UNIVERSIDADE ESTADUAL VALE DO ACARAÚ – UVA
COMISSÃO EXECUTIVA DO PROCESSO SELETIVO- CEPS
PROVA DE LÍNGUA PORTUGUESA E MATEMÁTICA
REALIZAÇÃO – 27 DE JANEIRO DE 2008
INÍCIO: 08:00 H - TÉRMINO: 12:00 H
NÚMERO DE QUESTÕES = 40
V
E
S
T
I
B
U
L
A
2
0
0
8
.
1
INSTRUÇÕES
LEIA COM BASTANTE ATENÇÃO E SIGA RIGOROSAMENTE AS INSTRUÇÕES
01. – Examine se o questionário está completo ( 40 questões ) e se há falhas gráficas que causem dúvidas.
02. – Cada questão da prova terá um enunciado seguido de 4 (quatro) alternativas, designadas pelas letras A, B, C
e D das quais somente UMA É CORRETA .
03. – O CARTÃO-RESPOSTA tem, NECESSARIAMENTE, que ser preenchido com caneta de tinta azul
ou preta.
04. – É expressamente PROIBIDO o uso de qualquer tipo de corretivo no CARTÃO-RESPOSTA.
05. – Ao receber o CARTÃO-RESPOSTA, confira os seguintes dados: nome, nº de inscrição, prova e curso. Caso
haja divergência, avise imediatamente ao fiscal.
06. – Observe o modelo no CARTÃO-RESPOSTA para o preenchimento correto do mesmo e não use canetas que
borrem o papel.
07. – Não serão aceitas para correção RESPOSTAS RASURADAS NO CARTÃO-RESPOSTA.
08. - Não dobre ou amasse seu CARTÃO-RESPOSTA, para que não seja rejeitado pelo computador.
09. – Durante a prova é vedado intercâmbio, bem como o empréstimo de material de qualquer natureza entre os
candidatos.
10. - A FRAUDE OU TENTATIVA, A INDISCIPLINA E O DESRESPEITO às autoridades
encarregadas dos trabalhos são faltas que põem fora de classificação o candidato.
11. – Mantenha consigo o Cartão de Identificação, apresentando-o quando solicitado.
12. – O candidato, ao sair da sala, entregará ao fiscal o CARTÃO-RESPOSTA.
VESTIBULAR 2.008-1
PROVA DE LÍNGUA PORTUGUESA E MATEMÁTICA
LÍNGUA PORTUGUESA
TEXTO
1234567891011121314151617181920212223242526272829303132-
A comadre correra toda a cidade, e em parte alguma encontrara Leonardo; enquanto cansava-se assim a
procurá-lo, estava ele tranqüilo e descansado mirando-se nos olhos de Vidinha, regalando-se a ouvir modinhas, como
sabem os leitores, sem se lembrar do que ia pelo mundo. A pobre mulher, depois de muito cansada, foi ter à casa de
D. Maria. Era já noite fechada.
Quando ela entrava saía o mestre-de-reza que acabava de dar a sua lição às crias de casa. A comadre há algum
tempo que andava desconfiada do mestre-de-reza; combinando o que por aí se dizia do seu crédito com certas coisas
que tivera ocasião de presenciar, estava quase a concluir que era ele emissário de José Manuel junto à corte de
D. Maria. Não gostou portanto do encontro, e doeu-lhe o cabelo vê-lo sair àquela hora, pois que de ordinário as lições
não se demoravam até tão tarde; e para metê-lo à bulha disse-lhe:
– A lição foi hoje comprida, devoto... as raparigas parece que gostam mais da lambetice do que da reza.
– Não – respondeu o velho com a sua voz fanhosa –, elas não vão mal, empacam em alguns lugares, mas sempre
vão indo; bem sabe também que sempre trago comigo o santo remédio.
E afagou o cabo da palmatória com que sempre andava armado.
– Ah! Então esteve o devoto de conversa; gosta também de dar a língua...
