relatório do conselho de administração 2014
Relatório do conselho de administração 2014_Secil 3
Igreja da Santíssima Trindade,
Fátima
4
índice
Viaduto de
Vila Pouca de Aguiar
Relatório do conselho de administração 2014_índice 5
Órgãos Sociais06
Mensagem do Presidente08
Relatório de Gestão10
1. Secil: 20 anos no Grupo SEMAPA 12
2. O Grupo Secil em 2014
14
3. Principais acontecimentos do ano 2014
22
4. Portugal
24
5. Tunísia
28
6. Líbano
30
7. Angola
32
8. Cabo Verde
34
9. Perspectivas Futuras
36
10. Proposta de Aplicação de Resultados
37
Demonstrações Financeiras Consolidadas38
1. Balanço Consolidado
40
2. Demonstração dos Resultados Consolidados
41
3. Demonstração das Alterações nos Capitais Próprios Consolidados
42
4. Demonstração dos Fluxos de Caixa Consolidados
46
Anexos178
Relatório de sustentabilidade
01. Este Relatório
02. A Secil
03. Estratégia e Gestão da Sustentabilidade
04. Auditoria externa ao cumprimento da Carta de Compromissos
da Cement Sustainability Initiative (CSI)
05. Sustentabilidade - Prioridades para o Futuro
06. A Secil em Números
184
186
188
192
193
194
212
Relatório de Responsabilidade Social216
01. O Grupo Secil e seus colaboradores
02. O Grupo Secil e a comunidade exterior
218
232
Organigrama236
6
órgãos sociais
Edifício Vodafone, Porto
Relatório do conselho de administração 2014_ORGÃO SOCIAIS 7
PEDRO MENDONÇA DE QUEIROZ PEREIRA
Gonçalo de castro
Salazar leite
carlos alberto
medeiros abreu
Sérgio alves
martins
FRANCISCO JOSÉ MELO
E CASTRO GUEDES
JOSÉ MIGUEL PEREIRA
GENS PAREDES
PAULO MIGUEL
GARCÊS VENTURA
JOÃO LUÍS BARBOSA
PEREIRA DE VASCONCELOS
órgãos sociais
CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO
PEDRO MENDONÇA DE QUEIROZ PEREIRA
Presidente do Conselho de Administração
JOÃO LUÍS BARBOSA PEREIRA DE VASCONCELOS
Vogal da Comissão Executiva
GONÇALO DE CASTRO SALAZAR LEITE
Presidente da Comissão Executiva
FRANCISCO JOSÉ MELO E CASTRO GUEDES
Vogal do Conselho de Administração
CARLOS ALBERTO MEDEIROS ABREU
Vogal da Comissão Executiva
JOSÉ MIGUEL PEREIRA GENS PAREDES
Vogal do Conselho de Administração
SÉRGIO ALVES MARTINS
Vogal da Comissão Executiva
PAULO MIGUEL GARCÊS VENTURA
Vogal do Conselho de Administração
8
mensagem do presidente
Ponte 4 de Abril na Catumbela,
Angola
Relatório do conselho de administração 2014_mensagem do presidente 9
Exigência, Esforço e Perseverança
> O ano de 2014 foi um exercício que
nos colocou grandes desafios e de elevada exigência. Tal como já tínhamos
antecipado, a envolvente macro-económica para a condução dos nossos
negócios continuou pouco favorável na
generalidade dos mercados.
Em consequência da profunda crise
económica que Portugal atravessa
desde 2010, o consumo de cimento
retrocedeu para níveis comparáveis
aos do início da década de 70, o que
não pôde deixar de ter impacto negativo nos últimos exercícios económicos
da Secil em Portugal e, inerentemente,
nos resultados globais alcançados. No
entanto, o ano de 2014 caracterizou-se como um ano de abrandamento da
crise nesta indústria.
A perseverança dos colaboradores, a
resiliência da Secil e o conjunto de medidas de gestão adoptadas permitiram
começar a vencer as dificuldades e a
dotar a empresa dos meios para enfrentar toda esta envolvente.
Durante o último exercício a Secil continuou a reduzir custos fixos, conseguiu
aumentar a sua produtividade e superou o anterior máximo de exportação a
partir de Portugal, atingindo o volume
de 1,8 milhões de toneladas vendidas
em 29 países de 3 continentes. Nas
empresas de materiais da fileira do
cimento, a empresa alinhou esforços,
criando uma área de negócio mais unificada e racionalizada.
As actividades internacionais da Secil
obtiveram uma boa performance neste
exercício. A actividade fabril na Tunísia
obteve um desempenho positivo, onde
a Secil começou a operar num enquadramento de um mercado liberalizado,
o que contribuiu positivamente para os
resultados obtidos neste ano.
No Líbano foram sentidas dificuldades
de contexto, tendo-se registado um desempenho inferior ao do ano transacto,
apesar de se ter estabelecido um novo
valor máximo de produção anual.
Para o ano de 2015, é um facto marcante para a Secil a conclusão da nova
fábrica de cimento no Brasil, sendo
expectável que a totalidade da capacidade de cimento instalada atinja os
dois milhões de toneladas naquele país.
A Secil será assim um grupo mais diversificado internacionalmente, actuando
em 5 países, cada um com o seu potencial e as suas condicionantes, que
se procuram optimizar para maximizar
os resultados globais da Empresa.
Os próximos tempos continuarão a ser
difíceis e exigentes mas existe um mar
de oportunidades para explorar numa
viagem que permitirá chegar a destinos
promissores.
A todos – clientes, colaboradores, fornecedores e demais – expresso reconhecimento pelo trabalho efectuado.
Deposito esperança na prossecução
das metas e objectivos definidos, que
terão de ser o desígnio do esforço e
da perseverança de todos os nossos
colaboradores.
Pedro Queiroz Pereira
Presidente do Conselho
de Administração
10
relatório de Gestão
1. Secil: 20 anos no Grupo SEMAPA 2. O Grupo Secil em 2014 3. Principais acontecimentos do ano 2014 4. POrtugal
Moradias Living Boavista, Porto
Edíficio Viriato, Paredes
Relatório do conselho de administração 2014_relatório de gestão 11
5. Tunísia 6. Líbano 7. Angola 8. Cabo Verde 9. Perspectivas Futuras 10. Proposta de Aplicação de Resultados
Casa da Música, Porto
12
1. Secil: 20 anos no Grupo SEMAPA
O exercício de 2014 assinala os 20 anos
da reprivatização da Secil. Com efeito,
em Junho de 1994, a Semapa, constituída com esse objectivo, adquiriu o controlo da empresa no âmbito do concurso
público de reprivatização expressamente
promovido pelo Governo Português.
De 1994 a 2014, a Secil teve um desenvolvimento assinalável, expandindo
fortemente a sua actividade através da
concretização bem-sucedida de um processo de internacionalização assente na
presença em países com maior potencial
de crescimento e pela diversificação das
operações para vários sectores na área
da produção de materiais de construção.
Esse crescimento foi realizado assegurando, simultaneamente, um nível de rentabilidade empresarial assinalável e uma
remuneração adequada do capital accionista, que possibilitaram um contributo
fiscal muito significativo, particularmente
em Portugal, país onde continuam centradas as principais actividades da empresa.
Em síntese, apesar da crise que desde
2008 tem afectado a economia portuguesa e o sector da construção civil de
forma particularmente acentuada, a Secil desenvolveu-se, criou valor para os
accionistas e assegurou as condições
da sua sustentabilidade no futuro tendo
contribuído positivamente para o desenvolvimento económico do país.
Em 1994, antes da privatização, a Secil
era já um Grupo cimenteiro sólido com
actividade em Portugal, detendo uma
fábrica com capacidade produtiva de 2
milhões de toneladas de cimento e actividades relevantes nos mercados do betão
pronto, dos agregados, da cal hidráulica
e dos rebocos.
Em 2014, a Secil é um Grupo Cimenteiro com actividade significativa em
seis países – Portugal, Tunísia, Líbano,
Brasil, Angola e Cabo Verde – detendo
seis fábricas e uma moagem com capacidade produtiva global de cerca de
8 milhões de toneladas de cimento e
desenvolvimentos muito sensíveis nos
sectores do betão pronto, da exploração
de pedreiras, da cal hidráulica, das argamassas, da prefabricação em betão e do
tratamento de resíduos. As actividades
complementares do cimento localizam-se sobretudo em Portugal mas também
noutras geografias em que o Grupo está
presente.
Além das operações principais, centradas na fileira do cimento, refere-se
também, entre 1994 e 2003, uma importante actividade na área da produção de
energias renováveis - míni-hídrica e eólica –, através da participação detida na
Enersis, que, nesse período, mais do que
quadruplicou o seu volume de produção.
O investimento necessário para a concretização do processo de diversificação
e internacionalização, realizado nos últimos 20 anos, ascendeu a um valor global
na ordem dos 570 milhões de euros.
Em termos de recursos humanos, no final
de 2014 a Secil contava com 2071 colaboradores, 945 dos quais em Portugal.
Ao nível qualitativo, é de realçar os avanços extraordinários na certificação de
qualidade dos produtos e das empresas
do Grupo Secil, bem como na certificação ambiental e de segurança. Na área
ambiental destaca-se, entre muitas outras acções, a obra de requalificação visual e paisagística da Fábrica do Outão.
Foram igualmente dados passos muito
significativos no sentido de fortalecimento das relações da Secil com os
seus stakeholders, sendo de realçar,
neste domínio, a constituição de comissões de acompanhamento nas principais fábricas do Grupo.
Todas estas acções contribuíram para
elevar o grau de responsabilidade social da organização e garantir, em conjugação com a adequada gestão da
componente operacional e dos recursos naturais, o desenvolvimento sustentável da Secil.
Para ilustrar o percurso da Secil desde
1994 apresenta-se uma cronologia dos
principais acontecimentos que marcaram
os últimos 20 anos:
1994
A SEMAPA entra no negócio do cimento
em Portugal adquirindo, em concurso
público, 51% da Secil e 80% da Cimentos Maceira e Pataias sendo que a
participação na CMP foi, no próprio ano,
adquirida pela Secil.
Aquisição de 82% da Argibetão e 42,5%
da Secil Prebetão, empresas produtoras
de prefabricados em betão.
Aquisição de 53,5% da Enersis, empresa
com actividades no sector das energias
renováveis.
A Secil participa com 50% na constituição da Ecoresíduos, empresa destinada
a desenvolver negócios na área da valorização de resíduos.
1995
A SEMAPA adquire, na 2ª fase do concurso público iniciado em 1994, 7,9% da
Secil e 20% da CMP.
1997
Aquisição de 37,5% da ICV - Inertes de
Cabo Verde, empresa dedicada à exploração de pedreiras e prefabricação em
betão em Cabo Verde.
2000
A Secil inicia o processo de internacionalização na área do cimento com a aquisição, em concurso público, de 99% da
Société des Ciments de Gabès, na Tunísia.
Relatório do conselho de administração 2014_relatório de gestão 13
A Secil inicia operações em Angola na
área do cimento, através da empresa
Tecnosecil, com a obtenção de um contrato de exploração da empresa cimenteira Encime, localizada no Lobito.
2001
Aquisição da Sud Beton, empresa de
betão-pronto e de prefabricados em
betão, na Tunísia.
Arranque da fábrica de argamassas em
Pataias, Portugal.
2002
Aquisição de 21% da empresa cimenteira Ciment de Sibline, no Líbano; em
2005 essa participação seria aumentada
para 29% e, em 2007, para 51% permitindo obter, nesse ano, o controlo accionista da empresa.
2003
A SEMAPA adquire 41% da Secil aos accionistas dinamarqueses da F.L. Smidth
& Co e Hojgaard & Schultz A/S. passando
a deter 100% do capital da empresa.
Aquisição de 25% da Setefrete, empresa
com operações no porto de Setúbal,
Portugal.
Remodelação e aumento de capacidade
da linha de produção de clínquer cinzento da Fábrica Cibra-Pataias, em Portugal.
2004
A empresa irlandesa CRH, adquire uma
participação do capital da Secil de 49%.
Alienação da totalidade da participação
detida na Enersis, empresa com actividades no sector das energias renováveis.
2005
Constituição da Secil-Lobito, correspondendo a uma parceria entre a Secil e o
Estado Angolano para desenvolvimento
de uma cimenteira no Lobito.
Aquisição da Intertrade, renomeada
Secil Cabo Verde, destinada a operações de comercialização de cimento
em Cabo Verde.
2007
A Secil passa a estar presente no mercado do betão-pronto no Líbano, através
da empresa Soime.
A Secil aumenta de 14% para 57% a
participação na Cimentos Madeira,
empresa com actividades nas áreas do
cimento, do betão-pronto e da exploração de pedreiras na Região Autónoma
da Madeira.
2011
Aquisição de 100% do Grupo Lafarge em
Portugal, com operações na área do betão-pronto e da exploração de pedreiras.
2012
A SEMAPA recompra à CRH a participação desta no capital da Secil (49%)
voltando a deter o controlo completo da
sociedade.
Início das actividades no Brasil, com a
aquisição de uma participação de 13,8%
da empresa Supremo Cimentos (tendo
a Semapa adquirido 36,2%), com operações na área do cimento e do betão-pronto.
Início da construção de uma nova fábrica
de cimento em Adrianópolis, Brasil.
Início do funcionamento do novo moinho
de cimento na fábrica de Gabès, na Tunísia, com capacidade de produção de
600 000 toneladas/ano.
Início de um grande processo de reestruturação de todas as actividades em
Portugal tendo em vista reajusta-las ao
nível, significativamente mais baixo, da
procura de materiais de construção resultante da crise, que afectou o país nos
últimos anos.
Arranque da fábrica de argamassas, no
Montijo, Portugal.
Pela primeira vez, as exportações de cimento e clínquer ultrapassam as vendas
do mercado interno em Portugal.
2013
As exportações de cimento de Portugal atingem o maior volume de sempre,
acima de um milhão de toneladas.
2014
Arranque da fábrica de prefabricados em
betão, no Líbano.
As exportações de cimento e clínquer de
Portugal atingem a maior proporção de
sempre: 65% da produção em Portugal.
14
2. O Grupo Secil em 2014
O crescimento económico mundial estimado em 2014 foi de 3,3% (crescimento
semelhante ao de 2013), com as economias emergentes a crescer 4,4% e as
economias desenvolvidas 1,8% (World
Economic Outlook, FMI, Janeiro 2015).
De acordo com o FMI, os novos factores
que apoiam o crescimento - preços do
petróleo mais baixos mas também a depreciação do euro e do iene - foram mais
do que compensados pelas forças negativas persistentes, incluindo o legado
que permanece da crise e o potencial
de crescimento mais baixo em muitos
países.
A zona euro terá recuperado ligeiramente
da recessão e o PIB terá crescido 0,8%.
De acordo com as últimas projecções do
FMI, esta zona estará já em recuperação,
prevendo-se para 2015 um crescimento
de 1,2%. No entanto, e à semelhança do
ano anterior, prevê-se que este seja mais
modesto nas economias sujeitas a programas de ajustamento, como é o caso
da economia portuguesa, nas quais as
exportações serão um contributo fundamental para o seu crescimento.
O mercado europeu de construção, em
2014, entrou numa nova fase de crescimento. Após sete anos de profunda
crise, durante o qual o mercado perdeu
21% no volume e depois de mais um ano
negativo em 2013 (-2,7%), o EuroConstruct confirmou que 2014 terá sido o primeiro ano de recuperação na produção
da construção. O crescimento deverá
ter sido moderado em 2014 (+ 1%), mas
Volume de Negócios
EBITDA EBIT Resultado Líquido Total Resultado Líquido Atribuível a Accionistas deverá consolidar no futuro próximo: +
2,1% em 2015 e + 2,2% no período de
dois anos seguinte.
A actividade de construção e o consumo
de cimento continuam em baixa na União
Europeia, especialmente nos países
com graves dificuldades orçamentais e
financeiras, como é caso de Portugal, o
principal mercado do Grupo Secil. Nos
restantes mercados onde o Grupo actua, ainda que estes não se encontrem
em recessão, as economias da Tunísia
e do Líbano encontram-se condicionadas por outros factores de instabilidade,
nomeadamente político e social, cujos
desenvolvimentos nem sempre previsíveis podem condicionar as actividades.
Assim, era expectável para a Empresa
que o exercício de 2014, à semelhança
do exercício anterior fosse sujeito a incertezas e bastante influenciado pela
situação económica e em particular pela
situação ainda negativa do sector da
construção em Portugal.
No entanto, o ano de 2014 revelou-se um
ano positivo para o Grupo Secil e um ano
de viragem nos resultados, tendo sido
registadas melhorias significativas face a
2013, consubstanciadas no crescimento:
- do volume de negócios em 20 milhões
de euros (4,8%);
- do EBITDA em 16 milhões
de euros (26,6%);
- do EBIT e do resultado líquido, respectivamente em 37 e 41 milhões de euros.
2014 2013Variação
431 426
411 525
19 900
76 018
60 034
15 984
30 665
-6 727
37 392
12 086
-29 137
41 223
6 035
-34 897
40 933
%
4,8%
26,6%
n.a
n.a
n.a
Relatório do conselho de administração 2014_relatório de gestão 15
As prioridades estabelecidas em 2012 e
2013 de implementação de um plano de
ajustamento e redimensionamento das
actividades em Portugal, continuaram
a ser prioritárias em todas as unidades.
Ainda que o leque mais alargado de medidas de racionalização de custos e de
maximização da eficiência já tenha sido
concretizado em 2012 e 2013, as diferentes unidades continuaram em 2014 os
seus esforços com o intuito de redução
de custos e de busca de excelência nos
mais variados processos, demonstrando
uma grande capacidade de resiliência.
As diversas unidades em Portugal têm
revelado uma boa capacidade de resposta à diminuição dos volumes de vendas no mercado interno e prosseguiram
a estratégia de aposta em produtos de
maior valor acrescentado enriquecendo
o seu mix de vendas.
A Secil prosseguiu com sucesso a sua
aposta na exportação, tendo as vendas
totais no mercado externo aumentado
26%, atingindo-se novo máximo nas exportações de cimento de Portugal.
A retracção do mercado continuou a afectar as actividades no mercado interno.
No entanto, os esforços efectuados nos
últimos anos e também em 2014, através
do ajustamento da estrutura produtiva e
de custos, a procura de melhoria contínua dos processos e a orientação para
a exportação, permitiram, já em 2014,
compensar a quebra das vendas no mercado interno e a obtenção de resultados
muito mais favoráveis.
Assim que o mercado interno recupere,
perspectiva-se a obtenção de resultados
ainda mais positivos, e a recuperação das
unidades onde as medidas implementadas ainda não permitiram compensar a
quebra das vendas e permitirá ao Grupo
um posicionamento muito benéfico.
O aumento de eficiência tem sido igualmente uma das principais prioridades do
Grupo, não só em Portugal, mas em todas as suas localizações geográficas. As
diversas unidades operacionais deram
continuidade à prossecução de um conjunto de iniciativas desta natureza com o
objectivo de melhorar a sua rentabilidade
e deste modo tirar partido das iniciativas
efectuadas ao longo de 2013.
A performance operacional em 2014
no cimento em Portugal foi muito positiva, tendo sido conseguida uma gestão
muito eficaz da capacidade produtiva e
encontrando-se os custos de produção
de clínquer e de cimento abaixo dos verificados em 2013.
Na Tunísia, o ano de 2014 ficou marcado
pela liberalização dos preços de venda
no mercado local, que ocorreu no dia
7 de Janeiro (os preços mantinham-se
inalterados desde Junho de 2011) com
um impacto muito positivo no volume
de negócios e pelo fim das restrições às
exportações. De registar que em simultâneo foi retirada a subvenção estatal
à energia, que se reflectiu num enorme
aumento no custo da energia eléctrica
(80%) e no custo do gás natural (140%).
Esta unidade continuou em 2014 o seu
enfoque na melhoria da performance da
produção, tendo registado ganhos decorrentes dos investimentos realizados
nesta área em 2013, nomeadamente
através da substituição dos arrefecedo-
res dos dois fornos.
No Líbano, destaca-se igualmente a melhoria do desempenho da produção não
obstante a instabilidade verificada de
forma recorrente no abastecimento de
energia eléctrica, principalmente devida
à remodelação da linha 1, a qual ficou
concluída no final do 1º semestre de
2013.
Em Angola, e à semelhança do sucedido
em 2013, a constante pressão sobre os
preços de venda, marcou negativamente
o desempenho de 2014. Não houve ainda
condições para concretizar o projecto da
nova fábrica no Lobito mas regista-se o
reinício das negociações com as autoridades angolanas (ANIP e Ministério da
Indústria) tendo em vista a realização
deste projecto fundamental para o crescimento da Secil em Angola.
No Brasil, onde a Secil tem uma participação financeira no Grupo Supremo, a
qual consolida pelo método da equivalência patrimonial, verificou-se uma retração do consumo privado, um abrandamento da criação de emprego e uma
forte redução do investimento privado,
tudo traduzido no abrandamento da actividade económica do país.
Na região Sul, onde o Grupo Supremo
actua, o mercado terá atingido cerca de
12 milhões de toneladas, o que traduz
um crescimento de 1,5% face ao ano
anterior. Neste contexto, o volume de
vendas de cimento cifrou-se em cerca
16
de 495 mil toneladas, o que se traduziu
num crescimento de 5,3% face a 2013.
O EBITDA e o EBIT apresentaram evoluções assinaláveis, devido à melhoria
da performance operacional, quer do cimento (aumento de produção de 6%, redução da incorporação de clinquer), quer
do betão pronto (aumento de produção
de 32%). Assim, o EBITDA atingiu 6,5 milhões de euros, um aumento significativo
de 34%. O projecto de construção da
nova fábrica em Adrianópolis continuou
a bom ritmo e irá permitir aumentar a capacidade de produção de clínquer em 1
milhão de toneladas/ano e a de cimento
em 1,7 milhões de toneladas/ano.
É convicção do Conselho de Administração que estas medidas, conjuntamente
com a continuação na aposta das exportações e na internacionalização, que
já permitiram ao Grupo melhorar os seus
resultados e a sua rentabilidade em 2014,
possam conduzir o Grupo a resultados
ainda mais favoráveis e níveis de rentabilidade superiores.
Principais Indicadores Físicos Consolidados
Unidade
Capacidade Produtiva de Cimento
Vendas
Cimento cinzento
1000 t Cimento branco
1000 t Cal artificial
1000 t Clinquer
1000 t Betão-Pronto
1 000 m3 Inertes 1 000 t Préfabricados 1 000 t Argamassas 1 000 t Cal Hidraúlica 1 000 t Cimento-Cola 1 000 t Pessoal
Colaboradores Rácio de frequência de acidentes Rácio de gravidade de acidentes 2014
7.650 2013Variação
7.650 0,0%
4.611 73 57 633 939
1 792
70
90
24
12
4.574 87 56 231 1 027
1 790
74
99
22
12
0,8%
-16,9%
1,4%
174,5%
-8,6%
0,1%
-4,9%
-8,8%
6,6%
-2,1%
2 071
1,42
33,37
2 125
1,37
34,13
-54
3,4%
-2,2%
Demonstração de Resultados Consolidados (milhares de euros)
2014
Volume de Negócios 431 426
Custos Operacionais 355 408
EBITDA 76 018
Depreciações, amortizações e provisões 45 352
EBIT 30 665
Resultados Financeiros -16 909
Resultados antes de Impostos 13 756
Impostos sobre os lucros -1 670
Resultado Consolidado Líquido do Período 12 086
Interesses Minoritários -6 051
Resultado Líquido Atribuível a Accionistas 6 035
2013Variação
411 5254,8%
351 491
1,1%
60 034
26,6%
66 761
-32,1%
-6 727
n.a
-23 919
-29,3%
-30 645
n.a
1 509
n.a
-29 137
n.a
-5 761
5,0%
-34 897
n.a
Relatório do conselho de administração 2014_relatório de gestão 17
As vendas de cimento e clínquer do Grupo
Secil totalizaram 5,4 milhões de toneladas, cerca de 8,6% acima das vendas
realizadas em 2013. Este crescimento, a
boa performance das vendas no Líbano
(+2,4%) e o aumento das vendas na Tunísia (+1,2%), permitiram atenuar o decréscimo verificado nas vendas no mercado
interno em Portugal (-8%), que continuam
a ser afectadas pela conjuntura económica desfavorável, e em Angola (+2,6 %).
O desempenho mais significativo ocorreu nas exportações de Portugal, cujo
aumento de 36% face a 2013, é o principal responsável pelo crescimento das
vendas totais do Grupo.
As vendas de betão pronto no Grupo di-
minuíram 8,6% em 2014. Esta quebra
ocorreu em todas as geografias onde o
Grupo tem operações de betão. Em Portugal, o segmento de negócio dos materiais de construção, tem sido o mais
afectado pela crise na construção o que
se reflecte em quebras significativas
nas vendas, que em 2014 decresceram
5% face a 2013. Em 2014, também as
vendas de betão na Tunísia e no Líbano
decresceram, devido à recessão nas
obras públicas e na construção privada
e à forte situação concorrencial, respectivamente.
O volume de negócios do Grupo Secil
em 2014 cifrou-se em 431 milhões de
euros, 19,9 milhões de euros acima do
verificado em 2013.
Volume de Negócios (milhares de euros)
2014
2013Variação
Portugal 272 721 259 597 5,1%
Líbano 89 664 90 415 -0,8%
Tunísia 75 461 67 199 12,3%
Angola 21 748 23 870 -8,9%
Cabo Verde 6 411 5 425 18,2%
Outros 315 685 -54,0%
Intra-Grupo -34 894 -35 665 -2,2%
Total Consolidado 431 426 411 525 4,8%
Este aumento é justificado maioritariamente pelo aumento do volume de negócios nas operações em Portugal e
na Tunísia. O volume de negócios nas
operações em Portugal cresceu 5,1%
e na Tunísia 12,3%. Em Portugal esse
crescimento deve-se ao desempenho
das exportações de cimento e clínquer,
já que o mercado interno ainda decresceu em 2014.
18
EBITDA (milhares de euros)
2014
Portugal 28 521 Líbano 31 314 Tunísia 17 517 Angola -1 325 Cabo Verde 465 Outros -474 Total Consolidado 76 018 O EBITDA cifrou-se em 76 milhões de
euros, tendo aumentado cerca de 16 milhões de euros, face ao exercício anterior.
Esta variação deveu-se ao aumento do
volume de negócios do Grupo, mas também ao efeito das medidas de gestão
que têm vindo a ser implementadas, com
o objectivo da redução de custos e maximização da eficiência.
À semelhança do sucedido com o volume de negócios, o crescimento do EBITDA é devido, essencialmente, às operações em Portugal e na Tunísia, onde este
indicador aumentou 6,9 milhões de euros
e 10 milhões de euros, respectivamente.
O EBITDA das operações no Líbano foi
semelhante ao de 2013, a performance
comercial do cimento acima de 2013 e
as melhorias introduzidas na produção,
foram impactadas negativamente pelas
dificuldades no abastecimento de electricidade (alheias às operações), tendo
condicionado as produções de clínquer
e cimento.
O ano de 2014 em Angola ficou marcado
pelo decréscimo significativo dos preços
de venda, facto que justifica o valor negativo do EBITDA, ainda que se tenham
verificado melhorias na produção, que
permitiram a redução dos custos de produção.
Os custos com pessoal do Grupo, continuaram a registar uma diminuição em
2014, tendo decrescido 4,4% comparativamente a 2013. No final de 2014, o
Grupo Secil contava com 2 071 colaboradores, o que representa um decréscimo face a 2013 (2 125 colaboradores).
A reestruturação iniciou-se em 2012, em
Portugal, nos segmentos do Cimento,
Betão Pronto e Inertes e continuou em
2013 (abrangendo a área dos Prefabricados e Portugal Cimento, embora em
menor escala, quando comparada com
2012). Em 2014, e apesar de se continuar a verificar um decréscimo no número de colaboradores, este não foi mais
expressivo visto a reestruturação mais
significativa em Portugal já ter ocorrido
em 2012 e 2013.
Nas diferentes operações do Grupo
continuou a prossecução de múltiplas
iniciativas que permitam a melhoria da
rentabilidade operacional e atingir desempenhos de excelência. Com este objectivo, a área de Portugal Cimento deu
continuidade aos projectos iniciados em
2012, de onde se destacam as áreas da
manutenção, dos combustíveis alternativos e da renegociação de contratos de
serviços. Em 2014 foram estabelecidos
contratos de serviços conjuntos de produção e manutenção permitindo flexibi-
2013Variação
20 894 36,5%
31 301 0,0%
7 477 134,3%
241 -650,3%
194 139,4%
-73 549,1%
60 034 26,6%
lizar a operação produtiva e assegurar
a variabilidade dos custos operacionais.
Na Tunísia e em Angola, os investimentos
realizados ao longo de 2013, possibilitaram às unidades usufruir dos mesmos
na sua totalidade em 2014, permitindo
uma melhoria significativa na produção
e respectivos indicadores. Ainda assim,
estas unidades continuaram em 2014 os
esforços na prossecução de resultados
mais positivos.
O EBIT da Secil, positivo em 30,7 milhões
de euros, contrasta com o de 2013, que
havia sido negativo em 6,7 milhões de
euros. Para além do aumento do EBIT
em resultado do aumento do EBITDA, o
ano de 2013 estava influenciado negativamente pelo registo de imparidades. Por
outro lado, as amortizações registaram
um decréscimo de cerca de 5 milhões
em 2014.
Os resultados financeiros registaram um
valor negativo de 16,9 milhões de euros, uma variação positiva significativa
quando comparado com os 23,9 milhões
de euros de 2013.
Relatório do conselho de administração 2014_relatório de gestão 19
Resultados Financeiros (milhares de euros)
2014
2013Variação
Proveitos Financeiros 3 455 5 160 -33%
Custos Financeiros -19 693 -26 864 -27%
Resultados Empresas Associadas -671 -2 214 -70%
Total Consolidado -16 909 -23 919 -29%
O custo líquido de financiamento registou
um decréscimo de 5,5 milhões de euros.
Esta variação deve-se à diminuição do
endividamento médio, face ao período
homólogo, em resultado da geração de
caixa positiva pelas operações do Grupo
e pela diminuição das taxas de juro e das
margens, principalmente em Portugal.
O resultado líquido e o resultado líquido
atribuível aos accionistas, no ano de
2014, foram positivos em 12 e 6 milhões
de euros, respectivamente. Este resultado
reflecte, para além do aumento do volume de negócios e aumento do EBITDA,
a melhoria dos resultados financeiros.
Síntese do Balanço Consolidado (milhares de euros)
Activos não Correntes
Activos Fixos Tangíveis Participações Financeiras Goodwill Outros activos não correntes Activos Correntes
Inventários Clientes e Outras Contas a Receber
Caixa e equivalentes Outros activos correntes Total do Activo Capitais Próprios Interesses minoritários Total do Capital Próprio Passivos Não Correntes
Financiamentos obtidos Provisões Outros passivos não correntes Passivos Correntes
Financiamentos obtidos Fornecedores Outros passivos correntes Total do Passivo Total do Capital Próprio e Passivo 2014
2013 Variação
351 083
39 834 116 660 23 432
365 304 33 408 114 967 23 052 -3,9%
19,2%
1,5%
1,6%
95 841 61 640
136 676 15 208 840 374 272 651 78 292 350 943 91 765 62 423 124 323 12 454 827 697 249 034 66 192 315 226 4,4%
-1,3%
9,9%
22,1%
1,5%
9,5%
18,3%
11,3%
240 320 27 669 33 264 282 921 21 294 41 927 -15,1%
29,9%
-20,7%
79 690 39 662 68 825 489 430 840 374 71 365 11,7%
42 321 -6,3%
52 642 30,7%
512 470 -4,5%
827 697 1,5%
20
O total do activo líquido do Grupo Secil
situou-se em 840 milhões de euros, em
31 de Dezembro de 2014, o que representa um aumento de 1,5% comparativamente a 31 de Dezembro de 2013.
Para este valor contribuíram o aumento
das disponibilidades e dos saldos de
existências (em resultado do aumento
da actividade e da produção).
Verificou-se uma diminuição do valor líquido dos activos fixos tangíveis em 14
milhões de euros. O investimento em
activos fixos tangíveis totalizou 16,7 milhões de euros.
Os investimentos em activos fixos tangíveis respeitam maioritariamente a investimentos realizados na área do cimento
em Portugal e Tunísia e dos pré-fabricados no Líbano, que representam 80%
do montante total. Na Tunísia destaca-se a alimentação de petcoque à torre
de pré-aquecimento para substituição
do gás natural e no Líbano a conclusão
da construção da fábrica de blocos, que
havia sido iniciada em 2013. Estes investimentos permitiram aumentar a eficiência operacional e consequentemente a
rentabilidade destas fábricas e no caso
da fábrica de blocos do Líbano a diversificação da sua actividade.
A 31 de Dezembro de 2014 a dívida financeira líquida totalizou 183,3 milhões de
euros, o que comparado com o montante
Relatório do conselho de administração 2014_relatório de gestão 21
de 229,9 milhões de euros de Dezembro
de 2013, representa uma redução de 46,6
milhões de euros, uma demonstração da
capacidade de geração de caixa da Secil.
Ao longo do ano de 2014, a Secil manteve a disponibilidade de várias linhas de
crédito com vista a assegurar o financiamento da sua actividade actual, bem como
potenciais investimentos. No final do ano,
o total de linhas de financiamento contratadas pelo Grupo ascendia a cerca de 627
milhões de euros, das quais 307 milhões
de euros não se encontravam utilizadas.
Ao longo de 2014 acentuou-se a disponibilidade por parte das instituições financeiras para a concessão de crédito em
condições mais atractivas. No âmbito da
política monetária, o Banco Central Europeu reduziu a sua taxa de cedência de liquidez para níveis extremos, colocando-a
sucessivamente em 0,15% e 0,05%, face
ao valor de 0,25% registado no início do
ano. A Euribor a 3 meses, indexante mais
representativo para a dívida do Grupo, renovou mínimos históricos a 0,078%, que
comparam com 0,287% registados no início do ano. A conjugação destes factores
influenciou positivamente os resultados
financeiros da Empresa.
A exposição do Grupo Secil ao risco de
taxa de juro no final do ano de 2014,
situava-se em cerca de 70% do total de
dívida líquida.
No mercado cambial, a cotação EUR/
USD ao longo do ano foi caracterizada
pela acentuada desvalorização do Euro,
que se cotava a 1,3953 no início do ano,
perdendo terreno, de forma quase contínua até fechar o ano a 1,2141. Em termos
médios, a cotação situou-se em 1,3272.
O Grupo Secil prosseguiu a sua política
de maximização do potencial de cobertura natural da exposição cambial,
através da compensação dos fluxos
cambiais intra-Grupo. Relativamente ao
USD, principal divisa de exposição do
Grupo, a taxa de cobertura através de
hedging natural no ano de 2014 situou-se nos 74%.
O Fundo de Pensões do Grupo Secil está
repartido em quatro sub-fundos com
perfis de risco distintos: um sub-fundo
afecto ao Plano de Benefício Definido,
em que se manteve a adopção de uma
política de investimento conservadora,
e três sub-fundos afectos ao Plano de
Contribuição Definida com perfis diversificados.
À data de 31 de Dezembro de 2014
o Fundo de Pensões do Grupo Secil
apresentava, globalmente, uma situação financeira superavitária de 4,9 milhões de euros relativamente às responsabilidades actuariais calculadas por
entidades independentes e reportadas
à mesma data.
22
3. Principais Acontecimentos do Ano
Portugal
> As exportações de cimento atingiram
o maior volume da história da Empresa
(1 127 mil t).
> Maior carregamento de sempre de um
navio de cimento para exportação.
> Concretização do fornecimento à obra
do Túnel do Marão pelas áreas de betões
e inertes.
> Lançamento do website Secil Argamassas em Inglês e em Francês (em
Março).
> Lançamento do vídeo institucional Secil
Argamassas.
> Obtenção pela Secil Argamassas de 3
prémios Inovação na Construção.
Líbano
> Foi atingida a maior produção de clínquer de sempre, bem como o maior volume de vendas de sempre.
> Concluiu-se a construção da fábrica de
blocos e iniciou-se a produção de blocos
leves.
> Lançamento da nova identidade da
marca Sibline.
> O novo sistema de Recursos Humanos
foi implementado.
Relatório do conselho de administração 2014_relatório de gestão 23
Tunísia
> Substituição da utilização de gás natural utilizado como combustível na torre
de pré-aquecimento por petcoque, o que
permitiu a diminuição dos custos com
combustíveis.
> Instalação do sistema SLV de controlo
do acesso de camiões ao parque, ensacagem e expedição, por forma a melhorar a gestão do processo de expedição
de cimento e melhorar o atendimento aos
clientes.
> Implementação do projecto “Gabés
+ 2014”, com duração prevista de dois
anos e que visa a melhoria das competências ao nível da gestão e supervisão,
por forma a contribuir para a melhoria
dos resultados globais.
> Conclusão do programa de informatização das centrais de betão, de modo
a diminuir a intervenção humana e a
reduzir os erros de produção, possibilitando a rastreabilidade de todo o betão
produzido.
Angola
> Instalação de um novo circuito de
transporte de matérias-primas de alimentação aos moinhos de cimento com
impacto substancial no desempenho das
moagens de cimento, o que permitiu um
aumento da capacidade de moagem em
15% e um aumento da disponibilidade
dos equipamentos em 5%.
> Foi reactivado o projecto de construção
da nova fábrica de cimento e clínquer da
Secil Lobito, tendo sido constituída uma
equipa de trabalho dedicada exclusivamente a este projecto, que se encontra
na fase de análise de propostas.
Cabo Verde
> Consolidação do fornecimento regular
de cimento às ilhas de São Nicolau e de
Maio e da estratégia comercial de aumento do número de clientes pequenos
revendedores, o que permitiu uma maior
resiliência à queda do mercado.
> Aumento da capacidade de armazenagem de cimento, permitindo uma redução do custo do cimento adquirido,
através da diminuição dos fretes em navios de maior dimensão.
> Realizou-se em 2014 o projecto de
aproveitamento de subproduto para utilização como matéria-prima na produção
de inertes, o que permitiu a redução dos
custos de produção.
24
4. Portugal
Portugal
Unidade 2014
2013Variação
Mercado de Cimento 1000 t 2 600 2 800 -7%
Produção de Clínquer 1000 t 2 416 2 021 20%
Produção de Cimento 1000 t 2 140 2 152 -1%
Vendas de Cimento e Clinquer*
Mercado Interno 1000 t 1 025 1 081 -5%
Mercado Externo 1000 t 1 873 1 488 26%
Total 1000 t 2 898 2 570 13%
Vendas de Betão* 1000 m3 664 699 -5%
Vendas de Inertes* 1000 t 2 311 2 281 1%
Vendas de Argamassas* 1000 t 130 134 -3%
Vendas de Pré-fabricados* 1000 t
65 70 -7%
Volume de negócios 1 000 €
272 721 259 597 5%
EBITDA 1 000 €
28 521
20 894 37%
Margem EBITDA %
10% 8%
EBIT 1 000 €€ 7 242 -22 746 -132%
Margem EBIT %
2,7% n.a
Capex 1 000 €€ 6 800 14 856 -54%
Pessoal Nº 943 949 -6
* Os volumes de venda respeitam às vendas totais de cada área de negócio, não estão expurgados os intragrupos.
De acordo com as previsões divulgadas
pelo FMI, o Produto Interno Bruto deverá ter crescido 1% (World Economic
Outlook, FMI, Janeiro 2015) e as actuais
estimativas do Banco de Portugal (Boletim Económico do Banco de Portugal
– Dezembro 2014) apontam para um
crescimento do PIB semelhante (0,9%).
Após a queda continuada da actividade
económica em Portugal desde o final de
2010, registou-se uma inversão desta
tendência a partir do 2º trimestre de 2013,
reflectindo uma aceleração da procura
interna concomitante com a manutenção de um crescimento significativo das
exportações. Os três primeiros trimestres
de 2014 foram caracterizados por uma
relativa estabilidade da actividade económica e as actuais projecções apontam
para a continuação da trajectória de recuperação gradual da actividade iniciada
em 2013. Esta recuperação contempla a
manutenção de um crescimento robusto
das exportações e uma aceleração da
formação bruta de capital fixo. No entanto, a procura interna deverá continuar
condicionada pelo ainda elevado nível de
endividamento do sector privado e pelo
processo de consolidação orçamental.
De acordo com a FEPICOP, embora a
evolução da construção se mantenha
desfavorável, observou-se um claro
abrandamento da crise neste sector, ao
longo de 2014. O investimento em construção reduziu 3% em termos homólogos no 3º trimestre de 2014, após uma
variação negativa de 5,3% no primeiro
semestre. Ao longo de 2014, os empresários da construção demonstraram confiança numa recuperação da actividade,
perspectivando uma situação mais favo-
rável quanto à carteira de encomendas.
Embora os indicadores quantitativos disponíveis tenham mantido uma tendência
de quebra, a mesma foi mais moderada
que em 2013.
O índice de produção na construção (INE
– Novembro 2014) registou em Novembro de 2014 uma variação de -5,8% em
termos homólogos, traduzindo uma redução ligeiramente menos expressiva que
a verificada no mês anterior (-6,4%). Os
índices de emprego e de remunerações
diminuíram 2,8% e aumentaram 0,3%
respectivamente. Apesar destes índices
terem continuado a apresentar reduções,
as variações homólogas têm vindo a diminuir, prolongando a tendência de variação menos negativa na actividade da
construção, que se manteve ao longo de
2014.
Relatório do conselho de administração 2014_relatório de gestão 25
Neste enquadramento, as actividades do
Grupo Secil em Portugal, no mercado interno, ainda registaram decréscimos. No
entanto, a evolução positiva das actividades de exportação, a abordagem ao
mercado através de produtos de maior
valor acrescentado e as medidas de
racionalização que têm vindo a ser implementadas desde 2012, permitiram a
obtenção de resultados muito mais favoráveis em Portugal.
A acompanhar a tendência verificada na
construção, a procura de cimento continuou em queda. De acordo com os dados disponíveis, o consumo de cimento
terá registado uma variação homóloga
de -7% comparativamente a 2013, estimando-se que o mercado tenha atingido
cerca de 2,6 milhões de toneladas. Apesar de se ter continuado a verificar uma
quebra, esta é menos significativa que as
registadas nos últimos anos.
As vendas de cimento da Secil, no mercado nacional, acompanharam esta tendência atingindo-se 1 025 mil toneladas,
menos 5,2% que em 2013, sendo que
esta queda se atenuou ao longo do ano.
De facto, o primeiro semestre foi mais
penalizador em virtude não só da tendência do mercado, mas também pelas
condições atmosféricas verificadas. O
segundo semestre revelou-se menos
gravoso, apresentando variações homólogas menos negativas.
Apesar da queda de mercado ser transversal à generalidade dos clientes, foram
os de prefabricação e de revenda os que
apresentaram melhor desempenho.
É de assinalar, a incorporação de cimento
branco Secil em várias obras relevantes:
edifício da nova sede da EDP em Lisboa,
e o edifício da fundação Nadir Afonso em
Chaves e, de cimento cinzento: reforço
de potência de duas importantes barragens, a da Venda Nova e a de Salamonde
em Vieira do Minho, a remodelação do
Palácio da Justiça em Gondomar, diversas empreitadas de supressão de passagens de nível na Linha do Minho, o último
troço do IC 16 em Lisboa, o pavimento
da ampliação do Porto de Sines, o pavimento da placa oeste da Base Aérea
nº5 em Monte Real, o Túnel do Marão
e o estruturante projecto da construção
da rede de rega do Alqueva, entre muitas
outras.
A orientação estratégica da Secil para
a exportação continuou a ser bem sucedida, tendo as vendas totais no mercado externo aumentado 26% e representado cerca de 65% das vendas totais
em quantidade. O aumento foi mais expressivo nas vendas de clínquer que aumentaram cerca de 75%, enquanto as
vendas de cimento aumentaram 6%. Em
2014 atingiu-se um novo máximo nas exportações de cimento de Portugal.
As vendas de betão pronto foram as mais
afectadas pela situação do sector da
construção e as que registaram uma variação negativa mais significativa, tendo
diminuído 5%. Esta situação sentiu-se
particularmente nas vendas no continente e que representam a maior parte
das vendas totais de betão do Grupo em
Portugal (que decresceram 10%), uma
vez que as vendas efectuadas na Região
Autónoma da Madeira cresceram significativamente, devido a terem sido adjudicadas obras com volumes superiores.
Para além da escassez de obras, esta
área enfrenta uma situação concorrencial
muito forte com reflexos significativos
nos preços de venda e nas margens.
O mercado no continente manteve-se
muito competitivo, com maior acutilância
no 1º trimestre de 2014, tendo no entanto esta situação concorrencial dado
sinais de algum abrandamento a partir
do 2º trimestre. O rigor na concessão de
crédito a clientes e a agressividade da
concorrência continua a fazer-se sentir
nesta área, contribuindo para a diminuição das vendas desta unidade.
As vendas de inertes registaram um ligeiro crescimento, demonstrando o esforço comercial que tem sido efectuado
para contornar a situação desfavorável
do sector. As quantidades vendidas
cresceram 1% face a 2013. As vendas
na Região Autónoma da Madeira, aumentaram significativamente por via do
fornecimento de uma obra de grande dimensão. Nas vendas efectuadas no continente, embora se tenha verificado uma
ligeira diminuição das quantidades (-29
mil toneladas) manteve-se a abordagem
ao mercado através do fornecimento de
agregados mais valorizados. Assim, as
vendas, ainda que inferiores em volume,
foram compostas por um mix caracterizado por produtos com um preço mais
elevado.
A performance comercial das argamassas, à semelhança da generalidade
das restantes unidades em Portugal, é
marcada pelo decréscimo dos volumes
de vendas no mercado interno, sendo
a diminuição de 7%. As vendas para o
mercado externo estão a ter um bom desempenho tendo crescido cerca de 38%,
fruto da continuação da aposta em mercados internacionais e do esforço significativo na promoção e divulgação dos
produtos junto de clientes e ainda através da presença em feiras internacionais.
Apesar das vendas totais em volume
terem decrescido cerca de 3%, devido
ao decréscimo verificado no mercado interno, foi dada continuação à estratégia
de maior aposta nas vendas de produtos
técnicos, que possibilitou o aumento das
vendas de argamassas técnicas (produtos técnicos, soluções de isolamento
térmico), ou seja de produtos de valor
acrescentado. Esta área tem também
apostado no desenvolvimento e promoção de soluções vocacionadas para
26
a renovação/reabilitação de edifícios.
O sector da reabilitação apresenta um
potencial significativo, no entanto caracteriza-se pela falta de apoios e investimento. A contínua aposta na estratégia
de lançamento e promoção de novos
produtos de valor acrescentado, iniciada
em 2011, tem permitido atenuar o impacto da quebra do volume de vendas.
As vendas de pré-fabricados continuaram em queda em 2014. Este mercado
continua a ser marcado pela concorrência muito agressiva, resultante da oferta
instalada superior à procura e por preços
baixos. A quebra de 7% nas vendas da
pré-fabricação do Grupo é devida a uma
diminuição de actividade mais acentuada
na Secil Prebetão, onde as vendas decresceram 10%. A Argibetão conseguiu,
num contexto adverso, aumentar as suas
vendas em 4%.
As vendas de telhas para o mercado
espanhol decresceram, tendo registado
uma diminuição de -1% em quantidade.
No entanto, apesar da situação desfavorável, foi possível aumentar os preços
de venda. Este resultado confirma o
sucesso da estratégia comercial adoptada em 2013. Refira-se que o mercado
interno, apesar da quebra de 2% nas
vendas de telhas, tem vindo a recuperar.
Neste contexto, o volume de negócios
global em Portugal cresceu 5,1% comparativamente a 2013, tendo-se cifrado em
272,7 milhões de euros. Este crescimento
deve-se em grande parte ao desempenho das exportações de cimento e de
clínquer. Deve contudo salientar-se que
as diferentes unidades têm prosseguido
a estratégia de aposta em produtos de
maior valor acrescentado, por forma a
atenuar os impactos da diminuição dos
volumes de venda no mercado interno.
O volume de negócios no cimento cresceu cerca de 6%, o que se traduziu num
aumento de 10 milhões de euros face
a 2013. Este aumento é justificado pelo
aumento das quantidades vendidas de
cimento e clínquer para o mercado externo. No mercado interno o volume de
negócios decresceu cerca de 5% (-3,8
milhões de euros) em linha com o decréscimo das quantidades.
A contínua aposta na exportação, permitiu aumentar as quantidades vendidas
em cerca de 26%, e o volume de negócios em 17%. Esta variação deve-se ao
incremento das vendas de clínquer em
75% e cujo preço é mais baixo do que
o das vendas de cimento, que aumentaram 6%.
O volume de negócios na área dos betões
no seu conjunto manteve-se estável comparativamente a 2013. Apesar da quebra
de 5% nas quantidades e do decréscimo
em cerca de 2% no preço de venda no
continente, o decréscimo no volume de
negócios do continente foi compensado
pelo aumento do volume de negócios na
Região Autónoma da Madeira.
O volume de negócios de inertes registou
um crescimento significativo de cerca de
12%, crescimento bastante superior ao
1% verificado nas quantidades vendidas. O aumento do volume de negócios
deve-se à abordagem ao mercado com
produtos de maior valor acrescentado,
tornando possível o aumento do preço
médio de venda.
Apesar das vendas totais de argamassas em volume terem diminuído cerca de
3%, devido ao decréscimo verificado no
mercado interno, o volume de negócios
cresceu 5,4% para 9,7 milhões de euros,
devido ao aumento do preço médio de
venda. Este aumento deveu-se à exportação e à continuação da estratégia de
maior aposta nas vendas de produtos
técnicos, que possibilitou o aumento das
vendas de argamassas técnicas (produtos técnicos, soluções de isolamento
térmico), ou seja de produtos de maior
valor acrescentado.
Relatório do conselho de administração 2014_relatório de gestão 27
O volume de negócios dos pré-fabricados cresceu 1%, performance muito
positiva tendo em consideração que as
vendas em quantidade decresceram 7%.
Para este facto contribuiu o desempenho da Argibetão. As vendas de telhas
para o mercado espanhol decresceram,
tendo registado uma diminuição de -1%
em quantidade. No entanto, apesar da
situação desfavorável, foi possível aumentar os preços de venda. O preço de
venda no mercado interno também teve
um comportamento positivo.
Apesar do crescimento do peso das
vendas de exportação de cimento e
clínquer, cujas margens são inferiores às
das vendas no mercado interno, a margem EBITDA das operações em Portugal
aumentou. Este facto demonstra que o
esforço encetado na redução dos custos
e optimização das operações, continuou
a surtir efeitos positivos nos resultados
das operações em Portugal, e que estas
têm conseguido responder à diminuição
acentuada da actividade, através de eficiência e redução de custos.
A Secil Prebetão diminuiu o volume de
negócios em 15% face ao verificado
no período homólogo. Esta diminuição
deveu-se a um decréscimo das vendas
em quantidade em 10,5% e ao aumento
do peso das vendas de blocos no mix de
vendas, tendo contribuído para a diminuição do preço médio de venda.
O aumento do EBITDA em Portugal
deve-se assim à evolução positiva das
actividades de exportação, à continuação da abordagem ao mercado através
de produtos de maior valor acrescentado
na generalidade das unidades de negócio e também aos efeitos das medidas
de racionalização que continuam a ter
impacto positivo nos resultados, via custos com pessoal, custos de produção e
custos indirectos.
O EBITDA das unidades em Portugal cifrou-se em 28,5 milhões de euros o que,
comparado com o montante registado
em 2013, de 20,9 milhões de euros, representa um acréscimo de 37%.
A performance da actividade comercial
na generalidade das actividades, com especial relevância na do cimento, afectou
o desempenho do EBITDA e é responsável pelo aumento de uma parte significativa deste valor. A performance de 2014
foi impactada positivamente pelos proveitos de venda de CO2 no montante total
de 1,5 milhões de euros, enquanto em
2013 estes se cifraram em 1 milhão de
euros, tendo a Empresa, à semelhança
do que sucedeu no ano anterior, optado
por não vender a reserva de excedentes
de que dispõe. O mercado de licenças de
emissão de CO2 voltou a caracterizar-se
por uma volatilidade elevada. Os preços
do início do ano situavam-se em redor
dos 4,70 €/ton. Ao longo do ano por duas
vezes superaram a cotação de 7 €/ton,
valor com que terminaram o ano.
Desta forma, e à semelhança do que já
havia ocorrido em 2013, continua-se a
destacar o efeito muito positivo da diminuição e controlo dos custos operacionais
em todas as áreas, resultado da reestruturação operacional levada a cabo em 2012
e em 2013, mas também de outras acções implementadas no decurso de 2014.
Na área do cimento, cujos custos representam uma parcela significativa dos custos em Portugal, destaca-se o efeito muito
positivo da diminuição e controlo acrescido
dos custos operacionais resultantes da
reestruturação operacional atrás referida.
A performance operacional em 2014 foi
muito positiva, tendo sido conseguida
uma gestão muito eficaz da capacidade
produtiva e encontrando-se os custos de
produção de clínquer e de cimento abaixo
dos verificados em 2013. Deve ser destacada a diminuição dos custos com com-
bustível, energia eléctrica e mão-de-obra
(serviços de produção e manutenção externos). A optimização de fluxos e racionalização do transporte marítimo, permitiram a redução dos custos com transporte
no território nacional, e em consequência
dos esforços com a redução de custos, foi
possível reduzir os custos operacionais da
rede de distribuição.
