similares suportados: Juros suportados com outros empréstimos obtidos (18 180 972) Juros suportados - partes relacionadas (Nota 36) (5 144) Diferenças de cambio favoráveis/ (desfavoráveis) em financiamentos obtidos 492 301 Ganhos/ (perdas) com instrumentos financeiros - Swaps taxa juro: Juros incorridos (1 377 684) Actualização da provisão para recuperação paisagística (Nota 21) (288 359) Outros custos e gastos financeiros (332 674) (19 692 532) 31/12/13 1 036 578 4 115 319 7 701 5 159 598 (23 923 880) (33 025) (618 857) (1 382 259) (356 093) (549 789) (26 863 903) Relatório do conselho de administração 2014_DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS 151 35. Resultado por acção O resultado por acção, dos períodos findos em 31 de Dezembro de 2014 e 2013, é determinado conforme se segue: Valores em Euros Resultado atribuível aos detentores de capital da empresa-mãe Número médio ponderado de acções Resultado básico por acção Resultado diluído por acção Não existem instrumentos financeiros convertíveis sobre as acções da Secil, pelo que não existe diluição dos resultados. O número médio ponderado de acções encontra-se deduzido do número de acções próprias de 4.184.460 detidas pela Secil e pela sua subsidiária Hewbol S.G.P.S., Lda. (Nota 20.1). 31/12/14 6 035 413 48 735 540 0,124 0,124 31/12/13 (34 897 448) 48 735 540 (0,716) (0,716) 152 36. Partes relacionadas No decurso dos períodos findos em 31 de Dezembro de 2014 e 2013 foram efectuadas as seguintes transacções com partes relacionadas: Aquisição deOutros gastos Valores em Euros bens e serviços e perdas (Nota 32) Accionistas Semapa, S.G.P.S., S.A. (3 829 003) (4 875) Great Earth - Projectos, S.A. - - Outras partes relacionadas Seribo, S.A. - - Eng.Silva Dias -- Empresas associadas e empreendimentos conjuntos Supremo Cimentos S.A - - Margem - Companhia de Mineração - - J.M.J. Henriques, Lda. - - NSOSPE - Empreendimentos e Participações, S.A. - - Inertogrande -- Secil Prebetão - Pré-Fabricados de Betão, S.A. (28 137) - Setefrete - Soc. Tráfego Cargas, S.A. (3 771 650) - Ave-Gestão Ambiental e Valorização Energética, S.A. (4 266 591) - (11 895 381) (4 875) Aquisição deCustos Valores em Euros bens e serviços c/ Pessoal Accionistas Cimentospar, S.A. 200 492 - Outras partes relacionadas Semapa, S.G.P.S., S.A. (2 814 477) (21 696) Seribo, S.A. - - Eng.Silva Dias -- Outros accionistas de subsidiárias e outras partes relacionadas - - Empresas associadas e empreendimentos conjuntos Supremo Cimentos S.A - - Margem - Companhia de Mineração - - J.M.J. Henriques, Lda. - - Inertogrande -- Secil Unicon - S.G.P.S., Lda. - - Secil Prebetão - Pré-Fabricados de Betão, S.A. (45 610) - Setefrete - Soc. Tráfego Cargas, S.A. (2 197 148) - Ave-Gestão Ambiental e Valorização Energética, S.A. (3 409 317) - (8 266 060) (21 696) Relatório do conselho de administração 2014_DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS 153 31 de Dezembro de 2014 Juros suportados Vendas e serviçosOutros rendimentos Juros Obtidos (Nota 34) prestados e ganhos (Nota 31) (Nota 34) - - - 1 230 821 - - - 311 455 (4 810) - - (334)- - - 13 952 975 3 321 - - 21 544 - - 1 800 - - - 21 923 -- 1 800 - 375 165 9 081 1 409 - - 18 023 - 68 591 70 452 (5 144) 14 396 731 126 021 1 565 608 31 de Dezembro de 2013 Juros suportados Vendas e serviçosOutros rendimentos Juros Obtidos (Nota 34) prestados e ganhos (Nota 31) (Nota 34) - - - 1 123 990 - - - 2 955 935 (4 810) - - (334)- - (27 881) - - 34 148 - 11 669 303 11 633 - - 1 323 942 - - 1 800 -- 1 800 - - - 1 246 - 365 384 1 058 - - 29 574 - 127 753 565 011 (33 025) 12 162 440 1 934 818 4 115 319 154 Em 31 de Dezembro de 2014 e 2013 as empresas do Grupo apresentam os seguintes saldos com partes relacionadas: A Empréstimos Outros activos concedidosA FinanceirosClientes corrente Valores em Euros (Nota 16) (Nota 18.3) (Nota 18.3) Accionistas Longapar - S.G.P.S., S.A. - - - Semapa, SGPS, S.A. 645 125 - - Semapa, SGPS, S.A. - RETGS - - - Outras partes relacionadas Cotif Sicar --- Seribo, S.A. - - - Eng.Silva Dias --- Outros accionistas de subsidiárias e outras partes relacionadas - - - Empresas Associadas e empreendimentos conjuntos Supremo Cimentos S.A - 2 314 788 - Margem - Companhia de Mineração - - - NSOSPE - Empreendimentos e Participações, S.A. - - 750 000 J.M.J. Henriques, Lda. --- Inertogrande - Central de Betão, Lda. - - - Secil Unicon - S.G.P.S., Lda. - - - Secil Prebetão - Pré-Fabricados de Betão, S.A. - 66 070 - Setefrete - Soc. Tráfego Cargas, S.A. - - - Ave-Gestão Ambiental e Valorização Energética, S.A. - 1 845 - 645 125 2 382 703 750 000 Relatório do conselho de administração 2014_DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS 155 31 de Dezembro de 2014 Activo Passivo Aplicações deOutrasAcréscimosAccionistas / FornecedoresAcréscimos tesourariaOperações rendimentos sócios Fornecedores imobilizado de gastos (Nota 18.1) (Nota 18.3) (Nota 18.3)Correntes (Nota 23.2) (Nota 23.4) (Nota 23.4) - - - 1 160 - - 34 750 000 243 6 757 - 3 711 038 - 919 722 - 377 602 - 293 512 - - --- 86 794--- - - 185 759 - 43 516 81 011 --- 12 893-- 5 621 - 1 294 310 - 1 328 032 - - - 6 624 - - - - - 3 073 1 300 000 - - - - - 17 389 - - - - 117 959----- 207 967 - - - - - 23 767 - - - - - 13 035 - - 15 775 - 8 - - - - 363 410 - - 94 238 - - 368 405 - 34 750 000 2 138 818 1 324 146 1 908 150 4 458 628 43 516 1 006 362 Em 31 de Dezembro de 2014, os montantes de Euros 377.602 a receber e Euros 293.512 a pagar no âmbito do Regime Especial de Tributação dos Grupos de Sociedades (RETGS) decompõem-se como se segue: 31/12/14 SaldoSaldo Valores em Euros DevedorCredor Imposto sobre o rendimento do período (Nota 15) (16 250) 1 068 025 Pagamentos por conta 381 324 (418 932) Retenções na fonte a recuperar 12 528 (355 581) 377 602 293 512 Líquido 1 084 275 (800 256) (368 109) (84 090) 156 Activo Empréstimos concedidosOutrasA não correnteClientes operações Valores em Euros (Nota 18.3) (Nota 18.2) (Nota 18.3) Accionistas Longapar - S.G.P.S., S.A. - - - Outras partes relacionadas Semapa, SGPS, S.A. - - 243 Cotif Sicar --- Seribo, S.A. - - - Eng. Silva Dias - - - Outros accionistas de subsidiárias e outras partes relacionadas 550 000 - 689 885 Empresas Associadas e empreendimentos conjuntos Supremo Cimentos S.A - 991 491 9 539 Margem - Companhia de Mineração - - 27 162 J.M.J. Henriques, Lda. -- 114 683 Inertogrande - Central de Betão, Lda. - - 204 678 Secil Unicon - S.G.P.S., Lda. - - 22 164 Secil Prebetão - Pré-Fabricados de Betão, S.A. - 82 209 23 026 Setefrete - Soc. Tráfego Cargas, S.A. - - - Ave-Gestão Ambiental e Valorização Energética, S.A. - 1 845 101 150 Sociedade de Inertes, Lda - - 2 312 550 000 1 075 545 1 194 842 O saldo da rubrica “Outras operações” líquido de imparidades ascende a Euros 844.508 e Euros 547.842 em 31 de Dezembro de 2014 e 2013, respectivamente. Relatório do conselho de administração 2014_DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS 157 31 de Dezembro de 2013 Passivo AcréscimosAccionistas /Accionistas / FornecedoresOutrosAcréscimos rendimentosSóciosSócios Fornecedores imobilizado credores de gastos (Nota 18.3) não correntes correntes (Nota 23.2) (Nota 23.4) (Nota 23.4) (Nota 23.4) - - 1 160 - - - 1 250 626 - - 3 016 444 - - - - 19 560---- - 185 759 - 43 516 - 76 201 - - 12 893 - - - 5 287 34 148 585 000 1 435 761 - - 19 305 26 635 - - - - - - 1 300 000 - - - - - - ------ - - - - - - - - - - - - - - 11 024 - - - - - 479 084 - - - - - 342 586 - - - - - - - - 2 584 774 585 000 1 655 133 3 849 138 43 516 19 305 108 123 158 37. Riscos financeiros 37.1. Risco cambial A exposição do Grupo ao risco de taxa de câmbio a 31 de Dezembro de 2014 e 2013, com base nos valores de balanço dos activos e passivos financeiros, convertidos para Euros tendo por base as taxas de câmbio a essa data, apresenta-se como segue: 31-12-2014 Dólar 000’ Libra Dinar Valores em Euros americano libanesa tunisino Activos Outras contas a receber - não correntes e correntes 403 876 156 538 5 318 053 Clientes 3 133 943 12 973 591 9 731 647 Caixa e depósitos bancários 37 183 257 37 352 620 2 096 972 Total de activos financeiros 40 721 076 50 482 749 17 146 672 Passivos Accionistas/ sócios - não correntes e correntes - (1 327 127) (87 699) Financiamentos obtidos - não correntes e correntes (6 128 431) (5 742 449) (20 041 024) Outras contas a pagar - não correntes e correntes (87 473) (11 396 895) (5 649 926) Fornecedores (329 680) (2 901 004) (7 996 116) Total de passivos financeiros (6 545 584) (21 367 475) (33 774 765) Posição financeira líquida de balanço 34 175 492 29 115 274 (16 628 093) Relatório do conselho de administração 2014_DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS 159 31-12-2013 Kwanza Metical Dólar 000’ Libra Dinar Kwanza angolano moçambicano Total americano libanesa tunisino angolano Total 392 109 1 222 6 271 798 475 476 155 778 5 124 325 102 780 5 858 358 1 577 473 - 27 416 654 1 899 458 12 440 383 7 593 066 1 346 642 23 279 548 9 289 231 80 85 922 160 44 806 628 15 713 195 1 590 085 1 919 329 64 029 236 11 258 813 1 302 119 610 612 47 181 561 28 309 356 14 307 476 3 368 751 93 167 142 - - (1 414 826) - (1 435 273) (20 047) - (1 455 320) (9 772 274) (273 852) (41 958 030) (7 659 695) (4 694 566) (30 508 962) (8 361 336) (51 224 559) (1 019 059) (2 430) (18 155 783) (65 855) (8 533 119) (5 650 644) (657 065) (14 906 683) (60 800) - (11 287 600) (1 735 572) (2 103 667) (7 569 563) (168 482) (11 577 284) (10 852 133) (276 282) (72 816 239) (9 461 122) (16 766 625) (43 749 215) (9 186 882) (79 163 847) 406 680 (274 980) 46 794 373 37 720 439 11 542 731 (29 441 739) (5 818 131) 14 003 295 Nos períodos findos em 31 de Dezembro de 2014 e 2013, os impactos decorrentes da variação positiva e negativa de 5% de todas as taxas de câmbio spot com referência ao Euro, é conforme se segue: 31-12-201431-12-2013 Valores em EurosAumento 5%Redução 5%Aumento 5%Redução 5% Capitais próprios (1 772 483) 1 959 060 (412 510) (455 933) Resultado do período (270 058) 298 485 (254.313) 281 083 (2 042 541) 2 257 545 (666 823) 737 016 160 37.2. Risco de taxa de juro O Grupo, na sua gestão da exposição às taxas de juro, apenas realiza cobertura de fluxos de caixa. Estas operações são registadas no balanço pelo seu justo valor e, na medida em que sejam consideradas coberturas eficazes, as variações no justo valor são inicialmente registadas por contrapartida de capitais próprios e posteriormente reclassificadas para resultados financeiros para a rubrica de “Ganhos/perdas com instrumentos financeiros” (Nota 38) na data da sua liquidação. Se as operações de cobertura apresentarem ineficácia, esta é registada directamente em resultados. Desta forma e em termos líquidos, os custos associados aos financiamentos cobertos são periodificados à taxa inerente à operação de cobertura contratada. Quando um instrumento de cobertura expira ou é vendido, ou quando a cobertura deixa de cumprir os critérios exigidos para a contabilidade de cobertura, as variações de justo valor do derivado Valores em Euros NotaAté 1 mês Activos Não correntes Outros activos financeiros 16 - Correntes Caixa e depósitos bancários Depósitos bancários imediatamente mobilizáveis 4 19 177 345 Aplicações de tesouraria 4 94 555 786 Total de activos financeiros 113 733 131 Passivos Não correntes Financiamentos obtidos Empréstimo obrigacionista 23.3 - Empréstimos bancários 23.3 12 901 154 Locações financeiras 11 1 918 217 Correntes Financiamentos obtidos Empréstimos bancários 23.3 53 976 743 Descobertos bancários 23.3 7 870 375 Locações financeiras 11 603 468 Total de passivos financeiros 77 269 957 Exposição líquida ao risco taxa de juro 36 463 174 Relatório do conselho de administração 2014_DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS 161 acumuladas em reservas são reconhecidas em resultados quando a operação coberta também afectar resultados. O Grupo contratou durante o período de 2009, uma cobertura do risco de taxa de juro, através de um interest rate swap (IRS) com valor nocional de Euros 40.000.000 e maturidade em 2017. A restante dívida foi mantida num regime de taxa variável. Em 31 de Dezembro de 2014 e 2013, o desenvolvimento dos activos e passivos financeiros com exposição a risco de taxa de juro em função da data de refixação e da tipologia de taxa é apresentado como se segue: 31/12/2014 1-3 meses 3-12 meses 1-5 anos Total - 645 125 - 645 125 - - - 19 177 345 16 004 307 6 591 109 46 461 117 197 663 16 004 307 7 236 234 46 461 137 020 133 - 180 000 000 - 180 000 000 15 763 821 24 277 704 1 775 886 54 718 565 243 835 - - 2 162 052 7 242 512 5 398 775 901 492 67 519 522 - 1 972 784 - 9 843 159 76 174 - - 679 642 23 326 342 211 649 263 2 677 378 314 922 940 (7 322 035) (204 413 029) (2 630 917) (177 902 807) 162 Valores em Euros NotaAté 1 mês Activos Não correntes Outros activos financeiros 16 - Correntes Caixa e depósitos bancários Depósitos bancários imediatamente mobilizáveis 4 25 609 321 Aplicações de tesouraria 4 85 123 498 Total de activos financeiros 110 732 819 Passivos Não correntes Financiamentos obtidos Empréstimo obrigacionista 23.3 - Empréstimos bancários 23.3 32 695 653 Locações financeiras 11 2 441 096 Correntes Financiamentos obtidos Empréstimos bancários 23.3 36 948 584 Descobertos bancários 23.3 9 336 458 Locações financeiras 11 656 874 Total de passivos financeiros 82 078 665 Exposição líquida ao risco taxa de juro 28 654 154 O Grupo utiliza a técnica da análise de sensibilidade que mede as alterações estimadas nos resultados e capitais de um aumento ou diminuição imediata das taxas de juros de mercado, com todas as outras variáveis constantes. Esta análise é apenas para fins ilustrativos, já que na prática as taxas de mercado raramente se alteram isoladamente. A análise de sensibilidade é baseada nos seguintes pressupostos: (i) Alterações nas taxas de juro do mercado afectam rendimentos ou despesas de juros de instrumentos financeiros variáveis; (ii) Alterações nas taxas de juro de mercado apenas afectam os rendimentos ou despesas de juros em relação a instrumentos financeiros com taxas de juro fixas se estes estiverem reconhecidos a justo valor; Relatório do conselho de administração 2014_DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS 163 31/12/2013 1-3 meses 3-12 meses 1-5 anos Total - - 1 250 000 1 250 000 - - - 25 609 321 2 545 036 10 711 902 27 802 98 408 238 2 545 036 10 711 902 1 277 802 125 267 559 - 140 000 000 40 000 000 180 000 000 19 978 413 38 556 259 2 140 919 93 371 244 - - - 2 441 096 3 719 929 15 507 101 815 296 56 990 910 4 827 397 - - 14 163 855 - - - 656 874 28 525 739 194 063 360 42 956 215 347 623 979 (25 980 703) (183 351 458) (41 678 413) (222 356 420) (iii) Alterações nas taxas de juro de mercado afectam o justo valor de instrumentos financeiros derivados e outros activos e passivos financeiros; (iv) Alterações no justo valor de instrumentos financeiros derivados e outros activos e passivos financeiros são estimados descontando os fluxos de caixa futuros de valores actuais líquidos, utilizando taxas de mercado do final do ano. 164 Sob estes pressupostos, um aumento ou uma diminuição de 0,50% nas taxas de juro, para todos os empréstimos ou instrumentos financeiros derivados contratados pelo Grupo Secil a 31 de Dezembro de 2014 e 2013 resultaria conforme se segue: 31/12/1431/12/13 Valores em EurosAumento 0,5%Redução 0,5%Aumento 0,5%Redução 0,5% Capitais próprios 528 714 (530 481) 677 175 (678 852) Resultado do período (889 514) 889 514 (911 782) 911 782 (360 800) 359 033 (234 607) 232 930 37.3. Risco de crédito Em 31 de Dezembro de 2014 e 2013, os saldos a receber de clientes apresentam a seguinte estrutura de antiguidade, considerando como referência a data de vencimento dos valores em aberto: Valores em Euros 31/12/14 31/12/13 Valores não vencidos 30 670 266 30 471 424 Valores vencidos: De 1 a 90 dias 15 126 613 13 614 867 De 91 a 180 dias 2 904 505 1 764 979 De 181a 360 dias 1 839 396 1 921 667 De 361a 540 dias 951 254 1 877 408 De 541 a 720 dias 1 181 521 1 517 671 A mais de 721 dias 13 244 461 10 236 477 Em contencioso de cobrança 10 095 033 12 372 351 45 342 783 43 305 420 Total de saldos de clientes 76 013 049 73 776 844 Imparidades (26 258 584) (25 328 905) Saldo líquido de clientes (Nota 18.2) 49 754 465 48 447 939 Limite de seguro de crédito contratado 53 629 603 10 244 944 Relatório do conselho de administração 2014_DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS 165 Os valores apresentados correspondem aos valores em aberto, face aos prazos de vencimento contratados. Apesar de existirem atrasos na liquidação de alguns valores face a esses prazos, tal não resulta na identificação de situações de imparidade para além das consideradas através das correspondentes perdas. Estas são apuradas atendendo à informação regularmente reunida sobre o comportamento financeiro dos clientes do Grupo, que permite, em conjugação com a experiência reunida na análise da carteira e em conjugação com os si- nistros de crédito que se verifiquem, na parte não atribuível à seguradora, definir o valor das perdas a reconhecer no período. O facto de existirem garantias para uma parte significativa dos saldos em aberto e com antiguidade justifica o facto de não se ter registado qualquer perda por imparidade nesses saldos. 