UNISALESIANO – CENTRO UNIVERSITÁRIO CATÓLICO SALESIANO AUXILIUM DE LINS - SP PÓS GRADUAÇÃO GERÊNCIA CONTÁBIL, FINANCEIRA E AUDITORIA – TURMA III DISCIPLINA DE ADMINISTRAÇÃO DE CUSTOS ENCONTRO 1 DE 3 AULA DE 11 DE AGOSTO DE 2012 1. APRESENTAÇÃO O presente material refere-se ao primeiro encontro de um total de três na disciplina de Administração de Custos, que ao final dos três encontros abordará: Sistema de gerenciamento de custos e desempenho. Análise estratégica versus análise convencional de custos. Análise de custos e aplicações gerenciais de cadeia de valor. Análise do ponto de equilíbrio (produção, econômico e administrativo). Utilização da margem de contribuição no processo decisório. Impactos dos custos nas diversas áreas da organização. Custo padrão e suas implicações no controle de empresas. Formação de preços de venda. 2. OBJETIVOS DA APURAÇÃO DO CUSTO DA PRODUÇÃO A contabilidade de custos integra a CONTABILIDADE GERENCIAL, que possui como objetivo central gerar informações úteis à administração das empresas. Os principais objetivos da contabilidade de custos são: apuração do custo dos produtos/serviços dos departamentos; atendimento de exigências contábeis e fiscais; controle dos custos de produção; melhoria de processos e eliminação de desperdícios; auxílio na tomada de decisões gerenciais; otimização de resultados. 3. CONCEITOS BÁSICOS Para uma melhor compreensão sobre custos, inicialmente precisamos saber como a Contabilidade separa os gastos, aqui compreendido como o valor pago ou assumido para obter a propriedade de um bem, incluindo ou não a elaboração e a comercialização, conforme a definição de Dutra (2003)1 . 1 DUTRA, René Gomes. Custos: um abordagem prática. Atlas, 2003. 1 Estes são classificados em três grupos: 1. Investimentos 2. Custos 3. Despesas 3.1 Investimentos Segundo Berti (2002)2 investimento é o gasto para aquisição de ativo, com a finalidade de obtenção de benefício a curto, médio e longo prazo. Como exemplo podemos citar matériaprima, máquinas e equipamentos para a fábrica, ações de outras empresas. 3.2 Custos Parcela do gasto que é aplicada na produção ou em qualquer outra função de custo, gasto esse desembolsado ou não. É o gasto relativo a bem ou serviço utilizado na produção de outros bens ou de outros serviços. Também é um gasto, só que é reconhecido como custo no momento da fabricação de um produto ou na realização de um serviço. José Hernandez Perez Junior (2006)3 nos ensina que os gastos utilizados no processo produtivo, também conhecido como fatores de produção, são classificados e contabilizados em três grandes grupos: Materiais matérias-primas consumidas; materiais de embalagens materiais auxiliares etc. Mão-de-obra mão-de-obra produtiva dos trabalhadores dos departamentos diretamente ligados à produção; mão-de-obra dos departamentos auxiliares da produção; mão-de-obra da gerência e supervisão da fábrica; salários e benefícios da Diretoria Industrial etc. não produtivos, dos trabalhadores dos setores É importante ressaltar que o custo com a mão-de-obra inclui o salário que é pago mais os encargos sociais (INSS, FGTS, Férias, 13º Salário, descanso remunerado etc.) 2 3 BERTI, Anélio. Custos: uma estratégia de gestão. Icone, 2002. HERNANDEZ PEREZ JUNIOR, José, OLIVEIRA, Luís Martins de, COSTA, Rogério Guedes. Atlas, 2006. 2 Outros custos de produção custos gerais de fabricação, tais como depreciação do prédio da fábrica, depreciação das máquinas e equipamentos, energia elétrica, água etc.; serviços de apoio a produção, tais como manutenção e limpeza das máquinas, almoxarifado, refeitório, ambulatório médico, equipamentos e sistemas de informática para controle e gerenciamento da produção etc.; seguros contra incêndio da fábrica; seguros contra acidentes pessoais e demais riscos envolvendo o pessoal da fábrica etc. 3.3 Despesas Tomando os ensinamentos de Padoveze (2006)4, despesas são os gastos necessários para vender e distribuir os produtos. De um modo geral, são os gastos ligados às áreas administrativas e comerciais. 