Os custos com pessoal em Portugal registaram uma diminuição de 2,9 milhões
de euros, diminuição já não tão significativa quanto a verificada em 2013, uma
vez que as reestruturações mais significativas já ocorreram.
O resultado dos esforços efectuados,
através do ajustamento da estrutura
produtiva e de custos, a busca da excelência nos processos e a orientação
para a exportação, permitiram já compensar a quebra das vendas no mercado
interno e a obtenção de resultados mais
favoráveis. Assim que o mercado interno
recupere, perspectiva-se a obtenção de
resultados ainda mais positivos e a recuperação das unidades onde as medidas
implementadas ainda não permitiram
compensar a quebra das vendas.
O investimento em activos fixos tangíveis
em Portugal totalizou 6,8 milhões de euros. A maior parte destes investimentos
foram realizados na área do cimento.
Destacam-se a substituição dos motores de frequência e impulsores na linha
9 na Fábrica do Outão, a adaptação da
segunda linha de paletização de expedição no Outão e a aquisição de parcela
de terreno contígua à pedreira de calcário da Fábrica da Maceira, de modo a
permitir uma exploração mais adequada
das reservas. O elevado número de falências de transportadores e a má situação
financeira de várias empresas de transporte na área do betão pronto, conduziu
a que a mesma tenha adquirido 9 autobetoneiras e 5 autobombas.
28
5. Tunísia
Tunísia
Unidade 2014
Mercado de Ligantes
Cimento 1000 t 7 307 Cal Artificial 1000 t 243 Total 1000 t 7 550 Produção de Clínquer 1000 t 997 Produção de Cimento 1000 t 1 286 Produção de Cal Artificial 1000 t 58 Total 1000 t 1 344 Vendas de Cimento e Clinquer*
Mercado Interno 1000 t 1 183 Mercado Externo 1000 t 157 Total 1000 t 1 341 Vendas de Betão* 1000 m3 150 Volume de negócios 1 000 € 75 559
EBITDA 1 000 € 17 516 Margem EBITDA %
23,2% EBIT 1 000 € 11 329 Margem EBIT %
15,0% Capex 1 000 € 3 186 Pessoal Nº 363 2013Variação
7 402
278
7 680
857
1 272
54
1 326
-1,3%
-12,7%
-1,7%
16,3%
1,1%
8,4%
1,4%
1 236
94
1 330
175
67 199
7 477
11,1%
1 269
1,9%
7 782
379
-4,2%
68,0%
0,8%
-14,2%
12,4%
134,3%
792,8%
-59%
-16
* Os volumes de venda respeitam às vendas totais de cada área de negócio, não estão expurgados os intragrupos.
A economia da Tunísia continuou em 2014
a ser afectada pelos efeitos da situação
pós revolucionária, que fomenta a instabilidade política e social. Mantiveram-se
os focos de instabilidade social, manifestações e situações de greve e de insegurança em geral. As reformas (a maioria
das quais já estão em andamento) estão
a enfrentar dificuldades e a decorrer de
forma mais lenta do que o previsto.
Os sectores exportadores e do turismo
mantiveram a tendência recessiva em
2014, situação recorrente desde o início
de 2011, ano em que ocorreu a destituição do governo. O país atravessou até
final de 2014 uma instabilidade política
e social que se espera resolvida com as
eleições realizadas em Outubro para a
Assembleia Legislativa e em Dezembro
de 2014 para a Presidência da República.
Neste momento, a Tunísia apresenta as
condições políticas para que se possa
traçar um caminho de recuperação e
estabilidade, e cujos efeitos se espera
comecem a ser reflectidos na economia
em meados de 2015. Apesar da situação
desfavorável, a economia tunisina deverá
ter crescido 2,8% em 2014, acima dos
2,3% verificados em 2013 (World Economic Outlook, FMI, Janeiro 2015). No
entanto, a situação económica da Tunísia
permaneceu frágil, com um crescimento
insuficiente para fazer face ao elevado
nível de desemprego. O FMI vai continuar a apoiar a Tunísia na implementação
do seu programa económico através de
apoio financeiro, assessoria política e assistência técnica.
Em 2014, especialmente a partir de Junho a procura de cimento no mercado
Relatório do conselho de administração 2014_relatório de gestão 29
interno sofreu uma retracção, em virtude
da recessão no sector de obras públicas,
assim como no sector da construção na
vertente habitacional e comercial, por
falta de financiamento. Em virtude da
situação política indefinida, a evolução
do mercado local de ligantes sofreu um
decréscimo de 1,7% tendo sido comercializadas na totalidade 7,55 milhões de
toneladas de cimento e cal.
A concorrência no mercado tunisino é
cada vez mais acentuada.
O desempenho comercial do sector cimento melhorou substancialmente face
a 2013. Verificou-se um aumento muito
significativo do volume de negócios que
se deve à performance quer do mercado
interno quer do externo. A liberalização
dos preços de venda no mercado interno, que ocorreu no dia 7 de Janeiro,
teve um impacto muito positivo no volume de vendas desta unidade. De salientar que a liberalização dos preços
ocorreu simultaneamente com a retirada
das subvenções existentes na electricidade e gás. Os preços que não sofriam
aumentos desde Junho de 2011, apesar
dos sucessivos aumentos dos custos,
aumentaram cerca de 27%. Este aumento absorveu a quebra de 4,2% nas
quantidades, decréscimo este que teve
como principal causa a agitação social
e laboral que dificultou o funcionamento
da fábrica durante mais de 2 semanas,
no primeiro trimestre do ano.
Durante 2014 as exportações registaram
um aumento significativo face a 2013,
tendo os volumes de venda crescido
68%. A Líbia foi o principal destino de
exportação no entanto apesar do crescimento das vendas, a sua concretização
tem sido muito difícil devido à instabilidade política.
A actividade de betão pronto apresentou
uma performance inferior à de 2013. As
vendas de betão em volume decresceram
14%, tendo sido vendidos menos 25 mil
m3. O sector das obras públicas encontra-se em recessão por falta de verbas e
o da construção privada por ausência de
financiamento bancário. Verificou-se uma
quebra do consumo de betão pronto motivada pela diminuição de grandes obras
públicas e pelo aumento generalizado do
preço das matérias-primas e da energia.
Assistiu-se também a um ligeiro aumento
do auto consumo de betão (produção de
betão em obra) e das vendas do mercado
paralelo.
O volume de negócios na Tunísia cresceu significativamente em 2014 devido
à performance do cimento. O volume
de negócios do cimento cresceu cerca
de 14,8%, devido ao aumento do preço
médio de venda no mercado local e ao
crescimento das quantidades vendidas
para exportação. O volume de negócios
do sector betão apresentou um desempenho inferior ao de 2013, resultado da
diminuição das quantidades vendidas. A
desvalorização de cerca de 4% do dinar
tunisino face ao euro, produziu um impacto negativo de cerca de 3,2 milhões
de euros
O EBITDA gerado pela Tunísia cresceu
cerca de 134,3% comparativamente a
2013. Este aumento resulta do aumento
expressivo do EBITDA verificado no cimento. O aumento do preço de venda
no mercado interno teve um impacto
muito positivo no EBITDA, bem como o
aumento das exportações. Este desempenho deve-se também à melhoria da
performance da área da produção.
A produção de clínquer em 2014 foi
superior à realizada em 2013, tendo-se
verificado um aumento da produção
média diária e um aumento do factor
de utilização dos fornos. As compras de
clínquer no exterior diminuíram significativamente, com impacto muito posi-
tivo no EBITDA. Foram obtidos ganhos
energéticos, pelo que os indicadores de
consumo de energia eléctrica e térmica
melhoraram comparativamente a 2013.
Como já foi referido, em 2014 foi retirada
a subvenção da energia, tendo provocado o aumento relevante nos custos de
produção.
O betão pronto, devido à quebra das
quantidades vendidas viu diminuído o
EBITDA gerado. Ainda que o aumento
do preço tenha atenuado a quebra nas
quantidades, este não foi suficiente para
a compensar.
Os investimentos ascenderam a 3,2 milhões de euros, tendo como principal investimento a alimentação de petcoque
à torre de pré-aquecimento para substituição do gás natural, e que permitiu a
diminuição da utilização do gás comparativamente a 2013.
30
6. Líbano
Libano
Unidade 2014
Mercado de Cimento 1000 t 5 542 Produção de Clínquer 1000 t 951 Produção de Cimento 1000 t 1 230 Vendas de Cimento e Clínquer*
Mercado Interno 1000 t 1 285 Vendas de Betão* 1000 m3 124 Volume de negócios 1 000 € 89 664 EBITDA 1 000 € 31 315 Margem EBITDA %
34,9% EBIT 1 000 €
19 329 Margem EBIT %
21,6% Capex 1 000 € 5 465 Pessoal Nº 501 2013Variação
5 850 -5,3%
923 3,0%
1 239 -0,7%
1 265 153 90 415 31 300 34,6%
20 778 23,0%
9 680 506 1,5%
-18,6%
-0,8%
0,0%
-7,0%
-43,5%
-5
* Os volumes de venda respeitam às vendas totais de cada área de negócio, não estão expurgados os intragrupos.
De acordo com os últimos dados publicados pelo FMI a economia libanesa deverá
ter crescido 1,75% em 2014, ligeiramente
acima do que sucedeu em 2013 (World
Economic Outlook, FMI Janeiro 2015).
O Líbano tem sofrido o impacto da desaceleração global e da instabilidade regional, em particular da situação vivida
na Síria. Os últimos dois anos têm sido
excepcionalmente desafiantes, tendo a
crise síria conduzido à entrada, sem precedentes, de refugiados no Líbano, agora
estimados em cerca de ¼ da população.
O consumo de cimento estima-se que
tenha sido inferior ao de 2013 em cerca
de 5,3%, tendo o consumo atingido as
5,5 milhões de toneladas. A pressão demográfica criada pelo elevado número
de refugiados teve impacto no mercado
habitacional, permitindo que o mercado
não registasse uma quebra tão acentuada como teria sido expectável.
Neste contexto e apesar da quebra do
mercado, as vendas de cimento de Sibline
registaram uma performance positiva,
tendo crescido 2% comparativamente
a 2013, vendas estas que foram realizadas integralmente no mercado interno. O
mercado continua a apresentar um bom
desempenho, tal como mencionado, impulsionado pelo impacto da pressão demográfica no mercado habitacional, mas
também pelas condições meteorológicas
mais favoráveis verificadas no 1º trimestre
de 2014, em comparação com o mesmo
período em 2013 (no qual se verificou um
inverno mais rigoroso).
No que se refere à actividade do be-
tão, esta apresentou uma performance
abaixo da verificada em 2013, devido à
diminuição das quantidades vendidas em
cerca de 19%, fruto do ambiente concorrencial muito competitivo.
O volume de negócios das actividades
no Líbano decresceu cerca de 1% face
a 2013, devendo-se esta evolução ao decréscimo de actividade do betão pronto.
O volume de negócios do cimento cresceu cerca de 1,5%, tendo as quantidades vendidas aumentado 2%.
A taxa média de câmbio do dólar manteve-se semelhante à de 2013, pelo que
o volume de negócios não foi impactado
por flutuações cambiais.
O volume de negócios do betão pronto
apresentou um desempenho abaixo do
Relatório do conselho de administração 2014_relatório de gestão 31
verificado em 2013, devido à diminuição
das quantidades vendidas. No entanto,
o impacto no volume de negócios foi
superior e diminuiu 21%, em virtude do
decréscimo do preço médio de venda,
fruto de uma forte pressão da concorrência sobre os preços.
O EBITDA gerado pelas operações no
Líbano atingiu 31,3 milhões de euros,
valor semelhante ao registado em 2013.
O EBITDA do cimento situou-se em 30,7
milhões de euros, um crescimento modesto de 150 mil euros, enquanto no
betão pronto este indicador decresceu
135 mil euros.
No cimento, para além do aumento do
volume de negócios, destaca-se a melhoria significativa da performance da
produção. Essa melhoria foi principal-
mente devida à remodelação da linha
1, a qual ficou concluída no final do 1º
semestre de 2013. A produção de clínquer em 2014 foi superior à verificada em
2013, e os indicadores de produção também se revelaram superiores (a produção
média diária de clínquer aumentou, bem
como o factor de utilização dos fornos).
As compras de clínquer e respectivos
consumos em 2014 foram muito inferiores às realizadas em 2013, o que permitiu
um aumento da margem.
No geral, o EBITDA melhorou no segmento de cimento, devido a uma diminuição das compras de cimento e clínquer,
em comparação a 2013 e às vendas de
clínquer em 2014. Esta melhoria acabou
por ser absorvida por despesas relacionadas com o lançamento de novos
produtos no mercado (argamassas), pela
instabilidade no fornecimento de energia
eléctrica. e pelo início da laboração da
nova fábrica de blocos, que no passado
mês de Setembro iniciou a produção e
venda, ainda que com valores pouco expressivos. Apesar das restrições, o EBITDA em 2014 foi 0,5% acima do de 2013.
O desempenho do EBITDA no betão
pronto, que decresceu 18%, reflecte a
diminuição das vendas e do preço médio
de venda.
Os investimentos em 2014 totalizaram
5,5 milhões de euros, destacando-se a
conclusão da fábrica de blocos, e cujo
valor de investimento em 2014 ascendeu
a 4 milhões de euros.
32
7. Angola
Angola
Unidade 2014
Mercado Cimento 1000 t 5 700 Produção de Cimento 1000 t 184 Vendas de Cimento 1000 t 185 Volume de negócios 1 000 € 21 748 EBITDA 1 000 € -1 325 Margem EBITDA %
n.a. EBIT 1 000 €
-3 845 Margem EBIT %
n.a. Capex 1 000 €
1 273 Pessoal Nº 227 A economia angolana manteve a tendência de crescimento, continuando o cenário macroeconómico a apresentar-se
positivo, apesar de a actividade continuar
relativamente vulnerável aos desenvolvimentos do sector petrolífero. De acordo
com a informação divulgada pelo FMI, o
produto interno bruto deverá ter crescido
3,9% em 2014, crescimento substancialmente abaixo dos 6,8% observados em
2013 (World Economic Outlook, FMI, Janeiro 2015).
Na base deste valor está o baixo crescimento, da produção agrícola e a queda
temporária da produção de petróleo na
primeira metade do ano. Prevê-se no
entanto, e dada a contínua desvalorização do preço do petróleo nos mercados
internacionais no decorrer do segundo
semestre, que o crescimento final do PIB
em 2014 tenha sido inferior ao valor previsto no relatório do FMI.
Apesar deste crescimento mais moderado do PIB, o mercado do cimento em
Angola apresentou em 2014 um crescimento de 3,6% relativamente a 2013,
situando-se próximo de 5,7 milhões de
toneladas. A construção continuou a sua
tendência de crescimento acentuado,
suportada pelo investimento no sector
energético, bem como nos planos governamentais de construção de projectos de habitação de larga escala e de
requalificação de estradas, pontes, silos
e sistema ferroviário.
Do total do mercado, cerca de 800 mil toneladas foram de cimento importado, valor substancialmente inferior ao de 2013,
que se situou em 2 milhões de toneladas.
Esta redução significativa resulta das limitações às importações de cimento
imposta pela legislação publicada em
Janeiro de 2014, que no entanto, só foi
operacionalizada em Junho. Esta proibição não afectou o mercado interno uma
vez que a capacidade produtiva de cimento em Angola é actualmente superior
às necessidades, existindo um excesso
de oferta. Como resultado deste facto, os
preços de venda de cimento no mercado
tiveram uma redução próxima dos 12%.
As margens dos produtores nacionais
foram também afectadas pelo aumento
2013Variação
5 500 3,6%
181 1,5%
180 2,6%
23 870 -8,9%
241 n.a
1%
-2 754 40%
n.a.
1 931 -34%
253 -26
dos preços dos combustíveis verificado
no decorrer do 4º trimestre, que afectou
profundamente as margens das unidades
produtivas de clínquer no país.
Neste contexto concorrencial adverso, as
quantidades vendidas pela Secil Lobito
cresceram 2,6% comparativamente ao
ano anterior, apesar do aparecimento de
novos produtos na zona sul de Angola e
do início da laboração em Dezembro de
2013 de uma nova fábrica de cimento
na zona da Secil Lobito e de não se ter
verificado um crescimento significativo
do mercado na zona de influência das
nossas operações.
O desempenho de 2014, comparativamente ao de 2013, caracterizou-se
fundamentalmente por uma redução do
preço médio de venda, facto que se deveu maioritariamente ao já referido início
de laboração de uma fábrica de cimento
na zona do Kuanza Sul, cuja política de
preços se caracterizou por uma redução
significativa dos mesmos relativamente
aos preços de mercado. Assim, o nosso
volume de negócios decresceu 8,9%
Relatório do conselho de administração 2014_relatório de gestão 33
face a 2013 resultante da descida do
preço médio de venda.
Dada a diminuição do preço médio de
venda, o impacto no EBITDA foi significativo, tendo registado uma diminuição
em 2014.
O impacto não se revelou mais significativo devido às medidas levadas a cabo
pela gestão. Os custos variáveis tiveram
uma evolução muito positiva, tendo-se reduzido em 5%. Esta diminuição,
deveu-se principalmente à instalação de
um separador dinâmico num moinho de
cimento, durante o segundo semestre de
2013. Os impactos positivos só ocorreram no final do ano de 2013, pelo que
a optimização destes investimentos foi
significativa nos resultados de 2014.
Foi efectuado um esforço na redução dos
custos fixos, que diminuíram 2% comparativamente a 2013. Também a política
de pessoal foi direccionada para a redução do número de efectivos e redução
de custos.
34
8. CABO VERDE
CABO VERDE
Unidade
Vendas de Cimento* 1000 t Vendas de Agregados* 1000 m3 Venda de Pré-Fabricado* 1000 t Volume de negócios 1 000 € EBITDA 1 000 € Margem EBITDA %
EBIT 1 000 € Margem EBIT %
Capex 1 000 €€ Pessoal Nº 2014
56 52 0,2 6 411 486 7,6% 420 6,6% 6
35 2013Variação
47 19%
56 -7%
0,7 -67%
5 425 18%
184 164%
3,4%
111 279%
2,0%
58 -89%
36 -1
* Os volumes de venda respeitam às vendas totais de cada área de negócio, não estão expurgados os intragrupos.
A economia cabo-verdiana deverá ter
crescido 1% em 2014, valor abaixo dos
1,5% verificados em 2013 (World Economic Outlook, FMI, Janeiro 2015). O
contexto internacional persistentemente
desfavorável, em particular o dos países
da União Europeia, continua a condicionar os desenvolvimentos económicos e
financeiros do país, dada a sua dependência de capitais estrangeiros, bem
como o comportamento das remessas
dos emigrantes (importante fluxo de financiamento à economia).
o investimento privado em Cabo Verde,
principalmente no imobiliário turístico
onde se continuou a verificar a paragem ou adiamento de muitos projectos.
O agravamento das condições internas
de financiamento condicionou o investimento privado, sendo que os investimentos públicos em infra-estruturas não foram
suficientes para evitar uma redução no
mercado da construção. Estima-se que o
mercado do cimento tenha atingido 215
mil toneladas, valor inferior às 240 mil toneladas de 2013, um decréscimo de 10%.
O mercado da construção, ainda que
pequeno e à semelhança de 2013, enfrentou em 2014 uma contracção e um
elevado nível de concorrência. Novamente a conjuntura económica internacional, nomeadamente a Europeia, limitou
Apesar da conjuntura, as vendas de cimento da Secil Cabo Verde registaram
um crescimento significativo, tendo sido
vendidas 56 mil toneladas, o que significa
um aumento expressivo de 19,1%. Este
crescimento, com o mercado em reces-
Relatório do conselho de administração 2014_relatório de gestão 35
são, foi suportado pela fidelização de
clientes revendedores que operam nas
várias ilhas de Cabo Verde e pela consolidação da estratégia comercial de aumento do número de clientes pequenos
revendedores (que permitiu um melhor
acesso ao pequeno utilizador).
O aumento significativo no volume de
negócios (18%) deveu-se à área do cimento, que para além do crescimento do
volume de vendas, conseguiu, num ano
de forte crise, aumentar o preço médio
de venda em cerca de 2%.
No caso dos inertes, estima-se que este
mercado na ilha de Santiago tenha tido
um forte decréscimo em relação a 2013.
A situação do mercado aliada à forte
concorrência de um player de grandes
dimensões e à entrada de um outro no
mercado, bem como a importação de
areia natural da costa ocidental africana
(ainda que a um ritmo inferior), resultou
numa diminuição das quantidades vendidas.
O aumento das vendas de cimento e
da sua margem de comercialização e
ainda a redução dos custos variáveis de
produção de inertes, contribuíram para
o aumento do desempenho das operações. Desta forma o EBITDA registou em
2014 um aumento muito considerável,
atingindo os 486 mil euros e a margem
EBITDA cresceu para 7,6%, desempenho bastante positivo dados os condicionalismos do mercado.
36
9. Perspectivas futuras
Em Portugal o contexto económico geral
para 2015 perspectiva-se mais favorável
do que o dos últimos anos. De acordo
com as últimas projecções do Banco
de Portugal prevê-se uma progressiva
recuperação da procura interna e uma
recuperação moderada da actividade no
período de 2014-2016. As actuais projecções apontam para um crescimento
de 1,5% da actividade económica em
2015. Em linha com as projecções do
FMI que apontam para um crescimento
de 1,5%.
Estas projecções reflectem a continuação do processo de ajustamento gradual
dos desequilíbrios macroeconómicos,
num quadro de crescimento moderado
da actividade e do nível de preços. As
perspectivas de crescimento do PIB, a
recuperação da procura interna e do investimento, a inversão positiva no licenciamento de fogos e o crescimento da
produção na construção, levam a prever
para 2015, a inversão da tendência de
evolução do mercado nacional de cimento, ainda que apenas ligeiramente
positiva.
Em 2015 as actividades do Grupo em
Portugal vão permanecer influenciadas
pela conjuntura do sector da construção. No entanto, as perspectivas de
alguma estabilização, aliadas ao bom
desempenho no mercado externo, em
conjugação com as poupanças e ganhos
obtidos com as medidas de racionalização implementadas em anos anteriores,
perspectivam a obtenção de resultados
igualmente favoráveis aos de 2014.
Na Tunísia é expectável que a economia
cresça 3,7%, de acordo com as estima-
tivas mais recentes do FMI. As questões
políticas na Tunísia, após os desenvolvimentos no final de 2014, estão de um
modo geral solucionadas e podem trazer
importantes melhorias sociais e económicas. Em consonância com o que é esperado para a economia, também o sector da construção e do cimento deverá
crescer em 2015. O nível concorrencial
deverá manter-se forte, sendo expectável
um aumento da pressão sobre os preços
de venda.
No Líbano prevê-se um ano de 2015
similar ao de 2014 no que respeita ao
mercado do cimento. Contudo, as alterações que têm ocorrido na região do
Médio Oriente não facilitam a manutenção da estabilidade macroeconómica e
o mercado do cimento deverá estar nos
seus valores máximos. A fábrica de blocos foi concluída em 2014, tendo ainda
sido efectuadas algumas produções,
esperando-se que a partir de 2015 os
volumes de produção e venda de blocos
sejam incrementados, permitindo a obtenção de resultados positivos.
As perspectivas para 2015 em Angola
são moderadamente favoráveis. Embora
o FMI esteja a prever um crescimento
de 5,9% em 2015 para a economia de
Angola, os impactos negativos decorrentes da evolução recente do preço do
petróleo não deixarão de se fazer sentir
ao longo deste ano. Esse preço está em
mínimos de 6 anos e em média significativamente abaixo do valor pressuposto
no orçamento do Estado angolano para
2015. O anúncio da redução das despesas correntes e de investimento do
Estado, conjugado com as dificuldades
já sentidas desde o final de 2014 nos
pagamentos ao exterior em resultado
das restrições cambiais impostas pelo
Banco Nacional de Angola, perspectivam um quadro negativo para o sector
da construção e obras públicas, que poderá fazer com que 2015 seja o primeiro
ano de quebra na procura de cimento
em Angola, após uma década de crescimento sustentado. O efeito desta provável quebra de mercado nos produtores
nacionais, poderá vir a ser parcialmente
amortecido devido à aplicação de legislação recentemente aprovada visando a
limitação das importações de cimento.
Em qualquer caso, somente existindo
um impacto importante ao nível da
subida do preço de venda decorrente
desta limitação às importações é que
o negócio de Angola poderá repor as
margens perdidas ao longo dos dois últimos anos.
No Brasil, os dados mais recentes publicados pelo FMI estimam que a economia
registe um crescimento de 0,3%, superior aos 0,1% previstos para 2014 (World
Economic Outlook, FMI, Janeiro 2015).
Existem, no entanto, algumas incertezas,
considerando a possibilidade de vir a ser
implementada pelo governo uma política
monetária e económica mais restritiva,
através do aumento da taxa de juro e
dos impostos.
A nova fábrica de cimento, em construção pela Supremo Cimentos, S.A. no
Brasil, tem a sua conclusão prevista
para Março de 2015. Com o início de
actividade desta unidade produtiva, a
totalidade da capacidade de cimento
instalada da Supremo atingirá os dois
milhões de toneladas, assumindo assim
um papel importante na actividade e
nos resultados do Grupo Secil de 2015
em diante.
Perspectiva-se para o ano de 2015 um
desempenho global positivo do Grupo
Secil, acima do alcançado em 2014.
Relatório do conselho de administração 2014_relatório de gestão 37
10. Proposta de Aplicação de Resultados
Os resultados líquidos do período da
Secil – Companhia Geral de Cal e Cimento, S.A. são de 6 035 413,49 euros.
O Conselho de Administração propõe a
sua transferência para a rubrica de Resultados Transitados.
O Conselho de Administração,
Outão, 02 de Março de 2015
Presidente
Pedro Mendonça de Queiroz Pereira
Vogais
Gonçalo de Castro Salazar Leite
Carlos Alberto Medeiros Abreu
Sérgio António Alves Martins
João Luís Barbosa Pereira de Vasconcelos
Francisco José Melo e Castro Guedes
José Miguel Pereira Gens Paredes
Paulo Miguel Garcês Ventura
38
demonstrações financeiras consolidadas
1. Balanço consolidado 2. demonstração dos resultados Consolidados 3. Demonstração das Alterações nos
Molhe Foz do Douro, Porto
Relatório do conselho de administração 2014_DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS 39
Capitais Próprios Consolidados
4. Demonstração dos fluxos de caixa consolidados
Molhe Norte da Foz do Douro, Porto
40
1. Balanço Consolidado
BALANÇO CONSOLIDADO EM 31 DE DEZEMBRO DE 2014 E 2013
Valores em Euros
Nota
31/12/14
31/12/13
ACTIVO
Activo não corrente
Activos fixos tangíveis 10 351 082 705 365 303 840
Propriedades de investimento 12 1 272 649 1 289 715
Goodwill 9
116 659 852 114 966 625
Activos intangíveis 13 5 779 052 3 877 689
Participações financeiras - método da equivalência patrimonial 14 39 834 386 33 408 378
Outras contas a receber 18 2 266 051 2 407 210
Activos por impostos diferidos 15 10 816 894 11 827 066
Outros activos financeiros 16 3 297 025 3 650 427
531 008 614 536 730 950
Activo corrente
Inventários 17 95 841 046 91 765 301
Clientes 18 49 754 465 48 447 939
Adiantamentos a fornecedores 24 2 958 338 2 062 119
Estado e outros entes públicos 25
10 275 326 8 414 033
Outras contas a receber 18 11 885 484 13 975 118
Diferimentos 26 860 573 804 662
Activos não correntes detidos para venda 19 1 114 053 1 174 069
Caixa e depósitos bancários 18 136 675 939 124 323 147
309 365 224 290 966 388
Total do activo 840 373 838 827 697 338
CAPITAL PRÓPRIO E PASSIVO
Capital próprio
Capital realizado 20 264 600 000 264 600 000
Acções próprias 20 (22 609 745) (22 609 745)
Reservas legais 20 40 680 725 40 680 725
Outras reservas 20 95 675 899 94 623 691
Resultados transitados (42 688 117) (7 952 383)
Excedentes de revalorização 20 14 080 833 14 242 547
Outras variações no capital próprio 20 (83 123 673) (99 653 339)
266 615 922 283 931 496
Resultado consolidado líquido do período 6 035 413 (34 897 448)
272 651 335 249 034 048
Interesses minoritários 5
78 292 078 66 192 420
Total do capital próprio 350 943 413 315 226 468
PASSIVO
Passivo não corrente
Provisões 21 27 668 652 21 294 223
Accionistas/ sócios 36 -
585 000
Financiamentos obtidos 23 240 320 134 282 920 857
Responsabilidades por benefícios pós-emprego 22 1 152 162 2 566 329
Passivos por impostos diferidos 15 28 097 489 34 513 322
Outros passivos financeiros 38 4 014 691 4 262 775
301 253 128 346 142 506
Passivo corrente
Fornecedores 23 39 662 228 42 321 474
Adiantamentos de clientes 24 3 565 691 2 534 888
Estado e outros entes públicos 25 24 768 065 16 971 737
Accionistas/ sócios 36 1 908 150 1 655 133
Financiamentos obtidos 23 79 689 815 71 364 558
Outras contas a pagar 23 38 301 503 31 000 729
Passivos directamente associados a activos não correntes detidos para venda 19 84 724 100 265
Diferimentos 26 197 121 379 580
188 177 297 166 328 364
Total do passivo 489 430 425 512 470 870
Total do capital próprio e do passivo 840 373 838 827 697 338
Relatório do conselho de administração 2014_DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS 41
2. Demonstração d
os Resultados Consolidados
Demonstração dos Resultados Consolidados em 31 de Dezembro de 2014 e 2013
Valores em Euros
Nota
31/12/14
31/12/13
Vendas e serviços prestados 27 431 425 633 411 525 441
Ganhos e (perdas) imputados de associadas e empreendimentos conjuntos 28 (671 278) (2 214 487)
Variação nos inventários da produção 1 284 452 1 450 246
Trabalhos para a própria entidade 94 047 166 060
Custo das mercadorias vendidas e das matérias consumidas (132 438 890) (130 724 451)
Fornecimentos e serviços externos 29 (164 639 971) (158 008 105)
Gastos com o pessoal 30 (63 029 355) (65 927 987)
Imparidade de inventários ((perdas)/ reversões) 17 (3 574 760) (1 716 701)
Imparidade de divídas a receber ((perdas)/ reversões) 18 (1 420 243) (634 228)
Imparidade de investimentos não depreciáveis/ amortizáveis ((perdas)/ reversões) 9 -
(13 620 281)
Provisões ((aumentos)/ reduções) 21 (7 113 734) (3 752 209)
Outros rendimentos e ganhos 31 33 454 153 22 613 082
Outros gastos e perdas 32 (8 641 639) (9 867 647)
Resultado antes de depreciações, gastos de financiamento e impostos 84 728 415 49 288 733
(Gastos)/ reversões de depreciação e de amortização 33 (53 440 149) (58 436 262)
Imparidade de activos depreciáveis/ amortizáveis ((perdas)/ reversões) 33 (1 294 102) 206 338
Resultado operacional (antes de gastos de financiamento e impostos) 29 994 164 (8 941 191)
Juros e rendimentos similares obtidos 34 3 454 809 5 159 598
Juros e gastos similares suportados 34 (19 692 532) (26 863 903)
Resultado antes de impostos 13 756 441 (30 645 496)
Imposto sobre o rendimento 15 (1 670 337) 1 508 953
Resultado consolidado líquido do período 12 086 104 (29 136 543)
Resultado consolidado líquido do período atribuível a:
Detentores do capital da empresa-mãe 35 6 035 413 (34 897 448)
Interesses minoritários 5
6 050 691 5 760 905
12 086 104 (29 136 543)
Resultado básico por acção 0,12 (0,72)
42
3. DEMONSTRAÇÃO DAS ALTERAÇÕES
NOS CAPITAIS PRÓPRIOS CONSOLIDADOS
DEMONSTRAÇÃO DAS ALTERAÇÕES NOS CAPITAIS PRÓPRIOS CONSOLIDADOs
DE 1 DE JANEIRO DE 2014 A 31 DE DEZEMBRO DE 2014 C
O
Capital Acções Reservas O
realizado próprias legais Valores em Euros (Nota 20.1) (Nota 20.1) (Nota 20.2) Posição no início do período 2014 264 600 000 (22 609 745) 40 680 725 Alterações no período:
Excedente de revalorização de activos fixos tangíveis
Realização do excedente de revalorização -
-
-
Imposto diferido
-
-
-
Diferenças de conversão de demonstrações financeiras -
-
-
Reserva de justo valor de derivados de cobertura
Movimento nas reservas de justo valor de derivados de cobertura no período -
-
-
Imposto diferido -
-
-
Desvios e alterações de pessupostos em estudos actuariais
Movimento nos desvios e pressupostos actuariais no período -
-
-
Imposto diferido
-
-
-
Subsídios do Governo
Subsídios ao investimento -
-
-
Subsídios por licenças de emissão de gases com efeitos de estufa -
-
-
Imposto diferido -
-
-
Efeito de aquisição / alienação de participadas -
-
-
Fusão da Great Heart na Secil (Nota 20.1) -
-
-
Outras alterações reconhecidas no capital próprio:
Transferência do resultado líquido do período de 2013 para reservas
-
-
-
-
-
-
Resultado líquido do período Resultado integral Operações com detentores de capital no período
Distribuição do resultado do período de 2013 -
-
-
Redução de capital -
-
-
-
-
-
Posição no fim do período 2014 264 600 000 (22 609 745) 40 680 725 Relatório do conselho de administração 2014_DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS 43
Capital próprio atribuido aos detentores do capital da empresa mãe
Outras
Excedentes variações no
Outras de capital Resultado Interesses reservas Resultados revalorização próprio líquido do minoritários (Nota 20.3) transitados (Nota 20.4) (Nota 20.5) período
Total (Nota 5.2) 94 623 691 (7 952 383) 14 242 547 (99 653 339) (34 897 448) 249 034 048 66 192 420 Total do
capital
próprio
315 226 468
-
-
-
186 307 (24 593) -
(186 307) 24 593 -
-
-
14 888 608 -
-
-
-
-
14 888 608 -
-
8 356 806 23 245 414
-
-
-
-
-
-
248 084 (73 958) -
-
248 084 (73 958) -
-
248 084
(73 958)
-
-
-
-
-
-
243 493 (54 933) -
-
243 493 (54 933) 25 404 59 268 897
(54 874)
-
-
-
-
1 052 208 -
-
-
-
-
-
-
-
-
-
(223 783) 1 897 862 (395 707) -
-
-
-
-
-
-
(223 783) 1 897 862 (395 707) -
1 052 208 (13 147) -
3 760 15 430 -
(236 930)
1 897 862
(391 947)
15 430
1 052 208
- (34 897 448) -
-
34 897 448 1 052 208 (34 735 734) (161 714) 16 529 666 34 897 448 6 035 413 -
17 581 874 6 035 413 23 617 287 -
8 388 312 6 050 691 14 439 003 25 970 186
12 086 104
38 056 290
-
-
272 651 335 (2 269 237) (70 108) (2 339 345) 78 292 078 (2 269 237)
(70 108)
(2 339 345)
350 943 413
-
-
-
-
-
-
95 675 899 (42 688 117) -
-
-
-
-
-
14 080 833 (83 123 673) -
-
-
6 035 413 44
3. DEMONSTRAÇÃO DAS ALTERAÇÕES
NOS CAPITAIS PRÓPRIOS CONSOLIDADOS
DEMONSTRAÇÃO DAS ALTERAÇÕES NOS CAPITAIS PRÓPRIOS CONSOLIDADOs
DE 1 DE JANEIRO DE 2013 A 31 DE DEZEMBRO DE 2013 C
O
Capital Acções Reservas O
realizado próprias legais Valores em Euros (Nota 20.1) (Nota 20.1) (Nota 20.2) Posição no início do período 2013 264 600 000 (22 609 745) 40 680 725 Alterações no período:
Excedente de revalorização de activos fixos tangíveis
Realização do excedente de revalorização
-
-
-
Imposto diferido
-
-
-
Diferenças de conversão de demonstrações financeiras -
-
-
Reserva de justo valor de derivados de cobertura
Movimento nas reservas de justo valor de derivados de cobertura no período -
-
-
Imposto diferido -
-
-
Desvios e alterações de pessupostos em estudos actuariais
Movimento nos desvios e pressupostos actuariais no período -
-
-
Imposto diferido
-
-
-
Subsídios do Governo
Subsídios ao investimento -
-
-
Subsídios por licenças de emissão de gases com efeitos de estufa -
-
-
Imposto diferido -
-
-
Efeito de aquisição / alienação de participadas -
-
-
Outras alterações reconhecidas no capital próprio
Transferência do resultado líquido do período de 2012 para reservas -
- -
-
-
Resultado líquido do período Resultado integral Operações com detentores de capital no período
Distribuição do resultado do período de 2012 -
-
-
-
-
-
Posição no fim do período 2013 264 600 000 (22 609 745) 40 680 725 Relatório do conselho de administração 2014_DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS 45
Capital próprio atribuido aos detentores do capital da empresa mãe
Outras
Excedentes variações no
Outras de capital Resultado Interesses reservas Resultados revalorização próprio líquido do minoritários (Nota 20.3) transitados (Nota 20.4) (Nota 20.5) período
Total (Nota 5.2) 94 623 691 30 299 150 14 450 157 (77 523 969) (38 459 143) 306 060 866 65 678 572 -
-
-
239 182 (31 572) -
-
-
-
-
-
(24 100 907) -
-
(2 902 672) (27 003 579)
-
-
-
-
-
-
1 532 731 (424 313) -
-
1 532 731 (424 313) -
-
1 532 731
(424 313)
-
-
-
-
-
-
(1 009 091) 298 685 -
-
(1 009 091) 298 685 (10 822) 573 (1 019 913)
299 258
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
(146 437) 2 283 263 (563 301) -
-
-
-
-
(146 437) 2 283 263 (563 301) -
21 250 -
(4 005) 1 500 (125 187)
2 283 263
(567 306)
1 500
(38 459 143) -
-
38 459 143 - (38 251 533) (207 610) (22 129 370) 38 459 143 (34 897 448) -
(22 129 370) (34 897 448) (57 026 818) -
(2 894 176) 5 760 905 2 866 729 (25 023 546)
(29 136 543)
(54 160 089)
-
-
249 034 048 (2 352 881) (2 352 881) 66 192 420 (2 352 881)
(2 352 881)
315 226 468
-
-
94 623 691 -
-
(7 952 383) (239 182) -
31 572 -
- (24 100 907) Total do
capital
próprio
371 739 438
-
-
-
-
-
14 242 547 (99 653 339) (34 897 448) 46
4. DEMONSTRAÇÃO DOS FLUXOS
DE CAIXA CONSOLIDADOS
Demonstração dos fluxos de caixa consolidados para o período findo em 31 de Dezembro de
2014 e 2013
Valores em Euros
Nota
FLUXOS DE CAIXA DAS ACTIVIDADES OPERACIONAIS
Recebimentos de clientes Pagamentos a fornecedores Pagamentos ao pessoal Caixa gerada pelas operações (Pagamentos)/recebimentos do imposto sobre o rendimento Outros (pagamentos)/recebimentos Fluxos de caixa das actividades operacionais (1) FLUXOS DE CAIXA DAS ACTIVIDADES DE INVESTIMENTO
Pagamentos respeitantes a:
Activos fixos tangíveis Investimentos financeiros Outros activos Recebimentos provenientes de:
Activos fixos tangíveis Investimentos financeiros Subsídios de investimento Juros e ganhos similares Dividendos Outros activos Fluxos de caixa das actividades de investimento (2) FLUXOS DE CAIXA DAS ACTIVIDADES DE FINANCIAMENTO
Recebimentos provenientes de:
Financiamentos obtidos Aumentos de capital Outros Pagamentos respeitantes a:
Financiamentos obtidos Amortização de contratos de locação financeira Juros e gastos similares Dividendos Fluxos de caixa das actividades de financiamento (3) VARIAÇÃO DE CAIXA E SEUS EQUIVALENTES (1)+(2)+(3) EFEITO DAS DIFERENÇAS DE CÂMBIO CAIXA E SEUS EQUIVALENTES NO INÍCIO DO PERÍODO VARIAÇÃO DE PERÍMETRO CAIXA E SEUS EQUIVALENTES NO FIM DO PERÍODO 4
31/12/14
31/12/13
483 420 870 470 886 104
(363 973 763) (334 123 790)
(43 589 990) (45 732 747)
75 857 117 91 029 567
(2 833 979) 37 920
3 493 780 (36 716 079)
76 516 918 54 351 408
(12 606 908) (2 456 968) (750 000) (15 813 876) (29 457 983)
(17 602 279)
(47 060 262)
1 362 566 80 815 78 825 1 218 192 665 104 -
3 405 502 (12 408 374) 400 448
3 358 789
713 506
70 143 004
74 615 747
27 555 485
395 684 274 -
-
395 684 274 564 313 583
1 500
80 000
564 395 083
(428 028 907) (566 734 207)
(576 277) (553 494)
(21 107 054) (25 064 676)
(2 153 469) (2 228 211)
(451 865 707) (594 580 588)
(56 181 433) (30 185 505)
7 927 111 51 721 388
8 764 348 (3 364 682)
110 159 292 61 802 586
(17 971) 126 832 780 110 159 292
Relatório do conselho de administração 2014_DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS 47
48
ÍNDICE DAS NOTAS ÀS DEMONSTRAÇÕES
FINANCEIRAS CONSOLIDADAS
1.Nota introdutória
50
2.Referencial contabilístico de
preparação das demonstrações
financeiras
50
3.Resumo das principais políticas
contabilísticas
50
3.1. Bases de apresentação
50
3.2. Concentração de actividades
empresariais e princípios
de consolidação
50
3.2.1. Princípios de consolidação50
3.2.2. Investimentos financeiros
em empresas controladas
conjuntamente
51
3.2.3. Investimentos financeiros
em empresas associadas
51
3.2.4. Investimentos financeiros
em outras participações
financeiras
52
3.2.5. Concentração
de actividades empresariais
52
3.2.6. Goodwill52
3.2.7. Conversão de
demonstrações financeiras
de entidades estrangeiras
53
3.3. Activos fixos tangíveis
54
3.4. Locações
54
3.5. Propriedades
de investimento
55
3.6. Activos intangíveis
55
3.7. Imparidade de activos
fixos tangíveis e intangíveis
excluindo goodwill56
3.8. Imposto sobre
o rendimento
56
3.9. Inventários
57
3.10. Activos e passivos
financeiros
57
3.10.1. Imparidade de activos
financeiros
58
3.10.2. Desreconhecimento
de activos e passivos
financeiros
59
3.11. Activos não correntes
detidos para venda e unidades
operacionais descontinuadas
59
3.12. Subsídios do governo
59
3.13. Saldos e transacções
em moeda estrangeira
59
3.14. Provisões
60
3.15. Benefícios pós-emprego 60
3.15.1 Planos de contribuição
definida
60
3.15.2. Planos de benefícios
definidos
60
3.16. Outros benefícios a
longo prazo dos empregados 61
3.17. Benefícios a curto prazo
de empregados
61
3.18. Rédito
61
3.19. Encargos financeiros
com empréstimos obtidos
62
3.20. Instrumentos financeiros
derivados e contabilidade
de cobertura
62
3.21. Gestão de risco
63
3.21.1. Factores de risco
financeiro
63
3.21.2. Factores de risco
operacional
63
3.22. Capital Social
e acções próprias
64
3.23. Distribuição de dividendos64
3.24. Juízos de valor
críticos e principais fontes
de incerteza associadas
a estimativas
65
3.25. Acontecimentos após
a data do balanço
66
4. Fluxos de caixa
67
5.Investimentos em subsidiárias
5.1. Subsidiárias
5.2. Interesses minoritários
68
68
70
6.Interesses em
empreendimentos conjuntos
72
7.Investimentos
em associadas
72
8.Alterações no perímetro
de consolidação
76
9. Goodwill77
Relatório do conselho de administração 2014_DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS 49
10. Activos fixos tangíveis
78
11. Locações
11.1. Locações financeiras
11.2. Locações operacionais
82
82
84
20.5.4. Reserva de justo
valor de derivados
de cobertura
20.6. Aplicação do resultado
do período anterior
12. Propriedades de investimento
84
21.Provisões119
13. Activos intangíveis
86
14. Participações financeiras
90
15. Imposto sobre o rendimento
15.1. Imposto corrente
15.2. Imposto diferido
92
92
94
22.Benefícios a empregados
120
22.1. Benefícios
pós-emprego – Planos
de contribuição definida
124
22.2. Benefícios
pós-emprego – Planos
de benefícios definidos
124
22.2.1. Caracterização
dos planos de benefícios
definidos
128
22.2.2. Responsabilidades
e movimentos ocorridos
no período comparativamente
com o período anterior
129
22.3. Benefícios a longo prazo 136
16. Outros activos financeiros
100
17. Inventários
102
18. Activos financeiros
18.1. Categorias de
activos financeiros
18.2. Activos
financeiros - clientes
18.3. Activos financeiros – outras contas a receber
18.4. Imparidade de dívidas
a receber
104
19. Activos não correntes
detidos para venda
20. Capital próprio
20.1. Capital realizado
e acções próprias
20.2. Reservas legais
20.3. Outras reservas
20.4. Excedente de
revalorização
20.5. Outras variações
no capital próprio
20.5.1. Diferenças de
conversão de demonstrações
financeiras
20.5.2. Desvios
e alterações de pressupostos
actuariais
20.5.3. Subsídios do governo
104
104
106
108
110
23.Passivos financeiros
23.1. Categorias de passivos
financeiros
23.2. Passivos financeiros
- fornecedores
23.3. Passivos financeiros
– financiamentos obtidos
23.4.Passivos financeiros
– outras contas a pagar
30.Gastos com o pessoal
145
118
31.Outros rendimentos e ganhos 148
119
32.Outros gastos e perdas
149
33.Gastos/ reversões de
depreciações, amortizações
e imparidades
149
34.Resultados financeiros líquidos 150
35.Resultado por acção
151
36.Partes relacionadas
152
37.Riscos financeiros
37.1. Risco cambial
37.2. Risco de taxa de juro
37.3. Risco de crédito
37.4. Risco de liquidez
158
158
160
164
168
38.Justo valor dos instrumentos
financeiros derivados
170
39.Dispêndios em matérias
ambientais
172
40.Custos com auditoria
e revisão legal de contas
174
138
138
138
138
141
41. Compromissos assumidos
pelo Grupo
175
24.Adiantamentos de clientes
e a fornecedores
141
41.1. Garantias e outros
compromissos financeiros
175
25.Estado e outros
entes públicos
142
41.2. Outros compromissos
assumidos
176
42.Acontecimentos após a data
o balanço
177
111
111
112
112
112
26.Diferimentos activos e passivos143
113
114
116
116
27.Vendas e serviços prestados
143
28.Resultado apropriado
de empresas associadas
144
29.Fornecimentos e serviços
externos
144
50
NOTAS ÀS DEMONSTRAÇÕES
FINANCEIRAS CONSOLIDADAS
DO PERÍODO FINDO EM 31 DE
DEZEMBRO DE 2014
(Nas presentes notas, todos os montantes são apresentados em Euros, salvo se
indicado o contrário.)
1. Nota introdutória
O Grupo SECIL (Grupo) é constituído
pela Secil – Companhia Geral de Cal e
Cimento, S.A. (Sociedade ou Secil) e
Subsidiárias. A Secil foi constituída em
27 de Junho de 1918 e tem como actividade principal a fabricação e comercialização de cimento, produzido na sua
fábrica do Outão, Setúbal e distribuído
pelos diversos entrepostos comerciais
presentes por todo o país.
Sede Social: Outão, Setúbal
Capital Social: Euros 264.600.000
N.I.P.C.: 500 243 590
A Secil lidera um Grupo empresarial com
actividades operacionais em Portugal,
Tunísia, Angola, França, Líbano, Cabo
Verde e Brasil, destacando-se: (i) a produção de cimento directamente e através
das suas subsidiárias, nas fábricas de
Maceira, Pataias, Gabès (Tunísia), Lobito
(Angola) e Beirute (Líbano), (ii) a produção
e comercialização de betão em Portugal, Tunísia e Líbano e (iii) a produção
de inertes e exploração de pedreiras em
Portugal e Cabo Verde.
Estas demonstrações financeiras consolidadas foram aprovadas pelo Conselho
de Administração na reunião de 2 de
Março de 2015.
Contudo, as mesmas estão ainda sujei-
tas a aprovação pela Assembleia Geral
de Accionistas, nos termos da legislação comercial em vigor em Portugal. O
Conselho de Administração entende que
estas demonstrações financeiras consolidadas reflectem de forma verdadeira e
apropriada as operações da Sociedade
e das suas subsidiárias, bem como a sua
posição consolidada, desempenho financeiro e fluxos de caixa consolidados.
2. Referencial contabilístico
de preparação das
demonstrações financeiras
As demonstrações financeiras consolidadas anexas foram preparadas no quadro
das disposições em vigor em Portugal,
vertidos no Decreto-Lei nº 158/2009, de
13 de Julho, e de acordo com a estrutura
conceptual, normas contabilísticas e de
relato financeiro e normas interpretativas
aplicáveis ao período findo em 31 de Dezembro de 2014.
3. Resumo das principais
políticas contabilísticas
As principais políticas contabilísticas
aplicadas na elaboração destas demonstrações financeiras consolidadas estão
descritas abaixo.
3.1. Bases de apresentação
As demonstrações financeiras anexas
foram preparadas no pressuposto da
continuidade das operações, a partir
dos livros e registos contabilísticos das
empresas incluídas na consolidação (Notas 5 e 6), mantidos de acordo com os
princípios de contabilidade geralmente
aceites nos países de cada subsidiária,
ajustados no processo de consolidação,
de modo a que as demonstrações financeiras consolidadas estejam de acordo
com as Normas Contabilísticas e de Relato Financeiro (NCRF).
3.2. Concentração de
actividades empresariais
e princípios de consolidação
3.2.1. Princípios de
consolidação
As demonstrações financeiras consolidadas incorporam as demonstrações financeiras da Sociedade e das entidades
por si controladas - as suas subsidiárias.
Entende-se existir controlo quando a Sociedade tem o poder de definir as políticas financeiras e operacionais de uma
entidade, de forma a obter benefícios
derivados das suas actividades, normalmente associado ao controlo, directo ou
indirecto, de mais de metade dos direitos de voto. A existência e o efeito de
direitos de voto potenciais que sejam
correntemente exercíveis ou convertíveis são considerados na avaliação do
controlo que a Sociedade detém sobre
uma entidade.
As subsidiárias são incluídas nas demonstrações financeiras consolidadas
através do método de consolidação integral, desde a data em que a Sociedade
assume o controlo sobre as suas actividades financeiras e operacionais e até ao
momento em que esse controlo cessa.
As políticas contabilísticas das subsidiárias foram alteradas, sempre que necessário, de forma a garantir consistência
com as políticas adoptadas pelo Grupo.
Relatório do conselho de administração 2014_DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS 51
As transacções internas, saldos, ganhos não realizados em transacções e
dividendos distribuídos entre empresas
do Grupo são eliminados. As perdas
não realizadas são também eliminadas,
excepto se a transacção revelar evidência de imparidade de um activo transferido.
O capital próprio e o resultado líquido
destas empresas correspondentes à
participação de terceiros nas mesmas
são apresentados nas rubricas de interesses minoritários, respectivamente, no
balanço consolidado de forma autónoma
no capital próprio e na demonstração de
resultados consolidada. As empresas incluídas nas demonstrações financeiras
consolidadas encontram-se detalhadas
nas Notas 5 e 6.
Os interesses minoritários são inicialmente mensurados pela correspondente
quota-parte no justo valor dos activos
líquidos adquiridos. Subsequentemente,
são ajustados pela correspondente
quota-parte nas variações posteriores
no capital próprio das subsidiárias.
Quando os prejuízos aplicáveis aos interesses minoritários excedem os correspondentes interesses no capital próprio
da subsidiária, o Grupo absorve esse excesso e quaisquer prejuízos adicionais,
excepto quando os minoritários tenham
a obrigação e sejam capazes de cobrir
esses prejuízos. Se a subsidiária subsequentemente relatar lucros, o Grupo
apropria todos os lucros até que a parte
minoritária dos prejuízos absorvidos pelo
Grupo tenha sido recuperada.
Na redução dos interesses do Grupo em
subsidiárias, qualquer diferença entre o
justo valor da contraprestação recebida
ou a receber e a quota-parte correspondente na quantia escriturada dos activos
líquidos da subsidiária é registada em resultados do período.
3.2.2. Investimentos financeiros em empresas controladas
conjuntamente
Uma entidade conjuntamente controlada é um empreendimento conjunto
que envolve o estabelecimento de uma
sociedade, de uma parceria ou de outra entidade que, por via contratual, é
conjuntamente controlada pelos vários
empreendedores.
