PRODUTOS OVINOS Doutoranda Susana Gilaverte Profª. Drª. Alda Lúcia Gomes Monteiro Disciplina AZ 047 e AZ 310 A– 2º /2013 28.11.2013 PRODUTOS OVINOS Doutoranda Susana Gilaverte Profa. Dra. Alda Lúcia Gomes Monteiro Disciplina de Ovinocultura 2° Sem/2013 PELE PELE • A substituição do material sintético – cresce. • Indústria automobilística, moveleira e calçados. PELE PELE • Nordeste. • Curtumes artesanais. • Raças deslanadas. PELE • Diagnóstico: • Escritório Técnico de Estudos Econômicos do Nordeste (ETENE)/Banco do Nordeste. • Abate informal – Marchantes. • Marchantes (pessoa que é encarregada de abater os animais – vende a carne por atacado – feiras e açougues). PELE • • • • • • • MARCHANTE – salga a pele Rede de negociantes Marchante – 20 a 70 animais /semana Comerciante pequeno porte – 500 peles Intermediário – 2000 peles. Grandes comerciantes – 5000 peles. Curtume. PELE • • • • • QUALIDADE Ponto crítico Manejo inadequado, na desfola, conservação. Uso de faca rombuda. Pele salgada – danos do processo de espichamento e custos adicionais de reidratação. PELE • Queda no preço. • Concorrência com sintéticos. • Mais caro – Couro – 40 a 50 R$/m2 – Sintético – 20 a 30 R$/m2 • Falhas nos cortes. • Cortes na superfície. PELE PELE • Interação produtor e indústria • Não tem importância econômica na venda do animal. • Falta incentivo. – 2004:Curtumes pagavam: 16,00 reais / pele ovina e 11,00 reais /pele caprina. • 2010: – Caiu para 8,00 reais e 6,00 reais. – Produtor recebia: 4,00 reais a 5,50 reais. PELE • Observa-se que os abatedouros não são estimulados a investir no aprimoramento de técnicas de esfola e conservação de peles (NOGUEIRA FILHO et al., 2010) PELE • 2007 a 2011: Mercado externo de pele instável. • Crise americana e europeia. Exportação Nota: NCM: 41021000 a 41022900; 41051010 a 41053000; 41061100 a 41062200. Fonte: AliceWeb2/SECEX/MDIC (2012). Importação Nota: NCM: 41021000 a 41022900; 41051010 a 41053000; 41061100 a 41062200. Fonte: AliceWeb2/SECEX/MDIC (2012). Saldo Nota: NCM: 41021000 a 41022900; 41051010 a 41053000; 41061100 a 41062200. Fonte: AliceWeb2/SECEX/MDIC (2012). Tipo de produto • Pele salgada • couro wet blue • couro crust • Melhores cotações. 2011 Destinos das Exportações e origens das Importações • China – saúva da indústria de calçados brasileira. • Brasil – demorou para tomar medidas (US$ 13,85/par). • Sem muito efeito – Triangulações. Destinos das Exportações e origens das Importações • Sobretaxa – na importação de calçados da China. (6,8 milhões – 6,2 milhões). • Importação do Vietnã. (1,6 milhões – 2,9 milhões. • Concorrência internacional – valorização da moeda. BALANÇA COMERCIAL • NE - Destaca-se na exportação de couro de ovinos e caprinos. • 2007 – 2011: Exportação de Couro por região 8% 1% NE SUL 91% CO BALANÇA COMERCIAL • SUL - Destaca-se na importação de couro de ovinos e caprinos. Importação de Couro por região • 2007 – 2011: 2% 25% NE SUL outras 73% Fonte: AliceWeb2/SECEX/MDIC (2012). Destinos das Exportações e origens das Importações • NE – exporta matéria-prima. • Importa - produtos manufaturados. • Ásia - destaca-se na importação de couro wet blue – CROMO. PRINCIPAIS CURTUMES Salários médios mensais no NE – 2006 a 2009. Remuneração média por região DESAFIOS • Redução de custos. • Venda de produtos de maior valor comercial. • Aumento na oferta de pele. • Qualidade das peles. Necessidades do Setor • Crédito – inovações tecnológicas. • Proteção do mercado interno. • Qualificação da mão-de-obra. • Melhoria na logística. • Diminuição da carga tributária. LEITE • Exploração mundial – não é recente. • Produção atual – 10 milhões de litros/ano. • Acredita-se que seja maior (FAO, 