166 A qualidade de risco de crédito do Grupo, em 31 de Dezembro de 2014 e 2013, face a activos financeiros (depósitos bancários, aplicações de tesouraria e Instrumentos financeiros derivados com justo valor positivo) cujas contrapartes sejam instituições financeiras, detalha-se como segue: Valores em Euros Rating: A+ A BBB BBB- BB BB- B+ B Sem rating 31/12/14 22 545 26 981 1 254 832 27 5 551 647 173 090 19 434 773 52 664 109 858 449 136 375 008 31/12/13 68 566 85 024 1 004 390 6 830 950 26 294 500 18 871 557 70 862 573 124 017 560 Relatório do conselho de administração 2014_DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS 167 A rubrica “Sem rating” diz, essencialmente, respeito a aplicações de tesouraria e depósitos bancários em instituições financeiras em Angola e no Líbano e à subscrição de papel comercial emitido pela Semapa relativamente aos quais não existe notação de rating com referência às datas apresentadas. Em 31 de Dezembro de 2014 e 2013, a análise de antiguidade dos saldos devedores que já se encontram vencidos, e respectivas perdas acumuladas por imparidade, é a seguinte: 31/12/14 Valores em Euros Valor Bruto JV Garantias Saldos devedores vencidos não considerados em imparidade: Vencidos há menos de 3 meses 15 078 671 2 587 629 Vencidos há mais de 3 meses 4 064 528 592 407 19 143 199 3 180 036 Saldos devedores vencidos considerados em imparidade: Vencidos há menos de 3 meses 47 943 - Vencidos há mais de 3 meses 26 151 641 - 26 199 584 - 45 342 783 3 180 036 31/12/13 Valor Bruto JV Garantias 13 518 183 4 466 381 17 984 564 6 610 477 449 968 7 060 445 96 684 25 224 172 25 320 856 43 305 420 7 060 445 A exposição máxima ao risco de crédito no balanço em 31 de Dezembro de 2014 e 2013, detalha-se como se segue: Valores em Euros Nota 31/12/14 31/12/13 Activos não correntes Outras contas a receber 18 2 266 051 2 407 210 Outros activos financeiros 16 3 297 025 3 650 427 Activos correntes Clientes 18 49 754 465 48 447 939 Outras contas receber 18 11 885 484 13 975 118 Depósitos bancários e aplicações de tesouraria 4 136 375 008 124 017 560 Exposição ao risco de crédito fora de balanço Garantias e compromissos 41 230 809 855 164 723 143 168 37.4. Risco de liquidez O Grupo gere o risco de liquidez por três vias: (i) garantindo que a sua dívida financeira tem uma componente elevada de médio e longo prazo com maturidades adequadas às características das indústrias onde exerce a sua actividade; (ii) através da contratação com instituições financeiras de facilidades de crédito disponíveis a todo o momento, por um montante que garanta uma liquidez adequada; (iii) acumulando montantes em caixa. A previsão dos fluxos de caixa é realizada pelas entidades operacionais do Grupo e agregada anualmente pela Direcção Financeira do Grupo Secil na prepara- ção do orçamento anual. É da responsabilidade dessa Direcção a monitorização das previsões de necessidades de liquidez do Grupo de forma a garantir a manutenção de um nível adequado de disponibilidades para responder às necessidades operacionais. Estas previsões têm em consideração os planos de financiamento de dívida do Grupo, o cumprimento de objectivos internos ao nível dos rácios de balanço e caso seja aplicável o cumprimento de requisitos externos, relacionados com as actividades operacionais e com as obrigações legais, fiscais e operacionais do Grupo. A liquidez dos passivos financeiros contratados, nos períodos findos em 31 de Dezembro de 2014 e 2013, originará os seguintes fluxos monetários não descontados, incluindo juros, tendo por base o período remanescente até à maturidade contratual à data do balanço: Valores em Euros NotaAté 1 ano Accionistas/ sócios 36 1 908 150 Financiamentos obtidos Empréstimo obrigacionista Capital 23.3 - Juros 6 938 899 Empréstimos bancários Capital 23.3 67 519 522 Juros 3 252 466 Outros Empréstimos (QREN) Capital 23.3 2 981 730 Locações financeiras Capital 11.1 679 642 Juros 11.1 131 357 Descobertos bancários Capital 23.3 9 843 159 Juros 245 978 Outras contas a pagar Instrumentos financeiros derivados (*) 1 452 170 Fornecedores de imobilizado c/c 23.4 3 413 740 Outros credores 23.4 4 490 198 Credores por acréscimos de gastos 23.4 30 397 565 Fornecedores 23.2 39 662 228 172 916 804 Relatório do conselho de administração 2014_DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS 169 31/12/14 31/12/13 Mais de Mais de 1-5 anos 5 anos TotalAté 1 ano 1-5 anos 5 anos Total - - 1 908 150 1 655 133 585 000 - 2 240 133 180 000 000 - 180 000 000 - 180 000 000 - 180 000 000 13 258 680 - 20 197 579 7 128 450 25 226 338 - 32 354 788 50 540 193 4 178 372 122 238 087 56 990 910 85 298 192 8 073 052 150 362 154 6 569 336 825 955 10 647 757 9 128 812 21 469 411 1 158 192 31 756 415 3 439 517 - 6 421 247 1 811 398 7 108 517 - 8 919 915 2 162 052 - 2 841 694 656 874 2 441 096 - 3 097 970 197 173 - 328 530 136 942 298 975 - 435 917 - - 9 843 159 14 163 855 - - 14 163 855 - - 245 978 305 948 - - 305 948 2 867 135 - 4 319 305 1 371 423 3 222 074 - 4 593 497 - - 3 413 740 2 610 737 - - 2 610 737 - - 4 490 198 4 050 065 - - 4 050 065 - - 30 397 565 24 339 927 - - 24 339 927 - - 39 662 228 42 321 474 - - 42 321 474 259 034 086 5 004 327 436 955 217 166 671 948 325 649 603 9 231 244 501 552 795 170 38. Justo valor dos instrumentos financeiros derivados Com o objectivo de minimizar os riscos de exposição a variações de taxa de câmbio, de taxas de juro dos empréstimos e cobrir o risco de preço associado a transacções futuras altamente prováveis de licenças de emissão de gases com efeito de estufa, o Grupo contratou um conjunto de instrumentos financeiros derivados. O justo valor dos instrumentos financeiros derivados é registado: (i) quando positivo, no activo na rubrica “Outros activos financeiros” (Nota 16) e (ii) quando negativo, no passivo, na rubrica “Outros passivos financeiros” (Nota 23). Em 31 de Dezembro de 2014 e 2013, o justo valor dos instrumentos derivados de cobertura do Grupo, classificado como não corrente, ascende a Euros 4.014.691 e Euros 4.262.775, respectivamente, conforme se detalha: Notional Valores em Euros Moeda Montante Maturidade 31-12-14 Cobertura de fluxos de caixa Swaps de taxa de juro EUR 40 000 000 2017 (4 014 691) 40 000 000 (4 014 691) 31-12-13 (4 262 775) (4 262 775) O movimento ocorrido no justo valor dos instrumentos financeiros derivados de cobertura, nos períodos findos em 31 de Dezembro de 2014 e 2013, apresenta-se conforme se segue: Valores em Euros Saldo inicial Aumentos de justo valor (Nota 20.5.4) Saldo final 31-12-14 (4 262 775) 248 084 (4 014 691) 31-12-13 (5 795 506) 1 532 731 (4 262 775) Relatório do conselho de administração 2014_DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS 171 Durante o período findo em 31 de Dezembro de 2009, o Grupo contratou um derivado de negociação, um interest rate swap (IRS,) com valor nocional de Euros 40.000.000, no entanto, após a realização de testes de eficácia prospectivos e retrospectivos, o mesmo foi considerado como de cobertura de fluxos de caixa com efeitos a partir de 1 de Julho de 2010. Até esta data, a variação do justo valor do derivado foi registada em resultados. Na realização dos testes de eficácia é utilizado o método de regressão linear que analisa a correlação estatística entre a variação do justo valor do swap e a variação do justo valor dos financiamentos atribuíveis a alterações da taxa de juro Euribor. de juro no montante de Euros 248.084 e Euros 1.532.731 (Nota 20.5.4), respectivamente, na rubrica “Outras variações no capital próprio” deduzidos dos respectivos impostos diferidos de Euros 73.958 e Euros 424.313. Nos períodos findos em 31 de Dezembro de 2014 e 2013 o Grupo registou ganhos por variações de justo valor de instrumentos financeiros derivados de cobertura relacionados com swaps de taxa O justo valor do swap de taxa de juro no montante de Euros 4.014.691 e Euros 4.262.775, respectivamente, encontra-se repartido pelas seguintes rubricas do capital próprio do Grupo: Valores em Euros Reserva de justo valor de derivados de cobertura (Nota 20.5.4) Resultados transitados (a) (a) Efeito acumulado no período em que o derivado foi classificado como de negociação. 31-12-14 (658 857) (3 355 834) (4 014 691) 31-12-13 (906 941) (3 355 834) (4 262 775) Para efeitos de registo de ineficácia é usado o dollar offset method recorrendo à abordagem do “derivado hipotético”. O modelo consiste na definição de um derivado hipotético que replica as condições do instrumento coberto, e posteriormente, a comparação entre as variações ocorridas nos fluxos gerados pelo mesmo derivado hipotético e as varia- ções incorridas nos fluxos gerados pelo instrumento de cobertura. Neste caso específico utilizou-se o rácio da alteração do justo valor do instrumento de cobertura, dividido pela alteração no justo valor do empréstimo obrigacionista atribuível a alterações na taxa de juro Euribor a 6 meses comparando com a taxa fixa de referência do instrumento de cobertura. 172 39. Dispêndios em matérias ambientais O Grupo no âmbito do desenvolvimento da sua actividade incorre em diversos encargos de carácter ambiental, os quais, dependendo das suas características, estão a ser capitalizados ou reconhecidos como um gasto nos resultados operacionais do período. Os dispêndios de carácter ambiental in- corridos para preservar recursos ou para evitar ou reduzir danos futuros, e que se considera que permitem prolongar a vida ou aumentar a capacidade ou melhorar a segurança ou eficiência de outros activos detidos pelo Grupo, são capitalizados. Os dispêndios capitalizados e reconhecidos em gastos nos períodos findos em 31 de Dezembro de 2014 e 2013, têm a seguinte discriminação: Valores em Euros 31-12-14 ImputadosI Domínios a gastosCapitalizados Emissões para a atmosfera 859 405 281 390 Gestão das águas residuais 41 570 Gestão dos resíduos 1 596 054 350 590 Protecção dos solos e das águas subterrâneas 4 923 13 091 Protecção da natureza 511 908 21 378 Ruído e vibração 66 428 Outras actividades de protecção do ambiente 268 190 10 916 3 348 478 677 365 Licenças de emissão de gases com efeito de estufa No âmbito do Protocolo de Quioto, a União Europeia comprometeu-se a reduzir a emissão de gases com efeito de estufa. Neste contexto, foi emitida uma Directiva Comunitária que prevê a comercialização das chamadas Licenças de emissão de gases com efeito de estufa, entretanto transposta para a legislação portuguesa e que é aplicável, desde de 1 de Janeiro de 2005, entre outras, à indústria de cimento (Nota 13). Relatório do conselho de administração 2014_DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS 173 31-12-13 Imputados Total a gastosCapitalizados 1 140 795 959 171 2 643 482 41 570 38 608 - 1 946 644 1 549 914 6 690 176 18 014 4 674 65 227 533 286 506 726 37 201 66 428 60 000 - 279 106 380 179 18 558 4 025 843 3 499 272 9 454 644 Total 3 602 653 38 608 8 240 090 69 901 543 927 60 000 398 737 12 953 916 174 40. Custos com auditoria e revisão legal de contas Em 31 de Dezembro de 2014 e 2013, os dispêndios com auditoria e com serviços de revisão legal de contas, decompõem-se como se segue: Valores em Euros Serviços de Revisão Legal de Contas Serviços de assessoria fiscal Outros serviços que não de Revisão Legal de Contas 31-12-14 221 937 - - 221 937 31-12-13 347 345 10 221 498 358 064 Relatório do conselho de administração 2014_DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS 175 41. Compromissos assumidos pelo Grupo 41.1. Garantias e outros compromissos financeiros Em 31 de Dezembro de 2014 e 2013, as garantias prestadas pelo Grupo e outros compromissos financeiros decompõem-se como se segue: Valores em Euros 31/12/14 31/12/13 Garantias prestadas 2ª Repartição dos Serviços de Finanças de Setúbal 441 945 13 698 054 IAPMEI (âmbito do QREN) 1 807 337 2 299 046 IAPMEI (âmbito do PEDIP) 415 934 99 760 APSS - Administração dos Portos de Setúbal e Sesimbra 2 633 394 2 547 495 APDL - Administração do Porto de Leixões 706 062 676 920 Direcção Geral de Alfândegas 800 000 854 414 Comissão de Coordenação e Desenv. Regional Centro 845 173 845 173 Comissão de Coordenação e Desenv. Regional LVT 1 134 778 994 338 Comissão de Coordenação e Desenv. Regional Algarve 480 804 480 804 Comissão de Coordenação e Desenv. Regional Norte 236 403 236 421 Secretaria Regional do Ambiente e Recursos Naturais 274 595 274 595 Instituto de Conservação da Natureza - Arrábida 280 639 454 958 Outras 590 578 585 590 10 647 642 24 047 568 Cartas de crédito de importação 1 552 522 1 306 728 Compromissos de compra com fornecedores 11 042 838 11 620 085 Livranças, avais e fianças para garantia de empréstimos obtidos Associadas (*) 149 906 154 76 897 091 Hipotecas Terrenos, edifícios e equipamentos básicos de Sibline 57 465 047 50 590 801 Aval 195 652 260 870 Total das garantias e outros compromissos (Nota 37.3) 230 809 855 164 723 143 (*) Estas garantias respeitam a vários empréstimos contraídos pelas associadas: (i) Margem - Companhia de Mineração, para financiamento da construção da nova fábrica de Adrianópolis, no montante total de Reais 457.302.751 (Euros 141.988.621); (ii) Supremo Cimentos, S.A., para apoio de tesouraria, no montante total de Reais 63.000.000 (Euros 19.560.965). 176 em 49% pelo Estado angolano, a qual começou a operar a partir de 1 de Janeiro de 2006, cessando assim o contrato de cessão de exploração da unidade fabril Encime do Lobito, celebrado entre o Estado Angolano e a Tecnosecil (actualmente denominada Secil Angola) em vigor desde Setembro de 2000. O capital social da Secil Lobito no montante de USD 21.274.285 foi realizado através da transferência dos activos tangíveis e intangíveis da Secil Angola e da Encime U.E.E. respectivamente pelo Grupo Secil e Estado angolano, pelo valor resultante da avaliação independente efectuada em Outubro de 2003 por uma empresa de auditoria internacional. 