D1 “O choro é a espinha dorsal” do trabalho de Evandro Marcolino e Richard Ferrarini DIVULGAÇÃO FÁBIO ROGÉRIO SOROCABA • QUINTA-FEIRA • 25 DE NOVEMBRO DE 2010 As irmãs Corina, Elisa e Lia se preparam para lançar segundo CD Choro dita o ritmo da agenda cultural de hoje Duo Urubatã faz show de lançamento do CD “Corda e Vento’; meninas do Choro das 3 se apresentam no recanto da seresta José Antônio Rosa esmo que fosse previamente combinado, daria tão certo assim. O choro dita o ritmo da agenda cultural de hoje à noite na cidade, com as apresentações do Duo Urubatã e do grupo Choro das 3. Para a delícia dos aficcionados, e por força de uma incrível coincidência, também hoje começa a ser exibida, no Viva (canal 36 da Net), a reprise da minissérie “Chiquinha Gonzaga”, sobre a vida de uma das mais importantes compositoras do gênero em todos os tempos. A primeira das atrações faz, a partir das 20h, o show de lançamento do CD “Corda e Vento” (empreendimento apoiado pela Linc), no Espaço Alexandria; já as irmãs Corina, Elisa e Lia dão continuidade, no mesmo horário, na Cantina Flório, à programação do projeto “Quintas do Choro”, organizado pela professora Mazé Muraro. Já a adaptação para a tevê da história da criadora de sucessos como “Abre Alas” e “Lua Branca” vai ao ar a partir das 23h45. Vale a pena ficar acordado até mais tarde para acompanhar a produção que foi apresentada, pela primeira vez, em 1999. Nela, Lauro César Muniz resgata passagens da vida de Chiquinha Gonzaga, que ajudou a popularizar o chorinho como música genuinamente brasileira. Embora tenha se preocupado mais com a intimidade da personagem do que propriamente com sua obra, a minissérie alcançou, à época, bons índices de audiência. “É legal ver tanta coisa acontecendo num só M dia. Reforça a importância do estilo, e do trabalho dos artistas que a ele se dedicam”, comentaram os músicos Richard Ferrarini e Evandro Marcolino, do Urubatã. Integrantes da Vintena Brasileira, orquestra regida por André Marques, eles decidiram, há quatro anos, desenvolver um projeto paralelo voltado à pesquisa da vertente musical. “Corda e Vento” é o resultado dessa investida, mas não, necessariamente, um disco focado exclusivamente no formato clássico do chorinho. Trata-se, conforme Richard e Evandro, de uma proposta híbrida, aberta a mistura de tendências. “O choro é a espinha dorsal, mas incorporamos aos temas outros elementos. Ficou meio jazzístico, sem perder de vista o caráter de música popular. Chiquinha Gonzaga e Ernesto Nazareth também seguiram essa orientação”. Autoral, o disco reúne nove composições, duas das quais assinadas por outros autores: “Só de Passagem”, de Léo Ferrarini (irmão de Richard) e “Olha a Pisada/Mulher Rendeira”, de Luiz Gonzaga e Zé Dantas. Esta última tem uma história interessante: parte da canção até já caiu em domínio público, mas, pouca gente sabia que Gonzaga e Dantas incorporaram a ela um outro trecho que fez com que ficasse “belíssima”, no dizer de Evandro e Richard. Foi o percussionista Cléber Almeida, parceiro de André Marques, e que aparece como convidado no CD, quem garimpou a preciosidade. “Ele descobriu uma gravação em 78 rotações e nos mostrou. Na hora, decidimos que a tocaríamos”. Outra novidade foi que, para o lançamento do álbum, os músicos utilizaram uma estratégia de comunicação voltada às sociais da internet e lançaram pelo youtube (www.youtube.com/duourubata) uma série de vídeos contando um pouco sobre o processo da produção do disco. “É uma espécie de making off que ficou disponibilizado na rede”, explicou Rafael Pieroni que, junto com a jornalista Lívia Gusmão, teve a ideia de produzir o material. O