Agosto de 2015 | Edição 444
Informativo da
Sociedade Paulista de
Radiologia e Diagnóstico
por Imagem
Coordenação
do Encontro de
Cardio conta
com professores
renomados
Os Drs. Cesar Higa Nomura, Walther Ishikawa,
Marcelo Souto Nacif, Carlos Eduardo Rochitte e
Roberto Caldeira Cury são os responsáveis pela
coordenação do VIII Encontro Nacional de Radiologia
Cardíaca. Ele será realizado de 21 a 23 de agosto,
em São Paulo, simultaneamente ao V SCCT Brazil
Annual Meeting, da Sociedade de Tomografia
Computadorizada Cardiovascular (SCCT), e ao
III SCMR Brazil Annual Meeting, da Sociedade de
Ressonância Magnética Cardiovascular (SCMR).
Há desconto nas inscrições até 13 de
agosto – aproveite! • Página 7
DEFESA PROFISSIONAL
CMA
NOTÍCIAS
Acesso à saúde
Neuro em Botucatu
SPR na Mídia
Dr. Julio de Matos, da Santa Casa
de Misericórdia de Porto Alegre,
está à frente de um importante
movimento nacional em prol da
valorização da saúde pública.
Em setembro, o encontro será
em Botucatu; veja detalhes
nesta edição, além da cobertura
do Clube em Araçatuba, que teve
Oncologia como tema.
O CMA de Araçatuba foi destaque
na TV Record de Rio Preto, e o
Dr. Nelson Caserta concedeu
entrevista no site da Unicamp.
Confira esta e outras notícias.
Páginas 4 e 5
Páginas 10 a 12
Página 23
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2 • OPINIÃO
Sociedade Paulista de Radiologia
e Diagnóstico por Imagem
Av. Paulista, 491 – 3º andar
CEP 01311-909 – São Paulo – SP
Tel. (11) 5053-6363 – Fax (11) 5053-6364
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A gente adora congresso
Filiada ao Colégio Brasileiro de Radiologia e Diagnóstico por
Imagem (CBR) • Departamento de Diagnóstico por Imagem da
Associação Paulista de Medicina (APM)
DIRETORIA PARA O BIÊNIO 2015/2017
Presidente Dr. Antônio Soares Souza
Vice-Presidente Dr. Carlos Homsi
Secretário-Geral Dr. Mauro José Brandão da Costa
1º Secretário Dr. César Higa Nomura
2º Secretário Dr. Henrique Simão Trad
Tesoureiro-Geral Dr. Décio Roveda Jr.
1º Tesoureiro Dr. Gustavo Kalaf
2º Tesoureiro Dr. Douglas Jorge Racy
Diretor Científico Dr. Renato Adam Mendonça
Diretor de Defesa Dr. Jaime Ribeiro Barbosa
Profissional
Dr. Henrique Carrete Junior é
Coordenador da Comissão de
Eventos do CBR
Diretor de Patrimônio Dr. Cyro Padilha Balsimelli
Diretor de Assuntos Dr. Eloísa de Mello Gebrim
Culturais
Diretor de Tecnologia Dr. Marcelo de Maria Félix
da Informação
Presidente do Clube Dr. Pablo Rydz Pinheiro Santana
Roentgen
Presidente do Clube Dr. Nelson Gomes Caserta
Manoel de Abreu
Presidente SPR Jr. Dr. Renato Hoffmann Nunes
Presidente do Dr. Antônio José da Rocha
Conselho Consultivo
CONSELHO
CONSULTIVO
Dr. Antônio José da Rocha
Dr. Ricardo Emile Baaklini
Dr. Tufik Bauab Jr.
Dr. Marcelo D’Andrea Rossi
Dr. André Scatigno
Dr. Adelson André Martins
Dr. Renato Adam Mendonça
Dr. Celso Hiram de Araújo Freitas
Dr. Aldemir Humberto Soares
Dr. Nestor de Barros
Dr. Jaime Ribeiro Barbosa
Dr. Luiz Antônio Nunes de Oliveira
Dr. Giovanni Guido Cerri
Dr. José Michel Kalaf
Diretores do Dr. Aldemir Humberto Soares
Jornal da Imagem Dr. Celso Hiram de A. Freitas
Dr. Cássio Ruas de Moraes
Edição
Lilian Mallagoli
MTb. 30.443-SP
Redação
Tatiana Gentina – [email protected]
Marketing
Mayra Leal – [email protected]
Design Gráfico Marco Murta – Farol Editora
[email protected]
Impressão
Hawaií Gráfica e Editora
São Caetano do Sul, SP
O time de professores
escalados para o
CBR 15 é especial.
Os palestrantes
internacionais
vindos dos Estados
Unidos, França,
Colômbia, Costa
Rica e Guatemala
compartilharão
sua abrangente
experiência
principalmente em
temas avançados
O filósofo brasileiro Mario
Sergio Cortella nos lembra
que “somos animais gregários”.
Conforme escreve em uma de
suas obras, “o radical greg, em
indo-europeu, significa ‘rebanho’. Temos de viver em rebanho, não no sentido de indiferenciação e comportamento
disperso, mas, isso sim, no sentido de ‘juntos’. Por causa do
greg é que a gente ‘congrega’,
‘agrega’, adora ‘congresso’”.
A reflexão nos parece oportuna para convidá-lo(a) ao 44º
Congresso Brasileiro de Radiologia, o CBR 15, a ser realizado
de 8 a 10 de outubro, no Centro de Convenções SulAmérica, no Rio de Janeiro. Explico
por quê. Além de ser tradicionalmente uma grande oportunidade de congraçamento entre
profissionais, rever colegas e
fazer novos amigos, o Congresso este ano terá caráter eminentemente prático. As aulas
práticas, hands-on, tiveram
sua carga horária triplicada em
relação às edições anteriores.
Também foram concentradas
nos três dias do evento, sem
pré-congresso, de forma a economizar um dia de trabalho do
especialista.
O time de professores escalados para o CBR 15 é especial.
Os palestrantes internacionais
vindos dos Estados Unidos,
França, Colômbia, Costa Rica
e Guatemala compartilharão sua abrangente experiência principalmente em temas
avançados. Quanto aos brasileiros, os congressistas serão
brindados com apresentações,
demonstrações, explicações e
até mesmo bate-papo – esta é a
ideia – com os melhores nomes
da especialidade no País.
Se você ainda não se inscreveu, fica aqui o convite para
conferir a programação científica, disponível no site www.congressocbr.com.br. Importante:
no momento da inscrição, não
deixe de garantir sua vaga nas
atividades com número limitado de participantes. Vale a
pena planejar a sua participação
desde já, de forma a otimizar o
seu tempo e usufruir de vantagens como a reserva de passagens, hotéis e passeios com o
melhor custo-benefício.
A beleza do Rio certamente
é um atrativo a mais. Sem dúvida, uma viagem excelente para
fazer com a família, o marido
ou a esposa. O local do evento
é muito favorável neste sentido,
pois fica próximo à zona sul da
cidade (Ipanema, Leblon, Copacabana), onde está boa parte
dos pontos turísticos mais frequentados e, ainda, perto do
metrô e dos aeroportos, com
deslocamento simples e barato.
A data também favorece. O
Congresso terá início em uma
quinta e término no sábado,
mas segunda-feira é feriado
nacional (Nossa Senhora Aparecida). Teremos mais dois dias
livres para curtir a capital e a
região. No site do CBR 15 há,
inclusive, sugestões de pacotes
de passeios com a agência oficial do evento.
Para os que são do Rio de
Janeiro, o local facilita conciliar a agenda de trabalho com
determinadas aulas e cursos de
maior interesse, pois de metrô
ou mesmo de carro (há mil
vagas no estacionamento) não
ocorrerão problemas no acesso.
E a oportunidade de receber na
sua própria casa milhares de especialistas de dentro e de fora
do País, sem precisar viajar, é
um presente quando já se mora
na cidade maravilhosa.
Até lá!
Canal do leitor
O Jornal da Imagem é um espaço aberto aos sócios da SPR. Todos podem enviar sugestões, críticas quanto ao jornal,
artigos científicos e crônicas para o e-mail da redação do veículo – [email protected].
Os artigos assinados são de responsabilidade dos autores
e não refletem necessariamente a opinião da SPR.
PALAVRA DO PRESIDENTE • 3
Edição 444 – Agosto de 2015
Estudar para ser grande
“A alegria que se tem em pensar e
aprender faz-nos pensar e aprender
ainda mais.”
Aristóteles (385 a.C. – 322 a.C.)
Dr. Antônio Soares Souza,
presidente da Sociedade Paulista
de Radiologia e Diagnóstico
por Imagem (SPR)
É com muita alegria que constatamos o grande interesse dos radiologistas por alguns dos cursos e concursos que nossa SPR tem lançado.
Sem dúvida, o ímpeto de investigação
permanece naqueles que escolhem a
Medicina, mais do que como profissão, mas como razão de viver.
Nossa busca é incansável por atualização dos conhecimentos um dia
adquiridos. A tecnologia nos fornece
mais e novas opções, e simplesmente
não podemos parar. A comparação
de achados, as discussões de casos e as
consequentes descobertas precisam ser
amplificadas, e nada como o acesso a
grandes professores para nos propiciar
essa imersão. Cursos também nos permitem a troca de informações com colegas de outros serviços, cidades e até
países, e esse é um benefício que traz
resultados impossíveis de mensurar.
Temos, nos últimos meses, divulgado o Curso Online de Radiologia,
uma grande iniciativa da SPR na
educação a distância. As primeiras
vagas foram rapidamente preenchidas, sendo necessário estabelecer estrutura técnica para formar um novo
grupo! Com a lista de espera já fechada, abrimos uma nova turma, já que
a procura não para. E isso mostra a
preocupação e o interesse dos médicos residentes e radiologistas com sua
formação e educação continuada!
Novidade na programação
do Curso Feres Secaf,
o Primeiro Encontro
de Residentes será
apresentado no domingo
e consiste em uma sessão
de discussão de casos
clínicos com objetivo
de promover educação
e congraçamento
de residentes e
aperfeiçoandos
Outra surpresa agradável foi o número de casos inscritos para o Concurso SPR-AIRP, realizado pela primeira vez durante o Curso de Atualização em Imagem (Prof. Dr. Feres
Secaf) de 2015. Para este ano, houve
aumento de mais de 200% nas inscrições, também possivelmente impulsionado por esse novo formato de
avaliação. Os vencedores do Concurso terão a oportunidade de frequentar
o Curso de Quatro Semanas do Instituto norte-americano, situado no estado de Maryland. O Curso é procurado por residentes de todo o mundo,
além dos americanos, e possibilita a
troca ímpar de contatos e informações! Além da experiência adquirida
ao preparar os casos, a vivência no exterior será única aos premiados!
Dando mais impulso a esse movimento de atualização científica,
temos o prazer de anunciar o Primei-
ro Encontro de Residentes, também
durante o Feres Secaf. Novidade na
programação, ele será apresentado no
domingo e consiste em uma sessão de
discussão de casos clínicos com objetivo de promover educação e congraçamento de residentes e aperfeiçoandos.
Nove serviços de Radiologia e Diagnóstico por Imagem designarão um
residente/aperfeiçoando, preferencialmente do terceiro ou quarto ano, para
preparar e apresentar um caso completo na sessão de discussão de casos
do encontro. Os apresentadores dos
dois melhores casos receberão como
prêmio uma viagem à Argentina, para
apresentar o caso no 61º Congresso
Argentino de Diagnóstico por Imagem (Imágenes 2015), em agosto. As
passagens aéreas e hospedagens serão
pagas pela SPR, com o apoio da Federación Argentina de Asociaciones de
Radiología, Diagnóstico por Imágenes y Terapia Radiante (FAARDIT),
que oferecerá as inscrições gratuitas
aos médicos residentes premiados.
A SPR acredita que, com tais
iniciativas, contribui de forma decisiva para a atualização científica dos
radiologistas, tão ávidos por novos
conhecimentos. Isso engrandece e
fortalece a especialidade nos inúmeros serviços de nosso País!
Ao finalizar, gostaria de ressaltar
que professores brasileiros irão proferir
palestras não apenas no citado Congresso da Argentina, mas também
na Colômbia, nas próximas semanas.
Terei a honra de ser um desses professores e compartilhar com todos vocês
grandes experiências e novidades!
Já conhece o Programa de Relacionamento da SPR?
Acesse o site da SPR e conheça os benefícios
específicos para cada categoria de asssociação
Valorização
Confiança
Conteúdo
Relacionamento
O sócio é prioridade na
SPR. Os associados têm
direito a um período
exclusivo de inscrição
na JPR e no Curso
de Atualização em
Imagem (Prof. Dr. Feres
Secaf) e estão isentos
das taxas de inscrição.
O que nos une
é uma relação
de confiança
mútua, renovada
e ampliada nesse
novo modelo de
relacionamento
mais inclusivo e
próximo.
Nossa missão é
promover a educação
continuada na área
de radiologia médica,
e isso inclui o sócio
como figura central
desse cenário.
Queremos reforçar a
parceria firmada e
a confiança construída
nestes anos de atuação
da entidade e valorizar
os esforços em promover
o conhecimento na
área da Radiologia.
Programa de
Relacionamento da SPR
Um jeito novo de conectá-lo ao que
a Radiologia tem de melhor
www.spr.org.br
4 • DEFESA PROFISSIONAL
Buraco sem fim
Dr. Julio Flávio Dornelles de Matos é diretor geral da Irmandade da Santa
Casa de Misericórdia de Porto Alegre e ex-presidente da Federação das Santas
Casas e Hospitais Filantrópicos do Rio Grande do Sul. Está, hoje, liderando
um importante movimento nacional em prol da valorização da saúde pública,
denominado “Acesso à Saúde – Meu Direito é um Dever do Governo”.
Nesta entrevista, ele fala sobre as manifestações agendadas, para as quais
precisa do apoio de todos, escancara os déficits milionários da Saúde no Brasil
e ressalta: a culpa é da má gestão pública.
Como o senhor enfrenta os problemas de financiamento do SUS
com os hospitais filantrópicos? O
governo diz que as Santas Casas
são privilegiadas pelo Ministério
da Saúde, isso é verdade?
Não é verdade. Na realidade, as
Santas Casas trabalham com o Sistema Único de Saúde em uma relação
deficitária de prejuízos continuados
há muitos anos. Os dados de prestação de serviços de 2014, por exemplo,
mostram que os hospitais tiveram
uma receita na assistência SUS em
todo o Brasil de R$ 14,9 bilhões, de
produção e de incentivos, porque o
Ministério da Saúde há muito tempo
não reajusta a tabela do SUS. Ele
vem concedendo incentivos pontuais
para determinados procedimentos –
inicialmente, para os de alta complexidade; então, mesmo considerando
todas essas receitas, seja a de produção, que é a tabela pura do SUS, mais
os incentivos que o Governo Federal
pontualmente agregou aos hospitais
para o SUS no ano passado, receberam R$ 14,9 bilhões e tiveram um
custo para realizar essa assistência de
R$ 24,7 bilhões, ou seja, um prejuízo de R$ 9,8 bilhões. Realizamos
240 milhões de atendimentos ambulatoriais, e 4 milhões e 820 e vinte
mil internações hospitalares, sendo
que, desse volume existencial, 41%
da assistência desenvolvida no País é
pela rede de Santas Casas e Hospitais Filantrópicos. O grande volume
existencial está exatamente na área
de média complexidade, onde estão
os maiores déficits do SUS.