41.2. Outros compromissos assumidos Promessas de Penhor e Hipotecas Em 2010, a subsidiária Secil Martingança contraiu um financiamento bancário no montante de Euros 2.500.000 para a construção da sua nova fábrica localizada no Montijo e constituiu nessa data uma promessa de hipoteca sobre o terreno da mesma. Em 31 de Dezembro de 2014 encontrava-se por liquidar o montante de Euros 714.286 do financiamento obtido. Nesse Memorando de Entendimento, estimou-se que, num horizonte de 36 meses contados desde a data de realização do respectivo capital social, a Secil Lobito iria instalar uma fábrica de cimento e clinquer no Lobito. Em 26 de Outubro de 2007, o Conselho Ministros de Angola aprovou o Projecto de Investimento Privado denominado “Nova Fábrica de Cimento do Lobito”, no montante de USD 91.539.000, contratualizado em 14 de Dezembro de 2007, pela Secil Lobito e pela ANIP - Agência Nacional para o Investimento Privado, esta em representação do Estado angolano. Investimento numa nova fábrica em Angola Adicionalmente, no exercício de 2008, foi adicionado ao investimento uma central de produção de energia eléctrica no valor de USD 18.000.000. Nos termos do Memorando de Entendimento celebrado entre o Governo de Angola e a Secil, em Abril de 2004, foi constituída em 29 de Novembro de 2005 a Secil - Companhia de Cimento do Lobito, S.A. detida em, aproximadamente, 51% pelo Grupo Secil e, indirectamente, A Secil Lobito está a trabalhar na actualização do projecto à realidade actual de Angola. Dando seguimento à resposta dada pela ANIP à solicitação da Secil Lobito feita em Julho de 2014, prevê-se realizar ao longo do ano de 2015 a renegociação de algumas cláusulas do Con- trato de Investimento para a construção da nova fábrica, assinado em Dezembro de 2007. Depósito Caução A subsidiária Ciminpart vendeu em 2012 a sua participação na VIROC. No âmbito deste processo, a Secil constituiu penhor sobre um depósito bancário no montante de Euros 1.250.000. Relatório do conselho de administração 2014_DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS 177 42. Acontecimentos após a data do balanço Após a data de 31 de Dezembro de 2014, não ocorreram eventos subsequentes que proporcionem informação adicional sobre condições que existiam à data do balanço ou proporcionem informação sobre condições que tenham ocorrido após a data do balanço. Presidente Pedro Mendonça de Queiroz Pereira Vogais Gonçalo de Castro Salazar Leite Francisco José Melo e Castro Guedes Carlos Alberto Medeiros Abreu Sérgio António Alves Martins João Luís Barbosa Pereira de Vasconcelos José Miguel Pereira Gens Paredes Paulo Miguel Garcês Ventura técnico oficial de contas Emília Rosa Mota de Carvalho 178 ANEXOS 1. Certificação Legal das Contas Consolidadas 2. Relatório e Parecer do Conselho Fiscal Contas Consolidadas Relatório do conselho de administração 2014_anexos 179 Escola Francisco de Arruda, Lisboa 180 Relatório do conselho de administração 2014_anexos 181 182 Relatório do conselho de administração 2014_anexos 183 184 relatório de sustentabilidade 1. Este relatório 2. A secil 3. Estratégia e gestão da sustentabilidade 4. Auditoria externa Carta de Compromissos Relatório do conselho de administração 2014_relatório de sustentabilidade 185 da Cement Sustainability Initiative 5. sustentabilidade - prioridades para o futuro 6. a secil em números Peneireiro (Falco Tinnunculus) 186 1. este relatório Tendo em linha de conta e a versão 3.0 da GRI, este Relatório regista os principais factos e resultados de 2014, decorrentes da vivência efectiva da sustentabilidade na Secil, nomeadamente, nas unidades fabris do grupo cimentos. O World Business Council for Sustainable Development (WBCSD) lançou, em 2010, um estudo prospectivo a largo prazo de que resultou uma nova Visão 2050, cujo objectivo último será o de assegurar que “em 2050, cerca de 9 mil milhões de pessoas vão viver bem, respeitando os limites do planeta”. Para que os resultados da Visão 2050 sejam alcançados, o WBCSD desenvolveu a AÇÃO 2020 – um roteiro de como as empresas podem influenciar positivamente as tendências ambientais e sociais, reforçando simultaneamente a sua própria capacidade de resistência a problemas como as alterações climáticas e a evolução demográfica. Visando o desenvolvimento de estratégias que permitam a obtenção dos objectivos definidos, a Secil tem participado activamente na iniciativa para a Sustentabilidade do Cimento (CSI) do WBCSD e, ainda, no Projecto Acção 2020 promovido pelo Conselho Empresarial para o Desenvolvimento Sustentável Português (BCSD). A apresentação deste relatório assentará na resposta da Secil, enquanto indústria cimenteira, às Prioridades para o Futuro, decorrentes da ACÇÃO 2020 e dos limites planetários. Este relatório é publicado em conjunto com o Relatório e Contas e o Relatório de Responsabilidade Social. Deste modo, o desempenho económico e as actividades desenvolvidas com os colaboradores e comunidade estarão mais detalhados nos dois relatórios referidos. Através da consulta do nosso website (www.secil.pt) terá oportunidade de analisar mais em detalhe algum aspecto que tenha por mais relevante. A Secil reconhece que é através do diálogo e da troca de ideias que se podem alcançar maiores níveis de excelência, quer ao nível do seu próprio negócio, quer na defesa dos interesses dos stakeholders, pelo que muito agradece e encoraja o vosso feedback. Relatório do conselho de administração 2014_relatório de sustentabilidade 187 Informações adicionais, comentários ou sugestões podem ser obtidas junto de: SECIL – Companhia Geral de Cal e Cimento, SA Eng. José Bravo Ferreira Director do Departamento de Sustentabilidade, Processos Institucionais Externos Fábrica do Outão – Apartado 71 2901-864 Setúbal E-mail: [email protected] e/ou [email protected] Telf.: +351 212 198 230 188 2. a secil A Secil é um Grupo empresarial com actividade em vários países, destacando-se a produção de cimento, bem como a produção e comercialização de betão, inertes e a exploração de pedreiras, através das suas subsidiárias. Integra ainda empresas que operam em áreas complementares, como a comercialização de materiais de construção, desenvolvimento de soluções no domínio da preservação do ambiente e da utilização de resíduos como fonte de energia. Atualmente conta com 2 071 colaboradores no conjunto de todas as áreas de atividade. A comercialização e distribuição dos produtos é realizada pelos departamentos comerciais respetivos, um pouco por todo o mundo. Volume de negócios 1% 5% 19% 59% 16% Portugal Tunísia Líbano Angola cabo verde Vendas de clínquer e cimento Nº de colaboradores 2% 1% 11% 2% 15% 24% 16% 46% 66% 17% Relatório do conselho de administração 2014_relatório de sustentabilidade 189 Portugal 3 unidades fabris maceira, pataias e outão tunísia 1 unidade fabril gabÈs Líbano 1 unidade fabril Sibline Angola 1 unidade fabril Lobito 190 2. a secil A Secil, na sua Visão, acredita que o desenvolvimento económico, enquanto gerador de riqueza, é sempre compatível com o respeito pelo património ambiental do planeta e que o seu percurso, enquanto empresa, se sustenta na compatibilização entre a criação de riqueza económica e o respeito pela qualidade de vida de cada pessoa. Sabemos que com esta atitude o futuro da humanidade só poderá ser melhor. ObjectivoOnde? Quando?R Índices de sinistralidade: Global 2014C Reduzir o índice de frequência para 8.I Reduzir o índice de gravidade para 175.IG Dar formação em Higiene e Segurança no Trabalho aos colaboradores, Global 2014 com o objectivo de obter 8 h formação por ano. Auscultação de stakeholders:E - Recolha de feedback através de entrevistas presenciais S a 100% dos stakeholders em Portugal GlobalA definirT e 60% dos stakeholders nas operações internacionais. Implementação de um sistema de gestão de Segurança e Saúde no Gabès 2015E Trabalho de acordo com as OHSAS 18001. Implementação de um sistema de gestão de ambiente e segurança.Sibline 2015E Reduzir em 15% as emissões específicas de CO2 por tonelada de Global 2015R produto cimentício, relativamente ao ano de 1990. Atingir uma taxa de substituição de combustíveis alternativos de:Global 2015N - 55% em 2013, nas fábricas em Portugal - 10% em 2015, nas fábricas de Gabès e Sibline Reduzir a taxa de incorporação de clínquer para:Global 2013 - 74% no cimento cinzento, em 2013 nas operações em Portugal - 79% no cimento branco, em 2012 na Fábrica de Pataias - 75% no cimento cinzento, em 2013, nas operações internacionais Relatório do conselho de administração 2014_relatório de sustentabilidade 191 Resultados 2014Como alcançar? Quais os passos seguintes? Continuando o trabalho de auscultação e formação dos colaboradores IF = 14,6 e monitorizando mensalmente os indicadores, permitindo a introdução IG = 286,2 de medidas correctivas se a tendência de melhoria não for a desejada. 3,0 h/colaboradorAtravés de uma melhor programação vai aumentar a formação nesta temática, no sentido de minimizar a sinistralidade. Em virtude da instabilidade registada nalguns países onde opera, Suspenso a continuação aos trabalhos de preparação do processo Temporáriamente de auscultação dos stakeholders das operações internacionais foi suspenso temporariamente. Em cursoDevido à situação social vivida nos últimos anos, a certificação do sistema de gestão de segurança tem vindo a ser adiada. contudo, prevê-se que tal aconteça em 2015. Em cursoO processo de implementação de um sistema de gestão integrado de qualidade, ambiente e segurança começou em Outubro de 2010. O sistema já está criado, e espera-se obter a sua certificação em 2015. Redução Pretende-se atingir este objectivo através de: de 7,5% > Utilização de matérias-primas secundárias, de preferência já descarbonatadas, para o fabrico do clínquer. > Utilização de combustíveis alternativos, preferencialmente com teores de biomassa mais elevados. > Fabrico de cimentos compostos, com introdução de matérias-primas secundárias durante a moagem, e consequente redução da taxa de incorporação de clínquer. Nas fábricas em Portugal, não se conseguiu atingir o objectivo de 55%, 40,8% devido a questões que se prendem com o mix de combustíveis alternativos 0% disponível no mercado e às suas características. Maximização do fabrico de cimentos compostos, recorrendo à utilização de 78,8% componentes minoritários previstos na NP EN 197-1. 75,3% A elevada taxa de exportação a partir das fábricas a operar em Portugal 80,5% comprometeu os objectivos definidos para o cimento cinzento. 192 3. Estratégia e Gestão da Sustentabilidade O desafio permanente é garantir que o conjunto das actividades se desenvolvam de forma sustentável, com adequada rentabilidade dos capitais investidos, salvaguarda do meio envolvente e cumprimento das obrigações sociais, assegurando a manutenção da nossa actividade para o futuro. A estratégia de sustentabilidade está alinhada com os valores de Excelência, Responsabilidade, Qualidade, Inovação e Transparência que há muito caracterizam a Secil e está assente em 3 pilares: Competitividade Desenvolvimento da capacidade tecnológica, visando a optimização dos processos produtivos e respectivos sistemas de suporte, incorporando a melhor tecnologia disponível. Inovação na qualidade dos produtos, serviços e soluções Secil fornecidos aos Clientes, superando expectativas quanto ao valor acrescentado que lhes é fornecido, de forma a tornar-se o seu parceiro preferencial. Posicionamento num mundo globalizado, aproveitando oportunidades internacionais de negócio. Minimização de Impactes Potenciar a eco-eficiência dos processos, mitigando os impactes causados no meio envolvente e orientando a actuação para a promoção da biodiversidade. Envolvimento com os Stakeholders Fomentar um ambiente de trabalho valorizado pelos Colaboradores e consolidar um posicionamento ético e cívico reconhecido pelos stakeholders. A gestão da Sustentabilidade assenta na aplicação consistente nas melhores práticas de governação, com o objetivo de assegurar os adequados mecanismos de controlo de riscos associados ao estatuto de empresa com importantes responsabilidades assumidas perante todos os seus stakeholders, na sociedade onde está implantada. A atual estrutura organizacional é assim uma peça fundamental para a concretização dos objectivos definidos, na gestão dos aspetos ambientais, sociais e económicos. Dada a complexidade, transversalidade e multidisciplinaridade da sustentabilidade, existe uma estrutura organizacional composta por diferentes unidades que complementarmente garantem a sustentabilidade da organização. Relatório do conselho de administração 2014_relatório de sustentabilidade 193 4. Auditoria externa ao cumprimento da Carta de Compromissos da Cement Sustainability Initiative (CSI) Foi realizada uma auditoria pela DNV relativamente ao cumprimento da Carta de Compromissos da CSI, visando: > Comparar o desempenho individual de cada Membro com o valor agregado da CSI e propor sugestões de melhoria, caso necessário; > Sustentar a credibilidade da CSI junto dos seus stakeholders; > Identificar áreas do Programa e Carta da CSI passíveis de ser clarificadas e de robustez acrescida. Foram auditadas 17 empresas (entre 21 elegíveis) em três regiões: Europa, América Latina e Ásia (incluindo 1 na China). Cada empresa foi auditada tendo em conta todas as suas instalações, nos diversos continentes. A auditoria abrangia 7 áreas distintas, a saber: > Gestão do CO2 e Energia > Utilização de Combustíveis e Materiais > Saúde e Segurança > Monitorização e Reporte de Emissões > Impactos Locais e Biodiversidade > Reporte e Comunicações > Governança 194 5. Sustentabilidade - Prioridades para o futuro “em 2050, cerca de 9 mil milhões de pessoas vão viver bem, respeitando os limites do planeta”. PÁGINA 6 DO WORD acção 2020 / áreas prioritárias Limites do planeta LIMITES DO PLANETA MUDANÇA CLIMÁTICA 8. Bem estar e estilo de vida sustentáveis 9. Alimentação (AIN POL DA UIÇ NÃ 7. Competências e Emprego ICAD O) 6. Direitos e necessidades básicas CARGA DE AEROSOL AT M (AINDA NÃO QUANTI OSFÉRIC F O 5. Água Potável para todos O BI A DE ERD E P SIDADE D XA ER TA ODIV BIOG RA D E O QU OS C ÍMI IC CO LO S S CICLO DO N CIC ITRO GÉNIO LO DO FÓ SF OR O ÁG E BAL D GLO ÁVEL USO UA POT TERR NO US ENO O D S E MUDAN ÇA Influência directa por parte da indÚstria Cimenteira alguma Influência por parte da indÚstria Cimenteira Influência INdirecta por parte da indÚstria Cimenteira FRON TEI 4. Emissão Substâncias Perigosas ACID IFIC AÇ ÃO O OZONO ENTO DO OTAM SFÉRICO ESG ESTRATO 2. Ciclo de Nutrientes ICA O) UÍM IFICAD Q T N ÃO QUA ICA ÂN CE 1. Alterações Climáticas 3. Degradação dos Ecossistemas Limites do planeta Limites do planeta acima dos limites do planeta Acima dos Limites do planeta fonte: Cement Sustainability initiative fonte: stockholm resilience centre SUSTAINABILITY science for biosphere stewardship Necessária a criação de Soluções impactantes, mensuráveis, escaláveis, replicáveis e além do business-as-usual Relatório do conselho de administração 2014_relatório de sustentabilidade 195 3 719 808 3 553 548 3 282 876 3 133 618 2012 2014 3 674 140 3 477 752 2011 3 135 930 3 004 532 4 013 141 3 851 084 2010 2013 4 018 106 3 909 634 2009 emissões co2 - gross emissões co2 - net 825 791 851 813 2014 842 803 2012 gross 2013 854 808 2011 851 816 2010 Emissões específicas de CO2/t clínquer 859 836 Nos últimos anos a Secil tem vindo a investir fortemente para reduzir as suas emissões de CO2, aumentando a sua eficiência térmica e elétrica, aumentando o coprocessamento de combustíveis alternativos, utilizando matérias-primas secundárias e ensaiando tecnologias inovadoras de captação de carbono (microalgas) e de produção de cimento e clínquer de baixa intensidade carbónica. No entanto, verificou-se uma inversão da tendência em 2014 que se ficou a dever, na produção de clínquer à redução da quantidade dos combustíveis alternativos e às suas características, enquanto nos produtos cimentícios, resultou da elevada taxa de exportação de cimentos com maior incorporação de clínquer, em Portugal. Emissões totais de CO2 2009 Alterações Climáticas net 196 5. Sustentabilidade - Prioridades para o futuro Combustíveis alternativos e Emissões específicas de CO2 Evolução da intensidade carbónica do clínquer cz produzido EMISSÕES CO2 120% CLK 110% 100% O consumo de Combustíveis Alternativos já nos permitiu uma poupança de cerca de 1 milhão de toneladas de CO2 desde 2005. 