ESTUDO TEÓRICO E EXPERIMENTAL DE DESEMPENHO DE VENTOSAS Ricardo Cardoso Rangel¹; Jorge Santos Lyra¹; Raquel Yoshimi Uehara¹; Luís Paulo Queiroz da Silva¹; Bruno Gomes Coelho¹, Edgard Khalil Makdisse²; Francisco Tadeu Degasperi¹ 1 Faculdade de Tecnologia de São Paulo – Fatec-SP – CEETEPS – UNESP – São Paulo – SP – Brasil 2 Metalúrgica Jóia – São Paulo – SP – Brasil e-mail : [email protected] 1. Introdução As ventosas são dispositivos bastante comuns e são utilizados em funções muito variadas. Elas são mantidas em sustentação devido à diferença de pressão entre a pressão externa a ela, pressão atmosférica local, e a pressão interna. A qualidade da fixação é definida, neste trabalho, como a força que a ventosa pode sustentar em relação ao tempo que ela consegue sustentar a carga. Quando a ventosa é submetida a uma carga há um aumento no volume interno (entre a superfície da ventosa e a superfície de contato a ser fixada), que faz com que a pressão interna diminua. Se há uma diferença de pressão entre a pressão interna e a externa, então há uma força atuando sobre esta área. Portanto a qualidade de fixação da ventosa depende da diferença de pressão e da área que efetivamente está sob a diferença de pressão. Estes dois elementos determinam uma força que equilibra a força peso da carga, realizando o objetivo da ventosa. A área de trabalho da ventosa pode ser determinada a partir da diferença de pressão (entre a pressão atmosférica e a pressão na região central), e a força que essa pressão exerce sobre a ventosa. Para determinar a força que a diferença de pressão exerce, medimos a carga necessária para soltar a ventosa do vidro. Foram realizadas várias determinações experimentais em função de cargas impostas. Fig. 1 Esquema do sistema de vácuo do arranjo experimental. 2. Método Experimental Foi idealizada a experiência de tal forma que tivéssemos um peso fixo que a ventosa suportaria, e aumentamos a pressão interna da ventosa, conforme esquematizado na figura 1. Com uma bomba de vácuo produzimos uma determinada pressão interna, inicialmente, menor que 1 torr. Em seguida aumentamos lentamente a pressão interna permitindo a entrada de ar, através da válvula 2, como podemos ver na figura 1. Quando a pressão interna atinge certo valor a ventosa não consegue mais sustentar a carga, destacando-se da superfície de vidro. Desta forma determinamos a pressão interna e a força suportada pela ventosa na iminência de se soltar [1]. 3. Resultados e Discussões Com os dados obtidos, chegamos a conclusão que cerca de 70% da área da ventosa está sob a diferença de pressão. Assim podemos estabelecer uma relação simples entre o peso suportado pela ventosa em função da área de atuação efetiva da ventosa e determinar experimentalmente a sua carga máxima. Fig. 2 Gráfico do peso suportado pela diferença de pressão. 4. Conclusões O coeficiente angular da reta (gráfico da figura 2) que é igual à área da ventosa que está sob diferença de pressão é 0,079 ⋅ kgf ⋅ torr −1 . Isto corresponde a aproximadamente 58 cm². Que significa aproximadamente 70% da área total da ventosa. Com este estudo concluímos que se aumentássemos a área da ventosa que está sob diferença de pressão conseguiríamos aumentar o peso por elas suportado. 5. Referências [1] Tecnologia do Vácuo – LTV da Faculdade de Tecnologia de São Paulo – Fatec-SP, 2005 e 2006. Agradecimentos Agradecemos à Empresa PV-PrestVácuo Ltda. pela construção de peças do arranjo experimental.