Rodas da Cultura "Reinventemos, pois, a democracia antes que seja demasiado tarde." José Saramago, escritor. Em 13 de abril de 2013, foi anunciada no Auditório da Casa da Cultura de Paraty, um processo de 13 escutas públicas divididas em seis reuniões temáticas sobre linguagens artísticas, três sobre segmentos e quatro destacando as regiões do município. Desde o início da nova administração pública, a do prefeito Carlos José Gama Miranda, o Casé, a equipe da Secretaria de Cultura sabia da existência de duas Conferências Municipais de Cultura, uma Lei Municipal de Incentivo Fiscal, reconhecia que uma parcela da população é bem organizada na área da Cultura e reconhecia a necessidade de aderir ao governo federal na política de implantação do conceito de gestão pública na pasta da Cultura. Iniciamos a pesquisa pelo que já havia acontecido na cidade – duas Conferências da Cultura – e descobrimos que a primeira ainda carece de fechamento formal. A I Conferência Municipal de Cultura (2008) foi organizada pelos poderes estaduais e federal, contou com a participação de 50 pessoas, sendo 1/5 convidados de instituições públicas, baseada nos eixos temáticos da Conferência Nacional de Cultura. A II Conferência Municipal de Cultura, que aconteceu em 2009, contou com a participação de mais de 90 pessoas, os trâmites administrativos foram seguidos e foi gerado um documento descrevendo os problemas e possíveis soluções na área da Cultura para o município. O melhor exemplo foi a reivindicação dos participantes da criação de uma Secretaria de Cultura, concretizada em 2010 pela Prefeitura. A necessidade de construção de uma gestão pública na área da Cultura foi percebida pela equipe da Secretaria de Cultura nos primeiros dias de governo e apoiados na indicação federal do Ministério da Cultura, iniciamos a produção de escutas públicas para que a III Conferência Municipal de Cultura pudesse ser sistematizada dentro das formalidades administrativas e nos anseios da população de Paraty. Para isso no dia 13 de abril, iniciamos a distribuição do Manual da Cultura, impressa e disponível no site da Prefeitura, baseada na Cartilha do Sistema Nacional da Cultura (MinC), para que a população tomasse contato com os conceitos de uma gestão pública na área da Cultura e para sair do patamar do sistema de “cultura de balcão” e de Calendário Anual como únicas formas do fazer cultural. No dia 15 de abril iniciaram as Rodas da Cultura. O primeiro tema foi Quilombolas e aconteceu no Quilombo do Campinho da Independência, depois segui-se uma série de encontros em espaços públicos e privados, culturais, educacionais e sociais, percorrendo vários bairros da cidade e com a participação de mais de 500 pessoas. Dentro da proposta da dinâmica das Rodas da Cultura além da explicação e a intenção de adesão ao que é o Sistema Nacional de Cultura, foram convidados especialistas para falar sobre os temas e políticas públicas. Estes foram os especialistas que participaram das Rodas da Cultura: Quilombolas, 15 de abril - Convidado Delcio Bernardo, educador da Prefeitura de Angra dos Reis. Região Paraty/Cunha, 16 de abril – Convidado José Luiz de la Hoz, arquiteto urbanista. Região Central, 17 de abril - Convidado José Luiz de la Hoz, arquiteto urbanista. Região Sul, 19 de abril - Convidado José Luiz de la Hoz, arquiteto urbanista. Caiçara, 22 de abril – Peça de Teatro “Memórias de Trindade”. Patrimônio e Equipamentos Culturais, 23 de abril – Convidada Cynthia Tarisse, arquiteta Cultura Digital e Audiovisual, 24 de abril – TC, ativista cultural da Rede Mocambos. Zona Norte, 24 de abril - Laura dos Santos, ativista cultural do Quilombo do Campinho. Indígenas, 25 de abril - Ubuntu Papiõn, da rede RAHIS, Raízes Históricas Indígenas. Livro, Leitura e Literatura, 25 de abril - Alexandre Pimentel, diretor da Biblioteca Parque de Manguinhos. Música e Coletivos Musicais – 29 de abril – Carlinhos Antunes, músico e historiador. Quilombola Dia 15 de abril, segunda-feira, 18h, no Quilombo do Campinho da Independência - BR 101 - Km 584. Na noite fria que abriu as Rodas da Cultura (RC), o salão dentro do Quilombo do Campinho reuniu cerca de 20 pessoas ligadas ao artesanato e às artes, para discutir as questões culturais e os conhecimentos dos povos tradicionais em Paraty. O secretário de Cultura, Ronaldo dos Santos, abriu a RC explicando a todos os presentes a intenção das escutas públicas, a necessidade da Secretaria de Cultura aderir ao Sistema Nacional de Cultura para qualificar as discussões sobre Cultura e criar assim, uma política pública no município. O educador Delcio Bernado especialista convidado dessa noite, afirmou que a sociedade brasileira sempre discriminou as manifestações afrodescendentes, por isso a importância de espaços democráticos para gerar novas relações e políticas. Para Delcio: “No caso das cultura tradicionais, todo dia é dia de fazer cultura.”