INFORMATIVO OFICIAL DO SINDICATO DOS METALÚRGICOS DO ESPÍRITO SANTO - SINDIMETAL/ES
www.sindimetal-es.org.br | www.facebook.com/sindimetales - Setembro de 2015 | Edição: nº 2046
METALÚRGICOS DA JURONG
CRUZAM OS BRAÇOS POR 15 DIAS
A greve teve início no dia 31 de agosto depois que os companheiros rejeitaram a esmola de 5% de reajuste salarial oferecida pela bancada
patronal. O índice, além de estar muito inferior aos 12% reivindicados pelos empregados, não recuperava nem a inflação do período, que, pelo INPC,
fechou agosto em 9.88%. Após sentir o pressão da paralisação, a Jurong ajuizou ação de dissídio coletivo. Veja mais nas páginas 05 e 06.
página
03
MORTOS EM
EXPLOSÃO NA ÁREA
DE TUBARÃO ERAM
METALÚRGICOS
página
07
DIRETORES DO
SINDIMETAL-ES
INTEGRAM NOVA
DIREÇÃO DA CUT/ES
página
08
CONVOCAÇÃO PARA
DEFLAGRAÇÃO DA
CAMPANHA SALARIAL
DO GRUPO SINDIFER
02
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EDITORIAL
Roberto Pereira
Presidente do Sindimetal-ES
EDITORIAL
MORTES DE TRABALHADORES ALERTAM
PARA O DESCASO COM A SEGURANÇA
NO TRABALHO
A explosão que aconteceu em um tanque de combustível de
uma caldeira no Terminal de Granéis Líquidos (TGL) da BR
Distribuidora, deixando dois metalúrgicos mortos, confirma o descaso
de algumas empresas com a saúde e a segurança dos trabalhadores.
A indústria ocupa o segundo lugar no ranking de acidentes de
trabalho. Em 2014, o setor, no Brasil, registrou 43,02% do total de
acidentes de trabalho, segundo dados dos Ministérios da Previdência e
do Emprego e Trabalho.
Esse alto índice se dá por uma série de fatores, principalmente
pela falta de interesse das empresas. Muitas preferem defender que os
trabalhadores são responsáveis pelos acidentes e ignoram o fato de
que é o sistema que não oferece a segurança necessária. É mais fácil
para as empresas jogar a culpa no empregado do que investir em
mecanismos que garantam a sua segurança.
Um exemplo da falta de compromisso dos empresários está
relacionado aos Programas de Segurança. As normas regulamentadoras exigem que os programas sejam elaborados por todas as
empresas, mas para facilitar e evitar custos, muitos são copiados, sem
ao menos levar em conta o que isso pode significar, porque nem
sempre o sistema de segurança que é eficiente para uma empresa vai
ser para a outra, por se tratar de realidades diferentes.
Além disso, há várias outras irregularidades que são encontradas no dia a dia, especialmente nas empresas menores, como a falta
de manutenção nos equipamentos, a falta de capacitação dos trabalhadores e outras que poderiam ser sanadas com pequenas ações, que
nem sempre são feitas porque para realizá-las é necessário parar a
produção. E é aí que está o risco. Infelizmente, essa ambição dos
empresários em querer produzir cada vez mais está sendo a principal
causa de tantas mortes. Enquanto o capital está em primeiro lugar,
pais e mães de famílias estão perdendo suas vidas por coisas banais,
por acidentes que poderiam ser evitados não fosse a ganância dos
empresários.
E até quando vamos conviver com isso? Até quando os
trabalhadores serão vítimas desse sistema asqueroso? Basta!
Exigimos mais saúde e mais segurança nas empresas. Exigimos que o
poder público intervenha e atue com mais fervor, com medidas
punitivas que coloquem fim ao descaso à segurança dos trabalhadores.
Chega de acidentes, chega de mortes.
Painel Jurídico
TRABALHADORES COM AÇÕES PARA
RECEBER DEVEM PROCURAR O
SINDIMETAL-ES
O Sindimetal-ES informa aos trabalhadores envolvidos nos processos descritos
abaixo que os valores a receber, referentes a
essas ações, já se encontram na tesouraria do
sindicato. Os trabalhadores contemplados nos
processos deverão entrar em contato com o
Sindimetal-ES, através do telefone 3228-5287,
para confirmação.