Podemos dizer que para cada
R$ 100 de custo que os hospitais,
as Santas Casas e os Hospitais Filantrópicos têm na assistência dos
pacientes SUS, o Sistema remune-
Há mais de duas
décadas, não temos
reajustes, mas temos
custos crescentes sem
qualquer observação
dos gestores, uma
total inviabilização dos
hospitais e das clínicas
privadas. Não há chance
de sobrevivência com
essa realidade proposta
para todos nós
ra R$ 60. Os outros R$ 40 chegam
aos mais de R$ 9 bilhões de déficit
apenas no ano de 2014.
Essa realidade deficitária é crescente ano a ano e já levou os hospitais a constituírem endividamento
de R$ 21 bilhões e 500 milhões –
essa é a dívida total dos hospitais.
Desse montante, R$ 12 bilhões são
com o sistema financeiro, ou 56%
do total da dívida; R$ 3 bilhões e
600 mil com fornecedores; R$ 2 bilhões e 600 milhões com contribuições, impostos e contribuições não
recolhidas; R$ 1 bilhão e 400 milhões passivos trabalhistas, e assim
por diante.
Portanto, não é verdadeira a informação do Ministério de que os
hospitais, Santas Casas e Hospitais
Filantrópicos têm remunerações
dignas. O Governo Federal não
cumpre a Lei 8080, que prevê para
o segmento privado complementar,
como é o caso das Santas Casas, o
equilíbrio econômico financeiro.
Não temos esse equilíbrio.
Se essa proporção assim continuar,
não haverá solução para a Saúde no
Brasil. Como trabalhar com tamanha diferença?
Exato! Fizemos um cálculo desde
a edição do plano real de 1994 até
os dias de hoje: o SUS reajustou a
sua tabela, em média, em 93,66%
durante esse período todo.
O Índice Nacional de Preço ao
Consumidor (INPC), medido pelo
Instituto Brasileiro de Geografia e
Estatística (IBGE), nesse mesmo
período, foi 413%; a energia elétrica, 962%; a água, 945%; o transporte urbano, 1.177%; o gás de cozinha,
1.025%. Então, a desproporcionalidade entre os insumos que os hospitais
consomem comparada às adequações
das tabelas de preços é insustentável.
Outra informação importante são
déficits por áreas assistenciais; por
exemplo, nos atendimentos ambulatoriais, o déficit que temos é de 51%.
No atendimento de pacientes internados na média complexidade, que
são os casos de clínica média geral,
cirurgia geral, ginecologia e obstetrícia e pediatria, as famosas clínicas
básicas, que correspondem a 80% de
toda a assistência que desenvolvemos,
o déficit mede 158%. Já na alta complexidade, temos a informação de que
temos hoje um déficit já de 18%.
O setor de diagnóstico por imagens também tem a tabela estagnada desde 1994. Hoje, paga-se por
um raios X de tórax, por exemplo,
R$ 9,50, e o custo mínimo já está
em R$ 17,97, uma defasagem de
quase 90%. Como o Sr. avalia o déficit na radiologia?
De fato, considerando-se toda
a área de imagem, o nosso déficit,
todos os incentivos que recebemos
dos gestores, é de 488%. Essa é uma
área que há muito não recebe reajuste; está enquadrada na visão da
média complexidade, o que é absolutamente desastroso, tanto para
a área de imagem como para a de
análises clínicas.
Há mais de duas décadas, não
temos reajustes, mas temos custos
crescentes sem qualquer observação
dos gestores, uma total inviabilização
dos hospitais e das clínicas privadas.
Não há chance de sobrevivência com
essa realidade proposta para todos nós.
Qual a causa de tamanho rombo?
O nosso grande problema em
termos de saúde pública é a gestão.
Diante dessa realidade, manter uma
Santa Casa aberta já é um milagre
e, logo, se há grandes gestores atrás
DEFESA PROFISSIONAL • 5
Edição 444 – Agosto de 2015
de cada instituição, eles conseguem
mantê-la com esse déficit. Se existe alguém que é mau gestor são os
próprios gestores públicos. Eles têm
políticas públicas descontinuadas a
cada novo governo, que jogam recursos públicos importantes no ralo;
investem em estruturas públicas,
hospitais públicos e, assim por diante, que custam seis, sete vezes mais
do que se contratassem uma Santa
Casa, um Hospital Filantrópico ou
uma clínica privada. Acabam, assim,
se transformando em grandes esferas de corporativismos.
Esses aspectos merecem uma
observação muito grande, um cuidado na hora de se definir onde investir os recursos que são escassos.
É preciso apostar os recursos em
O nosso grande problema
em termos de saúde
pública é a gestão. Diante
dessa realidade, manter
uma Santa Casa aberta
já é um milagre e, logo,
se há grandes gestores
atrás de cada instituição,
eles conseguem mantêla com esse déficit. Se
existe alguém que é mau
gestor são os próprios
gestores públicos
instituições que efetivamente possam agregar resultados.
Considerando-se especificamente a Santa Casa de Porto Alegre,
onde o senhor atua, quais os próximos passos? O senhor considera
deixar de atender casos eletivos?
Atendemos 790 mil consultas por
ano, 50 mil internações hospitalares,
61 mil procedimentos cirúrgicos e 5
milhões e 78 mil diagnósticos e tratamentos – desde o exame de hemograma, ressonância magnética, tratamento quimioterápico e de radioterapia.
Pela legislação da filantropia, 73%
desse volume assistencial é para o
SUS, e, para cada R$ 100 de custo
que a Santa Casa tem, nós recebemos
R$ 64. De cada R$ 36 que faltam,
em média, a Santa Casa chega a um
prejuízo com o SUS, a cada ano,
superior a R$ 110 milhões. Como
é que a Santa Casa viabiliza os seus
atendimentos com esse tamanho e
prejuízo? Procuramos na assistência
que desenvolvemos aos demais convênios e particulares, receitas, como
com estacionamento, cafeterias e outras atividades que a Santa Casa tem
em torno da atividade da saúde. Procuramos gerar margem de resultados
que permitam à Santa Casa, pelo
menos, pagar o prejuízo com o SUS.
Porém, nos últimos dois anos,
não temos conseguido pagar a integralidade de prejuízos SUS; temos
conseguido arrecadar, no máximo,
em torno de R$ 80 milhões de recursos, insuficientes. Fechamos contabilmente a instituição em prejuízo,
no ano de 2013, de R$ 38 milhões
e, em 2014, R$ 24 milhões. A instituição tem que buscar recursos em
banco para poder manter suas obrigações em dia, e nós endividamos
a Santa Casa. Acabamos buscando
R$ 100 milhões em bancos para capital de giro, para poder manter a
instituição funcionando.
Com esses níveis de prejuízo tão
magnânimos perante o Sistema
Único de Saúde, não conseguimos
garantir a manutenção da instituição, sua integralidade. Por isso, estamos reduzindo a capacidade assistencial: cortamos 118 leitos hospitalares a partir de junho e vamos
reduzir a 437 mil atendimentos SUS
a cada ano, como uma forma de reduzir o prejuízo. R$ 80 milhões por
ano que é o montante que a Santa
Casa consegue pagar com recursos
próprios, já que ela não tem auxílio
de nenhuma forma, nem do municí-
pio, nem do Estado, nem da União.
Sobrevivemos pelos recursos que geramos, pelo fruto do nosso próprio
trabalho, então é uma imposição, é
um dever de nós, gestores, garantir a
sobrevivência da instituição, tomando as decisões que têm que ser tomadas. Por isso, essa questão do SUS e
o grau de exigência para os gestores
é muito ampla, e temos que crescer
essa linha reivindicatória.
Como vocês estão se organizando
para essa reivindicação?
Estamos desenvolvendo um movimento nacional denominado “Acesso
à Saúde – Meu Direito é um Dever
do Governo”. Trata-se de um movimento nacional das Santas Casas e
Hospitais Filantrópicos no SUS.
Em 29 de junho, foi desencadeado o “dia D” municipal, em que
nós orientamos os hospitais em todo
o País a realizar encontros com as
autoridades locais dos municípios e
abrindo os números das Santas Casas
e as realidades que cada uma está inserida para os gestores locais, as autoridades locais: Ministério Público,
empresários, Conselho Municipal de
Saúde, Câmara de Vereadores, para
discutir abertamente a realidade da
instituição e apresentar os números
nacionais. Em 13 de julho, houve o
“dia D” estadual em cada capital dos
Estados brasileiros. Os hospitais do
interior e o da capital fizeram uma
grande abordagem pública da realidade no Estado. Em 4 de agosto,
estaremos em Brasília, desenvolvendo, com a presença de todas as 2.100
Santas Casas e Hospitais Filantrópicos brasileiros, uma abordagem junto
ao Congresso Nacional.
Na realidade, temos constatado de
forma muito clara, já há algum tempo,
que o Governo Federal transferiu para
os municípios e para os Estados a responsabilidade pelo SUS e, estes, para
as Santas Casas e os Hospitais Filantrópicos a garantia do acesso à população, sem que se disponha de recursos para isso. E, hoje, estamos anunciando para a população a redução de
atendimentos quando quem deveria
estar fazendo isso são os gestores que,
de fato, detêm a responsabilidade
maior. Estamos sendo impostos, por
todos os níveis de gestores, também
como financiadores do SUS, coisa
que as Santas Casas e Hospitais Filantrópicos não têm as mínimas condições de fazer. Por isso, precisamos
do apoio de todos para conseguir progressos em nossas reivindicações!
6 • CONEXÃO DIGITAL
Cloud PACS. Estamos prontos para
a Radiologia na Nuvem?
Dr. Paulo Kuriki é neurorradiologista
pela UNIFESP/EPM e Diretor Médico
da DiagRad Telerradiologia
A Computação em Nuvem
já está fortemente presente em
nossas vidas. Quando acessamos
nosso email, postamos uma foto
no Facebook ou consultamos
nossa agenda, estamos acessando
dados e serviços na nuvem.
O Software-As-A-Service (SaaS)
ou Software-Como-Serviço define
uma das camadas da Computação
em Nuvem. Seu conceito é simples:
disponibilizar softwares na Internet
que podem ser utilizados gratuitamente ou pagos conforme a utilização. Este é o modelo utilizado com
sucesso por Skype, Dropbox, iCloud
e recentemente o MS Office.
Seria o modelo SaaS vantajoso
para um RIS/PACS?
Os PACS na Nuvem (Cloud
PACS) podem ser divididos em dois
grupos, além de haver um terceiro
grupo que pode ter funções semelhantes, embora não seja Cloud-based:
1) Armazenamento
na Nuvem
Neste modelo, o workflow da
radiologia continua sendo feito
localmente no RIS/PACS da clínica/hospital. Uma cópia das imagens e laudos é enviada para um
PACS na nuvem, onde exerce as
funções de backup e distribuição
de imagens e laudos para médicos
solicitantes e pacientes. A entrega
de filmes e CDs pode ser potencialmente abolida.
Uma das características
da computação em
nuvem é a escalabilidade.
Por isso, um Cloud
PACS tem capacidade
praticamente ilimitada,
podendo aumentar
ou diminuir recursos
instantaneamente
2) Cloud PACS
Além das imagens subirem para
a nuvem, todo o workflow é realizado pela web. Permite que os
radiologistas laudem local ou remotamente, exames de um ou mais
serviços, através de uma worklist
única. Os serviços de backup e distribuição de imagens/laudos estão
incorporados neste modelo. Elimina a necessidade de servidores,
licenças de PACS, filmes e CDs.
3) PACS local com
Acesso Web
No tradicional RIS/PACS
todo o workflow e armazenamento ocorrem em um servidor local.
Opcionalmente, pode-se disponibilizar um acesso remoto via Web.
Pode ocorrer lentidão e instabilidade, notadamente para os radiologistas que laudam à distância,
devido à taxa de upload da clínica,
o que pode se agravar se houver a
necessidade de redes VPN.
Pode ser difícil comparar os custos destes diferentes modelos. No
modelo Cloud PACS é simples: paga-se por exame ou GB. No PACS
tradicional, deve-se estimar os custos
baseados na aquisição de servidores,
licenças de PACS, storage, backup,
manutenção de hardware e software,
equipe de TI, além da depreciação.
Uma das características da computação em nuvem é a escalabilidade. Por isso, um Cloud PACS tem
capacidade praticamente ilimitada,
podendo aumentar ou diminuir
recursos instantaneamente. Outra
vantagem é o espelhamento de
dados e recursos. Caso um servidor
saia do ar, outro assume a tarefa, o
mesmo ocorrendo com os dados.
Isso justifica o alto uptime dos
Cloud PACS com baixíssimo risco
de perda de dados.
Nos EUA, todos os PACS, incluindo os Cloud-based, seguem
as rígidas normas de segurança da
HIPAA. No Brasil, a SBIS-CFM
estimula a certificação dos sistemas,
embora isso não seja obrigatório.
Portanto, ao avaliar um PACS, é
sempre importante verificar suas
certificações, além do registro obrigatório na ANVISA.
Os Cloud PACS já são realidade
no Brasil. Cabe a cada serviço avaliar suas necessidades e determinar
qual o melhor modelo de PACS.
EVENTOS SPR • 7
Edição 444 – Agosto de 2015
Coordenadores renomados
conduzem Encontro de Cardio
De 21 a 23 de agosto, o VIII Encontro Nacional de Radiologia Cardíaca está sob a coordenação de grandes nomes da área: Drs. Cesar Higa
Nomura, Walther Ishikawa, Marcelo Souto Nacif, Carlos Eduardo Rochitte e Roberto Caldeira Cury.
O evento será realizado simultaneamente ao V SCCT Brazil Annual Meeting, da Sociedade de Tomografia Computadorizada Cardiovascular (SCCT), e ao III SCMR Brazil Annual Meeting, da Sociedade
de Ressonância Magnética Cardiovascular (SCMR), ambas dos Esta-
dos Unidos. Terá, ainda, o apoio do
Colégio Brasileiro de Radiologia e
Diagnóstico por Imagem (CBR) e
da Sociedade de Radiologia do Rio
de Janeiro (SRad-RJ).
Arquitetado para apresentar aos
seus participantes – radiologistas,
médicos nucleares e cardiologistas – o
que há de mais atual na área em conteúdo científico e tecnologia, o curso
já é tradicional entre os profissionais
de imagem. Esta é sua oitava realização no País, e a quarta vez que o ocorre em São Paulo, sob a tutela da SPR.
Além de professores brasileiros
de todo o País, o evento contará com palestrantes que atuam no
exterior – pela SCMR. Estão confirmados os Drs. João A. C. Lima,
professor de medicina e radiologia
na Johns Hopkins School of Medicine, e Steffen Petersen, professor de
medicina cardiovascular e diretor de
pesquisa no Barts Heart Centre.
O curso está dividido nos seguintes módulos: Princípios Básicos – TC;
Princípios Básicos – RM; SCMR; Cardiomiopatias não isquêmicas e tumores;
Tomografia – SCCT; Discussão de
Casos e Team Spirit.
21 DE AGOSTO
Será realizado o Fórum de Cardiopatia Congênita, no dia 21 de agosto,
e, no dia 22, sessões de hands on com
quatro empresas convidadas.