– Não desgosto; mas também não digo senão aquilo que sei, isto é, aquilo que ouço; os outros gastam seu tempo a
ver e a ouvir; eu, como não posso senão ouvir, emprego a falar o que os mais empregam a ver; falo, e falo muito; mas
que quer, se me sobra tempo para isso; e demais, bem sabe que não é trabalho que canse. Meus pais eram algarves e
eu não quero desmentir a minha paternidade.
– Então já sei que hoje desenterraram-se mortos e enterraram-se vivos; pois eu não posso fazer outro tanto, porque
vou aqui muito e muito zangada de minha vida. Se o devoto, como é homem que muito gira por toda esta cidade,
souber por aí notícias do meu afilhado Leonardo, queira vir dar-me parte, pois saiu-nos ele hoje de casa lá por causa de
umas histórias, e não sei por onde andará dando com os ossos.
– Ora, isso fica por minha conta; não há nada mais fácil do que dar com ele.
E aqui terminou esta conversa que tinha lugar na porta da rua, e com a qual não ficara a comadre muito contente.
D. Maria, que ouvira tudo, veio ao encontro da comadre, e foi-lhe logo dizendo antes de lhe dar tempo de tirar a
mantilha:
– Então já o rapaz não está em casa? Senhora, aquilo é gênio, nasceu com ele, e com ele há de ir à sepultura.
Bem me diziam o que ele era, e apesar do seu ar sonso nunca lhe fiz fé.
– Adeus que me está a senhora a pôr culpas em quem não as tem; o rapaz desta vez tem toda a razão...
– Ora, história da vida; isto diz você porque o estima como se fosse sua mãe; mas vá com esta que eu lhe digo: os
rapazes de agora andam de cabeça levantada... Mas o defunto padrinho, Deus lhe fale na alma, foi o próprio que teve
culpa de tudo isso com aquelas fumaças de Coimbra que lhe meteu na cabeça....
(ALMEIDA, Manuel Antônio de. Memórias de um Sargento de Milícias. São Paulo: Martin Claret, 2004. p.p. 128-9)
QUESTÕES
1- Quanto à tipologia textual, sobre os dois primeiros parágrafos, podemos dizer que são:
a.( ) descritivos.
b.( ) dissertativos.
c.( ) narrativos.
d.( ) instrucionais.
02- É sinônimo de “emissário” ( linha 07 ):
a.( ) o que emite.
b.( ) o mensageiro.
d.( ) o que envia.
c.( ) o que comunica.
03- Na expressão “...desenterram-se mortos e enterram-se vivos...” ( linha 19 ), temos:
a.( ) antítese.
b.( ) perífrase.
c.( ) hipérbole.
d.( ) ironia.
04- O personagem principal do texto é:
a.( ) D. Maria.
b.( ) José Manuel.
d.( ) Leonardo.
c.( ) o mestre-de-rezas.
05- Sobre a conversa entre a comadre e o mestre-de-rezas foi:
a.( ) amigável.
b.( ) irônica.
c.( ) agressiva.
06- O tema do texto é:
a.( ) o sumiço de Leonardo.
b.( ) as aulas do mestre-de-rezas.
c.( ) as visitas do mestre-de-rezas à casa de D. Maria.
d.( ) os desvios da educação de Leonardo.
d.( ) não podemos precisar.
07- “Memórias de um Sargento de Milícias” é uma obra considerada:
a.( ) realista.
b.( ) naturalista .
c.( ) modernista.
d.( ) romântica.
08- É característica da Escola a qual a obra pertence:
a.( ) objetividade.
b.( ) universalidade.
c.( ) nacionalismo.
d.( ) análise social.
09- Pertence à mesma Escola de Manuel A. de Almeida:
a.( ) Machado de Assis.
b.( ) José de Alencar.
c.( ) Domingos Olímpio.
d.( ) Adolfo Caminha.
10- A relação entre a palavra “comprida” ( linha 10 ) e “cumprida” é de :
a.( ) paronímia.
b.( ) sinonímia.
c.( ) homonímia.
d.( ) antonímia.