Processo: 0039500.32.2004.5.17.0003 - Processo: 0141700.73.2012.5.17.021 Reclamada: PROATIVA (Insalubridade)
Reclamada: EG TEL (Insalubridade)
Processo: 0099100.28.2011.5.17.0006 - Processo: 0196400.46.2004.5.17.0002 Reclamada: METALÚRGICA VERTICAL Reclamada: ARCELOR CARIACICA (Insalubridade)
(Insalubridade)
Processo: 0055500.29.2012.17.0003 - Processo: 0113800.30.2007.5.17.0012 Reclamada: ALUSYSTEM ESQUADRIAS (Ação Reclamada: SIEMENS (Plano De Saúde)
Processo: 00529.1993.005.17.000-5 - de cumprimento da Cesta Básica)
Reclamada: TBM (URP) FEV/89
Coragem e novas conquistas
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LUTO
MORTOS EM EXPLOSÃO NA BR
DISTRIBUIDORA ERAM METALÚRGICOS
No final de agosto, os metalúrgicos do Espírito Santo perderam dois companheiros durante uma explosão em uma caldeira no Terminal
de Granéis Líquidos (TGL), da BR Distribuidora, subsidiária da Petrobras, localizada na região do Porto de Tubarão.
O soldador Rubens Pereira dos Santos e o auxiliar de solda Ademilton Florêncio Burini eram empregados da JB Produtos Industriais há
mais de dois anos e, quando aconteceu a explosão, eles realizavam a manutenção preventiva no tanque onde ficava armazenado o combustível
utilizado nas caldeiras.
TRAGÉDIA ANUNCIADA
Segundo trabalhadores que presenciaram a explosão, a
tragédia já estava anunciada. De acordo com eles, havia irregularidades que poderiam culminar em um grave acidente. As testemunhas disseram que o tanque continha combustível e o reservatório
apresentava uma rachadura que comprometeria o serviço.
Todo mundo que tenha o mínimo de conhecimento sabe
que nessas condições o trabalho jamais poderia ter sido realizado
e se mesmo assim a empresa permitiu o serviço, fica claro que
houve negligência e descaso com os trabalhadores terceirizados.
O Sindimetal-ES aguardará o laudo da perícia e se o que
disseram os trabalhadores for comprovado, o Sindicato exigirá
que os culpados sejam responsabilizados.
TERCEIRIZADOS SÃO OS QUE MAIS SOFREM ACIDENTES
A disputa por competitividade junto com o interesse em
reduzir custos faz com que muitas empresas terceirizem a mão de
obra. Hoje, a legislação permite a terceirização da atividade-meio aquela que não é inerente ao objetivo principal da empresa.
Porém, com a terceirização quem perde são os trabalhadores.
Estudos revelam que além dos baixos salários, que chegam a ser 25%
a menos do que os praticados pelas tomadoras de serviços, é nas
terceirizadas que acontece a maioria dos acidentes, em cada 10,
oito são com trabalhadores subcontratados.
Só nesse ano, nas unidades do Sistema Petrobras no
Espírito Santo, foram registrados três graves acidentes, com
nove mortes de trabalhadores, todos empregados de
empresas terceirizadas, como os companheiros Rubens e
Ademilton.
Um dado alarmante que chama a atenção para um
problema que é uma realidade em diversos setores do
mundo do trabalho, especialmente na indústria, onde
mais se terceiriza mão de obra.
Que fique claro, porém, que o descaso não ocorre apenas nas
empresas terceirizadas. Nas grandes multinacionais, também há
várias irregularidades que colocam em xeque a segurança dos empregados e, mesmo que os acidentes aconteçam nas contratadas, as
tomadoras de serviços têm total responsabilidade,
porque cabe a elas fiscalizar e exigir que as
empresas que lhe prestam serviços cumpram
com as normas de segurança.