22 DE AGOSTO
14h
15h40
MÓDULO 1: Princípios Básico de Tomografia
Computadorizada Cardíaca (SALA A)
08h30
10h20
14h
14h20
Protocolos de Aquisição e Redução de Dose
08h30
09h
14h20
14h50
Lidando com Exames Difíceis e Artefatos: Exames com Excelente,
Intermediária e Baixa Qualidade
09h
09h30
Delayed Enhancement – 30 years later
09h30
10h20
Left ventricular non-compaction: Diagnosis and management.
14h50
15h10
Padronização de Laudo: Tipos de Placas e Demais Achados
15h10
15h30
Tomografia na TAVI: Dicas Práticas
15h30h
15h40
Abertura para Perguntas
15h40
16h10
Coffee Break
16h10
18h
MÓDULO 2: Princípios Básicos de Ressonância
Magnética Cardíaca (SALA A)
16h10
16h30
Segurança na Ressonância
16h30
16h50
Aquisição das Imagens: Estresse e Demais Protocolos
16h50
17h10
Lidando com Exames Difíceis e Artefatos
17h10
17h30
Avaliação de Curvas e Volumes
17h30
17h50
Padronização de Laudo: Exames com Excelente, Intermediária e Baixa Qualidade
17h50
18h
14h
15h40
Fórum de Cardiopatia Congênita (SALA B)
14h
14h20
Embriologia das Cardiopatias Congênitas
14h20
14h50
TC – Protocolo Básico de aquisição ( 64, 128, etc.. ) e Dicas Práticas
14h50
15h10
TC – Análise e Laudo
Abertura para Perguntas
MÓDULO 3: Society for Cardiovascular Magnetic
Ressonance – SCMR (SALA A)
CMR reporting
10h
10h20
Q and A
10h20
10h50
Coffee Break
10h50
12h40
MÓDULO 4: Cardiopatias Não-Isquemicas e Tumores (SALA A)
10h50
11h10
Miocardiopatia Dilatada
11h10
11h30
Cardiomiopatia Restritiva
11h30
11h50
Cardiomiopatia Hipertrófica
11h50
12h10
Arritmias e Focos Arritmogênicos
12h10
12h30
Tumores
Abertura para Perguntas
12h30
12h40
12h40
14h
14h
15h40
MÓDULO 5: Society for Cardiovascular Magnetic
Ressonance – SCMR (SALA A)
Almoço
14h
14h25
Mechanical Consequences of Myocardial Fibrosis: Lessons from Mesa.
14h25
14h50
Major Clinical CMR Trials and Population studies from Around the Globe.
14h50
15h15
Left Atrial Volume and Function Measured by MRI as Prognostic Markers;
the MESA Study.
15h10
15h30
RM – Protocolo Básico e Dicas Práticas
15h15
15h40
Q and A
15h30
15h40
RM – Análise e Laudo
15h40
16h10
Coffee Break
15h40
16h10
Coffee Break
16h10
18h
16h10
18h
Fórum de Cardiopatia Congênita (SALA B)
16h10
16h30
Os 5 Principais Estudos Sobre Tomografia
MÓDULO 6: Tomografia - SCCT (SALA A)
16h10
16h30
Coarctação de Aorta e PCA (TC e RM)
16h30
16h50
Angiotomografia na Sala de Emergência
16h30
16h50
Coarctação de Aorta e PCA (Hemodinâmica): O que Frequentemente Falta
no Laudo?
16h50
17h10
FFR-CT: Mito ou Verdade?
16h50
17h10
Onde o Eco é Claramente Superior à TC e RM?
17h10
17h30
Cirurgia: O que Frequentemente Falta no Laudo?
17h30
18h
17h10
17h30
Tomografia na Pesquisa de Isquêmia: Uma Análise Crítica
17h30
17h50
Angiotomografia como Valor Prognóstico: Será o Melhor Método?
17h50
18h
08h30
10h30
Módulo 7: Discussão de Casos (SALA A)
Abertura para Perguntas
Mesa Redonda - Como a TC e RM Poderiam nos Ajudar Mais?
23 DE AGOSTO
Inscrições e outras informações
10h30
10h50
Coffee Break
10h50
12h05
Módulo 8: Team Spirit (SALA A)
estão disponíveis no site da SPR:
10h50
12h05
Gincana com Dois Times
12h10
12h40
Premiação dos Temas Livres e Casos
12h40
12h50
Encerramento do Curso
www.spr.org.br
8 • EVENTOS SPR
Curso Feres
Secaf apresenta
inovações
Realizado na virada do mês de
julho para agosto – de 31 a 2 –, o XIX
Curso de Atualização em Imagem da
SPR (Prof. Dr. Feres Secaf), no Hotel
Maksoud Plaza, em São Paulo, SP,
apresentará inovações este ano.
O formato e grade de aulas permanecem semelhantes ao de 2014,
mas contarão com a participação de
três palestrantes do AIRP (American Institute for Radiologic Pathology) – Dr. Mark Murphey, de Musculoesquelético, Dr. Brent Wagner,
de Abdome, e Dr. Robert Shih, de
Neurorradiologia. Outra inovação é
a sessão de casos dedicada especialmente aos residentes. Essa atividade
acontecerá no domingo, mesmo dia
em que se escolherão os ganhadores
do Concurso SPR-AIRP 2015.
XIX Curso de
Atualização em
da SPR
Prof. Dr. Feres Secaf
Io Encontro de Residentes e
Aperfeiçoandos em Radiologia e
Diagnóstico por Imagem da SPR
31 de julho a 2 de agosto de 2015
Maksoud Plaza Hotel - São Paulo, SP
Organização
Parceria
Apoio
Dr. Mark Murphey dará aula sobre
Musculoesquelético
Concurso AIRP seleciona residentes para Curso nos EUA
A SPR, por meio da Comissão
Científica do Concurso SPR-AIRP,
avaliou os casos recebidos e selecionou
os cinco autores dos melhores casos enviados. Confira ao lado os escolhidos.
Eles farão uma apresentação oral
dos casos durante o Curso Feres Secaf
2015, no domingo, a partir das 11h.
A Comissão Científica do
Concurso SPR-AIRP e o Dr.
Mark Murphey, representando o
AIRP, assistirão às apresentações
para fazer a avaliação didática dos
casos. A plateia também poderá
participar da escolha, votando nos
casos que considerar de melhor
qualidade. Ao final do processo, os autores classificados serão
anunciados como ganhadores do
Concurso SPR-AIRP.
CASOS SELECIONADOS
Autor
Caso
Deivis da Silva Brito
Torção de útero
Fernanda Lauar Sampaio Meirelles
Astrocitoma pilocítico intramedular no adulto
Igor Gomes Padilha
alformação veno-linfática (linfangioma
M
cavernoso)
Mariana Athaniel Silva Rodrigues
Placenta percreta associada à rotura uterina
Pedro Sérgio Brito Panizza
Apendagite aguda do apêndice cecal
EVENTOS SPR • 9
Edição 444 – Agosto de 2015
Evento também abriga
1º Encontro de Residentes
A SPR promove outra novidade
nesta edição do Curso Feres Secaf: o
1º Encontro de Residentes e Aperfeiçoandos em Radiologia e Diagnóstico por Imagem da SPR.
Oficialmente agendado para 2 de
agosto, domingo, a partir das 8h30,
no Teatro do Maksoud, ele consiste
de uma sessão de discussão de casos
clínicos com o objetivo de promover a
educação e o congraçamento de residentes e aperfeiçoandos em Radiologia e Diagnóstico por Imagem.
Nove serviços de Radiologia e
Diagnóstico por Imagem foram
convidados para essa primeira
edição, e cada um designou um
residente/aperfeiçoando, preferencialmente do terceiro ou quarto
ano, para preparar e apresentar um
caso completo na sessão de discussão de casos do encontro. Durante
essa apresentação, o moderador da
sessão levará a discussão do caso à
plateia e o colega escolhido por ele
poderá apontar o diagnóstico ou
diagnósticos diferenciais do caso,
bem como outros comentários pertinentes. Os acertadores ganharão
brindes da SPR.
Os apresentadores dos dois
melhores casos receberão como
prêmio uma viagem para a Argentina, para apresentar um caso
no 61º Congreso Argentino de
Diagnóstico por Imágenes (Imágenes 2015), a ser realizado de
27 a 29 de agosto, com passagens
aéreas, hospedagem e inscrição no
congresso pagas pela SPR com o
apoio da Federación Argentina
de Asociaciones de Radiología,
Diagnostico por Imágenes y Terapia Radiante (FAARDIT).
SPR e Fundação Bracco lançam concurso
para concessão de bolsa de estudo
Projeto oferecerá a três radiologistas brasileiros um intercâmbio de seis semanas
em uma instituição de excelência na Itália, nas áreas de US, TC e RM.
LANÇAMENTO DURANTE O
XIX CURSO DE ATUALIZAÇÃO EM
IMAGEM DA SPR – PROF. DR. FERES SECAF
Informações: www.spr.org.br
10 • EVENTOS SPR
Araçatuba recebe o
Clube Manoel de Abreu
Realizado pela última vez em
2013, o Clube Manoel de Abreu voltou à cidade de Araçatuba nos dias
26, 27 e 28 de junho. O tema Oncologia levou diversos profissionais renomados, como os Drs. Antônio José
da Rocha, Mauro Brandão, Antonio
Soares Souza, Tufik Bauab Jr. e Nelson Caserta, para darem aulas. Com
um público estimado em 170 pessoas, incluindo as 15 empresas participantes, o Tietê Resort & Convention
Araçatuba ficou agitado no último
fim de semana do mês.
Os anfitriões, Drs. Luiz Antônio Riani e Mauro Sérgio Camargo
Benez, preparam uma programação
excelente, não só científica junto aos
coordenadores, Dr. Nelson Caserta (Oncologia) e Drs. Augusto Scalabrini, Douglas Jorge Racy e Luiz
Antonio N. Oliveira (SEADI), mas
também social. Nesta edição do
CMA também foi realizado o Curso
SEADI com aulas dos Drs. Luiz Antônio Nunes de Oliveira, Augusto
Scalabrini Neto, Octavio Ribeiro e da
Enf. Eloísa Leonel Ferreira.
Além das nove aulas ministradas
no sábado, a parte social também
agradou muito o público presente no
encontro. Na sexta-feira, um jantar
de boas-vindas foi oferecido aos participantes e, no sábado, além do tradicional intervalo entre as aulas para
o almoço, o encerramento aconteceu
com o futechope e trucochope e, na
sequência, o animado Arraial Caipira. Com o futebol rolando na TV,
diversas comidas típicas e decoração
de festa junina, adereços foram distribuídos e os participantes entraram
na brincadeira. Uma dupla de música sertaneja animou a noite e a dança
típica do Arraial, a quadrilha, uniu
diversas pessoas próximas à fogueira.
Foi uma noite memorável e muito
animada para todos os presentes.
O domingo já é tradicionalmente
conhecido pelas apresentações e discussões de casos que duram a manhã
toda. Residentes de diversas cidades
do Estado apresentaram dez casos, no
total, e ao final quatro foram escolhidos
como os melhores. Confira a relação de
nomes dos autores dos casos apresentados e os casos ganhadores.
CASOS APRESENTADOS NO CMA ARAÇATUBA 2015
NOME
INSTITUIÇÃO
ORIENTADOR
Caio Barros Figueiredo
Beneficência Portuguesa
Pablo Rydz e Antônio Portugual
Clovis Simão Trad
Cedirt
Daniel de Paula Garcia
Documenta
Mauro Brandão
Ilan Cardoso da Silva
Ultra-X
Bianca Rossi
Marco Aurélio de Macedo
Beneficência Portuguesa
Pablo Rydz e Antônio Portugual
Naíra Milanez Morgado de Abreu
Hospital de Base SJRP
Antonio Soares Souza
Rafael Neves Cardoso
Beneficência Portuguesa
Pablo Rydz e Antônio Portugual
Rodolfo Mendes Queiroz
Documenta
Marcio Castro
Rodolfo Mendes Queiroz
Documenta
Eduardo M. Febronio
Silvio Renato Nascimento Franca
Unesp
Seizo Yamashita
EVENTOS SPR • 11
Edição 444 – Agosto de 2015
DESCONTRAÇÃO EM ARAÇATUBA
Dra. Maíra Milanez Morgado de Abreu
Dr. Marco Aurélio Portela de Macêdo
Dr. Clóvis Simão Trad
Dr. Ilan Cardoso da Silva
CASOS PREMIADOS
POSIÇÃO
AUTOR
CASO
INSTITUIÇÃO / CIDADE
PRÊMIO
EMPRESA
1º lugar
Dra. Maíra Milanez Morgado
de Abreu
Teratoma Mediastinal Infectado
FAMERP | Hospital de Base de SJRP
São José do Rio Preto, SP
Tablet
Sul Imagem
2º lugar
Dr. Marco Aurélio Portela de
Macêdo
Sarcoma de Kaposi
Beneficência Portuguesa
São Paulo, SP
Estadia no próximo CMA
Alko do Brasil
3º lugar
Dr. Clóvis Simão Trad
Pulmão adenomatoide cístico do
adulto e micetomas
Central de Diagnóstico Ribeirão Preto
Ribeirão Preto, SP
Tablet
Konimagem
Dr. Ilan Cardoso da Silva
Síndrome da Unha-patela
Ultra-X
São José do Rio Preto, SP
Estágio em São Paulo
Mallinckrodt
Melhor caso
residente
A premiação dos melhores casos foi feita durante o horário de almoço de encerramento.
Confira todas as fotos do evento na página do Facebook da SPR: www.facebook.com/sociedadepaulistaderadiologia
12 • EVENTOS SPR
Próximo CMA acontece em
setembro em Botucatu
O próximo Clube Manoel de
Abreu será realizado nos dias 18, 19
e 20 de setembro na cidade de Botucatu com o tema Neurorradiologia.
A coordenação geral será dos Drs.
Seizo Yamashita, Sérgio Marrone
Ribeiro e Paulo Eduardo H. Antunes, e a coordenação científica será
do Dr. Lázaro Amaral.
Profissionais renomados como
os Drs. Antônio José da Rocha,
Bruno Siqueira Campos Lopes e
Renato Adam Mendonça serão os
palestrantes. O evento será realizado em três locais:
Social
•
Happy Hour de boas-vindas no
Hotel Chaillot
•
Almoço (sábado e domingo),
trucochopp, futechopp e jantar
na Associação dos Docentes
de Botucatu (Rubião Junior)
Científico
•
Aulas do sábado e
apresentação de casos de
domingo no Anfiteatro da
Faculdade de Medicina de
Botucatu (FMB Unesp)
Confira a programação
completa e as opções de
hospedagem em nosso
site: www.spr.org.br/
clube-manoel-de-abreubotucatu-2015
EMPRESAS PARCEIRAS
Confira os contatos destas empresas na página 31 desta edição.
Listada entre os mais
importantes centros de
pesquisa em Medicina
no País, a cidade de
Botucatu também é
reconhecida pelo folclore
e pelas belezas naturais
que a cercam. A região
é tida como a residência
do Saci Pererê
CURSOS SPR • 13
Edição 444 – Agosto de 2015
Curso de Radiologia:
últimas aulas de Neuro
A primeira aula de julho do
Curso de Radiologia para Residentes da SPR foi apresentada
pelo Dr. Lucas Ávila Lessa Garcia
e abordou o tema Hemorragia Intracraniana e Malformações Vasculares Intracranianas. No dia 22, o
Dr. Luiz Antonio Tobaru Tibana
falou sobre Anatomia da Coluna
Vertebral e Medula Espinal.