90% 80% 70% 2014 2013 2012 2011 2009 2010 2008 2007 2006 2005 2004 2003 2002 2000 2001 1999 1998 1997 1996 1995 1994 1993 1992 1991 1990 60% O factor de emissão de CO2 por tonelada de clínquer cinzento era em 1990 de 885 kgCO2/t clk, tendo em 2014 sido de 787 kgCO2/t clk. Roteiro para uma Economia de Baixo Carbono Para se atingir os 80% de redução de emissões em 2050, sugeridos pela Comissão Europeia, serão necessárias tecnologias inovadoras e de rotura, que envolvem investimentos significativos em termos de investigação e viabilização financeira da sua implementação (Ex: Estima-se que 85% da produção de clínquer terá de ser equipada com tecnologia de Captação e Armazenagem de Carbono (CCS). A Secil participa no Steering Committee de um projecto de I&D de grande envergadura, lançado em 2006 pela ECRA (“European Cement Research Academy”), destinado a testar, com o apoio de fabricantes de equipamentos, a viabilidade técnico-económica da aplicação das tecnologias de captação do CO2 em fábricas de cimento. Este projecto vai avançar a curto prazo com a montagem de uma instalação piloto (capacidade: 500 a 1000 t clínquer/dia), que envolve um investimento superior a 50 M€ e onde serão testadas as inovações e adaptações necessárias à utilização da tecnologia de oxyfuel numa linha cimenteira, entretanto concebidas e avaliadas em modelos, visando a confirmação da viabilidade técnica e definido mais rigorosamente as condições para a sua viabilidade económica. A Secil contribuiu também, através da Associação Técnica da Indústria do Cimento (ATIC), validando os inputs fornecidos ao modelo de optimização TIMES_PT, utilizado pelo CENSE - Centro de Investigação em Ambiente e Sustentabilidade (da Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade Nova de Lisboa) num estudo sobre a Captura e Armazenamento de CO2 (CAC) com ou- tros parceiros (Universidade de Évora, Laboratório Nacional de Energia e Geologia, Rede Eléctrica Nacional e Bellona Foundation, com o patrocínio do Global CCS Institute) e que pretende contribuir para suportar, tecnicamente, o debate nacional sobre esta tecnologia e tornar-se um ponto de partida para a consideração de um Roteiro de CAC em Portugal. Neste estudo, recentemente apresentado, é apresentada uma conclusão clara: “CAC é uma tecnologia crucial na manutenção da competitividade da indústria de cimento nacional num mundo condicionado pelo carbono“. Na realidade, a aplicação do modelo atrás referido determina que “para todos os cenários de crescimento socioeconómico (1,5%/ano e 3%/ano) e de mitigação (-60% e -80%), a captura de CO 2 é implementada no sector do cimento”. Relatório do conselho de administração 2014_relatório de sustentabilidade 197 Comércio Europeu de Licenças de Emissão Carbon Leakage Em 2014, foi publicada pela Comissão Europeia (CE) a nova lista de sectores expostos à fuga de carbono (Carbon Leakage) em vigor de 2015 a 2019. O sector cimenteiro mantém-se na lista mencionada, afastando assim, temporariamente, todas as ameaças que tal representaria para a competitividade do sector. Num futuro próximo (2º semestre de 2015) a CE deverá apresentar uma proposta para as novas regras a adoptar no Comércio Europeu de Licenças de Emissão (CELE) a vigorar no período 2020-2030. O sector cimenteiro, por si só e no âmbito dos sectores com elevado consumo de energia, terá que defender regras compatíveis com a competitividade dos mesmos no mercado internacional. Aliás, o Conselho Europeu de Outubro de 2014, estabeleceu claramente que “as instalações eficientes não deverão suportar qualquer extra-custo, directo ou indirecto, decorrente das suas emissões de CO2”. Impacto do Backloading e do CSCF No início de 2014 foi aprovado o mecanismo de diferimento de leilões de licenças de emissão de CO2 (“backloading”) com vista a retirar temporariamente do mercado cerca de 900 milhões de licenças, que deverão ser repostas no final do período 2013-2020. Entretanto, uma vez mais, as regras muito provavelmente vão ser alteradas (continuando a criar uma instabilidade altamente comprometedora da obtenção da confiança junto dos investidores, no sentido de avançar com soluções vi- sando a economia de baixo carbono), dado que a CE propôs a antecipação da entrada em vigor da Market Stability Reserve (reserva de licenças de emissão de CO2 retiradas do mercado, para fazer subir o preço do carbono e mantê-lo num nível elevado, de modo a acomodar a entrada em serviço de tecnologias alternativas de produção de energia eléctrica, mas fortemente penalizador para os sectores de elevado consumo de energia, exportadores, por via do aumento dos custos indirectos de energia eléctrica provocada pela passagem dos custos de CO2 dos produtores eléctrico para os seus clientes), estando incluído nessa proposta, a absorção dos 900 milhões de licenças provenientes do Backloading, directamente pela MSR. A eliminação do “Cross Sectoral Correction Factor” (CSCF) para o período de 2020-2030, será outro dos objectivos a defender pelo sector cimenteiro, no sentido de salvaguardar a competitividade do mesmo e evitar o risco de Carbon Leakage, numa posição perfeitamente alinhada com a decisão do Conselho Europeu atrás referida. 198 5. Sustentabilidade - Prioridades para o futuro Degradação dos Ecossistemas Coprocessamento de resíduos A Secil, integrada na Associação Técnica da Indústria do Cimento, fez propostas concretas e bem fundamentadas no sentido de introduzir novos valores para as Taxas de Gestão de Resíduos (TGR) no âmbito da consulta pública referente à Fiscalidade Verde, visando a correção do comportamento dos setores geradores e gestores dos resíduos, no sentido de induzir a otimização dos destinos a dar aos resíduos, privilegiando as tecnologias de valorização dos mesmos (embora sem o sucesso esperado, face à diminuta diferenciação das TGR que acabaram por ser plasmadas no acervo legislativo). O coprocessamento de resíduos na indústria cimenteira permite um total aproveitamento destes (100%), dado que a componente combustível fornece o calor necessário para o processo e a componente material transforma-se em cimento. Desta forma, o coprocessamento proporciona à sociedade benefícios significativos: opções de tratamento de resíduos locais seguros e eficientes, valorização de resíduos que de outra forma seriam depositados em aterro, valorização energética e reciclagem de recursos. Prevenção / Redução Utilização do material e energia Reutilização reciclagem: 100% do material reciclado 100% do material recuperado co-processamento 100% da energia recuperada resíduo para energia incineração deposição do resíduo aterro Fonte: Guidelines for Co-Processing Fuels and Raw Materials in Cement Manufacturing (2014) A Secil tem cooperado com as entidades de gestão de resíduos com o objetivo, não só de desenvolver práticas que permitam uma melhor qualidade dos resíduos e a sua adequabilidade à indústria, mas também contribuindo para um estudo, inovador, visando a de- terminação da quantidade de material reciclado no consumo de resíduos nos fornos de cimento, o que permitirá vir a incluir a mesma como contribuição para o cumprimento das metas de reciclagem impostas a nível nacional e europeu. Relatório do conselho de administração 2014_relatório de sustentabilidade 199 co-processamento em cimenteiras= 8 239 ktco2 1 158 KTCO2 9 527 KTCO2 Emissões de CO2 sem co-processamento em cimenteiras 7 081 KTCO2 1 158 KTCO2 EMISSÕES DE CO2 coM co-processamento em cimenteiras sem co-processamento em cimenteiras= 10 685 ktco2 COQUE DE PETRÓLEO COMBuSTíVEIS alternativos No período compreendido entre 2005 e 2014, o coprocessamento de cerca de 1,3 milhões de toneladas de resíduos evitou a emissão de aproximadamente 1,2 milhões de toneladas de CO2 e perCombustíveis alternativos valorizados Emissão de CO2 evitada Matérias-primas naturais evitadas A estratégia da maximização da utilização de combustíveis alternativos, traduz-se também num acréscimo da componente nacional do Valor Acrescentado Bruto do setor cimenteiro. Na realidade, Exportações de clínquer e cimento Importação de coque de petróleo evitada mitiu reduzir a importação de coque de petróleo em 397 mil toneladas (28 milhões de euros) e substituir cerca de 0,37 milhões de toneladas de matérias-primas naturais poupadas. 1,3 Mt ~1,2 Mt ~0,37 Mt a Secil tem contribuído, dentro das suas possibilidades, para o equilíbrio da balança comercial no período em análise, tal como se pode ver na tabela seguinte: ~521 M€ ~397 kt 200 5. Sustentabilidade - Prioridades para o futuro Biodiversidade e Recuperação Paisagística A Secil reconhece a importância da biodiversidade na gestão da sustentabilidade da atividade da empresa. Com o objetivo de diminuir o seu impacte sobre a biodiversidade, resultante das suas atividades, a Secil tem vindo a desenvolver estratégias, nomeadamente através da implementação de Planos de Recuperação Paisagística e Planos de Ação para a Biodiversidade. Estes planos baseiam-se na suposição de que um sistema totalmente reabilitado engloba não só a composição e estrutura das comunidades vegetais e animais, mas também a recuperação das funções e dos processos naturais do ecossistema. Parcerias | Conhecimento Científico e Investigação Aplicada O conhecimento científico e a investigação aplicada são pilares presentes no processo de recuperação paisagística das pedreiras da Secil. O desenvolvimento de estudos científicos e a interligação de equipas multidisciplinares é essencial para a identificação de soluções e no desenvolvimento de técnicas, actuais e inovadoras, no âmbito da reabilitação de pedreiras. Para tal, a Secil conta com uma vasta equipa de investigadores da Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa e da Universidade de Évora. Um exemplo de uma longa parceria é com a Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa que tem vindo, desde 1997, a realizar o acompanhamento científico para a gestão ecológica das áreas a recuperar nas pedreiras da Secil no Outão. Estes anos de parceria têm permitido testar e desenvolver técnicas e soluções concretas, no âmbito da recuperação de pedreiras, que actualmente definem as metodologias dos Planos de Recuperação. Planos Ambientais e de Recuperação Paisagística As pedreiras das três unidades fabris em Portugal dispõem de um Plano Ambiental e de Recuperação Paisagística (PARP), que tem como objectivo a recuperação progressiva das áreas exploradas e minimizar os impactes negativos inerentes ao processo de exploração das pedreiras, atendendo às características das explorações e ao seu espaço envolvente. Esta tarefa é efectuada através da elaboração de Programas Trienais, que contém o planeamento dos trabalhos de exploração e recuperação paisagística para três anos, em execução com o Plano de Pedreira aprovado. Área recuperada/ Fábrica UNÁrea licenciada da pedreira Secil-Outão41 Maceira-Liz %1,66 Cibra-Pataias3,6 Área recuperada nas três unidades fabris Germinação de rosmaninho (Lavandula luisieri) nos viveiros do Outão Patamares recuperados na pedreira de calcário no Outão Relatório do conselho de administração 2014_relatório de sustentabilidade 201 Flor-dos-macaquinhos (Orchis itálica) no patamar recuperado na pedreira do calcário do Outão Talude recuperado da pedreira de “Alva de Pataias” Biodiversidade | Desafios e estratégias no âmbito da reabilitação de pedreiras Neste sentido, a Secil foi mais longe no processo de reabilitação e desde 2007 que, em parceria com a Universidade de Évora, integra a componente da fauna nos seus planos de recuperação. Esta parceria começou com a inventariação e caracterização das comunidades e espécies faunísticas e culminou com a apresentação de um Plano de Acção para a recuperação/valorização da fauna, actualmente a decorrer em diferentes fases nas três fábricas em Portugal. As medidas de gestão dos planos de recuperação centram-se maioritariamente sobre a vegetação e na restauração da paisagem, dando menos importância às comunidades faunísticas. No entanto, a fauna desempenha um papel importante no funcionamento do ecossistema, fornecendo vários serviços naturais (e.g. dispersão de sementes), que podem melhorar o processo de reabilitação. O Plano de Acção, articulado com os planos de recuperação, visa promover Crias de Coruja-do-mato (Strix aluco), uma espécie que nidificou na fábrica do Outão a colonização natural da fauna nas áreas recuperadas, com base numa gestão activa e adaptativa através da monitorização periódica da fauna e da avaliação contínua da eficácia das acções propostas, como a disponibilização de abrigos artificiais e o aumento da disponibilidade hídrica. Recentemente, foram desenvolvidos vários casos de estudo direccionados a grupos/espécies-alvo, considerados bons modelos de forma a avaliar os efeitos das actividades da empresa e das medidas propostas no Plano de Acção na fauna. Esquilo-vermelho (Sciurus vulgaris) capturado na armadilhagem fotográfica na CMP 202 5. Sustentabilidade - Prioridades para o futuro Caso de estudo Conectividade – movimentos do ratinho-do-campo (Apodemus sylvaticus) numa área de elevada fragmentação No caso da pedreira de calcário do Outão, a técnica de reabilitação utilizada inicialmente implicou a revegetação apenas em patamares deixando os taludes a descoberto. A ausência de vegetação, o declive e altura dos taludes (20 m) podem constituir barreiras ao movimento das espécies, reduzindo a conectividade entre as diversas áreas usadas pela fauna. De forma a potenciar a colonização natural da fauna importa compreender o movimento dos indivíduos que permite o fluxo de genes ou o acesso a habitats de Ratinho-do-campo com radiotransmissor pronto a ser libertado melhor qualidade. Neste âmbito, torna-se importante perceber o efeito que a fragmentação provocada pelo relevo artificial da recuperação (taludes) poderá ter nos movimentos das espécies. Utilizando o ratinho-do-campo como caso de estudo, pretendeu-se investigar se (1) os taludes constituem uma barreira física aos movimentos desta espécie; (2) quais as implicações das características orográficas na ecologia espacial do ratinho-do-campo; e (3) quais as características de micro-habitat mais relevantes que influenciam o uso do espaço desta espécie no contexto da área de estudo. A equipa da Universidade de Évora seguiu ratinhos-do-campo por radiotelemetria durante seis meses até recolher as localizações suficientes para caracterizar as suas áreas vitais ou deixar de ouvir o sinal. Seguimento de um animal marcado por radiotelemetria Relatório do conselho de administração 2014_relatório de sustentabilidade 203 São os taludes uma barreira física aos movimentos? Todos os ratinhos-do-campo analisados (9) deslocaram-se entre os diferentes taludes recuperados e a área envolvente à pedreira de calcário (zona natural), registando-se movimentos diários na maioria dos animais. O padrão de movimentos mais observado foi a subida dos indivíduos até à zona natural, no seu período de maior actividade (nocturno) e o posterior retorno aos abrigos localizados nos taludes/patamares recuperados da pedreira, onde repousavam durante o dia. Nestes movimentos foi registado o atravessamento dos taludes, o que demonstra, ao contrário do esperado, que estes não constituem uma barreira física às deslocações do ratinho-do-campo. Para além disso, as áreas vitais abrangeram tanto zonas recuperadas como zonas naturais. A utilização de ambas Biodiversity Management Plan Guidance | Cement Sustainability Initiative (CSI) No 8º fórum da CSI, com o tema “Conserving nature’s foundations: biodiversity & ecosystems”, que decorreu em Cartagena, Colômbia, de 16 a 17 de Setembro de 2014, foi apresentado a publicação “Biodiversity Management Plan (BMP) Guidance”. Este guia, que tem por objectivo auxiliar as empresas na gestão da biodiversidade, juntamente com a Quarry Rehabilitation Gui- as áreas pode estar relacionada com as características de micro-habitat de cada uma delas, sendo que a maior cobertura de arbustos da área natural providencia uma maior disponibilidade de alimento. Contrariamente, a presença de aglomerados de pedra naturais e a menor abundância de predadores na área recuperada favorecem a disponibilidade de abrigos mais seguros. Este caso de estudo foi apresentado, sob a forma de poster, na conferência internacional “14th Rodens et Spatium, Conference on Rodent Biology”, que decorreu em Lisboa de 28 de Julho a 2 de Agosto de 2014, onde ganhou o 2º Prémio do concurso de posters científicos com o Poster “Slope, the final frontier? Are Apodemus sylvaticus movements constrained by 20m slopes in a rehabilitated quarry?” delines (publicada em 2011), formam um conjunto de recursos que se destinam a abordar diferentes aspectos da biodiversidade e sua conservação, em todas as fases da vida útil de uma pedreira. A Secil, desde 2008, tem uma participação activa neste grupo de trabalho podendo desta forma partilhar a sua experiência e know-how nesta temática. Destaca-se a sua participação no fórum da CSI com a apresentação “Challenges and strategies to enhance quarry rehabilitation and biodiversity at Secil”. 