CHEGA DE ACIDENTES
CHEGA DE MORTES
Coragem e novas conquistas
04
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CAMPANHA SALARIAL 2015/2016
A LUTA JÁ COMEÇOU
Os metalúrgicos do Espírito Santo
deram início à campanha salarial 2015/2016
com entusiasmo e muita coragem para lutar.
Apesar do cenário atual, os trabalhadores estão
otimistas e já vêm demonstrando que estão
mobilizados para fazer dessa negociação um
marco histórico no ramo metalúrgico capixaba.
Nesse ano, o Sindimetal-ES vai negociar
cinco Acordos Coletivos de Trabalho, sendo eles
com a ArcelorMittal Tubarão, ArcelorMittal
Cariacica, Samarco, Gerdau e Usiminas, e três
Convenções Coletivas de Trabalho, uma com o
Sindirepa, que abrange os trabalhadores da
reparação de veículos e implementos rodoviários, e outras duas com o Sindifer, uma para os
companheiros da indústria e a outra para os
metalúrgicos que atuam no setor naval.
A luta conjunta será focada na conquista de ganho real, mas os metalúrgicos também
vão lutar por mais saúde e segurança, por
melhores salários, mais benefícios sociais e
garantia de empregos.
Nos últimos anos, os acordos e as
convenções dos metalúrgicos capixabas foram
fechados com uma série de benefícios para os
trabalhadores, tanto econômicos quanto
sociais. A mobilização dos companheiros
garantiu avanços nos valores dos pisos, nos
reajustes salariais – em sua maioria com ganho
real, na conquista de plano de saúde e tíquete-
alimentação para mais de 90% da categoria
(sendo 100% para os trabalhadores que atuam
nos grandes complexos) e vários outros que
culminaram na melhoria da qualidade de
trabalho e de vida de toda a categoria.
Todas essas conquistas levam ao
entendimento de que é preciso seguir a mesma
linha de negociação que vem sendo seguida há
anos, inclusive indo para o enfrentamento e
cruzando os braços quando for preciso. Desta
vez, o desafio é ainda maior, e o resultado da
negociação vai depender de cada trabalhador.
Por isso, a participação de todos é muito
importante.
MAIOR QUE O DESAFIO É A NOSSA
CORAGEM E UNIÃO
Por mais saúde, segurança, melhores salários, benefícios sociais e garantia de empregos
ras
menti
Convenção
e Acordo
Coletivo de
Trabalho
e
Carteira de
Trabalho
golp
esso
retroc
“O Sindimetal-ES está confiante e,
como sempre, vai com coragem e
determinação para cima dos patrões
defender o interesse dos metalúrgicos e, para isso, conta com o comprometimento dos companheiros
em estar junto com o Sindicato”.
Roberto Pereira - Presidente do Sindimetal-ES
ARCELORMITTAL TUBARÃO:
TRABALHADORES VÃO LUTAR POR
AUXÍLIO-ALIMENTAÇÃO
Na ArcelorMittal Tubarão, os trabalhadores deram início à Campanha Salarial
2015/16 no início de agosto. Aprovada e
aprimorada com as sugestões dos companheiros, a pauta de reivindicação foi apresentada à
empresa.
Dentre as reivindicações dos companheiros estão um reajuste com um percentual
que contemple a inflação (INPC) do período e
mais 3% de ganho real, reajuste do Piso
O Sindimetal-ES aguarda uma
Salarial em R$ 1.800,00, concessão do tíquete- proposta da siderúrgica para, então, levar à
alimentação no valor de R$350,00 e uma apreciação e votação dos trabalhadores.
Abono Salarial de R$1.500,00.
SINDIFER E SINDIREPA
A Campanha Salarial 2015/16 para os metalúrgicos do setor metalmecânico e da
reparação de veículos, com data-base em novembro, terá início nos próximos dias.
A assembleia de deflagração da campanha para os companheiros que seguem a
convenção do Sindifer será realizada no dia 28 de setembro. Confira o edital de convocação na
página 08.