. O educador continuou sua intervenção chamando a atenção sobre o orçamento da pasta, “em todos os níveis é sempre um dos menores”, e sobre o problema da hierarquização da Cultura. Após a fala do educador, abriu-se para as falas dos participantes. Questões: Maior atenção a questão do Patrimônio Imaterial; Não aderir à lógica da exclusão; Necessidade de transformação dentro do tempo do governo; Invisibilidade das manifestações populares de Paraty; Riqueza das manifestações populares de Paraty que devem ser melhor aproveitada; Outros quesitos da Cultura além das linguagens artísticas: a forma de pescar, a maneira de fazer farinha, a colheita de taboa e a trama das cestarias; Importância de atividades culturais nas comunidades; Forte influência do turismo nas questões da Cultura; Resgate dos saberes e fazeres dos Mestres; Criar políticas de proteção para as manifestações mais frágeis; Não aderir a lógica do Mercado (Turismo); A importância do território para manutenção dos saberes; A importância do simbólico na área da Cultura; Turismo Cultural como sustentabilidade na vida das comunidades tradicionais; Reconhecimento dos artistas “da terra” nos grandes eventos da cidade; Falta de espaços públicos qualificados; Criação da Casa do Artesanato na Casa da Engorda (Paraty-Mirin); Pensar em ações culturais que tenham o tamanho de sua população; Revitalização da Festa de São Benedito; A Cultura dentro do processo de aprendizado nas escolas da cidade; Parceria com a Secretaria de Educação; Necessidade de criar parâmetros para que os grandes interesses econômicos não atropelem o dia a dia da cidade de Paraty. Região Paraty/Cunha: Área compreendida da BR 101 até o limite de Cunha. Dia 16 de abril, terça-feira, 18h, na Quinta do Tiê – Estrada Paraty-Cunha, Km05, s/n, Ponte Branca. Terça-feira, 16 de abril, foi a noite da primeira reunião regional das Rodas da Cultura. A Paraty/Cunha é uma região com jeito de cidade de interior. Cerca de 40 pessoas compareceram ao evento no espaço Quinta do Tiê, cedido gentilmente pela proprietária Sílvia Salzmann. A discussão gerada por um grande número de artistas (ceramistas, músicos, marceneiros, artistas do teatro) foi marcada por elogios a iniciativa dos encontros abertos à população. O convidado da noite foi o arquiteto e urbanista paulistano José Luiz de la Hoz, que falou sobre a importância do mapeamento para criação de ações públicas antenadas com os anseios da população. Para o arquiteto, agora é a hora de “sair do discurso generalista para as ações práticas.” Na dinâmica da reunião, o secretário de Cultura, Ronaldo dos Santos abriu a discussão explicando que a única política cultural da cidade se resume ao Calendário Anual e por isso a necessidade das escutas públicas como forma de agregar novas posições na pasta da Cultura. Após a apresentação do Manual da Cultura, foram abertas as inscrições para as propostas. Questões: Variedade de eventos patrocinados pela Prefeitura de forma privada; Dominação do Terceiro Setor na produção cultural da cidade; Criação de espaços de trocas – virtuais e presenciais – de informações sobre os artistas da cidade; Ordenamento dos bairros da cidade; Região Paraty/Cunha tem uma demanda reprimida com projetos culturais com seus artistas/moradores; Sugestão de um Corredor Cultural Paraty/Cunha (ateliers abertos para visitação e compras); Criação do Conselho de Cultura; Segregação espacial – eventos só acontecem no Centro Histórico; Revogação da concessão do prédio do Cinema no Centro Histórico; Ações culturais urgentes para a população jovem e adolescente da região; Utilização dos espaços públicos ociosos (escolas fechadas) para ações das secretarias da Prefeitura (espaços multiusos); Política de transporte público para que os cidadãos possam visitar as manifestações culturais de outros bairros; Ausência de outras secretarias nas Rodas da Cultura; A importância do Terceiro Setor na vida das Artes na cidade de Paraty; Oficinas dos artistas das culturas tradicionais; Orçamento maior para a Secretaria de Cultura; Políticas de Editais para democratizar o orçamento da Secretaria de Cultura; Falta comunicação entre as Secretarias de Paraty; Ausência de canais de Comunicação (rádios, jornais ou revistas) na cidade; Criação do Mapa Cultural de Paraty; Disponibilizar os relatórios das I e II Conferência Municipal de Cultura de Paraty; Parceria com o IBGE para mapeamento da população de Paraty; Necessidade de mapeamento dos prédios públicos; Necessidade urgente de estruturação do Poder Público na cidade; Aproximação do Poder Público com a população através de ações públicas. Região Central: Área compreendida da praia