3.4 Outros conceitos não menos importantes PERDAS: fatos ocorridos em situações anormais. São considerados não-operacionais e não devem fazer parte dos custos de produção. INSUMO: terminologia utilizada no setor industrialo. Significa a combianção de fatores de produção (materias-primas, mão-de-obra, gastos gerais, energia, depreciação) necessários para a produção de determinada quantidade de bem ou serviço. 4. CLASSIFICAÇÃO DOS CUSTOS Como classificação separa-se os custos em diretos e indiretos, com o objetivo de apurar o custo unitário do produto. Possui como referência o formato legal da demonstração de resultados exigida pela legislação comercial e fiscal. A separação dos custos em fixos e variáveis possui como referência o volume de produção ou vendas. Nesse tipo de estudo (fixo e variável) os objetivos são gerenciais, visando identificar o comportamento do custo para decisões envolvendo orçamentos e projetos. 4 PADOVEZE, Clóvis Luís. Curso básico gerencial de custos. Thomson, 2006. 3 Resumo geral do estudo classificatório dos custos Estudo classificatório CLASSIFICAÇÃO DE CUSTO Identificação ao produto ou objeto de custo COMPORTAMENTO DE CUSTO Reação do valor gasto ao volume produzido/vendido Tipos de classificação Custo direto Custo Indireto Custo variável Custo fixo Custo semifixo Custo semivariável Objetivos principais Custo unitário do produto ou serviço final Apuração de resultados para a contabilidade societária e fiscal (seguindo a demonstração de resultados) Formação de preço de venda Orçamento e projeções Construção de modelos para o processo de tomada de decisão (análise custo-volume-lucro) Gestão geral de custos Formação de preço de venda Fonte: PADOVEZE, Clóvis Luís. Curso básico gerencial de custos. 2.ed.Pioneira Thomson Learning, 2006.p.69 4.1 Custos Diretos São os gastos industriais que podem ser alocados diretamente e objetivamente aos produtos, ou seja: é possível estabelecer uma ligação direta com o produto final; não se confunde com os outros produtos. Os principais custos diretos são os materiais diretos e a mão-de-obra direta. Como exemplo podemos citar a produção de queijos e iogurtes, onde o leite é a matéria prima principal, tendo leveduras e estabilizantes como materiais auxiliares, condimentos como componentes e acessórios e copos de vidro, latas e plásticos como materiais de embalagem. Mão-obra-direta São todos os gastos com o pessoal envolvido diretamente na produção dos produtos finais, ou seja, desde a manipulação das matérias-primas até a montagem e a expedição dos produtos acabados. Envolve ainda o pessoal que opera os equipamentos dos processos necessários à elaboração dos produtos finais. Segundo Padoveze (2006), o que liga a mão-deobra direta ao produto final são os processos de fabricação (ou roteiros de fabricação), todas as fases (tarefas, processos, atividades) necessárias para elaborar os produtos. Como exemplo podemos citar uma usina que produz açúcar e etanol, onde a mão-deobra direta são os cortadores de cana, motoristas, operadores de equipamentos, ensacadores etc. 4 4.2 Custos Indiretos São os gastos que não podem ser alocados de forma direta ou objetiva ao produtos. Os principais materiais indiretos consumidos e/ou utilizados pelos equipamentos são: materiais consumidos para conservação e manutenção dos equipamentos (materiais de limpeza, conservação, peças de reposição etc.); materiais consumidos para conservação e manutenção dos imóveis da área de produção; materiais consumidos para utilização dos equipamentos (combustíveis, lubrificantes etc.). Os principais materiais indiretos consumidos/utilizados pelo pessoal envolvido nas operações e atividades industriais são: materiais de expediente (papéis, materiais de escritório etc.); materiais para higiene e segurança do trabalho (EPI); Mão-obra-indireta Caracteriza-se por não ser exclusiva de um produto ou produtos finais e por trabalhar para determinadas atividades de apoio à fabrica como um todo, necessárias a todos os produtos indistintamente. Compreende: pessoal de chefia da mão-de-obra direta, incluindo seus assessores e secretárias; todo o pessoal dos demais setores, atividades e departamentos que apoiam a fábrica. Como exemplo citamos os compradores, engenheiros de desenvolvimento de fornecedores, do Setor de Suprimentos, bem como os auditores de qualidade do setor de Controle de Qualidade, dentre outros. 