Coragem e novas conquistas
ARCELOR CARIACICA:
PAUTA É ENTREGUE
À EMPRESA
A Campanha Salarial 2015/16 dos
trabalhadores da ArcelorMittal Cariacica
também já foi deflagrada. O Sindimetal-ES,
com a contribuição dos trabalhadores,
elaborou a pauta de reivindicações e na
última semana enviou os termos proposto
pelos trabalhadores para análise da
empresa. Em breve, serão iniciadas as
reuniões de negociação.
Dentre as reivindicações dos
trabalhadores estão o reajuste salarial
equivalente ao percentual de inflação do
período (INPC) acrescido de 3% a título de
ganho real, tíquete-alimentação de R$
480,00 e piso salarial de R$ 1.900,00.
05
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CAMPANHA SALARIAL 2015/2016
METALÚRGICOS DA JURONG CRUZAM
OS BRAÇOS POR 15 DIAS
SEM ACORDO, NEGOCIAÇÃO VAI PARA DISSÍDIO
Os metalúrgicos que atuam no
Estaleiro Jurong Aracruz (EJA) deram um
grande exemplo de superação e união,
mostrando que com mobilização e resistência é possível avançar na luta por melhorias.
Indignados com a baixa proposta da
empresa para renovação da Convenção
Coletiva de Trabalho (CCT) e com as péssimas condições de trabalho nas dependências do estaleiro, mais de 1500 trabalhadores
cruzaram os braços por 15 dias.
A greve teve início no dia 31 de
agosto depois de os companheiros rejeitarem a esmola de 5% de reajuste salarial
oferecida pela bancada patronal. O índice,
além de estar muito inferior aos 12% reivindicados pelos empregados, não recuperava
nem a inflação do período, que, pelo INPC,
fechou agosto em 9.88%. Os trabalhadores
também reivindicavam melhorias no auxílioalimentação e planos de saúde e odontológico extensivos à família.
Mesmo com a paralisação e a
pressão dos trabalhadores, a empresa se
manteve irredutível e o avanço na proposta
só aconteceu através de mediações judiciais.
Foram realizadas duas mediações,
uma no Ministério Público do Trabalho (MPTES) e outra na Superintendência Regional do
Trabalho e Emprego (SRTE-ES), quando se
chegou a um reajuste de 8.5%. Colocada em
votação, a proposta foi rejeitada pelos
metalúrgicos, que, para chegar a um acordo e
colocar fim à greve, tiveram a benevolência
de baixar o pleito do reajuste salarial para
10%. O mesmo não aconteceu por parte da
Jurong, que quis manter a crista alta, mas
fugiu da negociação com os trabalhadores e
correu para o caminho que ela acredita ser
mais fácil: o dissídio coletivo.
RETORNO AO TRABALHO FOI
RECOMENDAÇÃO DO MPT-ES
A volta dos metalúrgicos ao trabalho só
aconteceu no dia 17 de setembro, por recomendação do Ministério Público do Trabalho (MPTES). Durante a audiência de conciliação entre o
Sindimetal-ES e o Sindifer (sindicato patronal),
realizada no Tribunal Regional do Trabalho
(TRT), o órgão aconselhou os trabalhadores que
esperassem o resultado da ação de dissídio
coletivo trabalhando.
Para não correr o risco de perder os dias
parados, os metalúrgicos, em assembleia,
optaram por seguir a recomendação e retornaram ao trabalho.
SINDIMETAL-ES VAI APRESENTAR DEFESA
O Sindimetal-ES tem dez dias, contados a partir do último dia 17, para apresentar a
defesa em favor dos metalúrgicos e espera que o poder judiciário do Espírito Santo seja sensível à
causa dos trabalhadores, entendendo o quão duro e árduo é o trabalho dentro do EJA e, para
compensar, o mínimo que os companheiros devem ter são salários dignos e benefícios sociais
que lhes ofereçam mais qualidade de vida.
PARABÉNS AOS CORAJOSOS COMPANHEIROS QUE PERMANECERAM UNIDOS E NÃO SE
INTIMIDARAM COM AS AMEAÇAS E A PRESSÃO DA EMPRESA. É ASSIM QUE SE FAZ A LUTA.