As entidades conjuntamente controladas são incluídas nas demonstrações
financeiras consolidadas pelo método
de consolidação proporcional sendo os
activos, passivos e rendimentos e gastos
das entidades conjuntamente controladas reconhecidos rubrica a rubrica nas
demonstrações financeiras consolidadas, na proporção do controlo atribuível
ao Grupo.
As transacções, os saldos e os dividendos distribuídos entre empresas conjuntamente controladas e outras empresas
do Grupo são eliminados, no processo
de consolidação, na proporção do controlo atribuível ao Grupo.
3.2.3. Investimentos
financeiros em empresas
associadas
Associadas são todas as entidades sobre
as quais o Grupo exerce influência significativa mas não possui controlo, geralmente com investimentos representando
entre 20% a 50% dos direitos de voto.
Por influência significativa entende-se o
poder de participar nas decisões relativas
às políticas financeiras e operacionais da
associada, sem que tal resulte em controlo ou controlo conjunto por parte do
Grupo.
Os investimentos em associadas são
contabilizados pelo método da equivalência patrimonial. De acordo com o
método da equivalência patrimonial, as
participações financeiras são registadas
pelo seu custo de aquisição, ajustado
pelo valor correspondente à participação
do Grupo nas variações dos capitais próprios (incluindo o resultado líquido) das
associadas, por contrapartida de rendimentos ou gastos do período, e pelos
dividendos recebidos.
O excesso do custo de aquisição face ao
justo valor de activos e passivos identificáveis de cada associada na data de
aquisição é reconhecido como goodwill
(Nota 3.2.6) e é mantido no valor de investimento financeiro. Caso o diferencial
entre o custo de aquisição e o justo valor
dos activos e passivos líquidos adquiridos seja negativo, o mesmo é reconhecido como um rendimento do período.
É feita uma avaliação dos investimentos
em associadas quando existem indícios
de que o activo possa estar em imparidade sendo registadas como gastos
na demonstração de resultados as perdas por imparidade que se demonstrem
existir. Quando as perdas por imparidade
reconhecidas em períodos anteriores deixam de existir são objecto de reversão, à
excepção do goodwill.
Quando a proporção do Grupo nas perdas da associada iguala ou ultrapassa o
seu investimento na associada, o investimento é relatado por valor nulo, excepto
se tiver incorrido em responsabilidades
ou efectuado pagamentos em nome da
associada. Se posteriormente a associada relatar lucros, a Sociedade retoma
o reconhecimento da sua quota-parte
nesses lucros somente após a sua parte
nos lucros igualar a parte das perdas não
reconhecidas.
Os ganhos não realizados em transacções com as associadas são eliminados
na extensão da participação do Grupo
nas associadas. As perdas não realiza-
52
NOTAS ÀS DEMONSTRAÇÕES
FINANCEIRAS CONSOLIDADAS
das são também eliminadas, excepto se
a transacção revelar evidência de imparidade de um bem transferido.
As políticas contabilísticas de associadas
foram alteradas, sempre que necessário,
de forma a garantir consistência com as
políticas adoptadas pelo Grupo.
Os investimentos em associadas encontram-se detalhados na Nota 7.
3.2.4. Investimentos
financeiros em outras
participações financeiras
Outras participações financeiras são as
participações financeiras onde não existe
influência significativa, por norma as que
sejam inferiores a 20% dos direitos de
voto.
Os investimentos em outras participações financeiras podem ser mensurados:
> Ao custo ou custo amortizado, deduzido de eventuais
perdas por imparidade, quando
o investimento não é negociado
publicamente ou o justo valor
não possa ser obtido com fiabilidade;
>Ao justo valor através de resultados quando o investimento é
cotado e as cotações são divulgadas publicamente.
Os rendimentos resultantes destas participações financeiras (dividendos ou lucros distribuídos) são registados na demonstração dos resultados do período
em que é decidida e anunciada a sua
distribuição.
3.2.5. Concentração de
actividades empresariais
As aquisições de subsidiárias e de negócios são registadas utilizando o método
da compra. O correspondente custo é
determinado como o agregado, na data
da aquisição, de: (a) justo valor dos activos entregues ou a entregar; (b) justo
valor de responsabilidades incorridas
ou assumidas; (c) justo valor de instrumentos de capital próprio emitidos pelo
Grupo em troca da obtenção de controlo
sobre a subsidiária; e (d) custos directamente atribuíveis à aquisição.
Quando aplicável, o custo da concentração ou aquisição inclui o efeito de
pagamentos contingentes acordados
no âmbito da transacção. As alterações
subsequentes em tais pagamentos são
registadas por contrapartida do correspondente goodwill.
Os activos, passivos e responsabilidades
contingentes da subsidiária ou negócio
adquirido que satisfazem as condições
de reconhecimento definidas na NCRF
14 são reconhecidos ao seu justo valor na data da aquisição. O excesso do
custo da concentração relativamente ao
justo valor da participação da Sociedade
nos activos identificáveis adquiridos é registado como goodwill. Se o custo de
aquisição for inferior ao justo valor dos
activos líquidos da subsidiária adquirida,
a diferença é reconhecida directamente
na demonstração dos resultados consolidados.
Sempre que de um reforço de posição
no capital social de uma empresa associada resulte a aquisição de controlo,
passando esta a integrar as demonstrações financeiras consolidadas pelo método integral, a quota parte dos justos
valores atribuídos aos activos e passivos,
correspondente às percentagens anteriormente detidas, é registada na rubrica
“ Outras variações no capital próprio”.
Se o custo de aquisição for inferior ao
justo valor dos activos líquidos da subsidiária adquirida (goodwill negativo), a
diferença é reconhecida directamente na
demonstração de resultados na rubrica
“Outros rendimentos e ganhos”.
Na eventualidade da contabilização inicial de uma aquisição não estar concluída no final do período de relato em
que a mesma ocorreu, o Grupo relata
montantes provisórios para os itens cuja
contabilização não está concluída. Tais
montantes provisórios são passíveis de
ajustamento durante um prazo de 12 meses a contar da data da aquisição.
3.2.6. Goodwill
O goodwill representa o excesso do
custo da concentração de actividades
empresariais face ao interesse adquirido no justo valor líquido dos activos,
passivos e passivos contingentes identificáveis reconhecidos na sequência da
concentração.
O goodwill é reconhecido como um activo
na data em que é adquirido o controlo.
Subsequentemente, o goodwill não é
amortizado e encontra-se sujeito a testes
por imparidade, numa base mínima anual.
Para efeitos de testes de imparidade, o
goodwill é imputado às unidades geradoras de caixa do Grupo que beneficiam
das sinergias resultantes da consolidação. As unidades geradoras de caixa às
quais foi imputado o goodwill são sujeitas
a testes de imparidade anuais ou mais
frequentes (na eventualidade de exis-
Relatório do conselho de administração 2014_DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS 53
tir alguma indicação de que a unidade
possa estar em imparidade). Se a quantia recuperável da unidade geradora de
caixa for inferior à correspondente quantia escriturada, a perda por imparidade
daí resultante é inicialmente imputada à
quantia escriturada do goodwill, sendo
a parte remanescente imputada aos restantes activos da unidade geradora de
caixa proporcionalmente às quantias escrituradas destes. Perdas por imparidade
imputadas ao goodwill não podem ser
revertidas subsequentemente.
Ganhos ou perdas decorrentes da venda
de uma entidade incluem o valor do goodwill que lhe corresponde.
3.2.7. Conversão de
demonstrações financeiras
de entidades estrangeiras
São tratadas como entidades estrangei-
ras as que operando no estrangeiro, têm
autonomia organizacional, económica e
financeira e que elaborem as suas demonstrações financeiras utilizando para o
efeito uma moeda distinta do Euro.
Os elementos incluídos nas demonstrações financeiras de cada uma das entidades estrangeiras do Grupo são mensurados utilizando a moeda do ambiente
económico em que a entidade opera
(moeda funcional). As demonstrações
financeiras consolidadas são apresentadas em Euros, sendo esta a moeda
funcional e de relato do Grupo.
Os activos e passivos das demonstrações financeiras de entidades estrangeiras são convertidos para Euros utilizando
as taxas de câmbio existentes à data do
balanço. Os rendimentos, gastos e fluxos
de caixa dessas demonstrações financeiras são convertidos para euros utilizando
a taxa de câmbio média verificada no período. A diferença cambial resultante da
conversão é registada no capital próprio
na rubrica “Outras variações no capital
próprio – diferenças de conversão de
demonstrações financeiras ”.
O goodwill e os ajustamentos de justo
valor resultantes da aquisição de entidades estrangeiras são tratados como activos e passivos dessa entidade adquirida
e transpostos para Euros de acordo com
a taxa de câmbio à data do balanço.
Sempre que uma entidade estrangeira
é alienada, a diferença cambial acumulada é reconhecida na demonstração de
resultados como um ganho ou perda da
alienação.
As cotações utilizadas para conversão
para Euros das demonstrações financeiras das empresas estrangeiras do Grupo
são as seguintes:
Valorização/
31/12/14 31/12/13 (desvalorização)
TND (dinar tunisino)
Câmbio médio do período 2,2516 2,1576 (4,36%)
Câmbio de fim do período 2,2490
2,2615 0,55%
LBP (libra libanesa)
Câmbio médio do período 2000,80 2002,10 0,06%
Câmbio de fim do período 1830,30 2079,00 11,96%
USD (dólar americano)
Câmbio médio do período 1,3272 1,3281 0,07%
Câmbio de fim do período 1,2141 1,3791 11,96%
BRL (real brasileiro)
Câmbio médio do período 3,1225 2,8685 (8,85%)
Câmbio de fim do período 3,2207 3,2576 1,13%
CVE (escudo cabo-verdiano)
Câmbio médio do período 110,2650 110,2650 0,00%
Câmbio de fim do período 110,2650 110,2650 0,00%
AOA (kwanza angolano)
Câmbio médio do período 132,1210 128,1283 (3,12%)
Câmbio de fim do período 126,3854 136,8127 7,62%
MZM (metical moçambicano)
Câmbio médio do período 41,6567 -
n.a.
Câmbio de fim do período 41,1500 38,6700 (6,41%)
54
NOTAS ÀS DEMONSTRAÇÕES
FINANCEIRAS CONSOLIDADAS
tos no período em que são incorridas.
3.3. Activos fixos tangíveis
Os activos fixos tangíveis encontram-se
registados ao custo de aquisição, o qual
inclui o custo de compra, quaisquer custos directamente atribuíveis às actividades necessárias para colocar os activos
na localização e condição necessárias
para operarem da forma pretendida e,
quando aplicável, a estimativa inicial dos
custos de desmantelamento e remoção
dos activos e de restauração dos respectivos locais que o Grupo espera incorrer,
deduzido das depreciações e das perdas
por imparidade acumuladas.
Na data de transição para as NCRF, o
Grupo passou a considerar pela primeira
vez como componente dos activos fixos
tangíveis a componente do custo do activo relativa a custos de recuperação paisagística e ambiental a incorrer na recuperação das pedreiras, tal como previsto
na NCRF 7. Os custos capitalizados são
sujeitos à depreciação anual de acordo
com a vida útil estimada das respectivas
pedreiras.
Os activos fixos tangíveis adquiridos até
1 de Janeiro de 2010 (data de transição
para as NCRF), encontram-se registados ao abrigo da opção prevista na
NCRF 3 – Adopção pela primeira vez
das Normas Contabilísticas e de Relato
Financeiro, pelo seu valor considerado
(“deemed cost”), o qual corresponde ao
custo de aquisição ou custo de aquisição
reavaliado ao abrigo de diplomas legais
(determinados activos fixos tangíveis adquiridos até 31 de Dezembro de 1992
e 1996, foram reavaliados, em 1993 e
1998, respectivamente, de acordo com
a legislação aplicável através da utiliza-
ção de coeficientes de desvalorização
monetária).
No que respeita às subsidiárias do Grupo:
CMP, Société des Ciments de Gabés
(SCG), Cimentos Costa Verde, Unibetão,
Secil-Britas, Uniconcreto e Lusoinertes o
custo dos activos fixos tangíveis na data
de aquisição das mesmas foi determinado com base em avaliações efectuadas por entidades independentes.
Os custos subsequentes são incluídos
no custo de aquisição do activo fixo ou
reconhecidos como activos separados,
conforme apropriado, somente quando
é provável que benefícios económicos
futuros fluirão para a empresa e o respectivo custo possa ser mensurado com
fiabilidade. Os demais dispêndios com
reparações e manutenção são reconhecidos como um gasto no período em que
são incorridos.
As depreciações são calculadas, após
os bens se encontrarem disponíveis para
uso, pelo método da linha recta, em conformidade com o período de vida útil estimado para cada grupo de bens. Para
algumas classes de activos fixos tangíveis adquiridos pelo Grupo é utilizado o
método do saldo decrescente.
As vidas úteis e método de depreciação
dos vários bens são revistos anualmente.
O efeito de alguma alteração a estas estimativas é reconhecido na demonstração
dos resultados prospectivamente.
As despesas de manutenção e reparação
(dispêndios subsequentes) que não são
susceptíveis de gerar benefícios económicos futuros são registadas como gas-
Os valores residuais dos activos e as respectivas vidas úteis são revistos e ajustados, se necessário, na data do balanço.
Se a quantia escriturada é superior ao
valor recuperável do activo, procede-se
ao seu reajustamento para o valor recuperável estimado mediante o registo de
perdas por imparidade (Nota 3.7).
Os ganhos ou perdas provenientes do
abate ou alienação são determinados
pela diferença entre o montante recebido
na transacção e a quantia escriturada do
activo, e são reconhecidos na demonstração dos resultados, nas rubricas ”Outros rendimentos e ganhos” e “Outros
gastos e perdas”.
3.4. Locações
As locações são classificadas como financeiras sempre que os seus termos
transferem substancialmente todos os
riscos e recompensas associados à
propriedade do bem para o locatário.
As restantes locações são classificadas
como operacionais. A classificação das
locações é feita em função da substância
e não da forma do contrato.
Os activos adquiridos mediante contratos de locação financeira, bem como as
correspondentes responsabilidades, são
registados no início da locação pelo menor de entre o justo valor dos activos e o
valor presente dos pagamentos mínimos
da locação. Os pagamentos de locações
financeiras são repartidos entre encargos
financeiros e redução da responsabilidade, por forma a ser obtida uma taxa
de juro constante sobre o saldo pendente
da responsabilidade.
Os pagamentos de locações operacionais são reconhecidos como gasto numa
base linear durante o período da locação.
Os incentivos recebidos são registados
como uma responsabilidade, sendo o
Relatório do conselho de administração 2014_DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS 55
montante agregado dos mesmos reconhecido como uma redução ao gasto
com a locação, igualmente numa base
linear.
As rendas contingentes são reconhecidas como gastos do período em que são
incorridas.
3.5. Propriedades
de investimento
As propriedades de investimento compreendem, essencialmente, imóveis detidos para obter rendas ou valorizações
do capital (ou ambos), não se destinando
ao uso na produção ou fornecimento de
bens ou serviços ou para fins administrativos ou para venda no curso ordinário
dos negócios.
As propriedades de investimento são
inicialmente mensuradas ao custo (que
inclui custos de transacção). Subsequentemente, as propriedades de investimento são mensuradas de acordo com
o modelo do custo.
Os custos incorridos relacionados com
propriedades de investimento em utilização nomeadamente, manutenções,
reparações, seguros e impostos sobre
propriedades são reconhecidos como
um gasto no período a que se referem.
As beneficiações relativamente às quais
existem expectativas de que irão gerar
benefícios económicos futuros adicionais
são capitalizadas na rubrica de “Propriedades de investimento”.
3.6. Activos intangíveis
i) Intangíveis adquiridos
separadamente
Os activos intangíveis adquiridos separadamente são registados ao custo (ou,
em situações raras, de acordo com o
modelo de revalorização) deduzido de
amortizações e perdas por imparidade
acumuladas.
ii) Intangíveis gerados
internamente – dispêndios
de pesquisa e desenvolvimento
Os dispêndios com actividades de pesquisa são registados como gastos no
período em que são incorridos sendo
apenas reconhecido um activo intangível
gerado internamente resultante de dispêndios com actividades de desenvolvimento de um projecto se forem cumpridas e demonstradas todas as seguintes
condições:
> Existe viabilidade técnica para
concluir o intangível a fim de
que o mesmo esteja disponível
para uso ou para venda;
> Existe intenção de concluir o
intangível e de o usar ou vender;
> Existe capacidade para usar
ou vender o intangível;
> O intangível é susceptível de
gerar benefícios económicos
futuros;
> Existe disponibilidade de recursos técnicos e financeiros
adequados para concluir o desenvolvimento do intangível e
para o usar ou vender;
> É possível mensurar com fiabilidade os dispêndios associados ao intangível durante a sua
fase de desenvolvimento.
O montante inicialmente reconhecido do
activo intangível gerado internamente
consiste na soma dos dispêndios incorridos após a data em que são cumpridas
as condições atrás descritas. Quando
não são cumpridas tais condições, os
dispêndios incorridos na fase de desenvolvimento são registados como gastos
do período.
Os activos intangíveis gerados internamente são registados ao custo deduzido
de amortizações e perdas por imparidade
acumuladas.
iii) Intangíveis adquiridos no
âmbito de concentrações de
actividades empresariais
Os intangíveis adquiridos no âmbito de
concentrações de actividades empresariais e reconhecidos separadamente
do goodwill são inicialmente registados
ao seu justo valor na data da aquisição,
sendo subsequentemente deduzidos de
amortizações e perdas por imparidade
acumuladas.
iv) Amortização de Intangíveis
As amortizações são reconhecidas numa
base linear durante a vida útil estimada
dos activos intangíveis. As vidas úteis e
método de amortização dos vários activos intangíveis são revistos anualmente.
O efeito de alguma alteração a estas estimativas é reconhecido na demonstração
dos resultados prospectivamente.
Os activos intangíveis (independentemente da forma como são adquiridos
ou gerados) com vida útil indefinida não
são amortizados, sendo antes sujeitos a
testes de imparidade com uma periodicidade anual, ou então sempre que haja
uma indicação de que o intangível possa
estar em imparidade.
v) Direitos de emissão
de gases com efeito de estufa
As Licenças de emissão de CO2 atribuídas ao Grupo, no âmbito do CELE (Comércio Europeu de Licenças de Emissão
56
NOTAS ÀS DEMONSTRAÇÕES
FINANCEIRAS CONSOLIDADAS
de revalorização.
de gases com efeito de estufa) 20132020, a título gratuito são registadas,
aquando do seu reconhecimento inicial,
pelo justo valor na rubrica “Activos intangíveis” por contrapartida do reconhecimento de um subsídio directamente em
capitais próprios na rubrica “Outras variações de capital próprio”.
Pelas emissões de gases com efeito
de estufa efectuadas pelo Grupo é reconhecido um gasto com a respectiva
amortização do activo intangível e um
rendimento em resultado do reconhecimento da quota-parte de subsídio correspondente.
A emissão de gases com efeito de estufa
é mensurada ao custo das licenças detidas, segundo a fórmula de custeio FIFO.
Na alienação de direitos de emissão é
apurado o ganho ou a perda entre o valor de realização e o respectivo custo de
aquisição, deduzido do correspondente
subsídio do Estado, o qual é registado
em “Outros rendimentos e ganhos” ou
“Outros gastos e perdas” respectivamente no período em que ocorre a alienação.
Sempre que as emissões de gases com
efeito de estufa excedem a quantidade
de licenças detidas são reconhecidas as
respectivas responsabilidades nos termos da NCRF 21 - Provisões, Passivos
Contingentes e Activos Contingentes.
3.7. Imparidade de activos
fixos tangíveis e intangíveis
excluindo goodwill
Em cada data de relato é efectuada uma
revisão das quantias escrituradas dos
activos fixos tangíveis e intangíveis do
Grupo com vista a determinar se existe
algum indicador de que possam estar em
imparidade. Se existir algum indicador, é
estimada a quantia recuperável dos respectivos activos a fim de determinar a extensão da perda por imparidade (se for o
caso). Quando não é possível determinar
a quantia recuperável de um activo individual, é estimada a quantia recuperável
da unidade geradora de caixa a que esse
activo pertence.
A quantia recuperável do activo ou da
unidade geradora de caixa consiste no
maior de entre (i) o justo valor deduzido
de custos para vender e (ii) o valor de
uso. Na determinação do valor de uso,
os fluxos de caixa futuros estimados são
descontados usando uma taxa de desconto antes de impostos que reflicta as
expectativas do mercado quanto ao valor
temporal do dinheiro e quanto aos riscos
específicos do activo ou da unidade geradora de caixa relativamente aos quais
as estimativas de fluxos de caixa futuros
não tenham sido ajustadas.
Sempre que a quantia escriturada do
activo ou da unidade geradora de caixa
for superior à sua quantia recuperável, é
reconhecida uma perda por imparidade.
A perda por imparidade é registada de
imediato na demonstração dos resultados nas rubricas “Imparidade de activos
não depreciáveis/amortizáveis ((perdas)/
reversões)” ou “Imparidade de activos
depreciáveis/amortizáveis ((perdas)/reversões)” salvo se tal perda compensar
um excedente de revalorização registado
no capital próprio. Neste último caso, tal
perda será tratada como um decréscimo
A reversão de perdas por imparidade
reconhecidas em períodos anteriores é
registada quando há evidências de que
as perdas por imparidade reconhecidas
já não existem ou diminuíram. A reversão
das perdas por imparidade é reconhecida
na demonstração dos resultados nessas
mesmas rubricas e é efectuada até ao
limite da quantia que estaria reconhecida
(líquida de amortizações) caso a perda
não tivesse sido registada.
3.8. Imposto sobre
o rendimento
O imposto sobre o rendimento corresponde à soma dos impostos correntes
com os impostos diferidos. Os impostos
correntes e os impostos diferidos são registados em resultados, salvo quando se
relacionam com itens registados directamente no capital próprio. Nestes casos
os impostos correntes e os impostos
diferidos são igualmente registados no
capital próprio.
Imposto corrente: o imposto corrente a
pagar é baseado no lucro tributável do
período das várias entidades incluídas
no perímetro de consolidação. O lucro
tributável difere do resultado contabilístico, uma vez que exclui diversos gastos
e rendimentos que apenas serão dedutíveis ou tributáveis noutros períodos.
O lucro tributável exclui ainda gastos e
rendimentos que nunca serão dedutíveis
ou tributáveis.
Imposto diferido: os impostos diferidos
referem-se às diferenças temporárias entre os montantes dos activos e passivos
para efeitos de relato contabilístico e os
respectivos montantes para efeitos de
tributação.
São geralmente reconhecidos passivos
por impostos diferidos para todas as di-
Relatório do conselho de administração 2014_DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS 57
ferenças temporárias tributáveis.
São reconhecidos activos por impostos
diferidos para as diferenças temporárias
dedutíveis, porém tal reconhecimento
unicamente se verifica quando existem
expectativas razoáveis de lucros fiscais
futuros suficientes para utilizar esses activos por impostos diferidos. Em cada
data de relato é efectuada uma revisão
desses activos por impostos diferidos,
sendo os mesmos ajustados em função
das expectativas quanto à sua utilização
futura.
Os activos e os passivos por impostos
diferidos são mensurados utilizando as
taxas de tributação que se espera estarem em vigor à data da reversão das
correspondentes diferenças temporárias, com base nas taxas de tributação
(e legislação fiscal) que esteja formal ou
substancialmente emitida na data de relato.
A compensação entre activos e passivos
por impostos diferidos apenas é permitida quando: (i) a empresa tem um direito
legal de proceder à compensação entre
tais activos e passivos para efeitos de
liquidação; (ii) tais activos e passivos relacionam-se com impostos sobre o rendimento lançados pela mesma autoridade
fiscal e (iii) a empresa tem a intenção de
proceder à compensação para efeitos de
liquidação.
3.9. Inventários
Os inventários encontram-se valorizados
de acordo com os seguintes critérios:
i) Mercadorias e matérias-primas
As mercadorias e as matérias-primas,
subsidiárias e de consumo encontram-se
valorizadas ao mais baixo entre o custo
de aquisição e o valor realizável líquido.
O custo de aquisição inclui as despesas
de compra acessórias, utilizando-se o
custo médio ponderado como método
de custeio.
ii) Produtos acabados e
produtos e trabalhos em curso
Os produtos acabados e intermédios e
os produtos e trabalhos em curso encontram-se valorizados ao mais baixo
de entre o custo de produção (que inclui
o custo das matérias-primas incorporadas, mão-de-obra e gastos gerais de
fabrico, tomando por base o nível normal
de produção) e o valor realizável líquido,
excluindo quaisquer custos de armazenamento, logística e de venda.
O valor realizável líquido corresponde ao
preço de venda estimado deduzido dos
custos estimados de acabamento e de
comercialização. As diferenças entre o
custo e o valor realizável líquido, se inferior, são registadas em Imparidade de
inventários.
3.10. Activos e passivos
financeiros
Os activos e os passivos financeiros
são reconhecidos no balanço quando
as empresas do Grupo se tornam parte
das correspondentes disposições contratuais, sendo utilizado para o efeito o
previsto na NCRF 27 – Instrumentos financeiros.
Os activos e os passivos financeiros são
classificados nas seguintes categorias:
(i) ao custo ou custo amortizado e (ii) ao
justo valor com as alterações reconhecidas na demonstração dos resultados.
i) Ao custo ou custo amortizado
São classificados na categoria “ao custo
ou custo amortizado” os activos e os
passivos financeiros que apresentem as
seguintes características:
> Sejam à vista ou tenham uma
maturidade definida; e
> Tenham associado um retorno
fixo ou determinável; e
> Não sejam um instrumento
financeiro derivado ou não incorporem um instrumento financeiro derivado.
O custo amortizado é determinado através do método do juro efectivo. A taxa
de juro efectiva é a taxa que desconta
exactamente os pagamentos ou recebimentos futuros estimados durante a vida
esperada do instrumento financeiro na
quantia líquida escriturada do activo ou
passivo financeiro.
Nesta categoria incluem-se, consequentemente, os seguintes activos e passivos
financeiros:
a) Clientes e outras dívidas de terceiros
Os saldos de clientes e de outras dívidas de terceiros são registados ao custo
amortizado deduzido de eventuais perdas por imparidade. Usualmente, o custo
amortizado destes activos financeiros
não difere do seu valor nominal.
b) Caixa e depósitos bancários
Os montantes incluídos na rubrica de
“Caixa e depósitos bancários” correspondem aos valores de caixa, depósitos
bancários e depósitos a prazo e outras
aplicações de tesouraria vencíveis a menos de três meses e para os quais o risco
de alteração de valor é insignificante.
Estes activos são mensurados ao custo
amortizado. Usualmente, o custo amortizado destes activos financeiros não difere do seu valor nominal.
58
NOTAS ÀS DEMONSTRAÇÕES
FINANCEIRAS CONSOLIDADAS
c) Outros activos financeiros
Os outros activos financeiros, que incluem os empréstimos concedidos, são
registados ao custo amortizado deduzido
de eventuais perdas por imparidade.
d) Fornecedores e outras
dívidas a terceiros
Os saldos de fornecedores e de outras
dívidas a terceiros são registados ao
custo amortizado. Usualmente, o custo
amortizado destes passivos financeiros
não difere do seu valor nominal
e) Financiamentos obtidos
Os financiamentos obtidos são registados no passivo ao custo amortizado.
Eventuais despesas incorridas com a
obtenção desses financiamentos, designadamente comissões bancárias ou
imposto do selo, assim como os encargos com juros e despesas similares, são
reconhecidas pelo método do juro efectivo em resultados do período ao longo
do período de vida desses financiamentos. As referidas despesas incorridas
são apresentadas a deduzir à rubrica de
“Financiamentos obtidos”.
executados, reúnam as condições atrás
descritas para serem classificados na categoria “Ao custo ou custo amortizado”
são registados ao custo deduzido de
eventuais perdas por imparidade.
Estes montantes são registados, consoante a sua natureza, na rubrica “Outros
activos financeiros” ou na rubrica “Outros
passivos financeiros”.
O custo amortizado é determinado através do método do juro efectivo. A taxa
de juro efectiva é a taxa que desconta
exactamente os pagamentos ou recebimentos futuros estimados durante a vida
esperada do instrumento financeiro na
quantia líquida escriturada do activo ou
passivo financeiro.
ii) Ao justo valor com as alterações
reconhecidas na demonstração
dos resultados
Todos os activos e passivos financeiros
não classificados na categoria “Ao custo
ou custo amortizado” são classificados
na categoria “Ao justo valor com as alterações reconhecidas na demonstração
dos resultados”.
dade em cada data de relato. Tais activos
financeiros encontram-se em imparidade
quando existe uma evidência objectiva
de que, em resultado de um ou mais
acontecimentos ocorridos após o seu
reconhecimento inicial, os seus fluxos de
caixa futuros estimados são afectados.
Para os activos financeiros mensurados
ao custo amortizado, a perda por imparidade a reconhecer corresponde à diferença entre a quantia escriturada do activo e o valor presente dos novos fluxos
de caixa futuros estimados descontados
à respectiva taxa de juro efectiva original.
Para os activos financeiros mensurados
ao custo, a perda por imparidade a reconhecer corresponde à diferença entre a
quantia escriturada do activo e a melhor
estimativa do justo valor do activo.
As perdas por imparidade são registadas
em resultados na rubrica “Imparidade de
dívidas a receber ((perdas)/reversões)” no
período em que são determinadas.
Subsequentemente, se o montante da
perda por imparidade diminui e tal diminuição pode ser objectivamente relacionada com um acontecimento que teve
lugar após o reconhecimento da perda,
esta deve ser revertida por resultados.
A reversão deve ser efectuada até ao
limite da quantia que estaria reconhecida (custo amortizado) caso a perda
não tivesse sido inicialmente registada.
A reversão de perdas por imparidade é
registada em resultados nessa mesma
rubrica e não é permitida a reversão de
perdas por imparidade registada em investimentos em instrumentos de capital
próprio (mensurado ao custo).
Os outros passivos financeiros são geralmente registados ao custo amortizado.
Tais activos e passivos financeiros são
mensurados ao justo valor, sendo as variações no mesmo registadas em resultados nas rubricas “Perdas por reduções
de justo valor” e “Ganhos por aumentos
de justo valor”.
g) Contratos para conceder ou contrair
empréstimos
3.10.1. Imparidade
de activos financeiros
3.10.2. Desreconhecimento
de activos e passivos
financeiros
Os contratos para conceder ou contrair
empréstimos que não possam ser liquidados numa base líquida e que, quando
Os activos financeiros classificados na
categoria “Ao custo ou custo amortizado” são sujeitos a testes de impari-
O Grupo desreconhece activos financeiros apenas quando os direitos contratuais aos seus fluxos de caixa expiram,
f) Outros passivos financeiros
Relatório do conselho de administração 2014_DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS 59
ou quando transfere para outra entidade
os activos financeiros e todos os riscos
e benefícios significativos associados à
posse dos mesmos. São desreconhecidos os activos financeiros transferidos
relativamente aos quais o Grupo reteve
alguns riscos e benefícios significativos,
desde que o controlo sobre os mesmos
tenha sido cedido.
O Grupo desreconhece passivos financeiros apenas quando a correspondente
obrigação seja liquidada, cancelada ou
expire.
3.11. Activos não
correntes detidos
para venda e unidades
operacionais
descontinuadas
Os activos não correntes e os grupos
para alienação são classificados como
detidos para venda quando a sua quantia
escriturada for essencialmente recuperada através de uma venda e não através do seu uso continuado. Considera-se que esta condição se verifica apenas
quando a venda é altamente provável e o
activo não corrente ou grupo para alienação está disponível para venda imediata
nas suas condições presentes. A correspondente venda deve estar concluída no
prazo de um ano a contar da data da
classificação do activo não corrente ou
do grupo para alienação como disponível
para venda.
Quando o Grupo está comprometido
com um plano de venda de uma subsidiária que envolva a perda de controlo
sobre a mesma, todos os activos e passivos dessa subsidiária são classificados
como detidos para venda, desde que se
cumpram os requisitos referidos no parágrafo anterior, ainda que o Grupo retenha
algum interesse minoritário na subsidiária
após a venda.
A partir do momento em que determi-
nados activos tangíveis passam a ser
considerados como detidos para venda
cessa a depreciação inerente a esses
bens passando estes a ser classificados
como activos não correntes detidos para
venda. Os ganhos ou perdas nas alienações de activos tangíveis, determinados
pela diferença entre o valor de venda e
o respectivo valor líquido contabilístico,
são contabilizados em resultados na rubrica “Ganhos e perdas com a alienação
de activos”.
Os activos não correntes e os grupos
para alienação classificados como detidos para venda são mensurados ao menor de entre a sua quantia escriturada
antes da classificação e o seu justo valor
menos os custos para vender.
3.12. Subsídios do governo
Os subsídios do governo apenas são reconhecidos quando há uma certeza razoável de que o Grupo irá cumprir com
as condições de atribuição dos mesmos
e de que os mesmos irão ser recebidos.
Os subsídios do governo associados à
aquisição ou produção de activos não
correntes são inicialmente reconhecidos
no capital próprio, na rubrica “Outras
variações no capital próprio”, sendo
subsequentemente imputados numa
base sistemática (proporcionalmente às
amortizações dos activos subjacentes)
como rendimentos do período durante
as vidas úteis dos activos com os quais
se relacionam. No caso de se relacionarem com activos não depreciáveis, são
mantidos no capital próprio, excepto na
parte necessária para compensar eventuais perdas por imparidade nos referidos
activos.
Outros subsídios do governo são, de
uma forma geral, reconhecidos como
rendimentos de uma forma sistemática
durante os períodos necessários para os
balancear com os gastos que é suposto
compensarem. Subsídios do Governo
que têm por finalidade compensar perdas já incorridas ou que não têm custos
futuros associados são reconhecidos
como rendimentos do período em que
se tornam recebíveis.
3.13. Saldos e transacções
em moeda estrangeira
As transacções em moeda estrangeira
(moeda diferente da moeda funcional
da empresa) são registadas às taxas de
câmbio das datas das transacções. Em
cada data de relato, as quantias escrituradas dos itens monetários denominados em moeda estrangeira são actualizadas às taxas de câmbio dessa data.
As quantias escrituradas dos itens não
monetários registados ao justo valor denominados em moeda estrangeira são
actualizadas às taxas de câmbio das datas em que os respectivos justos valores
foram determinados. As quantias escrituradas dos itens não monetários registados ao custo histórico denominados em
moeda estrangeira não são actualizadas.
As diferenças de câmbio resultantes das
actualizações atrás referidas são registadas em resultados do período em que
são geradas.
3.14. Provisões
São reconhecidas provisões apenas
quando o Grupo tem uma obrigação presente (legal ou implícita) resultante dum
acontecimento passado, é provável que
para a liquidação dessa obrigação ocorra
uma saída de recursos e o montante da
obrigação possa ser razoavelmente estimado.
O montante reconhecido das provisões
consiste no valor presente da melhor estimativa na data de relato dos recursos
necessários para liquidar a obrigação.
60
NOTAS ÀS DEMONSTRAÇÕES
FINANCEIRAS CONSOLIDADAS
do Grupo com a recuperação, na data
em que estes ocorrem.
3.15. Benefícios pós-emprego
Tal estimativa é determinada tendo em
consideração os riscos e incertezas associados à obrigação.
As provisões são revistas na data de relato e são ajustadas de modo a reflectir
a melhor estimativa a essa data.
As obrigações presentes que resultam
de contratos onerosos são registadas e
mensuradas como provisões. Existe um
contrato oneroso quando o Grupo é parte
integrante das disposições de um contrato de acordo, cujo cumprimento tem
associados custos que não é possível
evitar que excedem os benefícios económicos derivados do mesmo.
É reconhecida uma provisão para reestruturação quando o Grupo desenvolveu um
plano formal detalhado de reestruturação
e iniciou a implementação do mesmo ou
anunciou as suas principais componentes aos afectados pelo mesmo. Na mensuração da provisão para reestruturação
são apenas considerados os dispêndios
que resultam directamente da implementação do correspondente plano,
não estando, consequentemente, relacionados com as actividades correntes
da empresa.
Os passivos contingentes não são reconhecidos nas demonstrações financeiras,
sendo divulgados sempre que a possibilidade de existir uma saída de recursos
englobando benefícios económicos não
seja remota. Os activos contingentes não
são reconhecidos nas demonstrações financeiras, sendo divulgados quando for
provável a existência de um influxo económico futuro de recursos.
Recuperação ambiental
e paisagística
Nos termos da legislação aplicável, algumas das empresas do Grupo, têm como
responsabilidade a recuperação ambiental e paisagística das pedreiras afectas
à exploração. Os trabalhos de reabilitação incluem essencialmente a limpeza
e regularização das áreas destinadas à
recuperação, a modelação e preparação
do terreno, o transporte e espalhamento
de materiais rejeitados para aterro, a fertilização, a execução do plano geral de
revestimento com hidrossementeiras e
plantações e a manutenção e conservação das zonas recuperadas após a implantação.
A extensão dos trabalhos necessários e
dos respectivos custos a incorrer foram
determinados com base em estudos
preparados por entidades independentes, sendo que a responsabilidade total
foi mensurada pelo valor esperado dos
fluxos de caixa futuros, descontados a
valor presente.
Juízos de valor e estimativas estão envolvidos na formação de expectativas
sobre actividades futuras e no montante
e período de tempo dos fluxos de caixa
associados. Estas perspectivas são efectuadas com base na envolvente existente
e regulamentação em vigor.
O valor da provisão para recuperação
paisagística é incrementado na data de
relato financeiro, em função do efeito
temporal do dinheiro por contrapartida
da rubrica “Juros e gastos similares suportados” e é reduzido pelos dispêndios
efectuados por cada uma das empresas
3.15.1. Planos de contribuição
definida
As contribuições para planos de contribuição definida são reconhecidas
como gasto na rubrica de “Gastos com
o pessoal” no período a que respeitam
(quando os empregados abrangidos pelo
plano prestaram os serviços que lhes
conferem o direito aos benefícios).
3.15.2. Planos de benefícios
definidos
No que diz respeito aos planos de benefícios definidos, o correspondente custo
é também reconhecido na rubrica de
“Gastos com o pessoal” e é determinado
através do método da unidade de crédito
projectada, sendo as respectivas avaliações actuariais efectuadas em cada data
de relato intercalar e anual.
Os desvios actuariais, resultantes das diferenças entre os pressupostos utilizados
para efeito de apuramento de responsabilidades e o que efectivamente ocorreu
(bem como de alterações efectuadas aos
mesmos e do diferencial entre o valor esperado da rentabilidade dos activos dos
fundos e a rentabilidade real) são reconhecidos, quando incorridos, directamente
em capitais próprios na rubrica “Outras
variações no capital próprio” (Nota 20).
O custo dos serviços passados é reconhecido em resultados numa base de
linha recta durante o período até que os
correspondentes benefícios se tornem
adquiridos. São reconhecidos imediatamente na medida em que os benefícios já
tenham sido totalmente adquiridos.
Os ganhos e perdas gerados por um
Relatório do conselho de administração 2014_DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS 61
corte ou uma liquidação de um plano
de pensões de benefícios definidos são
reconhecidos em resultados do período
quando o corte ou a liquidação ocorrer.
Um corte ocorre quando se verifica uma
redução material no número de empregados ou o plano é alterado de forma a que
os benefícios atribuídos sejam reduzidos,
com efeito material.
A responsabilidade associada aos benefícios garantidos reconhecida no balanço
representa o valor presente da correspondente obrigação, ajustado por ganhos e
perdas actuariais e pelo custo dos serviços passados não reconhecidos e deduzido do justo valor dos activos do plano.
3.16. Outros benefícios a longo
prazo dos empregados
Relativamente ao reconhecimento e
mensuração dos outros benefícios a
longo prazo dos empregados, a NCRF 28
– Benefícios dos empregados, prevê um
método simplificado de contabilização
dos mesmos diferindo da contabilização
exigida para os benefícios pós-emprego
no reconhecimento imediato como rendimento ou gasto: (i) ganhos e perdas
actuariais e (ii) todo o custo dos serviços
passados.
Os respectivos custos são registados na
rubrica ‘‘Gastos com o pessoal” e a responsabilidade reconhecida no balanço
corresponde ao valor presente da obrigação de benefícios definidos, determinada
de acordo com as avaliações actuariais
em cada data de relato intercalar e anual.
3.17. Benefícios a curto prazo
de empregados
Os benefícios a curto prazo de empregados são registados como gasto na rubrica “Gastos com o pessoal” aquando
da prestação de serviço pelo empregado.
No caso da participação nos lucros e
gratificações os gastos são reconhecidos quando e, só quando: (i) exista a
obrigação legal ou construtiva de fazer
tais pagamentos, em consequência de
acontecimentos passados e (ii) possa ser
feita uma estimativa fiável da obrigação.
Existe uma obrigação presente quando e,
só quando, o Grupo não tem alternativa
realista senão a de fazer os pagamentos.
3.18. Rédito
O rédito é mensurado pelo justo valor
da contraprestação recebida ou a receber. O rédito a reconhecer é deduzido
do montante estimado de devoluções,
descontos e outros abatimentos. O rédito reconhecido não inclui IVA e outros
impostos liquidados relacionados com
a venda.
O rédito proveniente da venda de bens é
reconhecido quando todas as seguintes
condições são satisfeitas:
> Todos os riscos e vantagens
da propriedade dos bens foram
transferidos para o comprador;
> A empresa não mantém qualquer controlo sobre os bens
vendidos;
> O montante do rédito pode ser
mensurado com fiabilidade;
> É provável que benefícios
económicos futuros associados à transacção fluam para a
empresa;
à fase de acabamento da transacção à
data de relato, desde que todas as seguintes condições sejam satisfeitas:
> O montante do rédito pode ser
mensurado com fiabilidade;
> É provável que benefícios
económicos futuros associados à transacção fluam para a
empresa;
> Os custos incorridos ou a incorrer com a transacção podem
ser mensurados com fiabilidade;
> A fase de acabamento da transacção à data de relato pode ser
mensurada com fiabilidade.
O rédito de juros é reconhecido utilizando
o método do juro efectivo, desde que
seja provável que benefícios económicos fluam para o Grupo e o seu montante
possa ser mensurado com fiabilidade.
O rédito proveniente de dividendos deve
ser reconhecido quando for estabelecido
o direito do Grupo receber o correspondente montante.
3.19. Encargos financeiros
com empréstimos obtidos
Os encargos financeiros relacionados
com empréstimos são geralmente reconhecidos como gastos à medida que são
incorridos.
> Os custos incorridos ou a incorrer com a transacção podem
ser mensurados com fiabilidade.
Os encargos financeiros de empréstimos directamente relacionados com a
aquisição, construção ou produção de
activos fixos são capitalizados quando
o seu período de construção é superior
a um ano, fazendo parte integrante do
custo do activo.
O rédito proveniente da prestação de
serviços é reconhecido com referência
A capitalização destes encargos começa
após o início da preparação das activida-
62
NOTAS ÀS DEMONSTRAÇÕES
FINANCEIRAS CONSOLIDADAS
instrumento de cobertura a compensar
variações nos justos valores e fluxos de
caixa do item coberto.
des de construção ou desenvolvimento
do activo e é interrompida após o início
de utilização ou quando o projecto em
causa se encontre suspenso.
Quaisquer proveitos financeiros gerados
por empréstimos, directamente relacionados com um investimento específico,
são deduzidos aos encargos financeiros
elegíveis para capitalização.
3.20. Instrumentos
financeiros derivados
e contabilidade
de cobertura
O Grupo utiliza derivados com o objectivo de gerir os riscos financeiros a que
se encontra sujeito.
Os instrumentos financeiros derivados
são registados inicialmente pelo seu justo
valor na data em que são contratados.
Em cada data de relato são remensurados ao justo valor, sendo o correspondente ganho ou perda de remensuração
registado de imediato em resultados,
salvo se tais instrumentos forem designados como instrumento de cobertura.
Quando forem designados como instrumento de cobertura, o correspondente
ganho ou perda de remensuração deve
ser registado em resultados quando a
posição coberta afectar resultados.
Um instrumento financeiro derivado com
um justo valor positivo é reconhecido
como um activo financeiro nas rubricas
“Outros activos financeiros não correntes” ou “Outros activos financeiros
correntes”. Um instrumento financeiro
derivado com um justo valor negativo é
reconhecido como um passivo financeiro
nas rubricas “Outros passivos financei-
ros não correntes” ou “Outros passivos
financeiros correntes”.
Um instrumento financeiro derivado é
apresentado como não corrente se a
sua maturidade remanescente for superior a 12 meses e não for expectável a
sua realização ou liquidação no prazo de
12 meses.
Contabilidade de cobertura
O Grupo designa como instrumento de
cobertura determinados instrumentos financeiros derivados, no âmbito de operações de cobertura do risco de taxa de
juro e do risco de preço de licenças de
emissão de gases com efeitos de estufa.
Os critérios para a aplicação das regras
de contabilidade de cobertura são os
seguintes:
> Adequada documentação da
operação de cobertura;
> O risco a cobrir é um dos riscos descritos na NCRF 27 – Instrumentos financeiros;
> É esperado que as alterações
no justo valor ou fluxos de caixa
do item coberto, atribuíveis ao
risco a cobrir, sejam praticamente compensadas pelas alterações no justo valor do instrumento de cobertura.
No início da operação da cobertura, o
Grupo documenta a relação entre o instrumento de cobertura e o item coberto,
os seus objectivos e estratégia de gestão
do risco e a sua avaliação da eficácia do
As variações no justo valor dos instrumentos financeiros derivados designados como instrumento de cobertura no
âmbito de cobertura do risco de preço de
licenças de emissão de gases com efeito
de estufa no âmbito de um compromisso
ou de uma transacção futura de elevada
probabilidade são registadas no capital
próprio na rubrica “Outras variações de
capital próprio – reserva de cobertura”.
Tais ganhos ou perdas registados no
capital próprio são reclassificados para
resultados nos períodos em que o item
coberto afectar resultados, sendo apresentados na linha afectada pelo item
coberto.
A contabilidade de cobertura é descontinuada quando o Grupo revoga a
relação de cobertura, quando o instrumento de cobertura expira, é vendido,
ou é exercido, ou quando o instrumento
de cobertura deixa de se qualificar para
a contabilidade de cobertura. Qualquer
montante registado em “Outras variações no capital próprio” apenas é reclassificado para resultados quando
a posição coberta afectar resultados.
Quando a posição coberta consistir
numa transacção futura e não for expectável que a mesma ocorra, qualquer
montante registado em “Outras variações no capital próprio” é de imediato
reclassificado para resultados.
3.21. Gestão de risco
3.21.1. Factores
de risco financeiro
O Grupo Secil tem um programa de gestão de risco que foca a sua análise nos
mercados financeiros com vista a mitigar
os potenciais efeitos adversos na performance financeira do Grupo Secil.
Relatório do conselho de administração 2014_DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS 63
A gestão deste risco é conduzida pela
Direcção Financeira do Grupo Secil de
acordo com políticas aprovadas pela Administração.
a) Risco cambial
A variação da taxa de câmbio do Euro
face a outras moedas pode afectar os
resultados do Grupo de diversas formas.
O risco cambial resulta essencialmente:
(i) da transposição para Euros das demonstrações financeiras das subsidiárias e associadas localizadas na Tunísia,
Angola, Líbano e Brasil, cuja moeda
funcional é distinta da moeda de relato
financeiro e (ii) dos fluxos operacionais
em USD, nomeadamente os relativos às
vendas de cimento e clinquer e às compras de combustíveis e fretes de navios.
O Grupo Secil prosseguiu a sua política
de maximização do potencial de cobertura natural da sua exposição cambial,
via compensação dos fluxos cambiais
intra-grupo.
Para os fluxos não compensados naturalmente, o risco tem vindo a ser analisado e parcialmente coberto através da
transacção de divisas spot e forward,
que estabelecem o contra-valor máximo
a pagar e permitem beneficiar parcialmente de evoluções favoráveis na taxa
de câmbio.
b) Risco de taxa de juro
A política de gestão de risco de taxa de
juro visa minimizar o custo da dívida sujeito à manutenção de um nível baixo de
volatilidade dos encargos financeiros.
O Grupo Secil tem contratada com uma
instituição financeira uma cobertura de
risco da taxa de juro que lhe permitiu fixar
um valor máximo para os encargos finan-
ceiros relativos a esta dívida de longo
prazo. A restante dívida foi mantida num
regime de taxa variável.
c) Risco de licenças de emissão de efeitos de estufa
O Grupo Secil promove uma gestão activa da sua carteira de licenças de emissão de carbono que lhe foram atribuídas
no âmbito da fase 3 do EU-ETS. Fruto da
crescente utilização de combustíveis alternativos, o Grupo Secil tem registado (e
prevê manter) alguns excessos de licenças de emissão, tendo estes excedentes
vindo a ser transaccionadas no mercado,
reduzindo/ minorando o risco de preço.
d) Risco de crédito
O risco de crédito está essencialmente
relacionado com os montantes a receber
de clientes.
O agravamento das condições económicas globais ou adversidades que afectem
apenas as economias a uma escala local
pode originar a incapacidade dos clientes em saldar as obrigações decorrentes
das vendas de produtos. O seguro de
crédito tem sido um dos instrumentos
adoptados pelo Grupo Secil para, em
complemento com a sua constante e
essencial monitorização, minorar os impactos negativos deste tipo de risco.
facilidades de crédito de apoio à tesouraria em montantes suficientes e disponíveis a todo o momento e acumulando
montantes em caixa.
3.21.2. Factores de risco
operacional
a) Sector da Construção
O volume de negócios da Secil depende
do nível de actividade no sector da construção em cada um dos mercados geográficos em que opera. O sector da construção tende a ser cíclico, especialmente
em economias maduras, e depende do
nível de construção residencial e comercial, bem como do nível de investimentos
em infra-estruturas.
O sector da construção é sensível a factores como as taxas de juro e uma quebra da actividade económica numa dada
economia pode conduzir a uma recessão
no sector da construção.
Apesar da empresa considerar que a
sua diversificação geográfica é a melhor
forma de conseguir a estabilização dos
seus resultados, a sua actividade, situação financeira e resultados operacionais
podem ser negativamente afectados por
uma quebra do sector da construção em
qualquer mercado significativo em que
opere.
e) Risco de liquidez
b) Procura de produtos - Secil
O Grupo gere o risco de liquidez por três
vias: garantindo que a sua dívida financeira tem uma componente de médio e
longo prazo com maturidades adequadas aos activos financiados, dispondo de
Nos mercados maduros a procura de cimento e outros materiais de construção
tende a ser bastante regular ao longo do
ano. Apenas se nota uma redução da
procura durante o mês de Janeiro e De-
64
NOTAS ÀS DEMONSTRAÇÕES
FINANCEIRAS CONSOLIDADAS
aquisição.
zembro. A procura dos produtos da Secil
está, em geral, alinhada com esse padrão
de comportamento.
c) Legislação ambiental
Nos últimos anos, a legislação comunitária e nacional tem vindo a tornar-se mais
limitativa no que respeita ao controlo dos
efluentes.
O Grupo Secil respeita a legislação
actualmente em vigor, tendo para isso
realizado investimentos muito significativos nos últimos anos. Embora não
se preveja, num futuro próximo, alterações significativas à actual legislação,
existe a possibilidade da Secil necessitar de realizar investimentos adicionais nesta área, de modo a cumprir
eventuais novos limites que venham a
ser aprovados.
d) Custos energéticos
Uma parte significativa dos custos do
Grupo está dependente dos custos energéticos. A energia é um factor de custo
com peso significativo na actividade da
Secil e nas suas participadas.
O Grupo protege-se, em certa medida,
contra o risco da subida do preço da
energia através da possibilidade de
algumas das suas fábricas utilizarem
combustíveis alternativos e de contratos
de fornecimento de energia eléctrica de
longo prazo para algumas das necessidades energéticas.
Apesar destas medidas, flutuações significativas nos custos da electricidade e
dos combustíveis podem afectar negati-
vamente a sua actividade, situação financeira e resultados operacionais do Grupo.
e) Necessidade de investimentos significativos em novas aquisições no futuro
O Grupo Secil tem interesses em sectores onde se tem vindo a assistir a
processos de consolidação e onde
podem surgir oportunidades de crescimento quer orgânico quer pela via de
aquisições.
3.22. Capital Social
e acções próprias
As acções ordinárias são classificadas no
capital próprio (Nota 20).
Os custos directamente atribuíveis à
emissão de novas acções ou outros instrumentos de capital próprio são apresentados como uma dedução, líquida de
impostos, ao valor recebido resultante
da emissão.
Os custos directamente imputáveis à
emissão de novas acções ou opções,
para a aquisição de um negócio são
incluídos no custo de aquisição, como
parte do valor da compra.
As acções próprias são contabilizadas pelo seu valor de aquisição,
como uma redução do capital próprio, na rubrica “Acções próprias”
sendo os ganhos ou perdas inerentes à sua alienação registados em
“Outras reservas”. Em conformidade
com a legislação comercial aplicável, enquanto as acções próprias se
mantiverem na posse da sociedade,
é tornada indisponível uma reserva
de montante igual ao seu custo de
Quando alguma empresa do Grupo adquire acções da empresa-mãe (acções
próprias) o pagamento, que inclui os custos incrementais directamente atribuíveis
(líquidos de impostos), é deduzido ao
capital próprio atribuível aos detentores
do capital da empresa-mãe até que as
acções sejam canceladas, reemitidas ou
alienadas.