até a BR101. Dia 17 de abril, quarta-feira, 18h, no Sindicato dos Servidores/SINPAR – R. José Augusto Rubens, 15 – Pq. Da Mangueira. O Sindicato dos Servidores Públicos Municipais, SINPAR, recebeu na noite do dia 17 de abril, a Roda da Cultura Região Central. Localizado na Mangueira, um dos bairros mais populosos da cidade, cerca de 30 pessoas compareceram ao encontro. O grupo que participou da reunião era majoritariamente de filhos da terra e lembraram das mudanças que ocorreram na região desde o Centro Histórico até o Condado. O secretário de Cultura, Ronaldo Santos, abriu a conversa falando sobre a necessidade de uma política pública que tratasse da Cultura dos moradores de Paraty. O arquiteto urbanista José Luiz de La Hoz falou da importância da participação da população para traçar os rumos das políticas públicas. Após as dua apresentações – Ronaldo Santos e José Luiz de La Hoz, seguiu-se a abertura das inscrições para as falas dos participantes da roda. Questões: Programação cultural com eventos espalhados na cidade; Direito de usufruir de todos os bens culturais da cidade; Transporte coletivo para usufruir dos eventos; Ensino de matéria sobre a história e cultura da cidade nas escolas do ensino fundamental; Desconhecimento da própria história pelos jovens; Mapeamento dos fazedores de Cultura de Paraty; Maior investimento na área da Cultura; Urgência de ações culturais voltadas para os jovens da cidade; Falta de acesso com a centralização de eventos no Centro Histórico; Apoio às festas de Paraty; Espaço para a Melhor Idade; Oficina de Capacitação para os fazedores de cultura; Divulgação das Bibliotecas públicas e privadas da cidade; Perda de qualidade de vida em função de turismo de eventos; Capacitação para busca de patrocínios e editais; Iniciativa privada investindo nos projetos culturais; Fortalecimento das ações culturais que já existem na cidade; Espaço de troca entre idosos e jovens; Necessidade de construção de uma Secretaria de Cultura popular. Artes Visuais e Artesanato Dia 18 de abril, quinta-feira, 18h, no Auditório da Casa da Cultura, R. Dona Geralda, 177, Centro Histórico. A quarta noite das Rodas da Cultura foi o primeiro encontro com um tema do eixo linguagens artísticas: Artesanato e Artes Visuais. No auditório da Casa da Cultura quase 50 pessoas ligadas às Artes da cidade, discutiram durante duas horas sobre a única referência de “política cultural” na cidade: o Calendário Anual. Os produtores e artistas dos eventos já consagrados como Belvedere, Paraty em Foco e Encontro dos Ceramistas, defenderam seus projetos argumentando que o grande palco da cidade é o Centro Histórico e convidaram outros grupos culturais para que também façam parte da programação cultural da região. O secretário de Cultura Ronaldo Santos explicou sobre do esgotamento da política de balcão em que a cidade está mergulhada, a necessidade de ampliação dos horizontes na área com a criação de uma política pública e a adesão da secretaria de Cultura ao Sistema Nacional de Cultura. O secretário adjunto e artista plástico Lucio Cruz, falou da importância dos artistas na vida política da cidade. Após essas intervenções e a apresentação do Manual da Cultura, foram abertas as inscrições para as sugestões e críticas dos participantes. Questões: Necessidade de espaços expositivos na cidade; Editais de ocupação dos espaços expositivos que já existem na cidade; Ocupação da Secretaria de Cultura dos espaços culturais da cidade; Revogação da concessão do prédio do Cinema no Centro Histórico; Multiuso do prédio do Cinema no Centro Histórico; O Manual da Cultura não foi entendido; Eventos do Calendário Anual são ações de responsabilidade da Secretaria de Cultura; Respeito com os eventos que já acontecem na cidade; Falta comunicação de outros eventos da cidade; Necessidade de descentralização dos eventos da cidade; Critérios para a ocupação das ruas do Centro Histórico; Exigência de contrapartidas dos eventos custeados pela Prefeitura nos bairros da cidade; Fomentar rodadas de negócios entre artistas e grandes empresas da região; Novos espaços de Cultura em outros bairros da cidade; Criação de novos canais de Comunicação e Informação; Eventos que representem de fato os artistas da cidade; Parcerias em projetos da Secretaria da Cultura e Educação; Incorporação dos artistas de rua às políticas públicas; Criação de um espaço no Centro Histórico para dar visibilidade aos produtos das Comunidades Tradicionais; Repensar o uso público da Casa da Cultura; Transformação de Espaços públicos ociosos em espaços multiuso; Poder Público como promotor de intercâmbios de artistas; Criação de redes virtuais e presenciais de artistas de Paraty; Espaço de inclusão para os artistas da periferia da cidade; Sugestão do evento “Ateliers