Coragem e novas conquistas
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CAMPANHA SALARIAL 2015/2016
O
MAIOR
ROTA DE
FUGA
ARRE
EJA
GÃO
DO ES
EJA: O MAIOR “ARREGÃO” DO ANO
Desde o início, o intuito da Jurong sempre foi
empurrar a negociação para a Justiça, talvez por
imaturidade, por incapacidade ou por medo de a bomba
estourar no colo e ter efeitos devastadores.
A empresa conhece a força dos trabalhadores e
sabe que a mobilização e a união da categoria são arma
poderosa. Mas, ao invés de encarar os empregados,
assumir o peso da greve e encontrar uma solução para
um acordo, a cingapuriana “correu do pau” e jogou a
responsabilidade da negociação nas mãos da Justiça.
Para levar a negociação para dissídio, a Jurong
usou de artimanhas antiéticas e imorais com o único
objetivo de marginalizar o movimento paredista e
colocar o judiciário contra os trabalhadores.
O JOGO SUJO
Interdito Proibitório
A onda de mentiras teve início quando a empresa requereu um interdito
proibitório contra o Sindimetal-ES, alegando que o Sindicato estava impedindo o
acesso dos trabalhadores ao estaleiro, quando o que realmente aconteceu foi
que, no mesmo dia que iniciou a greve na Jurong (31 de agosto), houve também
um protesto de trabalhadores terceirizados, que nada tinham a ver com a greve
da Jurong. A manifestação dos prestadores de serviços foi em frente à portaria
do estaleiro e acabou gerando um tumulto na entrada do EJA. Daquele dia em
diante, se houvesse algum outro incidente que dificultasse a entrada no
estaleiro, o Sindimetal-ES seria multado em R$ 40 mil por dia.
Governo a serviço da Jurong?
Prisão de dirigente sindical
Posteriormente, com o reforço da Fibria e das prestadoras de serviços,
tentou enfraquecer a greve atingindo um dos diretores do Sindimetal-ES. O
dirigente, que desde o início da paralisação esteve com os trabalhadores, foi
preso arbitrariamente pela polícia despreparada do Governo Paulo Hartung. A
prisão, além de injusta, foi ilegal.
Primeiro, porque, como o Sindimetal-ES vem recorrendo judicialmente,
não houve nenhum crime por parte do diretor e a certeza disso é que não há
nenhuma prova que mostre o contrário. Segundo, conforme o próprio alvará de
relaxamento de prisão, emitido pelo Juiz de plantão do Tribunal de Justiça, o
dirigente não poderia ter sido preso em Aracruz, já que o possível incidente,
relatado pela denúncia, teria acontecido no município da Serra.
Acusações caluniosas
Também nos laudos do processo de dissídio coletivo, a empresa, junto
com o Sindifer, alegou que os trabalhadores e o Sindimetal-ES ocuparam e
vandalizaram o refeitório do EJA. Uma calúnia grave, haja vista que em nenhum
momento o Sindimetal-ES esteve nas dependências do estaleiro, muito menos
cometendo vandalismo, até porque essa não é uma prática do Sindimetal-ES.
Essa e outras acusações deverão ser provadas na Justiça.
Depois do incidente com o dirigente sindical, ao que
parece, a Jurong realmente conta com um time de peso para
defender os seus interesses. Desde que teve início, a greve
aconteceu de forma pacífica e ordeira. Trabalhadores, pais e
mães de família, usaram o movimento paredista como arma na
luta por melhores condições de trabalho e de vida. Porém,
mesmo sendo um movimento pacifico, a polícia capixaba esteve,
o tempo todo, “a postos” em frente à portaria do estaleiro, como
se estivesse preparada para uma guerra civil. E o contingente
apresentava um aparato poderoso, com viaturas da PM, do GAO,
policiais à paisana e até viaturas da Patrulha da Comunidade, que
deveriam estar fazendo a ronda nos bairros, mas estava nas
assembleias dos trabalhadores.