11- Assinale a alternativa em que todas as palavras são graficamente acentuadas:
a.( ) pequenez ; pequines ; guri ; jacare
b.( ) cadaver ; capaz ; angu ; armazem
c.( ) ve-las ; vela ; nuvem ; jovem
d.( ) (eu) pelo ; balaustre ; ama-la ; ziper
12- Nas palavras “teatro”, “quase” e “pai” temos respectivamente, nesta ordem:
a.( ) hiato, dígrafo e ditongo decrescente.
b.( ) hiato, ditongo crescente e ditongo decrescente.
c.( ) ditongo crescente, dígrafo e hiato.
d.( ) ditongo crescente, ditongo crescente e ditongo decrescente.
13- A palavra “mestre-de-reza” ( linha 05 ), quanto à sua formação, é um caso de:
a.( ) composição por justaposição.
b.( ) derivação imprópria.
c.( ) composição por aglutinação.
d.( ) parassíntese.
14- Na palavra “emissário” ( linha 07 ), o sufixo { – ário } significa:
a.( ) ação.
b.( ) tendência.
c.( ) profissional.
15- O verbo “correra” ( linha 01 ) está flexionado no:
a.( ) pretérito imperfeito do indicativo.
c.( ) pretérito perfeito do indicativo.
d.( ) qualidade.
b.( ) pretérito mais-que-perfeito do indicativo.
d.( ) pretérito imperfeito do subjuntivo.
16- Na oração “...e doeu-lhe o cabelo...” ( linha 08 ), sobre o sujeito e o pronome “-lhe”, podemos afirmar:
a.( ) o sujeito é “cabelo” e o “-lhe” é adjunto adnominal do sujeito.
b.( ) o sujeito é desinencial e o “-lhe” é objeto indireto.
c.( ) temos oração sem sujeito e o “-lhe” é adjunto adnominal do objeto direto.
d.( ) o sujeito é “cabelo” e o “-lhe” é objeto indireto.
17- Na oração “...o que por aí se dizia do seu crédito...” ( linha 06 ), o “se” deve ser classificado como:
a.( ) conjunção integrante.
b.( ) conjunção subordinativa condicional.
c.( ) pronome apassivador.
d.( ) índice de indeterminação do sujeito.
18- O termo “devoto”, na oração “– A lição foi hoje comprida, devoto...” ( linha 10 ), sintaticamente é:
a.( ) sujeito.
b.( ) vocativo.
c.( ) aposto.
d.( ) objeto direto.
Nas questões 19 e 20, dê a classificação das orações sublinhadas:
19- “Quando ela entrava saía o mestre-de-reza...” ( linha 05 ):
a.( ) oração subordinada adverbial temporal.
b.( ) oração coordenada assindética.
c.( ) oração coordenada sindética explicativa.
d.( ) oração subordinada adjetiva explicativa.
20- “... as raparigas parece que gostam mais da lambetice do que da reza.” ( linha 10 ):
a.( ) oração coordenada assindética.
b.( ) oração subordinada substantiva objetiva indireta.
c.( ) oração subordinada adverbial comparativa.
d.( ) oração coordenada sindética alternativa.
MATEMÁTICA
21- Em um colégio, 1400 alunos estudam no período da manhã. Esse número representa 56% do número de alunos que estudam nesse
colégio. Quantos alunos estudam, ao todo, nesse colégio?
a.( ) 2500
b.( ) 2400
c.( ) 2800
d.( ) 2300
22- Uma escola tem 800m2 de área construída e 1000m2 de área livre. Qual a razão da área construída para a área livre?
