CÂNCER DE PROSTATA E NOVAS PERSPECTIVAS TERAPÊUTICAS: P-MAPA E MODULAÇÃO DE RESPOSTA BIOLÓGICA Daniel A. R. Valente1, Letícia M. Apolinário1; Patrick V. Garcia1; Iseu S. Nunes2; Nelson Duran1; Wagner J. Fávaro1. 1 .Laboratório de Carcinogênese Urogenital e Imunoterapia (LCURGIM), Departamento de Biologia Estrutural e Funcional, Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP), Campinas – SP; 2.Farmabrasilis, CAMPINAS - SP - BRASIL. Palavras-chave: Câncer de Próstata; Modulador de resposta biológica; histopatologia Resumo: As falhas das atuais terapias contra o câncer de próstata (CP) decorrem da inabilidade de alcançar o completo controle local do tumor e impedir sua progressão. A utilização da imunoterapia vem se tornando uma opção terapêutica valiosa no tratamento de câncer. Nesse contexto, destaca-se o imunomodulador P-MAPA (agregado polimérico anidrídico fosfolinoleato-palmitoleato de amônio e magnésio). Os objetivos deste estudo foram verificar os efeitos histopatológicos do imunomodulador P-MAPA no tratamento do CP quimicamente induzido em ratos. Para a indução do CP, 10 ratos Fischer 344 receberam na cápsula da próstata ventral (PV) uma dose de 1,5 mg/Kg do carcinógeno N-metil-N-nitrosouréia (MNU) a cada 15 dias, totalizando 2 doses. Após indução com MNU, os animais receberam injeções subcutâneas de 5 mg/Kg de Cipionato de Testosterona duas vezes por semana durante 120 dias. Os outros 5 animais que não receberam MNU foram considerados como Grupo Controle (Grupo 1). Após a indução com MNU, os animais foram divididos em 2 grupos (n=5) que receberam tratamento por 30 dias: Grupo Câncer (Grupo 2): recebeu injeções subcutâneas de 5 mL/Kg de solução fisiológica 0,9%, três vezes por semana; Grupo Câncer+P-MAPA (Grupo 3): recebeu injeções subcutâneas de 5 mg/Kg de P-MAPA três vezes por semana. Os resultados demonstraram que 100% dos animais do Grupo 2 apresentaram CP, sendo tumor baixo grau (20%), grau intermediário (60%) e alto grau (20%). Também, 80% desses animais apresentaram neoplasia intraepitelial alto grau (HGPIN) e atrofia inflamatória proliferativa (PIA). O Grupo 3 apresentou redução de 80% da ocorrência de tumor e de outras alterações histopatológicas, sendo que HGPIN e PIA ocorreram em 60% e 20% dos animais, respectivamente. A relação peso da PV/peso corporal foi significantemente maior no Grupo 2 em relação ao Grupo 1 (p<0,01). No Grupo 3, os valores dessa variável foram significantemente menores em comparação ao Grupo 2 (p<0,05) e assemelharam-se ao Grupo 1. Assim, pode-se concluir que o modelo de indução química com MNU foi eficaz no desenvolvimento de tumores prostáticos (100% de lesão), tornando-o uma ferramenta valiosa para futuros estudos com CP. Ainda, a imunoterapia com P-MAPA apresentou importante efeito antitumoral, levando à recuperação histopatológica da próstata. Agência Financiadora: Fapesp (2013/10520-1). Área 01