de Portas Abertas” - com serviço de vans gratuitos aos turistas que queiram conhecer os artistas que vivem nos bairros da cidade; Oficinas de capacitação para inscrições em editais; Cuidado com a manutenção de obras públicas. Região Sul: Bairros e comunidades da Costeira ao sul do centro de Paraty. Dia 19 de abril, sexta-feira, 18h, na Escola Municipal Theóphilo Rameck – Patrimônio, BR 101, Km 593. A Roda da Cultura da Região Sul foi a mais vazia de todas: não chegou a dez pessoas. Com um grupo tão pequeno foi possível conversar com mais profundidade sobre o bairro Patrimônio. Criado após a construção da estrada Rio-Santos, Patrimônio é um local muito tranquilo ocupado por famílias, possui várias igrejas evangélicas e uma igreja católica. De acordo com a moradora Maria José, “um bairro bom para dormir”. O arquiteto urbanista José Luiz de La Hoz contou sobre a experiência no mapeamento de terrenos na cidade de São Paulo para a construção de moradias populares. O secretário de Cultura Ronaldo dos Santos, conversou sobre a formação histórica da Zona Sul e a necessidade de entender os bairros novos como Pedras Azuis, Córrego dos Micos e Patrimônio. Depois perguntou aos presentes que ações eles gostariam que acontecessem no bairro e abriu para a conversa. Questões: Respeitar as necessidades de cada bairro; Apoio da Prefeitura para manter as ações culturais proporcionadas pelo Igreja e Terceiro Setor; Redutor de velocidade na BR 101; Elogio ao Manual da Cultura que deu outra visão sobre o tema; Problema de divulgação das Rodas da Cultura; Necessidade de uma creche para as crianças; Maior variedade de médicos especialistas no Posto de Saúde. Caiçara Dia 22 de abril, segunda-feira, 18h, na AMOT (Associação Moradores de Trindade) Av. Dr. Sobral Pinto, s/n, Trindade. A noite Caiçara das Rodas da Cultura foi presenteada com a apresentação da peça teatral “Memórias de Trindade” da Cia. De Teatro Rosa Carmo Queiroz, com Fátima Queiroz e Liliá Rosa. Mais de 30 pessoas compareceram ao salão da Associação dos Moradores de Trindade (AMOT) e ouviram o secretário de Cultura, Ronaldo Santos, explicar o que eram e qual a finalidade das Rodas da Cultura. As RCs que aconteceram nos espaços das comunidades tradicionais, foram espaços especiais de troca de informação e não se limitaram às discussões sobre as linguagens artísticas já que o conceito de Cultura nessas comunidades são ampliadas. O fazer e o saber estão bem além do conhecimento compartimentado das estéticas das linguagens artísticas. Após a fala do secretário, foram abertas as inscrições e muitas questões sobre manutenção e cuidados com os saberes da comunidade foram discutidos em conjunto com as questões ambientais ou urbanas. A principal angústia dos presentes era tentar mostrar que a convivência dos caiçaras com a Mata Atlântica sempre foi harmoniosa e que organizações e instituições não conseguem ver o alcance dessa integração. Sr. Vitor Canoeiro fez questão de frisar: “A burocracia mata a Cultura!”. Questões: Saberes tradicionais não devem ser tratados como produtos de mercado; Saberes tradicionais são herança; Projetos que tratem da questão da oralidade; Sugestão de numa área dentro do território da comunidade de Trindade para o manejo de sapê; Sugestão de fachadas das casas e comércio de Trindade mantendo uma cobertura de sapê como forma de identificar o local como uma comunidade caiçara; Reconhecimento da cultura caiçara nas políticas públicas do município; Interface com a Secretaria de Educação para aulas nas escolas municipais de pesca, fabrico de canoas, trançado, colheita e cerco; Intercâmbio de conhecimento com as crianças que moram no centro de Paraty; Estrangulamento burocrático para obtenção de material na Mata Atlântica; Sugestão de compra de madeira certificada de outras regiões para a confecção de canoas ou rabecas; Criar políticas públicas para a manutenção das Artes Caiçaras; O Estado como suporte para a manutenção desses saberes; Transparência nos orçamentos dos projetos culturais; Sugestão de Espaço dos Caiçaras (galpão para exposição dos artistas locais); Apoio da Prefeitura para a “Festa da Resistência Caiçara” ou “Festejos de Trindade”, que acontece no dia 21 de outubro; Inclusão da “Festa da Resistência Caiçara” ou “Festejos de Trindade”, no Calendário Anual; Manutenção desse diálogo iniciado com as Rodas da Cultura; Transporte público para melhorar a qualidade de vida da comunidade; Projetos sobre a cultura caiçara para jovens da comunidade; Plantio sistemático do guapuruvu para manter vivo o saber da construção da canoa caiçara; Necessidade da Prefeitura protegendo o território para manter viva a cultura caiçara. Patrimônio e Equipamentos Culturais Dia 23 de abril, terça-feira, 18h, no Auditório da Casa da Cultura, R. Dona