Quando tais acções são subsequentemente vendidas ou reemitidas,
qualquer recebimento, líquido de
custos de transacção directamente
atribuíveis e de impostos, é reflectido no capital próprio dos detentores do capital da empresa, em outras
reservas.
3.23. Distribuição
de dividendos
A distribuição de dividendos aos detentores do capital é reconhecida como
um passivo nas demonstrações financeiras do Grupo no período em que
os dividendos são aprovados pelos
accionistas e até ao momento da sua
liquidação.
3.24. Juízos de valor críticos
e principais fontes
de incerteza associadas
a estimativas
Na preparação das demonstrações financeiras consolidadas anexas foram
efectuados juízos de valor e estimativas
e utilizados diversos pressupostos que
afectam as quantias relatadas de activos e passivos, assim como as quantias
relatadas de rendimentos e gastos do
período.
As estimativas e os pressupostos
subjacentes foram determinados
com base no melhor conhecimento
Relatório do conselho de administração 2014_DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS 65
existente à data de aprovação das
demonstrações financeiras consolidadas dos eventos e transacções em
curso, assim como na experiência
de eventos passados e/ou correntes.
Contudo, poderão ocorrer situações
em períodos subsequentes que, não
sendo previsíveis à data de aprovação
das demonstrações financeiras consolidadas, não foram consideradas
nessas estimativas. As alterações às
estimativas que ocorram posteriormente à data das demonstrações financeiras serão corrigidas de forma
prospectiva. Por este motivo e dado
o grau de incerteza associado, os resultados reais das transacções em
questão poderão diferir das correspondentes estimativas.
Os principais juízos de valor e estimativas
efectuadas na preparação das demonstrações financeiras consolidadas anexas
foram os seguintes:
a) Imparidade do goodwill
O goodwill é sujeito a teste de imparidade anualmente ou sempre que existem indícios de uma eventual perda de
valor, de acordo com a política indicada
na Nota 3.2.6.
Os valores recuperáveis das unidades
geradoras de fluxos de caixa às quais o
goodwill é afecto são determinados com
base no valor de uso, apurado de acordo
com os fluxos de caixa esperados. Na
determinação do valor de uso são utilizadas estimativas por parte da gestão relativamente à evolução futura da actividade
e às taxas de desconto consideradas.
b) Imposto sobre o Rendimento
O Grupo reconhece passivos para liquidações adicionais de impostos que
possam resultar de revisões pelas autoridades fiscais.
Quando o resultado final destas situações é diferente dos valores inicialmente
registados, as diferenças terão impacto
no imposto sobre o rendimento e nos impostos diferidos, no período em que tais
diferenças são identificadas.
c) Reconhecimento de activos
por impostos diferidos
São reconhecidos activos por impostos
diferidos apenas quando existe forte segurança de que existirão lucros tributáveis futuros disponíveis para a utilização
das diferenças temporárias, ou quando
existam passivos por impostos diferidos
cuja reversão seja expectável no mesmo
período em que os activos por impostos
diferidos sejam revertidos. A avaliação
dos activos por impostos diferidos é
efectuada pela gestão no final de cada
exercício, tendo em atenção a expectativa de desempenho no futuro.
d) Pressupostos actuariais
A avaliação das responsabilidades com
benefícios definidos é efectuada semestralmente com o recurso a estudos
actuariais elaborados por peritos independentes, baseados em pressupostos
actuariais associados a indicadores económicos e demográficos. Alterações nestes pressupostos podem ter um impacto
relevante naquelas responsabilidades.
e) Provisões
O Grupo analisa de forma periódica
eventuais obrigações que ressaltem
de eventos passados e que devam
ser objecto de reconhecimento ou divulgação. A subjectividade inerente à
determinação da probabilidade e montante de recursos internos necessários
para liquidação das obrigações poderá
conduzir a ajustamentos significativos,
quer por variação dos pressupostos
utilizados, quer pelo futuro reconheci-
66
NOTAS ÀS DEMONSTRAÇÕES
FINANCEIRAS CONSOLIDADAS
mento de provisões anteriormente divulgadas como passivos contingentes.
f) Imparidade das contas
a receber
O Grupo gere os riscos de crédito na
carteira de saldos a receber através de
análises de risco criteriosas aquando da
abertura de crédito para novos clientes e
da sua revisão regular (Nota 18.4).
Desta forma, são recolhidos elementos
do comportamento financeiro dos clientes através de contactos regulares, bem
como através de contactos com outras
entidades envolvidas na relação comercial (por exemplo, agentes de vendas).
Paralelamente, a Secil e algumas das
suas subsidiárias portuguesas contratualizaram seguros de crédito (Nota
37.3) que reduzem a sua exposição ao
risco de crédito da carteira de saldos
a receber.
3.25. Acontecimentos após
a data do balanço
Os acontecimentos após a data do balanço que proporcionem informação
adicional sobre condições que existiam
à data do balanço (adjusting events ou
acontecimentos após a data do balanço
que dão origem a ajustamentos) são reflectidos nas demonstrações financeiras.
Os eventos após a data do balanço que
proporcionem informação sobre condições que ocorram após a data do balanço (non adjusting events ou acontecimentos após a data do balanço que não
dão origem a ajustamentos) são divulgados nas demonstrações financeiras, se
forem considerados materiais.
Relatório do conselho de administração 2014_DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS 67
4.Fluxos de caixa
Para efeitos da demonstração dos
fluxos de caixa, a caixa e seus equivalentes inclui numerário, depósitos
bancários imediatamente mobilizáveis
(de prazo inferior ou igual a três meses)
e aplicações de tesouraria no mercado
monetário, líquidos de descobertos
bancários e de outros financiamentos
de curto prazo equivalentes. Caixa e
seus equivalentes em 31 de Dezembro
de 2014 e 2013 detalha-se conforme
se segue:
Valores em Euros
Numerário Depósitos bancários imediatamente mobilizáveis Aplicações de tesouraria Descobertos bancários (Nota 18)
(Nota 23.3) 31/12/14 300 931 19 177 345 117 197 663 136 675 939 (9 843 159) 126 832 780 31/12/13
305 587
25 609 321
98 408 239
124 323 147
(14 163 855)
110 159 292
68
5. Investimentos
em subsidiárias
5.1.Subsidiárias
Em 31 de Dezembro de 2014 e 2013 o
Grupo apresenta as seguintes subsidiárias:
Denominação SocialSede
DirectaI
Secilpar, Unipessoal, Lda.
Lisboa
- Hewbol, S.G.P.S., Lda.
Funchal
100,00 Somera Trading Inc.
Panamá
- Secil Cabo Verde Comércio e Serviços, Lda.
Praia
- ICV - Inertes de Cabo Verde, Lda.
Praia
37,50 Florimar- Gestão e Participações, S.G.P.S., Lda.
Funchal
100,00 Sociedade de Inertes, Limitada
Nacala
- Seciment Investments, B.V.
Amesterdão
100,00 I3 Participações e Serviços, Ltda.
Rio de Janeiro
- Serife - Sociedade de Estudos e Realizações Industriais e de Fornecimento de Equipamento, Lda.
Lisboa
100,00 Silonor, S.A.
Dunkerque
100,00 Société des Ciments de Gabés Tunis
98,72 Sud- Béton- Société de Fabrication de Béton du Sud Tunis
- Zarzis Béton
Tunis
- Secil Angola, SARL Luanda
100,00 Secil - Companhia de Cimento do Lobito, S.A.
Lobito
- Secil, Betões e Inertes, S.G.P.S., S.A. Setúbal
100,00 Unibetão - Indústrias de Betão Preparado, S.A.
Lisboa
- Britobetão - Central de Betão, Lda.
Évora
- Eurobetão - Betão Pronto, S.A.
Lisboa
- Secil Britas, S.A.
Lisboa
- Lusoinertes, S.A.
Lisboa
- Secil Martingança - Aglomerantes e Novos Materiais para a Construção, S.A.
Leiria
51,19 IRP - Industria de Rebocos de Portugal, S.A.
Santarém
- Ciminpart - Investimentos e Participações, S.G.P.S., S.A. Lisboa
100,00 ALLMA - Microalgas, Lda.
Leiria
- Argibetão - Sociedade de Novos Produtos de Argila e Betão, S.A.
Lisboa
- Cimentos Costa Verde - Comércio de Cimentos, S.A.
Lisboa
- Reficomb- Refinação e Comercialização de Combustíveis Derivados de Resíduos, S.A.Setúbal
- Solenreco-Produção e Comercialização de Combustíveis, Lda.
Porto
- Prescor Produção de Escórias Moídas, Lda.
Lisboa
- CMP - Cimentos Maceira e Pataias, S.A. Leiria
100,00 Ciments de Sibline, S.A.L.
Beirute
28,64 Soime, S.A.L.
Beirute
- Cimentos Madeira, Lda.
Funchal
57,14 Beto Madeira - Betões e Britas da Madeira, S.A.
Funchal
- Promadeira - Sociedade Técnica de Construção da Ilha da Madeira, Lda.
Funchal
- Brimade - Sociedade de Britas da Madeira, S.A.
Funchal
- Madebritas - Sociedade de Britas da Madeira, Lda. (a)
Funchal
- Pedra Regional - Industria Transformadora de Rochas Ornamentais, S.A. (a)
Funchal
- Uniconcreto - Betão Pronto, S.A.
Lisboa
100,00 (a) Sociedades detidas em 51% pela Brimade, S.A. e portanto controladas pelo Grupo
Relatório do conselho de administração 2014_DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS 69
31/12/14
31/12/13
% do capital detido pela Secil % do capital detido pela Secil
Indirecta
Total
DirectaIndirecta
Total
- - 100,00 - 100,00
- 100,00 - 100,00 100,00
100,00 100,00 - 100,00 100,00
100,00 100,00 - 100,00 100,00
25,00 62,50 37,50 25,00 62,50
- 100,00 100,00 - 100,00
99,00 99,00 - - - 100,00 100,00 - 100,00
99,97 99,97 - 99,97 99,97
- 100,00 100,00 - 100,00
- 100,00 100,00 - 100,00
- 98,72 98,72 - 98,72
98,72 98,72 - 98,72 98,72
98,52 98,52 - 98,52 98,52
- 100,00 100,00 - 100,00
51,00 51,00 - 51,00 51,00
- 100,00 100,00 - 100,00
100,00 100,00 - 100,00 100,00
91,00 91,00 - 91,00 91,00
- - - 100,00 100,00
100,00 100,00 - 100,00 100,00
100,00 100,00 - 100,00 100,00
48,81 100,00 51,19 48,81 100,00
75,00 75,00 - 75,00 75,00
- 100,00 100,00 - 100,00
70,00 70,00 - 70,00 70,00
90,87 90,87 - 90,87 90,87
100,00 100,00 - 100,00 100,00
100,00 100,00 - 100,00 100,00
- - - 98,00 98,00
100,00 100,00 - 100,00 100,00
- 100,00 100,00 - 100,00
22,41 51,05 28,64 22,41 51,05
51,05 51,05 - 51,05 51,05
- 57,14 57,14 - 57,14
57,14 57,14 - 57,14 57,14
57,14 57,14 - 57,14 57,14
57,14 57,14 - 57,14 57,14
29,14 29,14 - 29,14 29,14
29,14 29,14 - 29,14 29,14
- 100,00 100,00 - 100,00
70
5.2. Interesses minoritários
Em 31 de Dezembro de 2014 e 2013, o
detalhe dos interesses minoritários incluídos no capital próprio é conforme segue:
Valores em Euros
Britobetão - Central de Betão, Lda.
Société des Ciments de Gabès e subsidiárias
IRP - Industria de Rebocos de Portugal, S.A.
Secil - Companhia de Cimento do Lobito, S.A.
Ciments de Sibline, S.A.L e subsidiárias
Cimentos Madeira, Lda. e subsidiárias Outros
31/12/14
57 042
965 064
460 366
2 957 344
69 182 364
5 366 376
(696 478)
78 292 078
31/12/13
64 731
921 417
421 258
5 235 200
54 798 441
5 353 225
(601 852)
66 192 420
31/12/14
(7 689)
106 320
89 108
(2 618 003)
8 566 966
23 708
(109 719)
6 050 691
31/12/13
(18 323)
(35 463)
57 173
(2 420 268)
8 656 037
(142 680)
(335 571)
5 760 905
Em 31 de Dezembro de 2014 e 2013, o
detalhe dos interesses minoritários evidenciados na demonstração dos resultados é conforme se segue:
Valores em Euros
Britobetão - Central de Betão, Lda.
Société des Ciments de Gabès e subsidiárias
IRP - Industria de Rebocos de Portugal, S.A.
Secil - Companhia de Cimento do Lobito, S.A.
Ciments de Sibline, S.A.L e subsidiárias
Cimentos Madeira, Lda. e subsidiárias Outros
Relatório do conselho de administração 2014_DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS 71
Os movimentos ocorridos nos períodos
findos em 31 de Dezembro de 2014 e
2013 apresentam-se conforme se segue:
Valores em Euros
31/12/14
31/12/13
Saldo inicial
66 192 420
65 678 572
Variação de perímetro:
ALLMA - Microalgas, Lda.
Constituição
-
1 500
Sociedade de Inertes, Limitada Reforço de 50% da participação do grupo no capital (Nota 8)
795
Solenreco - Prod. e comercialização de combustíveis, Lda.
Alienação da participação de 98% no capital (Nota 8)
14 635
Redução de Capital
(70 108)
Transposição das demonstrações financeiras de subsidiárias estrangeiras 8 356 806
(2 902 672)
Dividendos
(2 269 237)
(2 352 881)
Desvios e alterações de pressupostos nos estudos actuariais
25 463
(10.249)
Subsídios ao investimento
(9 387)
17 245
Resultado líquido do período
6 050 691
5 760 905
Saldo final
78 292 078
66 192 420
72
6. Interesses em
empreendimentos conjuntos
Em 31 de Dezembro de 2014 e 2013, o
Grupo apresenta os seguintes interesses
em empreendimentos conjuntos:
Denominação SocialSede
DirectaI
Secil Unicon - S.G.P.S., Lda.
Lisboa
50,00 Secil Prébetão, S.A.
Montijo
- 7. Investimentos
em associadas
Em 31 de Dezembro de 2014 e 2013, o
Grupo tem os seguintes investimentos
em associadas:
31/12/1431/12/13
% indirecta
% indirecta
Sede
do capital detido do capital detido
Setefrete, SGPS, S.A.
Setúbal
25,00 25,00
MC - Matériaux de Construction
Gabés
49,36 49,36
J.M. Henriques, Lda.
Câmara de Lobos
50,00 50,00
Ave-Gestão Ambiental e Valorização Energética, S.A.
Lisboa
35,00 35,00
Supremo Cimentos, S.A.
Pomerode
15,00 15,00
NSOSPE - Empreendimentos e Participações, S.A.
Rio de Janeiro
20,68 45,58
Sociedade de Inertes, Lda.
Nacala - Porto
-
49,00
Relatório do conselho de administração 2014_DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS 73
31/12/14
31/12/13
% do capital detido pela Secil % do capital detido pela Secil
Indirecta
Total
DirectaIndirecta
- 50,00 50,00 - 39,80 39,80 - 39,80 No decurso do corrente período a Ciminpart – Investimentos e Participações, SGPS, S.A. (“Ciminpart”) diluiu a
percentagem de participação financeira
que detinha no capital da NSOSPE – Empreendimentos e Participações, S.A., detendo, em 31 de Dezembro de 2014, uma
participação correspondente a 20,68%
do seu capital. Esta diluição da percentagem de participação traduziu-se no reconhecimento de um ganho no período no
montante de Euros 5.064.240 (Nota 31).
Em 7 de Novembro de 2014 a subsidiária Florimar- Gestão e Participações,
S.G.P.S., Lda., reforçou a participação
financeira que detinha no capital da Sociedade de Inertes, Lda. em 50%, pelo
montante de Euros 646, passando a deter 99% do capital da mesma. Com esta
aquisição a Sociedade de Inertes, Lda.
passou de associada a subsidiária do
Grupo Secil (Nota 5.1 e 14).
Total
50,00
39,80
74
Em 31 de Dezembro de 2014 e 2013, as
demonstrações financeiras disponíveis
das associadas apresentam nas suas
demonstrações financeiras os valores
seguintes:
Activos
Valores em Euros
Totais
MC- Materiaux de Construction
a)
622 391 J.M.J. - Henriques, Lda.
a)
1 076 917 Setefrete, SGPS, S.A.
a) e b)
5 664 562 Ave-Gestão Ambiental e Valorização Energética, S.A.
a)
3 989 252 Supremo Cimentos S.A
a) e b)
175 997 086 NSOSPE - Empreendimentos e Participações, S.A. a) e b)
84 404 485 a) A informação financeira apresentada está de acordo com as demonstrações financeiras oficiais das associadas para o período findo em 31.12.2014,
com excepção da Setefrete, SGPS, S.A que respeitam ao período findo em 31.12.2013.
b) Para efeitos de aplicação do Método de Equivalência Patrimonial (Nota 14), as demonstrações financeiras destas sociedades encontram-se ajustadas.
Activos
Valores em Euros
Totais
MC- Materiaux de Construction
a)
699 140
J.M.J. - Henriques, Lda.
a)
1 074 797
Setefrete, SGPS, S.A.
a) e b)
4 731 052
Ave-Gestão Ambiental e Valorização Energética, S.A.
a)
4 087 892
Supremo Cimentos S.A
a) e b)
120 508 624
NSOSPE - Empreendimentos e Participações, S.A. a) e b)
62 649 838
a) A informação financeira apresentada está de acordo com as demonstrações financeiras oficiais das associadas para o período findo em 31.12.2013,
com excepção da Setefrete, SGPS, S.A que respeitam ao período findo em 31.12.2012.
b) Para efeitos de aplicação do Método de Equivalência Patrimonial (Nota 14), as demonstrações financeiras destas sociedades encontram-se ajustadas.
Relatório do conselho de administração 2014_DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS 75
31 de Dezembro de 2014
PassivosCapital
Vendas
Totais
Próprio
500 547 121 844 316 595 760 322 2 207 862 3 456 700 3 500 394 488 858 82 838 453 93 158 633 47 605 439 36 799 046 e serviçosResultado
prestados
Líquido
7 603 069 (5 134)
-
(3 320)
102 813 2 892 221
12 379 830 427 896
54 316 698 (1 793 627)
-
(4 498 648)
31 de Dezembro de 2013
PassivosCapital
Vendas
Totais
Próprio
572 858
126 282
311 147
763 650
1 969 573
2 761 479
3 695 911
391 981
26 685 991
93 822 633
57 526 759
5 123 079
e serviçosResultado
prestados
Líquido
4 753 814
25 693
-
(6 514)
102 813
1 347 994
12 302 485
331 011
49 846 812
(1 068 961)
-
(7 688 250)
76
8. Alterações no perímetro
de consolidação
No decurso do período findo em 31 de
Dezembro de 2014, o impacto nas demonstrações financeiras consolidadas
por via de alterações no perímetro de
consolidação são como se segue:
SubsidiáriasAssociadaImpacto
Valores em Euros
alienadas
adquirida
líquido
Activos não correntes
Activos fixos tangíveis (Nota 10)
(880 833)
614 010
(266 823)
Outros activos não correntes
(550 042)
-
(550 042)
Activos correntes
Estado e outros entes públicos
(3 640)
105 691
102 051
Outras contas a receber
(301 574)
-
(301 574)
Caixa e depósitos bancários
(19 312)
1 340
(17 972)
Interesses minoritários (Nota 5.2)
(14 635)
(795)
(15 430)
Passivos não correntes
Outras contas a pagar
1 927 117
-
1 927 117
Passivos correntes
Estado e outros entes públicos
32 171
-
32 171
Outras contas a pagar
212 851
(641 505)
(428 654)
Activos e passivos identificáveis à data da aquisição/alienação
402 103
78 741
480 844
Custo / (proveito) reconhecido em resultados (Nota 31)
-
(39 121)
(39 121)
Ganho na alienação (482 918)
-
(482 918)
Custos da concentração/ Preço Venda
(80 815)
39 620
(41 195)
Caixa e equivalentes de caixa
19 312
1 340
20 652
Património líquido adquirido / integrado
(61 503)
40 960
(20 543)
Entradas no perímetro
Saídas do perímetro
- Sociedade de Inertes, Lda. – com sede
em Nacala, reforço de 50% na participação financeira detida de 49%, passando
esta associada a subsidiária (Nota 7).
- Solenreco - Produção e Comercialização de Combustíveis, Lda., subsidiária
alienada.
Relatório do conselho de administração 2014_DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS 77
9. Goodwill
No decurso dos períodos findos em 31
de Dezembro de 2014 e 2013, os movimentos ocorridos na rubrica “Goodwill”,
são conforme se segue:
Valores em Euros
31/12/14
Valor bruto no início do período
224 577 379
Perdas por imparidade acumuladas (109 610 754)
Valor líquido no início do período
114 966 625
Perdas por imparidade
(Nota 15)
-
Variação cambial:
Société des Ciments de Gabès
(Nota 20.5.1)
151 870
Sud-Béton-Société de Fabrication de Béton du Sud
(Nota 20.5.1)
9 027
Ciments de Sibline, S.A.L.
(Nota 20.5.1)
1 532 330
Secil Angola, SARL
(Nota 20.5.1)
-
Saldo final
116 659 852
31/12/13
217 561 182
(85 349 488)
132 211 694
(13 620 281)
(2 866 217)
(170 376)
(510 178)
(78 017)
114 966 625
O goodwill é atribuído às unidades geradoras de fluxos de caixa (UGC) do
Grupo, identificadas de acordo com o
país da operação e o segmento de negócio, conforme se segue:
Valores em Euros
Cimento
Betões
Agregados
Outros
Para efeitos de testes de imparidade, o
valor recuperável das UGC é determinado
com base no valor em uso, de acordo
com o método dos fluxos de caixa descontados. Os cálculos baseiam-se no desempenho histórico e nas expectativas
de desenvolvimento do negócio com a
actual estrutura produtiva, sendo utilizado o plano estimado de médio prazo
a 5 anos do Grupo.
Portugal
Líbano
TunísiaOutros
Total
50 647 610
12 964 923
27 476 373
-
91 088 906
21 336 708
-
1 633 276
-
22 969 984
----2 480 536
-
-
120 426
2 600 962
74 464 854
12 964 923
29 109 649
120 426
116 659 852
Em resultado dos cálculos efectuados,
foram imputadas, no período findo em
31 de Dezembro de 2013, perdas por
imparidade ao goodwill no montante de
Euros 13.620.281 relativas à unidade geradora de fluxos de caixa em Portugal
para o segmento de negócio dos betões
(Euros 11.896.000) e à unidade geradora
de fluxos de caixa em Angola para o
segmento de negócio do cimento (Euros
1.724.281). Em 2014, verificou-se
através de testes de imparidade às
UGC não haver lugar ao registo de
qualquer imparidade adicional.
78
10. Activos fixos tangíveis
Nos períodos findos em 31 de Dezembro
de 2014 e 2013, os movimentos ocorridos na rubrica “Activos fixos tangíveis”,
bem como nas respectivas depreciações
acumuladas e perdas por imparidade,
são conforme se segue:
Terrenos e
recursosRecuperação
Valores em Euros
naturais
paisagística
Activos
Saldo em 1 de Janeiro de 2013
171 880 811
5 093 941
Aquisições
20 045
-
Alienações
(37 668)
-
Regularizações, transferências e abates
116 922
-
Ajustamento cambial
(6 123 467)
-
Activos não correntes detidos para venda (Nota 19)
2 081 798
-
Saldo em 31 de Dezembro de 2013
167 938 441
5 093 941
Variação de perímetro (Nota 8)
-
-
Aquisições
468 978
-
Alienações
(75 444)
-
Regularizações, transferências e abates
1 829 544
375 931
Ajustamento cambial
2 854 345
-
Saldo em 31 de Dezembro de 2014
173 015 864
5 469 872
Deprec. acumuladas e perdas por imparidade
Saldo em 1 de Janeiro de 2013
(41 636 576)
(1 662 075)
Depreciações (Nota 33)
(2 027 663)
(102 472)
Perdas por imparidade (Nota 33)
(770 000)
-
Alienações
-
-
Regularizações, transferências e abates
-
-
Ajustamento cambial
1 482 699
-
Activos não correntes detidos para venda (Nota 19)
(628 275)
-
Saldo em 31 de Dezembro de 2013
(43 579 815)
(1 764 547)
Variação de perímetro (Nota 8)
Depreciações (Nota 33)
(1 210 333)
(116 393)
Perdas por imparidade (Nota 33)
(105 316)
-
Alienações
358
-
Regularizações, transferências e abates
(341 108)
(300 377)
Ajustamento cambial
(363 536)
-
Saldo em 31 de Dezembro de 2014
(45 599 750)
(2 181 317)
Activos líquidos
Valor líquido em 31 de Dezembro de 2013
124 358 626
3 329 394
Valor líquido em 31 de Dezembro de 2014
127 416 114
3 288 555
Relatório do conselho de administração 2014_DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS 79
EdifíciosActivos fixos
e outras
tangíveis
construções
Equipamentos
em cursoAdiantamentos
Total
386 949 770
1 289 340 939
25 208 504
1 491 875
1 879 965 840
1 495 769
9 629 101
22 802 798
418 825
34 366 538
(155 220)
(6 439 438)
(10 493)
(24 609)
(6 667 428)
8 123 947
25 035 094
(33 952 121)
(729 413)
(1 405 571)
(5 224 453)
(20 923 028)
(1 086 955)
(46 408)
(33 404 311)
5 943 197
4 858 959
265 000
-
13 148 954
397 133 010
1 301 501 627
13 226 733
1 110 270
1 886 004 022
-
(1 510 000)
614 010
-
(895 990)
1 602 359
3 183 121
10 851 761
629 242
16 735 461
(127 772)
(3 043 296)
-
-
(3 246 512)
(3 060 369)
14 461 534
(14 477 995)
(932 260)
(1 803 615)
6 510 403
19 643 903
603 576
86 822
29 699 049
402 057 631
1 334 236 889
10 818 085
894 074
1 926 492 415
(309 509 236)
(1 130 048 559)
-
-
(1 482 856 446)
(9 857 018)
(39 085 215)
-
-
(51 072 368)
417 220
1 097 631
(1 202 321)
-
(457 470)
146 157
6 519 329
-
-
6 665 486
167 119
864 286
-
-
1 031 405
2 547 724
13 376 735
76 319
-
17 483 477
(5 742 029)
(4 858 962)
(265 000)
-
(11 494 266)
(321 830 063)
(1 152 134 755)
(1 391 002)
-
(1 520 700 182)
629 167
-
-
629 167
(8 116 283)
(32 346 584)
-
-
(41 789 593)
381 783
(1 121 934)
(523 419)
-
(1 368 886)
127 443
2 907 948
-
-
3 035 749
421 822
1 103 588
-
(267 500)
616 425
(3 184 179)
(12 272 602)
(12 073)
-
(15 832 390)
(332 199 477)
(1 193 235 172)
(1 926 494)
(267 500)
(1 575 409 710)
75 302 947
149 366 872
11 835 731
1 110 270
365 303 840
69 858 154
141 001 717
8 891 591
626 574
351 082 705
80
As perdas por imparidade acumuladas
detalham-se conforme se segue:
Valores em Euros
Terrenos e recursos naturais
Edifícios e outras construções
Equipamentos
Activos fixos tangíveis em curso
Perdas
Perdas doA
acumuladasexercícioAjustamento
01/01/13
(Nota 33)
cambial
(4 774 809)
(770 000)
-
(4 281 577)
417 220
-
(4 160 907)
1 097 631
-
-
(1 202 321)
76 319
(13 217 293)
(457 470)
76 319
As empresas do Grupo, sedeadas em
Portugal, procederam em anos anteriores à reavaliação dos seus activos fixos
tangíveis ao abrigo da legislação aplicável, nomeadamente Portaria nº 258 de
28 de Dezembro de 1963, Decretos-Lei
nº 126/77, nº 430/78, nº 219/82, nº 319G/84, nº 118-B/86, nº 111/88, nº 49/91,
nº 264/92, nº 22/92 e nº 31/98.
O detalhe dos custos históricos de aquisição de activos fixos tangíveis e correspondente reavaliação, líquidos de amortizações acumuladas, em 31 de Dezembro
de 2014 e 2013 é o seguinte:
Valores em Euros
31/12/14
RubricasCusto histórico Excedente de revalorização
Terrenos e recursos naturais
117 340 826
10 075 288
Edifícios e outras construções
67 663 826
2 194 328
Equipamentos
140 874 673
127 044
325 879 325
12 396 660
Relatório do conselho de administração 2014_DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS 81
Activos
Perdas
Perdas do
Perdas
não correntes
acumuladasexercícioAjustamento
acumuladas
detidos para venda
31/12/13
(Nota 33)
cambial
31/12/14
(2 277 432)
(7 822 241)
(105 316)
-
(7 927 557)
(1 427 993)
(5 292 350)
381 783
-
(4 910 567)
(606 822)
(3 670 098)
(1 121 934)
-
(4 792 032)
(262 750)
(1 388 752)
(523 419)
(104 973)
(2 017 144)
(4 574 997)
(18 173 441)
(1 368 886)
(104 973)
(19 647 300)
Valor revalorizadoCusto histórico
127 416 114
114 489 774
69 858 154
71 277 697
141 001 717
149 218 413
338 275 985
334 985 884
31/12/13
Excedente de revalorização
Valor revalorizado
9 868 852
124 358 626
4 025 250
75 302 947
148 459
149 366 872
14 042 561
349 028 445
82
11. Locações
11.1. Locações financeiras
Em 31 de Dezembro de 2014 e 2013 o
Grupo utiliza os seguintes bens adquiridos em locação financeira:
31/12/1431/12/13
ValorAmortização Valor líquido
ValorAmortização Valor líquido
Valores em Euros
aquisição
acumulada contabilistico
aquisição
acumulada contabilistico
Equipamento básico
4 365 548
(2 252 534)
2 113 014
4 365 548
(1 679 936)
2 685 612
4 365 548
(2 252 534)
2 113 014
4 365 548
(1 679 936)
2 685 612
Em 31 de Dezembro de 2014 e 2013,
a dívida do Grupo referente a locações
financeiras bem como o seu plano de
reembolso, detalha-se como se segue:
Locação financeira - rendas a pagar
Valores em Euros
Não correntes (Nota 23.3)
Correntes (Nota 23.3)
31/12/14 2 162 052
679 642
2 841 694
31/12/13
2 441 096
656 874
3 097 970
Locação financeira – plano de reembolso
Valores em Euros
A menos de 1 ano
1 a 2 anos
2 a 3 anos
3 a 4 anos
4 a 5 anos
Juros futuros - a deduzir
Valor actual das responsabilidades por locação financeira (Nota 23.3)
31/12/14 810 999
805 178
755 872
798 175
-
3 170 224
(328 530)
2 841 694
31/12/13
793 816
677 751
681 829
680 716
699 775
3 533 887
(435 917)
3 097 970
Relatório do conselho de administração 2014_DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS 83
No decurso dos períodos findos em 31
de Dezembro de 2014 e 2013 foram reconhecidos nas rubricas “(Gastos)/ reversões de depreciação e amortização”
e “Juros e gastos similares suportados”
os seguintes montantes:
Valores em Euros
Amortizações do período
Gasto financeiro
31/12/14 572 598
131 948
704 546
31/12/13
536 568
152 315
688 883
84
11.2. Locações operacionais
Em 31 de Dezembro de 2014 e 2013, o
Grupo é locatário em contratos de locação operacional relacionados com o alu-
guer de viaturas, os quais se encontram
denominados em Euro.
Os pagamentos mínimos das locações
operacionais são detalhados conforme
se segue:
Valores em Euros
A menos de 1 ano
1 a 5 anos
31/12/14 110 189
4 020
114 209
Os gastos relacionados com locações
operacionais reconhecidos nos períodos findos em 31 de Dezembro de 2014
e 2013 ascenderam a Euros 532.967 e
777.528, respectivamente.
12. Propriedades
de investimento
Os movimentos ocorridos nos períodos
findos em 31 de Dezembro de 2014 e
31/12/13
390 787
183 900
574 687
2013, na rubrica “Propriedades de investimento”, são conforme se segue:
31/12/14
Valores em EurosArrendadas
Para venda
Saldo inicial - quantia bruta
957 222
1 103 319
Alienações
-
-
Saldo final quantia bruta
957 222
1 103 319
Saldo inicial - amortizações e perdas por imparidades
705 305
65 521
Transferências
Para outras classes de activos
-
(1 725)
Amortizações e perdas por imparidade (Nota 33)
15 997
2 794
Saldo final - amortizações e perdas por imparidade
721 302
66 590
Valor líquido
235 920
1 036 729
As propriedades de investimento são
amortizadas de acordo com o método
da linha recta, em conformidade com o
período de vida útil estimado para cada
grupo de bens.
No decurso dos períodos findos em 31
de Dezembro de 2014 e 2013 foram reconhecidos em resultados os seguintes
rendimentos e gastos relacionados com
propriedades de investimento:
31/12/14
Valores em EurosArrendadas
Para venda
Rendimentos de rendas
58 293
-
Amortizações e perdas por imparidade
(15 997)
(2 794)
42 296
(2 794)
Relatório do conselho de administração 2014_DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS 85
31/12/13
TotalArrendadas
Para venda
Total
2 060 541
957 222
1 261 860
2 219 082
-
-
(158 541)
(158 541)
2 060 541
957 222
1 103 319
2 060 541
770 826
689 308
62 729
752 037
(1 725)
-
-
18 791
15 997
2 792
18 789
787 892
705 305
65 521
770 826
1 272 649
251 917
1 037 798
1 289 715
31/12/13
TotalArrendadas
58 293
38 103
(18 791)
(15 997)
39 502
22 106
Para venda
-
(2 792)
(2 792)
Total
38 103
(18 789)
19 314
86
A
Propriedade
Valores em Euros
industrial
Activos
Saldo em 1 de Janeiro de 2013
172 166
Aquisições
-
Licenças atribuídas
-
Licenças alienadas no período
-
Revogação licenças
-
Transferências e abates
19 451
Licenças devolvidas à Entidade Coordenadora do Licenciamento
-
Saldo em 31 de Dezembro de 2013
191 617
Aquisições
-
Licenças atribuídas
-
Licenças alienadas no período
-
Revogação licenças
-
Transferências e abates
22 228
Licenças devolvidas à Entidade Coordenadora do Licenciamento
-
Saldo em 31 de Dezembro de 2014
213 845
Amortizações acumuladas e perdas por imparidade
Saldo em 1 de Janeiro de 2013
(106 474)
Amortizações do período (Nota 33)
(47 363)
Amortizações do período - Emissões de gases com efeito de estufa no período (Nota 33)
-
Reversão de perdas por imparidade no período (Nota 33)
-
Licenças devolvidas à Entidade Coordenadora do Licenciamento
-
Saldo em 31 de Dezembro de 2013
(153 837)
Amortizações do período (Nota 33)
(26 839)
Amortizações do período - Emissões de gases com efeito de estufa no período (Nota 33)
-
Reversão de perdas por imparidade no período (Nota 33)
-
Licenças devolvidas à Entidade Coordenadora do Licenciamento
-
Saldo em 31 de Dezembro de 2014
(180 676)
Activos líquidos
Valor líquido em 31 de Dezembro de 2013
37 780
Valor líquido em 31 de Dezembro de 2014
33 169
Relatório do conselho de administração 2014_DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS 87
13. Activos intangíveis
Nos períodos findos em 31 de Dezembro
de 2014 e 2013, os movimentos ocorridos na rubrica “Activos intangíveis”, bem
como nas respectivas amortizações, são
conforme se segue:
Activos LicençasOutros activos
intangíveis
Emissão CO2
intangíveis
em curso
Total
18 317 574
81 249
10 634
18 581 623
-
-
33 253
33 253
10 640 176
-
-
10 640 176
(1 791 891)
-
-
(1 791 891)
(26 364)
-
-
(26 364)
-
-
(19 451)
(16 155 808)
-
-
(16 155 808)
10 983 687
81 249
24 436
11 280 989
30 751
-
30 341
61 092
15 341 876
-
-
15 341 876
(1 985 025)
-
-
(1 985 025)
(19 615)
-
-
(19 615)
-
-
(22 228)
(6 912 250)
-
-
(6 912 250)
17 439 424
81 249
32 549
17 767 067
(16 752 832)
(78 524)
-
(16 937 830)
-
(1 832)
-
(49 195)
(7 235 891)
-
-
(7 235 891)
663 808
-
-
663 808
16 155 808
-
-
16 155 808
(7 169 107)
(80 356)
-
(7 403 300)
-
-
(26 839)
(11 544 910)
-
-
(11 544 910)
74 784
-
-
74 784
6 912 250
-
-
6 912 250
(11 726 983)
(80 356)
-
(11 988 015)
3 814 580
893
24 436
3 877 689
5 712 441
893
32 549
5 779 052
Em 31 de Dezembro de 2014 e 2013
os montantes de Euros 5.712.441 e
3.814.580 registados na rubrica “Licenças de emissão CO2” referem-se ao valor
das licenças de emissão de gases com
efeitos de estufa atribuídas a título gratuito e depositadas a favor das empresas do Grupo no Registo Português de
Licenças de Emissão relativos ao ano de
2014 e 2013 respectivamente, acrescido
das licenças adquiridas e deduzido das
licenças alienadas, das perdas por imparidade identificadas e das licenças entregues/entregar à Entidade Coordenadora
do Licenciamento.
88
Os movimentos ocorridos nos períodos
findos em 31 de Dezembro de 2014 e
2013, nas licenças de emissão de gases
com efeito de estufa, são conforme se
segue:
Activos
Saldo inicial
Licenças atribuídas (Nota 20.5.3)
Licenças adquiridas
Revogação licenças (Nota 20.5.3)
Licenças alienadas Licenças devolvidas à Entidade Coordenadora do Licenciamento
Saldo final
Amortizações acumuladas e perdas por imparidade
Saldo inicial
Amortizações do período relativas a:
Emissões de gases com efeito de estufa no período
Reversão de perdas por imparidade no período (Nota 33)
Licenças devolvidas à Entidade Coordenadora do Licenciamento
Saldo final
Valor líquido
O Grupo alienou, no período findo em
31 de Dezembro de 2014, 413.700 toneladas (193.300 toneladas em 2013)
de licenças de emissão, tendo registado
ganhos no montante de Euros 1.561.769
(Euros 978.774 em 2013) (Nota 31).
Relatório do conselho de administração 2014_DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS 89
31/12/14
31/12/13
Toneladas
Euros
Toneladas
Euros
2 400 517
10 983 687
2 097 830
18 317 574
2 201 130
15 341 876
2 240 037
10 640 176
133 700
30 751
-
(2 116)
(19 615)
(2 844)
(26 364)
(413 700)
(1 985 025)
(193 300)
(1 791 891
(1 559 126)
(6 912 250)
(1 741 206)
(16 155 808)
2 760 405
17 439 424
2 400 517
10 983 687
(1 597 876)
(7 169 107)
(1 725 978)
(16 752 832)
(1 882 912)
(11 544 910)
(1 613 104)
(7 235 891)
74 784
-
663 808
1 559 126
6 912 250
1 741 206
16 155 808
(1 921 662)
(11 726 983)
(1 597 876)
(7 169 107)
838 743
5 712 441
802 641
3 814 580
90
14. Participações financeiras
Em 31 de Dezembro de 2014 e 2013, a
rubrica “Participações financeiras”, incluindo o goodwill, apresenta a seguinte
composição:
Valores em Euros
Setefrete, SGPS, S.A.
MC - Materiaux de Construction
J.M.J. - Henriques, Lda.
Ave-Gestão Ambiental e Valorização Energética, S.A.
Supremo Cimentos, S.A.
Nsospe Empreendimentos e Participações, S.A.
Sociedade de Inertes, Lda
O total das participações financeiras inclui os seguintes montantes relativos ao goodwill gerado na aquisição das associadas:
Valores em EurosAno da aquisição
Setefrete, SGPS, S.A.
2003
Ave - Gestão Ambiental e Valorização Energética, S.A.
2009
Supremo Cimentos, S.A.
2013
Nsospe Empreendimentos e Participações, S.A.
2013
Nsospe Empreendimentos e Participações, S.A.
2014
31/12/14
2 227 750
1 308 977
5 278 577
4 322 632
905 241
14 043 177
31/12/13
2 227 750
1 308 977
5 218 785
4 273 668
13 029 180
Os movimentos ocorridos nesta rubrica,
nos períodos findos em 31 de Dezembro
de 2014 e 2013, são como se segue:
O
Valores em EurosA
Saldo inicial
Aquisições:
Nsospe Empreendimentos e Participações, S.A.
Supremo Cimentos, S.A.
Sociedade de Inertes, Limitada
Efeito de diluição em participações financeiras (Nota 7 e 31)
Resultado líquido apropriado (Nota 28)
Dividendos atribuídos pela Setefrete, SGPS, S.A.
Dividendos atribuídos pela Ave, S.A.
Transferência de outras participações financeiras
Transferência de associada para subsidiária (Nota 7)
Ajustamento cambial
Saldo final
% Detida
25,00%
49,36%
28,57%
35,00%
15,00%
20,68%
49,00%
Relatório do conselho de administração 2014_DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS 91
31/12/14
Valor
% Detida
3 091 925
25,00%
2 223
49,36%
380 161
28,57%
1 480 077
35,00%
22 084 473
15,00%
12 795 527
45,58%
-
49,00%
39 834 386
31/12/13
Valor
2 918 120
2 211
381 825
1 446 165
22 088 327
6 571 082
648
33 408 378
31/12/14
31/12/13
Outras participações
AssociadasAssociadas
financeiras
Total
33 408 378
5 016 542
24 413 353
29 429 895
--2 456 968
9 978 305
9 978 305
-
5 623 326
5 623 326
-
648
648
5 064 240
-
-
(671 278)
(2 214 487)
-
(2 214 487)
(549 250)
(487 500)
-
(487 500)
(115 853)
(226 006)
-
(226 006)
-
24 413 353
(24 413 353)
(38 973)
-
-
280 154
(8 695 803)
-
(8 695 803)
39 834 386
33 408 378
-
33 408 378
92
15. Imposto sobre
o rendimento
15.1. Imposto corrente
A Secil e algumas das suas subsidiárias
integraram, em 1 de Janeiro de 2014, o
Grupo fiscal do qual a Semapa, S.G.P.S.,
S.A. é a sociedade dominante, sendo
tributadas pelo Regime Especial de Tributação de Grupos de Sociedades (RETGS), constituído pelas empresas com
uma participação igual ou superior a 75%
e que cumprem as condições previstas
no artigo 69º e seguintes do Código do
IRC.
As empresas que se englobam no perímetro do grupo de sociedades sujeitas a
este regime apuram e registam o imposto
sobre o rendimento tal como se fossem
tributadas numa óptica individual.
Em 31 de Dezembro de 2014 e 2013, a
rubrica “Imposto sobre o rendimento”
apresenta o seguinte detalhe:
Valores em Euros
Imposto corrente
Liquidações adicionais de IRC
Imposto diferido (Notas 15.2) 31/12/14 4 196 782
3 929 358
(6 455 803)
1 670 337
31/12/13
3 547 069
(4 238 041)
(817 981)
(1 508 953)
Os montantes de Euros 4.196.782 e Euros 3.547.069 registados em imposto
corrente em 31 de Dezembro de 2014 e 2013, respectivamente incluem:
Valores em Euros
31/12/14 31/12/13
Estimativa de imposto do período das empresas não pertencentes ao Grupo fiscal Semapa (Nota 25) 5 679 206
4 320 602
Estimativa de imposto das empresas que integram o Grupo fiscal Semapa (Nota 36)
1 084 275
Outros custos e perdas de IRC de exercícios anteriores
(1 031 846)
(755 445)
Excesso / (insuficiência) de estimativa de exercícios anteriores
(1 534 853)
(18 088)
4 196 782
3 547 069
As declarações anuais de rendimentos
estão sujeitas em Portugal a revisão e
eventual ajustamento por parte das autoridades fiscais durante um período de
4 anos. Contudo, no caso de serem apresentados prejuízos fiscais estes podem
ser sujeitos a revisão e liquidação pelas
autoridades fiscais por um período superior.
Noutros países em que o Grupo desenvolve a sua actividade os prazos são diferentes, em regra superiores.
O Conselho de Administração entende
que eventuais correcções àquelas declarações em resultado de revisões/inspecções por parte das autoridades fiscais
não terão efeitos materiais nas demons-
trações financeiras consolidadas em 31
de Dezembro de 2014.
Relatório do conselho de administração 2014_DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS 93
A reconciliação da taxa efectiva de imposto nos períodos findos em 31 de Dezembro de 2014 e 2013 é evidenciada
como segue:
Valores em Euros
Resultado antes de impostos
Imposto esperado
Diferenças permanentes (a)
Prejuízos fiscais recuperáveis de períodos anteriores
Prejuízos fiscais não recuperáveis
Prejuízos fiscais de períodos anteriores considerados não recuperáveis
Diferenças de taxas de imposto (b)
Benefícios fiscais
Liquidações adicionais de IRC
Retenção na fonte a título definitivo
Imposto relativo a períodos anteriores
Ajustamentos à colecta (c)
Taxa efectiva de imposto
31/12/14 13 756 441
4 058 150
5 923 889
(2 869 162)
2 875 941
-
(4 608 280)
(5 376 543)
3 929 358
98 484
(2 665 183)
303 683
1 670 337
12,1%
31/12/13
(30 645 496)
(9 040 421)
4 287 308
(31 808)
7 662 299
1 278 242
(1 030 777)
(4 933 558)
102 874
(439 686)
636 574
(1 508 953)
0,0%
31/12/14 -
671 278 151 394 (5 861 745)
(3 811 801)
-
9 066 106 17 915 382 1 950 367 20 080 981 5 923 889 31/12/13
13 620 281
2 214 487
2 874 429
(2 907 713)
(809 380)
1 958 476
181 517
(2 598 849)
14 533 248
4 287 308
(a) Este valor respeita essencialmente a:
Valores em Euros
Perdas por imparidade do goodwill (Nota 9)
Efeito da aplicação do método da Equivalência Patrimonial (Nota 28)
Mais / (Menos) valias fiscais
(Mais) / Menos valias contabilísticas
Benefícios fiscais
Dividendos de empresas sediadas fora da U.E.
Aumento / (Redução) de imparidades e provisões tributadas
Resultados intragrupo sujeitos a tributação
Outros
Impacto fiscal (29,50%)
(b) A redução de imposto verificada no período na rubrica “Diferenças de taxas de imposto” inclui essencialmente o efeito positivo
(i) de diferentes taxas de imposto praticadas em países em que o Grupo opera, nomeadamente a taxa de imposto da Tunísia de
25% e do Líbano de 15% e (ii) o efeito da redução da taxa de IRC em Portugal.
(c) O montante mostrado na rubrica “Ajustamentos à colecta” respeita essencialmente à tributação autónoma no montante de
Euros 286.842.
94
15.2. Imposto diferido
No decurso dos períodos findos em 31
de Dezembro de 2014 e 2013, os movimentos ocorridos nos activos e passivos
por impostos diferidos, são os seguintes:
A
R
Ajustamento
Valores em EurosSaldo inicial Cambial
Diferenças temporárias que originam activos por impostos diferidos
Provisões e imparidades tributadas 19 399 744
391 971
Provisões para recuperação ambiental e paisagística 2 538 457
-
Prejuízos fiscais reportáveis 337 146
-
Responsabilidade por subsídio de reforma (Nota 22) 396 861
27 939
Responsabilidades por subsídios por morte (Nota 22) 52 678
-
Responsabilidade por prémio de antiguidade (Nota 22) 534 666
-
Insuficiência do fundo de pensões (Nota 22) 94 178
450
Benefícios de reforma sem fundo autónomo (Nota 22) 5 962 894
-
Responsabilidade por assistência na doença (Nota 22) 514 795
-
Mais-valias diferidas contabilísticamente, originadas em transacções intra-grupo 2 713 674
-
Justo valor apurado em combinações empresariais 1 325 414
180 096
Imparidades em activos fixos 7 452 085
-
Outras diferenças temporárias 4 803 510
-
46 126 102
600 456
Diferenças temporárias que originam passivos por impostos diferidos
Reavaliação de activos fixos tangiveís (3 721 476)
-
Justo valor apurado em combinações empresariais (104 957 243)
(3 875 013)
Menos-valias diferidas contabilísticamente, originadas em transacções intra-grupo (9 950 698)
90 090
Diferimento da tributação de mais-valias (844 850)
-
Acréscimos de amortizações (3 830 576)
(21 593)
Excesso do fundo de pensões (Nota 22) (4 102 570)
-
Subsídios ao investimento (Nota 20.5.3) (1 264 042)
(1 461)
Licenças emissão de gases com efeito de estufa (Nota 13) (3 814 580)
-
Outras diferenças temporárias (228 144)
-
(132 714 179)
(3 807 977)
Valores reflectidos no balanço
Activos por impostos diferidos 11 827 066
89 315
Passivos por impostos diferidos (34 513 322)
(603 128)
Relatório do conselho de administração 2014_DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS 95
31 de Dezembro de 2014
Alteração da
Resultados
taxa deAlteração daActivos
do período
impostoCapital
taxa de
detidos
(Nota 15.1)
(Nota 15.1)
Próprio
imposto
Transferências
para vendaSaldo final
(234 263)
-
-
-
(22.689)
-
19 534 763
157 248
-
-
-
-
-
2 695 705
(191 094)
-
-
-
-
-
146 052
57 626
-
(66 723)
-
-
415 703
5 502
-
(4 146)
-
-
-
54 034
(36 844)
-
-
-
-
-
497 822
(33 055)
-
(23 019)
-
-
-
38 554
(646 226)
-
412 695
-
-
-
5 729 363
(433 538)
-
(11 969)
-
-
-
69 288
(160 633)
-
-
-
-
-
2 553 041
-
-
-
-
-
-
1 505 510
1 363 057
-
-
-
-
-
8 815 142
(101 234)
-
(248 084)
-
22 689
-
4 476 881
(253 454)
-
58 754
-
-
-
46 531 858
681 465
-
-
-
-
-
(3 040 011)
2 136 126
-
-
-
-
(30 311) (106 726 441)
9 860 608
-
-
-
-
-
76 073
-
-
-
-
-
(768 777)
(261 656)
-
-
-
-
-
(4 113 825)
(179 202)
-
(575 735)
-
-
-
(4 857 507)
-
-
238 390
-
-
-
(1 027 113)
-
-
(1 897 861)
-
-
-
(5 712 441)
78 871
-
-
-
-
-
(149 273)
12 392 285
(2 235 206)
-
(30 311) (126 395 388)
(172 019)
(961 397)
39 286
(5 357)
-
10 816 894
3 754 325
3 834 894
(644 816)
90 108
-
(15 550)
(28 097 489)
96
Em resultado da alteração introduzida
pela Lei nº 82-B/2014 de 31 de Dezembro, que alterou o artigo 87º do Código
do IRC, fixando em 21% a taxa em vigor
para o exercício de 2015, o Grupo procedeu à actualização das taxas aplicadas
aos seus activos e passivos por impostos
diferidos
O impacto desta alteração de taxa nos
impostos diferidos, em 31 de Dezembro
de 2014, traduziu-se em um impacto
positivo nos resultados e nos capitais
próprios no montante de Euros 78.577 e
Euros 84.751, respectivamente.
A
R
A
Valores em EurosSaldo inicial C
Diferenças temporárias que originam activos por impostos diferidos
Provisões e imparidades tributadas 17 701 992
Provisões para recuperação ambiental e paisagística 2 251 493
Prejuízos fiscais reportáveis 5 341 885
Responsabilidade por subsídio de reforma (Nota 22) 430 715
Responsabilidades por subsídios por morte (Nota 22) 53 853
Responsabilidade por prémio de antiguidade (Nota 22) 551 207
Insuficiência do fundo de pensões (Nota 22) 96 648
Benefícios de reforma sem fundo autónomo (Nota 22) 6 739 718
Responsabilidade por assistência na doença (Nota 22) 983 936
Mais-valias diferidas contabilísticamente, originadas em transacções intra-grupo 1 459 469
Justo valor apurado em combinações empresariais 1 385 387
Imparidades em activos fixos 7 452 863
Outras diferenças temporárias 6 375 190
50 824 356
Diferenças temporárias que originam passivos por impostos diferidos
Reavaliação de activos fixos tangiveís (4 807 282)
Justo valor apurado em combinações empresariais (115 529 388)
Menos-valias diferidas contabilísticamente, originadas em transacções intra-grupo (10 400 946)
Diferimento da tributação de mais-valias (904 480)
Acréscimos de amortizações (3 944 550)
Excesso do fundo de pensões (Nota 22) (5 030 218)
Subsídios ao investimento (Nota 20.5.3) (1 389 229)
Licenças emissão de gases com efeito de estufa (Nota 13) (1 531 317)
Outras diferenças temporárias (328 820)
(143 866 230)
Valores reflectidos no balanço
Activos por impostos diferidos 13 496 066
Passivos por impostos diferidos (38 343 238)
Relatório do conselho de administração 2014_DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS 97
Adicionalmente, verificou-se uma redução na taxa de imposto sobre o rendimento praticada na Tunísia, de 30%
para 25%, que se traduziu num efeito
positivo em resultados no montante de
Euros 2.794.920.