No mês de agosto, as aulas serão:
dia 5, ministrada pela Dra. Denise Tokechi do Amaral, Doença
Degenerativa da Coluna Vertebral;
dia 19, pelo Dr. Antônio José da
Rocha, Mielopatia Não Neoplásica; e dia 26, o Dr. Lázaro Faria do
Amaral falará sobre Tumores da Coluna e Medula Espinal.
A última aula do módulo de
Neurorradiologia será em 2 de setembro com o Dr. Renato Adam
Mendonça – Trauma Raquimedular.
Confira a programação completa em
nosso site: www.spr.org.br/curso-de-radiologia/programacao-2015.
As reuniões começam às 20h30 no
Hotel Golden Tulip Paulista Plaza,
localizado na Alameda Santos, 85.
A apresentação da carteirinha de
sócio da SPR é obrigatória na entrada da sala e a tolerância para
atrasos é de dez minutos após o
início da aula. Os certificados serão
conferidos somente aos participantes que obtiverem, no mínimo, 75%
de frequência no curso.
Dr. Dario Tiferes foi o convidado do Roentgen de julho
No dia 15 de julho, mais de 90
pessoas assistiram à apresentação do
Dr. Dario Tiferes presencialmente
e por meio da transmissão via web,
realizada em parceria com a empresa Pixeon. O tema da aula foi Lesões
Nodulares Hepáticas Benignas: Avaliação por Imagem.
Após a palestra, quatro casos nas
áreas de tórax, abdome, musculoesquelético e neurorradiologia foram
debatidos pelos Drs. Juliana Amorim Teixeira, Ricardo H. de Oliveira Barros, Fernando Tranquilini
da Silveira e Augusto Lio M. Gonçalves Filho e, confirmando ou não
os diagnósticos apresentados pelos
debatedores, os representantes da
Escola Paulista de Medicina - Unifesp, sob coordenação do Dr. Artur
da Rocha C. Fernandes, expuseram
seus pareceres finais.
O próximo encontro do Clube
Roentgen será em 12 de agosto,
segunda quarta-feira do mês, com
aula do Dr. Lázaro do Amaral, e
abordará o tema Novos Métodos de
Imagem na Avaliação dos Gliomas.
A mini CCRP trará casos cedidos pelo Hospital Sírio-Libanês
sob a coordenação do Dr. Luiz
Tenório. A participação é livre
e gratuita e o evento se inicia às
20h no Hotel Golden Tulip Paulista Plaza, localizado na Alameda
Santos, 85 – São Paulo.
Todas as reuniões do Clube Ro-
entgen também podem ser acompanhadas pela internet por meio de
uma transmissão realizada em parceria com a Pixeon. Acesse www.
spr.org.br/cursos-via-web e confira
o link de acesso no dia do evento.
14 • EVENTOS SPR
A incursão da Sociedade pela EaD
Em junho, a SPR passou a oferecer o Curso Online de Radiologia, primeira iniciativa em Educação a Distância (EaD), que tem
sido muito procurada por residentes. A primeira turma teve vagas
esgotadas em apenas dez dias, e
a Sociedade já abriu a segunda
turma. Novas turmas serão abertas
de acordo com a demanda.
Trata-se de um formato diferente de aulas editadas em plataforma
própria, com gerenciamento e relatórios específicos com o tempo dedicado às aulas. Por isso, a responsabilidade é compartilhada: a Sociedade
disponibiliza a melhor qualidade de
conteúdo e a melhor tecnologia, e o
aluno cumpre seu papel dedicando
seu tempo ao aprendizado.
Confira esta entrevista com o Dr.
Antônio José da Rocha e entenda
mais sobre sua importância e funcionamento. É válido ressaltar que
apenas sócios da SPR podem se inscrever no curso.
Como o Sr. avalia a iniciativa da
SPR ao investir na EaD?
A Sociedade oferece um curso
teórico com formação de três anos
que leva o conhecimento aonde o
associado estiver. Dessa forma, ela
acompanha o seu tempo e se coloca exatamente na posição que se
espera, acompanhando a tecnologia disponível.
Com a globalização, a SPR expandiu as fronteiras dos seus contatos e dos seus convênios de cooperação internacional, e passou a ser
possível trazer um número exponencialmente maior de professores
estrangeiros, ampliando o contato
com outras Sociedades e fazendo Congressos em parcerias com
outras entidades. Faltava entrar
na Educação a Distância para que
pudesse atender, durante o ano, os
diferentes níveis de expectativa dos
associados – expectativas atendidas
em cursos que vão até eles, para que
não seja mais necessário deslocar-se de seu ambiente familiar ou
afastar-se do trabalho.
Essa é a estratégia: colocar a SPR
nesse novo patamar, nessa nova
fronteira, atendendo a expectativa
de educação que progressivamente
será expandida a todos os níveis de
A SPR expandiu as fronteiras
dos seus contatos e dos seus
convênios de cooperação
internacional, e passou a ser
possível trazer um número
exponencialmente maior de
professores estrangeiros,
ampliando o contato com
outras Sociedades e fazendo
Congressos em parcerias
com outras entidades
sócios, desde o residente do primeiro
ano ao especialista mais avançado.
Quais os benefícios oferecidos ao
aluno que frequentar o curso nesse
formato?
O aluno tem um contato permanente com o curso; onde ele estiver,
tem a comodidade de assistir à aula
com a garantia do alto nível científico – a qualidade da aula é excelente, o aluno tem à disposição um dos
mecanismos mais modernos da educação a distância, além da biblioteca
STATdx, que é a melhor disponível para os residentes e um grande
sucesso em todo mundo. Todos os
inscritos no Curso Online podem
usufruir permanentemente desta biblioteca online, que não apenas tira
dúvidas sobre o Curso, mas também
oferece informações abrangentes de
todas as áreas da radiologia médica.
Comparado ao curso presencial,
quais as diferenças em relação a
conteúdo? Alunos de um ou outro
formato terão acesso a informações ou materiais diferenciados?
O novo formato de Educação a
Distância (EaD) difere muito em
qualidade, comodidade, conteúdo e
em gerenciamento do que se tinha
antes – trata-se de uma plataforma
de ensino moderna, que tem sido
explorada pelas melhores universidades do mundo, e é a modalidade
de ensino que mais cresce por acessar as pessoas aonde elas estiverem.
Assim, ela se molda às expectativas
das pessoas de forma muito interativa. O curso pode prover conteúdo didático-científico, material de
estudo e cria novidades, ao disponibilizar conteúdo cada vez mais
interativo para manter permanente
a atenção do usuário, o aluno. É
diferente de aulas gravadas, que são
simplesmente colocadas para que as
pessoas assistam; trata-se de modelo
interativo, muito atual, que tem um
conceito completamente diferente. Ele oferece plataforma própria,
gerenciamento e relatórios com o
tempo com que a pessoa se dedica
em assistir às aulas e, na medida em
que o tempo passa, outros desafios
serão incorporados ao curso e outras
etapas serão instituídas para o melhor gerenciamento online.
O aluno do curso presencial tem
um curso muito mais restrito, aula
expositiva com horário fixo, noturno – às vezes, torna-se difícil manter
a atenção dos alunos em uma aula
como essa , extremamente diferente
das aulas online. Nestas, os alunos
podem assistir quando e quantas
vezes quiserem, fazendo com que
se dediquem mais ao curso nos momentos em que estão mais acessíveis
e dispostos para aprender. Além
disso, há a biblioteca online e os
tutores (monitores) que podem auxiliar os alunos a distância com a
resposta para as perguntas a qualquer hora – quando as perguntas são
enviadas, os monitores, previamente
escalados, respondem às dúvidas teóricas de forma eficiente.
É necessário destacar um ponto
muito importante: a responsabilidade compartilhada, ou seja, a SPR
não tem obrigação de exigir que
as pessoas aprendam. Cabe à SPR
disponibilizar a melhor qualidade
de conteúdo, a melhor tecnologia
existente, e a responsabilidade em
aprender é de cada um.
Temos plena convicção que esse
primeiro módulo já se iniciou como
um curso de excelência. Há, obviamente, uma perspectiva de melhora,
uma margem de expansão e de novidades no futuro, explorando outras
ferramentas no ensino a distância. A
SPR já está cumprindo o seu papel,
e agora cabe àqueles que se inscreveram e estão frequentando o curso, se
esforçarem para reter a maior quantidade de conhecimento possível!
O nosso compromisso é com a
necessidade dos associados – se aumentar o número de interessados, a
SPR pretende disponibilizar maior
número de vagas e novos cursos
serão criados.
Como será o processo de avaliação
e entrega de certificados?
No Curso Online, o aluno deve
assistir a 100% das aulas e acertar no
mínimo 75% das questões nas avaliações ao final de cada módulo e na
avaliação final.
A maioria das aulas tem sido dividida em duas partes, com perguntas entre as duas metades e com uma
pergunta no fim, para garantir a fixação do aprendizado.
A procura pelo curso tem sido
grande. Interessados podem esperar novas turmas?
Durante as inscrições feitas na
JPR, a previsão inicial era de receber 400 alunos – o curso presencial
tinha 300. As vagas acabaram em
dez dias, e foi aberta a lista de espera
após um mês para a segunda turma.
Entre presencial e online, são mais
de 900 pessoas atendendo esse conteúdo. No fim do ano, serão abertas novas turmas para esse módulo
e para o novo módulo do ano que
vem, com novos conteúdos. Dessa
forma, apresentaremos módulos simultâneos.
Dúvidas poderão ser tiradas no
estande do Curso Online durante
o Feres Secaf e, se ainda restarem
vagas para a segunda turma – para os
inscritos na lista de espera que não
oficializarem a inscrição no Curso
ou outros colegas interessados -, poderão fazer inscrição no local.
EVENTOS SPR • 15
Edição 444 – Agosto de 2015
Quatro Grupos de Estudos se
reúnem em 6 de agosto
No mês de julho, os Grupos de
Estudo Gera (Abdome), Germe
(Radiologia Musculoesquelética),
Gema (Mama), Cardio (Cardiologia Vascular), Gene (Neurorradiologia), Geus (Ultrassonografia) e
Geped (Pediatria) reuniram diversos radiologistas e profissionais para
discutirem casos de cada área.
As reuniões de agosto se iniciam
no dia 6 com os Grupos: Gera,
Germe*, Gema e Geto (Tórax) no
Hotel Golden Tulip Paulista Plaza.
Na segunda quinta-feira do mês,
Cardio
Gene
Gema
será realizado o encontro do Grupo
de Neurorradiologia (Gene*) e, nas
próximas semanas, as reuniões do
Gecape (Cabeça e Pescoço), Geus*
e Geped* na sede da SPR ou no
Hotel Golden Tulip Paulista Plaza,
sempre com início às 20h. Consulte a agenda completa na página 31
desta edição ou no site da SPR.
Os interessados em apresentar
casos durante as reuniões deverão
preencher um formulário com seus
dados pessoais, informações sobre o
caso a ser apresentado e a autorização
Gera
para publicação ou não no site da SPR.
O não preenchimento do formulário
não impede a apresentação, porém, o
caso não será publicado e o autor não
receberá o certificado. Como é necessário que o Power Point seja instalado
no ambiente de transmissão antes do
início da exposição, solicitamos aos
apresentadores que cheguem à sala
com no mínimo 30 minutos de antecedência para gravar a apresentação
no computador disponível.
Os sócios da SPR que apresentarem suas carteirinhas na entrada de
Geus
Germe
todas as reuniões poderão obter pontos para a renovação do título de especialista junto à Comissão Nacional de Acreditação (CNA) da Associação Médica Brasileira (AMB).
Fique por dentro da programação da SPR acessando o site www.
spr.org.br e a página do Facebook
www.facebook.com/sociedadepaulistaderadiologia.
*É possível acompanhar estas reuniões pela
internet; confira a tabela com os links de acesso
em nosso site: www.spr.org.br/cursos-via-web.
16 • ATUALIZAÇÃO
Disfunção tireoidiana e os contrastes
Por Dra. Bruna Garbugio Dutra(*)
O uso do contraste iodado pode
estar associado à indução e/ou exacerbação de disfunção tireoidiana.
Apesar dessa ocorrência não ser
muito frequente, ela deve ser conhecida, uma vez que o número
de exames contrastados vêm aumentando nas últimas décadas.1,2 O
texto abaixo resume alguns tópicos
relevantes sobre o tema.
Qual a correlação entre os meios
de contraste iodado e a glândula
tireoide?
Os contrastes iodados e os hormônios tireoidianos apresentam o
Iodo como substrato comum, sendo
esse elemento químico essencial
para a produção dos hormônios tireoidianos - tirosina (T4) e triidotironina (T3) - e para a constituição
da estrutura básica do contraste iodado. Sendo assim, a administração dos meios de contraste iodado
promove o aumento sérico do Iodo,
disponibilizando-o em maior quantidade para a glândula tireoide, o
que pode acarretar um distúrbio da
produção hormonal tireoidiana.3
Qual a forma de apresentação do
Iodo no contraste iodado?
O Iodo pode se apresentar de
duas formas: ligado ao anel de benzeno (estrutura básica do contraste)
ou na sua forma livre (Iodeto). Pelo
fato de sua forma livre ser biodisponível e, por isso, ter potencial para
ocasionar distúrbios metabólicos,
principalmente tireoidianos, existe
uma recomendação de concentração máxima permitida de Iodeto
nos contrastes de cerca de 50 µg/
mL3. Levando-se em consideração
que a dose usual de injeção de contraste iodado seja de 50 mL a 100
mL, a dose máxima permitida de
Iodeto livre é de cerca de 2500 μg a
5000 μg nesses casos (15 a 37 gramas de Iodo total)1. É interessante
ressaltar que existe uma pequena
porcentagem (0,01% a 0,15%) do
Iodo ligado ao anel de benzeno que
pode tornar-se biodisponível.4
Qual a resposta tireoidiana frente ao
aumento da concentração sérica de
Iodo decorrente do uso do contraste?