204 5. Sustentabilidade - Prioridades para o futuro 5.347 5.138 4.221 1.270 2014 2014 2013 889 2013 2012 1.371 2012 2011 2010 2010 2009 t nox 1.218 1.205 2011 1.316 g nox/t clk 751 629 625 602 569 401 t so2 2014 2013 2013 2012 2012 2011 2011 2010 2010 2009 123 91 g so2/t clk 6.157 De realçar a redução das emissões de NOx, quer totais, quer específicas, a qual se ficou a dever em parte ao facto do valor limite em Portugal ter sido reduzido de 800 mg/Nm3 para 500 mg/Nm3 (a 1 de Janeiro de 2014) o que obrigou à utilização, pontual, da tecnologia SNCR, nas fábricas localizadas em Portugal. 161 131 121 2014 161 6.033 5.689 5.347 5.138 4.221 t PARTÍCULAS 144 136 132 g PARTÍCULAS/t clk 2014 2014 2013 2013 2012 2012 2011 106 2011 2010 123 2010 2009 124 2009 Atualmente, todas as instalações estão equipadas com monitorização em contínuo das emissões de partículas, NOx e SO2, COT, HCl, HF e NH3 à excepção das fábricas de Sibline e Gabès, onde a monitorização em contínuo de poluentes como o COT, HCl e HF se encontra em curso de implementação. Os Metais pesados e Dioxinas e Furanos, são realizadas monitorizações pontuais. 6.033 5.689 2009 O processo de fabrico de cimento tem associado a si a emissão de poluentes macro (CO2, NOx, SO2 e COVs) bem como outros micropoluentes (metais pesados e PCDD/F). Sendo objetivo da Secil reduzir a sua emissão de poluentes para atmosfera, têm vindo a ser realizados investimentos cujos resultados se comprovam pelos resultados obtidos. As instalações dispõem de diversos meios de controlo destas emissões, designadamente filtros de mangas, queimadores de baixa emissão, sistemas SNCR (Selective non catalytic reduction) - para controlar as emissões de NOx, e injecção de cal/hidróxido de cálcio – para controlo das emissões de SO2. Para além destes equipamentos, existem também electrofiltros, instalados em dois fornos. 6.157 2009 Emissões Potencialmente Nocivas Relatório do conselho de administração 2014_relatório de sustentabilidade 205 Mercúrio Prossegue o Programa de Parceria Global do Mercúrio da UNEP é um dos mecanismos mais importantes na criação de acções imediatas para a mitigação/ eliminação do Mercúrio. O objectivo último deste Programa é a protecção da saúde humana e a protecção do ambiente relativamente à emissão de Mercúrio e seus compostos, através da minimização, e quando possível, da sua eliminação das emissões antropogénicas (para o ar, água ou solos). A Secil tem acompanhado este assunto no âmbito da CSI e da CEMBUREAU. A indústria cimenteira associou-se a este Programa, em 2013, através de uma Partnership liderada pela CSI/ WBCSD, especialmente dedicada às emissões de mercúrio no fabrico de cimento. Biomonitores Um dos trabalhos que a Secil tem vindo a desenvolver a longo prazo juntamente com a equipa do Ce3C (ex-CBA) da Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa consiste em avaliar o impacte da dispersão de poluentes na área da SECIL e sua envolvente utilizando biomonitores. Os trabalhos de biomonitorização, ou seja utilização de organismos vivos para medir a poluição, tiveram início nos anos 90 com a utilização de líquenes para avaliar a deposição de metais dentro dos limites da Secil. Mais tarde ambas as entidades - Secil e Universidade de Lisboa - participaram num projeto Life Ambiente, em que foi medida a poluição atmosférica em toda a Península de Setúbal. De entre os poluentes medidos destacaram-se as dioxinas e furanos (PCDD/Fs), metais, enxofre e azoto. Foi precisamente no âmbito deste projeto As acções do Business Plan of the Cement Industry Mercury Partnership estão agrupadas em 4 grupos: > Estabelecer regras para o inventário de emissões de Hg no sector cimenteiro > Desenvolver Guias para ajudar as instalações cimenteiras a reduzir as suas emissões > Aumentar a sensibilidade da indústria cimenteira para o facto do Hg ser um poluente relevante, através de acções de aumento de competências neste domínio > Aumentar o conhecimento da eficácia de técnicas como o dust shuttling (purga do pó de recirculação dos filtros) que, pela primeira vez a nível mundial, os líquenes foram utilizados para medir PCDD/Fs. Os líquenes, organismos que resultam de uma simbiose entre um fungo e uma alga, não possuem raízes, pelo que absorvem todos os nutrientes de que necessitam diretamente da atmosfera. Juntamente com os nutrientes acabam por absorver os poluentes atmosféricos, acumulando-os no seu interior. São por isso muitas vezes designados por “sentinelas do ambiente”. Estávamos no ano 2000 e as preocupações ambientais com o início da coincineração na Fábrica da Secil-Outão alarmavam a população de Setúbal. O projeto Life Ambiente permitiu conhecer a contaminação ambiental de base, ou seja, antes de terem início os trabalhos de coincineração. Neste projeto foi fundamental a utilização dos líquenes, cuja recolha em mais de uma centena de locais deu origem a dados de poluição com uma elevada resolução no espaço em toda a área da Península de Setúbal. A utilidade e importância dos líquenes como biomonitores de poluentes orgânicos persistentes (POPs) foram refletidas numa série de publicações científicas com impacto internacional. 206 5. Sustentabilidade - Prioridades para o futuro Uma década depois, entre 2009 e 2011, a Secil decidiu, no âmbito da sua política de gestão de risco ambiental e de integração com a comunidade (através da Comissão de Acompanhamento Ambiental), implementar um novo estudo que visava avaliar como teria evoluído a contaminação ambiental desde 2000, já depois de a fábrica ter começado a coincinerar uma vasta gama de resíduos. Para tal, foram recolhidas as mesmas espécies de líquenes que haviam sido recolhidas no projeto anterior e foram comparados os valores de PCDD/Fs de 2000 com os de 2011. Os resultados mostraram que houve um decréscimo de 70% nas concentrações de PCDD/ Fs nos líquenes. Isto significa que houve uma diminuição da deposição destes poluentes no ambiente na ordem dos 70%. A diminuição da deposição de PCDD/Fs no ambiente tem sido igualmente obser- vada noutros países Europeus, provavelmente como resultado das medidas europeias para restringir a emissão industrial de PCDD/Fs. Na península de Setúbal o decréscimo terá sido consequência de uma diminuição das emissões por parte das indústrias (na ordem dos 25%) e por parte dos veículos. Estes resultados deram origem a uma importante publicação científica em que pela primeira vez os líquenes foram utilizados para monitorizar os valores de PCDD/Fs ao longo do tempo. A colaboração entre a Secil e Universidade de Lisboa mostrou a importância da análise da qualidade do ar ao longo do tempo, e os efeitos positivos de uma legislação ambiental mas exigente em matéria de qualidade do ar e consequentemente na qualidade de vida de todos. Relatório do conselho de administração 2014_relatório de sustentabilidade 207 Água Potável para todos 3 1 1 1 ABUNDANTE SUFICIENTE STRESS 0 ESCASSEZ Em 2013, a Secil participou no projecto piloto da Global Water Tool para o sector cimenteiro, ao abrigo da Task Force da Água (TF9) da CSI, cuja utilização efectiva prevista para 2014, foi adiada para 2015. Em 2013, 13% do consumo de água veio de locais de escassez extrema. ESCASSEZ EXTREMA A indústria cimenteira - ainda que não seja um sector significativo em termos de consumo de água, representa cerca de 2% do consumo mundial. No processo de fabrico de cimento a água é fundamental para o arrefecimento de equipamentos e arrefecimento dos gases de combustão, bem como, nalguns casos, para o arrefecimento no interior dos moinhos. Ainda que a maioria da água utilizada no processo de fabrico (arrefecimento de equipamentos) se encontre em circuito fechado (reciclagem/ reutilização) parte desta perde-se por evaporação. A Secil integra através do CSI, um grupo de trabalho cujo objectivo é compreender melhor quais os riscos para a indústria cimenteira, embora as condições locais de existência de recursos e dos principais consumidores dos mesmos possam constituir o maior factor de risco. SÓ FÁBRICAS DE CIMENTO Desempenho do Grupo SECIL Cimentos 1447 1442 1342 1316 1288 0.303 0.282 0.281 1329 0.278 0.278 0.273 0.273 1000 m3 m3/t CIMENTO BENCHMARK 2014 2013 2012 2011 2010 2009 2014 2013 2012 2011 2010 2009 0.254 A gama de benchmark do consumo específico de água no fabrico de cimento foi baseada nos valores obtidos pelos 4 maiores produtores mundiais. 208 5. Sustentabilidade - Prioridades para o futuro Direitos e necessidades básicas Segurança e Saúde no Trabalho Uma das questões prioritárias para a Secil é a Saúde e Segurança no Trabalho. A estratégia nesta temática tem por objectivo a meta das “ZERO FATALIDADES”, reduzir os índices de sinistralidade de ano para ano de forma sustentada, fomentar uma elevada e cada vez maior consciência sobre os riscos ocupacionais, proporcionando formação adequada aos colaboradores e prestadores de serviços. A Secil tem por objectivo implementar em todos os países onde opera um referencial de sustentabilidade equiparável, pelo menos, ao que vigora em Portugal. Com esse objectivo têm sido efectuados elevados investimentos em equipamentos de melhoria de desempenho, não só ambiental e industrial, como têm índice de frequência também sido introduzidas as melhores práticas ao nível da saúde e segurança no trabalho e relação com as comunidades envolventes (Exemplo: Comissões de Acompanhamento Ambiental). A Secil colabora activamente na Task Force da Saúde e Segurança da CSI. Esta Task Force tem como lema - “Aiming for Zero”, isto é, alcançar o objectivo de “zero acidentes fatais” nas operações dos membros CSI. Embora seja um desafio de segurança ambicioso para o sector do cimento, o seu sucesso é imperativo. NOTA: Consideram-se para efeitos deste relatório apenas os acidentes que resultaram em baixa, em número de dias superior a 1. índice de gravidade 500 400 20 300 GLOBAL OBJECTIVO GLOBAL OBJECTIVO 155.0 155.0 2014 2014 2012 0 2011 100 2010 7.0 2014 2014 2013 2013 2012 2011 2010 2009 0 7.0 2009 200 10 5 286.2 2013 2013 15 15 Relatório do conselho de administração 2014_relatório de sustentabilidade 209 Bem-estar e estilos de vida sustentáveis Papel do Betão... no alcance na Visão 2050 betão 1. Alterações climáticas > edifÍcios inovadores e energeticamente eficientes > infraestrUturas mais resilientes para adaptação às alterações climáticas > novos produtos com menor intensidade carbónica > sequestro de co2 O betão constitui o material de construção mais utilizado em todo o mundo, sendo inclusivamente o bem mais consumido a seguir à água. É um material altamente flexível, durável, acessível e energeticamente eficiente, que pode efectivamente dar resposta a uma grande variedade de necessidades da sociedade. Pode fornecer infra-estruturas que vão desde edifícios energeticamente eficientes e de habitação, a infra-estruturas de transporte de água, estradas e soluções inovadoras de transporte subterrâneo. O betão também pode ser convertido em pratica- 3. Degradação dos ecossistemas > reciclagem do betão 8. Bem estar e estilos de vida sustentáveis > Infraestruturas para a mobilidade que induzem melhor desempenho na área dos transportes > construção em altura > Infraestruturas mais resilientes e de baixo custo de manutenção Pode-se afirmar que o betão fornece os alicerces para as “smart cities” do futuro na Europa. adequadamente. A segurança é outra das características. A durabilidade e resistência que o betão pode atingir, é a adequada para construção de edifícios que exigem elevados níveis de segurança. Por exemplo, centrais nucleares e barragens hidroeléctricas são construídas quase inteiramente em betão. O betão é feito para durar. Pode suportar grandes choques, absorver o som e regular a temperatura. Edifícios de betão podem ter uma vida útil mínima de 50 anos, mas podem permanecer reparados por centenas de anos, se mantidos Não requer revestimentos especiais ou selagens e a resistência ao fogo, é outra das suas principais características e vantagens. Não queima, derrete e mantém a sua estabilidade estrutural a temperaturas elevadas. Isto, combinado mente qualquer forma, cor e textura, o que permite liberdade de design e variedade de aplicações aos designers e projectistas. 210 5. Sustentabilidade - Prioridades para o futuro com a sua acessibilidade, desempenho acústico e a qualidade de ar interna, mostra que é o material ideal para a construção de hospitais, escolas e outros edifícios públicos. A durabilidade, baixa manutenção e os baixos custos e impactos na análise de ciclo de vida, torna o betão o material de eleição para os pavimentos de estradas. Além de oferecer conforto, segurança e tranquilidade no uso, estradas de betão também contribuem para a redução das emissões de co₂ provenientes dos veículos. Além disso aumentam a segurança contra incêndios em túneis. O betão tem um potencial ilimitado de inovação e de novas formas de melhorar o desempenho do material, que fornece cada vez maiores retornos sobre pequenos investimentos. As inovações incluem entre outras, betão permeável que permite a infiltração natural da água no solo, reduzindo assim a inundação e os impactos negativos da impermeabilização do solo. Enquanto isso, betões fotocataliticos podem remover poluentes como monóxido de carbono e óxido nitroso do ar além de tornar o betão autolimpante. Edifícios de betão podem permitir economias substanciais de energia durante a sua vida útil. O alto nível de massa térmica nas construções de betão significa que as temperaturas interiores permanecem estáveis independentemente de oscilações externas. Isto reduz a necessidade de aquecimento ou arrefecimento (além de proporcionar maior conforto). A actual conjuntura associada ao mercado da construção civil desafia a agilidade das empresas a encontrar caminhos que potenciem a viabilidade dos seus negócios, inovando e refrescando o mercado com novas ofertas, enquadradas nas também novas necessidades que vão sendo identificadas, nomeadamente nas áreas de reabilitação urbana, da manutenção de vias de comunicação, da construção sustentável e até mesmo do paisagismo. A Secil dispõe já de um leque de soluções técnicas inovadoras baseadas em produtos derivados do cimento, que podem contribuir para o êxito das várias operações de requalificação urbana e que são necessárias para revitalizar e rentabilizar largas faixas de património edificado urbano. Relatório do conselho de administração 2014_relatório de sustentabilidade 211 Exemplos de Produtos SECIL Sustentáveis Unidren: betão poroso especialmente concebido para a aplicação em pavimentos exteriores nos quais a impermeabilização do solo e a gestão das águas pluviais são factores críticos de sucesso. ISODUR: argamassa seca, formulada a partir de ligantes mistos, agregados especiais de muito baixa densidade (Poliestireno Expandido – EPS) e adições, destinada à execução de rebocos exteriores e interiores de isolamento térmico. UniLeve: betões leves fabricados com cortiça, com argila expandida ou com EPS, são betões de baixa densidade com propriedades de isolamento térmico/acústico. Cal Ti HL5: ligante hidráulico inovador que associa as propriedades fotocataliticas, às características da cal tradicional, isto é, elevada compatibilidade a suportes antigos e excelente durabilidade, sendo ideal para reabilitação, especialmente em zonas cujos efeitos da deposição de poeiras e poluição são mais notórios. Esta cal especialmente formulada com propriedades fotocataliticas permite, na presença de luz solar, a dissociação de sujidade, fungos e outros compostos orgânicos e inorgânicos presentes na atmosfera, mantendo as superfícies limpas e contribuindo para a redução da poluição atmosférica. Pode ser utilizada no fabrico de betões e argamassas, conferindo as características e vantagens enunciadas. UniPesado: betões pesados, obtidos com recurso a agregados pesados e especialmente utilizados, por exemplo, na protecção dos raios x nos hospitais. Adhere Acústico associado à Betonilha EcoCork promove o isolamento acústico aos ruídos de percussão. SecilVit Cork: painel de isolamento em cortiça que associa a performance térmica superior de um sistema ETICS (isolamento térmico pelo exterior) a uma performance ambiental eficiente. 