31 de Dezembro de 2013
Alteração da
Resultados
taxa deAlteração daActivos
Ajustamento
do período
impostoCapital
taxa de
detidos
Cambial
(Nota 15.1)
(Nota 15.1)
Próprio
imposto
para vendaSaldo final
(527 609)
2 225 361
-
-
-
-
19 399 744
-
286 964
-
-
-
-
2 538 457
-
(5 004 739)
-
-
-
-
337 146
(33 517)
2 572
-
(2 909)
-
-
396 861
-
(1 175)
-
-
-
-
52 678
-
(16 541)
-
-
-
-
534 666
(9 331)
(29 297)
-
36 158
-
-
94 178
-
(653 010)
-
(123 814)
-
-
5 962 894
-
(399 862)
-
(69 279)
-
-
514 795
-
1 254 205
-
-
-
-
2 713 674
(59 973)
-
-
-
-
-
1 325 414
-
(778)
-
-
-
-
7 452 085
-
(38 949)
-
(1 532 731)
-
-
4 803 510
(630 430)
(2 375 249)
(1 692 575)
-
46 126 102
-
1 094 533
-
-
-
(8 727)
(3 721 476)
7 193 335
3 406 372
-
-
-
(27 562) (104 957 243)
450 248
-
-
-
-
-
(9 950 698)
-
114 924
-
-
-
(55 294)
(844 850)
387 029
(273 055)
-
-
-
-
(3 830 576)
-
(252 109)
-
1 179 757
-
-
(4 102 570)
66 129
-
-
59 058
-
-
(1 264 042)
-
-
-
(2 283 263)
-
-
(3 814 580)
-
100 676
-
-
-
-
(228 144)
8 096 741
4 191 341
(1 044 448)
(91 583) (132 714 179
(156 760)
(383 050)
(649 406)
(427 159)
(52 625)
-
11 827 066
2 224 453
1 282 028
568 409
(274 962)
62 385
(32 397)
(34 513 322)
98
Prejuízos fiscais reportáveis
com imposto diferido activo
São reconhecidos impostos diferidos activos sobre prejuízos fiscais na medida
Valores em Euros
Cimentos Madeira, Lda.
em que seja provável a realização do respectivo benefício fiscal, através da existência de lucros tributáveis futuros. Os
impostos diferidos activos reconhecidos
pelo Grupo referem-se a prejuízos fiscais
31/12/14 146 052
146 052
que se espera virem a ser deduzidos aos
lucros tributáveis futuros, conforme segue:
31/12/13 337 146
337 146
Data limite
2018
Empresa
Não tributadas pelo RETGS
ALLMA - Microalgas, Lda.
Beto Madeira - Betões e Britas da Madeira, S.A.
Florimar- Gestão e Participações, S.G.P.S., Lda.
I3 Participações e Serviços, Ltda.
Madebritas - Sociedade de Britas da Madeira, Lda. Pedra Regional - Industria Transformadora de Rochas Ornamentais, S.A. Secil Angola, SARL Seciment Investments, B.V.
Silonor, S.A.
Soime, S.A.L.
Zarzis Béton
Sociedade de Inertes, Limitada
Tributadas pelo RETGS
Argibetão - Sociedade de Novos Produtos de Argila e Betão, S.A.
Britobetão - Central de Betão, Lda.
Ciminpart - Investimentos e Participações, S.G.P.S., S.A. Lusoinertes, S.A.
Prescor Produção de Escórias Moídas, Lda.
Reficomb- Refinação e Comercialização de Combustíveis Derivados de Resíduos, S.A.
Secil, Betões e Inertes, S.G.P.S., S.A. Secil Britas, S.A.
Secil Martingança - Aglomerantes e Novos Materiais para a Construção, S.A.
Serife - Sociedade de Estudos e Realizações Industriais e de Fornecimento de Equipamento, Lda.
Unibetão - Indústrias de Betão Preparado, S.A.
Uniconcreto - Betão Pronto, S.A.
Total prejuízos fiscais reportáveis sem imposto diferido Relatório do conselho de administração 2014_DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS 99
Prejuízos fiscais
reportáveis sem imposto
diferido activo
Os prejuízos fiscais sobre os quais o
Grupo considera, nesta data, não existir
a capacidade de dedução a lucros tributáveis futuros, e como tal sem imposto
diferido activo, detalham-se por ano de
prescrição conforme segue:
Total20152016201720182019
2020 e posteriores
55 077
-
-
-
11 884
43 193
316 663
316 663
-
-
-
-
188 737
24 965
24 275
-
31 725
59 579
48 193
96 873
-
-
-
-
-
96 873
9 133
2 169
-
2 027
2 577
-
2 360
614 331
497 415
-
91 537
24 288
-
1 091
1 078 542
-
552 712
525 830
-
-
147 249
-
-
-
-
-
147 249
12 523 580
-
-
-
-
-
12 523 580
494 617
58 089
343 909
92 619
-
-
90 560
-
-
-
-
-
90 560
172 558
-
-
-
-
172 558
15 787 920
899 301
920 896
712 013
70 474
232 137
12 953 099
425 934
-
-
148 531
185 567
-
91 836
23 619
-
-
-
23 619
-
2 291 037
-
-
564 947
1 286 726
-
439 364
4 106 417
-
1 647 166
2 459 251
-
-341 001
-
-
243 963
-
-
97 038
6 994
-
-
4 375
1 236
-
1 383
1 766 278
-
-
-
-
-
1 766 278
10 859 793
-
-
4 791 394
4 761 380
-
1 307 019
2 330 400
-
-
943 354
852 517
-
534 529
269 204
233 233
-
-
17 211
-
18 760
13 244 499
-
-
4 683 060
3 022 195
-
5 539 244
6 713 857
-
3 864 422
1 258 397
1 399 967
-
191 071
42 379 033
233 233
5 511 588
15 097 272
11 550 418
-
9 986 522
58 166 953
1 132 534
6 432 484
15 809 285
11 620 892
232 137
22 939 621
100
16. Outros activos
financeiros
Em 31 de Dezembro de 2014 e 2013, a
rubrica “Outros activos financeiros”, líquida de perdas acumuladas por imparidade, decompõe-se conforme se segue:
31/12/14
Valores em Euros
Quantia brutaImparidade acumulada
Outros activos financeiros - não corrente:
Depósito a prazo (Notas 37.2 e 41.2) -
-
Adiantamentos para investimentos financeiros
2 250 000
-
Outros - Partes relacionadas (Notas 36 e 37.2)
645 125
-
Outros
500 762
(98 862)
3 395 887
(98 862)
Os movimentos ocorridos nos períodos
findos em 31 de Dezembro de 2014 e
2013 nas perdas acumuladas por imparidade são conforme se segue:
Valores em Euros
Saldo inicial
Ajustamento cambial
Saldo final
31/12/14 98 641
221
98 862
31/12/13
102 815
(4 174)
98 641
Relatório do conselho de administração 2014_DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS 101
31/12/13
Quantia
Quantia
escriturada líquida
Quantia brutaImparidade acumulada
escriturada líquida
-
1 250 000
-
1 250 000
2 250 000
2 000 000
-
2 000 000
645 125
-
-
401 900
499 068
(98 641)
400 427
3 297 025
3 749 068
(98 641)
3 650 427
102
17. Inventários
Em 31 de Dezembro de 2014 e 2013,
os inventários, líquidos de perdas acumuladas por imparidade, apresentam a
seguinte composição:
31/12/14
Valores em Euros
Quantia brutaImparidade acumulada
Matérias-Primas, subsidiárias e de consumo
81 727 038
(8 308 824)
Produtos e trabalhos em curso
411 621
-
Produtos acabados e intermédios
21 297 873
(3 294 813)
Mercadorias
4 109 133
(102 169)
Adiantamento por conta de compras
1 187
-
107 546 852
(11 705 806)
Relatório do conselho de administração 2014_DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS 103
31/12/13
Quantia líquida
Quantia brutaImparidade acumulada
73 418 214
75 350 298
(7 004 010)
411 621
720 560
-
18 003 060
19 257 736
(595 001)
4 006 964
4 129 383
(96 105)
1 187
2 440
-
95 841 046
99 460 417
(7 695 116)
Quantia líquida
68 346 288
720 560
18 662 735
4 033 278
2 440
91 765 301
Os movimentos ocorridos, nos períodos
findos em 31 de Dezembro de 2014 e
2013, nas perdas acumuladas por imparidades em inventários são conforme
se segue:
Valores em Euros
Saldo inicial
Aumentos Reposições Utilizações
Ajustamento cambial
Saldo final
Os aumentos e reposições, no montante
de Euros 3.762.853 e Euros 188.093,
respectivamente foram reconhecidos na
demonstração dos resultados na rubrica
“Imparidade de inventários ((perdas)/ reversões)”.
31/12/14 7 695 116
3 762 853
(188 093)
(12 959)
448 889
11 705 806
31/12/13
6 550 498
1 723 901
(7 200)
(66 851)
(505 232)
7 695 116
104
18. Activos financeiros
18.1. Categorias
de activos financeiros
As categorias de activos financeiros, líquidas de perdas acumuladas por imparidade, em 31 de Dezembro de 2014 e
2013 são detalhadas conforme se segue:
31/12/14
Valores em Euros
Quantia brutaImparidade acumulada
Disponibilidades (Nota 4):
Numerário
300 931
-
Depósitos bancários imediatamente mobilizáveis
19 177 345
-
Outras aplicações de tesouraria
82 447 663
-
Outras aplicações de tesouraria - Partes relacionadas (Nota 36)
34 750 000
-
136 675 939
-
Activos financeiros ao custo:
Clientes (Nota 18.2)
76 013 049
(26 258 584)
Outras contas a receber - corrente (Nota 18.3)
19 379 598
(7 494 114)
Outras contas a receber - não corrente (Nota 18.3)
4 122 026
(1 855 975)
99 514 673
(35 608 673)
236 190 612
(35 608 673)
18.2. Activos
financeiros - clientes
Em 31 de Dezembro de 2014 e 2013,
a rubrica “Clientes”, líquida de perdas
acumuladas por imparidade, apresenta
a seguinte composição:
31/12/14
Imparidade acumulada
Valores em Euros
Quantia bruta
(Nota 18.4)
Clientes
73 630 346
(26 258 584)
Clientes - Partes relacionadas (Nota 36)
2 382 703
-
76 013 049
(26 258 584)
Em 31 de Dezembro de 2014 e 2013, a
antiguidade do saldo da rubrica “Clientes”,
líquida de perdas acumuladas por imparidade, é detalhada conforme se segue:
31/12/14
Valores em Euros
Quantia brutaImparidade acumulada
Não vencido
30 539 686
(59 000)
Vencido:
0-90 dias
15 126 613
(47 944)
90-180 dias
2 904 506
(380 168)
180-360 dias
1 845 147
(1 171 657)
> 360 dias
25 597 097
(24 599 815)
76 013 049
(26 258 584)
Relatório do conselho de administração 2014_DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS 105
31/12/13
Quantia
Quantia
escriturada líquida
Quantia brutaImparidade acumulada
escriturada líquida
300 931
305 587
-
305 587
19 177 345
25 609 321
-
25 609 321
82 447 663
98 408 239
-
98 408 239
34 750 000
-
-
136 675 939
124 323 147
-
124 323 147
49 754 465
73 776 844
(25 328 905)
48 447 939
11 885 484
20 796 516
(6 821 398)
13 975 118
2 266 051
4 263 185
(1 855 975)
2 407 210
63 906 000
98 836 545
(34 006 278)
64 830 267
200 581 939
223 159 692
(34 006 278)
189 153 414
31/12/13
QuantiaImparidade acumulada
escriturada líquida
Quantia bruta
(Nota 18.4)
47 371 762
72 701 299
(25 328 905)
2 382 703
1 075 545
-
49 754 465
73 776 844
(25 328 905)
Quantia
escriturada líquida
47 372 394
1 075 545
48 447 939
31/12/13
Quantia
Quantia
escriturada líquida
Quantia brutaImparidade acumulada
escriturada líquida
30 480 686
30 471 425
(8 048)
30 463 377
15 078 669
13 614 867
(96 684)
13 518 183
2 524 338
1 764 979
(78 518)
1 686 461
673 490
1 921 667
(918 807)
1 002 860
997 282
26 003 906
(24 226 848)
1 777 058
49 754 465
73 776 844
(25 328 905)
48 447 939
106
18.3.
Activos financeiros – outras
contas a receber
Em 31 de Dezembro de 2014 e 2013, a
rubrica “Outras contas a receber - corrente”, líquida de perdas acumuladas por
imparidade apresenta a seguinte composição:
31/12/14
Imparidade acumulada
Valores em Euros
Quantia bruta
(Nota 18.4)
Outros devedores
Partes relacionadas (Nota 36):
Empréstimos concedidos
750 000
-
Outras operações 2 138 818
(1 294 310)
Outros 11 571 511
(6 199 804)
14 460 329
(7 494 114)
Devedores por acréscimos de rendimentos
Juros a receber
535 428
-
Partes relacionadas (Nota 36)
1 324 146
-
Outros
3 059 695
-
4 919 269
-
19 379 598
(7 494 114)
Em 31 de Dezembro de 2014 e 2013, a
rubrica “Outras contas a receber - não
corrente”, líquida de perdas acumuladas
por imparidade apresenta a seguinte
composição:
31/12/14
Imparidade acumulada
Valores em Euros
Quantia bruta
(Nota 18.4)
Outros devedores
Cauções prestadas a favor de terceiros
1 744 551
-
Outras partes relacionadas (Nota 36)
-
-
Outros 2 377 475
(1 855 975)
4 122 026
(1 855 975)
Relatório do conselho de administração 2014_DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS 107
31/12/13
QuantiaImparidade acumulada
Quantia
escriturada líquida
Quantia bruta
(Nota 18.4)
escriturada líquida
750 000
-
-
844 508
1 194 842
(647 000)
547 842
5 371 707
13 558 727
(6 174 398)
7 384 329
6 966 215
14 753 569
(6 821 398)
7 932 171
535 428
486 849
-
486 849
1 324 146
2 584 774
-
2 584 774
3 059 695
2 971 324
-
2 971 324
4 919 269
6 042 947
-
6 042 947
11 885 484
20 796 516
(6 821 398)
13 975 118
31/12/13
QuantiaImparidade acumulada
Quantia
escriturada líquida
Quantia bruta
(Nota 18.4)
escriturada líquida
1 744 551
1 302 305
-
1 302 305
-
550 000
-
550 000
521 500
2 410 880
(1 855 975)
554 905
2 266 051
4 263 185
(1 855 975)
2 407 210
108
18.4. Imparidade
de dívidas a receber
Os movimentos ocorridos nas perdas
acumuladas por imparidade de dívidas
a receber, nos períodos findos em 31 de
Dezembro de 2014 e 2013, são conforme
se segue:
31/12/14
OutrosOutrosO
Devedores
Partes Devedores
Não correntesClientes relacionadas
correntes
Valores em Euros
(Nota 18.3)
(Nota 18.2)
(Nota 18.3)
(Nota 18.3)
Total
Saldo inicial
1 855 975
25 328 905
647 000
6 174 398 34 006 278
Variação de perímetro
-
-
-
-
-
Aumentos -
2 081 862
647 310
23 793
2 752 965
Reposições -
(1 328 726)
-
(3 996) (1 332 722)
Utilizações
-
-
-
-
-
Ajustamento cambial
-
176 543
-
5 609
182 152
Transferências
--
-
-
-
Activos não correntes detidos para venda
-
-
-
-
-
Saldo final
1 855 975
26 258 584
1 294 310
6 199 804 35 608 673
Os aumentos e reposições, no montante
de Euros 2.752.965 e Euros 1.332.722,
respectivamente, foram reconhecidos na
demonstração dos resultados na rubrica
“Imparidade de dívidas a receber ((perdas)/ reversões)”.
Relatório do conselho de administração 2014_DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS 109
31/12/13
OutrosOutros
Devedores
Partes
Devedores
Não correntesClientes
relacionadasCorrentes
(Nota 18.3)
(Nota 18.2)
(Nota 18.3)
(Nota 18.3)
Total
1 855 975
22 123 192
-
6 127 728
30 106 895
-
-
-
-
-
2 414 605
647 000
22 518
3 084 123
-
(2 445 461)
-
(4 434)
(2 449 895)
-
(405 485)
-
(7 907)
(413 392)
-
(224 422)
-
(10 748)
(235 170)
-
- -- -
3 866 476
-
47 241
3 913 717
1 855 975
25 328 905
647 000
6 174 398
34 006 278
110
19. Activos não correntes
detidos para venda
Em 30 de Junho de 2011 a Secil adquiriu a totalidade do capital da sociedade
Uniconcreto – Betão Pronto, S.A. (anteriormente designada por Lafarge Betões,
S.A.) e das suas subsidiárias Eurobetão
– Betão Pronto, S.A. e Lusoinertes, S.A.
(anteriormente designada por Lafarge
Agregados Unipessoal, Lda.). Estas sociedades operam no mercado de betões
e agregados e detinham à data da compra vinte e seis centrais de betão e quatro
explorações de agregados.
No âmbito desta compra, a decisão de
alienar os activos e passivos, apresentados como activos não correntes detidos
para venda, decorre da imposição colocada por parte da Autoridade da Concorrência, bem como da posterior avaliação
interna efectuada pelo Grupo.
No período findo em 31 de Dezembro
de 2014 e 2013 os activos e passivos
directamente associados a activos não
correntes detidos para venda detalham-se como se segue:
No período findo em 31 de Dezembro de
2013, em resultado (i) das dificuldades
sentidas na conclusão do plano de venda
e (ii) de re-avaliação interna, deixaram
de qualificar como activos não correntes
detidos para venda os activos e passivos da subsidiária Uniconcreto – Betão
Pronto, S.A..
Valores em Euros
31/12/14 31/12/13
ACTIVO
Activos fixos tangíveis
1 114 053
1 174 069
1 114 053
1 174 069
PASSIVO
Passivos por impostos diferidos 84 724
100 265
84 724
100 265
1 029 329
1 073 804
Em 31 de Dezembro de 2014 e 2013, os
activos apresentados como não correntes detidos para venda correspondem
às centrais de betão cuja imposição de
venda foi colocada pela Autoridade da
Concorrência.
Valores em Euros
Saldo em 1 de Janeiro de 2013
Depreciações (Nota 33)
Desreconhecimento de activos não correntes detidos para venda (Nota 10)
Saldo em 31 de Dezembro de 2013
Depreciações (Nota 33)
Saldo em 31 de Dezembro de 2014
Em 31 de Dezembro de 2014, a rubrica
de activos fixos tangíveis apresenta a seguinte movimento:
ValorDepreciações
BrutoAcumuladas
14 451 129
(11 562 353)
-
(60 019)
(13 148 954)
11 494 266
1 302 175
(128 106)
-
(60 016)
1 302 175
(188 122)
Valor
Líquido
2 888 776
(60 019)
(1 654 688)
1 174 069
(60 016)
1 114 053
Relatório do conselho de administração 2014_DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS 111
20. Capital próprio
20.1. Capital realizado
e acções próprias
Em 31 de Dezembro de 2014 e 2013, o
capital social da Secil, encontra-se totalmente subscrito e realizado, sendo representado por 52.920.000 acções com
o valor nominal de Euros 5.
As pessoas colectivas que detém posições relevantes no capital da sociedade
em 31 de Dezembro de 2014 e 2013
detalham-se conforme se segue:
Nome
Great Earth – Projectos, S.A.
Semapa, SGPS, S.A.
Longapar, S.G.P.S., S.A.
Acções próprias
Em 8 de Maio de 2014, a Secil incorporou, por fusão, a sociedade Great Earth
– Projectos, S.A., a qual tinha anteriormente alienado as acções tituladas e
nominativas representativas do capital
Nº acções
% do capital detida
31/12/1431/12/1331/12/1431/12/13
-
48 734 540
0,00%
92,09%
48 734 540
-
92,09%
0,00%
1 000
1 000
0,00%
0,00%
4 184 460
4 184 460
7,91%
7,91%
52 920 000
52 920 000
100,00%
100,00%
social desta à sociedade Semapa, SGPS,
S.A.. Em resultado desta operação a Secil reconheceu nos seus capitais próprios
uma reserva de fusão positiva no montante de Euros 1.052.208 (Nota 20.3).
Acções próprias
Secil - Companhia Geral de Cal e Cimento, S.A.
Hewbol, S.G.P.S., S.A.
A sociedade Hewbol, S.G.P.S, Lda. é
uma empresa subsidiária do Grupo Secil
pelo que as 366.100 acções por si de-
As acções próprias evidenciadas nas
demonstrações financeiras consolidadas do Grupo em 31 de Dezembro de
2014 e 2013 são detidas pelas seguintes
sociedades:
31/12/14 3 818 360
366 100
4 184 460
31/12/13
3 818 360
366 100
4 184 460
tidas encontram-se evidenciadas como
acções próprias nas demonstrações financeiras consolidadas do Grupo.
112
20.2. Reservas legais
Em 31 de Dezembro de 2014 e 2013, a
rubrica “Reserva legais” ascende a Euros
40.680.725.
A legislação comercial estabelece que,
pelo menos, 5% do resultado líquido
anual tem de ser destinado ao reforço
da reserva legal até que esta represente
pelo menos 20% do capital.
Esta reserva não é distribuível a não ser
em caso de liquidação da sociedade poderá contudo, ser utilizada para absorver
prejuízos, depois de esgotadas as outras
reservas, ou incorporada no capital.
20.3. Outras reservas
Em 31 de Dezembro de 2014 e 2013, a
rubrica “Outras reservas” decompõe-se
como segue:
Valores em Euros
Saldo inicial
Reserva de fusão da Great Heart na Secil (Nota 20.1)
Saldo final
Esta rubrica corresponde a reservas livres para distribuição aos accionistas,
constituídas através da transferência de
resultados de períodos anteriores e à
reserva de fusão resultante da incorporação da sociedade Great Earth – Projectos, S.A. na Secil.
20.4. Excedente
de revalorização
O movimento do excedente de revalorização nos períodos findos em 31 de
Valores em Euros
Saldo inicial
Excedente realizado no período
Imposto diferido no período
Saldo final
31/12/14 94 623 691
1 052 208
95 675 899
31/12/13
94 623 691
94 623 691
Dezembro de 2014 e 2013 foi conforme
se segue:como segue:
31/12/14 14 242 547
(186 307)
24 593
14 080 833
31/12/13
14 450 157
(239 182)
31 572
14 242 547
O montante de Euros 14.080.833 não se
encontra disponível para distribuir aos
accionistas do Grupo.
Relatório do conselho de administração 2014_DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS 113
20.5. Outras variações
no capital próprio
Em 31 de Dezembro de 2014 e 2013, a
rubrica “Outras variações no capital próprio” apresenta a seguinte composição:
Valores em Euros
Diferenças de conversão de demonstrações financeiras
Desvios e alterações de pressupostos em estudos actuariais Impostos diferidos - desvios e alterações de pressupostos em estudos actuariais Subsídios ao investimento Impostos diferidos - subsídios ao investimento
Subsídios por licenças de emissão de gases com efeito de estufa Impostos diferidos - subsídios por licenças de emissão de gases com efeito de estufa Reserva de justo valor de derivados de cobertura Impostos diferidos - reserva de justo valor de derivados de cobertura
Justo valor em associadas
31/12/14 (90 499 255)
4 243 449
(1 267 376)
988 799
(256 782)
5 706 200
(1 557 528)
(658 857)
148 243
29 434
(83 123 673)
31/12/13
(105 387 863)
3 999 956
(1 212 443)
1 212 582
(338 436)
3 808 338
(1 080 167)
(906 941)
222 201
29 434
(99 653 339)
114
20.5.1. Diferenças de
conversão de demonstrações
financeiras
O montante de Euros 90.499.255, respeita ao valor apropriado pelos detentores do capital da empresa-mãe das
diferenças cambiais resultantes da conversão das demonstrações financeiras
das sociedades, goodwill e empréstimos
que qualificam como extensões do investimento líquido, essencialmente na
Tunísia, Líbano, Angola e Brasil, sendo
o movimento nos períodos findos em 31
de Dezembro de 2014 e 2013 detalhado
como se segue:
31 de Dezembro de 2014
Valores em EurosSaldo inicialAumentos DiminuiçõesSaldo final
Société des Ciments de Gabès e subsidiárias:
Conversão das demonstrações financeiras
(59 392 367)
395 600
-
(58 996 767)
Conversão do goodwill (Nota 9)
(26 900 884)
160 897
-
(26 739 987)
Secil Angola, S.A.R.L.:
Conversão das demonstrações financeiras
1 545 281
240 894
-
1 786 175
Extensão do investimento líquido
(1 256 633)
4 710 382
-
3 453 749
Conversão do goodwill (Nota 9)
(21 517)
-
-
(21 517)
Secil - Companhia de Cimentos do Lobito, S.A.:
Conversão das demonstrações financeiras
(671 133)
-
(742 083)
(1 413 216)
Ciment de Sibline, SAL:
Conversão das demonstrações financeiras (9 202 595)
8 315 056
-
(887 539)
Conversão do goodwill (Nota 9)
(751 772)
1 532 330
-
780 558
I3 Participações e Serviços, Ltda.
Conversão das demonstrações financeiras (40 674)
2 214
-
(38 460)
Supremo Cimentos, S.A.
Conversão das demonstrações financeiras (747 299)
261 149
-
(486 150)
Nsospe Empreendimentos e Participações, S.A.
Conversão das demonstrações financeiras (7 948 270)
19 007
-
(7 929 263)
Sociedade de Inertes Lda
Conversão das demonstrações financeiras -
-
(6 838)
(6 838)
(105 387 863)
15 637 529
(748 921)
(90 499 255)
Relatório do conselho de administração 2014_DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS 115
31 de Dezembro de 2013
Valores em EurosSaldo inicial DiminuiçõesSaldo final
Société des Ciments de Gabès e subsidiárias:
Conversão das demonstrações financeiras
(51 948 966)
(7 443 401)
(59 392 367)
Conversão do goodwill (Nota 9)
(23 864 291)
(3 036 593)
(26 900 884)
Secil Angola, S.A.R.L.:
Conversão das demonstrações financeiras
2 044 160
(498 879)
1 545 281
Extensão do investimento líquido
(50 722)
(1 205 911)
(1 256 633)
Conversão do goodwill (Nota 9)
56 500
(78 017)
(21 517)
Secil - Companhia de Cimentos do Lobito, S.A.:
Conversão das demonstrações financeiras
(566 918)
(104 215)
(671 133)
Ciment de Sibline, SAL:
Conversão das demonstrações financeiras (6 695 892)
(2 506 703)
(9 202 595)
Conversão do goodwill (Nota 9)
(241 594)
(510 178)
(751 772)
I3 Participações e Serviços, Ltda.
Conversão das demonstrações financeiras (19 233)
(21 441)
(40 674)
Supremo Cimentos, S.A.
Conversão das demonstrações financeiras -
(747 299)
(747 299)
Nsospe Empreendimentos e Participações, S.A.
Conversão das demonstrações financeiras -
(7 948 270)
(7 948 270)
(81 286 956) (24 100 907) (105 387 863)
116
20.5.2. Desvios e alterações de
pressupostos actuariais
O movimento dos desvios e alterações
de pressupostos actuariais nos períodos
findos em 31 de Dezembro de 2014 e
2013, repartido entre Grupo e minoritários, decompõe-se como segue:
31/12/14
Detentores do capital
Valores em Euros
da empresa-mãe
Minoritários
Saldo inicial
3 999 956 285 668 Movimento no período (Nota 22.2)
243 493 25 404 Saldo final 4 243 449 311 072 20.5.3. Subsídios do governo
Subsídios ao investimento
Os movimentos ocorridos nos subsídios
ao investimento nos períodos findos em
31 de Dezembro de 2014 e 2013 são
conforme se segue:
Valores em Euros
31/12/14 31/12/13
Saldo inicial
1 264 042
1 389 229
Ajustamento cambial
1 461
(66 129)
Subsídios recebidos no período
78 825
1 628 403
Subsídios reconhecidos nos resultados (Nota 31)
(317 215)
(1 687 461)
Saldo final
1 027 113
1 264 042
Subsídios ao investimento repartidos em:
Detentores do capital da empresa-mãe 988 799
1 212 582
Interesses minoritários
38 314
51 460
1 027 113
1 264 042
Relatório do conselho de administração 2014_DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS 117
31/12/13
Detentores do capital
Total
da empresa-mãe
Minoritários
4 285 624 5 009 047 296 490 268 897 (1 009 091)
(10 822)
4 554 521 3 999 956 285 668 Total
5 305 537
(1 019 913)
4 285 624
Subsídios por licenças
de emissão de gases com
efeitos de estufa
Os movimentos dos subsídios relativos a
licenças de emissão de gases com efeito
de estufa nos períodos findos em 31 de
Dezembro de 2014 e 2013 são conforme
se segue:
Valores em Euros
31/12/14 Saldo inicial
3 808 338
Licenças atribuídas no período (Nota 13)
15 341 876
Revogação de licenças (Nota 13)
(19 615)
Subsídio reconhecido nos resultados do período (Nota 31)
(11 472 800)
Licenças alienadas no período (1 951 599)
Saldo final
5 706 200
Subsídios por licenças de emissão de gases com efeito de estufa repartidos em:
Detentores do capital da empresa-mãe 5 706 200
Interesses minoritários
-
5 706 200
31/12/13
1 525 075
10 640 176
(26 364)
(6 538 658)
(1 791 891)
3 808 338
3 808 338
3 808 338
118
20.5.4. Reserva de justo valor
de derivados de cobertura
Os movimentos ocorridos na reserva de
justo valor de derivados de cobertura
(Nota 38) nos períodos findos em 31 de
Dezembro de 2014 e 2013 são conforme
se segue:
Valores em Euros
Saldo inicial Aumentos de justo valor Saldo final
31/12/14 (906 941)
248 084
(658 857)
31/12/13
(2 439 672)
1 532 731
(906 941)
Relatório do conselho de administração 2014_DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS 119
20.6. Aplicação do resultado
do período anterior
Por deliberação da Assembleia Geral da
Secil realizada em 4 de Abril de 2014, o
resultado líquido negativo no montante
de Euros 34.897.448, do período findo
em 31 de Dezembro de 2013, foi transferido para a rubrica de “Resultados transitados”.
21. Provisões
No decurso dos períodos findos em 31
de Dezembro de 2014 e 2013, realizaram-se os seguintes movimentos nas
rubricas de provisões:
Valores em EurosRecuperação
Saldo em 1 de Janeiro de 2013
Aumentos
Desconto financeiro (Nota 34)
Utilizações
Reposições
Ajustamento cambial
Saldo em 31 de Dezembro de 2013
Aumentos
Desconto financeiro (Nota 34)
Utilizações
Reposições
Ajustamento cambial
Transferências
Saldo em 31 de Dezembro de 2014
O aumento, no montante de Euros
7.113.734 (aumento de Euros 3.752.209
em 2013), registado na demonstração
dos resultados na rubrica “Provisões”,
inclui:
ambientalOutras
6 953 590
11 924 826
-
5 165 013
356 093
-
(51 530)
(1 462 342)
(119 981)
(1 292 823)
-
(178 623)
7 138 172
14 156 051
-
9 888 405
288 359
-
(89 485)
(1 314 930)
(157 298)
(2 617 373)
-
375 348
-
1 403
7 179 748
20 488 904
(i) o aumento de Euros 9.888.405 (Euros
5.165.013 em 2013) registado na rubrica
“Outras”;
Total
18 878 416
5 165 013
356 093
(1 513 872)
(1 412 804)
(178 623)
21 294 223
9 888 405
288 359
(1 404 415)
(2 774 671)
375 348
1 403
27 668 652
(ii) o total das reposições de Euros
2.774.671 (Euros 1.412.804 em 2013).
120
22. Benefícios a empregados
Conforme referido nas Notas 3.15 e 3.16
o Grupo atribui aos seus trabalhadores e
seus familiares diversos benefícios pós
emprego e outros benefícios a longo
prazo.
A evolução das responsabilidades assumidas, reflectidas no balanço consolidado em 31 de Dezembro de 2014 e
2013, são conforme se segue:
Acréscimo/ (redução)
de responsabilidades
Gastos comOutras variações
Valores em EurosSaldo inicial
o pessoal (Nota 30)
no capital próprio
Benefícios pós-emprego - contribuição definida
Contribuições efectuadas
-
789 813
-
Conta “Reserva” (887 173)
-
-
(887 173)
789 813
-
Benefícios pós-emprego - benefícios definidos
Responsabilidades por pensões a cargo do Grupo 5 962 894
247 474
412 695
Insuficiência/ (excesso) dos fundos
(4 008 392)
(164 002)
(598 754)
Responsabilidades por subsídios de reforma
396 861
71 316
(66 723)
Responsabilidades por assistência na doença
514 795
1 880
(11 969)
2 866 158
156 668
(264 751)
Benefícios a longo prazo
Responsabilidades por prémios de antiguidade
534 666
86 997
-
Responsabilidades por subsídios por morte
52 678
5 502
(4 146)
587 344
92 499
(4 146)
2 566 329
1 038 980
(268 897)
Relatório do conselho de administração 2014_DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS 121
31 de Dezembro de 2014
Pagamentos
Prémios Variação cambial
efectuados
pagos/resgatesSaldo final
-
(789 813)
-
-
-
106 556
-
(795 095)
-
(683 257)
-
(795 095)
-
(893 700)
-
5 729 363
450
-
(48 255)
(4 818 953)
27 939
(13 690)
-
415 703
-
(435 418)
-
69 288
28 389
(1 342 808)
(48 255)
1 395 401
-
(123 841)
-
497 822
-
-
-
54 034
-
(123 841)
-
551 856
28 389
(2 149 906)
(48 255)
1 152 162
122
Acréscimo (redução)
de responsabilidades
Gastos comOutras variações
Valores em EurosSaldo inicial
o pessoal (Nota 30)
no capital próprio
Benefícios pós-emprego - contribuição definida
Contribuições efectuadas
-
778 972
-
Conta “Reserva” (1 012 191)
-
-
(1 012 191)
778 972
-
Benefícios pós-emprego - benefícios definidos
Responsabilidades por pensões a cargo do Grupo 6 739 718
311 421
(123 814)
Insuficiência/ (excesso) dos fundos
(4 933 570)
(237 312)
1 215 914
Responsabilidades por morte e subsídios de reforma
430 715
71 223
(2 908)
Responsabilidades por assistência na doença
983 936
36 302
(69 279)
3 220 799
181 634
1 019 913
Benefícios a longo prazo
Responsabilidades por prémios de antiguidade
551 207
73 255
-
Responsabilidades por subsídios por morte
53 853
(1 175)
-
605 060
72 080
-
2 813 668
1 032 686
1 019 913
Em 2010, foi alterado o contrato constitutivo do Fundo de Pensões Secil, que passou a designar-se por Fundo de Pensões
do Grupo Secil, substituindo integralmente o anterior contrato e produzindo
efeitos a 1 de Janeiro desse mesmo ano.
São associadas do Fundo, a Secil e as
suas subsidiárias:
(i) CMP – Cimentos Maceira e Pataias,
S.A. e Unibetão – Industrias de Betão
Preparado, S.A., que integraram (e extinguiram simultaneamente) os seus Fundos
de Pensões no Fundo de Pensões do
Grupo Secil;
(ii) Cimentos Madeira, Lda., que integrou
(e extinguiu simultaneamente) a sua apólice de seguro no Fundo de Pensões do
Grupo Secil;
(iii) Britobetão – Central de Betão, Lda.,
Relatório do conselho de administração 2014_DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS 123
31 de Dezembro de 2013
Pagamentos
Prémios Dotação para
Variação cambial
efectuados
pagos/resgates
os fundosSaldo final
-
(778 972)
-
-
-
125 018
-
-
(887 173)
-
(653 954)
-
-
(887 173)
-
(964 431)
-
-
5 962 894
(9 331)
-
(41 114)
(2 979)
(4 008 392)
(33 520)
(68 649)
-
-
396 861
-
(436 164)
-
-
514 795
(42 851)
(1 469 244)
(41 114)
(2 979)
2 866 158
-
(89 796)
-
-
534 666
-
-
-
-
52 678
-
(89 796)
-
-
587 344
(42 851)
(2 212 994)
(41 114)
(2 979)
2 566 329
Secil Britas, S.A, Beto Madeira, S.A. e
Brimade, S.A..
A Cimentos Madeira alterou, com
efeitos a 1 de Janeiro de 2012, para
contribuição definida o plano de
benefícios definidos que assegurava
directamente aos seus empregados a
título de complemento de reforma por
velhice, invalidez, reforma antecipada e
pensões de sobrevivência.
O património líquido positivo resultante
da transição dos trabalhadores no activo da Cimentos Madeira do plano de
benefício definido para o plano de contribuição definida, após a transferência das responsabilidades por serviços
passados financiadas com referência a
31 de Dezembro de 2011 e garantindo
o financiamento das responsabilidades
com reformados e pensionista a cargo do
Plano de Pensões de Benefício Definido
foi transferido para a Conta Reserva da
respectiva associada e afecto ao Plano
de Contribuição Definida.
O Fundo de Pensões do Grupo Secil é
o suporte financeiro para o pagamento
dos benefícios previstos nos Planos de
Pensões de cada associada (agora geridos conjuntamente) que se encontram
descritos nas Notas 22.1 e 22.2.
124
22.1. Benefícios
pós-emprego – Planos
de contribuição definida
Os Planos de Pensões de Contribuição
Definida geridos pelo Fundo de Pensões
do Grupo Secil são financiados pelas
associadas e pelos participantes contribuintes e são os seguintes:
(i) Planos Secil e CMP, incluem todos
os trabalhadores que à data de 31 de
Dezembro de 2009 tinham um contrato
de trabalho sem termo (e que se encontravam abrangidos pelo plano de benefícios definidos em vigor nas empresas) e
que tenham optado pela transição para
estes Planos e todos os trabalhadores
admitidos ao abrigo de um contrato sem
termo, a partir de 1 de Janeiro de 2010,
sendo também aplicável aos membros
dos órgãos de administração;
(ii) Planos Unibetão e Britobetão, incluem todos os trabalhadores que à data
de 31 de Dezembro de 2009 tinham um
contrato de trabalho sem termo, celebrado ao abrigo do CCT celebrado entre
a APEB e a FETESE e todos os trabalhadores admitidos ao abrigo de um contrato sem termo, a partir de 1 de Janeiro
de 2010, com excepção dos trabalhadores da Unibetão que estejam abrangidos
pelo CCT celebrado entre a APEB e a
FEVICCOM, os quais continuam a beneficiar do Plano de benefício definido,
sendo também aplicável aos membros
dos órgãos de administração;
(iii) Plano Beto Madeira inclui todos os
trabalhadores que à data de 31 de Dezembro de 2010 tinham um contrato de
trabalho sem termo e estavam abrangidos pelo CCT celebrado entre a APEB
– Associação Portuguesa das Empresas
de Betão Pronto e a FETESE – Federação dos Sindicatos dos Trabalhadores de
Serviços e outros;
(iv) Plano Secil Britas, inclui todos os
trabalhadores que à data de 31 de Dezembro de 2009 tinham um contrato de
trabalho sem termo e a todos os trabalhadores admitidos ao abrigo de um contrato sem termo, a partir de 1 de Janeiro
de 2010, sendo também aplicável aos
membros dos órgãos de administração;
(v) Plano Cimentos Madeira inclui todos
os trabalhadores que à data de 1 de Janeiro de 2012 tinham um contrato de trabalho sem termo (e que se encontravam
abrangidos pelo plano de benefícios definidos em vigor na empresa) e todos os
empregados admitidos ao abrigo de um
contrato sem termo, a partir dessa data,
sendo também aplicável aos membros
dos órgãos de administração;
(vi) Plano Brimade inclui todos os trabalhadores que tinham à data de 1 de
Julho de 2012 um contrato de trabalho
sem termo e todos os trabalhadores que
venham a ser admitidos ao serviço após
essa data.
22.2. Benefícios pós-emprego
– Planos de benefícios
definidos
Os gastos suportados com os planos de
benefícios definidos, nos períodos findos
em 31 de Dezembro de 2014 e 2013, são
os seguintes:
Valores em EurosS
Responsabilidades por pensões a cargo do Grupo Responsabilidades por pensões com fundo autónomo
Responsabilidades por subsídios de reforma
Responsabilidades por assistência na doença
Relatório do conselho de administração 2014_DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS 125
31 de Dezembro de 2014
Retorno esperado
Serviços correntesCusto dos juros activos do plano
-
247 474
-
14 032
923 905
(1 101 939)
30 063
41 253
-
-
1 880
-
44 095
1 214 512
(1 101 939)
Total de gastos com
o pessoal (Nota 30)
247 474
(164 002)
71 316
1 880
156 668
126
Valores em EurosServiços correntesC
Responsabilidades por pensões a cargo do Grupo -
Responsabilidades por pensões com fundo autónomo
15 757
Responsabilidades por morte e subsídios de reforma
29 298
Responsabilidades por assistência na doença
13 401
58 456
Os ganhos e perdas reconhecidos directamente nos capitais próprios nos períodos findos em 31 de Dezembro de 2014
e 2013, são como segue:
G
A
Valores em EurosOutros desvios
Responsabilidades por pensões a cargo do Grupo (412 695)
Responsabilidades por pensões com fundo autónomo
(1 687 492)
Responsabilidades por subsídios de reforma
66 723
Responsabilidades por assistência na doença
11 969
Responsabilidades por subsídios por morte
4 146
(2 017 349)
G
A
Valores em EurosOutros desvios
Responsabilidades por pensões a cargo do Grupo 123 814
Responsabilidades por pensões com fundo autónomo
(511 185)
Responsabilidades por morte e subsídios de reforma
2 908
Responsabilidades por assistência na doença
69 279
(315 184)
Relatório do conselho de administração 2014_DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS 127
31 de Dezembro de 2013
Retorno esperadoGanhos por
Custo dos juros activos do plano
cortes nos planos
311 421
-
-
1 072 308
(1 318 329)
(7 048)
41 925
-
-
22 901
-
-
1 448 555
(1 318 329)
(7 048)
Total de gastos com
o pessoal (Nota 30)
311 421
(237 312)
71 223
36 302
181 634
31 de Dezembro de 2014
Ganhos e perdas actuariais
Activos plano est. vs real -
2 286 246
-
-
-
2 286 246
Total
(Nota 20.5.2)Imposto diferido
(412 695)
(41 083)
598 754
(5 766)
66 723
(3 249)
11 969
(3 568)
4 146
(1 208)
268 897
(54 874)
Valor líquido
(453 778)
592 988
63 474
8 401
2 938
214 023
31 de Dezembro de 2013
Ganhos e perdas actuariais
Activos plano est. vs real -
(704 729)
-
-
(704 729)
O montante de Euros 268.897, registado
no período findo em 31 de Dezembro
de 2014 em ganhos actuariais, reflecte
a alteração dos pressupostos actuariais
ocorrida no período, nomeadamente a
redução da taxa de juro técnica (Nota
22.2.2).
Total
(Nota 20.5.2)Imposto
123 814
(1 215 914)
2 908
69 279
(1 019 913)
Os gastos apresentados correspondem
aos planos de benefícios definidos existentes no universo de empresas que
constituem o Grupo os quais seguidamente se descrevem.
diferido
(39 051)
365 503
(6 126)
(21 068)
299 258
Valor líquido
84 763
(850 411)
(3 218)
48 211
(720 655)
128
22.2.1. Caracterização
dos planos de benefícios
definidos
Planos de benefícios
definidos com fundos
geridos por terceiras
entidades
Responsabilidades por
complementos de pensões de reforma
e sobrevivência e subsídio de reforma
A Secil e as suas subsidiárias:
(i) CMP- Cimentos Maceira e Pataias,
S.A.;
(ii) Unibetão- Industrias de Betão Preparado, S.A.;
(iii) Cimentos Madeira, Lda.;
(iv) Betomadeira – Betões e Britas da
Madeira, S.A.;
(v) Societé des Ciments de Gabès;
assumiram o compromisso de pagar
aos seus empregados prestações pecuniárias a título de complementos de
reforma por velhice, invalidez, reforma
antecipada, pensões de sobrevivência
ou subsídios de reforma.
As responsabilidades derivadas destes
planos são asseguradas por fundos autónomos, administrados por terceiros ou
cobertas por apólices de seguro.
Estes planos são avaliados semestralmente, às datas dos fechos intercalar e
anuais das demonstrações financeiras,
por entidades especializadas e independentes, utilizando o método de crédito
da unidade projectada.
Planos de benefícios definidos
a cargo do Grupo
Responsabilidades por
complementos de pensões
de reforma e sobrevivência
As responsabilidades decorrentes dos reformados da Secil, à data de constituição
do Fundo de Pensões, 31 de Dezembro
de 1987, são asseguradas directamente
pela Secil. De igual forma, as responsabilidades assumidas pela subsidiária
Secil Martingança, S.A. são asseguradas
directamente pela empresa.
Em 26 de Junho de 2012, as responsabilidades a cargo da Cimentos Madeira,
Lda. e Beto Madeira- Betões e Britas da
Madeira, S.A. relativas a todos os reformados e pensionistas que se encontravam a receber uma pensão, foram
transferidas para o Plano de Pensões de
Benefícios Definidos da Cimentos Madeira o qual integrou o Fundo de Pensões
do Grupo Secil.
Estes planos são igualmente avaliados
semestralmente, por entidades independentes, utilizando o método de cálculo
dos capitais de cobertura correspondentes aos prémios únicos das rendas
vitalícias imediatas, na avaliação das responsabilidades com actuais pensionistas
e o método de crédito da unidade projectada, na avaliação das responsabilidades
com activos.
Relatório do conselho de administração 2014_DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS 129
Responsabilidades por
assistência na doença
A subsidiária Cimentos Madeira, Lda.
mantêm com os seus empregados regimes de assistência na doença, de natureza supletiva relativamente aos serviços
oficiais de saúde, extensivo a familiares,
pré-reformados e reformados e viúvas,
através de um seguro contratado.
22.2.2. Responsabilidades
e movimentos ocorridos
no período comparativamente
com o período anterior
Pressupostos utilizados na avaliação
das responsabilidades
(i) Na Secil Angola, S.A.R.L. e Secil Lobito, S.A. (Angola), na data da reforma,
de acordo com a Lei Geral do Trabalho
Nº 2/2000, um subsídio de reforma que
representa um quarto do último salário
multiplicado pelo nº de anos ao serviço
na empresa;
Responsabilidades por
benefícios por subsídio
de reforma
As subsidiárias do Grupo a seguir identificadas assumiram com os seus trabalhadores a responsabilidade pelo pagamento de subsídio de reforma por velhice
e por invalidez com os seguintes critérios
de atribuição:
(ii) Na Societé des Ciments de Gabès
(Tunísia), na data da reforma, com base
no Acordo Colectivo de Trabalho, artigo
52, um subsídio de reforma, que representa: (i) 2 meses do último salário, se
o trabalhador tem menos de 30 anos
ao serviço da empresa e (ii) 3 meses do
último salário, se o trabalhador tem 30
anos ou mais ao serviço da empresa.
Os estudos actuariais efectuados por
entidades independentes, com referência a 31 de Dezembro de 2014 e 2013,
para efeitos de apuramento nessas datas das responsabilidades por serviços
passados, tiveram por base os seguintes
pressupostos:
Fórmula de Benefícios da Segurança Social
Tabelas de invalidez Tabelas de mortalidade
Taxa de crescimento salarial
Taxa de juro técnica
Taxa de crescimento das pensões
Taxa de crescimento das despesas de saúde
31/12/14 Decreto-Lei nº 187/2007
de 10 de Maio
EKV 80 TV 88/90
1,00%
3,50%
0,45%
n/a
31/12/13
Decreto-Lei nº 187/2007
de 10 de Maio
EKV 80
TV 88/90
1,00%
4,50%
0,45%
4,60%
130
Responsabilidades por serviços
passados com planos de
benefícios de reforma
e sobrevivência
De acordo com os estudos actuarias reportados a 31 de Dezembro de 2014 e
2013, o valor presente da obrigação correspondente a planos de reforma, bem
como os valores de mercado dos fundos/
apólices de seguro a eles afectos são
como se segue:
31/12/14
FundoApóliceAssumido
Valores em Euros
autónomo
de seguro
pelo Grupo
Responsabilidades por serviços passados
- Activos
62 558
258 680
-
- Aposentados
21 436 639
-
5 729 363
Valor de mercado dos fundos
(26 354 855)
(221 975)
-
Insuficiência / (excesso)
(4 855 658)
36 705
5 729 363
No decurso dos períodos findos em 31
de Dezembro de 2014 e 2013, a evolução das responsabilidades do Grupo
apresenta a seguinte evolução:
31/12/14
FundoApóliceAssumido
Valores em Euros
autónomo
de seguro
pelo Grupo
Responsabilidades no início do período
21 398 760 270 061 5 962 894 Variação cambial
-
1 486 -
Valores registados nos resultados do período:
Serviços correntes
5 415 8 617 -
Custo dos juros
905 361 18 544 247 474
Retorno esperado dos activos do plano
(1 089 905)
(12 034)
-
Perdas / (Ganhos) por cortes nos planos
-
-
-
Valores registados nos capitais próprios:
Ganhos e perdas actuariais
1 697 605 (10 113)
412 695 Retorno estimado dos fundos de pensões
1 089 905 12 034 -
Reformas processadas
-
(29 915)
-
Pensões pagas no período
(2 507 944)
-
(893 700)
Responsabilidades no fim do período
21 499 197 258 680 5 729 363 Relatório do conselho de administração 2014_DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS 131
31/12/13
FundoApóliceAssumido
Total
autónomo
de seguro
pelo Grupo
Total
321 238
142 821
270 061
-
412 882
27 166 002
21 255 939
-
5 962 894
27 218 833
(26 576 830)
(25 499 746)
(177 467)
-
(25 677 213)
910 410
(4 100 986)
92 594
5 962 894
1 954 502
31/12/13
FundoApóliceAssumido
Total
autónomo
de seguro
pelo Grupo
Total
27 631 715 22 463 519
266 623
6 739 718
29 469 860
1 486 -
(26 697)
-
(26 697)
14 032 7 647
8 110
-
15 757
1 171 379 1 057 667
14 641
311 421
1 383 729
(1 101 939)
(1 309 088)
(9 241)
-
(1 318 329)
-
(7 048)
-
-
(7 048)
2 100 187 475 862
35 323
(123 814)
387 371
1 101 939 1 309 088
9 241
-
1 318 329
(29 915)
-
(27 939)
-
(27 939)
(3 401 644)
(2 598 887)
-
(964 431)
(3 563 318)
27 487 240 21 398 760 270 061 5 962 894 27 631 715
132
No decurso dos períodos findos em 31
de Dezembro de 2014 e 2013, a evolução do património dos fundos/ apólices
de seguro é conforme se segue:
Valores em Euros
Saldo inicial
Variação cambial
Dotação efectuada no período/ Prémio seguro pago
Rendimento dos fundos no período
Pensões pagas
Reformas processadas
Saldo final
31/12/1431/12/13
FundoCapital FundoCapital
autónomo
seguro
autónomo
seguro
25 499 746 177 467 27 491 958
171 754
-
1 036
-
(17 366)
-
48 255
2 979
41 114
3 363 053
25 132
603 696
9 904
(2 507 944)
-
(2 598 887)
-
(29 915)
-
(27 939)
26 354 855 221 975 25 499 746
177 467
Relatório do conselho de administração 2014_DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS 133
Em 31 de Dezembro de 2014 e 2013, a
composição dos fundos é conforme se
segue:
Valores em Euros
Acções
Obrigações - taxa fixa
Dívida Pública
Imobiliário
Liquidez
31/12/14 3 549 945
11 785 934
9 106 088
131 590
1 781 298
26 354 855 31/12/13
2 219 723
12 365 037
7 266 399
115 070
3 533 517
25 499 746
134
Responsabilidades por serviços
passados com outros benefícios
pós emprego
De acordo com os estudos actuariais
efectuados por entidades independentes, com referência a 31 de Dezembro
de 2014 e 2013, o valor actual das responsabilidades com outros benefícios de
reforma é o seguinte:
31/12/14
AssistênciaSubsídioA
Valores em Euros
na doença
de reforma
Responsabilidades por serviços passados
- Activos
-
415 703
- Aposentados
69 288
-
69 288
415 703 No decurso dos períodos findos em 31
de Dezembro de 2014 e 2013, a evolução
das responsabilidades do Grupo com outros benefícios de reforma apresenta a
seguinte evolução:
31/12/14
AssistênciaSubsídioA
Valores em Euros
na doença
de reforma
Responsabilidades no início do período
514 795
396 861
Variação cambial
-
27 939
Valores registados nos resultados do período:
Serviços correntes
-
30 063
Custo dos juros
1 880
41 253
Valores registados nos capitais próprios
(11 969)
(66 723)
Benefícios pagos no período
(435 418)
(13 690)
Responsabilidades no fim do período
69 288
415 703
Relatório do conselho de administração 2014_DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS 135
31/12/13
AssistênciaSubsídio
Total
na doença
de reforma
415 703 10 240
396 861
69 288 504 555
-
484 991 514 795
396 861 31/12/13
AssistênciaSubsídio
Total
na doença
de reforma
911 656
983 936
430 715
27 939
-
(33 520)
30 063
13 401
29 298
43 133
22 901
41 925
(78 692)
(69 279)
(2 908)
(449 108)
(436 164)
(68 649)
484 991
514 795
396 861
Total
407 101
504 555
911 656
Total
1 414 651
(33 520)
42 699
64 826
(72 187)
(504 813)
911 656
136
22.3. Benefícios a longo prazo
Responsabilidades por prémios
de antiguidade
Responsabilidades por subsídio
por morte
A Secil e a subsidiária CMP – Cimentos
Maceira e Pataias, S.A., assumiram com
os seus trabalhadores a responsabilidade
pelo pagamento de prémios àqueles que
atingem 25 anos de antiguidade nas referidas empresas, os quais são pagos no
ano em que o trabalhador perfaz aquele
número de anos ao serviço da Empresa.