Fatores de risco para disfunções tireoidianas induzidas pelo contraste iodado
Hipotireoidismo
•
Eutiroideos com antecedentes de doenças da tireoide:
– Doença de Graves tratados com radioiodo/drogas antitireodianas/cirurgia
– Tireoidectomia parcial
– Tireoidite de Hashimoto
– Tireodite prévia
– Tireodite pós-parto ou subaguda
– Tireotoxicose induzida por amiodarona tipo 2
– Pós-terapia com interferon alfa
•
Indivíduos saudáveis:
– Fetos ou neonatos
– Maiores de 65 anos
– Pós-terapia com interferon alfa
• Uso de substâncias que podem induzir o bócio:
– Lítio, carbamazepina, fenitoína, rifampicina
Hipertireoidismo
•
•
•
•
Deficiência crônica de Iodo
Bócio não-tóxico
Doença de Graves
Nódulo tireoidiano autônomo
Tabela modificada e baseada nos artigos de Hudzig, B.1 e Lee, S.Y.2
Habitualmente, inicia-se um
mecanismo autorregulatório com o
objetivo de evitar o aumento sérico
dos hormônios tireoidianos, caracterizado basicamente pela inibição
da produção e da liberação de T3
e T4 (efeito Wolf-Chaikoff)2. Em
indivíduos normais, após 24 horas
da exposição ao Iodo, inicia-se um
segundo fenômeno, chamado de
“mecanismo de escape”, que tentará
evitar o desenvolvimento de hipotireoidismo decorrente do mecanismo
autorregulatório. O “mecanismo de
escape” atua na inibição do simportador sódio-iodo (NIS) responsável
pelo influxo de Iodo para o interior
da célula folicular tireoidiana (NIS),
ocasionando uma redução da concentração de iodo intratireoidiano e,
consequente, estímulo para a produção hormonal com posterior normalização da função tireoidiana.1,3,5
Entretanto, existem pacientes
com fatores de risco específicos
que não apresentam essa resposta
habitual após o uso do contraste
iodado e evoluem, consequentemente, para disfunção tireoidiana
(Tabela)1,3. Pacientes que apresentam autonomia tireoidiana geralmente não iniciarão o mecanismo
autorregulatório após serem expos-
Apesar de a disfunção
tireoidiana não ser
muito incomum, se não
reconhecida e tratada
precocemente, pode levar
a complicações severas
e muitas vezes ser risco
potencial de morte,
principalmente na ocorrência
de crise tireotóxica. O tempo
de início das alterações
tireoidianas após o uso de
contraste iodado é de até
12 semanas, podendo ser
algumas vezes subclínica
tos a grande quantidade de Iodo1,
desenvolvendo hipertireoidismo
iodo-induzido (fenômeno de Jod-Basedow), podendo até evoluir
para crise tireotóxica em alguns
casos. Além disso, existe um outro
grupo de pacientes, que por falha
e/ou incapacidade do “mecanismo
de escape” e consequente predomínio do efeito de Wolf-Chaikoff,
poderão desenvolver hipotireoidismo após o uso de contraste.1,2
Qual a incidência de disfunções tireoidianas induzidas pelo contraste iodado?
Não se sabe ao certo a incidência exata, mas geralmente varia em
torno de 0,05% a 5%, sendo muito
mais frequente em pacientes com
disfunções tireoidianas prévias.1,3
Em relação aos neonatos que são
submetidos a exames contrastados,
existem relatos de desenvolvimento
de hipotireoidismo, sendo a incidência variável de 18,2% para os pré-termos e de 8,3% para os termos, fato
geralmente explicado pela imaturidade do “mecanismo de escape” nos
recém-nascidos pré-termos.6
Apesar de a disfunção tireoidiana
não ser muito incomum, se não reconhecida e tratada precocemente,
pode levar a complicações severas e
muitas vezes ser risco potencial de
morte, principalmente na ocorrência de crise tireotóxica. O tempo
de início das alterações tireoidianas
após o uso de contraste iodado é de
até 12 semanas, podendo ser algumas vezes subclínica.1 Em relação à
ocorrência de tireotoxicose, a incidência relatada é de cerca de 0,25%
a 0,34 % em regiões deficientes em
Iodo e de 0,0028% em regiões não
deficientes de Iodo.3
ATUALIZAÇÃO • 17
Edição 444 – Agosto de 2015
iodados
Existe risco de disfunção tireoidiana
para os grupos de pacientes abaixo?
a) Feto ou recém-nascido exposto
ao meio de contraste intravenoso
durante a gestação
Sabe-se que o Iodo livre pode
atingir a circulação sanguínea fetal
por via transplacentária; sendo
assim, existe a preocupação da
eventual ocorrência de distúrbios
tireoidianos. A tireoide do feto é
sensível à exposição de altas doses
de Iodo até aproximadamente 36
semanas de vida, devido à imaturidade do “mecanismo de escape”,
podendo então desenvolver disfunções tireoidianas, principalmente
hipotireoidismo. Existem inúmeros casos relatados de hipotireoidismo após o uso de contraste lipossolúvel (lipiodol).2,3 Entretanto,
devido ao uso mais recente e constante de contrastes hidrossolúveis,
esse grande risco de desenvolver
disfunções tireoidianas reduz drasticamente, principalmente porque
esses contrastes são excretados em
menor tempo, o que faz com que os
níveis séricos de Iodo retornem ao
normal mais rapidamente. A maioria dos estudos que avaliou o uso de
contrastes hidrossolúveis não evidenciou desenvolvimento significante de hipotireoidismo após a exposição intravenosa de contraste na
gestante.2,7,8,9 Mesmo assim, apesar
de serem baixos os riscos, é prudente monitorar a função tireoidiana
do recém-nascido durante a primeira semana de vida nos casos de
exposição durante a gestação2,3,11,
lembrando que na maioria dos serviços de saúde esse monitoramento
já ocorre como protocolo da neonatologia, como no caso do Brasil que
realiza o “teste do pezinho”.
b) Lactante
Em relação à amamentação,
como foi abordado em tema anterior
na publicação do Jornal da Imagem,
sabemos que cerca de 0,01% do contraste iodado administrado na mãe é
absorvido pelo trato gastrointestinal
do lactente3, o que totaliza cerca de
menos de 1% da dose recomendada para a criança caso ela realize um
exame contrastado. Sendo assim, o
potencial risco para a ocorrência de
É difícil predizer se o
paciente submetido a
um exame contrastado
terá predisposição para
desenvolver disfunções
tireoidianas. Entretanto,
algumas precauções
poderão ser tomadas
como tentativa de
minimizar os riscos
disfunção tireoidiana no lactente
é muito menor pela amamentação
quando comparado aos casos em
que são submetidos a um exame
contrastado, deduzindo que é seguro para o lactente o uso do contraste
intravenoso na mãe.
c) Disfunção renal
Como quase a totalidade do Iodo
é excretado pelo rim (90%), sendo o
restante através das fezes e do suor,
supõe-se que pacientes com disfunção renal tenham um potencial
risco de maior acúmulo de Iodo.
Entretanto, não existem estudos
que comprovem esta associação
como significante.11,12
Quais as condutas mais apropriadas
para evitar a disfunção tireoidiana
induzida pelo contraste iodado?
É difícil predizer se o paciente
submetido a um exame contrastado
terá predisposição para desenvolver
disfunções tireoidianas. Entretanto, algumas precauções poderão ser
tomadas como tentativa de minimizar os riscos, entre elas: questionar
sobre antecedentes pessoais e familiares de disfunção tireoidiana, verificar a presença de fatores de risco
(Tabela), avaliar a existência de
nódulos tireoidianos (palpação ou
exame de imagem) e realizar a dosagem dos níveis séricos de TSH somente nos pacientes de alto risco.1,3
Caso o paciente tenha positividade
para um desses itens questionados,
ele se enquadra como paciente de
risco. E, nestes casos, é prudente
avaliar a real necessidade da realização do contraste iodado e verificar
outras possibilidades de exames de
imagem, solicitar a avaliação de um
endocrinologista e, em alguns casos,
realizar a profilaxia, lembrando que
esta é uma medida questionável.1,3
Nos casos de pacientes com hipertireoidismo manifesto, é contraindicado o uso do contraste.3
É necessária a profilaxia?
A profilaxia é controversa e sua
indicação é somente para os pacientes de alto risco, sendo geralmente
realizado o uso oral de perclorato de
sódio e/ou tiamazol.1,3
Qual o intervalo de tempo necessário para a realização de iodoterapia ou cintilografia após o uso de
contraste iodado?
O intervalo de tempo varia um
pouco de acordo com os estudos,
porém, de uma maneira geral, preconizam de um a dois meses. Um
dos estudos mais recentes sobre o
assunto13 avaliou prospectivamente
a concentração urinária excretada de
Iodo em pacientes eutireoideos submetidos a exames com contraste iodado, em que se verificou que o pico
de concentração urinária foi de cerca
de uma semana e sua normalização
foi em 5,2 semanas, sendo prudente
aguardar um intervalo de tempo de
pelo menos dois meses segundo este
artigo, orientação esta também dada
pelo Consenso da European Society
of Urologic Radiology (ESUR)3.
Referências
1.Hudzik, B;Zubelewicz-Szkodzinska, B. Radiocontrast-induced thyroid dysfunction: is it
common and what should we
do about it? Clinical Endocrinology (2014) 80(3), 322–327.
2.Lee, S. Y., Rhee, C. M., Leung,
A. M., Braverman, L. E., Brent,
G. A., & Pearce, E. N. (2015).
A Review: Radiographic Iodinated Contrast Media-Induced
Thyroid Dysfunction. The Journal of Clinical Endocrinology &
Metabolism, 100(2), 376–383.
doi:10.1210/jc.2014-3292
3.
Contrast Media Safety Issues
and ESUR Guidelines. Euro-
pean Society of Urologic Radiology. 3rd edition. 2014.
4.
Van der Molen AJ, Thomsen
HS, Morcos SK. Effect of iodinated contrast media on thyroid
function in adults. EurRadiol
2004; 14:902–7.
5.
Eng PH, Cardona GR, Fang
SL, et al. Escape from the
acute Wolff-Chaikoff effect is
associated with a decrease in
thyroid sodium/iodide symporter messenger ribonucleic acid
and protein. Endocrinology.
1999;140(8):3404–3410.
6.
Ahmet A. et al. Hypothyroidism in neonates post-iodinated contrast media: a systematic
review. ActaPaediatrica. 2009;
98(10):1568–1574.
7.Rajaram, S. et al. Effect of antenatal iodinated contrast agent
on neonatal thyroid function.
Br J Radiol. 2012;85(1015): e
238 – e242.
8.
Bourjeily, G. et al. Neonatal
thyroid function: effect of a single exposure to iodinated contrast medium in utero. Radiology. 2010;256(3): 744 –750.
9.Kochi, M.H., et al. Effect of
in-utero exposure of iodinated intravenous contrast on
neonatal thyroid function.
J Comput Assist Tomogr.
2012;36(2):165–169.
10.American College of Radiology manual on contrast media.
American College of Radiology, 9th ed., 2013.
11.
Rhee, C.M., et al. Association
between iodinated contrast media
exposure and incident hyperthyroidism and hypothyroidism.
Archives of Internal Medicine,
2012. 172, 153–159.
12.
Moisey, R.S. et al. Thyroiditis
and iodide mumps following an
angioplasty. Nephrol Dial Transplant. 2007;22(4):1250 –1252.
13.
Lee S.Y., et al. Urinary iodine excretion and serum thyroid
function in adults after iodinated contrast administration.
Thyroid. 2015 May;25(5):471-7.
Dra. Bruna Garbugio Dutra é Fellow em Neurorradiologia na Santa Casa de
Misericórdia, São Paulo.
*Com colaboração dos Drs. Claudia Castilho, Fernando Porala, Marcelo Amaral, Marco Lauzi,
Pablo Rydz, Raquel Macedo e Tufik Bauab Jr. (Grupo de Estudo de Meios de Contraste – SPR).
EVENTOS SPR • 19
Edição 444 – Agosto de 2015
A contribuição ibérica e latina
nas aulas da JPR’2015
Dando continuidade à
cobertura da 45ª Jornada
Paulista de Radiologia
(JPR’2015), conforme
anunciado nas edições
passadas, confira aqui
a grande contribuição
oferecida por profissionais
da Espanha e Portugal,
países parceiros na
organização do evento, e
também da América Latina.
Conheça os dados do
rastreio de mama em
Portugal, apresentados pelo
Dr. José Carlos Marques,
e o sucesso do segundo
ano das ocorrências
apresentadas na Sala
América Latina, moderadas
pelo Dr. Pablo Soffia,
presidente da Sociedade
Chilena de Radiologia.
Ainda, veja detalhes da
palestra educacional
sobre como fazer uma
apresentação oral e
escrever um artigo
científico em radiologia,
conduzida pelo Dr. Jose
Luis del Cura, presidente
da Sociedade Espanhola
de Radiologia Médica.
Com reportagem de Alex Mirkhan,
Oldair de Oliveira e Verônica Valois
Portugal apresenta experiência com
programa de rastreio de câncer da mama
O número de mulheres em
Portugal é de aproximadamente 6
milhões, sendo a maioria da população deste país ibérico. A notícia
ruim é que a cada ano, 4,5 mil delas
são vítimas do câncer da mama e
pelo menos 1,5 mil morrem, em
igual período, em decorrência desta
doença. Para minimizar estes números foi implementado em 1986
um programa de rastreamento focado nesta neoplasia, graças aos esforços da Liga Portuguesa contra o
Cancro (LPCC). A iniciativa deu
tão certo que em 2000, foi firmado
um convênio com o governo local,
se transformando em um programa
nacional, com coordenação e metodologia comuns.
Este trabalho começou no
Centro de Portugal (Lisboa) e,
paulatinamente, segundo o Dr.
José Carlos Marques, membro do
programa, foi ampliado, chegando ao Norte e Sul do país. Hoje,
centralizado nestas três regiões,
conta com 28 unidades móveis e
uma fixa. Com a iniciativa, abriu-se caminho para a descoberta
Desde que foi que
o programa foi
implementado, foram
realizadas, em âmbito
nacional, mais de 1,6
milhão de mamografias
e detectados mais de
2,2 mil tumores
precoce de tumores em condições
não palpáveis e ainda não invasivos, permitindo assim o tratamento com cirurgia conservadora
e menos traumatizante e maior
sobrevida da paciente.
Como forma de aderir à iniciativa, as mulheres em idade rastreável
(entre 45 e 69 anos), inscritas para
realizar mamografia nas Unidades
de Saúde portuguesas, recebem em
casa uma carta-convite da Liga para
participarem do programa, cujos
processos se repetem de dois em
dois anos. “Inicialmente usávamos
mamografias analógicas e, em 2007,
fizemos a transição para o sistema
de digitalização indireta. Isso facilitou muito em termos de transporte de imagem, de arquivo e de
leitura. A partir de 2011, migramos
de novo, agora para a digitalização
direta”, afirmou José Marques, revelando ainda que, quanto maior a
taxa de participação, melhores os
resultados alcançados.
Desde que o programa foi implementado, foram realizadas, em
âmbito nacional, mais de 1,6 milhão de mamografias e detectados
mais de 2,2 mil tumores. “O rastreio tem permitido o diagnóstico
de centenas de cancros em fase inicial e, consequentemente, curáveis
ou controláveis”, enfatiza. Segundo
ele, no momento, apenas três regiões portuguesas estão à margem
desta iniciativa: Algarves e as ilhas
Açores e Madeira. “Só foi possível
notar o efeito do programa depois
de dez anos. A partir de 2000 começamos a observar a divergência
nos números referentes à mortalidade e sobrevida da população
acompanhada e daquela que estava
fora do rastreio”, destacou.
20 • EVENTOS SPR
Sala América Latina
Pela segunda vez consecutiva, a
JPR dá espaço à Sala América Latina para discussão de casos com votação eletrônica. Para uma audiência quase completa, foram expostas
e comentadas ocorrências médicas
pelos Drs. Sonia Bermúdez, chefe
de seção de neurorradiologia diagnóstica da Fundación Santa Fe de
Bogotá, e Juán Carlos Guerra, presidente da Federação Equatoriana
das Sociedades de Radiologia.