212 6. A SECIL em números Un20132014 Indicadores Económicos Activo líquido M € 577 588 Capitais próprios M € 169 198 EBITDA M € 64 76 Capex M € 32 15 Passivo financeiro M € 181 131 Rentabilidade do Activo % - 1,7 3,1 Rentabilidade dos Capitais Próprios % - 5,8 9,1 Resultados líquidos M € - 9 18 Capacidade produtiva de cimento 103t 7 650 7650 Vendas de Cimento e Clínquer 103t 4.892 5 317 Volume de negócios M € 412 431 Fluxos financeiros com os stakeholders Vendas a clientes 1000 € 394 622 407 778 Outros recebimentos de exploração 1000 € 91 921 8 897 Total de recebimentos 1000 € 486 543 416 675 Pagamento de Salários dos colaboradores 1000 € 27 816 28 120 Mecenato 1000 € 922 758 Pagamento de Impostos ao Estado e autarquias 1000 € 661 1 159 Pagamentos a fornecedores 1000 € 317 676 307 997 Pagamento de juros às instituições bancárias 1000 € 18 749 17 152 Pagamento de dividendos aos accionistas 1000 € 3 106 3 032 Total de pagamentos 1000 € 368 932 357 461 Saldo para a empresa 1000 € 117 611 59 214 Refinanciamento líquido 1000 € 1 433 36 054 Prémios de emissão 1000 € - Total disponível para investimento 1000 € 116 178 23 160 Investimentos financeiros 1000 € 27 318 4 912 Investimentos industriais 1000 € 20 650 11 360 Concessão de empréstimos 1000 € 18 265 Indicadores Sociais Número de Colaboradores (efectivos e contratados) n.º 1 407 1 517 Tipo de contrato Contrato permanente % 90,6 90,1 Contrato a termo % 6,8 9,6 Cedência temporária % 2,7 0,7 Sexo Masculino %94,393,5 Feminino %5,76,5 Média etária Anos 46,5 44,6 Perfil de idades < 30 anos % 10,1 10,4 30 – 39 anos % 16,5 18,3 41 – 49 anos % 27,4 26,9 ≥ 50 anos % 46,0 44,5 < 1 ano % 1,9 3,0 Antiguidade 1 - 9 anos % 32,5 32,0 10 - 24 anos % 30,9 32,2 ≥ 25 anos % 34,8 32,8 Taxa de rotatividade %6,65,0 Total de saídas n.º 96 76 % saídas por reforma % 17,6 34,2 Total de admissões n.º 42 52 % licenciados admitidos % 59,5 50,0 Taxa de absentismo % 6,5 7,7 Relatório do conselho de administração 2014_relatório de sustentabilidade 213 Un20132014 % sites com sistema de gestão de saúde e segurança no trabalho certificado %5050 Índice de gravidade (Ig) (1) %312,6286,2 Índice de frequência (If) (1) %13,014,6 Índice de duração ou avaliação da gravidade (id) (1) %24,019,6 Fatalidades (trabalhadores Secil) n.º 1 0 Saúde Fatalidades por 10 000 trabalhadores n.º 6,8 0 e Segurança Fatalidades (prestadores de serviços) n.º 0 0 Fatalidades (terceira parte) n.º 0 0 Acidentes (trabalhadores Secil) n.º 53 55 Total acidentes n.º 81 83 Índice de frequência (trabalhadores Secil) % 17,2 18,7 Indicadores Ambientais % sites com sistema de gestão ambiental certificado %6767 % sites registados no EMAS %5050 Consumo de energia Energia térmica (fornos) TJ 14.247* 16.519 Consumo térmico específico MJ/t 3.749 3.859 Energia eléctrica GWh 540 573 Uso Responsável Matérias-primas naturais kt 7649 7385 de Combustíveis Matérias-primas secundárias (MPS) kt 249 265 e Materiais Taxa de utilização de MPS %3,23,5 Combustíveis fósseis sólidos kt 333 410 Combustíveis fósseis gasosos 1000 Nm318 9 Combustíveis alternativos kt 169 208 Taxa de substituição térmica global %20,9* 20,8 Taxa de substituição térmico alternativos fósseis % 11* 11,2 Taxa de substituição térmico alternativos biomassa % 9,9* 9,6 Protecção Climática Emissões de CO2 – Gross (2) Mt3,23,7 Emissões de CO2 – Net (3) Mt 33,6 Emissões específicas de CO2 por tonelada de produtos cimentícios (4) – gross (2) kg/t634* 686 Emissões específicas de CO2 por tonelada de produtos cimentícios (4) – net (3) kg/t 608* 656 Taxa de incorporação de clínquer (5) %77,177,6 Emissões Partículas kt0,50,5 atmosféricas g/ t clk 136 132 %100100 NOx kt5,14,2 g/ t clk 1 270 1 032 %100100 SOx kt0,40,6 g/t clk 91 145 %100100 COV kt -394 g/t clk - 90 % -77 PCDD/F mg -80 ng/t clk - 18 % -76 Hg kg -86 mg/t clk - 20 % -100 HM1(9) kg -96 mg/t clk - 19 % -89 HM2(10) kg -1253 mg/t clk - 254 % -89 % clínquer produzido com monitorização das emissões maiores (6) e menores % 65 86 % clínquer produzido com monitorização contínua das emissões maiores % 100 100 214 6. A SECIL em números Un20132014 Consumo de Água Total água subterrânea 103 m3 1 288 1329 Índice específico m3/t cim 0,273 0,282 Biodiversidade Pedreiras com planos de recuperação % 80 81,8 Pedreiras com planos de envolvimento com a comunidade (7)% 40 54,5 Pedreiras activas, ou nas áreas adjacentes, que contêm elevado valor de biodiversidade (8) n.º 13 18,2 Pedreiras com elevado valor de biodiversidade que têm planos de gestão da biodiversidade implementados (de acordo com o anterior) % 100 100 *Valores revistos por alteração nos quantitativos de combustíveis consumidos na unidade de Gabès 1) Os índices de sinistralidade incluem os colaboradores SECIL e os prestadores de serviços. Os valores apresentados foram transformados para a metodologia da Organização Internacional do Trabalho, que resulta na aplicação de 1 000 000 horas em vez de 100 000 horas. O índice de gravidade não inclui o número de dias perdidos no ano transacto. 2) Emissões de CO2 totais 3) Emissões de CO2 totais – emissões de CO2 dos combustíveis alternativos 4) Clínquer produzido + aditivos consumidos na moagem de cimento 5) Inclui as fábricas de cimento e moagens 6) Partículas, NOx e SOx 7) Considerando que apenas a Fábrica do Outão tem elevado valor de biodiversidade, por se encontrar dentro de um Parque Natural. 8) A Fábrica Cibra-Pataias apesar de ter Comissão de Acompanhamento Ambiental, esta não tem actividade desde 2009 9) Soma de Cd e Tl 10) Soma de Sb, As, Pb, Cr, Co, Cu, Mn, Ni e V Relatório do conselho de administração 2014_relatório de sustentabilidade 215 216 relatório de responsabilidade social 1. O Grupo Secil e seus Colaboradores 2. O Grupo Secil e a Comunidade Exterior Casa das Histórias Paula Rego, Cascais Relatório do conselho de administração 2014_relatório de responsabilidade social 217 218 1. O Grupo Secil e os seus colaboradores 1.1. Portugal a) Ambiente de trabalho Saúde, Higiene e Segurança no Trabalho A Secil promove activamente uma política de saúde, higiene e segurança no trabalho, garantindo que todas as suas instalações são locais seguros para todas as pessoas internas ou externas à Empresa e perseguindo o objectivo de “Zero Fatalidades” e redução dos acidentes com dias de trabalho perdidos. Para tal são desenvolvidas várias actividades, a maior parte delas continuadas, que pretendem adaptar e implementar directivas e manuais de segurança à realidade de cada Empresa do Grupo Secil, de onde se destacam: > Os “Regulamentos da CSI (Cement Sustainability Initiative) respeitantes à Gestão de Prestadores de Serviços e Gestão da Condução nos Transportes Internos e Externos”; > Monitorizações do ambiente de trabalho, nomeadamente, ruído, vibrações, iluminação, e qualidade do ar; >Implementação em todas as Empresas do Grupo Secil das verificações estipuladas na Directiva Equipamentos de Trabalho (Decreto-Lei Nº 50/2005) e na resolução das não conformidades detectadas; > Controlo de acessos; > Identificação sistemática de identificação de perigos, análise e controlo dos riscos de todas as tarefas executadas nas instalações sob responsabilidade da Secil; > Auditorias e inspecções de segurança planeadas e documentadas, aliadas à execução de planos de acções de implementação de medidas correctivas e preventivas; > Simulacros de situações de emergência; > Investigação e comunicação de todos os incidentes (acidentes de trabalho, quase acidentes e situações perigosas detectadas). Em 2014 registou-se um decréscimo, em termos absolutos, do número de acidentes com dias de trabalho perdidos e do número total de dias de trabalho perdidos, como se pode constatar nos gráficos que se apresentam de seguida. Apesar do afirmado e devido ao número de horas trabalhadas ter diminuído, ocorreu um acréscimo, ainda que leve, no índice de frequência. 150 14,20 13,74 20 15 108 113 109 138 157 140 144 10 195 100 12,79 14,70 200 19,76 250 18,52 25 19,49 300 2014 2013 2012 0 2011 0 2010 5 2009 50 Evolução do Índice de Frequência de Acidentes com Dias de Trabalho Perdidos (2007-2014) Índice de frequência 30,00 30 2008 Índices de frequência de 2007 a 2014 350 2007 Acidentes de 2007 a 2014 nº de Acidentes c/ dias de trabalho perdidos Grupo secil - acidentes c/ dias de trabalho perdidos (frequência) Relatório do conselho de administração 2014_relatório de responsabilidade social 219 0 150 Índice de Gravidade 333,65 341,29 450 300 2 537 3 784 3 206 1 000 3 431 2 000 4 427 3 000 2 807 4 000 2 345 275,06 5 000 600 403,00 6 000 403,02 453,90 7 000 750 599,18 707,04 8 000 4 602 nº de dias de trabalho perdidos Grupo secil - acidentes c/ dias de trabalho perdidos (Gravidade) Índice de gravidade de 2007 a 2013 2014 2013 2012 2011 2010 2009 2008 2007 0 dias de trabalho perdidos 2014 Evolução do Índice de gravidade de Acidentes com Dias de Trabalho Perdidos (2007-2014) Em 2014 não se verificou, em todo o Grupo Secil, qualquer acidente de trabalho mortal com colaboradores directos, prestadores de serviços ou visitantes. de refeições e equipamentos para conservação e aquecimento de alimentos, a máquina ATM e alojamentos no perímetro das fábricas. No ano transacto e com a missão de uniformizar, numa primeira fase, a gestão da qualidade, ambiente e segurança, foi criada no Grupo Secil, a nível de Portugal continental, uma nova unidade funcional denominada “GQAS – Gestão Qualidade Ambiente e Segurança”. As Casas de Pessoal da Secil, Maceira e Pataias dispõem de equipamentos para os seus beneficiários, nomeadamente, pavilhão gimnodesportivo, áreas de convívio, salas de jogos de salão, salões de festas, bibliotecas e piscina. O Grupo Cimentos Madeira possui, nas suas instalações, uma sala de convívio onde os trabalhadores podem usufruir de alguns momentos de lazer. De assinalar, ainda, o novo edifício administrativo da Betomadeira que proporciona uma melhoria significativa das condições de trabalho aos seus colaboradores. Conforto Para além de um ambiente seguro, a Secil procura garantir a todos os seus colaboradores um acesso facilitado aos serviços mais úteis, sobretudo nas unidades fabris mais afastadas das povoações vizinhas, com destaque para o serviço de refeitório na Fábrica do Outão, as salas Comunicação interna A comunicação interna é fundamental para aproximar todos os colaboradores do Grupo qualquer que seja a empresa ou a geografia onde prestem serviço. Os principais veículos de comunicação interna que a SECIL utiliza são: > Secil Informação - newsletter mensal, distribuída juntamente com o recibo de vencimento; > Cimentar - newsletter distribuída no grupo Cimentos Madeira, em formato digital. Todos os números da newsletter encontram-se divulgados no site do Grupo Cimentos Madeira (www.cimentosmadeira.com); > Intranet, onde os temas são desenvolvidos com mais detalhe. 220 1. O Grupo Secil e os seus colaboradores foram direccionadas, essencialmente para estagiários, uma vez que o número de contratações foi francamente inferior ao número de programas de estágio realizados. Nestes casos, o programa de integração está mais focado em módulos generalistas. Os Quadros que integraram a SECIL em 2014, realizaram um Programa de Acolhimento desenhado de acordo com a função que cada um deles iria desempenhar no futuro. Retenção de colaboradores e absentismo Acolhimento a novos colaboradores A Secil organiza um Programa de Acolhimento para todos os colaboradores recém-admitidos. Nas admissões de Quadros, o programa é composto por módulos generalistas e módulos desenhados de acordo com as funções a desempenhar por cada Quadro. Deste programa de acolhimento faz igualmente parte a distribuição de um Manual de Acolhimento e a apresentação interna do colaborador. A Empresa, através deste programa, pretende dar informação suficiente aos recém-chegados sobre Visão, Missão, e Valores do Grupo, bem como o modelo de Governação, Desempenho Financeiro, Evolução Histórica e a identificação das actuais Áreas de Negócio a nível nacional e internacional. Em 2014, de acordo com a tendência dos últimos anos, as acções de acolhimento O cenário de forte contenção verificado na actividade económica nacional, com especial incidência no sector da construção verificada em 2011 e agravada em 2012 e 2013, com impactos significativos na produção e comercialização do cimento, levaram a Secil (Secil e CMP) a uma reestruturação e redimensionamento do seu quadro de pessoal, que se traduziu na cessação de 80 contratos de trabalho em diferentes áreas. Em termos globais, durante o ano de 2014, registaram-se 17 saídas das quais 4 por aposentações e 13 por cessação por mútuo acordo ou outras. No entanto, continua a ser prática da Secil a manutenção de políticas que promovam a retenção de trabalhadores e o baixo absentismo, através da formação, do recrutamento interno e da atribuição de prémios de incentivo à assiduidade. O mérito e o resultado destas políticas podem ser comprovados através dos indicadores (Secil e CMP) de idade média dos colaboradores (46 anos) e da antiguidade média na Empresa (18 anos). A taxa de absentismo, excluindo as doenças prolongadas, foi em 2014 de 1,9. De realçar que a actividade Cimento (Secil e CMP) apresenta uma relação entre o Relatório do conselho de administração 2014_relatório de responsabilidade social 221 salário mínimo praticado por estas duas empresas e o salário mínimo a nível nacional de 1,6. Eventos organizados pela Empresa A Secil, directamente ou através das Casas de Pessoal que apoia e financia, promove regularmente a organização de vários eventos de carácter social, cultural ou desportivo, com o objectivo último de unir os seus colaboradores, proporcionar-lhes momentos agradáveis e fomentar a cultura de Grupo. Vários foram os eventos organizados ao longo do ano de 2014, alguns dos quais com carácter mais regular, outros iniciados pela primeira vez. Destacamos aqui alguns desses principais eventos promovidos directamente pela Secil: > Pela primeira vez, a Secil apresentou aos seus colaboradores os Resultados do Exercício de 2013 e os Objectivos para 2014, numa reunião efectuada em Março no CCB; > A Fábrica Maceira-Liz comemorou o seu 91º aniversário dia 3 de Maio, com um programa que promove o convívio entre trabalhadores no activo e reformados; > A Fábrica Cibra-Pataias comemorou o seu 68º aniversário dia 28 de Junho, com um programa que promove o convívio entre trabalhadores no activo e reformados, nas instalações sociais da Empresa na Alva de Pataias; > Também pela primeira vez, os colaboradores de todas as empresas e unidades Secil em Portugal reuniram-se numa festa de Natal que decorreu em dois momentos congregando mais de 500 pessoas. Foi realizado um vídeo comemorativo difundido por toda a organização. Na Madeira saliente-se a celebração do Natal, que este ano voltou a contar com a intervenção de um grupo de colaboradores, familiares e amigos na apresentação de uma peça de teatro. Tal como em anos anteriores, manteve-se a participação em celebrações como o Dia de Reis e a Missa do Parto. As Casas de Pessoal da Secil e CMP desempenham um papel muito importante na organização e promoção de actividades desportivas e culturais para os seus colaboradores. No ano de 2014 as três Casas de Pessoal tiveram um grande dinamismo, que se reflectiu no elevado número de eventos organizados. ténis de mesa, sueca, yoga, rally e peddy paper; zumba e torneio de karts; > celebração do 77º Aniversário da Casa do Pessoal da Secil, com animação musical ao vivo e almoço aberto aos colaboradores e seus familiares; > celebração do Dia Mundial da Criança, com um evento aberto à comunidade de Setúbal, que reuniu mais de 500 crianças no pavilhão gimnodesportivo da Casa do Pessoal da Secil; > ATL de verão, aberto aos filhos dos colaboradores, com um programa de actividades diversificadas. De salientar algumas iniciativas que tiveram lugar em 2014: > ida ao teatro, para assistir à peça “Estamos todos?”, no Auditório dos Oceanos, onde participaram cerca de 183 pessoas das três Casas de Pessoal, entre colaboradores e seus familiares; > participação, pelo quinto ano consecutivo, na organização da Festa de Natal, que decorreu no Teatro Politeama em Lisboa, com a realização de um teatro musical, extensivo a todas as empresas do Grupo Secil; > organização, no âmbito da festa de Natal, de uma iniciativa solidária, “Uma Criança, Um Abraço”, que motivou muitos filhos de colaboradores do Grupo a levarem um brinquedo, que se destinou a ser entregue a crianças carenciadas de Setúbal e Leiria; > ainda no âmbito das festas de Natal, oferta de bolos rei, como forma de desejar boas festas aos colaboradores; > organização de diferentes eventos desportivos: futsal, orientação, pesca, tiro ao prato, caminhadas, corridas, chinquilho, 222 1. O Grupo Secil e os seus colaboradores B) FORMAÇÃO A Secil aposta no desenvolvimento das competências dos seus Colaboradores. Esta aposta é estratégica e tem como objectivo elevar os níveis de desempenho de cada um dos seus Colaboradores, de forma a gerar valor. Este é um contributo essencial para o desenvolvimento sustentável da Empresa. Para tal, a Secil dispõe de quatro Centros de Formação, instalados nas fábricas de Cimento em Portugal. Em 2014, foram realizadas 283 acções de formação, para 1.918 formandos o que perfez um total de 13.781 horas de volume de formação. Formação ContinuadaFormação PontualTotal Acções de Formação 32 251 283 Formandos 289 1 629 1 918 Volume de Formação 3 272 10 510 13 781 Caracterização da actividade formativa em 2014 Neste ano, relativamente à formação continuada prosseguiram os Programas de Formação1 de Quadros2 e Oficiais de Processo3 . Assim, foram realizadas 32 acções de formação, que permitiram aos Colaboradores desenvolver competências relacionadas, não só com as funções desempenhadas, mas também, alargarem o âmbito dos seus conhecimentos a outras áreas do Negócio, bem como desenvolverem competências ao nível comportamental e relacional. Ao longo do ano foram ainda realizadas 251 acções de formação pontual4, com o objectivo de actualizar competências técnicas específicas, garantir o cumprimento de requisitos legais e uniformizar procedimentos internos. 