A Secil e a subsidiária CMP – Cimentos Maceira e Pataias, S.A., assumiram
com os seus trabalhadores a responsabilidade pelo pagamento de um subsídio
por morte do trabalhador activo, de igual
valor a 1 mês do último salário auferido.
Valores em Euros
Prémios de antiguidade
Subsídios por morte
efectuados por entidades independentes, com referência a 31 de Dezembro de
2014 e 2013, o valor das responsabilidades com serviços passados com estes
benefícios detalha-se como se segue:
De acordo com os estudos actuariais
31/12/14 497 822
54 034
551 856
31/12/13
534 666
52 678
587 344
No decurso dos períodos findos em 31
de Dezembro de 2014 e 2013, a evolução das responsabilidades do Grupo
com benefícios a longo prazo apresenta
a seguinte evolução:
31/12/14
Prémios deSubsídios
Valores em Euros
antiguidade
por morte
Responsabilidades no início do período
534 666
52 678
Serviços correntes
26 632
2 997
Custo dos juros
22 472
2 505
Alterações no plano
-
-
Ganhos e perdas actuariais
37 893
(4 146)
Benefícios pagos no período
(123 841)
-
Responsabilidades no fim do período
497 822
54 034
Relatório do conselho de administração 2014_DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS 137
31/12/13
Prémios deSubsídios
Total
antiguidade
por morte
587 344
551 207
53 853
29 629
27 215
3 143
24 977
26 676
2 850
-
(9 630)
(1 736)
33 747
28 994
(5 432)
(123 841)
(89 796)
-
551 856
534 666
52 678
Total
605 060
30 358
29 526
(11 366)
23 562
(89 796)
587 344
138
23. Passivos financeiros
23.1. Categorias de passivos
financeiros
As categorias de passivos financeiros
em 31 de Dezembro de 2014 e 2013 são
detalhadas conforme se segue:
31/12/14
Valores em EurosCorrente
Não corrente
Passivos financeiros ao custo:
Fornecedores
39 662 228
-
Financiamentos obtidos
79 689 815
240 320 134
Outras contas a pagar
38 301 503
-
157 653 546
240 320 134
23.2. Passivos
financeiros - fornecedores
Em 31 de Dezembro de 2014 e 2013 a
rubrica de fornecedores apresenta a seguinte composição:
Valores em Euros
Fornecedores c/c Fornecedores c/c - partes relacionadas (Nota 36)
Facturas em recepção e conferência
31/12/14 26 866 886
4 458 628
8 336 714
39 662 228
31/12/13
30 231 728
3 849 138
8 240 608
42 321 474
23.3. Passivos
financeiros – financiamentos
obtidos
Os financiamentos obtidos em 31 de Dezembro de 2014 e 2013 são detalhados
conforme se segue:
31/12/14
Valores em EurosCorrente
Não corrente
Empréstimos obrigacionistas:
SBI 2007 - 2017
-
40 000 000
Secil 2012 - 2017
-
60 000 000
Secil 2013 - 2016
-
40 000 000
Secil 2013 - 2018
-
40 000 000
Empréstimos bancários
67 519 522
54 718 565
Descobertos bancários (Nota 4)
9 843 159
-
Outros empréstimos:
Obtidos no âmbito do QREN
2 981 730
3 439 517
Locação financeira - rendas a pagar (Nota 11)
679 642
2 162 052
Comissões bancárias de empréstimos
(1 334 238)
-
79 689 815
240 320 134
Relatório do conselho de administração 2014_DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS 139
31/12/13
TotalCorrente
Não corrente
Total
39 662 228
42 321 474
-
42 321 474
320 009 949
71 364 558
282 920 857
354 285 415
38 301 503
31 000 729
-
31 000 729
397 973 680
144 686 761
282 920 857
427 607 618
31/12/13
TotalCorrente
Não corrente
Total
40 000 000
-
40 000 000
40 000 000
60 000 000
-
60 000 000
60 000 000
40 000 000
-
40 000 000
40 000 000
40 000 000
-
40 000 000
40 000 000
122 238 087
56 990 910
93 371 244
150 362 154
9 843 159
14 163 855
-
14 163 855
-
-
6 421 247
1 811 398
7 108 517
8 919 915
2 841 694
656 874
2 441 096
3 097 970
(1 334 238)
(2 258 479)
-
(2 258 479)
320 009 949
71 364 558
282 920 857
354 285 415
140
A subsidiária Secil Betões e Inertes,
S.A., emitiu em 2007, um empréstimo
obrigacionista pelo montante de Euros
40.000.000. Os juros são pagos semestral e postecipadamente. O reembolso
das obrigações far-se-á no final do 10º
ano, ou seja, em 2017. Poderá ser solicitado o reembolso antecipado (Call Option), total ou parcial, nas 10ª, 12ª, 14ª,
16ª e 18ª datas de pagamento de juros.
Em 2013, a Secil emitiu dois empréstimos obrigacionistas, com vencimentos
a três e cinco anos, no montante de Euros 40.000.000 cada. Os juros são pagos
semestral e postecipadamente. Um dos
empréstimos será reembolsado ao par,
de uma só vez, em 2016. O outro empréstimo é reembolsado em 5 prestações
iguais e semestrais com início em Maio
de 2016 e final em Maio de 2018.
Em 2012, a Secil emitiu um empréstimo
obrigacionista pelo montante de Euros
60.000.000. Os juros são pagos semestral e postecipadamente. O reembolso
das obrigações será efectuado ao par,
de uma só vez, no final do 5º ano, ou
seja, em 2017.
A parcela classificada como não corrente
em 31 de Dezembro de 2014 e em 2013
tem o seguinte plano de reembolso definido:
Valores em Euros
1 a 2 anos
2 a 3 anos
3 a 4 anos
4 a 5 anos
Mais de 5 anos
31/12/14 72 491 494
138 613 956
20 870 788
4 165 522
4 178 374
240 320 134
Créditos concedidos
e não sacados
Em 31 de Dezembro de 2014 e 2013, os
créditos bancários concedidos e não sacados ascendiam a Euros 307.029.261 e Euros
267.230.062, respectivamente.
31/12/13
45 261 071
73 041 148
136 813 713
19 731 872
8 073 053
282 920 857
Financial Covenants
Existem contratos de financiamento
com entidades bancárias que obrigam
ao cumprimento de alguns rácios financeiros.
A Secil Prebetão, entidade conjuntamente controlada, está em renegociação
de alguns contratos de financiamento,
um dos quais obriga ao cumprimento
do Rácio de Dívida Financeira Liquida /
EBITDA.
Relatório do conselho de administração 2014_DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS 141
23.4. Passivos
financeiros – outras contas
a pagar
Em 31 de Dezembro de 2014 e 2013, as
outras contas a pagar correntes detalham-se como se segue:
Valores em Euros
Fornecedores de imobilizado c/c
Fornecedores de imobilizado c/c - partes relacionadas (Nota 36)
Outros credores
Outros credores - partes relacionadas (Nota 36)
Credores por acréscimos de gastos
31/12/14 3 370 224
43 516
4 490 198
-
30 397 565
38 301 503
31/12/13
2 567 221
43 516
4 030 760
19 305
24 339 927
31 000 729
31/12/14 48 706
9 853 113
707 581
12 037 197
367 881
1 006 362
197 948
613 761
1 730 712
3 834 304
30 397 565
31/12/13
34 303
8 949 558
2 751 309
6 560 633
802 295
108 123
166 644
353 857
2 291 568
2 321 637
24 339 927
A rubrica “Credores por acréscimos de
gastos” em 31 de Dezembro de 2014 e
2013 detalha-se conforme se segue:
Valores em Euros
Seguros Custos com o pessoal
Juros a pagar
Periodificação de gastos com energia
Serviços de transporte
Accionistas (Nota 36)
Serviços bancários
Descontos comerciais
Consultoria
Outros
24. Adiantamentos de clientes
e a fornecedores
Em 31 de Dezembro de 2014 e 2013 as
rubricas “Adiantamentos de clientes” e
“Adiantamentos a fornecedores” apresentam a seguinte composição:
ActivoPassivo
Valores em Euros
31/12/14
31/12/13
31/12/14
31/12/13
Adiantamentos a fornecedores
2 958 338
2 062 119
-
Adiantamentos de clientes
-
-
3 565 691
2 534 888
2 958 338
2 062 119
3 565 691
2 534 888
142
25. Estado e outros
entes públicos
Em 31 de Dezembro de 2014 e 2013 a
rubrica “Estado e outros entes públicos”
detalha-se conforme se segue:
ActivoPassivo
Valores em Euros
31/12/14
31/12/13
31/12/14
31/12/13
Imposto sobre o rendimento
3 202 699
5 341 724
18 635 580
12 548 551
Retenções de imposto sobre o rendimento
117 959
92 547
973 741
1 147 149
Imposto sobre o Valor Acrescentado
6 712 854
2 734 610
3 235 235
1 343 457
Contribuição para a Segurança Social
-
-
1 330 790
1 316 003
Restantes Impostos
241 814
245 152
592 719
616 577
10 275 326
8 414 033
24 768 065
16 971 737
Em 31 de Dezembro de 2014 e 2013 a
rubrica “Imposto sobre o rendimento”
tem a seguinte decomposição:
31/12/1431/12/13
Valores em EurosSaldo devedorSaldo credor
LíquidoSaldo líquido
Imposto sobre o rendimento do período (Nota 15)
(61 131)
5 618 075
5 679 206
4 320 602
Ajustamento cambial
9
310 899
310 890
(126 872)
Pagamentos por conta
206 414
(82 618)
(289 032)
(1 683 107)
Retenções na fonte a recuperar
68 298
(8 985)
(77 283)
(4 137 336)
IRC de períodos anteriores
2 989 109
(386 427)
(3 375 536)
(538 754)
Liquidações adicionais
-
13 184 636
13 184 636
9 372 294
3 202 699
18 635 580
15 432 881
7 206 827
Relatório do conselho de administração 2014_DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS 143
26. Diferimentos activos
e passivos
O saldo da rubrica “Diferimentos activos
e passivos”, em 31 de Dezembro de 2014
e 2013, detalha-se conforme se segue:
ActivoPassivo
Valores em Euros
31/12/14
31/12/13
31/12/14
31/12/13
Seguros
80 532
198 721
-
Rendas e alugueres
267 300
231 769
-
Tratamento de resíduos
-
-
180 347
255 556
Outros
512 741
374 172
16 774
124 024
860 573
804 662
197 121
379 580
27. Vendas e serviços
prestados
Em 31 de Dezembro de 2014 e 2013 a
rubrica “Vendas e serviços prestados”
apresenta a seguinte composição:
Valores em Euros
Vendas Serviços prestados
Descontos de pronto pagamento concedidos
31/12/14 409 462 924
22 712 757
(750 048)
431 425 633
31/12/13
390 819 750
21 496 919
(791 228)
411 525 441
144
28. Resultado apropriado de
empresas associadas
Nos períodos findos em 31 de Dezembro
de 2014 e 2013, o Grupo apropriou-se
de resultados em empresas associadas
conforme se segue:
Valores em Euros
Setefrete, SGPS, S.A.
J.M. Henriques, Lda.
Ave-Gestão Ambiental e Valorização Energética, S.A.
Supremo Cimentos, S.A.
Nsospe Empreendimentos e Participações, S.A.
Sociedade de Inertes Limitada
(Notas 14 e 15)
31/12/14 723 055
(1 660)
149 764
(265 001)
(1 315 770)
38 334
(671 278)
31/12/13
341 641
(3 257)
107 132
(80)
(2 659 923)
(2 214 487)
Valores em Euros
Subcontratos (*)
Serviços especializados
Materiais
Energia e fluidos
Deslocações, estadas e transportes
Serviços diversos
31/12/14 2 322 298
42 726 534
372 985
50 036 491
48 826 078
20 355 585
164 639 971
31/12/13
10 978 317
40 090 453
565 451
44 929 019
40 304 998
21 139 867
158 008 105
29. Fornecimentos e serviços
externos
A rubrica “Fornecimentos e serviços externos” nos períodos findos em 31 de
Dezembro de 2014 e 2013 é detalhada
conforme se segue:
(*) No corrente período os custos com transporte de betão passaram a ser considerados na rúbrica “Deslocações, estadas e transporte”
Relatório do conselho de administração 2014_DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS 145
30. Gastos com o pessoal
Em 31 de Dezembro de 2014 e 2013, a
rubrica “Gastos com o pessoal” decompõe-se como se segue:
Valores em Euros
31/12/14 Remunerações dos Orgãos Sociais 3 565 464
Remunerações do pessoal
43 277 919
Benefícios pós-emprego:
Contribuição definida (Nota 22) 789 813
Benefícios definidos (Nota 22)
156 668
Outros benefícios a longo prazo (Nota 22)
92 499
Indemnizações
291 071
Outros gastos com pessoal
14 855 921
63 029 355
31/12/13
4 617 739
44 606 537
778 972
181 634
72 080
988 451
14 682 574
65 927 987
146
A rubrica “Remunerações dos membros
dos órgãos sociais”, nos períodos findos em 31 de Dezembro de 2014 e 2013
compõe-se como se segue:
Valores em Euros
Conselho de Administração da Secil
Outros membros de órgãos sociais de subsidiárias
31/12/14 2 458 991
1 106 473
3 565 464
31/12/13
3 410 316
1 207 423
4 617 739
Em 31 de Dezembro de 2014 e 2013, o
número de colaboradores ao serviço das
diversas empresas do Grupo, repartidos
por segmento de negócio, detalha-se
conforme se segue:
País/SegmentoCimento
BetõesA
Portugal
483221
Líbano
436
65
Tunísia
267
96
Angola
223
-
Cabo Verde
13
-
Outros
-
-
Total
1 422
382
Relatório do conselho de administração 2014_DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS 147
31/12/14 31/12/13
AgregadosOutros
TotalCimento
BetõesAgregadosOutros
Total
127114945491211126
122
950
-
-
501 436
70
--506
-
-
363 283
96
--379
-
4
227
249--
4
253
22
-
3513 -23
-
36
-
-
----
1
1
149
118
2 071
1 472
377
149
127
2 125
148
31. Outros rendimentos
e ganhos
Em 31 de Dezembro de 2014 e 2013, a
rubrica “Outros rendimentos e ganhos”
decompõe-se como se segue:
Valores em Euros
31/12/14 Licenças de emissão de gases com efeitos de estufa
atribuídas a título gratuito (Nota 20.5.3)
11 472 800
Subsídios ao investimento (Nota 20.5.3)
317 215
Rendimentos e ganhos em investimentos não financeiros
569 072
Proveitos suplementares - partes relacionadas (Nota 36)
50 557
Proveitos suplementares - outros
585 963
Alienação de licenças de emissão (Nota 13)
1 561 769
Swap de licenças de emissão -
Diferenças de câmbio favoráveis
2 540 647
Proveitos com tratamento de resíduos 956 663
Ganhos na alienação de interesses em subsidiárias, associadas e empreendimentos conjuntos 5 547 158
Outros rendimentos e ganhos - partes relacionadas (Nota 36)
75 464
Rendimentos e ganhos nos activos financeiros (Nota 8)
39 121
Outros 9 737 724
33 454 153
A rubrica “Ganhos na alienação de interesses em subsidiárias, associadas e
empreendimentos conjuntos” inclui essencialmente o montante de 5.064.240
Euros (Nota 7) relativo à diluição da participação financeira detida na subsidiária
Nsospe Empreendimentos e Participações, SA.
31/12/13
6 538 658
1 687 461
696 243
1 934 818
1 586 275
978 774
223 000
1 095 483
842 679
7 029 691
22 613 082
As diferenças de câmbio favoráveis
registadas no período findo 31 de Dezembro de 2014 referem-se essencialmente às variações entre o câmbio da
data da compra de bens e serviços e a
data da respectiva liquidação financeira
do passivo relacionado, assim como à
actualização cambial de activos e passivos intra-grupo em moeda estrangeira,
sendo o seu montante justificado em
grande parte pela variação ocorrida na
cotação do dólar americano durante o
período em análise.
Relatório do conselho de administração 2014_DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS 149
32. Outros gastos e perdas
A decomposição da rubrica “Outros gastos e perdas” nos períodos findos em 31
de Dezembro de 2014 e 2013 é conforme
se segue:
Valores em Euros
Gastos e perdas em activos não financeiros
Gastos e perdas em activos financeiros - Partes relacionadas (Nota 36)
Donativos
Impostos indirectos Diferenças câmbiais desfavoráveis
Despesas bancárias
Gastos e perdas em investimentos financeiros
Outros gastos operacionais
31/12/14 114 719
4 875
762 273
2 061 845
1 287 457
848 250
1 334 893
2 227 327
8 641 639
31/12/13
80 995
910 998
2 289 037
2 365 754
714 003
3 506 860
9 867 647
31/12/14 41 789 593
18 791
11 571 749
60 016
53 440 149
1 368 886
(74 784)
1 294 102
31/12/13
51 072 368
18 789
7 285 086
60 019
58 436 262
457 470
(663 808)
(206 338)
33. Gastos/ reversões de
depreciações, amortizações
e imparidades
A decomposição da rubrica “Gastos/ reversões de depreciações, amortizações e
imparidades” nos períodos findos em 31
de Dezembro de 2014 e 2013 é conforme
se segue:
Valores em Euros
Activos fixos tangíveis (Nota 10)
Propriedades de investimento (Nota 12)
Activos intangíveis (Nota 13)
Activos não correntes detidos para venda (Nota 19)
Gastos/(reversões) de depreciações e de amortizações
Activos fixos tangíveis (Nota 10)
(Reversão)/ Reforço de imparidades nas licenças de emissão (Nota 13)
Imparidade de activos depreciáveis/ amortizáveis (perdas/ (reversões))
150
34. Resultados financeiros
líquidos
Em 31 de Dezembro de 2014 e 2013, os
resultados financeiros líquidos decompõem-se como se segue
Valores em Euros
31/12/14 Juros e rendimentos similares obtidos:
Outros juros obtidos 1 760 283
Outros juros obtidos - partes relacionadas (Nota 36)
1 565 608
Outros proveitos e ganhos financeiros
128 918
3 454 809
Juros e gastos similares suportados:
Juros suportados com outros empréstimos obtidos
(18 180 972)
Juros suportados - partes relacionadas (Nota 36)
(5 144)
Diferenças de cambio favoráveis/ (desfavoráveis) em financiamentos obtidos
492 301
Ganhos/ (perdas) com instrumentos financeiros - Swaps taxa juro:
Juros incorridos
(1 377 684)
Actualização da provisão para recuperação paisagística (Nota 21)
(288 359)
Outros custos e gastos financeiros
(332 674)
(19 692 532)
31/12/13
1 036 578
4 115 319
7 701
5 159 598
(23 923 880)
(33 025)
(618 857)
(1 382 259)
(356 093)
(549 789)
(26 863 903)
Relatório do conselho de administração 2014_DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS 151
35. Resultado por acção
O resultado por acção, dos períodos findos em 31 de Dezembro de 2014 e 2013,
é determinado conforme se segue:
Valores em Euros
Resultado atribuível aos detentores de capital da empresa-mãe
Número médio ponderado de acções Resultado básico por acção
Resultado diluído por acção
Não existem instrumentos financeiros
convertíveis sobre as acções da Secil,
pelo que não existe diluição dos resultados.
O número médio ponderado de acções
encontra-se deduzido do número de
acções próprias de 4.184.460 detidas
pela Secil e pela sua subsidiária Hewbol
S.G.P.S., Lda. (Nota 20.1).
31/12/14 6 035 413 48 735 540 0,124 0,124 31/12/13
(34 897 448)
48 735 540
(0,716)
(0,716)
152
36. Partes relacionadas
No decurso dos períodos findos em 31
de Dezembro de 2014 e 2013 foram efectuadas as seguintes transacções com
partes relacionadas:
Aquisição deOutros gastos
Valores em Euros
bens e serviços
e perdas (Nota 32)
Accionistas
Semapa, S.G.P.S., S.A.
(3 829 003)
(4 875)
Great Earth - Projectos, S.A.
-
-
Outras partes relacionadas
Seribo, S.A.
-
-
Eng.Silva Dias
--
Empresas associadas e empreendimentos conjuntos
Supremo Cimentos S.A
-
-
Margem - Companhia de Mineração
-
-
J.M.J. Henriques, Lda.
-
-
NSOSPE - Empreendimentos e Participações, S.A.
-
-
Inertogrande
--
Secil Prebetão - Pré-Fabricados de Betão, S.A.
(28 137)
-
Setefrete - Soc. Tráfego Cargas, S.A.
(3 771 650)
-
Ave-Gestão Ambiental e Valorização Energética, S.A.
(4 266 591)
-
(11 895 381)
(4 875)
Aquisição deCustos
Valores em Euros
bens e serviços
c/ Pessoal
Accionistas
Cimentospar, S.A.
200 492
-
Outras partes relacionadas
Semapa, S.G.P.S., S.A.
(2 814 477)
(21 696)
Seribo, S.A.
-
-
Eng.Silva Dias
--
Outros accionistas de subsidiárias e outras partes relacionadas
-
-
Empresas associadas e empreendimentos conjuntos
Supremo Cimentos S.A
-
-
Margem - Companhia de Mineração
-
-
J.M.J. Henriques, Lda.
-
-
Inertogrande
--
Secil Unicon - S.G.P.S., Lda.
-
-
Secil Prebetão - Pré-Fabricados de Betão, S.A.
(45 610)
-
Setefrete - Soc. Tráfego Cargas, S.A.
(2 197 148)
-
Ave-Gestão Ambiental e Valorização Energética, S.A.
(3 409 317)
-
(8 266 060)
(21 696)
Relatório do conselho de administração 2014_DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS 153
31 de Dezembro de 2014
Juros suportados
Vendas e serviçosOutros rendimentos
Juros Obtidos
(Nota 34)
prestados
e ganhos (Nota 31)
(Nota 34)
-
-
-
1 230 821
-
-
-
311 455
(4 810)
-
-
(334)- -
-
13 952 975
3 321
-
-
21 544
-
-
1 800
-
-
-
21 923
--
1 800
-
375 165
9 081
1 409
-
-
18 023
-
68 591
70 452
(5 144)
14 396 731
126 021
1 565 608
31 de Dezembro de 2013
Juros suportados
Vendas e serviçosOutros rendimentos
Juros Obtidos
(Nota 34)
prestados
e ganhos (Nota 31)
(Nota 34)
-
-
-
1 123 990
-
-
-
2 955 935
(4 810)
-
-
(334)- -
(27 881)
-
-
34 148
-
11 669 303
11 633
-
-
1 323 942
-
-
1 800
--
1 800
-
-
-
1 246
-
365 384
1 058
-
-
29 574
-
127 753
565 011
(33 025)
12 162 440
1 934 818
4 115 319
154
Em 31 de Dezembro de 2014 e 2013 as
empresas do Grupo apresentam os seguintes saldos com partes relacionadas:
A
Empréstimos
Outros activos
concedidosA
FinanceirosClientes
corrente
Valores em Euros
(Nota 16)
(Nota 18.3)
(Nota 18.3)
Accionistas
Longapar - S.G.P.S., S.A.
-
-
-
Semapa, SGPS, S.A.
645 125
-
-
Semapa, SGPS, S.A. - RETGS
-
-
-
Outras partes relacionadas
Cotif Sicar
---
Seribo, S.A.
-
-
-
Eng.Silva Dias
---
Outros accionistas de subsidiárias e outras partes relacionadas
-
-
-
Empresas Associadas e empreendimentos conjuntos
Supremo Cimentos S.A
-
2 314 788
-
Margem - Companhia de Mineração
-
-
-
NSOSPE - Empreendimentos e Participações, S.A.
-
-
750 000
J.M.J. Henriques, Lda.
---
Inertogrande - Central de Betão, Lda. -
-
-
Secil Unicon - S.G.P.S., Lda.
-
-
-
Secil Prebetão - Pré-Fabricados de Betão, S.A.
-
66 070
-
Setefrete - Soc. Tráfego Cargas, S.A.
-
-
-
Ave-Gestão Ambiental e Valorização Energética, S.A.
-
1 845
-
645 125
2 382 703
750 000
Relatório do conselho de administração 2014_DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS 155
31 de Dezembro de 2014
Activo
Passivo
Aplicações deOutrasAcréscimosAccionistas / FornecedoresAcréscimos
tesourariaOperações rendimentos
sócios Fornecedores
imobilizado
de gastos
(Nota 18.1)
(Nota 18.3)
(Nota 18.3)Correntes
(Nota 23.2)
(Nota 23.4)
(Nota 23.4)
-
-
-
1 160
-
-
34 750 000
243
6 757
-
3 711 038
-
919 722
-
377 602
-
293 512
-
-
---
86 794---
-
-
185 759
-
43 516
81 011
---
12 893--
5 621
-
1 294 310
-
1 328 032
-
-
-
6 624
-
-
-
-
-
3 073
1 300 000
-
-
-
-
-
17 389
-
-
-
-
117 959-----
207 967
-
-
-
-
-
23 767
-
-
-
-
-
13 035
-
-
15 775
-
8
-
-
-
-
363 410
-
-
94 238
-
-
368 405
-
34 750 000
2 138 818
1 324 146
1 908 150
4 458 628
43 516
1 006 362
Em 31 de Dezembro de 2014, os montantes de Euros 377.602 a receber e Euros
293.512 a pagar no âmbito do Regime
Especial de Tributação dos Grupos de
Sociedades (RETGS) decompõem-se
como se segue:
31/12/14
SaldoSaldo
Valores em Euros
DevedorCredor Imposto sobre o rendimento do período (Nota 15)
(16 250)
1 068 025
Pagamentos por conta
381 324
(418 932)
Retenções na fonte a recuperar
12 528
(355 581)
377 602
293 512
Líquido
1 084 275
(800 256)
(368 109)
(84 090)
156
Activo
Empréstimos
concedidosOutrasA
não correnteClientes
operações
Valores em Euros
(Nota 18.3)
(Nota 18.2)
(Nota 18.3)
Accionistas
Longapar - S.G.P.S., S.A.
-
-
-
Outras partes relacionadas
Semapa, SGPS, S.A.
-
-
243
Cotif Sicar
---
Seribo, S.A.
-
-
-
Eng. Silva Dias
-
-
-
Outros accionistas de subsidiárias e outras partes relacionadas
550 000
-
689 885
Empresas Associadas e empreendimentos conjuntos
Supremo Cimentos S.A
-
991 491
9 539
Margem - Companhia de Mineração
-
-
27 162
J.M.J. Henriques, Lda.
--
114 683
Inertogrande - Central de Betão, Lda. -
-
204 678
Secil Unicon - S.G.P.S., Lda.
-
-
22 164
Secil Prebetão - Pré-Fabricados de Betão, S.A.
-
82 209
23 026
Setefrete - Soc. Tráfego Cargas, S.A.
-
-
-
Ave-Gestão Ambiental e Valorização Energética, S.A.
-
1 845
101 150
Sociedade de Inertes, Lda
-
-
2 312
550 000
1 075 545
1 194 842
O saldo da rubrica “Outras operações”
líquido de imparidades ascende a Euros 844.508 e Euros 547.842 em 31 de
Dezembro de 2014 e 2013, respectivamente.
Relatório do conselho de administração 2014_DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS 157
31 de Dezembro de 2013
Passivo
AcréscimosAccionistas /Accionistas / FornecedoresOutrosAcréscimos
rendimentosSóciosSócios Fornecedores
imobilizado
credores
de gastos
(Nota 18.3)
não correntes
correntes
(Nota 23.2)
(Nota 23.4)
(Nota 23.4)
(Nota 23.4)
-
-
1 160
-
-
-
1 250 626
-
-
3 016 444
-
-
-
-
19 560----
-
185 759
-
43 516
-
76 201
-
-
12 893
-
-
-
5 287
34 148
585 000
1 435 761
-
-
19 305
26 635
-
-
-
-
-
-
1 300 000
-
-
-
-
-
-
------
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
11 024
-
-
-
-
-
479 084
-
-
-
-
-
342 586
-
-
-
-
-
-
-
-
2 584 774
585 000
1 655 133
3 849 138
43 516
19 305
108 123
158
37. Riscos financeiros
37.1. Risco cambial
A exposição do Grupo ao risco de taxa
de câmbio a 31 de Dezembro de 2014 e
2013, com base nos valores de balanço
dos activos e passivos financeiros, convertidos para Euros tendo por base as
taxas de câmbio a essa data, apresenta-se como segue:
31-12-2014
Dólar 000’ Libra Dinar Valores em Euros americano libanesa tunisino Activos
Outras contas a receber - não correntes e correntes
403 876
156 538
5 318 053
Clientes
3 133 943
12 973 591
9 731 647
Caixa e depósitos bancários
37 183 257
37 352 620
2 096 972
Total de activos financeiros
40 721 076
50 482 749
17 146 672
Passivos Accionistas/ sócios - não correntes e correntes
-
(1 327 127)
(87 699)
Financiamentos obtidos - não correntes e correntes
(6 128 431)
(5 742 449) (20 041 024)
Outras contas a pagar - não correntes e correntes
(87 473) (11 396 895)
(5 649 926)
Fornecedores
(329 680)
(2 901 004)
(7 996 116)
Total de passivos financeiros
(6 545 584) (21 367 475) (33 774 765)
Posição financeira líquida de balanço
34 175 492
29 115 274 (16 628 093)
Relatório do conselho de administração 2014_DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS 159
31-12-2013
Kwanza Metical Dólar 000’ Libra Dinar
Kwanza
angolano moçambicano Total americano libanesa tunisino angolano
Total
392 109
1 222
6 271 798
475 476
155 778
5 124 325
102 780
5 858 358
1 577 473
-
27 416 654
1 899 458
12 440 383
7 593 066
1 346 642
23 279 548
9 289 231
80
85 922 160
44 806 628
15 713 195
1 590 085
1 919 329
64 029 236
11 258 813
1 302 119 610 612
47 181 561
28 309 356
14 307 476
3 368 751
93 167 142
-
-
(1 414 826)
-
(1 435 273)
(20 047)
-
(1 455 320)
(9 772 274)
(273 852) (41 958 030)
(7 659 695)
(4 694 566) (30 508 962)
(8 361 336) (51 224 559)
(1 019 059)
(2 430) (18 155 783)
(65 855)
(8 533 119)
(5 650 644)
(657 065) (14 906 683)
(60 800)
- (11 287 600)
(1 735 572)
(2 103 667)
(7 569 563)
(168 482) (11 577 284)
(10 852 133)
(276 282) (72 816 239)
(9 461 122) (16 766 625) (43 749 215)
(9 186 882) (79 163 847)
406 680
(274 980)
46 794 373
37 720 439
11 542 731 (29 441 739)
(5 818 131)
14 003 295
Nos períodos findos em 31 de Dezembro
de 2014 e 2013, os impactos decorrentes
da variação positiva e negativa de 5%
de todas as taxas de câmbio spot com
referência ao Euro, é conforme se segue:
31-12-201431-12-2013
Valores em EurosAumento 5%Redução 5%Aumento 5%Redução 5%
Capitais próprios
(1 772 483)
1 959 060
(412 510)
(455 933)
Resultado do período
(270 058)
298 485
(254.313)
281 083
(2 042 541)
2 257 545
(666 823)
737 016
160
37.2. Risco de taxa de juro
O Grupo, na sua gestão da exposição
às taxas de juro, apenas realiza cobertura de fluxos de caixa. Estas operações
são registadas no balanço pelo seu justo
valor e, na medida em que sejam consideradas coberturas eficazes, as variações no justo valor são inicialmente
registadas por contrapartida de capitais
próprios e posteriormente reclassificadas para resultados financeiros para a
rubrica de “Ganhos/perdas com instrumentos financeiros” (Nota 38) na data da
sua liquidação.
Se as operações de cobertura apresentarem ineficácia, esta é registada directamente em resultados. Desta forma e em
termos líquidos, os custos associados
aos financiamentos cobertos são periodificados à taxa inerente à operação de
cobertura contratada.
Quando um instrumento de cobertura
expira ou é vendido, ou quando a cobertura deixa de cumprir os critérios exigidos para a contabilidade de cobertura,
as variações de justo valor do derivado
Valores em Euros
NotaAté 1 mês
Activos
Não correntes
Outros activos financeiros
16
-
Correntes
Caixa e depósitos bancários
Depósitos bancários imediatamente mobilizáveis
4
19 177 345
Aplicações de tesouraria
4
94 555 786
Total de activos financeiros
113 733 131
Passivos
Não correntes
Financiamentos obtidos
Empréstimo obrigacionista
23.3
-
Empréstimos bancários
23.3
12 901 154
Locações financeiras
11
1 918 217
Correntes
Financiamentos obtidos
Empréstimos bancários
23.3
53 976 743
Descobertos bancários 23.3
7 870 375
Locações financeiras
11
603 468
Total de passivos financeiros
77 269 957
Exposição líquida ao risco taxa de juro
36 463 174
Relatório do conselho de administração 2014_DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS 161
acumuladas em reservas são reconhecidas em resultados quando a operação
coberta também afectar resultados.
O Grupo contratou durante o período
de 2009, uma cobertura do risco de
taxa de juro, através de um interest rate
swap (IRS) com valor nocional de Euros
40.000.000 e maturidade em 2017. A restante dívida foi mantida num regime de
taxa variável.
Em 31 de Dezembro de 2014 e 2013, o
desenvolvimento dos activos e passivos
financeiros com exposição a risco de
taxa de juro em função da data de refixação e da tipologia de taxa é apresentado
como se segue:
31/12/2014
1-3 meses
3-12 meses
1-5 anos
Total
-
645 125
-
645 125
-
-
-
19 177 345
16 004 307
6 591 109
46 461
117 197 663
16 004 307
7 236 234
46 461
137 020 133
-
180 000 000
-
180 000 000
15 763 821
24 277 704
1 775 886
54 718 565
243 835
-
-
2 162 052
7 242 512
5 398 775
901 492
67 519 522
-
1 972 784
-
9 843 159
76 174
-
-
679 642
23 326 342
211 649 263
2 677 378
314 922 940
(7 322 035)
(204 413 029)
(2 630 917)
(177 902 807)
162
Valores em Euros
NotaAté 1 mês
Activos
Não correntes
Outros activos financeiros
16
-
Correntes
Caixa e depósitos bancários
Depósitos bancários imediatamente mobilizáveis
4
25 609 321
Aplicações de tesouraria
4
85 123 498
Total de activos financeiros
110 732 819
Passivos Não correntes
Financiamentos obtidos
Empréstimo obrigacionista
23.3
-
Empréstimos bancários
23.3
32 695 653
Locações financeiras
11
2 441 096
Correntes
Financiamentos obtidos
Empréstimos bancários
23.3
36 948 584
Descobertos bancários 23.3
9 336 458
Locações financeiras
11
656 874
Total de passivos financeiros
82 078 665
Exposição líquida ao risco taxa de juro
28 654 154
O Grupo utiliza a técnica da análise de
sensibilidade que mede as alterações
estimadas nos resultados e capitais de
um aumento ou diminuição imediata das
taxas de juros de mercado, com todas as
outras variáveis constantes. Esta análise
é apenas para fins ilustrativos, já que na
prática as taxas de mercado raramente
se alteram isoladamente. A análise de
sensibilidade é baseada nos seguintes
pressupostos:
(i) Alterações nas taxas de juro do mercado afectam rendimentos ou despesas
de juros de instrumentos financeiros variáveis;
(ii) Alterações nas taxas de juro de mercado apenas afectam os rendimentos
ou despesas de juros em relação a instrumentos financeiros com taxas de juro
fixas se estes estiverem reconhecidos a
justo valor;
Relatório do conselho de administração 2014_DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS 163
31/12/2013
1-3 meses
3-12 meses
1-5 anos
Total
-
-
1 250 000
1 250 000
-
-
-
25 609 321
2 545 036
10 711 902
27 802
98 408 238
2 545 036
10 711 902
1 277 802
125 267 559
-
140 000 000
40 000 000
180 000 000
19 978 413
38 556 259
2 140 919
93 371 244
-
-
-
2 441 096
3 719 929
15 507 101
815 296
56 990 910
4 827 397
-
-
14 163 855
-
-
-
656 874
28 525 739
194 063 360
42 956 215
347 623 979
(25 980 703)
(183 351 458)
(41 678 413)
(222 356 420)
(iii) Alterações nas taxas de juro de mercado afectam o justo valor de instrumentos financeiros derivados e outros activos
e passivos financeiros;
(iv) Alterações no justo valor de instrumentos financeiros derivados e outros
activos e passivos financeiros são estimados descontando os fluxos de caixa
futuros de valores actuais líquidos, utilizando taxas de mercado do final do ano.
164
Sob estes pressupostos, um aumento ou
uma diminuição de 0,50% nas taxas de
juro, para todos os empréstimos ou instrumentos financeiros derivados contratados pelo Grupo Secil a 31 de Dezembro
de 2014 e 2013 resultaria conforme se
segue:
31/12/1431/12/13
Valores em EurosAumento 0,5%Redução 0,5%Aumento 0,5%Redução 0,5%
Capitais próprios
528 714
(530 481)
677 175
(678 852)
Resultado do período
(889 514)
889 514
(911 782)
911 782
(360 800)
359 033 (234 607)
232 930
37.3. Risco de crédito
Em 31 de Dezembro de 2014 e 2013, os
saldos a receber de clientes apresentam a seguinte estrutura de antiguidade,
considerando como referência a data de
vencimento dos valores em aberto:
Valores em Euros
31/12/14 31/12/13
Valores não vencidos
30 670 266
30 471 424
Valores vencidos:
De 1 a 90 dias
15 126 613
13 614 867
De 91 a 180 dias
2 904 505
1 764 979
De 181a 360 dias
1 839 396
1 921 667
De 361a 540 dias
951 254
1 877 408
De 541 a 720 dias
1 181 521
1 517 671
A mais de 721 dias
13 244 461
10 236 477
Em contencioso de cobrança
10 095 033
12 372 351
45 342 783
43 305 420
Total de saldos de clientes
76 013 049
73 776 844
Imparidades
(26 258 584)
(25 328 905)
Saldo líquido de clientes (Nota 18.2)
49 754 465
48 447 939
Limite de seguro de crédito contratado
53 629 603
10 244 944
Relatório do conselho de administração 2014_DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS 165
Os valores apresentados correspondem
aos valores em aberto, face aos prazos
de vencimento contratados. Apesar de
existirem atrasos na liquidação de alguns
valores face a esses prazos, tal não resulta na identificação de situações de
imparidade para além das consideradas
através das correspondentes perdas.
Estas são apuradas atendendo à informação regularmente reunida sobre o
comportamento financeiro dos clientes
do Grupo, que permite, em conjugação
com a experiência reunida na análise
da carteira e em conjugação com os si-
nistros de crédito que se verifiquem, na
parte não atribuível à seguradora, definir o valor das perdas a reconhecer no
período. O facto de existirem garantias
para uma parte significativa dos saldos
em aberto e com antiguidade justifica o
facto de não se ter registado qualquer
perda por imparidade nesses saldos.
166
A qualidade de risco de crédito do
Grupo, em 31 de Dezembro de 2014 e
2013, face a activos financeiros (depósitos bancários, aplicações de tesouraria e
Instrumentos financeiros derivados com
justo valor positivo) cujas contrapartes
sejam instituições financeiras, detalha-se
como segue:
Valores em Euros
Rating:
A+
A
BBB
BBB-
BB BB-
B+
B
Sem rating
31/12/14 22 545
26 981
1 254 832
27
5 551 647
173 090
19 434 773
52 664
109 858 449
136 375 008
31/12/13
68 566
85 024
1 004 390
6 830 950
26 294 500
18 871 557
70 862 573
124 017 560
Relatório do conselho de administração 2014_DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS 167
A rubrica “Sem rating” diz, essencialmente, respeito a aplicações de tesouraria e depósitos bancários em instituições
financeiras em Angola e no Líbano e à
subscrição de papel comercial emitido
pela Semapa relativamente aos quais não
existe notação de rating com referência
às datas apresentadas.
Em 31 de Dezembro de 2014 e 2013, a
análise de antiguidade dos saldos devedores que já se encontram vencidos, e
respectivas perdas acumuladas por imparidade, é a seguinte:
31/12/14
Valores em Euros
Valor Bruto JV Garantias
Saldos devedores vencidos não considerados em imparidade:
Vencidos há menos de 3 meses
15 078 671 2 587 629
Vencidos há mais de 3 meses
4 064 528
592 407
19 143 199
3 180 036
Saldos devedores vencidos considerados em imparidade:
Vencidos há menos de 3 meses
47 943
-
Vencidos há mais de 3 meses
26 151 641
-
26 199 584
-
45 342 783
3 180 036
31/12/13
Valor Bruto JV Garantias
13 518 183
4 466 381
17 984 564
6 610 477
449 968
7 060 445
96 684
25 224 172
25 320 856
43 305 420
7 060 445
A exposição máxima ao risco de crédito
no balanço em 31 de Dezembro de 2014
e 2013, detalha-se como se segue:
Valores em Euros
Nota
31/12/14 31/12/13
Activos não correntes
Outras contas a receber
18
2 266 051
2 407 210
Outros activos financeiros
16
3 297 025
3 650 427
Activos correntes
Clientes
18
49 754 465
48 447 939
Outras contas receber
18
11 885 484
13 975 118
Depósitos bancários e aplicações de tesouraria
4
136 375 008
124 017 560
Exposição ao risco de crédito fora de balanço
Garantias e compromissos 41
230 809 855
164 723 143
168
37.4. Risco de liquidez
O Grupo gere o risco de liquidez por três
vias:
(i) garantindo que a sua dívida financeira
tem uma componente elevada de médio
e longo prazo com maturidades adequadas às características das indústrias
onde exerce a sua actividade;
(ii) através da contratação com instituições financeiras de facilidades de crédito disponíveis a todo o momento, por
um montante que garanta uma liquidez
adequada;
(iii) acumulando montantes em caixa.
A previsão dos fluxos de caixa é realizada
pelas entidades operacionais do Grupo
e agregada anualmente pela Direcção
Financeira do Grupo Secil na prepara-
ção do orçamento anual. É da responsabilidade dessa Direcção a monitorização das previsões de necessidades de
liquidez do Grupo de forma a garantir
a manutenção de um nível adequado
de disponibilidades para responder às
necessidades operacionais. Estas previsões têm em consideração os planos
de financiamento de dívida do Grupo, o
cumprimento de objectivos internos ao
nível dos rácios de balanço e caso seja
aplicável o cumprimento de requisitos
externos, relacionados com as actividades operacionais e com as obrigações
legais, fiscais e operacionais do Grupo.
A liquidez dos passivos financeiros contratados, nos períodos findos em 31 de
Dezembro de 2014 e 2013, originará os
seguintes fluxos monetários não descontados, incluindo juros, tendo por base o
período remanescente até à maturidade
contratual à data do balanço:
Valores em Euros
NotaAté 1 ano
Accionistas/ sócios
36
1 908 150
Financiamentos obtidos
Empréstimo obrigacionista
Capital
23.3
-
Juros
6 938 899
Empréstimos bancários
Capital
23.3
67 519 522
Juros
3 252 466
Outros Empréstimos (QREN)
Capital
23.3
2 981 730
Locações financeiras
Capital
11.1
679 642
Juros
11.1
131 357
Descobertos bancários
Capital
23.3
9 843 159
Juros
245 978
Outras contas a pagar
Instrumentos financeiros derivados (*)
1 452 170
Fornecedores de imobilizado c/c
23.4
3 413 740
Outros credores
23.4
4 490 198
Credores por acréscimos de gastos
23.4
30 397 565
Fornecedores 23.2
39 662 228
172 916 804
Relatório do conselho de administração 2014_DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS 169
31/12/14
31/12/13
Mais de
Mais de
1-5 anos
5 anos
TotalAté 1 ano
1-5 anos
5 anos
Total
-
-
1 908 150
1 655 133
585 000
-
2 240 133
180 000 000
-
180 000 000
-
180 000 000
-
180 000 000
13 258 680
-
20 197 579
7 128 450
25 226 338
-
32 354 788
50 540 193
4 178 372
122 238 087
56 990 910
85 298 192
8 073 052
150 362 154
6 569 336
825 955
10 647 757
9 128 812
21 469 411
1 158 192
31 756 415
3 439 517
-
6 421 247
1 811 398
7 108 517
-
8 919 915
2 162 052
-
2 841 694
656 874
2 441 096
-
3 097 970
197 173
-
328 530
136 942
298 975
-
435 917
-
-
9 843 159
14 163 855
-
-
14 163 855
-
-
245 978
305 948
-
-
305 948
2 867 135
-
4 319 305
1 371 423
3 222 074
-
4 593 497
-
-
3 413 740
2 610 737
-
-
2 610 737
-
-
4 490 198
4 050 065
-
-
4 050 065
-
-
30 397 565
24 339 927
-
-
24 339 927
-
-
39 662 228
42 321 474
-
-
42 321 474
259 034 086
5 004 327
436 955 217
166 671 948
325 649 603
9 231 244
501 552 795
170
38. Justo valor dos
instrumentos financeiros
derivados
Com o objectivo de minimizar os riscos
de exposição a variações de taxa de
câmbio, de taxas de juro dos empréstimos e cobrir o risco de preço associado
a transacções futuras altamente prováveis de licenças de emissão de gases
com efeito de estufa, o Grupo contratou
um conjunto de instrumentos financeiros
derivados.
O justo valor dos instrumentos financeiros derivados é registado: (i) quando
positivo, no activo na rubrica “Outros activos financeiros” (Nota 16) e (ii) quando
negativo, no passivo, na rubrica “Outros
passivos financeiros” (Nota 23).
Em 31 de Dezembro de 2014 e 2013, o
justo valor dos instrumentos derivados
de cobertura do Grupo, classificado
como não corrente, ascende a Euros
4.014.691 e Euros 4.262.775, respectivamente, conforme se detalha:
Notional
Valores em Euros
Moeda
Montante
Maturidade
31-12-14
Cobertura de fluxos de caixa
Swaps de taxa de juro
EUR
40 000 000
2017
(4 014 691)
40 000 000
(4 014 691)
31-12-13
(4 262 775)
(4 262 775)
O movimento ocorrido no justo valor dos
instrumentos financeiros derivados de
cobertura, nos períodos findos em 31 de
Dezembro de 2014 e 2013, apresenta-se
conforme se segue:
Valores em Euros
Saldo inicial
Aumentos de justo valor (Nota 20.5.4)
Saldo final
31-12-14
(4 262 775)
248 084
(4 014 691)
31-12-13
(5 795 506)
1 532 731
(4 262 775)
Relatório do conselho de administração 2014_DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS 171
Durante o período findo em 31 de Dezembro de 2009, o Grupo contratou um
derivado de negociação, um interest rate
swap (IRS,) com valor nocional de Euros
40.000.000, no entanto, após a realização de testes de eficácia prospectivos
e retrospectivos, o mesmo foi considerado como de cobertura de fluxos de
caixa com efeitos a partir de 1 de Julho
de 2010. Até esta data, a variação do
justo valor do derivado foi registada em
resultados.
Na realização dos testes de eficácia é utilizado o método de regressão linear que
analisa a correlação estatística entre a variação do justo valor do swap e a variação
do justo valor dos financiamentos atribuíveis a alterações da taxa de juro Euribor.
de juro no montante de Euros 248.084 e
Euros 1.532.731 (Nota 20.5.4), respectivamente, na rubrica “Outras variações no
capital próprio” deduzidos dos respectivos impostos diferidos de Euros 73.958
e Euros 424.313.
Nos períodos findos em 31 de Dezembro
de 2014 e 2013 o Grupo registou ganhos
por variações de justo valor de instrumentos financeiros derivados de cobertura relacionados com swaps de taxa
O justo valor do swap de taxa de juro
no montante de Euros 4.014.691 e Euros
4.262.775, respectivamente, encontra-se
repartido pelas seguintes rubricas do capital próprio do Grupo:
Valores em Euros
Reserva de justo valor de derivados de cobertura (Nota 20.5.4) Resultados transitados (a)
(a) Efeito acumulado no período em que o derivado foi classificado como de negociação.
31-12-14
(658 857)
(3 355 834)
(4 014 691)
31-12-13
(906 941)
(3 355 834)
(4 262 775)
Para efeitos de registo de ineficácia é
usado o dollar offset method recorrendo
à abordagem do “derivado hipotético”.
O modelo consiste na definição de um
derivado hipotético que replica as condições do instrumento coberto, e posteriormente, a comparação entre as variações ocorridas nos fluxos gerados pelo
mesmo derivado hipotético e as varia-
ções incorridas nos fluxos gerados pelo
instrumento de cobertura. Neste caso específico utilizou-se o rácio da alteração
do justo valor do instrumento de cobertura, dividido pela alteração no justo valor
do empréstimo obrigacionista atribuível
a alterações na taxa de juro Euribor a 6
meses comparando com a taxa fixa de
referência do instrumento de cobertura.
172
39. Dispêndios
em matérias ambientais
O Grupo no âmbito do desenvolvimento
da sua actividade incorre em diversos encargos de carácter ambiental, os quais,
dependendo das suas características,
estão a ser capitalizados ou reconhecidos como um gasto nos resultados operacionais do período.
Os dispêndios de carácter ambiental in-
corridos para preservar recursos ou para
evitar ou reduzir danos futuros, e que se
considera que permitem prolongar a vida
ou aumentar a capacidade ou melhorar a
segurança ou eficiência de outros activos
detidos pelo Grupo, são capitalizados.
Os dispêndios capitalizados e reconhecidos em gastos nos períodos findos em
31 de Dezembro de 2014 e 2013, têm a
seguinte discriminação:
Valores em Euros
31-12-14
ImputadosI
Domínios
a gastosCapitalizados
Emissões para a atmosfera
859 405
281 390
Gestão das águas residuais
41 570
Gestão dos resíduos
1 596 054
350 590
Protecção dos solos e das águas subterrâneas
4 923
13 091
Protecção da natureza
511 908
21 378
Ruído e vibração
66 428
Outras actividades de protecção do ambiente
268 190
10 916
3 348 478
677 365
Licenças de emissão
de gases com efeito de estufa
No âmbito do Protocolo de Quioto, a
União Europeia comprometeu-se a reduzir a emissão de gases com efeito de
estufa. Neste contexto, foi emitida uma
Directiva Comunitária que prevê a comercialização das chamadas Licenças de
emissão de gases com efeito de estufa,
entretanto transposta para a legislação
portuguesa e que é aplicável, desde de
1 de Janeiro de 2005, entre outras, à indústria de cimento (Nota 13).
Relatório do conselho de administração 2014_DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS 173
31-12-13
Imputados
Total
a gastosCapitalizados
1 140 795
959 171
2 643 482
41 570
38 608
-
1 946 644
1 549 914
6 690 176
18 014
4 674
65 227
533 286
506 726
37 201
66 428
60 000
-
279 106
380 179
18 558
4 025 843
3 499 272
9 454 644
Total
3 602 653
38 608
8 240 090
69 901
543 927
60 000
398 737
12 953 916
174
40. Custos com auditoria
e revisão legal de contas
Em 31 de Dezembro de 2014 e 2013, os
dispêndios com auditoria e com serviços
de revisão legal de contas, decompõem-se como se segue:
Valores em Euros
Serviços de Revisão Legal de Contas
Serviços de assessoria fiscal
Outros serviços que não de Revisão Legal de Contas
31-12-14
221 937
-
-
221 937
31-12-13
347 345
10 221
498
358 064
Relatório do conselho de administração 2014_DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS 175
41. Compromissos
assumidos pelo Grupo
41.1. Garantias e outros
compromissos financeiros
Em 31 de Dezembro de 2014 e 2013, as
garantias prestadas pelo Grupo e outros
compromissos financeiros decompõem-se como se segue:
Valores em Euros
31/12/14 31/12/13
Garantias prestadas
2ª Repartição dos Serviços de Finanças de Setúbal
441 945
13 698 054
IAPMEI (âmbito do QREN)
1 807 337
2 299 046
IAPMEI (âmbito do PEDIP)
415 934
99 760
APSS - Administração dos Portos de Setúbal e Sesimbra
2 633 394
2 547 495
APDL - Administração do Porto de Leixões
706 062
676 920
Direcção Geral de Alfândegas
800 000
854 414
Comissão de Coordenação e Desenv. Regional Centro
845 173
845 173
Comissão de Coordenação e Desenv. Regional LVT
1 134 778
994 338
Comissão de Coordenação e Desenv. Regional Algarve 480 804
480 804
Comissão de Coordenação e Desenv. Regional Norte 236 403
236 421
Secretaria Regional do Ambiente e Recursos Naturais 274 595
274 595
Instituto de Conservação da Natureza - Arrábida
280 639
454 958
Outras
590 578
585 590
10 647 642
24 047 568
Cartas de crédito de importação
1 552 522
1 306 728
Compromissos de compra com fornecedores
11 042 838
11 620 085
Livranças, avais e fianças para garantia de empréstimos obtidos
Associadas (*)
149 906 154
76 897 091
Hipotecas
Terrenos, edifícios e equipamentos básicos de Sibline 57 465 047
50 590 801
Aval
195 652
260 870
Total das garantias e outros compromissos (Nota 37.3)
230 809 855
164 723 143
(*) Estas garantias respeitam a vários empréstimos contraídos pelas associadas:
(i) Margem - Companhia de Mineração, para financiamento da construção da nova fábrica de Adrianópolis, no montante total de Reais 457.302.751 (Euros 141.988.621);
(ii) Supremo Cimentos, S.A., para apoio de tesouraria, no montante total de Reais 63.000.000 (Euros 19.560.965).