O Espírito Santo é o terceiro Estado mais violento do
Brasil e a polícia, mantida com os impostos pagos pelo povo, ao
invés de estar nas ruas defendendo a população, pelo visto, está
a serviço de interesses privados. Lamentável.
SAMARCO: NEGOCIAÇÃO COMEÇA, MAS SEGUE FRIA
Na Samarco, a Campanha Salarial
2015/16 teve início no dia 20 de Agosto. No dia
03 de setembro, após colher sugestões dos
trabalhadores, o Sindimetal-ES apresentou as
reivindicações da categoria aos patrões.
Os metalúrgicos da Samarco pleiteiam
nesta negociação um reajuste salarial com 3%
de ganho real, a recuperação das perdas de
massa salarial com um abono de R$ 5.000,00,
o piso salarial de R$ 2.200,00 e o cartãoalimentação no valor de R$1.000,00.
Após a entrega da pauta aos patrões, o
sindicato já se reuniu para discutir os termos
do novo acordo e espera, em breve, poder levar
uma proposta para votação dos trabalhadores
em assembleia.
GERDAU: EMPRESA ENROLA E NÃO DISCUTE CLÁUSULAS ECONÔMICAS
O Sindimetal-ES já realizou algumas
rodadas de negociação e já levou a pauta de
reivindicação dos trabalhadores ao conhecimento da Gerdau, porém, até o momento
foram negociadas apenas cláusulas sociais.
Entre as principais reivindicações dos
trabalhadores estão um reajuste equivalente à
inflação (INPC) do período com acréscimo de
3% de ganho real, auxílio-alimentação no valor
de R$500,00, Abono Salarial de R$3.000,00 e o
estabelecimento do Piso Salarial em
R$1.500,00
Coragem e novas conquistas
Em breve, sindicato e empresa vão
negociar as cláusulas econômicas, como
reajuste salarial e abono. Assim que for
formalizada uma proposta por parte da
empresa, o Sindimetal-ES a levará para
apreciação e votação dos trabalhadores.
07
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DIRETORES DO SINDIMETAL-ES
INTEGRAM NOVA DIREÇÃO DA CUT/ES
Foto: CUT-ES
Durante o 13° Congresso Estadual da
CUT-ES (CECUT), realizado entre os dias 28,
29 e 30 de agosto, os delegados do evento
votaram, em plenária, a composição da nova
direção da CUT-ES para o próximo quadriênio.
Entre os destaques da nova direção
estão os diretores do Sindimetal-ES, Max
Célio de Carvalho, eleito para o cargo de
Secretário Geral, e Vanícia Vasconcellos,
eleita para o Conselho Fiscal. Max Célio
também está à frente da ArtSind, entidade
ligada à CUT, sempre pautada pelo sindicalismo classista, cujo objetivo prioritário é a
defesa dos trabalhadores como classe.
O companheiro Jasseir Alves,
membro da Executiva da CUT Nacional e
representante dos trabalhadores rurais, foi
eleito o novo presidente.
No primeiro dia de Congresso, foi
realizada uma Oficina de Redes Sociais e
Comunicação durante à tarde. Já, à noite,
foram realizadas a Cerimônia de Abertura e a
CNM/CUT LANÇA LIVRO SOBRE
A INDÚSTRIA METALÚRGICA
A Confederação Nacional dos
Metalúrgicos da CUT (CNM/CUT) aproveitou a
realização do Congresso Estadual da CUT/ES
(CECUT) para lançar o livro “As Faces da
Indústria Metalúrgica no Brasil: uma contribuição à luta sindical”. A obra foi editada pela
Confederação em parceria com o
Departamento de Intersindical de Estatística e
Estudos Socioeconômicos (Dieese).
O organizador do livro e
economista da Subseção do
Dieese da CNM/CUT, André
Cardoso, explicou o conteúdo da
obra, ressaltando que o estudo
teve como principais fontes os
indicadores públicos e das
entidades empresariais de cada
um dos seis segmentos que
compõem o ramo metalúrgico:
siderurgia e metalúrgica básica,
automotivo, naval, eletroeletrônico, bens de
capital mecânico e aeroespacial. A publicação
cumpre também o papel de subsidiar os
dirigentes sindicais da categoria em negociações com empresas, nas campanhas salariais
e também na formulação de propostas para a
política industrial brasileira.