1A FORMAÇÃO CONTINUADA consiste numa formação do tipo multidisciplinar que se destina a transmitir aos Colaboradores conhecimentos sobre várias áreas da Empresa. Em 2014 decorreram acções dos Programas de Formação: Quadros e Oficiais de Processo. 2 O PROGRAMA DE QUADROS tem como principal objectivo criar e desenvolver novas competências técnicas, comportamentais e de gestão aos Quadros da Empresa. 3 O PROGRAMA DE OFICIAIS DE PROCESSO pretende transmitir aos Colaboradores conhecimentos interdisciplinares referentes a várias áreas fabris, com vista a um melhor desempenho, flexibilidade, segurança e produtividade. 4 A FORMAÇÃO PONTUAL é proveniente do levantamento de necessidades de formação e tem uma abrangência diversificada relativamente às temáticas ou áreas que aborda. 5 FORMAÇÃO EM POSTO DE TRABALHO formação que decorre no próprio posto de trabalho, e a aprendizagem do formando é construída activamente, através do contacto com as tarefas do dia-a-dia, da função em análise, sob a orientação directa de um tutor. Relatório do conselho de administração 2014_relatório de responsabilidade social 223 GRÁFICO 1 – Número de acções de formação pontual GRÁFICO 2 – Caracterização do volume de formação das acções de formação pontual 1,23% 16,05% 2,06% 1,23% 38,57% 34,14% 55,14% 24,25% 1,49% 1,32% 21,02% Ambiente Gestão outras Qualidade Segurança técnica Adicionalmente, foram ainda organizadas nos centros de formação em Portugal, acções de formação em Posto de Trabalhos para Colaboradores da Fábrica de Adrianópolis (Brasil) nas áreas de Qualidade e Manutenção. Foram definidos, conjuntamente com os tutores, planos de formação à medida, para cada um dos Colaboradores, por forma a poderem acompanhar as tarefas do dia-a-dia, desenvolvendo competências para o exercício da sua função. Ambiente Gestão outras Qualidade Segurança técnica 3,46% 224 1. O Grupo Secil e os seus colaboradores Em 2014, o Grupo Cimentos Madeira desenvolveu 16 acções de formação,nas quais participaram cerca de 44 colaboradores, representando um volume de 480 horas, distribuído pelas diferentes áreas conforme gráfico seguinte. Volume de formação (horas) 16% 7% 32% c) Carreira e mobilidade 2% 28% 15% As horas de formação na área administrativa foram sobretudo em acções de desenvolvimento da língua estrangeira (inglês) e acções no âmbito contabilístico e financeiro. Houve ainda a participação de 5 colaboradores em 10 seminários essencialmente no âmbito contabilístico e administrativo e financeiro. Administrativa Comercial rhum Qualidade tec./prod. segurança A Secil desenvolve a sua actividade em diferentes pontos geográficos, quer no plano nacional, quer no plano internacional. Na Secil e CMP, em 2014, (i) foram recrutados 5 Quadros e efectuadas 53 promoções/ progressões quer de quadros como não quadros e foram realizados 13 estágios para licenciados / mestres, em colaboração com diferentes Universidades nacionais e 5 estágios profissionais para licenciados / mestres, 2 deles em parecia com o Instituto de Emprego e Formação Profissional Durante o ano de 2014, iniciaram-se 7 novas expatriações e terminaram 5. O ano acabou com um grupo de 16 colaboradores a prestar serviço fora do território nacional, conforme o gráfico abaixo indicado. A Secil possui um Regulamento Interno, que estabelece regras para os colaboradores expatriados, com vista a adoptar as melhores práticas de mercado. Relatório do conselho de administração 2014_relatório de responsabilidade social 225 Número de expatriados 4 3 2 1 moçambique brasil cabo verde líbano tunísia angola 0 d) Gestão de Desempenho e Incentivos Todas as áreas de negócio da Secil a nível nacional, têm implementado um Sistema de Avaliação de Desempenho. Pretende-se assim reconhecer, premiar e distinguir os desempenhos de alta performance em domínios Económico/ Financeiros, Operacionais, Qualidade/ Segurança/Ambiente, entre outros. Adicionalmente, este sistema pretende também identificar necessidades de formação e potenciais promoções/progressões dos colaboradores. Em função dos resultados obtidos pela Empresa/Grupo e do resultado da Avaliação de Desempenho de cada colaborador, são atribuídos prémios individuais de desempenho. Em 2014, a Secil alargou o Sistema de Avaliação de Desempenho que estava implementado nas áreas de negócio do Cimento e das Argamassas às áreas de negócio dos Betões e Inertes de Portugal. 226 1. O Grupo Secil e os seus colaboradores e) Benefícios Sociais A Secil acredita que a satisfação dos seus colaboradores contribui em grande parte para o sucesso da sua actividade. Assim, atribui aos seus colaboradores e familiares um conjunto de benefícios sociais de onde se destacam o Plano de Pensões e o Plano de Saúde. Pensões No sector do Cimento (Secil, CMP e Cimentos Madeira), os colaboradores beneficiam de complementos de pensões de reforma por velhice e invalidez, tal como os respectivos cônjuges, descendentes, dependentes e equiparados beneficiam de complementos de pensões de sobrevivência. No sector do Betão e Inertes (Unibetão, Britobetão, BetoMadeira e Secil Britas), os colaboradores beneficiam de complementos de pensões de reforma por velhice e invalidez. Actualmente, todas estas Empresas oferecem o benefício de complemento de pensões sobre a forma de plano de pensões de contribuição definida. sector cimento No final do ano de 2014, os planos de pensões de Benefício Definido (PBD) e Contribuição Definida (PCD) apresentavam a seguinte distribuição entre participantes e beneficiários. sector betões 8% 33% 67% 92% PBD PCD PBD PCD Relatório do conselho de administração 2014_relatório de responsabilidade social 227 sector dos betões 800 nº participantes / Beneficiários nº participantes / Beneficiários sector cimento 600 400 200 0 Reformados / Pensionistas Activos PBD PCD 669 0 84 363 Os Planos de Pensões são financiados por um único Fundo de Pensões: o Fundo de Pensões do Grupo Secil. As Empresas têm a responsabilidade de (i) efectuar contribuições mensais para os sub-fundos (Dinâmico, Conservador Valor do Fundo de Pensões do Grupo Secil a 31.Dez.2014 300 200 100 0 Reformados / Pensionistas Activos e Ultra-conservador) que financiam os Planos de Pensões de Contribuição Definida e (ii) manter suficientemente financiadas as responsabilidades assumidas com os Planos de Pensões de Benefício Definido. PBD PCD 18 0 7 293 O valor do Fundo de Pensões do Grupo Secil ascende a cerca de 40mio €, assim repartido pelos planos que financia: Perfil de Investimento do Plano de Pensões CD 14% 28% 34% 66% 58% Plano de pensões BD plano de pensões CD sub-fundo ultraconservador sub-fundo conservador sub-fundo dinâmico Em 2014, o nível de financiamento dos Planos de Pensões de Benefício Definido da Secil situava-se em 135%, o da CMP em 119% e o da Unibetão em 146%. 228 1. O Grupo Secil e os seus colaboradores Saúde A Secil e a CMP atribuiram aos seus colaboradores e reformados um Plano de Saúde extensível aos seus respectivos agregados familiares. Este Plano encontra-se harmonizado entre as empresas do Grupo em Portugal. A Cimentos Madeira oferece o mesmo plano de saúde aos seus colaboradores no activo. As empresas do sector do Betão, a Secil Britas, a Argibetão, a Secil Martingança e a IRP atribuem o Plano de Saúde do Grupo aos seus colaboradores no activo. No caso das empresas do sector do Betão, Secil Britas e Argibetão, o Plano de Saúde abrange o agregado familiar com uma pequena comparticipação por parte do colaborador. Na Secil Martingança, o Plano de Saúde pode ser extensível ao agregado familiar, sendo o custo adicional suportado pelo colaborador. O benefício de saúde para todas as empresas acima mencionadas é financiado por um seguro de saúde em sistema de rede convencionada e reembolso. De forma a melhor ajustar o Plano de Saúde às necessidades de cada pessoa, a Secil negociou UpGrades ao seguro de saúde, permitindo que mediante um custo adicional a suportar pelo colaborador ou reformado, estes tenham a possibilidade de aumentar os capitais anuais do seu Plano de Saúde e/ou do seu agregado familiar. Outros benefícios sociais Para além dos mencionados, várias empresas do Grupo atribuem outros benefícios sociais, nomeadamente: (i) subsídios de reforma e morte, aquando da saída do colaborador por reforma ou em caso de morte no activo; (ii) seguro de acidentes pessoais e/ou vida, protegendo os colaboradores em caso de morte e/ ou invalidez permanente; (iii) seguros de viagem, cobrindo quase todo o mundo, para protecção dos colaboradores que se deslocam ao serviço das empresas; e (iv) prémios de antiguidade, que premeiam o tempo de serviço dos colaboradores. Em 2014, os benefícios sociais oferecidos pela Secil aos seus colaboradores representam um passivo consolidado de aproximadamente 1 milhão de Euros e correspondem a um custo de cerca de 1 milhão de Euros, ou seja 1,6% dos custos com pessoal. Relatório do conselho de administração 2014_relatório de responsabilidade social 229 230 1. O Grupo Secil e os seus colaboradores 1.2. OPERAÇÕES INTERNACIONAIS a) Ambiente de trabalho Tunísia O ano de 2014 na Tunísia teve como principal acontecimento a realização de eleições presidenciais e legislativas. Manteve-se ainda alguma instabilidade social ao nível das empresas, com reivindicações constantes na área laboral. A Société des Ciments de Gabès (SCG) com o objectivo de fomentar o apoio aos trabalhadores, dispõe de um serviço de refeitório, de transporte de trabalhadores e complexos habitacionais onde os trabalhadores encontram uma habitação condigna em condições favoráveis. No âmbito do desenvolvimento técnico e de difusão da cultura do nosso Grupo, vários técnicos Portugueses têm trabalhado em conjunto com os técnicos da SCG em Gabès. A empresa mantém a sua aposta numa política de combate ao absentismo e aos acidentes de trabalho pela via da formação contínua aos trabalhadores, de modo a enquadrar as taxas de gravidade e de frequência de acidentes de trabalho dentro dos objectivos estabelecidos pelo Grupo. Líbano Na Ciments Sibline, os procedimentos e políticas de segurança seguem as normas do Grupo. No âmbito do programa de acolhimento de novos colaboradores, é feita uma sensibilização relativa à segurança. A Empresa assegura transporte a todos os colaboradores. A comunicação é assegurada essencial- mente através de painéis e do envio de emails aos colaboradores. realizadas 3412 horas de formação que corresponde a 12,87 horas/trabalhador. Cabo Verde Líbano As empresas do grupo sediadas em Cabo Verde fomentam a segurança no trabalho através de campanhas de informação e também pela atribuição de um prémio pecuniário, distribuído em função dos objectivos atingidos na área da segurança. A Ciments de Sibline oferece formação aos seus colaboradores em áreas técnicas, de gestão e administrativas, manutenção, tecnologias de informação e línguas. Em 2014 participaram em acções de formação 582 colaboradores, num total de 4.824 horas. As empresas garantem aos seus colaboradores um serviço de refeitório e transporte. Cabo Verde A assiduidade é fomentada através da atribuição de prémios pecuniários aos colaboradores que atinjam o objectivo estabelecido. Angola Na Secil Lobito implementaram-se várias acções com vista ao melhoramento das condições de trabalho, das quais se destacam: (i) melhorias nas instalações do refeitório; (ii) pavimentação do parque de armazenagem de big bags; (iii) instalação de filtros de despoeiramento da instalação de trituração de clinquer, que reduziu substancialmente a emissão de poeiras na zona e (iv) beneficiação do edifício administrativo. De forma a reduzir o absentismo, foi reformulado o incentivo pecuniário atribuído aos trabalhadores, calculado em função da assiduidade. Ainda que a oferta local seja reduzida, foi ministrada formação na área da fiscalidade. Angola A Secil Lobito registou 450 horas de formação, distribuídas pelos Sectores de Manutenção, Fabricação e Embalagem. c) Carreira e mobilidade Tunísia A SCG tem a preocupação da renovação do seu quadro de pessoal proporcionando após o recrutamento uma integração e formação adequada. Para além disso, é promovido também o recrutamento interno. Angola b) Formação A Secil Lobito procedeu a actualizações salariais de forma escalonada, com o objectivo de reduzir as diferenças salariais entre as várias funções. Tunísia d) Benefícios sociais A SCG tem como objectivo principal nesta área a valorização profissional e transmitir de um modo assertivo os valores da segurança no trabalho. Em 2014 foram Tunísia A SCG atribui aos seus colaboradores durante o ano vários subsídios e facili- Relatório do conselho de administração 2014_relatório de responsabilidade social 231 dades de crédito pessoal e à construção e recuperação de habitação. A empresa concede aos seus colaboradores um seguro de acidentes pessoais, e um plano de ajuda na assistência à doença, extensível aos familiares. Os filhos dos trabalhadores em idade escolar auferem uma ajuda sob a forma de material escolar e, em cada ano escolar, são seleccionados os melhores alunos, sendo-lhes atribuída uma ajuda pecuniária. A SCG proporciona aos filhos dos trabalhadores com idade até aos 14 anos a possibilidade de frequentar uma colónia de férias. A Sud-Béton atribui também aos seus colaboradores vários benefícios sociais e religiosos no período da Aid Kébir e Aid Sghir. Todos os trabalhadores estão cobertos por um plano de saúde e beneficiam de um desconto de 20% na compra de betão. Os filhos dos trabalhadores em idade escolar beneficiam de um apoio anual. Líbano A Ciments de Sibline atribui aos seus colaboradores benefícios no plano da saúde, educação e outros. O plano de saúde cobre colaboradores e familiares num total de 1.552 pessoas. Para além disso, podem contar com a assistência médica prestada por 2 médicos e uma enfermeira nas instalações da própria Empresa. Ao nível da educação, são atribuídas anualmente bolsas de estudo aos filhos dos colaboradores da Ciments de Sibline. O valor do benefício é estipulado em função do nível de ensino e no ano 2014 as bolsas escolares pagas totalizaram 637 milhões de libras libanesas. A Empresa dispõe de uma Cooperativa sem fins lucrativos que é gerida pelos próprios trabalhadores e comercializa bens alimentares. Os colaboradores têm acesso à cooperativa e recebem uma contribuição anual de 900 mil libras libanesas para despesas. Os colaboradores no Líbano beneficiam ainda de facilidades financeiras, quer na aquisição de cimento, quer na obtenção de financiamentos: > Aquisição de cimento, até 40t/ ano com desconto de 3 USD sobre o preço de venda; > Financiamento até 3 milhões de libras libanesas, sem juros e reembolsável a 12 meses. Na Ciments de Sibline a relação entre o salário mínimo praticado pela Empresa e o salário mínimo local representa um rácio de 1,11. Angola Os colaboradores da Secil Lobito e respectivo agregado familiar, beneficiam dos cuidados de saúde prestados por dois médicos e três enfermeiros nas instalações da empresa, sendo que um dos médicos tem a especialidade de Pediatria. Esta iniciativa iniciada há quatro anos permitiu reduzir drasticamente a mortalidade infantil entre os filhos dos colaboradores. A Empresa tem protocolos de assistência médica com duas clínicas e uma farmácia, situadas na cidade do Lobito, de forma que todos os colaboradores e respectivo agregado familiar beneficiem de cuidados de saúde a custo zero. Os medicamentos são também pagos pela Empresa. 