176
em 49% pelo Estado angolano, a qual
começou a operar a partir de 1 de Janeiro
de 2006, cessando assim o contrato de
cessão de exploração da unidade fabril Encime do Lobito, celebrado entre
o Estado Angolano e a Tecnosecil (actualmente denominada Secil Angola) em
vigor desde Setembro de 2000.
O capital social da Secil Lobito no montante de USD 21.274.285 foi realizado
através da transferência dos activos
tangíveis e intangíveis da Secil Angola e
da Encime U.E.E. respectivamente pelo
Grupo Secil e Estado angolano, pelo valor resultante da avaliação independente
efectuada em Outubro de 2003 por uma
empresa de auditoria internacional.
41.2. Outros
compromissos assumidos
Promessas de
Penhor e Hipotecas
Em 2010, a subsidiária Secil Martingança
contraiu um financiamento bancário no
montante de Euros 2.500.000 para a
construção da sua nova fábrica localizada no Montijo e constituiu nessa data
uma promessa de hipoteca sobre o terreno da mesma. Em 31 de Dezembro de
2014 encontrava-se por liquidar o montante de Euros 714.286 do financiamento
obtido.
Nesse Memorando de Entendimento,
estimou-se que, num horizonte de 36
meses contados desde a data de realização do respectivo capital social, a
Secil Lobito iria instalar uma fábrica de
cimento e clinquer no Lobito.
Em 26 de Outubro de 2007, o Conselho
Ministros de Angola aprovou o Projecto
de Investimento Privado denominado
“Nova Fábrica de Cimento do Lobito”, no
montante de USD 91.539.000, contratualizado em 14 de Dezembro de 2007, pela
Secil Lobito e pela ANIP - Agência Nacional para o Investimento Privado, esta
em representação do Estado angolano.
Investimento numa nova
fábrica em Angola
Adicionalmente, no exercício de 2008, foi
adicionado ao investimento uma central
de produção de energia eléctrica no valor
de USD 18.000.000.
Nos termos do Memorando de Entendimento celebrado entre o Governo de
Angola e a Secil, em Abril de 2004, foi
constituída em 29 de Novembro de 2005
a Secil - Companhia de Cimento do Lobito, S.A. detida em, aproximadamente,
51% pelo Grupo Secil e, indirectamente,
A Secil Lobito está a trabalhar na actualização do projecto à realidade actual de
Angola. Dando seguimento à resposta
dada pela ANIP à solicitação da Secil
Lobito feita em Julho de 2014, prevê-se
realizar ao longo do ano de 2015 a renegociação de algumas cláusulas do Con-
trato de Investimento para a construção
da nova fábrica, assinado em Dezembro
de 2007.
Depósito Caução
A subsidiária Ciminpart vendeu em 2012
a sua participação na VIROC. No âmbito
deste processo, a Secil constituiu penhor
sobre um depósito bancário no montante
de Euros 1.250.000.
Relatório do conselho de administração 2014_DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS 177
42. Acontecimentos
após a data do balanço
Após a data de 31 de Dezembro de 2014,
não ocorreram eventos subsequentes
que proporcionem informação adicional
sobre condições que existiam à data do
balanço ou proporcionem informação sobre condições que tenham ocorrido após
a data do balanço.
Presidente
Pedro Mendonça de Queiroz Pereira
Vogais
Gonçalo de Castro Salazar Leite
Francisco José Melo e Castro Guedes
Carlos Alberto Medeiros Abreu
Sérgio António Alves Martins
João Luís Barbosa Pereira de Vasconcelos
José Miguel Pereira Gens Paredes
Paulo Miguel Garcês Ventura
técnico oficial de contas
Emília Rosa Mota de Carvalho
178
ANEXOS
1. Certificação Legal das Contas Consolidadas 2. Relatório e Parecer do Conselho Fiscal Contas Consolidadas
Relatório do conselho de administração 2014_anexos 179
Escola Francisco de Arruda, Lisboa
180
Relatório do conselho de administração 2014_anexos 181
182
Relatório do conselho de administração 2014_anexos 183
184
relatório de sustentabilidade
1. Este relatório 2. A secil 3. Estratégia e gestão da sustentabilidade 4. Auditoria externa Carta de Compromissos
Relatório do conselho de administração 2014_relatório de sustentabilidade 185
da Cement Sustainability Initiative 5. sustentabilidade - prioridades para o futuro 6. a secil em números
Peneireiro (Falco Tinnunculus)
186
1. este relatório
Tendo em linha de conta e a versão 3.0
da GRI, este Relatório regista os principais factos e resultados de 2014, decorrentes da vivência efectiva da sustentabilidade na Secil, nomeadamente,
nas unidades fabris do grupo cimentos.
O World Business Council for Sustainable Development (WBCSD) lançou, em
2010, um estudo prospectivo a largo
prazo de que resultou uma nova Visão
2050, cujo objectivo último será o de
assegurar que “em 2050, cerca de 9 mil
milhões de pessoas vão viver bem, respeitando os limites do planeta”.
Para que os resultados da Visão 2050
sejam alcançados, o WBCSD desenvolveu a AÇÃO 2020 – um roteiro de como
as empresas podem influenciar positivamente as tendências ambientais e
sociais, reforçando simultaneamente a
sua própria capacidade de resistência
a problemas como as alterações climáticas e a evolução demográfica.
Visando o desenvolvimento de estratégias que permitam a obtenção dos
objectivos definidos, a Secil tem participado activamente na iniciativa para a
Sustentabilidade do Cimento (CSI) do
WBCSD e, ainda, no Projecto Acção
2020 promovido pelo Conselho Empresarial para o Desenvolvimento Sustentável Português (BCSD).
A apresentação deste relatório assentará na resposta da Secil, enquanto indústria cimenteira, às Prioridades para
o Futuro, decorrentes da ACÇÃO 2020
e dos limites planetários.
Este relatório é publicado em conjunto
com o Relatório e Contas e o Relatório de Responsabilidade Social. Deste
modo, o desempenho económico e as
actividades desenvolvidas com os colaboradores e comunidade estarão mais
detalhados nos dois relatórios referidos.
Através da consulta do nosso website
(www.secil.pt) terá oportunidade de analisar mais em detalhe algum aspecto que
tenha por mais relevante.
A Secil reconhece que é através do diálogo e da troca de ideias que se podem
alcançar maiores níveis de excelência,
quer ao nível do seu próprio negócio,
quer na defesa dos interesses dos
stakeholders, pelo que muito agradece
e encoraja o vosso feedback.
Relatório do conselho de administração 2014_relatório de sustentabilidade 187
Informações adicionais, comentários ou
sugestões podem ser obtidas junto de:
SECIL – Companhia Geral
de Cal e Cimento, SA
Eng. José Bravo Ferreira
Director do Departamento
de Sustentabilidade, Processos
Institucionais Externos
Fábrica do Outão – Apartado 71
2901-864 Setúbal
E-mail: [email protected] e/ou
[email protected]
Telf.: +351 212 198 230
188
2. a secil
A Secil é um Grupo empresarial com actividade em vários países, destacando-se a produção de cimento, bem como
a produção e comercialização de betão, inertes e a exploração de pedreiras,
através das suas subsidiárias.
Integra ainda empresas que operam em
áreas complementares, como a comercialização de materiais de construção,
desenvolvimento de soluções no domínio da preservação do ambiente e da
utilização de resíduos como fonte de
energia.
Atualmente conta com 2 071 colaboradores no conjunto de todas as áreas de
atividade. A comercialização e distribuição dos produtos é realizada pelos
departamentos comerciais respetivos,
um pouco por todo o mundo.
Volume de negócios
1%
5%
19%
59%
16%
Portugal
Tunísia
Líbano
Angola
cabo verde
Vendas de clínquer e cimento
Nº de colaboradores
2%
1%
11%
2%
15%
24%
16%
46%
66%
17%
Relatório do conselho de administração 2014_relatório de sustentabilidade 189
Portugal
3 unidades fabris
maceira, pataias e outão
tunísia
1 unidade fabril
gabÈs
Líbano
1 unidade fabril
Sibline
Angola
1 unidade fabril
Lobito
190
2. a secil
A Secil, na sua Visão, acredita que o
desenvolvimento económico, enquanto
gerador de riqueza, é sempre compatível com o respeito pelo património ambiental do planeta e que o seu percurso,
enquanto empresa, se sustenta na compatibilização entre a criação de riqueza
económica e o respeito pela qualidade
de vida de cada pessoa. Sabemos que
com esta atitude o futuro da humanidade só poderá ser melhor.
ObjectivoOnde?
Quando?R
Índices de sinistralidade:
Global
2014C
Reduzir o índice de frequência para 8.I
Reduzir o índice de gravidade para 175.IG
Dar formação em Higiene e Segurança no Trabalho aos colaboradores, Global
2014
com o objectivo de obter 8 h formação por ano.
Auscultação de stakeholders:E
- Recolha de feedback através de entrevistas presenciais S
a 100% dos stakeholders em Portugal GlobalA definirT
e 60% dos stakeholders nas operações internacionais.
Implementação de um sistema de gestão de Segurança e Saúde no Gabès
2015E
Trabalho de acordo com as OHSAS 18001.
Implementação de um sistema de gestão de ambiente e segurança.Sibline
2015E
Reduzir em 15% as emissões específicas de CO2 por tonelada de Global
2015R
produto cimentício, relativamente ao ano de 1990.
Atingir uma taxa de substituição de combustíveis alternativos de:Global
2015N
- 55% em 2013, nas fábricas em Portugal
- 10% em 2015, nas fábricas de Gabès e Sibline
Reduzir a taxa de incorporação de clínquer para:Global
2013
- 74% no cimento cinzento, em 2013 nas operações em Portugal
- 79% no cimento branco, em 2012 na Fábrica de Pataias
- 75% no cimento cinzento, em 2013, nas operações internacionais
Relatório do conselho de administração 2014_relatório de sustentabilidade 191
Resultados 2014Como alcançar? Quais os passos seguintes?
Continuando o trabalho de auscultação e formação dos colaboradores
IF = 14,6
e monitorizando mensalmente os indicadores, permitindo a introdução
IG = 286,2
de medidas correctivas se a tendência de melhoria não for a desejada.
3,0 h/colaboradorAtravés de uma melhor programação vai aumentar
a formação nesta temática, no sentido de minimizar a sinistralidade.
Em virtude da instabilidade registada nalguns países onde opera,
Suspenso
a continuação aos trabalhos de preparação do processo
Temporáriamente
de auscultação dos stakeholders das operações
internacionais foi suspenso temporariamente.
Em cursoDevido à situação social vivida nos últimos anos, a certificação do sistema de
gestão de segurança tem vindo a ser adiada. contudo, prevê-se que tal aconteça em 2015.
Em cursoO processo de implementação de um sistema de gestão integrado
de qualidade, ambiente e segurança começou em Outubro de 2010. O sistema já
está criado, e espera-se obter a sua certificação em 2015.
Redução Pretende-se atingir este objectivo através de:
de 7,5%
> Utilização de matérias-primas secundárias, de preferência já
descarbonatadas, para o fabrico do clínquer.
> Utilização de combustíveis alternativos, preferencialmente com teores de
biomassa mais elevados.
> Fabrico de cimentos compostos, com introdução de matérias-primas
secundárias durante a moagem, e consequente redução da taxa de incorporação de clínquer.
Nas fábricas em Portugal, não se conseguiu atingir o objectivo de 55%,
40,8% devido a questões que se prendem com o mix de combustíveis alternativos
0% disponível no mercado e às suas características.
Maximização do fabrico de cimentos compostos, recorrendo à utilização de
78,8% componentes minoritários previstos na NP EN 197-1.
75,3% A elevada taxa de exportação a partir das fábricas a operar em Portugal
80,5% comprometeu os objectivos definidos para o cimento cinzento.
192
3. Estratégia e Gestão da Sustentabilidade
O desafio permanente é garantir que
o conjunto das actividades se desenvolvam de forma sustentável, com adequada rentabilidade dos capitais investidos, salvaguarda do meio envolvente
e cumprimento das obrigações sociais,
assegurando a manutenção da nossa
actividade para o futuro.
A estratégia de sustentabilidade está
alinhada com os valores de Excelência, Responsabilidade, Qualidade,
Inovação e Transparência que há
muito caracterizam a Secil e está assente em 3 pilares:
Competitividade
Desenvolvimento da capacidade tecnológica, visando a optimização dos
processos produtivos e respectivos
sistemas de suporte, incorporando a
melhor tecnologia disponível. Inovação
na qualidade dos produtos, serviços e
soluções Secil fornecidos aos Clientes,
superando expectativas quanto ao valor
acrescentado que lhes é fornecido, de
forma a tornar-se o seu parceiro preferencial. Posicionamento num mundo
globalizado, aproveitando oportunidades internacionais de negócio.
Minimização de Impactes
Potenciar a eco-eficiência dos processos, mitigando os impactes causados no
meio envolvente e orientando a actuação
para a promoção da biodiversidade.
Envolvimento
com os Stakeholders
Fomentar um ambiente de trabalho valorizado pelos Colaboradores e consolidar
um posicionamento ético e cívico reconhecido pelos stakeholders.
A gestão da Sustentabilidade assenta
na aplicação consistente nas melhores
práticas de governação, com o objetivo
de assegurar os adequados mecanismos de controlo de riscos associados ao
estatuto de empresa com importantes
responsabilidades assumidas perante
todos os seus stakeholders, na sociedade onde está implantada.
A atual estrutura organizacional é assim uma peça fundamental para a concretização dos objectivos definidos, na
gestão dos aspetos ambientais, sociais
e económicos. Dada a complexidade,
transversalidade e multidisciplinaridade da sustentabilidade, existe uma
estrutura organizacional composta por
diferentes unidades que complementarmente garantem a sustentabilidade da
organização.
Relatório do conselho de administração 2014_relatório de sustentabilidade 193
4. Auditoria externa ao cumprimento
da Carta de Compromissos da Cement Sustainability
Initiative (CSI)
Foi realizada uma auditoria pela DNV relativamente ao cumprimento da Carta de
Compromissos da CSI, visando:
> Comparar o desempenho individual
de cada Membro com o valor agregado
da CSI e propor sugestões de melhoria,
caso necessário;
> Sustentar a credibilidade da CSI junto
dos seus stakeholders;
> Identificar áreas do Programa e Carta
da CSI passíveis de ser clarificadas e de
robustez acrescida.
Foram auditadas 17 empresas (entre 21
elegíveis) em três regiões: Europa, América Latina e Ásia (incluindo 1 na China).
Cada empresa foi auditada tendo em
conta todas as suas instalações, nos
diversos continentes.
A auditoria abrangia 7 áreas distintas,
a saber:
> Gestão do CO2 e Energia
> Utilização de Combustíveis e Materiais
> Saúde e Segurança
> Monitorização e Reporte de Emissões
> Impactos Locais e Biodiversidade
> Reporte e Comunicações
> Governança
194
5. Sustentabilidade - Prioridades para o futuro
“em 2050, cerca de 9 mil milhões
de pessoas vão viver bem,
respeitando os limites do planeta”.
PÁGINA 6 DO WORD
acção 2020 / áreas prioritárias
Limites do planeta
LIMITES DO PLANETA
MUDANÇA CLIMÁTICA
8.
Bem estar
e estilo de vida
sustentáveis
9.
Alimentação
(AIN POL
DA UIÇ
NÃ
7.
Competências
e Emprego
ICAD
O)
6.
Direitos
e necessidades
básicas
CARGA DE AEROSOL AT
M
(AINDA NÃO QUANTI OSFÉRIC
F
O
5.
Água
Potável
para todos
O
BI
A DE
ERD
E P SIDADE
D
XA ER
TA ODIV
BIOG RA D
E
O
QU OS C
ÍMI IC
CO LO
S S
CICLO
DO N
CIC
ITRO
GÉNIO
LO
DO
FÓ
SF
OR
O
ÁG
E
BAL D
GLO ÁVEL
USO UA POT
TERR NO US
ENO O D
S
E
MUDAN
ÇA
Influência directa por parte da indÚstria Cimenteira
alguma Influência por parte da indÚstria Cimenteira
Influência INdirecta por parte da indÚstria Cimenteira
FRON
TEI
4.
Emissão
Substâncias
Perigosas
ACID
IFIC
AÇ
ÃO
O
OZONO
ENTO DO
OTAM SFÉRICO
ESG ESTRATO
2.
Ciclo de
Nutrientes
ICA O)
UÍM IFICAD
Q
T
N
ÃO QUA
ICA
ÂN
CE
1.
Alterações
Climáticas
3.
Degradação
dos
Ecossistemas
Limites do planeta
Limites do planeta
acima dos limites do planeta
Acima dos Limites do planeta
fonte: Cement Sustainability initiative
fonte: stockholm resilience centre
SUSTAINABILITY science for biosphere stewardship
Necessária a criação de Soluções impactantes, mensuráveis, escaláveis, replicáveis e além do business-as-usual
Relatório do conselho de administração 2014_relatório de sustentabilidade 195
3 719 808
3 553 548
3 282 876
3 133 618
2012
2014
3 674 140
3 477 752
2011
3 135 930
3 004 532
4 013 141
3 851 084
2010
2013
4 018 106
3 909 634
2009
emissões co2 - gross
emissões co2 - net
825
791
851
813
2014
842
803
2012
gross
2013
854
808
2011
851
816
2010
Emissões específicas de CO2/t clínquer
859
836
Nos últimos anos a Secil tem vindo a
investir fortemente para reduzir as suas
emissões de CO2, aumentando a sua eficiência térmica e elétrica, aumentando
o coprocessamento de combustíveis
alternativos, utilizando matérias-primas
secundárias e ensaiando tecnologias
inovadoras de captação de carbono (microalgas) e de produção de cimento e
clínquer de baixa intensidade carbónica.
No entanto, verificou-se uma inversão da
tendência em 2014 que se ficou a dever,
na produção de clínquer à redução da
quantidade dos combustíveis alternativos e às suas características, enquanto
nos produtos cimentícios, resultou da
elevada taxa de exportação de cimentos
com maior incorporação de clínquer, em
Portugal.
Emissões totais de CO2
2009
Alterações Climáticas
net
196
5. Sustentabilidade - Prioridades para o futuro
Combustíveis alternativos e
Emissões específicas de CO2
Evolução da intensidade carbónica do clínquer cz produzido
EMISSÕES CO2
120%
CLK
110%
100%
O consumo de Combustíveis Alternativos já nos permitiu uma poupança de
cerca de 1 milhão de toneladas de CO2
desde 2005.
90%
80%
70%
2014
2013
2012
2011
2009
2010
2008
2007
2006
2005
2004
2003
2002
2000
2001
1999
1998
1997
1996
1995
1994
1993
1992
1991
1990
60%
O factor de emissão de CO2 por tonelada
de clínquer cinzento era em 1990 de 885
kgCO2/t clk, tendo em 2014 sido de 787
kgCO2/t clk.
Roteiro para uma Economia de
Baixo Carbono
Para se atingir os 80% de redução de
emissões em 2050, sugeridos pela Comissão Europeia, serão necessárias
tecnologias inovadoras e de rotura, que
envolvem investimentos significativos
em termos de investigação e viabilização financeira da sua implementação
(Ex: Estima-se que 85% da produção
de clínquer terá de ser equipada com
tecnologia de Captação e Armazenagem
de Carbono (CCS).
A Secil participa no Steering Committee de um projecto de I&D de grande
envergadura, lançado em 2006 pela
ECRA (“European Cement Research
Academy”), destinado a testar, com o
apoio de fabricantes de equipamentos,
a viabilidade técnico-económica da
aplicação das tecnologias de captação
do CO2 em fábricas de cimento. Este
projecto vai avançar a curto prazo com
a montagem de uma instalação piloto
(capacidade: 500 a 1000 t clínquer/dia),
que envolve um investimento superior
a 50 M€ e onde serão testadas as
inovações e adaptações necessárias
à utilização da tecnologia de oxyfuel
numa linha cimenteira, entretanto
concebidas e avaliadas em modelos,
visando a confirmação da viabilidade
técnica e definido mais rigorosamente
as condições para a sua viabilidade
económica.
A Secil contribuiu também, através da
Associação Técnica da Indústria do
Cimento (ATIC), validando os inputs
fornecidos ao modelo de optimização
TIMES_PT, utilizado pelo CENSE - Centro de Investigação em Ambiente e Sustentabilidade (da Faculdade de Ciências
e Tecnologia da Universidade Nova de
Lisboa) num estudo sobre a Captura e
Armazenamento de CO2 (CAC) com ou-
tros parceiros (Universidade de Évora,
Laboratório Nacional de Energia e Geologia, Rede Eléctrica Nacional e Bellona
Foundation, com o patrocínio do Global
CCS Institute) e que pretende contribuir
para suportar, tecnicamente, o debate
nacional sobre esta tecnologia e tornar-se um ponto de partida para a consideração de um Roteiro de CAC em
Portugal.
Neste estudo, recentemente apresentado, é apresentada uma conclusão
clara: “CAC é uma tecnologia crucial na
manutenção da competitividade da indústria de cimento nacional num mundo
condicionado pelo carbono“.
Na realidade, a aplicação do modelo
atrás referido determina que “para todos os cenários de crescimento socioeconómico (1,5%/ano e 3%/ano) e
de mitigação (-60% e -80%), a captura
de CO 2 é implementada no sector do
cimento”.
Relatório do conselho de administração 2014_relatório de sustentabilidade 197
Comércio Europeu
de Licenças de Emissão
Carbon Leakage
Em 2014, foi publicada pela Comissão
Europeia (CE) a nova lista de sectores
expostos à fuga de carbono (Carbon
Leakage) em vigor de 2015 a 2019. O
sector cimenteiro mantém-se na lista
mencionada, afastando assim, temporariamente, todas as ameaças que tal
representaria para a competitividade do
sector.
Num futuro próximo (2º semestre de
2015) a CE deverá apresentar uma proposta para as novas regras a adoptar
no Comércio Europeu de Licenças de
Emissão (CELE) a vigorar no período
2020-2030. O sector cimenteiro, por si
só e no âmbito dos sectores com elevado consumo de energia, terá que defender regras compatíveis com a competitividade dos mesmos no mercado
internacional. Aliás, o Conselho Europeu
de Outubro de 2014, estabeleceu claramente que “as instalações eficientes não
deverão suportar qualquer extra-custo,
directo ou indirecto, decorrente das suas
emissões de CO2”.
Impacto do Backloading
e do CSCF
No início de 2014 foi aprovado o mecanismo de diferimento de leilões de licenças de emissão de CO2 (“backloading”)
com vista a retirar temporariamente do
mercado cerca de 900 milhões de licenças, que deverão ser repostas no final
do período 2013-2020.
Entretanto, uma vez mais, as regras
muito provavelmente vão ser alteradas
(continuando a criar uma instabilidade
altamente comprometedora da obtenção da confiança junto dos investidores,
no sentido de avançar com soluções vi-
sando a economia de baixo carbono),
dado que a CE propôs a antecipação
da entrada em vigor da Market Stability Reserve (reserva de licenças de
emissão de CO2 retiradas do mercado,
para fazer subir o preço do carbono e
mantê-lo num nível elevado, de modo a
acomodar a entrada em serviço de tecnologias alternativas de produção de
energia eléctrica, mas fortemente penalizador para os sectores de elevado
consumo de energia, exportadores, por
via do aumento dos custos indirectos de
energia eléctrica provocada pela passagem dos custos de CO2 dos produtores
eléctrico para os seus clientes), estando
incluído nessa proposta, a absorção dos
900 milhões de licenças provenientes do
Backloading, directamente pela MSR.
A eliminação do “Cross Sectoral Correction Factor” (CSCF) para o período de
2020-2030, será outro dos objectivos a
defender pelo sector cimenteiro, no sentido de salvaguardar a competitividade
do mesmo e evitar o risco de Carbon
Leakage, numa posição perfeitamente
alinhada com a decisão do Conselho
Europeu atrás referida.
198
5. Sustentabilidade - Prioridades para o futuro
Degradação
dos Ecossistemas
Coprocessamento
de resíduos
A Secil, integrada na Associação Técnica
da Indústria do Cimento, fez propostas
concretas e bem fundamentadas no
sentido de introduzir novos valores para
as Taxas de Gestão de Resíduos (TGR)
no âmbito da consulta pública referente
à Fiscalidade Verde, visando a correção
do comportamento dos setores geradores e gestores dos resíduos, no sentido
de induzir a otimização dos destinos a
dar aos resíduos, privilegiando as tecnologias de valorização dos mesmos
(embora sem o sucesso esperado, face
à diminuta diferenciação das TGR que
acabaram por ser plasmadas no acervo
legislativo).
O coprocessamento de resíduos na
indústria cimenteira permite um total
aproveitamento destes (100%), dado
que a componente combustível fornece
o calor necessário para o processo e
a componente material transforma-se
em cimento. Desta forma, o coprocessamento proporciona à sociedade
benefícios significativos: opções de
tratamento de resíduos locais seguros
e eficientes, valorização de resíduos
que de outra forma seriam depositados em aterro, valorização energética
e reciclagem de recursos.
Prevenção / Redução
Utilização
do material
e energia
Reutilização
reciclagem: 100% do material reciclado
100% do material recuperado
co-processamento
100% da energia recuperada
resíduo para energia
incineração
deposição
do resíduo
aterro
Fonte: Guidelines for Co-Processing Fuels and Raw Materials in Cement
Manufacturing (2014)
A Secil tem cooperado com as entidades de gestão de resíduos com o objetivo, não só de desenvolver práticas
que permitam uma melhor qualidade
dos resíduos e a sua adequabilidade
à indústria, mas também contribuindo
para um estudo, inovador, visando a de-
terminação da quantidade de material
reciclado no consumo de resíduos nos
fornos de cimento, o que permitirá vir a
incluir a mesma como contribuição para
o cumprimento das metas de reciclagem
impostas a nível nacional e europeu.
Relatório do conselho de administração 2014_relatório de sustentabilidade 199
co-processamento em cimenteiras= 8 239 ktco2
1 158 KTCO2
9 527 KTCO2
Emissões de CO2 sem
co-processamento em
cimenteiras
7 081 KTCO2
1 158 KTCO2
EMISSÕES DE CO2 coM
co-processamento
em cimenteiras
sem co-processamento em cimenteiras= 10 685 ktco2
COQUE DE PETRÓLEO
COMBuSTíVEIS alternativos
No período compreendido entre 2005 e
2014, o coprocessamento de cerca de
1,3 milhões de toneladas de resíduos
evitou a emissão de aproximadamente
1,2 milhões de toneladas de CO2 e perCombustíveis alternativos valorizados
Emissão de CO2 evitada
Matérias-primas naturais evitadas
A estratégia da maximização da utilização de combustíveis alternativos, traduz-se também num acréscimo da componente nacional do Valor Acrescentado
Bruto do setor cimenteiro. Na realidade,
Exportações de clínquer e cimento
Importação de coque de petróleo evitada
mitiu reduzir a importação de coque
de petróleo em 397 mil toneladas (28
milhões de euros) e substituir cerca de
0,37 milhões de toneladas de matérias-primas naturais poupadas.
1,3 Mt
~1,2 Mt
~0,37 Mt
a Secil tem contribuído, dentro das suas
possibilidades, para o equilíbrio da balança comercial no período em análise,
tal como se pode ver na tabela seguinte:
~521 M€
~397 kt
200
5. Sustentabilidade - Prioridades para o futuro
Biodiversidade e Recuperação
Paisagística
A Secil reconhece a importância da
biodiversidade na gestão da sustentabilidade da atividade da empresa. Com
o objetivo de diminuir o seu impacte
sobre a biodiversidade, resultante das
suas atividades, a Secil tem vindo a desenvolver estratégias, nomeadamente
através da implementação de Planos de
Recuperação Paisagística e Planos de
Ação para a Biodiversidade. Estes planos baseiam-se na suposição de que um
sistema totalmente reabilitado engloba
não só a composição e estrutura das
comunidades vegetais e animais, mas
também a recuperação das funções e
dos processos naturais do ecossistema.
Parcerias | Conhecimento
Científico e Investigação
Aplicada
O conhecimento científico e a investigação aplicada são pilares presentes no
processo de recuperação paisagística
das pedreiras da Secil. O desenvolvimento de estudos científicos e a interligação de equipas multidisciplinares é
essencial para a identificação de soluções e no desenvolvimento de técnicas,
actuais e inovadoras, no âmbito da reabilitação de pedreiras. Para tal, a Secil
conta com uma vasta equipa de investigadores da Faculdade de Ciências da
Universidade de Lisboa e da Universidade de Évora.
Um exemplo de uma longa parceria é
com a Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa que tem vindo,
desde 1997, a realizar o acompanhamento científico para a gestão ecológica das áreas a recuperar nas pedreiras
da Secil no Outão. Estes anos de parceria têm permitido testar e desenvolver
técnicas e soluções concretas, no âmbito da recuperação de pedreiras, que
actualmente definem as metodologias
dos Planos de Recuperação.
Planos Ambientais e de
Recuperação Paisagística
As pedreiras das três unidades fabris
em Portugal dispõem de um Plano Ambiental e de Recuperação Paisagística
(PARP), que tem como objectivo a recuperação progressiva das áreas exploradas e minimizar os impactes negativos
inerentes ao processo de exploração
das pedreiras, atendendo às características das explorações e ao seu espaço
envolvente. Esta tarefa é efectuada através da elaboração de Programas Trienais, que contém o planeamento dos
trabalhos de exploração e recuperação
paisagística para três anos, em execução com o Plano de Pedreira aprovado.
Área recuperada/
Fábrica
UNÁrea licenciada da pedreira
Secil-Outão41
Maceira-Liz
%1,66
Cibra-Pataias3,6
Área recuperada nas três unidades fabris
Germinação de rosmaninho
(Lavandula luisieri) nos viveiros do Outão
Patamares recuperados
na pedreira de calcário no Outão
Relatório do conselho de administração 2014_relatório de sustentabilidade 201
Flor-dos-macaquinhos (Orchis itálica)
no patamar recuperado na pedreira do
calcário do Outão
Talude recuperado da pedreira
de “Alva de Pataias”
Biodiversidade | Desafios
e estratégias no âmbito
da reabilitação de pedreiras
Neste sentido, a Secil foi mais longe no
processo de reabilitação e desde 2007
que, em parceria com a Universidade de
Évora, integra a componente da fauna
nos seus planos de recuperação. Esta
parceria começou com a inventariação
e caracterização das comunidades e
espécies faunísticas e culminou com a
apresentação de um Plano de Acção
para a recuperação/valorização da fauna, actualmente a decorrer em diferentes fases nas três fábricas em Portugal.
As medidas de gestão dos planos de
recuperação centram-se maioritariamente sobre a vegetação e na restauração da paisagem, dando menos importância às comunidades faunísticas. No
entanto, a fauna desempenha um papel
importante no funcionamento do ecossistema, fornecendo vários serviços naturais (e.g. dispersão de sementes), que
podem melhorar o processo de reabilitação.
O Plano de Acção, articulado com os
planos de recuperação, visa promover
Crias de Coruja-do-mato (Strix aluco), uma
espécie que nidificou na fábrica do Outão
a colonização natural da fauna nas
áreas recuperadas, com base numa
gestão activa e adaptativa através
da monitorização periódica da fauna
e da avaliação contínua da eficácia
das acções propostas, como a disponibilização de abrigos artificiais e
o aumento da disponibilidade hídrica.
Recentemente, foram desenvolvidos
vários casos de estudo direccionados
a grupos/espécies-alvo, considerados
bons modelos de forma a avaliar os
efeitos das actividades da empresa e
das medidas propostas no Plano de
Acção na fauna.
Esquilo-vermelho (Sciurus vulgaris)
capturado na armadilhagem fotográfica
na CMP
202
5. Sustentabilidade - Prioridades para o futuro
Caso de estudo
Conectividade – movimentos
do ratinho-do-campo
(Apodemus sylvaticus)
numa área de elevada
fragmentação
No caso da pedreira de calcário do Outão, a técnica de reabilitação utilizada
inicialmente implicou a revegetação apenas em patamares deixando os taludes
a descoberto. A ausência de vegetação,
o declive e altura dos taludes (20 m) podem constituir barreiras ao movimento
das espécies, reduzindo a conectividade entre as diversas áreas usadas
pela fauna.
De forma a potenciar a colonização natural da fauna importa compreender o
movimento dos indivíduos que permite o
fluxo de genes ou o acesso a habitats de
Ratinho-do-campo com radiotransmissor
pronto a ser libertado
melhor qualidade. Neste âmbito, torna-se importante perceber o efeito que a
fragmentação provocada pelo relevo artificial da recuperação (taludes) poderá
ter nos movimentos das espécies. Utilizando o ratinho-do-campo como caso
de estudo, pretendeu-se investigar se
(1) os taludes constituem uma barreira
física aos movimentos desta espécie; (2)
quais as implicações das características
orográficas na ecologia espacial do ratinho-do-campo; e (3) quais as características de micro-habitat mais relevantes
que influenciam o uso do espaço desta
espécie no contexto da área de estudo.
A equipa da Universidade de Évora seguiu ratinhos-do-campo por radiotelemetria durante seis meses até recolher
as localizações suficientes para caracterizar as suas áreas vitais ou deixar de
ouvir o sinal.
Seguimento de um animal marcado
por radiotelemetria
Relatório do conselho de administração 2014_relatório de sustentabilidade 203
São os taludes uma barreira
física aos movimentos?
Todos os ratinhos-do-campo analisados
(9) deslocaram-se entre os diferentes taludes recuperados e a área envolvente
à pedreira de calcário (zona natural),
registando-se movimentos diários na
maioria dos animais. O padrão de movimentos mais observado foi a subida
dos indivíduos até à zona natural, no seu
período de maior actividade (nocturno) e
o posterior retorno aos abrigos localizados nos taludes/patamares recuperados
da pedreira, onde repousavam durante o
dia. Nestes movimentos foi registado o
atravessamento dos taludes, o que demonstra, ao contrário do esperado, que
estes não constituem uma barreira física
às deslocações do ratinho-do-campo.
Para além disso, as áreas vitais abrangeram tanto zonas recuperadas como
zonas naturais. A utilização de ambas
Biodiversity Management Plan
Guidance | Cement Sustainability Initiative (CSI)
No 8º fórum da CSI, com o tema “Conserving nature’s foundations: biodiversity & ecosystems”, que decorreu em
Cartagena, Colômbia, de 16 a 17 de
Setembro de 2014, foi apresentado a
publicação “Biodiversity Management
Plan (BMP) Guidance”. Este guia, que
tem por objectivo auxiliar as empresas
na gestão da biodiversidade, juntamente com a Quarry Rehabilitation Gui-
as áreas pode estar relacionada com as
características de micro-habitat de cada
uma delas, sendo que a maior cobertura
de arbustos da área natural providencia
uma maior disponibilidade de alimento.
Contrariamente, a presença de aglomerados de pedra naturais e a menor
abundância de predadores na área recuperada favorecem a disponibilidade
de abrigos mais seguros.
Este caso de estudo foi apresentado,
sob a forma de poster, na conferência
internacional “14th Rodens et Spatium,
Conference on Rodent Biology”, que decorreu em Lisboa de 28 de Julho a 2 de
Agosto de 2014, onde ganhou o 2º Prémio do concurso de posters científicos
com o Poster “Slope, the final frontier?
Are Apodemus sylvaticus movements
constrained by 20m slopes in a rehabilitated quarry?”
delines (publicada em 2011), formam um
conjunto de recursos que se destinam
a abordar diferentes aspectos da biodiversidade e sua conservação, em todas
as fases da vida útil de uma pedreira.
A Secil, desde 2008, tem uma participação activa neste grupo de trabalho
podendo desta forma partilhar a sua
experiência e know-how nesta temática. Destaca-se a sua participação
no fórum da CSI com a apresentação
“Challenges and strategies to enhance
quarry rehabilitation and biodiversity
at Secil”.
204
5. Sustentabilidade - Prioridades para o futuro
5.347
5.138
4.221
1.270
2014
2014
2013
889
2013
2012
1.371
2012
2011
2010
2010
2009
t nox
1.218
1.205
2011
1.316
g nox/t clk
751
629
625
602
569
401
t so2
2014
2013
2013
2012
2012
2011
2011
2010
2010
2009
123
91
g so2/t clk
6.157
De realçar a redução das emissões de
NOx, quer totais, quer específicas, a
qual se ficou a dever em parte ao facto
do valor limite em Portugal ter sido reduzido de 800 mg/Nm3 para 500 mg/Nm3
(a 1 de Janeiro de 2014) o que obrigou à
utilização, pontual, da tecnologia SNCR,
nas fábricas localizadas em Portugal.
161
131
121
2014
161
6.033
5.689
5.347
5.138
4.221
t PARTÍCULAS
144
136
132
g PARTÍCULAS/t clk
2014
2014
2013
2013
2012
2012
2011
106
2011
2010
123
2010
2009
124
2009
Atualmente, todas as instalações estão
equipadas com monitorização em contínuo das emissões de partículas, NOx
e SO2, COT, HCl, HF e NH3 à excepção
das fábricas de Sibline e Gabès, onde a
monitorização em contínuo de poluentes como o COT, HCl e HF se encontra
em curso de implementação. Os Metais
pesados e Dioxinas e Furanos, são realizadas monitorizações pontuais.
6.033
5.689
2009
O processo de fabrico de cimento tem
associado a si a emissão de poluentes
macro (CO2, NOx, SO2 e COVs) bem
como outros micropoluentes (metais
pesados e PCDD/F). Sendo objetivo da
Secil reduzir a sua emissão de poluentes
para atmosfera, têm vindo a ser realizados investimentos cujos resultados se
comprovam pelos resultados obtidos.
As instalações dispõem de diversos
meios de controlo destas emissões,
designadamente filtros de mangas,
queimadores de baixa emissão, sistemas SNCR (Selective non catalytic reduction) - para controlar as emissões
de NOx, e injecção de cal/hidróxido de
cálcio – para controlo das emissões de
SO2. Para além destes equipamentos,
existem também electrofiltros, instalados em dois fornos.
6.157
2009
Emissões Potencialmente
Nocivas
Relatório do conselho de administração 2014_relatório de sustentabilidade 205
Mercúrio
Prossegue o Programa de Parceria Global do Mercúrio da UNEP é um dos mecanismos mais importantes na criação
de acções imediatas para a mitigação/
eliminação do Mercúrio. O objectivo
último deste Programa é a protecção
da saúde humana e a protecção do
ambiente relativamente à emissão de
Mercúrio e seus compostos, através da
minimização, e quando possível, da sua
eliminação das emissões antropogénicas (para o ar, água ou solos). A Secil
tem acompanhado este assunto no âmbito da CSI e da CEMBUREAU.
A indústria cimenteira associou-se a
este Programa, em 2013, através de uma
Partnership liderada pela CSI/ WBCSD,
especialmente dedicada às emissões de
mercúrio no fabrico de cimento.
Biomonitores
Um dos trabalhos que a Secil tem vindo
a desenvolver a longo prazo juntamente
com a equipa do Ce3C (ex-CBA) da Faculdade de Ciências da Universidade de
Lisboa consiste em avaliar o impacte da
dispersão de poluentes na área da SECIL e sua envolvente utilizando biomonitores.
Os trabalhos de biomonitorização, ou
seja utilização de organismos vivos para
medir a poluição, tiveram início nos anos
90 com a utilização de líquenes para
avaliar a deposição de metais dentro
dos limites da Secil. Mais tarde ambas
as entidades - Secil e Universidade de
Lisboa - participaram num projeto Life
Ambiente, em que foi medida a poluição atmosférica em toda a Península de
Setúbal. De entre os poluentes medidos
destacaram-se as dioxinas e furanos
(PCDD/Fs), metais, enxofre e azoto. Foi
precisamente no âmbito deste projeto
As acções do Business Plan of the Cement Industry Mercury Partnership estão agrupadas em 4 grupos:
> Estabelecer regras para o inventário
de emissões de Hg no sector cimenteiro
> Desenvolver Guias para ajudar as instalações cimenteiras a reduzir as suas
emissões
> Aumentar a sensibilidade da indústria
cimenteira para o facto do Hg ser um
poluente relevante, através de acções
de aumento de competências neste domínio
> Aumentar o conhecimento da eficácia
de técnicas como o dust shuttling (purga
do pó de recirculação dos filtros)
que, pela primeira vez a nível mundial,
os líquenes foram utilizados para medir PCDD/Fs. Os líquenes, organismos
que resultam de uma simbiose entre um
fungo e uma alga, não possuem raízes,
pelo que absorvem todos os nutrientes
de que necessitam diretamente da atmosfera. Juntamente com os nutrientes acabam por absorver os poluentes
atmosféricos, acumulando-os no seu
interior. São por isso muitas vezes designados por “sentinelas do ambiente”.
Estávamos no ano 2000 e as preocupações ambientais com o início da coincineração na Fábrica da Secil-Outão
alarmavam a população de Setúbal. O
projeto Life Ambiente permitiu conhecer
a contaminação ambiental de base, ou
seja, antes de terem início os trabalhos
de coincineração. Neste projeto foi fundamental a utilização dos líquenes, cuja
recolha em mais de uma centena de locais deu origem a dados de poluição
com uma elevada resolução no espaço
em toda a área da Península de Setúbal.
A utilidade e importância dos líquenes
como biomonitores de poluentes orgânicos persistentes (POPs) foram refletidas
numa série de publicações científicas
com impacto internacional.
206
5. Sustentabilidade - Prioridades para o futuro
Uma década depois, entre 2009 e 2011,
a Secil decidiu, no âmbito da sua política de gestão de risco ambiental e de
integração com a comunidade (através
da Comissão de Acompanhamento Ambiental), implementar um novo estudo
que visava avaliar como teria evoluído a
contaminação ambiental desde 2000, já
depois de a fábrica ter começado a coincinerar uma vasta gama de resíduos.
Para tal, foram recolhidas as mesmas
espécies de líquenes que haviam sido
recolhidas no projeto anterior e foram
comparados os valores de PCDD/Fs de
2000 com os de 2011. Os resultados
mostraram que houve um decréscimo
de 70% nas concentrações de PCDD/
Fs nos líquenes. Isto significa que houve
uma diminuição da deposição destes
poluentes no ambiente na ordem dos
70%.
A diminuição da deposição de PCDD/Fs
no ambiente tem sido igualmente obser-
vada noutros países Europeus, provavelmente como resultado das medidas
europeias para restringir a emissão industrial de PCDD/Fs. Na península de
Setúbal o decréscimo terá sido consequência de uma diminuição das emissões por parte das indústrias (na ordem
dos 25%) e por parte dos veículos.
Estes resultados deram origem a uma
importante publicação científica em que
pela primeira vez os líquenes foram utilizados para monitorizar os valores de
PCDD/Fs ao longo do tempo.
A colaboração entre a Secil e Universidade de Lisboa mostrou a importância
da análise da qualidade do ar ao longo
do tempo, e os efeitos positivos de uma
legislação ambiental mas exigente em
matéria de qualidade do ar e consequentemente na qualidade de vida de
todos.
Relatório do conselho de administração 2014_relatório de sustentabilidade 207
Água Potável para todos
3
1
1
1
ABUNDANTE
SUFICIENTE
STRESS
0
ESCASSEZ
Em 2013, a Secil participou no projecto
piloto da Global Water Tool para o sector
cimenteiro, ao abrigo da Task Force da
Água (TF9) da CSI, cuja utilização efectiva
prevista para 2014, foi adiada para 2015.
Em 2013, 13% do consumo de água veio de
locais de escassez extrema.
ESCASSEZ
EXTREMA
A indústria cimenteira - ainda que não
seja um sector significativo em termos
de consumo de água, representa cerca
de 2% do consumo mundial. No processo de fabrico de cimento a água é
fundamental para o arrefecimento de
equipamentos e arrefecimento dos gases de combustão, bem como, nalguns
casos, para o arrefecimento no interior
dos moinhos. Ainda que a maioria da
água utilizada no processo de fabrico
(arrefecimento de equipamentos) se encontre em circuito fechado (reciclagem/
reutilização) parte desta perde-se por
evaporação.
A Secil integra através do CSI, um grupo
de trabalho cujo objectivo é compreender melhor quais os riscos para a indústria cimenteira, embora as condições
locais de existência de recursos e dos
principais consumidores dos mesmos
possam constituir o maior factor de
risco.
SÓ FÁBRICAS DE CIMENTO
Desempenho do Grupo SECIL Cimentos
1447
1442
1342
1316
1288
0.303
0.282
0.281
1329
0.278
0.278
0.273
0.273
1000 m3
m3/t CIMENTO
BENCHMARK
2014
2013
2012
2011
2010
2009
2014
2013
2012
2011
2010
2009
0.254
A gama de benchmark do consumo específico de água no fabrico de cimento
foi baseada nos valores obtidos pelos 4
maiores produtores mundiais.
208
5. Sustentabilidade - Prioridades para o futuro
Direitos e necessidades
básicas
Segurança e Saúde
no Trabalho
Uma das questões prioritárias para a
Secil é a Saúde e Segurança no Trabalho. A estratégia nesta temática tem por
objectivo a meta das “ZERO FATALIDADES”, reduzir os índices de sinistralidade
de ano para ano de forma sustentada,
fomentar uma elevada e cada vez maior
consciência sobre os riscos ocupacionais, proporcionando formação adequada aos colaboradores e prestadores
de serviços.
A Secil tem por objectivo implementar
em todos os países onde opera um referencial de sustentabilidade equiparável,
pelo menos, ao que vigora em Portugal.
Com esse objectivo têm sido efectuados elevados investimentos em equipamentos de melhoria de desempenho,
não só ambiental e industrial, como têm
índice de frequência
também sido introduzidas as melhores
práticas ao nível da saúde e segurança
no trabalho e relação com as comunidades envolventes (Exemplo: Comissões
de Acompanhamento Ambiental).
A Secil colabora activamente na Task
Force da Saúde e Segurança da CSI.
Esta Task Force tem como lema - “Aiming for Zero”, isto é, alcançar o objectivo de “zero acidentes fatais” nas
operações dos membros CSI. Embora
seja um desafio de segurança ambicioso
para o sector do cimento, o seu sucesso
é imperativo.
NOTA: Consideram-se para efeitos
deste relatório apenas os acidentes que
resultaram em baixa, em número de dias
superior a 1.
índice de gravidade
500
400
20
300
GLOBAL
OBJECTIVO
GLOBAL
OBJECTIVO
155.0
155.0
2014
2014
2012
0
2011
100
2010
7.0
2014
2014
2013
2013
2012
2011
2010
2009
0
7.0
2009
200
10
5
286.2
2013
2013
15
15
Relatório do conselho de administração 2014_relatório de sustentabilidade 209
Bem-estar e estilos de vida
sustentáveis
Papel do Betão...
no alcance na Visão 2050
betão
1.
Alterações
climáticas
> edifÍcios inovadores
e energeticamente
eficientes
> infraestrUturas mais
resilientes para
adaptação às alterações
climáticas
> novos produtos com
menor intensidade
carbónica
> sequestro de co2
O betão constitui o material de construção mais utilizado em todo o mundo,
sendo inclusivamente o bem mais consumido a seguir à água. É um material
altamente flexível, durável, acessível e
energeticamente eficiente, que pode
efectivamente dar resposta a uma
grande variedade de necessidades da
sociedade. Pode fornecer infra-estruturas que vão desde edifícios energeticamente eficientes e de habitação, a
infra-estruturas de transporte de água,
estradas e soluções inovadoras de
transporte subterrâneo. O betão também pode ser convertido em pratica-
3.
Degradação dos
ecossistemas
> reciclagem do betão
8.
Bem estar
e estilos de vida
sustentáveis
> Infraestruturas para
a mobilidade que induzem
melhor desempenho
na área dos transportes
> construção em altura
> Infraestruturas mais
resilientes e de baixo
custo de manutenção
Pode-se afirmar que o betão fornece os
alicerces para as “smart cities” do futuro
na Europa.
adequadamente. A segurança é outra
das características. A durabilidade e resistência que o betão pode atingir, é a
adequada para construção de edifícios
que exigem elevados níveis de segurança. Por exemplo, centrais nucleares
e barragens hidroeléctricas são construídas quase inteiramente em betão.
O betão é feito para durar. Pode suportar grandes choques, absorver o som e
regular a temperatura. Edifícios de betão
podem ter uma vida útil mínima de 50
anos, mas podem permanecer reparados por centenas de anos, se mantidos
Não requer revestimentos especiais
ou selagens e a resistência ao fogo, é
outra das suas principais características e vantagens. Não queima, derrete e
mantém a sua estabilidade estrutural a
temperaturas elevadas. Isto, combinado
mente qualquer forma, cor e textura, o
que permite liberdade de design e variedade de aplicações aos designers e
projectistas.
210
5. Sustentabilidade - Prioridades para o futuro
com a sua acessibilidade, desempenho
acústico e a qualidade de ar interna,
mostra que é o material ideal para a
construção de hospitais, escolas e outros edifícios públicos.
A durabilidade, baixa manutenção e os
baixos custos e impactos na análise de
ciclo de vida, torna o betão o material de
eleição para os pavimentos de estradas.
Além de oferecer conforto, segurança e
tranquilidade no uso, estradas de betão
também contribuem para a redução das
emissões de co₂ provenientes dos veículos. Além disso aumentam a segurança
contra incêndios em túneis.
O betão tem um potencial ilimitado de
inovação e de novas formas de melhorar o desempenho do material, que fornece cada vez maiores retornos sobre
pequenos investimentos. As inovações
incluem entre outras, betão permeável
que permite a infiltração natural da água
no solo, reduzindo assim a inundação e
os impactos negativos da impermeabilização do solo. Enquanto isso, betões
fotocataliticos podem remover poluentes como monóxido de carbono e óxido
nitroso do ar além de tornar o betão autolimpante.
Edifícios de betão podem permitir economias substanciais de energia durante
a sua vida útil. O alto nível de massa térmica nas construções de betão significa
que as temperaturas interiores permanecem estáveis independentemente de oscilações externas. Isto reduz a necessidade de aquecimento ou arrefecimento
(além de proporcionar maior conforto).
A actual conjuntura associada ao mercado da construção civil desafia a agilidade das empresas a encontrar caminhos que potenciem a viabilidade dos
seus negócios, inovando e refrescando
o mercado com novas ofertas, enquadradas nas também novas necessidades
que vão sendo identificadas, nomeadamente nas áreas de reabilitação urbana,
da manutenção de vias de comunicação,
da construção sustentável e até mesmo
do paisagismo.
A Secil dispõe já de um leque de soluções técnicas inovadoras baseadas em
produtos derivados do cimento, que podem contribuir para o êxito das várias
operações de requalificação urbana e
que são necessárias para revitalizar e
rentabilizar largas faixas de património
edificado urbano.
Relatório do conselho de administração 2014_relatório de sustentabilidade 211
Exemplos de Produtos SECIL
Sustentáveis
Unidren: betão poroso especialmente
concebido para a aplicação em pavimentos exteriores nos quais a impermeabilização do solo e a gestão das
águas pluviais são factores críticos de
sucesso.
ISODUR: argamassa seca, formulada a
partir de ligantes mistos, agregados especiais de muito baixa densidade (Poliestireno Expandido – EPS) e adições, destinada à execução de rebocos exteriores e
interiores de isolamento térmico.
UniLeve: betões leves fabricados com
cortiça, com argila expandida ou com
EPS, são betões de baixa densidade
com propriedades de isolamento térmico/acústico.
Cal Ti HL5: ligante hidráulico inovador
que associa as propriedades fotocataliticas, às características da cal tradicional,
isto é, elevada compatibilidade a suportes
antigos e excelente durabilidade, sendo
ideal para reabilitação, especialmente em
zonas cujos efeitos da deposição de poeiras e poluição são mais notórios. Esta cal
especialmente formulada com propriedades fotocataliticas permite, na presença
de luz solar, a dissociação de sujidade,
fungos e outros compostos orgânicos e
inorgânicos presentes na atmosfera, mantendo as superfícies limpas e contribuindo
para a redução da poluição atmosférica.
Pode ser utilizada no fabrico de betões e
argamassas, conferindo as características
e vantagens enunciadas.
UniPesado: betões pesados, obtidos
com recurso a agregados pesados e
especialmente utilizados, por exemplo,
na protecção dos raios x nos hospitais.
Adhere Acústico associado à Betonilha EcoCork promove o isolamento
acústico aos ruídos de percussão.