Geralda, 177, Centro Histórico. Com um auditório formado por quase 30 pessoas destacando a presença do IPHAN, IBRAM e a Associação dos Moradores do Centro Histórico, a Roda da Cultura Patrimônio e Equipamentos Culturais teve a abertura do secretário de Cultura Ronaldo dos Santos, falando sobre regularização, controle e sistematização das relações da sociedade com a Secretaria de Cultura através da adesão ao Sistema Nacional de Cultura. A arquiteta Cynthia Tarisse, convidada da noite, contou a história do IPHAN e com isso mostrou na linha do tempo, o pensamento da instituição sobre o tema Patrimônio Histórico e sua intervenção na vida de Paraty. Ela finalizou observando que o mais importante agora é “dar a noção de pertencimento de todo esse patrimônio à toda a população da cidade.” A arquiteta também adiantou que existe um Livro Tombo em Paraty que ainda não foi usado e que seria interessante promover a chancela municipal como forma de informar e gerar debates sobre a questão do patrimônio com os cidadãos de Paraty. Questões: Centro Histórico é onde fica grande parte dos equipamentos culturais; Ampliar o conceito de Patrimônio para além das edificações; Gestão de espaços públicos serem feitos pelo Poder Público; Processo de ocupação de equipamentos públicos acontecerem de forma democrática; Promover encontros e trocas entres Mestres e jovens na cidade; Informação sobre o andamento da Lei dos Mestres; Projeto de Registro dos Saberes e dos Mestres da Região; Ação conjunta com a Secretaria de Educação; Política de salvaguarda para manutenção dos patrimônios imateriais; Oficinas sobre Patrimônio Material e Imaterial nas escolas e Equipamentos Culturais; Promover ações conjuntas com a Secretaria de Turismo sobre a questão do Patrimônio de Paraty; Sugestão para que a gestão da Escola de Música fique com a Secretaria de Cultura; Maior orçamento para a Secretaria de Cultura; Ações da pasta Cultura voltadas para a formação de público, plateia, crianças e jovens; Informações sobre o andamento do tombamento como patrimônio misto pela Unesco; Ações da pasta das Cultura pensadas mais para o perene do que para eventos; Pesquisa sobre o verdadeiro Dia do Caiçara; Pesquisa sobre o Conselho Municipal de Patrimônio; Ações transversais das Secretárias da Prefeitura de Paraty; Exigências de contrapartidas de produtores culturais que recebem dinheiro público, em especial da Prefeitura de Paraty; Sugestão da criação da Film Comission de Paraty; Secretaria de Cultura como filtro de eventos que não tragam conteúdos para a cidade; Recadastramento e identificação dos 148 sítios arqueológicos Promoção 148 sítios arqueológicos do entorno da cidade como possibilidade de ação turística; Sugestão de utilização das ruas como espaços de ação cultural; Problemas com a gestão da Biblioteca Municipal Fábio Villaboim Revogação da concessão do prédio do Cinema no Centro Histórico; Resgate do conceito da Festa de Paraty; O Defeso Cultural; A Secretaria de Cultura como indicadora de conceitos culturais; Mapeamento, inventário e diagnóstico dos equipamentos culturais da cidade; Sugestão de criação de espaços culturais nos bairros de Paraty; Informações sobre a III Conferência Municipal de Cultura de Paraty; Repensar o uso público da Casa da Cultura; Sugestão de espaço Multiuso – Teatro Municipal – no edital de construção do Centro de Convenções de Paraty; Disponibilização das informações sobre prédios, equipamentos, postos, escolas públicas no site da Prefeitura; Ausência das outras pastas nas Rodas da Cultura; Manutenção e restauro dos prédios do Centro Histórico; Capacitação dos Guias das carruagens, trilhas e escunas de Paraty; Planejamento e organização do orçamento já existente da Secretaria de Cultura; Contrapartida de porcentagem de trabalhadores (jovens) na produção dos eventos do Calendário Anual; Capacitação técnica dos jovens de Paraty com a produção dos eventos do Calendário Anual; Pro atividade da Secretaria de Cultura para buscar mais investidores e investimentos na área; A Secretaria de Cultura como articulador entre as outras secretarias de Paraty; Levantamento das ações culturais de cada bairro da cidade. Região Norte: Bairros e comunidades da Costeira ao norte do centro de Paraty. Dia 24 de abril, sexta-feira, 18h, na Escola Municipal Sílvio Romero – Praia de Tarituba, BR101, km 538. O bairro Tarituba é o limite do município de Paraty com Angra dos Reis. Na apresentação das Rodas da Cultura feita pelo secretário de Cultura, Ronaldo dos Santos, falou-se do sobre a importância do grupo de Ciranda de Tarituba na preservação da cultura caiçara. A especialista da noite foi a ativista cultural do Quilombo do Campinho, Laura dos Santos, que falou sobre a importância do território e do trabalho coletivo na