METALÚRGICOS DA ESPIRAL
REJEITAM PROPOSTA DE ACORDO
Os metalúrgicos da Espiral
reprovaram a proposta feita pela
empresa para firmar o Acordo de Horas In
Itinere. O principal impedimento era o
valor máximo estabelecido pelos patrões
para o pagamento parcelado da proposta.
A empresa apresentou o cálculo do
valor devido a cada trabalhador e estabeleceu na
proposta que o pagamento seria feito a partir de
setembro com o valor máximo de R$500,00 por
parcela.
Os companheiros, além de recusarem a
proposta dos patrões, aprovaram, em assembleia, uma contraproposta, que estabelece um
aumento no valor R$ 1.000,00 por parcela a ser
pago pela Espiral.
Coragem e novas conquistas
Diretores Vanícia Vasconcelos e Max Célio
fazem parte da nova direção da CUT-ES
Comemoração dos 32 anos da Centra Única
dos Trabalhadores.
A eleição da nova direção da CUT foi
realizada no dia 29, segundo dia de
Congresso. O CECUT-ES também contou com
palestras e oficinas com temas referentes à
gestão sindical, comunicação e economia,
além de traçar o planejamento e o plano de
ações da entidade para o novo mandato.
Prysmian descarta
produtos químicos
no canal de Vitória
Foto: Gazeta Online
No dia 09 de setembro, uma
grande mancha surgiu na baía de Vitória.
Trata-se do descarte de produtos químicos
no canal de Vitória realizado pela
Prysmian. A atitude preocupou moradores, mas a empresa se defendeu dizendo
que o produto não causa impactos
ambientais.
Em todo caso, com a denúncia da
população, a Prysmian interrompeu o
despejo do produto.
É válido lembrar que a grande
maioria desses produtos são nocivos à
saúde e ao meio ambiente. A responsabilidade ambiental é um papel de todos,
principalmente das empresas, que são os
principais agentes poluidores.
O Sindimetal-ES espera que o
ocorrido não traga maiores problemas
para moradores e região, assim como
espera mais responsabilidade por parte da
empresa na hora de tratar do descarte de
lixo e produtos químicos.
08
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REUNIÃO COM O GOVERNO
PARA GARANTIR EMPREGOS
NA SANTA BÁRBARA
FALE COM O
SINDIMETAL
Sindicato dos Trabalhadores
Metalúrgicos-ES
Rua Antonio Aguirre 94 - Centro - Vitória.
Tel.: 27 3223-0744 e 3223-9404 (fax)
Sede Regional Serra
Rua Tancredo Neves, S/N,
CEP 29163-267 São Diogo I, Serra/ES.
Telefax: (27) 3228-5287
site: www.sindimetal-es.org.br
Responsabilidade Editorial
A Diretoria
Produção
Usina Produções
3341-3061
Jornalista
Aline Barcelos (MTB 2351/ES)
O Sindimetal-ES, junto com o deputado
Nunes (PT), se reuniu com o Governo do Estado
afim de buscar uma alternativa para garantir os
empregos de mais de 200 metalúrgicos da
empresa Santa Bárbara, que passa por dificuldades financeiras e ameaça fechar as portas.
Durante a reunião que aconteceu com o
Secretário da Casa Civil, Paulo Roberto, a
empresa e o Sindicato pediram a ajuda do
Governo para buscar uma alternativa que
mantenha a empresa funcionando e conserve o
emprego dos metalúrgicos.
O presidente do Sindimetal-ES, Roberto
Pereira, lembrou que a maioria dos empregados
da Santa Bárbara têm idade avançada e que em
caso de demissão esses companheiros teriam
muita dificuldade em voltar ao mercado de
trabalho.
PÓS-GRADUAÇÃO AO ALCANCE
DOS METALÚRGICOS
Reconhecendo que o mercado exige
profissionais cada vez mais capacitados, o
Sindimetal-ES firmou um convênio com a
Faculdade UCL para cursos de Pós-Graduação e
Extensão.