232 2. O Grupo Secil e A COMUNIDADE EXTERIOR 2.1. PORTUGAL a) Educação, Ciência e Tecnologia Prémios Secil de Arquitectura e de Engenharia Civil e Prémio Secil Universidades O Prémio Secil visa promover e incentivar os autores de obras que incorporam os produtos que resultam da actividade da Secil. Os Prémios Secil Arquitectura e Secil Engenharia têm uma periodicidade bienal em anos alternados e o Prémio Secil Universidades atribuído a estudantes de Arquitectura e Engenharia Civil, tem uma periodicidade anual. Ainda no respeitante à área educativa, a Secil estabeleceu uma parceria com a Faculdade de Arquitectura da Universidade de Lisboa e com o MUDE – Museu do Design e da Moda, proporcionando a diversos grupos de estudantes finalistas de arquitectura a possibilidade de fazerem protótipos, em escala real, de mobiliário urbano em betão. Estes trabalhos estiveram expostos no MUDE no âmbito da exposição sobre os 22 anos do curso de design. A Secil e a comunidade científica A Secil procura de uma forma activa apoiar a comunidade científica através da promoção de eventos e patrocínios de iniciativas que contribuam para a difusão do conhecimento e inovação. A Secil apoiou o Congresso da Ordem dos Engenheiros e o Simpósio de Argamassas e Soluções Térmicas de Revestimento. O Grupo Cimentos Madeira, no âmbito da 25ª edição do concurso “As 100 Maiores e Melhores Empresas da Madeira” voltou a ser distinguido, ficando classificado no 1º lugar na categoria de Equilíbrio Financeiro. Protocolos com Instituições de Ensino Para apoiar as actividades de recrutamento e de Investigação e Desenvolvimento do Grupo, a Secil tem vindo a estreitar o seu relacionamento com instituições de ensino superior especializadas nas áreas de Engenharia Civil, Química e dos Materiais, estabelecendo bases de colaboração académica, científica e tecnológica. A Secil colabora em vários projectos educativos, nomeadamente, (i) as visitas às Fábrias Secil-Outão e Maceira-Liz (“Dias de Portas Abertas”) organizadas geralmente para grupos de estudantes ou profissionais, (ii) o apoio à Eco-Escola D. Manuel Martins e integrando os conselhos gerais do Agrupamento de Escolas de Azeitão e do Bocage de Setúbal, (iii) o patrocínio do Concurso Jovens Mestres realizado no âmbito do Encontro de Betão Estrutural 2015 organizado pelo GPBE – Grupo Português de Betão Estrutural e (iv) a atribuição de uma bolsa a um estudante do Curso de Estudos Avançados em Arquitectura Digital rea- lizado pelo ISCTE-IUL e a FAUP. A Fábrica Secil-Outão comemorou 10 anos da Iniciativa “Dias das Portas Abertas”, recebendo mais de 100 pessoas. A Secil Argamassas aderiu este ano pela primeira vez a esta iniciativa, que tem como principal objectivo dar a conhecer o funcionamento das fábricas e os seus reais impactos no meio envolvente. O Laboratório da Cimentos Madeira (“LCM”) mantém a sua colaboração com a Universidade da Madeira, Laboratório Regional de Engenharia Civil e Instituto Profissional de Transportes e Logística (“IPTL”). Em 2014, apoiou várias iniciativas: > Orientação de estágio profissional de 210 horas de um aluno do curso técnico de análises laboratoriais do IPTL; > Assessoria ao projecto de requalificação da Pista do Aeroporto Porto Santo – Estudo e controlo de qualidade das misturas betuminosas aplicadas, desenvolvidas de forma sustentável e amigas do ambiente. Para tal utilizou-se 10% de recuperação das misturas existentes (reciclados) e incorporação de 1,5% de cimento produzido pela Secil e comercializado pela Cimentos Madeira como Filer Comercial (NP EN 13043) para melhorar as características de durabilidade. O processo foi acompanhado e validado pela ANA e LNEC, sendo o primeiro aeroporto nacional a adotar esta solução. > Desenvolvimento e controlo de qualidade de betões de elevada performance para o Novo Cais de Cruzeiros do Funchal – Neste projecto foram desenvolvidos betões especiais de modo a permitir betonagens contínuas por deslize de caixotões com volumes superiores a 1000 m3 no Porto do Caniçal e transporte por reboque marítimo destas estruturas com apenas um dia de idade para o Porto do Funchal. Relatório do conselho de administração 2014_relatório de responsabilidade social 233 B) Cultura e Desporto A Secil assumiu o compromisso do desenvolvimento sustentável das actividades culturais, desportivas e de inclusão social das localidades onde desenvolve a sua actividade, no seguimento da política de responsabilidade social do Grupo. Mais de 80 Associações do distrito de Setúbal recebem fundos para apoiar as suas actividades, conforme se representa graficamente. ASSOCIAÇÕES 26% 49% 25% Destaque para 2 novas associações: Cruz Vermelha Portuguesa – Delegação de Setúbal e Sociedade Musical e Recreativa União Setubalense. Apoiou ainda outras iniciativas de onde se destacam: > as comemorações do Dia do Mar, que tiveram lugar em Setúbal, o que envolveu a Marinha Portuguesa, a Câmara Municipal de Setúbal e a APSS – Administração dos Portos de Setúbal e Sesimbra; > a renovação pelo décimo ano, do patrocínio ao Concurso literário Bocage, promovido pela LASA – Liga dos Amigos de Setúbal e Azeitão; > a edição de uma monografia jornalís- tica: “ O que pensam os Setubalenses”, da autoria do jornalista e escritor Joaquim Gouveia; > Festival de Música de Leiria. A Secil desenvolve, desde 2006, acções de sensibilização ambiental, com destaque para: (i) a parceria estabelecida com a Câmara Municipal de Leiria que consistiu na recepção a um grupo de autarcas e especialistas ambientais de cidades europeias integrantes do projecto comunitário: “Cidades Geminadas e Responsabilidade Climática”, (ii) o apoio ao Congresso Internacional Ambientalista OIKOS Ambiente, (iii) protocolo, pelo 4º ano consecutivo, de colaboração e financiamento plurianual estabelecido entre a Secil, o ICNF - Instituto de Conservação inclusão social Desportivas culturais da Natureza e Florestas, o ISPA – Instituto Superior de Psicologia Aplicada e a Universidade do Algarve em matéria de estudo e protecção do Parque Marinho Luiz Saldanha e (iv) a participação nas Comissões Ambientais de Setúbal e Maceira. A Secil possui um Museu nas instalações da Fábrica Maceira-Liz, criado em 22 de Abril de 1991. O Museu documenta a longa história desta fábrica e, através de um circuito museológico em contraponto com a fábrica moderna em laboração, obteve o estatuto de “museu de sítio”. Em 2014, o Museu recebeu cerca de 1.014 visitantes, como se mostra no quadro seguinte: Nº VISITANTES 1º Ciclo 264 2º ciclo - secundário (6º ao 12º ano) 225 Ensino Superior 46 Entidades diversas 479 1 014 234 2. O Grupo Secil e A COMUNIDADE EXTERIOR No plano do Desporto, a Secil apoiou diversas colectividades e iniciativas, nomeadamente, a Meia Maratona de Setúbal. O Grupo Cimentos Madeira apoia as actividades culturais e desportivas da região, de onde se destacaram os seguintes apoios: > espectáculo comemorativo dos 50 anos de Actividade da Orquestra Clássica da Madeira. > XIV grande prémio de Atletismo da Madeira no âmbito do aniversário dos Bombeiros Municipais do Funchal. > evento Reid’s Auto Classic Show. O Grupo Cimentos Madeira mantém o seu estatuto de sócio em Associações regionais que desenvolvem acções de carácter ambiental, nomeadamente a Associação dos Amigos do Parque Ecológico do Funchal e a AREAM – Agência Regional de Energia e Ambiente da Madeira. c) Solidariedade Social A SecilL através da sua influência nas zonas onde desenvolve as suas operações contribui de forma significativa no apoio a entidades de Inclusão Social. Em 2014, a Secil apoiou através do fornecimento de cimento várias instituições, nomeadamente, o Centro Social e Paroquial do Faralhão, em Setúbal. Na época balnear, a Fábrica Secil – Outão disponibilizou um parque de estacionamento com segurança, no antigo hangar de carvão. O parque foi utilizado por cerca de 31.000 pessoas e 11.725 viaturas. Pelo segundo ano consecutivo, a Secil reduziu consideravelmente as ofertas de Natal, tendo utilizado os fundos normalmente destinados à sua aquisição, para apoiar entidades de solidariedade social. Em 2014, a Secil apoiou o projecto UMAD, da Fundação do Gil, relacionado com o apoio domiciliário a crianças com necessidades especiais de assistência. A Secil apoia desde 2010 a Associação GRACE – Grupo de Reflexão e Apoio à Cidadania Empresarial - que procura desenvolver acções de colaboração entre as comunidades locais e organizações de solidariedade social. No âmbito desta colaboração, a Secil integra desde 2011, o Conselho Fiscal da associação e este ano patrocinou a Conferência: “Responsabilidade Social e Corporate Governance”. O Grupo Cimentos Madeira apoiou: (i) a Construção da nova sede da Delegação Regional da Associação Portuguesa das Pessoas com Necessidades Especiais Associação sem Limites com Cimento e Agregados,(ii) 4 famílias carenciadas da Junta de Freguesia de São Roque com cabazes de Natal, (iii) a festa de Natal das Crianças da Paróquia de Santa Rita, com uma peça de Natal organizada e realizada por colaboradores do Grupo Cimentos Madeira e entrega de um lanche a cada criança e (iv) os Bombeiros Voluntários Madeirense e à Liga Portuguesa Contra o Cancro. 2.2. Operações internacionais a) Educação, Ciência e Tecnologia Gabès tendo em 2014 dado os seguintes apoios aos alunos na realização dos seguintes estágios: > 14 estágios de inverno em colaboração com ISET – Instituto Superior de Estudos Tecnológicos; > 54 estágios de verão em colaboração com as escolas e institutos superiores de Gabès, Sfax, Sousse e Tunis; > 63 estágios de fim de curso em colaboração com escolas de ensino superior de Engenharia. A SCG tem uma estreita ligação com a Escola Nacional de Engenheiros de Gabès, que já elaborou vários trabalhos de pesquisa no domínio do cimento. Em Abril de 2014 foi apresentado um trabalho na “36ª International Conférence of Cément Microscopy” em Milão. A SCG, no início do ano de 2014, ofereceu o seu antigo difractómetro ao laboratório de pesquisa da Escola Nacional de Engenharia de Gabès, para o desenvolvimento de trabalhos em mineralogia e para a identificação das suas fases. Líbano A Ciments de Sibline aceita pedidos de visita por parte de estabelecimentos de ensino. Em 2014, recebeu alunos oriundos dos seguintes estabelecimentos: > Beirut Arab University (BAU) > Holy Spirit University of Kaslik Tunísia > Rafik Hariri University (RHU) A Société des Ciments de Gabès desenvolve várias iniciativas em estreita colaboração com escolas e universidades de > Lebanese University > Sibline Technical School Relatório do conselho de administração 2014_relatório de responsabilidade social 235 > American University of Beirut (AUB) > American University for Science & Technology (AUST) > Lebanese American University (LAU) > American University for Culture & Education (AUCE) A Empresa promove cursos de formação, com períodos máximos de 3 meses, para recém licenciados. Em 2014, frequentaram este curso 29 pessoas. Angola A Secil Lobito estabeleceu protocolos com escolas do ensino médio, através dos quais os alunos realizam estágios profissionais nas instalações da Secil Lobito, em diversas áreas profissionais. Durante 2014 a Empresa recebeu 14 formandos. b) Cultura e Desporto Tunísia A SCG patrocina várias associações culturais, recreativas e desportivas locais, directa, e indirectamente, através do fundo colocado à disposição do Governador de Gabès. Além deste fundo monetário, a SCG atribui anualmente até 500 toneladas de cimento para apoio das diversas entidades municipais, culturais e religiosas. Líbano A Ciments de Sibline efectuou vários patrocínios a associações culturais e desportivas, nomeadamente: > Kamal Joumblatt Cultural Center – Sibline > Al- Walaa Sportive Club – Ketermaya Angola A Secil Lobito patrocinou algumas iniciativas de carácter cultural e desportivo, nomeadamente (i) a UNAC-União Nacional dos Artistas e Compositores Angolanos; (ii) a Festa de Carnaval que tem uma forte tradição no Município do Lobito e no qual participa, com o patrocínio directo ao grupo do Bairro do Golfe , (iii) a Rádio Lobito, e (iv) as festividades comemorativas dos 101 Anos da Cidade do Lobito. Recentemente, um grupo de trabalhadores criou o Grupo Desportivo Secil Lobito que conta já com inúmeras actividades e é apoiado financeiramente pela empresa. C) Solidariedade Social Líbano A Ciments de Sibline apoia a comunidade local, através de várias iniciativas, com principal destaque para o apoio social, a doação aos municípios e o patrocínio a instituições religiosas, nomeadamente: > Sibline Municipality > Anout Municipality > Ketermaya Municipality > Monastere St George – Naameh > Lebanese Army > Martyr’s family indemnity > Lebanese Physical Handicapped Union > Société de Saint Vincent de Paul – Liban Angola A Secil Lobito apoia várias instituições tais como, a Administração Municipal do Lobito, Escolas, Organizações Religiosas e Hospitais. Destaca-se: (i) a construção da Igreja do Bairro do Golf; (ii) construção da Igreja Tocoista do Alto Liro; e (iii) melhoramentos efectuados na Escola de Ensino Primário do Bairro de S. João no Lobito. Cabo Verde Em Cabo Verde promove-se o relacionamento e a inclusão social com as comunidades locais através de apoios de actividades importantes nas áreas da educação, da cultura e da religião. Estes apoios podem ser feitos através de doações pecuniárias, materiais ou mesmo a disponibilização de meios. Em 2014, receberam apoio diversas instituições, tal como (i) o Jardim Infantil de João Varela, (ii) a Paróquia do Santíssimo Nome de Jesus e a (iii) a Associação “Os Varelenses”. 236 organigrama Escola Francisco de Arruda, Lisboa Relatório do conselho de administração 2014_organigrama 237 238 Secil PORTUGAL CONTINENTEMADEIRATUN CIMENTOS Secil Cimentos Madeira CMP (100%) (57,14%) Uniconcreto (100%) Betomadeira (57,14%) Secil Betões e Inertes (100%) Brimade (57,14%) Unibetão (100%) Pedra Regional (29,14%) Britobetão (91%) Madebritas (29,14%) Secil Britas (100%) JMHenriques (28,57%) Lusoinertes (100%) ARGAMASSAS E MATERIAIS Secil Martingança (100%) IRP (75%) BETÕES E INERTES PRÉ-FABRICADOS Secil Unicon (50%) Secil Prebetão (39,80%) Argibetão (90,87%) AMBIENTE E energia Prescor (100%) Promadeira (57,14%) AVE (35%) Reficomb (100%) ALLMA (70%) Grupo Setefrete (25%) CCV (100%) TRANSPORTES E SERVIÇOS SOCIEDADES FINANCEIRAS E OUTRAS Ciminpart (100%) Serife (100%) Hewbol (100%) Florimar (100%) Relatório do conselho de administração 2014_organigrama 239 INTERNACIONAL CONTINENTEMADEIRATUNíSIALÍBANOANGOLACABO VERDEBRASILOUTROS Société Ciments Ciments de Sibline Secil Lobito de Gabès (98,72%) (51,05%) (51%) Sudbéton (98,72%) SOIME (51,05%) Secil Cabo VerdeGrupo Supremo Secil Algérie (100%) (15%) (Argélia) (97,9%) Inertes de Cabo Verde (62,50%) Zarzis Béton (98,52%) Silonor (França) (100%) Somera (Panamá) (100%) MC (49,36%) Secil Angola (100%) NSOSPE (20,68%)Sociedade I3P (99,97%) de Inertes (Moçambique) (99%) Seciment (Holanda) (100%) 240 Teatro Thalia, Lisboa EDIÇÃO SECIL - COMPANHIA GERAL DE CAL E CIMENTO, S.A. CONTACTO 217 927 100 E-MAIL [email protected] SITE WWW.SECIL.PT CONCEPÇÃO GRÁFICA FCB IMPRESSÃO OCYAN TIRAGEM 100 EXEMPLARES secil - Companhia Geral de Cal e Cimento, s.a. Sede: Outão - Setúbal Telefone: 212 198 100 www.secil.pt