manutenção dos conhecimentos das comunidades tradicionais. A ativista chamou a atenção para as ações do governo que muitas vezes tentam “organizar” essas comunidades e acabam transformando essas manifestações populares de forma traumatizante. Após a conversa com o secretário Ronaldo dos Santos e a Laura dos Santos, abriu-se para as inscrições e falas dos quase 20 participantes da Roda da Cultura Região Norte. Questão: Apropriação do fazer cultural pelos próprios atores da comunidade; Ampliar a participação da comunidade nas ações culturais do grupo de Ciranda de Tarituba; Mapeamento dos atores e fazedores de Cultura; Oficinas de capacitação para participação em editais e shows; Falha na Comunicação dos acontecimentos de Paraty; Sugestão de pesquisa sobre a história de São Gonçalo; Apoio da Prefeitura nas pequenas ações da comunidade: Campeonato de Pião. Apoio da Prefeitura para a recuperação da sede do grupo Ciranda de Tarituba; Mediação da Secretaria de Cultura para recuperação da sede da Associação dos Moradores; Manutenção das manifestações Folia de Reis, Ciranda e Pastorinhas; Cuidado com a programação cultural da Prefeitura nos bairros; Sugestão de produção local para as festas da região; Mapear os canais de Comunicação dos bairros de Paraty. Cultura Digital e Audiovisual Dia 24 de abril, quarta-feira, 18h, no Auditório da Casa da Cultura, R. Dona Geralda, 177, Centro Histórico. Mais de 50 pessoas – profissionais do audiovisual, comunicadores e ativistas da rede virtual, participaram dessa Roda da Cultura. A abertura foi feita pelo secretário adjunto Lúcio Cruz e o representante do secretário de Cultura, Sinei Martins explicou aos participantes o que eram as Rodas da Cultura e sua importância na formulação de uma política cultural na cidade de Paraty. O convidado especialista foi o ativista TC, responsável pela rede de Comunicação virtual Mocambos e pela Casa de Cultura Tainã, em Campinas (SP). O ativista cultural contou sobre a experiência organizativa da Rede Mocambos que atua em 18 estados da federação e articula comunidades quilombolas e indígenas como espaço de troca e resignificação das culturas tradicionais. Ele ofereceu dois baobás para Paraty como forma de reafirmar os laços do Brasil com a África, e falou das responsabilidade e respeito que a população brasileira deve ter com os povos das culturas tradicionais. Lembrou também que a tecnologia é um instrumento de transformação para uma Cultura Livre. Após a fala e intervenção musical de TC foram abertas as inscrições aos participantes da roda. Questões: Publicação dos relatórios das I e II Conferências Municipais de Cultura de Paraty; Apresentação do documento sobre a criação de um Conselho de Comunicação de Paraty; Criação de uma rede virtual para os artistas de Paraty; Pesquisa sobre o Eco TV; Impedir que a burocracia paralise as ações da nova gestão na Prefeitura; Cadastro e Mapeamento dos artistas de Paraty; Edital de produção audiovisual para preservação da memória de Paraty; Tornar o audiovisual uma política pública na cidade; Editais para oficinas para gerar uma cultura audiovisual: roteiro, edição, produção, etc; Audiovisual como forma de discussão e manutenção do simbólico da cidade; Secretaria de Cultura como espaço de ações que apresenta a diversidade dos olhares de Paraty; Pesquisar a concessão de TV de Paraty; Criação de outros canais de informação: rádio e web; Cultura Digital como espaço democratizante; Política de ações da Secretaria de Cultura horizontalizantes; Criação de um Canal de TV dentro dos ônibus urbanos; Acesso a Banda Larga com processo transparente e que não sirva aos grandes interesses das grandes corporações da Comunicação; Orçamento da Secretaria de Cultura pequeno e mal distribuído; Editais de fomento para Festivais na cidade; Oficinas de capacitação para inscrições em editais; Promoção de intercâmbio de obras sobre Paraty e sua Cultura em festivais de outras localidades; A Cultura como ferramenta importante na área educacional; Ações concretas da Prefeitura junto a população, com a participação de todas as Secretarias; A importância da Internet (banda larga) na geração de conteúdos para Educação e Cultura; Criar Fundo de Cultura e Comunicação; Necessidade de mão de obra especializada na área de Informática; Parcerias com fundações e organizações para ações culturais na cidade; Criação de espaços alternativos de difusão da produção audiovisual da cidade: escolas, postos de saúde, etc; Parcerias do Estado com o Terceiro Setor; União das secretarias de Cultura e Educação para produção de cursos de capacitação e criação audiovisual para os jovens de Paraty; Cultura digital e audiovisual como ferramentas de transformação. Indígena Dia 25 de abril, quinta-feira, 18h, na Escola Estadual Guarani