SecilVit Cork: painel de isolamento
em cortiça que associa a performance
térmica superior de um sistema ETICS
(isolamento térmico pelo exterior) a uma
performance ambiental eficiente.
212
6. A SECIL em números
Un20132014
Indicadores Económicos
Activo líquido
M €
577
588
Capitais próprios
M €
169
198
EBITDA
M €
64
76
Capex
M €
32
15
Passivo financeiro
M €
181
131
Rentabilidade do Activo
%
- 1,7
3,1
Rentabilidade dos Capitais Próprios
%
- 5,8
9,1
Resultados líquidos
M €
- 9
18
Capacidade produtiva de cimento
103t
7 650
7650
Vendas de Cimento e Clínquer
103t
4.892
5 317
Volume de negócios
M €
412
431
Fluxos financeiros com os stakeholders
Vendas a clientes
1000 €
394 622
407 778
Outros recebimentos de exploração
1000 €
91 921
8 897
Total de recebimentos
1000 €
486 543
416 675
Pagamento de Salários dos colaboradores
1000 €
27 816
28 120
Mecenato
1000 €
922
758
Pagamento de Impostos ao Estado e autarquias
1000 €
661
1 159
Pagamentos a fornecedores
1000 €
317 676
307 997
Pagamento de juros às instituições bancárias
1000 €
18 749
17 152
Pagamento de dividendos aos accionistas
1000 €
3 106
3 032
Total de pagamentos
1000 €
368 932
357 461
Saldo para a empresa
1000 €
117 611
59 214
Refinanciamento líquido
1000 €
1 433
36 054
Prémios de emissão
1000 €
-
Total disponível para investimento
1000 €
116 178
23 160
Investimentos financeiros
1000 €
27 318
4 912
Investimentos industriais
1000 €
20 650
11 360
Concessão de empréstimos
1000 €
18 265
Indicadores Sociais
Número de Colaboradores (efectivos e contratados)
n.º
1 407
1 517
Tipo de contrato
Contrato permanente
%
90,6
90,1
Contrato a termo
%
6,8
9,6
Cedência temporária
%
2,7
0,7
Sexo
Masculino
%94,393,5
Feminino
%5,76,5
Média etária
Anos 46,5 44,6
Perfil de idades
< 30 anos
%
10,1
10,4
30 – 39 anos
%
16,5
18,3
41 – 49 anos
%
27,4
26,9
≥ 50 anos
%
46,0
44,5
< 1 ano
%
1,9
3,0
Antiguidade
1 - 9 anos
%
32,5
32,0
10 - 24 anos
%
30,9
32,2
≥ 25 anos
%
34,8
32,8
Taxa de rotatividade %6,65,0
Total de saídas
n.º
96
76
% saídas por reforma
%
17,6
34,2
Total de admissões
n.º
42
52
% licenciados admitidos
%
59,5
50,0
Taxa de absentismo
%
6,5
7,7
Relatório do conselho de administração 2014_relatório de sustentabilidade 213
Un20132014
% sites com sistema de gestão de saúde e segurança no trabalho certificado
%5050
Índice de gravidade (Ig) (1)
%312,6286,2
Índice de frequência (If) (1)
%13,014,6
Índice de duração ou avaliação da gravidade (id) (1) %24,019,6
Fatalidades (trabalhadores Secil)
n.º
1
0
Saúde
Fatalidades por 10 000 trabalhadores
n.º
6,8
0
e Segurança
Fatalidades (prestadores de serviços)
n.º
0
0
Fatalidades (terceira parte)
n.º
0
0
Acidentes (trabalhadores Secil)
n.º
53
55
Total acidentes
n.º
81
83
Índice de frequência (trabalhadores Secil)
%
17,2
18,7
Indicadores Ambientais
% sites com sistema de gestão ambiental certificado
%6767
% sites registados no EMAS
%5050
Consumo de energia Energia térmica (fornos)
TJ
14.247*
16.519
Consumo térmico específico
MJ/t
3.749
3.859
Energia eléctrica
GWh
540
573
Uso Responsável
Matérias-primas naturais
kt
7649
7385
de Combustíveis
Matérias-primas secundárias (MPS)
kt
249
265
e Materiais
Taxa de utilização de MPS
%3,23,5
Combustíveis fósseis sólidos
kt
333
410
Combustíveis fósseis gasosos
1000 Nm318 9
Combustíveis alternativos kt
169
208
Taxa de substituição térmica global
%20,9* 20,8
Taxa de substituição térmico alternativos fósseis
%
11*
11,2
Taxa de substituição térmico alternativos biomassa
%
9,9*
9,6
Protecção Climática Emissões de CO2 – Gross (2)
Mt3,23,7
Emissões de CO2 – Net (3)
Mt 33,6
Emissões específicas de CO2 por
tonelada de produtos cimentícios (4) – gross (2)
kg/t634* 686
Emissões específicas de CO2
por tonelada de produtos cimentícios (4) – net (3) kg/t
608*
656
Taxa de incorporação de clínquer (5)
%77,177,6
Emissões Partículas
kt0,50,5
atmosféricas
g/ t clk
136
132
%100100
NOx
kt5,14,2
g/ t clk
1 270
1 032
%100100
SOx
kt0,40,6
g/t clk
91
145
%100100
COV
kt -394
g/t clk
-
90
% -77
PCDD/F
mg -80
ng/t clk
-
18
% -76
Hg
kg -86
mg/t clk
-
20
% -100
HM1(9)
kg -96
mg/t clk
-
19
% -89
HM2(10)
kg
-1253
mg/t clk
-
254
% -89
% clínquer produzido com monitorização
das emissões maiores (6) e menores
%
65
86
% clínquer produzido com monitorização
contínua das emissões maiores
%
100
100
214
6. A SECIL em números
Un20132014
Consumo de Água
Total água subterrânea
103 m3
1 288
1329
Índice específico
m3/t cim
0,273
0,282
Biodiversidade
Pedreiras com planos de recuperação
%
80
81,8
Pedreiras com planos de envolvimento com a comunidade (7)%
40
54,5
Pedreiras activas, ou nas áreas adjacentes,
que contêm elevado valor de biodiversidade (8)
n.º
13
18,2
Pedreiras com elevado valor de biodiversidade
que têm planos de gestão da biodiversidade implementados (de acordo com o anterior)
%
100
100
*Valores revistos por alteração nos quantitativos de combustíveis consumidos na unidade de Gabès
1)
Os índices de sinistralidade incluem os colaboradores SECIL e os prestadores de serviços. Os valores apresentados foram transformados para a metodologia da Organização Internacional do Trabalho, que resulta na aplicação de 1 000 000 horas em vez de 100 000 horas. O índice de gravidade não
inclui o número de dias perdidos no ano transacto.
2)
Emissões de CO2 totais
3)
Emissões de CO2 totais – emissões de CO2 dos combustíveis alternativos
4)
Clínquer produzido + aditivos consumidos na moagem de cimento
5)
Inclui as fábricas de cimento e moagens
6)
Partículas, NOx e SOx
7)
Considerando que apenas a Fábrica do Outão tem elevado valor de biodiversidade, por se encontrar dentro de um Parque Natural.
8)
A Fábrica Cibra-Pataias apesar de ter Comissão de Acompanhamento Ambiental, esta não tem actividade desde 2009
9)
Soma de Cd e Tl
10)
Soma de Sb, As, Pb, Cr, Co, Cu, Mn, Ni e V
Relatório do conselho de administração 2014_relatório de sustentabilidade 215
216
relatório de responsabilidade social
1. O Grupo Secil e seus Colaboradores 2. O Grupo Secil e a Comunidade Exterior
Casa das Histórias Paula Rego, Cascais
Relatório do conselho de administração 2014_relatório de responsabilidade social 217
218
1. O Grupo Secil e os seus colaboradores
1.1. Portugal
a) Ambiente de trabalho
Saúde, Higiene e Segurança
no Trabalho
A Secil promove activamente uma política de saúde, higiene e segurança no
trabalho, garantindo que todas as suas
instalações são locais seguros para todas as pessoas internas ou externas à
Empresa e perseguindo o objectivo de
“Zero Fatalidades” e redução dos acidentes com dias de trabalho perdidos.
Para tal são desenvolvidas várias actividades, a maior parte delas continuadas,
que pretendem adaptar e implementar
directivas e manuais de segurança à realidade de cada Empresa do Grupo Secil,
de onde se destacam:
> Os “Regulamentos da CSI (Cement
Sustainability Initiative) respeitantes à
Gestão de Prestadores de Serviços e
Gestão da Condução nos Transportes
Internos e Externos”;
> Monitorizações do ambiente de trabalho, nomeadamente, ruído, vibrações,
iluminação, e qualidade do ar;
>Implementação em todas as Empresas
do Grupo Secil das verificações estipuladas na Directiva Equipamentos de Trabalho (Decreto-Lei Nº 50/2005) e na resolução das não conformidades detectadas;
> Controlo de acessos;
> Identificação sistemática de identificação
de perigos, análise e controlo dos riscos de
todas as tarefas executadas nas instalações sob responsabilidade da Secil;
> Auditorias e inspecções de segurança
planeadas e documentadas, aliadas à
execução de planos de acções de implementação de medidas correctivas e
preventivas;
> Simulacros de situações de emergência;
> Investigação e comunicação de todos
os incidentes (acidentes de trabalho,
quase acidentes e situações perigosas
detectadas).
Em 2014 registou-se um decréscimo, em
termos absolutos, do número de acidentes
com dias de trabalho perdidos e do número
total de dias de trabalho perdidos, como se
pode constatar nos gráficos que se apresentam de seguida. Apesar do afirmado
e devido ao número de horas trabalhadas
ter diminuído, ocorreu um acréscimo, ainda
que leve, no índice de frequência.
150
14,20
13,74
20
15
108
113
109
138
157
140
144
10
195
100
12,79
14,70
200
19,76
250
18,52
25
19,49
300
2014
2013
2012
0
2011
0
2010
5
2009
50
Evolução do Índice de Frequência de
Acidentes com Dias de Trabalho Perdidos (2007-2014)
Índice de frequência
30,00
30
2008
Índices de frequência de 2007 a 2014
350
2007
Acidentes de 2007 a 2014
nº de Acidentes c/ dias de trabalho perdidos
Grupo secil - acidentes c/ dias
de trabalho perdidos (frequência)
Relatório do conselho de administração 2014_relatório de responsabilidade social 219
0
150
Índice de Gravidade
333,65
341,29
450
300
2 537
3 784
3 206
1 000
3 431
2 000
4 427
3 000
2 807
4 000
2 345
275,06
5 000
600
403,00
6 000
403,02
453,90
7 000
750
599,18
707,04
8 000
4 602
nº de dias de trabalho perdidos
Grupo secil - acidentes c/ dias
de trabalho perdidos (Gravidade)
Índice de gravidade de 2007 a 2013
2014
2013
2012
2011
2010
2009
2008
2007
0
dias de trabalho perdidos 2014
Evolução do Índice de gravidade de
Acidentes com Dias de Trabalho Perdidos (2007-2014)
Em 2014 não se verificou, em todo o
Grupo Secil, qualquer acidente de trabalho mortal com colaboradores directos,
prestadores de serviços ou visitantes.
de refeições e equipamentos para conservação e aquecimento de alimentos, a
máquina ATM e alojamentos no perímetro
das fábricas.
No ano transacto e com a missão de uniformizar, numa primeira fase, a gestão
da qualidade, ambiente e segurança, foi
criada no Grupo Secil, a nível de Portugal
continental, uma nova unidade funcional
denominada “GQAS – Gestão Qualidade
Ambiente e Segurança”.
As Casas de Pessoal da Secil, Maceira e
Pataias dispõem de equipamentos para
os seus beneficiários, nomeadamente,
pavilhão gimnodesportivo, áreas de convívio, salas de jogos de salão, salões de
festas, bibliotecas e piscina. O Grupo
Cimentos Madeira possui, nas suas instalações, uma sala de convívio onde os
trabalhadores podem usufruir de alguns
momentos de lazer. De assinalar, ainda,
o novo edifício administrativo da Betomadeira que proporciona uma melhoria
significativa das condições de trabalho
aos seus colaboradores.
Conforto
Para além de um ambiente seguro, a
Secil procura garantir a todos os seus
colaboradores um acesso facilitado aos
serviços mais úteis, sobretudo nas unidades fabris mais afastadas das povoações
vizinhas, com destaque para o serviço de
refeitório na Fábrica do Outão, as salas
Comunicação interna
A comunicação interna é fundamental
para aproximar todos os colaboradores
do Grupo qualquer que seja a empresa
ou a geografia onde prestem serviço. Os
principais veículos de comunicação interna que a SECIL utiliza são:
> Secil Informação - newsletter mensal,
distribuída juntamente com o recibo de
vencimento;
> Cimentar - newsletter distribuída no
grupo Cimentos Madeira, em formato
digital. Todos os números da newsletter encontram-se divulgados no site do
Grupo Cimentos Madeira (www.cimentosmadeira.com);
> Intranet, onde os temas são desenvolvidos com mais detalhe.
220
1. O Grupo Secil e os seus colaboradores
foram direccionadas, essencialmente
para estagiários, uma vez que o número
de contratações foi francamente inferior
ao número de programas de estágio realizados. Nestes casos, o programa de integração está mais focado em módulos
generalistas. Os Quadros que integraram
a SECIL em 2014, realizaram um Programa de Acolhimento desenhado de
acordo com a função que cada um deles
iria desempenhar no futuro.
Retenção de colaboradores
e absentismo
Acolhimento a novos
colaboradores
A Secil organiza um Programa de Acolhimento para todos os colaboradores
recém-admitidos. Nas admissões de
Quadros, o programa é composto por
módulos generalistas e módulos desenhados de acordo com as funções a
desempenhar por cada Quadro. Deste
programa de acolhimento faz igualmente
parte a distribuição de um Manual de
Acolhimento e a apresentação interna do
colaborador. A Empresa, através deste
programa, pretende dar informação suficiente aos recém-chegados sobre Visão,
Missão, e Valores do Grupo, bem como
o modelo de Governação, Desempenho
Financeiro, Evolução Histórica e a identificação das actuais Áreas de Negócio a
nível nacional e internacional.
Em 2014, de acordo com a tendência dos
últimos anos, as acções de acolhimento
O cenário de forte contenção verificado
na actividade económica nacional, com
especial incidência no sector da construção verificada em 2011 e agravada em
2012 e 2013, com impactos significativos na produção e comercialização do
cimento, levaram a Secil (Secil e CMP)
a uma reestruturação e redimensionamento do seu quadro de pessoal, que
se traduziu na cessação de 80 contratos de trabalho em diferentes áreas. Em
termos globais, durante o ano de 2014,
registaram-se 17 saídas das quais 4 por
aposentações e 13 por cessação por mútuo acordo ou outras.
No entanto, continua a ser prática da Secil
a manutenção de políticas que promovam a retenção de trabalhadores e o
baixo absentismo, através da formação,
do recrutamento interno e da atribuição
de prémios de incentivo à assiduidade.
O mérito e o resultado destas políticas
podem ser comprovados através dos indicadores (Secil e CMP) de idade média
dos colaboradores (46 anos) e da antiguidade média na Empresa (18 anos). A taxa
de absentismo, excluindo as doenças
prolongadas, foi em 2014 de 1,9.
De realçar que a actividade Cimento (Secil e CMP) apresenta uma relação entre o
Relatório do conselho de administração 2014_relatório de responsabilidade social 221
salário mínimo praticado por estas duas
empresas e o salário mínimo a nível nacional de 1,6.
Eventos organizados
pela Empresa
A Secil, directamente ou através das
Casas de Pessoal que apoia e financia,
promove regularmente a organização de
vários eventos de carácter social, cultural
ou desportivo, com o objectivo último de
unir os seus colaboradores, proporcionar-lhes momentos agradáveis e fomentar a cultura de Grupo.
Vários foram os eventos organizados ao
longo do ano de 2014, alguns dos quais
com carácter mais regular, outros iniciados pela primeira vez. Destacamos aqui
alguns desses principais eventos promovidos directamente pela Secil:
> Pela primeira vez, a Secil apresentou
aos seus colaboradores os Resultados
do Exercício de 2013 e os Objectivos
para 2014, numa reunião efectuada em
Março no CCB;
> A Fábrica Maceira-Liz comemorou o
seu 91º aniversário dia 3 de Maio, com
um programa que promove o convívio
entre trabalhadores no activo e reformados;
> A Fábrica Cibra-Pataias comemorou o
seu 68º aniversário dia 28 de Junho, com
um programa que promove o convívio
entre trabalhadores no activo e reformados, nas instalações sociais da Empresa
na Alva de Pataias;
> Também pela primeira vez, os colaboradores de todas as empresas e unidades Secil em Portugal reuniram-se numa
festa de Natal que decorreu em dois momentos congregando mais de 500 pessoas. Foi realizado um vídeo comemorativo difundido por toda a organização.
Na Madeira saliente-se a celebração do
Natal, que este ano voltou a contar com
a intervenção de um grupo de colaboradores, familiares e amigos na apresentação de uma peça de teatro. Tal como em
anos anteriores, manteve-se a participação em celebrações como o Dia de Reis
e a Missa do Parto.
As Casas de Pessoal da Secil e CMP desempenham um papel muito importante
na organização e promoção de actividades desportivas e culturais para os seus
colaboradores. No ano de 2014 as três
Casas de Pessoal tiveram um grande
dinamismo, que se reflectiu no elevado
número de eventos organizados.
ténis de mesa, sueca, yoga, rally e peddy
paper; zumba e torneio de karts;
> celebração do 77º Aniversário da Casa
do Pessoal da Secil, com animação musical ao vivo e almoço aberto aos colaboradores e seus familiares;
> celebração do Dia Mundial da Criança,
com um evento aberto à comunidade de
Setúbal, que reuniu mais de 500 crianças
no pavilhão gimnodesportivo da Casa do
Pessoal da Secil;
> ATL de verão, aberto aos filhos dos
colaboradores, com um programa de actividades diversificadas.
De salientar algumas iniciativas que tiveram lugar em 2014:
> ida ao teatro, para assistir à peça “Estamos todos?”, no Auditório dos Oceanos,
onde participaram cerca de 183 pessoas
das três Casas de Pessoal, entre colaboradores e seus familiares;
> participação, pelo quinto ano consecutivo, na organização da Festa de Natal,
que decorreu no Teatro Politeama em
Lisboa, com a realização de um teatro
musical, extensivo a todas as empresas
do Grupo Secil;
> organização, no âmbito da festa de
Natal, de uma iniciativa solidária, “Uma
Criança, Um Abraço”, que motivou muitos filhos de colaboradores do Grupo a
levarem um brinquedo, que se destinou
a ser entregue a crianças carenciadas de
Setúbal e Leiria;
> ainda no âmbito das festas de Natal,
oferta de bolos rei, como forma de desejar boas festas aos colaboradores;
> organização de diferentes eventos desportivos: futsal, orientação, pesca, tiro ao
prato, caminhadas, corridas, chinquilho,
222
1. O Grupo Secil e os seus colaboradores
B) FORMAÇÃO
A Secil aposta no desenvolvimento das
competências dos seus Colaboradores.
Esta aposta é estratégica e tem como
objectivo elevar os níveis de desempenho de cada um dos seus Colaboradores, de forma a gerar valor. Este é um
contributo essencial para o desenvolvimento sustentável da Empresa.
Para tal, a Secil dispõe de quatro Centros
de Formação, instalados nas fábricas de
Cimento em Portugal.
Em 2014, foram realizadas 283 acções
de formação, para 1.918 formandos o
que perfez um total de 13.781 horas de
volume de formação.
Formação ContinuadaFormação PontualTotal
Acções de Formação
32
251
283
Formandos
289
1 629
1 918
Volume de Formação
3 272
10 510
13 781
Caracterização da actividade formativa em 2014
Neste ano, relativamente à formação
continuada prosseguiram os Programas
de Formação1 de Quadros2 e Oficiais
de Processo3 . Assim, foram realizadas
32 acções de formação, que permitiram
aos Colaboradores desenvolver competências relacionadas, não só com as
funções desempenhadas, mas também,
alargarem o âmbito dos seus conhecimentos a outras áreas do Negócio, bem
como desenvolverem competências ao
nível comportamental e relacional.
Ao longo do ano foram ainda realizadas
251 acções de formação pontual4, com
o objectivo de actualizar competências
técnicas específicas, garantir o cumprimento de requisitos legais e uniformizar
procedimentos internos.
1A FORMAÇÃO CONTINUADA consiste numa formação
do tipo multidisciplinar que se destina a transmitir aos Colaboradores conhecimentos sobre várias áreas da Empresa.
Em 2014 decorreram acções dos Programas de Formação:
Quadros e Oficiais de Processo.
2 O PROGRAMA DE QUADROS tem como principal
objectivo criar e desenvolver novas competências técnicas,
comportamentais e de gestão aos Quadros da Empresa.
3 O PROGRAMA DE OFICIAIS DE PROCESSO pretende
transmitir aos Colaboradores conhecimentos interdisciplinares referentes a várias áreas fabris, com vista a um melhor
desempenho, flexibilidade, segurança e produtividade.
4 A FORMAÇÃO PONTUAL é proveniente do levantamento
de necessidades de formação e tem uma abrangência diversificada relativamente às temáticas ou áreas que aborda.
5 FORMAÇÃO EM POSTO DE TRABALHO formação que
decorre no próprio posto de trabalho, e a aprendizagem do
formando é construída activamente, através do contacto
com as tarefas do dia-a-dia, da função em análise, sob a
orientação directa de um tutor.
Relatório do conselho de administração 2014_relatório de responsabilidade social 223
GRÁFICO 1 – Número de acções de
formação pontual
GRÁFICO 2 – Caracterização do volume
de formação das acções de formação
pontual
1,23%
16,05%
2,06%
1,23%
38,57%
34,14%
55,14%
24,25%
1,49%
1,32%
21,02%
Ambiente
Gestão
outras
Qualidade
Segurança
técnica
Adicionalmente, foram ainda organizadas
nos centros de formação em Portugal,
acções de formação em Posto de Trabalhos para Colaboradores da Fábrica de
Adrianópolis (Brasil) nas áreas de Qualidade e Manutenção. Foram definidos,
conjuntamente com os tutores, planos
de formação à medida, para cada um
dos Colaboradores, por forma a poderem
acompanhar as tarefas do dia-a-dia, desenvolvendo competências para o exercício da sua função.
Ambiente
Gestão
outras
Qualidade
Segurança
técnica
3,46%
224
1. O Grupo Secil e os seus colaboradores
Em 2014, o Grupo Cimentos Madeira desenvolveu 16 acções de formação,nas
quais participaram cerca de 44 colaboradores, representando um volume de 480
horas, distribuído pelas diferentes áreas
conforme gráfico seguinte.
Volume de formação (horas)
16%
7%
32%
c) Carreira e mobilidade
2%
28%
15%
As horas de formação na área administrativa foram sobretudo em acções de
desenvolvimento da língua estrangeira
(inglês) e acções no âmbito contabilístico e financeiro.
Houve ainda a participação de 5 colaboradores em 10 seminários essencialmente no âmbito contabilístico e administrativo e financeiro.
Administrativa
Comercial
rhum
Qualidade
tec./prod.
segurança
A Secil desenvolve a sua actividade em
diferentes pontos geográficos, quer no
plano nacional, quer no plano internacional.
Na Secil e CMP, em 2014, (i) foram recrutados 5 Quadros e efectuadas 53 promoções/ progressões quer de quadros
como não quadros e foram realizados 13
estágios para licenciados / mestres, em
colaboração com diferentes Universidades nacionais e 5 estágios profissionais
para licenciados / mestres, 2 deles em
parecia com o Instituto de Emprego e
Formação Profissional
Durante o ano de 2014, iniciaram-se 7
novas expatriações e terminaram 5. O
ano acabou com um grupo de 16 colaboradores a prestar serviço fora do território nacional, conforme o gráfico abaixo
indicado.
A Secil possui um Regulamento Interno,
que estabelece regras para os colaboradores expatriados, com vista a adoptar
as melhores práticas de mercado.
Relatório do conselho de administração 2014_relatório de responsabilidade social 225
Número de expatriados
4
3
2
1
moçambique
brasil
cabo verde
líbano
tunísia
angola
0
d) Gestão de Desempenho
e Incentivos
Todas as áreas de negócio da Secil a
nível nacional, têm implementado um
Sistema de Avaliação de Desempenho.
Pretende-se assim reconhecer, premiar
e distinguir os desempenhos de alta
performance em domínios Económico/
Financeiros, Operacionais, Qualidade/
Segurança/Ambiente, entre outros. Adicionalmente, este sistema pretende também identificar necessidades de formação e potenciais promoções/progressões
dos colaboradores.
Em função dos resultados obtidos pela
Empresa/Grupo e do resultado da Avaliação de Desempenho de cada colaborador, são atribuídos prémios individuais
de desempenho.
Em 2014, a Secil alargou o Sistema de
Avaliação de Desempenho que estava
implementado nas áreas de negócio do
Cimento e das Argamassas às áreas de
negócio dos Betões e Inertes de Portugal.
226
1. O Grupo Secil e os seus colaboradores
e) Benefícios Sociais
A Secil acredita que a satisfação dos
seus colaboradores contribui em grande
parte para o sucesso da sua actividade.
Assim, atribui aos seus colaboradores
e familiares um conjunto de benefícios
sociais de onde se destacam o Plano de
Pensões e o Plano de Saúde.
Pensões
No sector do Cimento (Secil, CMP e Cimentos Madeira), os colaboradores beneficiam de complementos de pensões
de reforma por velhice e invalidez, tal
como os respectivos cônjuges, descendentes, dependentes e equiparados beneficiam de complementos de pensões
de sobrevivência.
No sector do Betão e Inertes (Unibetão,
Britobetão, BetoMadeira e Secil Britas),
os colaboradores beneficiam de complementos de pensões de reforma por
velhice e invalidez.
Actualmente, todas estas Empresas oferecem o benefício de complemento de
pensões sobre a forma de plano de pensões de contribuição definida.
sector cimento
No final do ano de 2014, os planos de
pensões de Benefício Definido (PBD) e
Contribuição Definida (PCD) apresentavam a seguinte distribuição entre participantes e beneficiários.
sector betões
8%
33%
67%
92%
PBD
PCD
PBD
PCD
Relatório do conselho de administração 2014_relatório de responsabilidade social 227
sector dos betões
800
nº participantes /
Beneficiários
nº participantes /
Beneficiários
sector cimento
600
400
200
0
Reformados /
Pensionistas
Activos
PBD
PCD
669
0
84
363
Os Planos de Pensões são financiados por um único Fundo de Pensões: o
Fundo de Pensões do Grupo Secil. As
Empresas têm a responsabilidade de
(i) efectuar contribuições mensais para
os sub-fundos (Dinâmico, Conservador
Valor do Fundo de Pensões
do Grupo Secil a 31.Dez.2014
300
200
100
0
Reformados /
Pensionistas
Activos
e Ultra-conservador) que financiam os
Planos de Pensões de Contribuição Definida e (ii) manter suficientemente financiadas as responsabilidades assumidas
com os Planos de Pensões de Benefício
Definido.
PBD
PCD
18
0
7
293
O valor do Fundo de Pensões do Grupo
Secil ascende a cerca de 40mio €, assim
repartido pelos planos que financia:
Perfil de Investimento
do Plano de Pensões CD
14%
28%
34%
66%
58%
Plano de pensões BD
plano de pensões CD
sub-fundo ultraconservador
sub-fundo conservador
sub-fundo dinâmico
Em 2014, o nível de financiamento dos
Planos de Pensões de Benefício Definido
da Secil situava-se em 135%, o da CMP
em 119% e o da Unibetão em 146%.
228
1. O Grupo Secil e os seus colaboradores
Saúde
A Secil e a CMP atribuiram aos seus colaboradores e reformados um Plano de
Saúde extensível aos seus respectivos
agregados familiares. Este Plano encontra-se harmonizado entre as empresas do
Grupo em Portugal.
A Cimentos Madeira oferece o mesmo
plano de saúde aos seus colaboradores
no activo.
As empresas do sector do Betão, a Secil
Britas, a Argibetão, a Secil Martingança
e a IRP atribuem o Plano de Saúde do
Grupo aos seus colaboradores no activo.
No caso das empresas do sector do Betão, Secil Britas e Argibetão, o Plano de
Saúde abrange o agregado familiar com
uma pequena comparticipação por parte
do colaborador. Na Secil Martingança, o
Plano de Saúde pode ser extensível ao
agregado familiar, sendo o custo adicional suportado pelo colaborador.
O benefício de saúde para todas as empresas acima mencionadas é financiado
por um seguro de saúde em sistema de
rede convencionada e reembolso.
De forma a melhor ajustar o Plano de
Saúde às necessidades de cada pessoa,
a Secil negociou UpGrades ao seguro
de saúde, permitindo que mediante um
custo adicional a suportar pelo colaborador ou reformado, estes tenham a
possibilidade de aumentar os capitais
anuais do seu Plano de Saúde e/ou do
seu agregado familiar.
Outros benefícios sociais
Para além dos mencionados, várias empresas do Grupo atribuem outros benefícios sociais, nomeadamente: (i) subsídios
de reforma e morte, aquando da saída
do colaborador por reforma ou em caso
de morte no activo; (ii) seguro de acidentes pessoais e/ou vida, protegendo
os colaboradores em caso de morte e/
ou invalidez permanente; (iii) seguros de
viagem, cobrindo quase todo o mundo,
para protecção dos colaboradores que
se deslocam ao serviço das empresas;
e (iv) prémios de antiguidade, que premeiam o tempo de serviço dos colaboradores.
Em 2014, os benefícios sociais oferecidos pela Secil aos seus colaboradores
representam um passivo consolidado de
aproximadamente 1 milhão de Euros e
correspondem a um custo de cerca de 1
milhão de Euros, ou seja 1,6% dos custos com pessoal.
Relatório do conselho de administração 2014_relatório de responsabilidade social 229
230
1. O Grupo Secil e os seus colaboradores
1.2. OPERAÇÕES INTERNACIONAIS
a) Ambiente de trabalho
Tunísia
O ano de 2014 na Tunísia teve como
principal acontecimento a realização
de eleições presidenciais e legislativas.
Manteve-se ainda alguma instabilidade
social ao nível das empresas, com reivindicações constantes na área laboral.
A Société des Ciments de Gabès (SCG)
com o objectivo de fomentar o apoio aos
trabalhadores, dispõe de um serviço de
refeitório, de transporte de trabalhadores e complexos habitacionais onde os
trabalhadores encontram uma habitação
condigna em condições favoráveis.
No âmbito do desenvolvimento técnico
e de difusão da cultura do nosso Grupo,
vários técnicos Portugueses têm trabalhado em conjunto com os técnicos da
SCG em Gabès.
A empresa mantém a sua aposta numa
política de combate ao absentismo e aos
acidentes de trabalho pela via da formação contínua aos trabalhadores, de
modo a enquadrar as taxas de gravidade
e de frequência de acidentes de trabalho
dentro dos objectivos estabelecidos pelo
Grupo.
Líbano
Na Ciments Sibline, os procedimentos e
políticas de segurança seguem as normas do Grupo. No âmbito do programa
de acolhimento de novos colaboradores,
é feita uma sensibilização relativa à segurança.
A Empresa assegura transporte a todos
os colaboradores.
A comunicação é assegurada essencial-
mente através de painéis e do envio de
emails aos colaboradores.
realizadas 3412 horas de formação que
corresponde a 12,87 horas/trabalhador.
Cabo Verde
Líbano
As empresas do grupo sediadas em
Cabo Verde fomentam a segurança no
trabalho através de campanhas de informação e também pela atribuição de
um prémio pecuniário, distribuído em
função dos objectivos atingidos na área
da segurança.
A Ciments de Sibline oferece formação
aos seus colaboradores em áreas técnicas, de gestão e administrativas, manutenção, tecnologias de informação e línguas. Em 2014 participaram em acções
de formação 582 colaboradores, num
total de 4.824 horas.
As empresas garantem aos seus colaboradores um serviço de refeitório e transporte.
Cabo Verde
A assiduidade é fomentada através da
atribuição de prémios pecuniários aos
colaboradores que atinjam o objectivo
estabelecido.
Angola
Na Secil Lobito implementaram-se várias acções com vista ao melhoramento
das condições de trabalho, das quais se
destacam: (i) melhorias nas instalações
do refeitório; (ii) pavimentação do parque de armazenagem de big bags; (iii)
instalação de filtros de despoeiramento
da instalação de trituração de clinquer,
que reduziu substancialmente a emissão
de poeiras na zona e (iv) beneficiação do
edifício administrativo.
De forma a reduzir o absentismo, foi
reformulado o incentivo pecuniário atribuído aos trabalhadores, calculado em
função da assiduidade.
Ainda que a oferta local seja reduzida,
foi ministrada formação na área da fiscalidade.
Angola
A Secil Lobito registou 450 horas de formação, distribuídas pelos Sectores de
Manutenção, Fabricação e Embalagem.
c) Carreira e mobilidade
Tunísia
A SCG tem a preocupação da renovação do seu quadro de pessoal proporcionando após o recrutamento uma
integração e formação adequada. Para
além disso, é promovido também o recrutamento interno.
Angola
b) Formação
A Secil Lobito procedeu a actualizações
salariais de forma escalonada, com o objectivo de reduzir as diferenças salariais
entre as várias funções.
Tunísia
d) Benefícios sociais
A SCG tem como objectivo principal nesta
área a valorização profissional e transmitir de um modo assertivo os valores da
segurança no trabalho. Em 2014 foram
Tunísia
A SCG atribui aos seus colaboradores
durante o ano vários subsídios e facili-
Relatório do conselho de administração 2014_relatório de responsabilidade social 231
dades de crédito pessoal e à construção
e recuperação de habitação. A empresa
concede aos seus colaboradores um seguro de acidentes pessoais, e um plano
de ajuda na assistência à doença, extensível aos familiares. Os filhos dos trabalhadores em idade escolar auferem uma
ajuda sob a forma de material escolar e,
em cada ano escolar, são seleccionados
os melhores alunos, sendo-lhes atribuída
uma ajuda pecuniária. A SCG proporciona aos filhos dos trabalhadores com
idade até aos 14 anos a possibilidade de
frequentar uma colónia de férias.
A Sud-Béton atribui também aos seus
colaboradores vários benefícios sociais
e religiosos no período da Aid Kébir e
Aid Sghir. Todos os trabalhadores estão cobertos por um plano de saúde e
beneficiam de um desconto de 20% na
compra de betão. Os filhos dos trabalhadores em idade escolar beneficiam de
um apoio anual.
Líbano
A Ciments de Sibline atribui aos seus
colaboradores benefícios no plano da
saúde, educação e outros. O plano de
saúde cobre colaboradores e familiares
num total de 1.552 pessoas. Para além
disso, podem contar com a assistência
médica prestada por 2 médicos e uma
enfermeira nas instalações da própria
Empresa.
Ao nível da educação, são atribuídas
anualmente bolsas de estudo aos filhos
dos colaboradores da Ciments de Sibline.
O valor do benefício é estipulado em função do nível de ensino e no ano 2014 as
bolsas escolares pagas totalizaram 637
milhões de libras libanesas.
A Empresa dispõe de uma Cooperativa
sem fins lucrativos que é gerida pelos
próprios trabalhadores e comercializa
bens alimentares. Os colaboradores têm
acesso à cooperativa e recebem uma
contribuição anual de 900 mil libras libanesas para despesas.
Os colaboradores no Líbano beneficiam
ainda de facilidades financeiras, quer na
aquisição de cimento, quer na obtenção
de financiamentos:
> Aquisição de cimento, até 40t/
ano com desconto de 3 USD sobre o preço de venda;
> Financiamento até 3 milhões
de libras libanesas, sem juros e
reembolsável a 12 meses.
Na Ciments de Sibline a relação entre o
salário mínimo praticado pela Empresa
e o salário mínimo local representa um
rácio de 1,11.
Angola
Os colaboradores da Secil Lobito e respectivo agregado familiar, beneficiam
dos cuidados de saúde prestados por
dois médicos e três enfermeiros nas
instalações da empresa, sendo que
um dos médicos tem a especialidade
de Pediatria. Esta iniciativa iniciada há
quatro anos permitiu reduzir drasticamente a mortalidade infantil entre os
filhos dos colaboradores. A Empresa
tem protocolos de assistência médica
com duas clínicas e uma farmácia, situadas na cidade do Lobito, de forma
que todos os colaboradores e respectivo agregado familiar beneficiem de
cuidados de saúde a custo zero. Os
medicamentos são também pagos pela
Empresa.
232
2. O Grupo Secil e A COMUNIDADE EXTERIOR
2.1. PORTUGAL
a) Educação, Ciência
e Tecnologia
Prémios Secil de Arquitectura
e de Engenharia Civil e Prémio
Secil Universidades
O Prémio Secil visa promover e incentivar
os autores de obras que incorporam os
produtos que resultam da actividade da
Secil.
Os Prémios Secil Arquitectura e Secil
Engenharia têm uma periodicidade bienal em anos alternados e o Prémio Secil
Universidades atribuído a estudantes de
Arquitectura e Engenharia Civil, tem uma
periodicidade anual.
Ainda no respeitante à área educativa,
a Secil estabeleceu uma parceria com a
Faculdade de Arquitectura da Universidade de Lisboa e com o MUDE – Museu
do Design e da Moda, proporcionando a
diversos grupos de estudantes finalistas
de arquitectura a possibilidade de fazerem protótipos, em escala real, de mobiliário urbano em betão. Estes trabalhos
estiveram expostos no MUDE no âmbito
da exposição sobre os 22 anos do curso
de design.
A Secil e a comunidade
científica
A Secil procura de uma forma activa
apoiar a comunidade científica através
da promoção de eventos e patrocínios de
iniciativas que contribuam para a difusão
do conhecimento e inovação.
A Secil apoiou o Congresso da Ordem dos
Engenheiros e o Simpósio de Argamassas
e Soluções Térmicas de Revestimento.
O Grupo Cimentos Madeira, no âmbito
da 25ª edição do concurso “As 100
Maiores e Melhores Empresas da Madeira” voltou a ser distinguido, ficando
classificado no 1º lugar na categoria de
Equilíbrio Financeiro.
Protocolos com
Instituições de Ensino
Para apoiar as actividades de recrutamento e de Investigação e Desenvolvimento do Grupo, a Secil tem vindo
a estreitar o seu relacionamento com
instituições de ensino superior especializadas nas áreas de Engenharia Civil,
Química e dos Materiais, estabelecendo
bases de colaboração académica, científica e tecnológica.
A Secil colabora em vários projectos
educativos, nomeadamente, (i) as visitas às Fábrias Secil-Outão e Maceira-Liz
(“Dias de Portas Abertas”) organizadas
geralmente para grupos de estudantes
ou profissionais, (ii) o apoio à Eco-Escola
D. Manuel Martins e integrando os conselhos gerais do Agrupamento de Escolas de Azeitão e do Bocage de Setúbal,
(iii) o patrocínio do Concurso Jovens
Mestres realizado no âmbito do Encontro de Betão Estrutural 2015 organizado
pelo GPBE – Grupo Português de Betão
Estrutural e (iv) a atribuição de uma bolsa
a um estudante do Curso de Estudos
Avançados em Arquitectura Digital rea-
lizado pelo ISCTE-IUL e a FAUP.
A Fábrica Secil-Outão comemorou 10
anos da Iniciativa “Dias das Portas Abertas”, recebendo mais de 100 pessoas. A
Secil Argamassas aderiu este ano pela
primeira vez a esta iniciativa, que tem
como principal objectivo dar a conhecer
o funcionamento das fábricas e os seus
reais impactos no meio envolvente.
O Laboratório da Cimentos Madeira
(“LCM”) mantém a sua colaboração com
a Universidade da Madeira, Laboratório
Regional de Engenharia Civil e Instituto
Profissional de Transportes e Logística
(“IPTL”). Em 2014, apoiou várias iniciativas:
> Orientação de estágio profissional de
210 horas de um aluno do curso técnico
de análises laboratoriais do IPTL;
> Assessoria ao projecto de requalificação da Pista do Aeroporto Porto Santo
– Estudo e controlo de qualidade das
misturas betuminosas aplicadas, desenvolvidas de forma sustentável e amigas
do ambiente. Para tal utilizou-se 10%
de recuperação das misturas existentes
(reciclados) e incorporação de 1,5% de
cimento produzido pela Secil e comercializado pela Cimentos Madeira como Filer
Comercial (NP EN 13043) para melhorar
as características de durabilidade. O processo foi acompanhado e validado pela
ANA e LNEC, sendo o primeiro aeroporto
nacional a adotar esta solução.
> Desenvolvimento e controlo de qualidade de betões de elevada performance
para o Novo Cais de Cruzeiros do Funchal
– Neste projecto foram desenvolvidos betões especiais de modo a permitir betonagens contínuas por deslize de caixotões
com volumes superiores a 1000 m3 no
Porto do Caniçal e transporte por reboque
marítimo destas estruturas com apenas
um dia de idade para o Porto do Funchal.
Relatório do conselho de administração 2014_relatório de responsabilidade social 233
B) Cultura e Desporto
A Secil assumiu o compromisso do desenvolvimento sustentável das actividades culturais, desportivas e de inclusão
social das localidades onde desenvolve
a sua actividade, no seguimento da política de responsabilidade social do Grupo.
Mais de 80 Associações do distrito de
Setúbal recebem fundos para apoiar as
suas actividades, conforme se representa
graficamente.
ASSOCIAÇÕES
26%
49%
25%
Destaque para 2 novas associações:
Cruz Vermelha Portuguesa – Delegação
de Setúbal e Sociedade Musical e Recreativa União Setubalense.
Apoiou ainda outras iniciativas de onde
se destacam:
> as comemorações do Dia do Mar, que
tiveram lugar em Setúbal, o que envolveu
a Marinha Portuguesa, a Câmara Municipal de Setúbal e a APSS – Administração
dos Portos de Setúbal e Sesimbra;
> a renovação pelo décimo ano, do patrocínio ao Concurso literário Bocage,
promovido pela LASA – Liga dos Amigos
de Setúbal e Azeitão;
> a edição de uma monografia jornalís-
tica: “ O que pensam os Setubalenses”,
da autoria do jornalista e escritor Joaquim Gouveia;
> Festival de Música de Leiria.
A Secil desenvolve, desde 2006, acções
de sensibilização ambiental, com destaque para: (i) a parceria estabelecida com
a Câmara Municipal de Leiria que consistiu na recepção a um grupo de autarcas
e especialistas ambientais de cidades
europeias integrantes do projecto comunitário: “Cidades Geminadas e Responsabilidade Climática”, (ii) o apoio ao
Congresso Internacional Ambientalista
OIKOS Ambiente, (iii) protocolo, pelo 4º
ano consecutivo, de colaboração e financiamento plurianual estabelecido entre a
Secil, o ICNF - Instituto de Conservação
inclusão social
Desportivas
culturais
da Natureza e Florestas, o ISPA – Instituto Superior de Psicologia Aplicada e
a Universidade do Algarve em matéria
de estudo e protecção do Parque Marinho Luiz Saldanha e (iv) a participação
nas Comissões Ambientais de Setúbal
e Maceira.
A Secil possui um Museu nas instalações
da Fábrica Maceira-Liz, criado em 22 de
Abril de 1991. O Museu documenta a
longa história desta fábrica e, através
de um circuito museológico em contraponto com a fábrica moderna em laboração, obteve o estatuto de “museu de
sítio”. Em 2014, o Museu recebeu cerca
de 1.014 visitantes, como se mostra no
quadro seguinte:
Nº VISITANTES
1º Ciclo
264
2º ciclo - secundário (6º ao 12º ano)
225
Ensino Superior
46
Entidades diversas
479
1 014
234
2. O Grupo Secil e A COMUNIDADE EXTERIOR
No plano do Desporto, a Secil apoiou
diversas colectividades e iniciativas, nomeadamente, a Meia Maratona de Setúbal.
O Grupo Cimentos Madeira apoia as
actividades culturais e desportivas da
região, de onde se destacaram os seguintes apoios:
> espectáculo comemorativo
dos 50 anos de Actividade da
Orquestra Clássica da Madeira.
> XIV grande prémio de Atletismo da Madeira no âmbito do
aniversário dos Bombeiros Municipais do Funchal.
> evento Reid’s Auto Classic
Show.
O Grupo Cimentos Madeira mantém o
seu estatuto de sócio em Associações
regionais que desenvolvem acções de
carácter ambiental, nomeadamente a
Associação dos Amigos do Parque Ecológico do Funchal e a AREAM – Agência Regional de Energia e Ambiente da
Madeira.
c) Solidariedade Social
A SecilL através da sua influência nas zonas onde desenvolve as suas operações
contribui de forma significativa no apoio
a entidades de Inclusão Social.
Em 2014, a Secil apoiou através do fornecimento de cimento várias instituições,
nomeadamente, o Centro Social e Paroquial do Faralhão, em Setúbal.
Na época balnear, a Fábrica Secil – Outão disponibilizou um parque de estacionamento com segurança, no antigo
hangar de carvão. O parque foi utilizado
por cerca de 31.000 pessoas e 11.725
viaturas.
Pelo segundo ano consecutivo, a Secil
reduziu consideravelmente as ofertas de
Natal, tendo utilizado os fundos normalmente destinados à sua aquisição, para
apoiar entidades de solidariedade social. Em 2014, a Secil apoiou o projecto
UMAD, da Fundação do Gil, relacionado
com o apoio domiciliário a crianças com
necessidades especiais de assistência.
A Secil apoia desde 2010 a Associação
GRACE – Grupo de Reflexão e Apoio à
Cidadania Empresarial - que procura desenvolver acções de colaboração entre
as comunidades locais e organizações
de solidariedade social. No âmbito desta
colaboração, a Secil integra desde 2011,
o Conselho Fiscal da associação e este
ano patrocinou a Conferência: “Responsabilidade Social e Corporate Governance”.
O Grupo Cimentos Madeira apoiou: (i) a
Construção da nova sede da Delegação
Regional da Associação Portuguesa das
Pessoas com Necessidades Especiais Associação sem Limites com Cimento e
Agregados,(ii) 4 famílias carenciadas da
Junta de Freguesia de São Roque com
cabazes de Natal, (iii) a festa de Natal
das Crianças da Paróquia de Santa Rita,
com uma peça de Natal organizada e
realizada por colaboradores do Grupo
Cimentos Madeira e entrega de um lanche a cada criança e (iv) os Bombeiros
Voluntários Madeirense e à Liga Portuguesa Contra o Cancro.
2.2. Operações internacionais
a) Educação, Ciência
e Tecnologia
Gabès tendo em 2014 dado os seguintes
apoios aos alunos na realização dos seguintes estágios:
> 14 estágios de inverno em colaboração com ISET – Instituto
Superior de Estudos Tecnológicos;
> 54 estágios de verão em colaboração com as escolas e
institutos superiores de Gabès,
Sfax, Sousse e Tunis;
> 63 estágios de fim de curso
em colaboração com escolas de
ensino superior de Engenharia.
A SCG tem uma estreita ligação com a
Escola Nacional de Engenheiros de Gabès, que já elaborou vários trabalhos de
pesquisa no domínio do cimento. Em
Abril de 2014 foi apresentado um trabalho na “36ª International Conférence of
Cément Microscopy” em Milão.
A SCG, no início do ano de 2014, ofereceu o seu antigo difractómetro ao laboratório de pesquisa da Escola Nacional
de Engenharia de Gabès, para o desenvolvimento de trabalhos em mineralogia
e para a identificação das suas fases.
Líbano
A Ciments de Sibline aceita pedidos de
visita por parte de estabelecimentos de
ensino. Em 2014, recebeu alunos oriundos dos seguintes estabelecimentos:
> Beirut Arab University (BAU)
> Holy Spirit University of Kaslik
Tunísia
> Rafik Hariri University (RHU)
A Société des Ciments de Gabès desenvolve várias iniciativas em estreita colaboração com escolas e universidades de
> Lebanese University
> Sibline Technical School
Relatório do conselho de administração 2014_relatório de responsabilidade social 235
> American University
of Beirut (AUB)
> American University for
Science & Technology (AUST)
> Lebanese American
University (LAU)
> American University
for Culture & Education (AUCE)
A Empresa promove cursos de formação,
com períodos máximos de 3 meses, para
recém licenciados. Em 2014, frequentaram este curso 29 pessoas.
Angola
A Secil Lobito estabeleceu protocolos
com escolas do ensino médio, através
dos quais os alunos realizam estágios
profissionais nas instalações da Secil
Lobito, em diversas áreas profissionais.
Durante 2014 a Empresa recebeu 14 formandos.
b) Cultura e Desporto
Tunísia
A SCG patrocina várias associações
culturais, recreativas e desportivas locais, directa, e indirectamente, através
do fundo colocado à disposição do Governador de Gabès. Além deste fundo
monetário, a SCG atribui anualmente até
500 toneladas de cimento para apoio das
diversas entidades municipais, culturais
e religiosas.
Líbano
A Ciments de Sibline efectuou vários patrocínios a associações culturais e desportivas, nomeadamente:
> Kamal Joumblatt
Cultural Center – Sibline
> Al- Walaa Sportive
Club – Ketermaya
Angola
A Secil Lobito patrocinou algumas iniciativas de carácter cultural e desportivo,
nomeadamente (i) a UNAC-União Nacional dos Artistas e Compositores Angolanos; (ii) a Festa de Carnaval que tem uma
forte tradição no Município do Lobito e no
qual participa, com o patrocínio directo ao
grupo do Bairro do Golfe , (iii) a Rádio Lobito, e (iv) as festividades comemorativas
dos 101 Anos da Cidade do Lobito.
Recentemente, um grupo de trabalhadores criou o Grupo Desportivo Secil Lobito
que conta já com inúmeras actividades e
é apoiado financeiramente pela empresa.
C) Solidariedade Social
Líbano
A Ciments de Sibline apoia a comunidade
local, através de várias iniciativas, com
principal destaque para o apoio social,
a doação aos municípios e o patrocínio
a instituições religiosas, nomeadamente:
> Sibline Municipality
> Anout Municipality
> Ketermaya Municipality
> Monastere
St George – Naameh
> Lebanese Army
> Martyr’s family indemnity
> Lebanese Physical
Handicapped Union
> Société de Saint
Vincent de Paul – Liban
Angola
A Secil Lobito apoia várias instituições
tais como, a Administração Municipal do
Lobito, Escolas, Organizações Religiosas
e Hospitais. Destaca-se: (i) a construção
da Igreja do Bairro do Golf; (ii) construção da Igreja Tocoista do Alto Liro; e (iii)
melhoramentos efectuados na Escola de
Ensino Primário do Bairro de S. João no
Lobito.
Cabo Verde
Em Cabo Verde promove-se o relacionamento e a inclusão social com as comunidades locais através de apoios de
actividades importantes nas áreas da
educação, da cultura e da religião. Estes
apoios podem ser feitos através de doações pecuniárias, materiais ou mesmo
a disponibilização de meios. Em 2014,
receberam apoio diversas instituições, tal
como (i) o Jardim Infantil de João Varela,
(ii) a Paróquia do Santíssimo Nome de
Jesus e a (iii) a Associação “Os Varelenses”.
236
organigrama
Escola Francisco de Arruda, Lisboa
Relatório do conselho de administração 2014_organigrama 237
238
Secil
PORTUGAL
CONTINENTEMADEIRATUN
CIMENTOS
Secil
Cimentos Madeira CMP (100%) (57,14%)
Uniconcreto (100%)
Betomadeira (57,14%)
Secil Betões e Inertes (100%)
Brimade (57,14%)
Unibetão (100%) Pedra Regional (29,14%)
Britobetão (91%)
Madebritas (29,14%)
Secil Britas (100%) JMHenriques (28,57%)
Lusoinertes (100%)
ARGAMASSAS E MATERIAIS
Secil Martingança (100%)
IRP (75%)
BETÕES E INERTES
PRÉ-FABRICADOS
Secil Unicon (50%)
Secil Prebetão (39,80%)
Argibetão (90,87%)
AMBIENTE E energia
Prescor (100%)
Promadeira (57,14%)
AVE (35%)
Reficomb (100%)
ALLMA (70%) Grupo Setefrete (25%)
CCV (100%)
TRANSPORTES E SERVIÇOS
SOCIEDADES FINANCEIRAS
E OUTRAS
Ciminpart (100%)
Serife (100%)
Hewbol (100%) Florimar (100%)
Relatório do conselho de administração 2014_organigrama 239
INTERNACIONAL
CONTINENTEMADEIRATUNíSIALÍBANOANGOLACABO VERDEBRASILOUTROS
Société Ciments Ciments de Sibline Secil Lobito
de Gabès (98,72%) (51,05%)
(51%)
Sudbéton (98,72%) SOIME (51,05%)
Secil Cabo VerdeGrupo Supremo Secil Algérie (100%)
(15%) (Argélia) (97,9%)
Inertes de Cabo
Verde (62,50%)
Zarzis Béton (98,52%)
Silonor
(França) (100%)
Somera (Panamá) (100%)
MC (49,36%)
Secil Angola (100%) NSOSPE (20,68%)Sociedade
I3P (99,97%)
de Inertes
(Moçambique) (99%)
Seciment
(Holanda) (100%)
240
Teatro Thalia, Lisboa
EDIÇÃO
SECIL - COMPANHIA GERAL
DE CAL E CIMENTO, S.A.
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RELATÓRIO DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO 2014