Rodrigo Bivar apresenta nova individual A exposição, exibida na Galeria Millan, é composta apenas por pinturas inéditas que retratam a visão curiosa do viajante sobre o ordinário Para intitular sua exposição individual na Galeria Millan (com abertura em 26 de abril, quinta-feira, a partir das 20h), o pintor Rodrigo Bivar recorreu a ukiyo-e, uma modalidade da gravura japonesa cuja tradução literal seria “retratos do mundo flutuante”. A mostra, composta por oito pinturas a óleo sobre tela, foi, pela relação temática com as imagens nipônicas, batizada de ...ainda assim, flutuante caiçara... Se antes as pinturas de Rodrigo Bivar despertavam um curioso estranhamento e remetiam à ficção, agora elas evocam uma sensação de familiaridade – seja pelas cenas representadas, seja por sua relação com a história da arte. Nas novas pinturas, o artista congela instantes ordinários do mundo instável. São momentos aleatórios de um dia qualquer, que têm em comum o local que os abriga (as praias de Ubatuba, litoral norte de São Paulo). O olhar do artista viajante se faz presente em toda a exposição, principalmente na pintura Sem título (Marc Ferrez), em que Bivar pinta uma das paisagens do fotógrafo que mais contribuiu para o registro do Brasil do século XIX. A obra atua como guia e praticamente assume o papel de texto curatorial da mostra, cujas cenas e paisagens deixam transparecer o olhar sempre interessado do artista, ainda portador daquela curiosidade que o hábito tende a cegar. Ao observar o conjunto da mostra, o elo entre as obras torna-se o protagonista: a paisagem. Nas cenas representadas, a figura humana aparece em harmonia com o ambiente, e suas atitudes – mexer em gravetos, analisar um mapa – são condicionadas por ele. Cada obra representa um todo, em que um elemento remete ao que está ao seu lado, sem diferenciação hierárquica entre os planos. Por sua vez, cada pintura relaciona-se com todas as demais, também em igual ordem de importância. ...ainda assim, flutuante caiçara... apresenta-se, então, como um perfeito sistema pascaliano, sendo impossível conhecer suas partes sem conhecer o todo, e impossível conhecer o todo sem conhecer cada uma das partes. SERVIÇO ...ainda assim, flutuante caiçara... - individual de Rodrigo Bivar Abertura: 26 de abril de 2012, quinta-feira, das 20h às 23h, na Galeria Millan. Visitação: 27 de abril a 22 de maio Segunda à sexta, das 10h às 19h; sábado, das 11h às 17h. Gratuito. Contato para imprensa: Caroline Carrion – [email protected] – 3031 6007 / 6739 6789 SOBRE RODRIGO BIVAR (BRASÍLIA-DF, 1981) Artista graduado em artes plásticas pela FAAP. Participa, desde 2005, de mostras coletivas, dentre as quais se destacam, em 2011, o Panorama da Arte Brasileira do MAM São Paulo e o 17º Festival Internacional de Arte Contemporânea SESC_Videobrasil; em 2010, A Contemplação do Mundo – Paralela 2010, também em São Paulo; em 2009, Grau Zero, no Paço das Artes; e, no ano anterior, 2000 e 8, no SESC Pinheiros. Atualmente, suas obras podem ser vistas na coletiva 7 SP – Seven Artists from São Paulo, no C.A.B Contemporary Art, em Bruxelas. Sua primeira individual aconteceu como parte do Programa de Exposições do Centro Cultural São Paulo, ocasião em que ganhou o Prêmio Aquisição, em 2008. Desde então, apresentou individuais no Paço das Artes (São Paulo, SP) e na Fundação de Arte de Ouro Preto (MG), além da Galeria Millan.