Tava Mirim da Aldeia Paraty-Mirim, BR 101, Km 593. A Roda da Cultura Indígenas iniciou com uma apresentação do Coral Guarani. Após a apresentação o secretário de Cultura, Ronaldo dos Santos falou sobre o conceito das Rodas da Cultura e a necessidade da criação de políticas públicas de inclusão. A especialista da roda, a karipuna Ubuntu Papiõn, representante da RAHIS, Raízes Históricas Indígenas, falou da urgência de colocar as questões indígenas nas pautas das ações do poder público. Questões como territorialidade para manutenção dos conhecimentos fitoterápicos, cultivo de alimentos de subsistência e caça, além do resgate do grafismo, trançados e rituais de passagem, precisam de ações efetivas de proteção do Estado. Segundo Papiõn, o intercâmbio de conhecimento e ativismo é hoje uma possibilidade real de ações feitas pelos próprios indígenas. Após as falas, o grupo optou por debater sobre as manifestações que já existem e quais são as necessidades das comunidades indígenas de Paraty Mirim, Araponga, Bracuí (Angra dos Reis) e Boa Vista (Ubatuba). “O Coral é comparado a escola convencional pq é um espaço de fortalecer valores e reafirmar o respeito aos mais velhos” Genilson Questões: Ymaguaré, Mitos e Lendas indígenas, já têm 16 anos e foi incluído no Calendário Anual da cidade através do trabalho de divulgação da ONG Nhandeva; Apoio da Secretaria de Cultura para Cerimônia do Milho Sagrado, que acontece nos meses de janeiro e julho em Araponga; Transformar o dia 19 de abril, Dia do Índio, em dia de manifestações contra a mortandade indígena; A importância da religião na vida indígena e o respeito à diversidade e tolerância religiosa; Reforma da Casa de Reza de Paraty Mirim, Atuação junto aos jovens para manutenção dos saberes indígenas; Discriminação racial e social em Paraty; Discriminação racial e social na Escola Pequenina Calixto contra os estudantes indígenas; Oficinas sobre Legislação; Canais de diálogo das comunidades indígenas com a Prefeitura; Fortalecer o Turismo de Base Comunitária; Apoio da Prefeitura na luta pela ampliação do território de Paraty Mirim pois o local e o tamanho da área não garantem a manutenção de suas práticas culturais, como plantio de alimentos, construções e ritualísticas; Apoio no intercâmbio entre as aldeias para fortalecer o movimento de luta e resistência da cultura guarani; Inclusão do Coral Guarani nos eventos e festas da cidade de Paraty; Apoio da Secretaria de Cultura para transporte aos eventos indígenas; Apoio da Secretaria de Cultura para a capacitação e aquisição de instrumentos musicais; Apoio e manutenção do Coral dos Guaranis como um espaço de compartilhamento de conhecimentos entre os mais velhos e os jovens da comunidade. Literatura, Livro e Leitura Dia 25 de abril, quinta-feira, 18h, no Auditório da Casa da Cultura, R. Dona Geralda, 177, Centro Histórico. Com a presença de 30 pessoas, a Roda da Cultura Literatura, Livro e Leitura contou com a presença de Alexandre Pimentel, especialista convidado por ser diretor da Biblioteca Parque de Manguinhos. A representante da Secretaria de Cultura, Thereza Dantas, apresentou o conceito das Rodas da Cultura como uma necessidade de organização da gestão pública em Paraty. O diretor da Biblioteca Pq. de Manguinhos falou da longa relação com a cidade, suas participações na FLIP (Feira Literária de Paraty) e com a cultura caiçara. Ele relatou a relação que a biblioteca mantém dentro e com a comunidade de Manguinhos e a importância de ações públicas nas periferias das grandes cidades. A Biblioteca do Parque de Manguinhos possui 27 mil títulos e uma área de convivência que serve de espaço de consulta e produção de conhecimento. Projetos de Leitura Dramatizada acontecem no espaço para fomentar a leitura dos livros e proporcionar diálogos com a comunidade. Alexandre Pimentel comentou que o papel do bibliotecário está mudando, não é mais só de organizador e catalogar os livros mas de promoção de grupos de leitura, contadores de histórias, trabalhos de oralidade e memória indígenas e quilombolas. Para ele essas são ações possíveis nos espaços já existentes em Paraty. Após a intervenção de Alexandre Pimentel, abriu-se para as inscrições para as falas dos presentes. Questões: Necessidade urgente de um bibliotecário na Biblioteca Fabio Villaboim; Construção da Biblioteca Parque em Paraty; Interface com a Secretaria de Educação; Mapear as bibliotecas da cidade: escolares e comunitárias; A FLIP como evento que também fomenta leitores na cidade; Valorização dos autores de Paraty; Projetos com os autores da cidade no espaço da escola; Dar um novo “desenho” à Biblioteca Fabio Villaboim; Aproximar a Biblioteca Fabio Villaboim da população; Projetos de intercâmbio de autores; Editais para autores e projetos de leitura