O encontro, que teve como tema
central Signos Radiólogicos, levantou
questões e características relacionadas a enfermidades do corpo humano, desde a cabeça até as extremidades. Sessão interativa, a votação
teve adesão dos participantes, que
puderam escolher uma entre quatro
alternativas em apenas dez segundos. A média geral de acertos foi de
aproximadamente 50 por cento.
Especializada em enfermidades
na cabeça, Dra. Sonia Bermúdez
apresentou seis casos diferentes,
junto de detalhes sobre características físicas dos pacientes e
EVENTOS • 21
Edição 444 – Agosto de 2015
repete êxito do ano passado
históricos médicos, que pudessem
ser decisivos para os diagnósticos
corretos. Para identificá-las, Dra.
Sonia comparou as semelhanças
apresentadas entre ultrassons, an-
giografias e tomografias computadorizadas com signos populares,
dentre os quais os signos do rei,
da cruz ou do pãozinho de Páscoa,
da Medusa e da zebra.
Já Dr. Juan abordou signos radiológicos em casos pediátricos
desde recém-nascidos até meninos
de 15 anos que, segundo ele, são
mais cotidianos e vistos com maior
frequência, mas que inspiram
atenção: “Esse painel é uma boa
indicação de que não estamos vacilando nesses casos mais frequentes, porém, muitas vezes difíceis”.
Copo de vermut (persistência do
condutor vítreo primário), vidro
esmeraldino (displasia fibrosa), escaravelho (criptoftalmia) e empedrado (osteoma) foram alguns dos
diagnósticos encontrados.
Devido ao êxito do ano passado,
essa edição teve a sua carga horária
estendida para o período da manhã
e da tarde. Sobre isso, comentou
o Dr. Pablo Soffia, presidente da
Sociedade Chilena de Radiologia
(SOCHRADI) e moderador do
encontro: “Agradeço à organização
do evento que reconheceu nossos
esforços e sucesso de público no
ano passado e, por isso, ampliou o
nosso período de exposição”.
O cuidado com a produção acadêmica
A 45ª edição da JPR atendeu
a todos os interesses na área de
radiologia. Os congressistas tiveram acesso a conferências de
temas variados que abrangeram
estudos de casos, questões polêmicas como telerradiologia
e erros médicos, interpretação
de imagens, humanização no
ambiente de diagnóstico e conselhos acadêmicos à hora de
escrever um artigo científico ou
mesmo apresentar uma palestra.
As indicações acadêmicas para
produção e apresentação científica
ficaram por conta do Dr. Jose Luis
del Cura, presidente da Sociedade
Espanhola de Radiologia Médica
(SERAM), que, no primeiro dia
do evento, apresentou as aulas
Como Fazer uma Apresentação Oral
em Radiologia e Como Escrever um
Artigo Científico em Radiologia.
No que diz respeito à produção de um artigo científico, o
presidente da entidade atentou
para a necessidade de se cumprir
com uma série de requisitos de
estilo, trabalho e investigação. Entretanto, apesar de enumerar normas a serem seguidas, salientou que
publicar um artigo em uma revista
biomédica não é tarefa difícil.
Por outro lado, comentou uma
questão aparentemente óbvia, mas
que parece ser esquecida à hora
de escrever um trabalho acadêmico. “Em um artigo, deve-se incluir
apenas os dados; não é lugar de adicionar opinião. Ou seja, valorações
subjetivas de um artigo científico
não devem existir”, indicou.
Ainda nesse âmbito, Dr. del Cura
destacou pontos fundamentais para
legitimar a autoria de um artigo científico: realizar uma contribuição significativa através de sua concepção, da
aquisição de dados e interpretação dos
mesmos foram alguns deles. Além
disso, de acordo com o professor, o artigo tem que ser revisado criticamente
e, sua versão final, aprovada.
Já na exposição sobre comunicação oral de um trabalho científico,
Dr. del Cura apresentou alguns truques para se alcançar um bom de-
sempenho. Segundo ele, todos
os médicos devem saber que em
algum momento serão demandados a comunicar aquilo que
sabem. Para que realizem essa
tarefa com êxito, afirmou que respeitar o tempo é uma das principais normas. “Uma comunicação
científica deve ser breve. Não se
trata de uma conferência, mas
sim de uma apresentação na qual
se retratam dados do estudo.”
Finalmente, o presidente da
SERAM evidenciou itens que
devem ser levados em conta durante esse tipo de interlocução,
como o tom de voz, a aportação
constante de novos elementos
que permitam manter a atenção da audiência e a adaptação
da técnica docente ao público
que se ensina. “Eu nunca faço as
minhas conferências de maneira
igual, sempre me informo antes
sobre o tipo de público que terei,
e mudo um pouco o tom ou a
profundidade de determinados
conceitos”, concluiu.
22 • EVENTOS SPR
Te vimos na JPR
NOTÍCIAS • 23
Edição 444 – Agosto de 2015
Sócios SPR têm inscrição
gratuita em Congresso da SPNR
A Sociedade Portuguesa de Neurorradiologia (SPNR) realiza seu 11º
Congresso de 23 a 25 de outubro na
cidade de Aveiro e, reforçando a
parceria estabelecida entre as entidades, os sócios da SPR têm direito a
inscrição gratuita. Ela pode ser feita
diretamente no local do congresso,
mediante apresentação da carteira de
sócio da Sociedade. O evento também celebrará os 25 anos da SPNR.
Dentre os palestrantes, está o Dr.
Antônio José da Rocha, ex-presidente da SPR, além de outros especialistas portugueses e de outros países,
além de representantes da European
Society of Neuroradiology-Diagnostic and Interventional (ESNR),
World Federation of Interventional
Neuroradiology (WFITN) e Sociedade Ibero Latino-Americana de
Neurorradiologia Diagnóstica e Terapêutica (SILAN).
O tema principal será o acidente
vascular cerebral (AVC), e haverá
uma mesa redonda sobre o tema com
a participação de diferentes especiali-
SPR na mídia
por imagem. O encontro acontece
há 40 anos e, desde a primeira reunião, os avanços tecnológicos são
utilizados para ajudar a diagnosticar
e tratar pacientes de câncer”.
Um vídeo de quase quatro minutos mostrou como funciona a
reunião e entrevistou participantes
– confira: goo.gl/w13Uw8.
No dia 8 de julho, foi a vez do Dr.
Nelson Caserta ser foco de notícias.
O site da Faculdade de Ciências Mé-
dicas da Unicamp noticiou a nomeação do docente como representante da Sociedade Europeia
de Radiologia Gastrointestinal e
Abdominal (ESGAR) no Brasil
para mandato de dois anos.
Em entrevista ao site, ele afirmou que a nomeação veio ao encontro de propósitos da SPR, de
onde é diretor e presidente do
Clube Manoel de Abreu. Leia a
entrevista no link: goo.gl/mrA76X.
Nos últimos meses, temas da
SPR e professores ligados à entidade foram destaque de reportagens na mídia.
O Clube Manoel de Abreu de
Araçatuba foi destaque na TV
Record de Rio Preto. A matéria
anunciou: “Radiologistas se reuniram em Araçatuba para discutir inovações nos diagnósticos
Hospital de Barretos apresenta
80 aparelhos
para radioterapia Workshop em DI e MN
chegarão ao SUS No dia 29 de agosto, o Departa- objetivo é aprofundar a discussão
O Ministério da Saúde anunciou
a compra de 80 aceleradores lineares,
equipamentos para tratamento de
pacientes com câncer que precisam
de radioterapia no Sistema Único de
Saúde (SUS). Os aparelhos serão destinados à ampliação de serviços existentes e a criação de novas unidades
de atendimento oncológico e beneficiarão 65 municípios. Também serão
licitadas obras para a construção dos
“bunkers”, locais destinados a abrigar
os aceleradores para garantir a segurança de pacientes e profissionais.
Ainda, um acordo assinado entre
o Ministério da Saúde e a empresa
Varian Medical Systems colocará o
Brasil à frente no desenvolvimento
de tecnologia para tratamento radioterápico. O País abrigará a primeira
fábrica para soluções de radioterapia
da América Latina. Atualmente, os
aceleradores lineares são importados.
A previsão é que a unidade inicie suas
atividades em dezembro de 2018.
mento de Diagnóstico por Imagem
do Hospital de Câncer de Barretos
realizará, em conjunto com o Departamento de Medicina Nuclear, o
1º Workshop com o tema Correlação
diagnóstica e terapêutica nos tumores de
pulmão, rins, próstata e linfomas.
O evento contará com a presença
de renomados professores nacionais,
com destaque nas áreas de diagnóstico, intervenção e PET/CT, e seu
sobre os temas específicos, com
apresentação de casos práticos, por
meio da interação com equipe multidisciplinar, permitindo a consolidação de conhecimentos.
O Hospital de Câncer de Barretos
também proporcionará, através do
IRCAD, a possibilidade de sessões
interativas. Inscrições e outras informações no endereço www.hcancerbarretos.com.br/oncoeventos/.
Ceará atualiza piso dos técnicos e
cria cargo de operador de RM
Foi definido o novo piso salarial,
no valor de R$ 1.426, para técnicos
em Radiologia do Estado de Ceará,
em convenção coletiva entre o Sindicado dos Estabelecimentos de Serviços de Saúde do Estado do Ceará
(Sindessec) e o Sindicato dos Técnicos e Auxiliares em Radiologia do
Estado do Ceará (Sintarc). O piso
vigora com data retroativa de 1º de
maio deste ano, nova data-base da categoria, que tem jornada de 24 horas
semanais. O salário tem adição de
40%, referente a risco de vida e insalubridade. Outra conquista da categoria foi a criação do cargo de operador
de Ressonância Magnética no Estado
do Ceará, com salário de R$ 1.250, e
adicional de 20% por insalubridade.
A jornada semanal é de 44 horas.
dades médicas, sociedades científicas
e da Ordem dos Médicos Portuguesa. Paralelamente, o congresso incluirá dois cursos, um de física médica e outro de imagem multimodal.
Haverá, ainda, a realização de um
evento social destinado à divulgação
do tratamento do AVC. Outras informações: goo.gl/2pz8Zi.
ANS prorroga
consulta pública
do Rol de
Procedimentos
A Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) prorrogou a data
da consulta pública para revisão do
Rol de Procedimentos e Eventos em
Saúde, até 18 de agosto devido ao interesse da sociedade em participar da
discussão e encaminhar propostas.
A revisão tem como objetivo garantir o acesso ao diagnóstico, tratamento e acompanhamento de doenças, por meio de técnicas que possibilitem melhores resultados em saúde.
A atual proposta prevê a inclusão
de 11 procedimentos médicos – entre
terapias e exames –, além da inclusão
de um medicamento antineoplásico
oral para o tratamento do câncer de
próstata, a ampliação de indicações
para diagnóstico e tratamento de 16
síndromes genéticas e a inclusão de
diretriz clínica para avaliação geriátrica ampla. Além disso, o aumento
do número de sessões/consultas com
profissionais de saúde e a indicação
de consultas com nutricionista para
gestantes fazem parte da proposta.
O Rol de Procedimentos e Eventos em Saúde é obrigatório para todos
os planos de saúde contratados a partir da Lei nº 9.656/98, os chamados
“planos novos”, ou aqueles que foram
adaptados à lei. O novo rol passa a
vigorar a partir de janeiro de 2016.
Os interessados na consulta pública nº 59 podem acessar os documentos disponíveis no portal da ANS
(www.ans.gov.br) e enviar as contribuições exclusivamente por meio de
formulário eletrônico.
24 • SPR GLOBAL
Fórum aborda histórico e
atualização da Telerradiologia
Em 7 de agosto, o CFM se une
ao Colégio Brasileiro de Radiologia e Diagnóstico por Imagem
(CBR) na realização do II Fórum
de Telerradiologia, no Instituto de
Radiologia do HC/FMUSP. Serão
abordados os temas de experiência
da telerradiologia na Europa, condi-
ções técnicas para a telerradiologia,
histórico e atualização da Resolução
sobre a telerradiologia, armazenamento digital, controle de qualidade
e as melhores práticas para a fiscalização da atividade.
“O objetivo é dar continuidade
e sequência às discussões iniciadas
em 2013. Não há dúvida de que
esta inovação tecnológica traz grande contribuição para o atendimento
aos pacientes”, afirmou Dr. Aldemir
Humberto Soares, coordenador da
Câmara Técnica de Diagnóstico por
Imagem do CFM. “Considerando-se a celeridade com que novos co-
nhecimentos e técnicas são incorporados à área médica, é preciso sempre
uniformizar e estabelecer critérios
para o efetivo cumprimento das normas éticas.”
Para inscrições no II Fórum de
Telerradiologia CFM/CBR, acesse:
www.eventos.cfm.org.br/.
Pixeon mostra casos de sucesso com seu HIS
A Pixeon divulgou que, os
hospitais que utilizam seu Sistema de Informação para Hospitais (HIS) conseguem tornar
sua rotina mais ágil e aumentam
o número de atendimentos realizados por otimizar tempo e atividades
envolvidas. No caso do Real Hospital Português da Beneficência de
Pernambuco, o número de atendi-
O EXAME SÓ PODE SER
FEITO DENTRO DA CLÍNICA,
MAS O CONFORTO É TANTO
QUE A SENSAÇÃO É DE ESTAR FORA.
A linha de ressonância magnética Titan
da Toshiba Medical do Brasil oferece a maior
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completa do HIS, aumentou em
200% no período de dois anos, subindo de 150 para 450 pacientes por
dia. Geração de prontuário eletrôni-
co, emissão de registros clínicos,
exames, evoluções médicas e detalhes médicos e de enfermagem
também podem passar pelo sistema HIS da Pixeon.
SPR GLOBAL • 25
Edição 444 – Agosto de 2015
En agosto, SPR habla español
Neste mês de agosto, os profissionais da Radiologia e Diagnóstico por
Imagem têm dois grandes congressos
no exterior para contribuir com seus
processos de atualização científica.
Logo no início do mês, dos dias
5 a 8, o 40º Congresso Colombiano de
Radiologia será realizado em Cartagena das Índias e contará com um
programa acadêmico com simpósios
em dez diferentes áreas, sessões práticas e interativas, apresentações orais
de trabalhos científicos e de casos,
encontro de residentes, entre outros.
Em sua grade, contará com dois
professores da SPR – confira os temas:
• Massas abdominais císticas na
infância; Problemas pulmonares neonatais; Doenças obstrutivas do trato
urinário: avaliação pré e pós-natal e,
Avaliação de abdome agudo de origem
não apendicular, aulas apresentadas
pelo Dr. Antônio Soares Souza,
presidente da SPR;
Profissionais renomados participaram
do evento promovido pelo ACR, em
julho, nos Estados Unidos. Entre eles,
Lawrence Lau, Luis Marti-Bonmati,
Ricardo García Mónaco, James
Borgestede, Richard Baron, Renato
Adam Mendonça e Eric Stern.
• Ultrassom do esqueleto imaturo,
problemas dos jovens atletas; Ultrassom das lesões traumáticas dos dedos e
Os músculos ao redor do quadril: descomplicando a anatomia e as principais
doenças, palestras sob responsabilidade do Dr. Mauro Brandão.
Ainda, Dr. Renato se unirá ao Dr.
Tufik Bauab Jr. para discutir com as lideranças argentinas uma parceria entre
os países para um curso em 2018.