trabalho será exibido hoje antes da apresentação dos músicos. Além disso, será lido um poema, de autoria de Lívia. A proposta de lançar o álbum em uma livraria, diz o material de divulgação, parte, mais, “da concepção de buscar uma convergência entre as linguagens artísticas, tratando a literatura também como fonte de inspiração para suas composições e criação de suas paisagens sonoras”. Choro das 3 Perto de lançar, no ano que vem, o segundo CD e de participar, na Itália, da Mid Em, uma das mais importantes feiras musicais do mundo, o Choro das 3, formação da cidade de Porto Feliz, que reúne as irmãs Corina, Elisa e Lia, faz logo mais um apanhado da carreira e mostra novidades do trabalho ainda em fase de produção. As meninas, que já ganharam o prêmio APCA em 2008, na categoria de melhor grupo de música popular, percorreram, nos últimos três meses várias regiões do Estado dentro do Circuito organizado pela Secretaria de Cultura. Paralelamente a isso, trabalham no estúdio próprio a gravação do novo disco que, conforme Elisa e Lia, sairá pelo selo Som Livre. Elas continuam apostando no resgate de clássicos de autores como Jacob do Bandolin, Pixinguinha, Waldir Azevedo e outros. Escolheram, ainda, a “Ária da Quarta Corda”, de Bach, relida sob um novo arranjo. O Choro das 3 repete a experiência do primeiro álbum, “Meu Brasil Brasileiro”, quando interpretou “A- lla Turca”, de Mozart. O trabalho obteve tamanha receptividade que alcançou a marca das 10 mil cópias vendidas, número que impressiona, considerando-se tratar de um projeto de música instrumental. Foi essa repercussão que fez com que o trio fosse convidado a participar da Mid Em. A mostra consiste numa das principais vitrines para autores e instrumentistas que querem mostrar o seu potencial. As novidades não param por aí. Elisa, a compositora do conjunto, prepara um álbum solo com temas próprios. Foi ela quem escreveu “Assobiando”, faixa do novo disco, em homenagem a Ernesto Nazareth. Teve a ideia quando viajava e começou a soprar a melodia. No show de logo mais, o grupo divide a cena com os seresteiros sorocabanos, que deverão interpretar sucessos de Noel Rosa, Cartola, Paulo Vanzolini e outros. Serviço: Show de lançamento do CD “Corda e Vento”, do Duo Urubatã Hoje, às 20h, no Espaço Alexandria (avenida Barão de Tatuí, 1377) O álbum estará à venda ao preço de R$ 12 Entrada franca Depois disso, pode ser adquirido no endereço www.myspace.com/urubata Show com o Grupo Choro das 3 dentro da programação do projeto “Quintas do Choro” Hoje, às 20h, na Cantina Flório (rua Arlindo Luz, 87) O couvert custa R$ 5 Reservas de mesa e informações podem ser obtidas pelos telefones (15) 3016-7957/ 9144-9211 com Milena, Miriam ou Julião FESTIVAL DE CINEMA DE ITU NOTAS 4.º edição começa hoje e traz nomes importantes do Cinema Novo e do ‘marginal’ musicais (confira todas as atividades, que são gratuitas, no site www.cinemamundo.com). Alguns nomes de destaque no cinema brasileiro já estão confirmados. Andrea Tonacci, ícone do cinema marginal, vai presidir o júri da mostra competitiva. Clarissa Moebus, Juliano Luccas, Luiz René Guerra e Sérgio Alpendre também fazem parte do corpo de jurados. Luiz Rosemberg Filho, outro ícone do cinema marginal (autor de “Jardim das Espumas”, “Balada de Página Três”, “América do Sexo”, entre outros), vai ministrar uma palestra amanhã, às 21h, ao lado de Ricardo Miranda, montador premiado de importantes filmes do cinema novo (inclusive trabalhou ao lado de Glauber Rocha). Os dois falarão sobre “Cinema: Ontem, Hoje e Amanhã”. Ricardo Miranda também dará um curso de montagem amanhã (às 14h) e no sábado às (10h). Joel Yamaji (cineasta e professor da USP) vai dar curso de roteiro amanhã às 17h30 e no sábado a partir das 14h. “Essas pessoas exibirão também suas produções durante o festival”, explica Renata. Amanhã, às 18h, haverá uma palestra com Roberto Lima, da Ancine, que vai falar sobre mecanismos de incentivo cultural à produção de cinema. Renata informa que ainda restam poucas vagas para os cursos. Quem tiver interesse, deve escrever um email para [email protected]. Para as palestras, ainda há vagas. O evento será realizado no Espaço Fábrica São Luiz ( rua Paula Souza, 492; Centro). (Juliana Simonetti) DIVULGAÇÃO A 4ª edição do Cinema Mundo - Festival Internacional de Cinema de Itu começa hoje, às 19h, e prossegue até domingo. Além da cerimônia de abertura, o evento de hoje contará com a exibição de curtas da mostra competitiva e também com a apresentação da produção, de 17 minutos, de Luis Buñuel: “Um Cão Andaluz”. Neste ano, o evento abre espaço para produções iberoamericanas. Para a mostra internacional de curtas-metragens, foram inscritos 321 de vários lugares do Brasil, além da Argentina, Portugal, Espanha, Uruguai e até de Cuba, conta a diretora geral do Cinema Mundo, Renata Saraceni. Foram selecionadas 30 produções para a competição ibero-americana e oito para mostra raiz (filmes produzidos no interior paulista). Amanhã e sábado prosseguem as exibições da mostra competitiva, sempre a partir das 15h. Nesta edição, o festival conquistou um apoio importante do Centro Técnico de Audio Visual (CTAV), órgão ligado ao Ministério da Cultura, que vai agraciar o Melhor Filme com uma cópia da produção em 35 mm. As outras categorias serão contempladas com troféus. Na Mostra Competitiva, há uma categoria especial para filmes produzidos apenas no interior paulista, que concorrerão ao troféu Raiz. O público também poderá participar da escolha, selecionando o filme que receberá o prêmio Cinema Mundo. Além da mostra de curta, a programação vai contar com palestras, oficinas, exibição de longas e até shows Bob Dylan na Grande Otelo O Coral Adulto da Fundec é uma das atrações de amanhã Encontro de corais reúne 14 grupos de Sorocaba e região Começa hoje e prossegue até sábado, no Teatro Municipal, a quarta edição do Encontro Finamax de Corais. Na abertura, às 20h, quatro formações se apresentam: os corais Municipal de Votorantim, do Clube da Melhor Idade, Professora Albertina de Castro, e Masculino da CBA. O evento tem como proposta promover o intercâmbio de experiência entre os participantes, além de estimular, desenvolver e aprimorar a prática do canto coral na cidade de Sorocaba. Visa, também, conscientizar a comunidade sobre a importância social, educativa e cultural da expressão artística, e abrir mercado de trabalho para regentes e professores de canto e música. A programação continua amanhã, quando se apresentam o Coral Adulto da Fundec, da Saturnia Energia Viva, o Grupo Vocal Santa Cecília, o da Cultura Inglesa de Jundiaí e o Astra. No terceiro e último dia, ocupam o palco o Vozes da Serra, o Flex em Canto, o Canto da Terra, o Coral Nupep em Som Maior, e o Madrigal Uniso. A programação de hoje destaca a releitura de temas populares como “Romaria”, “Qui Nem Giló”, e “Nessum Dorma”, todas com o Coral Municipal de Votorantim), que tem a regência de Márcio Lima, e acompanhamento do tecladista e percussionista, Erick Raphael. Já o Coral do Clube da Melhor Idade, de Mairinque, canta, sob a regência de Maria Candida Bertolini, “Tudo o Que se Quer”, “Eu o Seguirei”, e “Ai, se eles me Pegam Agora”. O Coral “Professora Albertina de Castro”, de São Roque, que tem como instrumentista acompanhador Rogério de Jesus