em Paraty; Capacitação dos educadores para uso dos livros ficcionais; Reforçar a Lei sobre as Rodas de Leitura nas escolas da cidade; Utilização do espaço da FLIP para exposição dos artistas locais; Utilização de outras linguagens dentro da FLIP; Criação de projetos temáticos sobre autores ou movimentos literários com outras linguagens dentro da biblioteca; Espaço de reunião de autores da cidade; Rede de informação entre os autores da cidade; Oficinas de literatura como forma de melhorar a auto-estima e inclusão em Paraty. Música e coletivos musicais Dia 29 de abril, segunda-feira, 18h, no Instituto Silo Cultural, R. Samuel Costa ,n 12, Centro Histórico. Uma das mais disputadas Rodas da Cultura, a RC da Música e Coletivos Musicais contou com a participação de mais de 40 pessoas. O espaço do Instituto Silo Cultural lotou e a RC iniciou com a fala do secretário de Cultura Ronaldo dos Santos, explicando a dinâmica das escutas públicas e a necessidade de criar uma gestão pública na pasta para acabar com a política de “balcão” e democratizar os canais com o Poder Público. O músico e coordenador do Instituto Silo Cultural, Luiz Perequê, saudou todos os presentes e explicou que a sua presença era para ouvir as ações que a nova administração está propondo aos artistas e fazedores de cultura na cidade. O convidado especialista da noite foi o músico e historiador Carlinhos Antunes que narrou a sua experiência dentro da administração petista como secretário de Cultura em Diadema na década de 80. Experiente em participar de escutas públicas, “perdi a conta de quantas eu já participei e sei que são processos lentos mas que deixam marcas na vida da cidade”, Carlinhos Antunes acredita que além de complexos, esses espaços são importantes e que devem ser permanentes, para pensar e gerar políticas públicas. Para finalizar, o historiados falou da importância em desenvolver projetos musicais junto com a Secretaria de Educação. Após a fala de Carlinhos Antunes foram abertas as inscrições para os presentes. Questões: Parceria com a Secretaria de Educação para gerir projetos na Escola de Música; Intercâmbio internacional com escolas de Música com Cuba e Venezuela; Criação de Orquestra Juvenil; Educação musical de qualidade em Paraty; Rádio municipal com programação de músicas brasileiras; Projeto Músicos Descalços de Paraty; Divulgação da MPB; Projetos de formação musical nas escolas públicas; Projetos de formação de público; Sugestão de Projeto de Orquestra junto ao maestro Antônio Carlos Martins; Banda Santa Cecília como um grupo capaz de ensinar música; Liberdade musical; Equipamento cultural para ensino de Música; Blocos da cidade como espaços de ensino de percussão; Licenciatura de músicos para o ensino da música; Liberdade para o ensino informal da Música; Cachês proporcionais nos grandes eventos; Criação da Associação dos Músicos em Paraty; Investimento em equipamentos de qualidade nos espaços públicos; Melhor tratamento com os músicos locais; A Secretaria de Cultura é responsável pela qualidade dos eventos; Registro de todas as manifestações musicais das Culturas Tradicionais; Criação de um espaço para ensaios dos músicos; Oficinas de capacitação para editais; Oficinas para formação dos artistas; Projetos de circulação de músicos pelos bairros da cidade; Rodada de negócios com os empresários do Turismo; Produção de Festivais Multiétnicos; Rede virtuais dos músicos. Artes Cênicas Dia 30 de abril, terça-feira, 18h, no Teatro Espaço – R. Dona Geralda, 327, Centro Histórico. A última Roda da Cultura aconteceu no Teatro Espaço. Cerca de 40 pessoas ouviram o secretário de Cultura Ronaldo dos Santos,que fez a apresentação das Rodas das Culturas e a organização da III Conferência Municipal de Cultura de Paraty. O coordenador do Teatro Marcos Ribas saudou os presentes e abriu-se as inscrições para os presentes. Questões: Oficinas de Teatro e Dança para crianças na periferia de Paraty; Apoio às organizações do Terceiro Setor que oferecem oficinas; Propor espaços culturais perenes; Ações culturais nos eventos da cidade; Projetos de formação de plateia; Necessidade da construção de um Teatro Municipal; Editais para a linguagem com feitos com juri de fora; Ações culturais voltadas para a população da cidade; Ações culturais voltadas para a população jovem da cidade; Parceria com a Secretaria de Educação; Oficinas de capacitação das instituições e professores na área das Artes; Oficinas de capacitação para inscrições em editais; Inserir as Artes Cênicas na vida da cidade; Ampliar o universo de financiadores em Paraty; Fomentar apresentações de teatro e dança; Inclusão social através do Teatro; Mapear os grupos de teatro e dança; Responsabilidades do Poder Público com a população; Construção de um Teatro em Paraty.