2010). Fonte: Farmpoint Países Produtores de LEITE de OVELHA Países 1000 ton 1° CHINA 1.072.000 2° SÍRIA 873.673 3° TURQUIA 782.587 4° GRÉCIA 770.000 5° ROMÊNIA 637.702 6° ITÁLIA 575.914 7° IRÃ 534.000 8° SUDÃO 498.000 9° SOMÁLIA 468.000 10° ESPANHA 427.200 11° FRANÇA 217.103 (Fonte: FAO, 2007) Produção Mundial de Leite nas Diferentes Espécies ESPÉCIES VACA BÚFALA CABRA OVELHA CAMELO TOTAL (Fonte: FAO, 2007) Produção de Leite de Ovelha/ Continente FONTE: SEBRAE Raças leiteiras • 24 raças • Localizadas, principalmente na Europa (Costa do Mediterrâneo e Portugal) e no Oriente Médio Raça País de origem Média de produção (kg de leite) Dias de Teor de lactação gordura (%) Assaf/ Awassi Israel/ Irã 300 210 5-6 Lacaune França 200 a 250 200 4-6 Manchega Espanha 160 120 6 East Friesian Alemanha 500 a 700 300 6-7 Raças leiteiras • AWASSI www.stocarstvo.com Raças leiteiras • ASSAF Raças leiteiras • 24 raças • Localizadas, principalmente na Europa (Costa do Mediterrâneo e Portugal) e no Oriente Médio Raça País de origem Média de produção (kg de leite) Dias de Teor de lactação gordura (%) Assaf/ Awassi Israel/ Irã 300 210 5-6 Lacaune França 200 a 250 200 4-6 Manchega Espanha 160 120 6 East Friesian Alemanha 500 a 700 300 6-7 LEITE • RAÇAS – – – – LACAUNE (França) Montes LACAUNE, região de Roquefort. Origem Diversos grupos da região Camarés, Larzac, Platôs, Rodez, Ségala e Lauragaise • • • • • Dupla aptidão (60% aptidão leiteira e 40% carne). Média de produção 2 litros de leite/dia. Pode chegar a 4 litros de leite, no pico de lactação. Pico de lactação 30 – 35 dias após o parto. Duração da lactação – 200 a 150 dias. – Queijo Roquefort. LEITE • LACAUNE • Tamanho mediano, cabeça estreita, semilanada • Altura - Fêmeas: 65-75 cm. Machos: 75-85 cm. • Peso – Fêmeas: 70-80 kg. Machos: 85-95 kg. Raças leiteiras • 24 raças • Localizadas, principalmente na Europa (Costa do Mediterrâneo e Portugal) e no Oriente Médio Raça País de origem Média de produção (kg de leite) Dias de Teor de lactação gordura (%) Assaf/ Awassi Israel/ Irã 300 210 5-6 Lacaune França 200 a 250 200 4-6 Manchega Espanha 160 120 6 East Friesian Alemanha 500 a 700 300 6-7 Raças leiteiras • MANCHEGA www.sheep101.info Raças leiteiras • 24 raças • Localizadas, principalmente na Europa (Costa do Mediterrâneo e Portugal) e no Oriente Médio Raça País de origem Média de produção (kg de leite) Dias de Teor de lactação gordura (%) Assaf/ Awassi Israel/ Irã 300 210 5-6 Lacaune França 200 a 250 200 4-6 Manchega Espanha 160 120 6 East Friesian Alemanha 500 a 700 300 6-7 LEITE • East Friesian ou Milchschaf • Alemanha. • Tamanho mediano, cabeça estreita, semilanada. • Alta prolificidade. LEITE • East Friesian ou Milchschaf www.herz-fuer-tiere.de LEITE • • • • BRASIL Introdução da Raça LACAUNE: CABANHA DEDO VERDE – Viamão (RS) – 1992. Oeste de Santa Catarina – 2008. Produtos: queijos finos, iogurtes, sorvetes... Fluxograma da produção de Ovelhas FONTE: SEBRAE Fluxograma da produção de Ovelhas FONTE: SEBRAE Composição do leite das diferentes espécies Constituinte Matéria seca (%) Gordura (%) Energia (kcal) Proteína total (%) Albumina globulina (%) Caseína (%) Lactose (%) Cinzas (%) Cálcio (mg/100g) Sódio (mg/100g) Ferro (mg/100g) Magnésio (mg/100g) Zinco (mg/100g) Fósforo (mg/100g) Vitamina A (mg/l) Vitamina B6 (μg/100g) Ovelha 17,4-18,9 6,0-7,5 108 5,98 0,9-1,1 4,3-4,6 4,3-4,8 0,9 193 44 0,10 18 0,57 158 0,5 80 Cabra 11,9-14,0 4,1-4,5 69 3,56 0,4-1,0 2,5-3,3 4,1-4,4 0,8 134 50 0,05 14 0,30 111 60 Vaca 10,5-14,3 2,8-4,8 61 3,29 0,3-0,8 2,5-3,6 4,2-5,0 0,7-0,9 119 49 0,05 13 0,38 93 0,3 60 Mulher 11,5-13,9 3,7-4,6 70 1,03 0,8-1,7 0,4 6,4-7,0 0,2 32 17 0,03 3 0,17 14 10 Vitamina B12 (μg/100g) 0,71 0,07 0,36 0,05 Vitamina E (mg/l) Vitamina C (mg/l) 15,8 40 - 7 22 - Ferreira, 2007 Principais queijos de ovelha com denominação de origem fabricados no mundo País Grécia França Espanha Portugal Itália Ferreira, 2007 Queijo Feta Roquefort Manchego Serra da Estrela Azeitão Castelo Branco Pecorino Romano Fiore Sarda Pecorino Toscano Rendimento • Com aproximadamente cinco litros de leite de ovelha é possível fazer 1 quilo de queijo (CASA DA OVELHA, 2009). • 10 litros de leite de vaca - 1 kg de queijo. Estimativa do atual processamento brasileiro de leite ovino Nº de animais Processamento envolvidos anual - litros CONFER/ Cabanha Dedo 1.100 48.000 Verde - RS Casa da Ovelha - RS 750 100.000 Empresa Bom Gosto/Cedrense - SC 2.700* Cabanha Capim Azul - MG 120 Total 4.670 Fonte: Casa da Ovelha, Gazeta Mercantil, Farmpoint * Estimativa a partir da produtividade da Casa da Ovelha ** Para o ano de 2007 Rohenkohl et al. 2010. 360.000 1.000** 509.000 Produtos Ricota, queijos, iogurte Iogurte, ricota, doce de leite, queijos Queijos Queijos, ricota, iogurtes, chantilly Ricota, queijos, iogurte, doce de leite, chantilly Cadeia Produtiva • Segmentação de mercado, • Elaboração de produtos diferenciados, • Difícil imitação. • A indicação geográfica tem um papel relevante – qualidade diferenciada. QUEIJO SORVETE LEITE DOCE DE LEITE IOGURTE Encadeamento tradicional Ambiente Institucional I N S U M I D O R E S Produção de leite, própria do laticínio Produtores associados ao laticínio Laticínio Laboratório de Análise Varejo Empreendimentos • Empresa CONFER – beneficia o leite da CABANHA DEDO VERDE. Empreendimentos • CABANHA CAPIM AZUL – industrializa leite das próprias ovelhas. – 200 kg/ano. – Ricota, chantili, iogurte outras variedades de queijo. 60,00 reais/kg Encadeamento que combina produtos processados e serviços Empreendimentos • CASA DA OVELHA – industrializa leite das próprias ovelhas e de mais 3 associados (lazer). Empreendimentos • CASA DA OVELHA – 100.000 litros/ano. – Iogurtes, doce de leite, queijos (Ricota, Feta, Pecorino Romano). – Quatro produtores – 900 ovelhas. – Quatro períodos de reprodução. – Ordenha – nos primeiros dias após o parto. – Fêmeas são amamentadas até 12 a 15 kg de pv. – Ordenha por mais 5 meses. ABCOL • Associação Brasileira de criadores de ovinos de raças Leiteiras; • Fundada em 2010; • Início: núcleo de criadores de ovinos de Chapecó e região. PECORINO • Nome genérico de queijos feitos com leite de ovelha. • Origem: Italiana; • Características específicas de cada região; • Tamanho dos grânulos , tempo de maturação, o tipo de leite. • pecorino fresco, o semicurado, o doce e o pepato (com adicão de pimenta). • Pecorino Romano, o Sardo e o Toscano. PECORINO ROMANO • • • • • • • Região de Lazio e Sardenha Duro – leite cru. Forma: tambor de 22 a 33 kg. Casca dura e lisa. Cor = varia com a idade. 8 a 10 meses de maturação. Salgado e picante. PECORINO SARDO • • • • • • Região de Sardenha (nozes e ervas). Duro – leite cru. Forma: cilíndrico de 1 a 4 kg. Casca dura e lisa. Cor = varia com a idade. Dois tipos: • Doce – 20 a 60 dias de maturação (1 a 2 kg). Sabor delicado. • Maduro – até 1 ano. Salgado e picante. PECORINO TOSCANO • • • • • • • Região de Toscana (nozes e ervas). Duro – leite cru. Forma: cilíndrico de 1 a 3 kg. Casca dura e lisa. Cor = varia com a idade. (preto) Maturação mais rápida. Quando jovem = frutado, textura flexível, nozes e caramelo. ROQUEFORT • • • • • • • Região de Roquefort-sur-Soulzon. Leite cru. Consistência cremosa e esfarelada. Casca úmida. Sabor acentuado e picante. Injetados fungos = Penicillium roqueforti 3 meses de maturação (condições controladas). ROQUEFORT