Nascimento, apresenta um repertório que destaca “Cantores do Rádio”, “Lua Branca”, “A Noite do Meu Bem”, “Upa Neguinho” e “Caçador de Mim”. O Coro Masculino da CBA, último a se apresentar, é regido por Patrício Souza, e canta “Voy Apagar la Luz”, “Oceano”, “Nega Dina”, e “Pinga com Limão”. Os ingressos para as apresentações custam R$ 5 e podem ser adquiridos na sede da empresa, à rua Cesário Mota, 87, ou na bilheteria do Teatro. Outras informações pelo telefone (15) 3219-1111. Para quem gosta de Bob Dylan, a Grande Otelo tem hoje uma boa programação. A partir das 20h ocorre o pocket show “Uma releitura do álbum Bringing It All Back Home” e, em seguida, a palestra “Do Folk ao Rock: A importância de Bob Dylan” com o músico Marcio Bertasso, que é vocalista, guitarrista e compositor e atua nas bandas Monstruário, Brandymen e The Glen. O intuito das atividades é mostrar ao público fatos ligados a Bob Dylan que tiveram importância histórico e cultural para a música do século XX. Marcio também falará do álbum “Bringing It All Back Home”, de 1965, que foi um divisor de águas para a carreira de Bob Dylan e para a história do rock. A Oficina Cultural Grande Otelo fica na Praça Frei Baraúna, s/nº. As atividades têm entrada gratuita. Informações: (15) 3224-3377 ou (15) 3232-9329. Lançamento: ‘Entre linhas, formas e cores: arte na escola’ No sábado, as professoras e pesquisadoras Adriana Rodrigues Dias e Tatiana Fecchio Gonçalves estarão no Espaço Alexandria para o lançamento do livro “Entre linhas, formas e cores: arte na escola”. A obra, editada pela Editora Papirus, reúne doze artigos, de autoria de professores universitários e pesquisadores em arte-educação. Os artigos tratam, desde a formação dos professores de Artes, até o modo de avaliação em sala de aula. O evento, aberto ao público, acontece a partir das 19h. O Espaço Alexandria fica na avenida Barão de Tatuí, 1377. Lançamento de livro em São Roque O médico e jornalista sanroquense Paulo José Moraes lança hoje em São Roque um livro que reúne crônicas produzidas nas últimas quatro décadas in- titulado “Um psiquiatra neste bando de loucos - Coisas Agudas e Crônicas”. O livro contempla textos inéditos e crônicas publicadas desde os anos em que Paulo Moraes escrevia para o caderno Ilustrada, da Folha de São Paulo. A noite de autógrafos ocorre às 20h no restaurante Vila Don Patto (Estrada do Vinho, km 2,5 - São Roque/SP). O livro custa R$ 28. Show Maria Madame Hoje quem anima a noite no Depois Bar e Arte (rua Cônego Januário barbosa, 123) é a banda Maria Madame. Com um repertório dançante, o grupo de Sorocaba mostra composições de Jack Johnson, Clube do Balanço, Chico Buarque, Wilson Simonal, entre outros. O show está marcado para começar a partir das 21h. A entrada custa R$ 8. Vale lembrar que os ingressos para o show que Zeca Baleiro faz no bar no dia 14 de dezembro já estão esgotados. Encontro com o Mito O diretor da Biblioteca Infantil, José Rubens Incao, coordena hoje mais uma aula do projeto “Encontro com o Mito”. As atividades ocorrem todas as quintas-feiras, das 14h às 16h, para pessoas acima de 12 anos. O tema desta semana é “O mal interior: Inimigo a combater?”. A Biblioteca Infantil fica na Rua da Penha, 673. Informações: (15) 3231-5723. Poesia e MPB no Teatro da Estação Poesia e música (samba e bossa nova) estão no projeto “Do Oiapoque ao Chuí”, que será apresentado hoje, às 20h, no Teatro Estação (Estação Ferroviária - av. Afonso Vergueiro, s/nº). O projeto reúne Lauro Damini (guitarra e violão), Sergio Grassi (baixo), Jadson Fernandes (bateria), Manu (percussão), Marco Antonio Rodrigues (voz) e Sueli Aduan (poesia). A entrada custa R$ 5.