Informações e inscrições pelo site
www.ccr2015.org.
Já de 27 a 29 de agosto, a Argentina será o destino: o 61º Congresso
Argentino de Diagnóstico por Imagens manterá a integração de todas
as sociedades da especialidade daquele país para oferecer uma variedade de atividades educacionais
que abordam diversos temas. Contará com professores do Canadá,
Chile, Colômbia, Estados Unidos,
França, México e Bélgica, além do
Brasil. Novamente, professores da
SPR contribuirão para o enriquecimento do conteúdo oferecido:
• As aulas Linfoma do sistema
nervoso central e Diagnóstico diferencial de mielopatia não-neoplá-
sica estarão sob responsabilidade
do Dr. Antônio Rocha, ex-presidente da SPR;
• Dr. Antônio Soares Souza
também participará deste evento,
falando sobre Doenças pulmonares
no recém-nascido; Abdome: Desafios
do diagnóstico e Massas abdominais.
Os Drs. Renato Mendonça e
Nelson Caserta também estarão
presentes para participação no Encontro dos Residentes.
Informações e inscrições para este
congresso no endereço http://congreso.faardit.org.ar.
26 • ESPAÇO DO LEITOR
Atuais desafios da gestão
de radiologistas
Por Dr. Felipe Morais, médico
radiologista e Alexandre Ribenboim,
empreendedor
Os radiologistas são profissionais
altamente qualificados e, por isso,
exigem um ambiente de trabalho
de excelente nível, em termos tecnológicos, funcionais e financeiros.
Estes profissionais costumam aceitar bem uma liderança apenas quando enxergam mérito no líder. Radiologistas só confiam na liderança
de outros radiologistas, e dos bons!
Médicos de outras especialidades
ou radiologistas tecnicamente fracos
sofrem muito ao tentar liderar um
time desta especialidade.
O mercado responde ao desafio de
gerenciar radiologistas de duas formas: de um lado, temos as grandes
corporações, que sempre utilizaram
intensamente seus recursos como
principal ferramenta para atrair e
reter profissionais. Isso envolve bons
salários, custeio de cursos e congressos, além, é claro, de fornecer segurança e o status de se trabalhar numa
empresa de renome. Estes serviços
podem pagar por coordenadores e
diretores médicos de inquestionável
competência técnica na radiologia.
A concentração de “estrelas” nessas grandes empresas atrai o médico
mais novo, que aceita trabalhar duro
em troca da possibilidade de, um
dia, se tornar um profissional respeitado e repetir o ciclo. Do outro
lado, hospitais e clínicas de menor
porte ou instituições que estão começando a funcionar têm acesso
limitado aos melhores profissionais,
e se contentam em ser coadjuvantes
no mercado de trabalho. Durante
muito tempo foi essa a lógica que
prevaleceu. Mas as coisas estão mudando muito rápido, principalmente
em função das inovações em comunicação, do acesso à tecnologia e do
perfil da nova geração de profissionais que chega ao mercado de trabalho, os radiologistas da Geração Y.
As novas tecnologias permitem
mais mobilidade aos radiologistas,
inclusive com o trabalho totalmente
remoto, o que transforma a forma
com que a equipe de médicos se relaciona e deve ser liderada. A credibilidade do líder torna-se ainda
mais importante. As ferramentas de
gestão da qualidade, produtividade e
controle da lista de trabalho têm que
ser aprimoradas, com informações
em tempo real, por exemplo.
Este é o cenário das empresas
de telerradiologia, que necessitam,
acima de tudo, gerenciar bem seus
radiologistas a distância. Para isso,
é fundamental garantir a qualidade dos laudos e colocar em uso as
melhores práticas de comunicação e
trabalho colaborativo, com o objetivo de atender a grandes volumes de
solicitações de laudos com tempos
de entrega curtos, especialmente
para os exames de urgência.
As novas tecnologias
permitem mais mobilidade
aos radiologistas,
inclusive com o trabalho
totalmente remoto, o que
transforma a forma com
que a equipe de médicos
se relaciona e deve ser
liderada. A credibilidade
do líder torna-se ainda
mais importante
Do lado da Geração Y, a web,
o ensino a distância, o trabalho remoto, o capitalismo consciente e a
nova economia (ou economia criativa) são os temas formadores desta
turma, o que faz com que antigas
regras, práticas de liderança e arranjos produtivos não façam mais
sentido. O impacto da Geração Y
já foi avaliado em inúmeras áreas.
Na radiologia, basta ver como este
“tufão” está revirando a cabeça dos
gestores tradicionais e, ao mesmo
tempo, oferecendo uma grande
oportunidade para quem sabe aproveitar as características desses jovens profissionais. Podemos citar:
Fim da separação de vida pessoal
e profissional - a geração Y quer
se sentir bem, tanto em casa,
quanto no trabalho;
Valorização de um propósito – já
não se busca trabalhar apenas
pelo dinheiro. Os jovens buscam
um trabalho que pague bem,
sim, mas com um propósito
maior, como o impacto social;
Reconhecimento de uma
liderança por mérito – líderes
que não sabem colocar a mão
na massa, que manifestam uma
postura arrogante ou que não
ouvem sua equipe não têm vez
com a Geração Y.
Este cenário, no qual profissionais
ultra qualificados (e escassos) buscam mais do que um bom salário, já
é um desafio e tanto, não? Por isso,
afirmamos que, para um gestor de
radiologistas é cada vez mais importante conhecer bem e adaptar seus
processos e cultura às características tanto do radiologista tradicional
quanto do radiologista da Geração
Y, especialmente enquanto os dois
estiverem convivendo na mesma
unidade de laudos, fato cada vez
mais comum. Oferecer aos radiologistas um propósito que vai além do
expediente e do salário no final do
mês é um dos caminhos, mas não o
único. O uso intensivo de tecnologia
é outro, mas não suficiente. Apenas
instituições capazes de entender e
enfrentar os desafios do mercado
de trabalho em transformação terão
espaço nos corações e mentes dos radiologistas, de agora e do futuro.
PERFIL • 27
Edição 444 – Agosto de 2015
Pluralidade na medicina
Formado em 1975, Dr. Ayrton Pastore acabou por trocar a Obstetrícia
e Ginecologia pela Ultrassonografia – e a troca se transformou em soma.
Aqui, ele fala como essa transição foi benéfica para sua carreira
Nascido no Brás, em São Paulo, Dr. Ayrton
Roberto Pastore vem de uma família simples,
com raízes em Benevento, próximo a Nápoles, sul
da Itália. Foi um jovem da geração dos Beatles e
das músicas românticas, em especial as italianas
cantadas pelo Pino Donaggio, Pepino de Capri e
Gianni Morandi, entre outros.
Adorava jogar futebol, no Colégio Arquidiocesano, onde estudou, ou no Clube Atlético Ipiranga , como federado. “As domingueiras do C.
A. Ipiranga eram sensacionais e, em uma delas,
em 1971, conheci a minha esposa. Cursava o 2o
ano da faculdade de Medicina”, lembra.
A paixão pela profissão começou cedo – aos
cinco anos, falou pela primeira vez que queria ser
médico, e disse que nunca houve qualquer tipo de
pressão de seus pais ou familiares para que o fizesse. “Era meu desejo. Cursei a Faculdade de Medicina de Sorocaba da PUC-SP de 1970 a 1975.”
Dr. Pastore fez Residência Médica no Departamento de Obstetrícia e Ginecologia do HC da
FMUSP de 1976 a 1978. Sua maior incentivadora foi a Profa. Lenir Mathias, a quem considera
a “mãe médica” e que lhe abriu as portas da Pós-Graduação da Obstetrícia.
“Quero lembrar também do Prof. Bussamara
Neme, que me convidou para ficar no setor de
Ultrassom da Obstetrícia em 1978, e em 1990,
já no InRad, a convite do Prof. Giovanni Guido
Cerri.” Fez Mestrado em 1984 e Doutorado em
1989 pela Obstetrícia e a Livre Docência em
2004 pela Radiologia.
Seu Mestrado abordou o Emprego da Heparina Subcutânea no Trombobolismo no Ciclo Grávido Puerperal. “Naquela época, fui incentivado
pelo Prof. Berilo Langer (falecido), sendo o primeiro obstetra no Brasil a utilizar em grávidas a
forma subcutânea da heparina. O nosso primeiro caso foi em 1978.”
Dr. Pastore ressalta que muitos colegas foram
importantes em sua trajetória, “mas gostaria de
destacar os nomes dos Profs. Francisco Mauad
Filho, Lenir Mathias, Paulo Schmidt Goffi, já
falecido, Nelson Abrão e Giovanni Guido Cerri,
além dos colegas da SPR e do CBR”.
Afirma que uma das decisões mais difíceis de
que já tomou se deu em 1995, quando decidiu
abandonar de forma definitiva a especialidade
de Obstetrícia e Ginecologia. A partir desse
momento, dedicava-se em tempo integral à Ultrassonografia. As primeiras publicações científicas no setor foram frutos do seu Doutoramento, seguidas de outras que abordavam a sistematização e técnicas de ultrassonografia em
Obstetrícia, e aplicações do Doppler na avalia-
Almoço com os filhos, noras, genro e esposa em 2009
Brasil X México – Amistoso em
2015 com o genro e o neto
ção da vitalidade fetal. A experiência acumulada nas duas
especialidades e a sua vontade
de ensinar, culminaram com a
publicação do primeiro livro
Ultrassonografia, Obstetrícia e
Ginecologia, em 1997, em parceria com o Prof. Cerri. Em
1999, lança seu segundo livro,
Interpretação Clínica de Imagem Ultrassonográfica: Obstetrícia e Ginecologia.
A parceria formada entre os
Departamentos de Ginecologia
e Radiologia da USP o colocou
na coordenação do setor de Ultrassonografia do Ambulatório
de Ginecologia do Hospital
das Clínicas da FMUSP. Desse
modo, contribuiu muito para
a formação dos médicos residentes e aperfeiçoandos, dos
dois departamentos, no campo
da ultrassonografia ginecológica. Desde 1995, é também o
responsável pela Disciplina A
contribuição da ultrassonografia
no estudo da pelve feminina, do
curso de Pós-Graduação stricto
sensu do Departamento de Radiologia da USP.
GP de F1 no Brasil em 2004 ao lado
da Lotus que deu a primeira vitória
a Ayrton Senna na Fórmula 1
Melhor Forró Pé de Serra com Drs.
Kalaf e Jaime Barbosa no Vale do
São Francisco, em 2006
Ayrton aos 5 anos, com o uniforme
do Corinthians (goleiro Gilmar)
Aniversário de 61 anos, na
companhia dos netos
Encontro de 35 anos de formado
em Barra Bonita com alguns
colegas de turma
Casado com Luci há 39 anos,
tem três filhos – Daniel, que
também é radiologista, Thiago,
que atua na área de RH, e a caçula Fernanda, que fez Hotelaria
e Comércio Exterior. Seus quatro netos são sua paixão: Laura,
7, Vince, 6, Lucas, 4, e Victor, 4.
Dr. Pastore afirma que,
hoje, é mais fácil conciliar suas
atividades, mas que conta com
a compreensão e estímulo de
todos eles. “Entretanto, não
aceito participar de atividade
científica nas datas mais importantes da minha família,
de forma especial dos meus
netinhos”, confessa.
28 • TÚNEL DO TEMPO
HÁ 30 ANOS
A Edição de Número 84, publicada em agosto de 1985, falou sobre o
Prêmio Lafi-84 – um dos mais tradicionais incentivos à pesquisa médica.
Pela primeira vez, um radiologista,
Dr. Giovanni Guido Cerri, recebeu
esse Prêmio junto com os Drs. Sérgio Danilo Junho Penna, Mariester
Malvezzi e Ricardo Pasquini.
Em seu discurso, Dr. Hilton
Rocha apresentou a história do Dr.
Giovanni “(...) nasceu em Milão;
fellow de Imunologia no Alabama;
chefe do serviço de ultrassonografia
da Beneficência Portuguesa; professor de radiologia na USP (...)”,
e ainda comentou sobre o trabalho
realizado que garantiu a premiação “(...) Este é um trabalho meticuloso e
de mérito, com aplicação clínica imediata (...)”. Dr. Giovanni falou sobre
o seu trabalho “(...) constitui-se na
aplicação da ultrassonografia no diagnóstico da forma hepatoesplênica da
esquistossomose mansônica (...)”.
O Jornal falou, entre diversos assuntos, sobre o 16º Congresso Internacional de Radiologia que foi
realizado no Havaí, na cidade de
Honolulu, em julho daquele ano,
com dois grupos de radiologistas
presentes no evento.
LEITURA DINÂMICA
Livro trata da Ecocardiografia
Pediátrica em oito partes
Em 338 páginas, o livro Ecocardiografia Pediátria, de Lilian Lopes,
é voltado a ecocardiografistas, cardiologistas e pediatras. Apresentando ilustrações de todos os aspectos
da ultrassonografia relacionados ao
diagnóstico de cardiopatias congênitas, traz texto claro e informações
de grande utilidade para os profissionais envolvidos com o tema.
Lançado no ano passado, possui
capítulos com ilustrações em quatro
cores, imagens bidimensionais, tridimensionais e de Doppler.
Trata-se de uma obra para todos
que têm a ecocardiografia como
parte de suas práticas na medicina
– de ecocardiografistas a cirurgiões que se baseiam nos diagnósticos ecocardiográficos dos pacientes
submetidos à cirurgia. Também é
de interesse para as disciplinas de
radiologia cardíaca e ressonância
magnética, bem como para os enfermeiros que acompanham pacientes pós-cirúrgicos.
O livro está dividido em oito partes: Coração Normal, Lesões de Shunt,
Lesões Obstrutivas à Direita, Lesões
Obstrutivas à Esquerda, Anomalias Conotruncais, Anomalias Complexas, Ecocardiografia Fetal e Avaliação Pós-Operatória das Cardiopatias Congênitas.
Lançado pela Revinter,
acompanha DVD
Tem alguma sugestão de leitura? Envie para o Jornal da Imagem!
Se alguma publicação chamou sua atenção e gostaria de dividi-la com a comunidade SPR, envie um e-mail e a sugestão do título para
[email protected]. As solicitações serão avaliadas e publicadas nas próximas edições.
CRÔNICA • 29
Edição 444 – Agosto de 2015
Um escritor alemão
Dr. Cássio Ruas de Moraes é
diretor do Jornal da Imagem
Por que me estendi
tanto sobre este autor
de quem acabei de ler o
“Nas Peles da Cebola”?
Farejei por ocasião da
entrega do Prêmio Nobel
a hipocrisia das críticas
que lhe foram feitas por
ter esperado sessenta
anos para revelar seu
passado na juventude
hitlerista e, depois,
numa tropa SS
Sempre gostei de ler biografias
e autobiografias e sei distinguir
as autobiografias honestas daquelas encomendadas pelo autor
para autoelogio.
Quando faleceu há poucos
meses o escritor alemão Günter
Grass, Prêmio Nobel de Literatura, achei que deveria ler sua história narrada principalmente no livro
“Nas Peles da Cebola”, já quase esgotado, que a Livraria Cultura me
conseguiu por encomenda.