5 Exercícios: 1. Classifique os gastos abaixo em: Custo Direto, Despesa ou Custo Indireto. a) ( ) materiais diretos b) ( ) materiais de escritório c) ( ) materiais indiretos dos centros de custo d) ( ) M.O. direta e) ( ) salários administrativos f) ( ) depreciação (prédio da fábrica) g) ( ) depreciação (escritório) h) ( ) depreciação (máquinas) i) ( ) aluguel escritório j) ( ) manutenção (móveis e utensílios) k) ( ) combustível (setor de vendas) l) ) juros e taxas bancárias ( m) ( ) energia (escritório) n) ( ) energia (fábrica) o) ( ) correio e telefone p) ( ) custos gerais de fabricação q) ( ) despesas de viagens do gerente da fábrica 2. A parcela do gasto que é aplicada na produção ou em outra função de custo, quer esse gasto tenha sido desembolsado ou não, é chamada: a) receita b) despesa c) custo d) preço 3. O pagamento de parte ou total adquirido, elaborado ou comercializado, é denominado: a) receita b) despesa c) preço d) desembolso 4. Um gasto ligado ou não à produção de bens ou serviços e ocorrido anormal e involuntariamente, sem ligação com geração de receita, é designado: a) doação b) custo c) perda d) despesa 6 5. O valor da matéria-prima excedente, que não integra o produto final, sendo porém consumida normalmente em função de características de processo produtivo, é denominado: a) doação b) custo c) perda d) despesa 6. Depois de iniciada a produção, quer o produto seja comercializado ou não, isto é, quer haja venda ou não, o valor do aluguel do período decorrido, pago ou não, de um imóvel para armazenamento do produto acabado, segundo os conceitos contábeis e a legislação fiscal brasileira, é designado: a) receita b) despesa c) custo d) desembolso 7. Quanto à apuração, os custos podem classificar-se em: a) diretos e indiretos b) diretos e fixos c) diretos e variáveis d) indiretos e fixos 8. O custo fixo unitário, dentro do limite da capacidade máxima e do período, é: a) crescente com o acréscimo da quantidade produzida b) decrescente com o acréscimo da quantidade produzida c) decrescente com o decréscimo da quantidade produzida d) constante para qualquer quantidade produzida 9. Dependendo do nível de produção em que a empresa está operando, acima de uma unidade, o custo variável unitário pode ser: a) maior que o custo fixo unitário b) maior que o custo variável total c) maior que o custo fixo total d) maior que o custo total (fixo + variável) 10. Sendo possível eliminar todos os custos fixos da empresa em qualquer nível de produção, o custo: a) total por unidade iguala a zero b) total por unidade iguala o custo fixo unitário. c) total por unidade iguala o custo variável unitário. d) variável unitário iguala o custo fixo unitário. 7 11. Quando se aumenta a quantidade produzida no período, pode-se dizer em relação aos custos fixo unitário e variável unitário que: a) decrescem ambos b) não varia o primeiro e cresce o segundo c) decresce o primeiro e cresce o segundo d) decresce o primeiro e não varia o segundo 12. Uma empresa no nível máximo de sua capacidade de produção (200 unidades) tem custo total por unidade produzida (CT / Q) igual a $ 1.500,00 e o custo variável unitário igual a $ 1.200. No período cuja produção fosse de 160 unidades, seu custo total por unidade produzida (CT / Q) seria: a) $ 1.350,00 b) $ 1.500,00 c) $ 1.575,00 d) $ 1.833,00 8 5. MÉTODOS DE CUSTEIO No Brasil os órgãos governamentais que se utilizam da contabilidade para apuração tributária, determinam a utilização do método do custeio industrial (absorção). Esse método é chamado de custeio por absorção, onde todos os gastos da área industrial devem fazer parte da apuração do custo unitário dos bens e serviços, não computando os gastos administrativos, comerciais e financeiros, que serão tratados como despesas periódicas. (Padoveze, 2006). A vantagem do custeamento por absorção é que ele está de acordo com os princípios contábeis aceitos e as leis tributárias. O custeio variável considera apenas o custo dos materiais e serviços para os produtos. A contabilidade de resultados, decorrente da adoção dos conceitos da teoria das restrições é clara ao não adotar o custeio por