1
1
4
5
a.( )
b.( )
c.( )
d.( )
2
3
5
4
23- Os pontos ( 0 , 0 ) , ( 1 , 3 ) e ( 10 , 0 ) são vértices de um retângulo. O quarto vértice do retângulo é o ponto:
a.( ) ( – 3 , 9 )
b.( ) ( 9 , – 3 )
c.( ) ( 9 , – 1 )
d.( ) ( 8 , – 2 )
24- O valor de x para que a seqüência ( 2x , x + 1 , 3x ) seja uma progressão aritmética é:
a.( )
1
3
b.( )
25- Sendo
2
3
c.( )
d.( )
2
23
1
= − 2 , então log 4 x é igual a:
− log 2 x − 1
a.( ) 2
b.( ) 3
c.( ) 5
26- Um prisma triangular regular tem volume igual a
a.( )
1
2
3m
b.( )
5m
d.( ) 6
7 3 m3 e a aresta da base mede 2m. A medida da altura desse prisma é igual a:
c.( ) 7 m
d.( ) 2 3 m
1 2 3
27- Dos determinantes abaixo, aquele que é igual ao determinante 3 5 6 é:
7 8 9
1 1 1
a.( ) 1 1 1
1 1 1
28- Na figura
a.( )
15
2
−−−−
1 3 2
b.( ) 3 6 5
7 9 8
1 3 7
c.( ) 2 5 8
3 6 9
1 3 7
d.( ) 3 6 9
2 5 8
c.( ) 10
d.( ) 12
−−−−
DE // BC . O valor de x é:
b.( ) 9
29- Dividindo-se o polinômio p ( x ) por 2x – 1 , obtêm-se quociente x2 – x e resto m. Se p ( - 1 ) = 0 , então o valor de m é:
a.( ) 1
b.( ) 3
c.( ) 4
d.( ) 6
30- A soma dos seis primeiros termos da progressão geométrica
a.( )
12
33
b.( )
15
32
1 1 1 
 , , ,... é:
 3 6 12 
21
c.( )
32
d.( )
2
3
1− x
2
0
1− x
3 = 0?
31- Qual é o único número real x que satisfaz a equação 0
−1
− 1 3− x
a.( ) 0
b.( ) 2
c.( ) 1
d.( ) 3
32- Se f ( x ) = x – 3, o conjunto de valores de x tais que f ( x2 ) = f ( x ) é:
a.( ) { 0 , 1 }
b.( ) { – 1 , 0 }
c.( ) { 3 , 4 }
d.( ) { 1 }
33- O perímetro de um retângulo é 42 cm e os seus lados são proporcionais a 3 e 4. A diagonal desse retângulo mede:
a.( ) 5 cm
b.( ) 10 cm
c.( ) 15 cm
d.( ) 20 cm
34- Os valores de m , para que o mínimo da função f ( x ) = x2 + ( m – 2 ) x + 4 – m seja 2, são:
a.( ) – 2 e 2
b.( ) – 2 e 0
c.( ) – 2 e 3
d.( ) – 1 e 3
35- A soma dos coeficientes dos termos do desenvolvimento de ( 2x + 3y )6 é:
a.( ) 15625
b.( ) 7776
c.( ) 2048
d.( ) 6225
36- Os valores de
a.( )
kπ +
π
2
x que satisfazem a equação 3 cos 2 x = 1 tomam a forma:
π
kπ π
+
b.( ) 2kπ +
c.( )
2
2 4
37- O valor de x tal que:
a.( ) 4
 1  1
 = é:
log 4 
 log x 4  2
1
b.( )
2
38- O domínio da função definida por
a.( ) D = { x ∈ ℜ | x ≥ – 1 }
c.( ) D = ∅
y=
c.( ) 10
1
4 x+ 2 − 4 − x
d.( )
kπ
4
d.( ) 16
é:
b.( ) D = x ∈ ℜ | – 1 < x < 1 }
d.( ) D = { x ∈ ℜ | x > – 1 }
39- Com os algarismos 1, 2, 3 e 4, quantos números pares de 3 algarismos distintos podemos formar?
a.( ) 12
b.( ) 15
c.( ) 13
d.( ) 14
40- As medidas das três arestas de um paralelepípedo retângulo são diretamente proporcionais a 4, 5 e 8 e a soma dessas medidas é 68 cm.
O volume desse paralelepípedo é igual a:
a.( ) 10220 cm3
b.( ) 10240 cm3
c.( ) 11220 cm3
d.( ) 11240 cm3
PROVA DE REDAÇÃO
Composição, em prosa, de no mínimo 15 (quinze) linhas e no máximo 30 (trinta) linhas, realizada em
torno de tema abaixo.
Recomendações:
1. Não fugir do tema;
2. Não escrever de lápis;
3. Não escrever em versos;
4. Não assinar fora do local especificado.
TÍTULO DA REDAÇÃO
“Para você qual o modelo educacional que produz melhores resultados: o tradicional ou o moderno?”
RASCUNHO
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