Por ocasião da premiação,
apareceram críticas e comentários ao fato dele ter revelado, no
citado livro, sua participação na
Segunda Guerra Mundial como
membro das SS, a força de elite
do regime nazista. Foi arrebanhado nos estertores do fim do
conflito quando, na falta de homens válidos, adolescentes foram
enviados ao front para preencher
lacunas das tropas em combate.
Mal tinha feito dezessete anos.
Conta que foi como ajudante de
artilheiro, municiador de canhões
e, nem bem chegando ao front,
enfrentou um ataque russo com
uma barragem de artilharia que
destroçou sua unidade. Ele apenas
escapou da morte por ter se enfiado embaixo de um tanque fora de
combate que o protegeu dos estilhaços das bombas próximas.
Seguiu-se um período de aventuras e privações, tendo escapado
da morte por uma sucessão de acasos. Foi ajudado por um veterano
que se compadeceu de sua pouca
idade e inexperiência, sendo que
esta certamente lhe custaria a
vida num instante. Em primeiro
lugar, conseguiu um uniforme do
exército regular para sumir com a
farda negra da SS, que o faria ser
imediatamente fuzilado se fosse
capturado pelo inimigo. Em seguida, guiou-o contra outro perigo fatal: na confusão da guerra e
do avanço rápido dos russos, destacamentos alemães vigiavam as
estradas que vinham da frente de
combate e qualquer soldado encontrado fora de sua unidade era
considerado desertor e enforcado
numa árvore próxima. Eram uma
visão constante aqueles corpos
dependurados ao longo dos ca-
A vida e a morte se
tornam obra do acaso,
sendo que geralmente
esta última triunfa. A
frívola maledicência de
que ele foi vítima (e,
diga-se de passagem,
pouco ligou para ela) foi
mais uma manifestação
de que a mídia
internacional parece
guiada por mão invisível
quando se trata de certos
assuntos. Lembrem-se do
gelo a que foi submetido
José Saramago em seus
últimos anos por uma
opinião sua
minhos. Após dias de caminhada conseguiram alcançar o setor
americano, onde foram feitos prisioneiros, não sem antes seu calejado protetor ter sido gravemente
ferido por uma explosão que lhe
ceifou as duas pernas.
Tendo visto a morte de todas
as formas imagináveis, ele nunca
matou ninguém. Não chegou a
disparar um tiro em combate. No
campo americano de prisioneiros,
com a guerra terminada e agora
sofrendo privações e uma fome
prolongada, os sobreviventes se
organizavam, pensando na vida futura. Frequentou um curso de culinária ministrado por um dos prisioneiros que era conhecido chefe
de cozinha, o que o habilitou a ter
excelente hobby no futuro, apto a
servir aos amigos uma linguiça de
sangue de porco, rins de porco ao
molho agridoce e fígado de cavalo
assado, entre outros acepipes.
Quando foi libertado do campo
de prisioneiros, partiu para sua
terra, Dantzig, à procura da família, sem notícias dela havia anos.
Teve a felicidade de encontrá-los vivos, pai, mãe e irmã, felicidade essa empanada por pesado
silêncio sobre o que eles tinham
passado. Aos poucos, soube que
sua mãe e irmã haviam sido estupradas por soldados russos e sua
irmã vivia agora num convento.
O reencontro teve o efeito de recuperar algo do sentido de normalidade da vida familiar.
O início da trajetória rumo
à fama também é interessante:
desde a juventude sentia-se predestinado às Artes. Interessava-se por desenho e escultura e,
com a miséria do pós-guerra, o
único lugar que encontrou para
trabalhar e desenvolver seu talento foi com um fabricante de túmulos. Fazia as peças de escultura dos jazigos e reuniu um acervo
que lhe garantiu, finalmente, o
acesso à Academia de Artes de
Düsseldorf. Quanto à literatura,
desde muito jovem escrevia poemas. Após ler alguns clássicos
ocidentais e germânicos, foi possuído pelo desejo de escrever. O
trágico destino recente da Alemanha, que ele viveu e sofreu,
dava-lhe sobre o que refletir.
O primeiro livro, “O Tambor de
Lata”, conquistou-lhe reconhecimento imediato e fama mundial
ao ser adaptado para o cinema
por Volker Schlöndorff.
Por que me estendi tanto sobre
este autor de quem acabei de ler
o “Nas Peles da Cebola”? Farejei
por ocasião da entrega do Prêmio
Nobel a hipocrisia das críticas que
lhe foram feitas por ter esperado sessenta anos para revelar seu
passado na juventude hitlerista
e, depois, numa tropa SS. Como
se isso pudesse ter sido evitado
por um menino alemão de classe
média na ebulição dos acontecimentos. Sempre tive a noção de
que, nessas grandes hecatombes, o
indivíduo é arrastado como cortiça na correnteza. A vida e a morte
se tornam obra do acaso, sendo
que geralmente esta última triunfa. A frívola maledicência de que
ele foi vítima (e, diga-se de passagem, pouco ligou para ela) foi
mais uma manifestação de que a
mídia internacional parece guiada
por mão invisível quando se trata
de certos assuntos. Lembrem-se
do gelo a que foi submetido José
Saramago em seus últimos anos
por uma opinião sua.
30 • NEGÓCIOS & OPORTUNIDADES
Equipamentos
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(19) 97403-0226. (3)
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modelo SSA-580A com Doppler colorido, três
transdutores: convexo (eletrônico multifrequencial PVM375AT), linear (eletrônico multifrequencial PLM-805AT)
e endocavitário (multifrequencial PVM-651VT). Guia
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A Sociedade Paulista de Radiologia e Diagnóstico por Imagem não se responsabiliza, nem cível, nem criminalmente, pelas informações inseridas nesta seção, sendo estas única e exclusivamente responsabilidade do
anunciante. A SPR também não possui qualquer participação ou interesse econômico nos negócios efetuados
em decorrência dos anúncios.
Bayer, sinônimo de inovação, tem como um de seus princípios propiciar
ciência para uma vida melhor.
na área de diagnóstico, é pioneira em meios de contraste para raios-X,
tomografia e ressonância magnética. No Brasil, introduziu o conceito
de contraste órgão-específico, visando diagnósticos mais precoces
de forma não-invasiva de patologias hepáticas focais.
Do diagnóstico ao tratamento, a Bayer oferece soluções que
contribuem para um cuidado diferenciado de seus pacientes.
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Como ANUNCIAR
Os sócios da SPR que estiverem em dia com a
semestralidade poderão publicar seus anúncios
nesta seção gratuitamente. Os radiologistas que não
forem sócios devem pagar uma taxa. Para sócios em
dia do CBR, o ônus por publicação é de R$ 200. Já
para os radiologistas que não forem sócios nem da
SPR nem do CBR, o ônus por anúncio é de R$ 250.
O anúncio deve ser enviado até o dia 10 de cada
mês, para publicação no mês subsequente. Outras
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AGENDA • 31
Edição 444 – Agosto de 2015
EVENTOS DA SPR
SETEMBRO
AGOSTO
Clube Roentgen*
Às 20h, no Hotel Golden Tulip Paulista Plaza
Clube Roentgen*
9
Às 20h, no Hotel Golden Tulip Paulista Plaza
12Novos Métodos de Imagem na Avaliação
dos Gliomas – Dr. Lázaro do Amaral
Clube Manoel de Abreu
18 a 20
Botucatu, São Paulo, SP
www.spr.org.br/clube-manoel-de-abreubotucatu-2015
Às 20h, nos dias:
6Gera, Germe*, Gema e Geto – Hotel
Golden Tulip Paulista Plaza
13Gene* – Hotel Golden Tulip Paulista Plaza
18Gecape – Hotel Golden Tulip Paulista Plaza
Geus* – Sede SPR
25Geped* – Sede SPR
VIII Encontro Nacional
de Radiologia Cardíaca
21 a 23
Maksoud Plaza Hotel, São Paulo, SP
www.spr.org.br/viii-encontro-nacionalde-radiologia-cardiaca
Curso de Radiologia
Às 20h30, no Hotel Golden Tulip Paulista
Plaza, nos dias:
2
Trauma Raquimedular – Dr. Renato
Adam Mendonça
16
Anatomia Básica do Pescoço – Espaços
Cervicais – Dr. Carlos Jorge da Silva
23 Rinofaringe e Base do Crânio – Dra.
Soraia Ale Souza
30 Linfonodos Cervicais – Dra. Silvia Marçal
Benício de Mello
ara participar, o aluno deverá estar inscrito
P
no curso e apresentar, obrigatoriamente,
sua carteirinha de sócio da SPR na entrada
do evento.
Curso de Radiologia
Às 20h30, no Hotel Golden Tulip Paulista
Plaza, nos dias:
5
Doença Degenerativa da Coluna
Vertebral – Dra. Denise Tokechi do Amaral
19Mielopatia Não Neoplásica – Dr.
Antônio José da Rocha
26
Tumores da Coluna e Medula Espinal –
Dr. Lázaro Faria do Amaral
Grupos de Estudos
Às 20h, nos dias:
3
era*, Germe e Gema – Hotel Golden
G
Tulip Paulista Plaza
10 Cardio* – Sede da SPR
Gene – Hotel Golden Tulip Paulista Plaza
15 Geus* – Sede da SPR
22 Geped* – Sede SPR
ara participar, o aluno deverá estar inscrito
P
no curso e apresentar, obrigatoriamente,
sua carteirinha de sócio da SPR na entrada
do evento.
Curso Online
de Radiologia
2
Curso Online
de Radiologia
5Doenças Desmielinizantes – Dr. Antônio
José da Rocha
Doenças Neurodegenerativas – Dr.
Nelson Paes Fortes Diniz Ferreira
19Doenças Neurometabólicas Hereditárias
– Dr. Antônio José da Rocha
Doenças Neurometabólicas Adquiridas
e Encefalopatias Tóxicas – Dr. Leandro
Tavares Lucato
26
Hemorragia Intracraniana e
Malformações Vasculares Intracranianas
– Dr. Lucas Ávila Lessa Garcia
Anatomia da Coluna Vertebral e Medula
Espinal – Dr. Luiz Antonio Tobaru Tibana
Disponível somente para alunos inscritos.
Programação de aulas disponível para a
primeira turma do Curso.
AGOSTO
oença Degenerativa da Coluna
D
Vertebral – Dra. Denise Tokechi
do Amaral
Mielopatia Não Neoplásica – Dr.
Antônio José da Rocha
16 Tumores da Coluna e Medula Espinal –
Dr. Lázaro Faria do Amaral
Trauma Raquimedular – Dr. Renato
Adam Mendonça
23 US Transfontanela – Dra. Yoshino
Tamaki Sameshima
Desenvolvimento do Crânio,
Cranioestenoses e Anormalidades das
Meninges – Dr. José Roberto Lopes
Ferraz Filho
30 Malformações do Encéfalo – Dr. Renato
Hoffman Nunes
isponível somente para alunos inscritos.
D
Programação de aulas para a primeira
turma do Curso, para os matriculados
na segunda turma, favor conferir a
programação no site da SPR.
27 a 29
Buenos Aires, Argentina
5a8
Cartagena das Indias, Bolívar, Colômbia
Congresso Colombiano de Radiologia
INI CCRP com casos cedidos pela Med ImaM
gem sob coordenação do Dr. Douglas J. Racy
INI CCRP com casos cedidos pelo
M
Hospital Sírio-Libanês sob coordenação
do Dr. Luiz Tenório
Grupos de Estudos
istória da Imagem Torácica – O Futuro
H
da Imagem Torácica: Previsões e
Desafios – Dr. Gustavo Meirelles
OUTROS EVENTOS
http://ccr2015.org
Imágenes 2015 – 61º Congresso
Argentino de Diagnóstico por Imagem
http://congreso.faardit.org.ar
29
6
Iate Clube – Urca, Rio de Janeiro, RJ
Teatro da Faculdade de Medicina da USP
Rua Dr. Arnaldo, 455 – São Paulo
Horário: das 8h30 às 13h30
I Fórum de Formação de Médicos
Especialistas no Brasil AMB/CFM/Fenam
Como eu Laudo
www.srad-rj.org.br/eventos/
como-eu-laudo
7
Auditório do Instituto de Radiologia do HC/FMUSP – R. Dr. Ovídio Pires de Campos, 75 – São Paulo
II Fórum de Telerradiologia CFM/CBR
SETEMBRO
2a5
5e6
Cidade do México, México
Centro de Convenções do Hotel Windsor
Plaza – Brasília, DF
XIV Curso Anual de Ultrassom
www.smri.org.mx
10 a 12
Buenos Aires, Argentina
Curso Internacional de Neurorradiologia
http://cbr.org.br/5-e-6-de-setembrocurso-internacional-deneurorradiologia-brasiliadf
CAR 2015 – Congresso Argentino de Radiologia
www.congresosar.org.ar
OUTUBRO
8 a 10
15 a 17
Centro de Convenções SulAmérica,
Rio de Janeiro, RJ
Santiago, Chile
CBR 15 – 44º Congresso Brasileiro de
Radiologia / Simpósio CBR-FLAUS de
Ultrassonografia Musculoesquelética
XVIII Congresso Latinoamericano de
Radiologia Pediátrica SLARP
www.congressocbr.com.br
Congresso Chileno de Radiologia
sochradi.cl/congreso2015/index.php
11 a 14
15 a 19
Montreal, Canadá
Paris, França
25º Congresso Mundial de
Ultrassonografia em Obstetrícia e
Ginecologia
Jornada Francesa de Radiologia
http://jfr.radiologie.fr
www.isuog.org/WorldCongress/2015
SERVIÇO
Alko do Brasil www.alkodobrasil.com.br (21) 2435-9335 / Fax. (21) 2435-9300 • Bird
Solution (11) 5016-5509 / www. birdsolution.com.br • Carestream 0800 770 1540 •
Digitalmed (11) 2376-0515 / www.digitalmed.com.br • Distrifilm (11) 3043-9400 /
www.distrifilm.com.br • E-people (11) 3562-2970 / www.epeople.com.br • Fujifilm (11)
5091-4000 / 5091-4999 • IBF (11) 2103-2000 / www.ibf.com.br • Imagem Sistemas
Médicos (11) 4133-0053 / www.imagem.med.br • Konica Minolta (11) 2186-0244 /
www.konicaminolta.com.br • Konimagem (11) 2950-1971 / www.konimagem.com.br
• Livraria Imagem Médica (11) 5873-3811 / www.livrariaimagem.com.br • Macsym
(11) 2957-7735 / www.macsymtec.com.br/medica • Mallinckrodt 0800 178 017 •
Merge [email protected] / www.merge.com • Pixeon (48) 3205-6000 / www.
pixeon.com / (11) 2146-1300 / www.medicalsystems.com.br • Sul Imagem (48) 2106-
Informações sobre eventos da SPR: www.spr.org.br ou (11) 5053-6363.
Hotel Golden Tulip Paulista Plaza: Al. Santos, 85, São Paulo.
Sede da SPR: Av. Paulista, 491, cj. 41, São Paulo.
*Evento com transmissão via web em parceria com a Pixeon; agenda completa das transmissões em: www.
spr.org.br/cursos-via-web
8900 / www.sul-imagem.com.br • Toshiba (11) 4134-0000 / www.toshibamedical.com.
br • WTT Tecnologia e Consultoria (11) 4304-7303 / [email protected] • 2M
Solutions (11) 4438-6891 / www.2msolutions.com.br.
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Coordenação do Encontro de Cardio conta com professores