A UCL é reconhecida internacionalmente por investir em pesquisa e desenvolvimento de
projetos. A instituição oferece cursos de
especialização nas áreas de engenharia, gestão e
informática.
A faculdade disponibiliza descontos de
5% para cursos de Pós-Graduação e 10% nos
cursos de extensão para os trabalhadores
associados ao Sindimetal-ES.
A faculdade UCL está localizada em
Manguinhos, na Serra.
Para dúvidas e informações acesse:
www.ucl.br ou ligue (27) 3434-0100.
ASSEMBLEIA GERAL EXTRAORDINÁRIA
EDITAL DE CONVOCAÇÃO
O Presidente do Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias Metalúrgicas, Mecânicas, de Material Elétrico e Eletrônico
no Estado do Espírito Santo – SINDIMETAL-ES, no uso de suas atribuições estatutárias, convoca os metalúrgicos do Espírito
Santo, empregados das Empresas abrangidas pela Convenção Coletiva de Trabalho celebrada entre o SINDIMETAL-ES e o
SINDIFER-ES para a categoria dos empregados da Indústria Metalúrgica, associados ou não, para participarem da
Assembléia Geral Extraordinária de abertura da Campanha Salarial 2015/2016, a ser realizada em frente ao SINDIMETAL/ES,
situado na Rua Tancredo Neves, s/n, São Diogo I, Serra/ES no dia 28/09/2015, as 06h40min em primeira convocação e as
07h10min. em segunda e última convocação, com qualquer número de presentes, para deliberarem sobre a seguinte ordem do
dia:
1 – Deflagração da Campanha Salarial 2015/2016, com a aprovação da pauta de reivindicações a ser enviada ao SINDIFERES, para a renovação da Convenção Coletiva de Trabalho;
2- Autorização para o SINDIMETAL-ES, suscitar o competente Dissídio Coletivo em caso de impasse nas negociações;
3 – Deliberação a respeito da Taxa de Reforço Sindical, seu valor e critérios de cobrança para todos os metalúrgicos
beneficiados pela Convenção Coletiva de Trabalho;
4 – Ratificação da agenda das assembléias regionais a serem realizadas entre os dias 28/09 e 02/10/2015 e decretação destas
Assembléias em Assembleia permanente, até o encerramento das negociações.
Vitória/ES, 22 de setembro de 2015
Roberto Pereira de Souza – Presidente
Convenção
e Acordo
Coletivo de
Trabalho
Carteira de
Trabalho
Estagiário de Jornalismo:
Bruno Mian
Tiragem: 12.000 exemplares
Impressão: Grafita
Sede Regional em Aracruz:
Av. Venâncio Flores, 1.116, Centro
CEP: 29190-000 Tel:. (27) 3256-4823
Atendimento de segunda a sexta-feira,
das 8 às 17 horas
e-mail: [email protected]
Sede Regional em Linhares
Av. Gov. Carlos Lindemberg, 291, Centro
Cep: 29.900-201 Tel.: (27) 3264-3733
Atendimento de segunda a sexta-feira,
das 8 às 17 horas
e-mail: [email protected]
Sede Regional em Anchieta:
Rodovia do Sol, nº 2527, Bairro Ponta dos
Castelhanos (em frente a Prefeitura)
Tel.: (28) 3536-1672
Atendimento de segunda a sexta-feira,
das 8 às 17 horas
e-mail: [email protected]
Sede Regional em São Mateus
Rua Zenor Pedrosa Rocha, 300, Térreo
Sernamby, Cep: 29.930-630.
Atendimento de segunda a sexta-feira,
das 8 às 17 horas
Agendamentos pelo telefone:
(27) 3763-5510
Presidência e diretoria
[email protected]
Administração
[email protected]
Saúde
[email protected]
Formação
[email protected]
Imprensa
[email protected]
Secretaria Geral
[email protected]
Departamento Jurídico
[email protected]
Homologação
homologaçã[email protected]
Tesouraria
[email protected]
Convênios
[email protected]
Banco de Currículos
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2015/2016
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