absorção, adotando de forma irrestrita o método do custeio variável. A teoria das restrições considera horizontes de tempo de curto prazo e assume que os demais custos operacionais correntes são custos fixos. O Sistema de Informação de Gestão Econômica (GECON) incorpora apenas o método do custeio variável dentro do seu modelo de mensuração. Existem ainda os métodos de custeio integral (full costing), RKW e custeio por atividades (custeio ABC). O custeio integral é o método que apropria aos produtos, além dos custos de fabricação, o total das despesas administrativas e comerciais. O método RKW consiste no rateio não só dos custos de produção, como também de todas as despesas da empresa, inclusive financeiras, a todos os produtos. Os conceitos de gestão estratégica de custos têm como referencial básico o método de custeio ABC - activity based costing (custeio baseado em atividades). Juntamente com o custeio ABC, a gestão estratégica de custos advoga a utilização do conceito de custo meta (target costing), que é um custo que deve ser alcançado. Custeio Variável/Direto Teorias das restrições GECON Custeio por Absorção Custeio ABC Custo meta Custeio integral RKW REFLETINDO SOBRE O ASSUNTO! Quais os pontos fortes e críticos dos custeios por absorção e direto/variável? 9 Assim, o método de custeio variável/direto é o método conceitualmente adequado para a gestão econômica do sistema empresa, no âmbito da contabilidade de custos, enquanto o método de custeio por absorção não é adequado para tomada de decisão. Eliseu Martins apresenta três problemas que concorrem para a pouca utilidade do custeio por absorção para fins gerenciais: Primeiro: os custos fixos existem independentemente da fabricação ou não desta ou daquela unidade e acabam presentes no mesmo montante, mesmo que oscilações ocorram no volume de produção; Segundo: por não se relacionarem com este ou aquele produto ou esta ou aquela unidade, são quase sempre distribuídos à base de critérios de rateio, em geral com grandes graus de arbitrariedade; Terceiro: o custo fixo por unidade depende ainda do volume de produção; pior do que tudo isso, o custo de um produto pode variar em função da alteração de volume de outro produto, o que se traduz em um modelo totalmente inadequado para fins de tomada de decisão. 5.1 CUSTEIO POR ABSORÇÃO O método de custeamento por absorção é o método legal e fiscal que utiliza, para formar o custo unitário dos produtos e serviços, apenas os gastos da área industrial. Ele é consistente com o modelo oficial de apuração dos resultados das empresas. Caracteriza-se por: utilizar os custos diretos industriais; utilizar os custos indiretos industriais, por meio de critérios de apropriação ou rateio; não utiliza os gastos administrativos; não utilizar os gastos comerciais, sejam diretos ou indiretos; somatório do custo dos produtos e serviços vendidos no período dá origem à rubrica custo dos produtos e serviços, na demonstração de resultados do período; o somatório do custo dos produtos e serviços ainda não vendidos dá origem ao valor dos estoques industriais no balanço patrimonial do fim do período (estoques em processo e estoque de produtos acabados). 10 Um critério para se efetuar uma correta apropriação dos custos indiretos aos produtos (absorção) fabricados ou aos serviços prestados é a departamentalização. A departamentalização para ser utilizada como critério de rateio, parte da definição da estrutura organizacional da empresa, onde um departamento pode ser enquadrado como um centro de custo, ou seja, onde são apropriados os custos indiretos para posterior apropriação aos produtos fabricados ou serviços prestados. Esquematicamente, o fluxo global de custos e despesas para apuração de resultados no custeio por absorção pode ser assim representado: Gastos Custos Diretos Receitas Despesas Indiretos Rateio Produção A B Produtos acabados CPV Resultados Fonte: José Hernandez Perez Jr. (org.). Gestão estratégica de custos. 5.ed.Atlas,2006.p.78 Para apropriação dos custos indiretos dos centros de custo auxiliar aos centros de custo de produção é necessário definir critérios de rateio, como segue: Custo Indireto Critério de rateio Depreciação (prédio área ocupada (m2) da fábrica) Energia horas/máquina Materiais horas/máquina Custos gerais horas/homem de MOD 11 Tomemos por exemplo a estrutura abaixo: Produto A B C Total Custo de produção direto M.P M.O. direta 80.000 60.000 30.000 100.000 50.000 40.000 160.000 200.000 Os custos indiretos de produção são relacionados no quadro abaixo. Custos Energia Água M.O. Indireta Depreciação Aluguéis Total R$ 40.000 50.000 110.000 65.000 50.000 315.000 Considerando que a empresa apresente o seguinte quadro de rateio dos custos indiretos de produção: Mapa de rateio dos custos indiretos Departamento/ Estamparia Usinagem Retíficas Montagem Custo Indireto Energia elétrica 14.000 7.000 9.000 10.000 Água 5.000 28.000 12.500 4.500 M.O. Indireta 36.400 22.000 15.100 36.500 Depreciação 21.500 26.000 5.500 12.000 Aluguel 5.000 14.000 6.000 25.000 Total 81.900 97.000 48.100 88.000 Total 40.000 50.000 110.000 65.000 50.000 315.000 Neste exemplo o custo indireto de produção será apropriado pelo critério da energia elétrica apontada para cada produto em cada setor do processo produtivo, conforme demonstrado no quadro abaixo. 12 Produto A B C Total Estamparia 228 244 428 900 Horas apontadas Usinagem Retíficas Montagem 510 322 440 374 120 462 326 1.528 218 1.210 1.970 1.120 Total 1.500 1.200 2.500 5.200 Encontrando a participação percentual, temos; Produto A B C Total Produto A B C Total Horas apontadas - distribuição % Estamparia Usinagem Retíficas Montagem 25,33% 42,15% 16,35% 39,29% 27,11% 30,91% 6,09% 41,25% 47,56% 26,94% 77,56% 19,46% 100,00% 100,00% 100,00% 100,00% Apropriação dos custos indiretos aos produtos Estamparia Usinagem Retíficas Montagem 20.748 40.884 7.862 34.571 22.204 29.982 2.930 36.300 38.948 26.134 37.308 17.129 81.900 97.000 48.100 88.000 Total 104.066 91.416 119.518 315.000 Por fim, reunir custos diretos e indiretos de produção. Produto A B C Total Custo de Produção M.O. Custos M.P. direta Indiretos 80.000 60.000 104.066 30.000 100.000 91.416 50.000 40.000 119.518 160.000 200.000 315.000 Total 244.066 221.416 209.518 675.000 13 5.2 CUSTEIO ABC - Custeio Baseado em Atividades O custo por atividade é um método de custeamento que identifica um conjunto de custos para cada evento ou transação de cada atividade na organização, que age como um direcionador de custos. O custeio ABC preocupa-se exclusivamente com os custos indiretos ou fixos, objetivando identificar primeiramente os elementos causadores de seu consumo, e apenas posteriormente, promover a alocação aos produtos. Se diferencia do custeio por absorção pois estende o método aos gastos administrativos e comerciais e, da mesma maneira, procura identificar os elementos causadores dos gastos de cada atividade. Para tanto, busca-se identificar uma atividade relevante para cada departamento. 5.3 CUSTO PADRÃO O custo padrão é calculado com base em eventos futuros de custos ou eventos desejados de custos, que podem ou não acontecer na realidade da empresa. Características: compõe-se de elementos físicos e monetários; utiliza dados e informações que devem acontecer no futuro; aplica-se basicamente a operações repetitivas, servindo como medida predeterminada estável para processos e atividades organizacionais específicas; deve servir como modelo de comparação ou meta. Trata-se de um custo normativo, um custo objetivo, um custo proposto ou um custo que se deseja alcançar. Objetivos do custo padrão: determinação do custo, que deve ser o custo correto; avaliação das variações ocorridas entre o real e o padronizado; definição de responsabilidades e obtenção do comprometimento dos responsáveis por cada atividade padronizada, servindo como elemento motivacional; avaliação de desempenho e eficácia operacional; base para o processo orçamentário. 14 BIBLIOGRAFIA DA PARTE I DA APOSTILA PADOVEZE, Clóvis Luís. Curso básico gerencial de custos. 2.ed. São Paulo: Pioneira Thomson Learning, 2006. BERTI, Anélio. Custos: uma estratégia de gestão. São Paulo: Ícone, 2002. DUTRA, René Gomes. Custos: uma abordagem prática. 5.ed. São Paulo: Atlas, 2003. HERNANDEZ PERES JÚNIOR, José, OLIVEIRA, Luís Martins de, COSTA, Rogério Guedes. Gestão estratégica de custos. 5.ed. São Paulo: Atlas, 2006. 15