Vivenciando os Aspectos Práticos da
Santificação à Luz do Fruto do Espírito Santo
Preparado por Paulo Berberth
PG Jovem
Lição
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Ser cristão
é coisa séria
“Vivenciando a
Palavra de
Deus”
Introdução
Após a conversão do homem em Cristo Jesus (Compreensão do
propósito de salvação + Arrependimento pelos pecados + Fé em Jesus e sua
obra salvadora na cruz), o homem passa a ter um desenvolvimento espiritual,
ele entra em um processo de maturação, do qual chamamos de “processo de
santificação”.
A idéia principal de Santificação encontra-se nas palavras do apóstolo
Paulo em Efésios 4.13: “... até que todos cheguemos à unidade da fé e do
pleno conhecimento do Filho de Deus, à perfeita varonilidade, à medida da
estatura da plenitude de Cristo”. Crescer para ser semelhante a Cristo”.
No entanto, antes de conhecermos e estudarmos cada ponto dos
Aspectos Práticos da Santificação à luz do Fruto do Espírito Santo, será
necessário primeiro, entender alguns conceitos importantes como o de
Salvação, Regeneração, Glorificação, Adoção, Justificação e
Santificação. De forma prática, vamos entender como ocorre cada um destes
atos de Deus na vida do cristão.
 Conhecendo Melhor os Conceitos...
Texto Básico:
Gálatas 5.22-23
[SALVAÇÃO]
A salvação de que falam as Escrituras é dada por Deus pela sua graça,
mediante a fé em Jesus Cristo, não é por obras para que os homens não se
gloriem (Efésios 2.8-9).
Versículo chave:
“...até que
todos
cheguemos à
unidade da fé e
do pleno
conhecimento
do Filho de
Deus, à perfeita
varonilidade, à
medida da
estatura da
plenitude de
Cristo”.
(Efésios 4.13)
O homem não salva a si mesmo, como pretendem as religiões nãocristãs. É o caso do slogan Kardecista “sem caridade não há salvação”,
que já peca por um motivo: a salvação pretendida não é a bíblica. E caso a
salvação pretendida fosse revelada nas Escrituras também pecaria pelo meio
de alcançá-la (Obras). A Salvação está em Jesus, através de sua Graça
mediante a fé.
Também há uma confusão com o conceito de Santificação para as
Igrejas Pentecostais e Neo-pentecostais que crêem na perda da salvação.
Para eles o processo de santificação na verdade é a MANUTENÇÃO DA
SALVAÇÃO.
A Salvação conforme as Escrituras “significa a redenção do homem na
inteireza de seu ser”.
A Redenção, numa imagem atualizada “é a libertação do cativeiro
mediante o pagamento do resgate, no qual a vítima se encontrava sob o
poder do seqüestrador”.
1
Ou seja, JESUS CRISTO pagou o preço, um alto preço (1Co 6.20). ELE quem Resgata
o Homem. A salvação é um dom gratuito que Deus oferece a todos os homens.
“11 Porquanto a graça de Deus se manifestou salvadora a todos os homens, 12 educando-nos
para que, renegadas a impiedade e as paixões mundanas, vivamos, no presente século,
sensata, justa e piedosamente, 13 aguardando a bendita esperança e a manifestação da glória
do nosso grande Deus e Salvador Cristo Jesus” (Tito 2.11-13)
[A GLORIFICAÇÃO]
 A Salvação dada por Jesus nos Glorifica
A Glorificação é o ultimo processo. É o futuro recebido de absoluto e definitiva perfeição.
É quando estivermos em definitivo com o Senhor.
“Ora, àquele que é poderoso para vos guardar de tropeços e para vos apresentar com
exultação, imaculados diante da sua glória” (Judas 1.24)
“20Pois a nossa pátria está nos céus, de onde também aguardamos o Salvador, o Senhor
Jesus Cristo, 21 o qual transformará o nosso corpo de humilhação, para ser igual ao corpo da
sua glória, segundo a eficácia do poder que ele tem de até subordinar a si todas as coisas”
(Filipenses 3.20-21)
[A REGENERAÇÃO]
 A Salvação dada por Jesus nos faz nova criatura
“E, assim, se alguém está em Cristo, é nova criatura; as coisas antigas já passaram; eis que
se fizeram novas”. (2Coríntios 5.17)
A Regeneração é um ato secreto de Deus pelo qual Ele nos concede nova vida espiritual.
Isso é chamado por Jesus de “nascer de novo”, na linguagem de João 3.3-8 no diálogo com
Nicodemos, percebemos isso: “... Em verdade, em verdade te digo que, se alguém não
nascer de novo, não pode ver o reino de Deus”. (João 3.3)
[A ADOÇÃO]
 A Salvação dada por Jesus nos torna filhos e filhas de Deus
A Adoção é um grande privilégio que os cristãos possuem, pois é o ato de Deus que
nos reconhece como filhos Dele, nos tornamos parte da família de Deus.
“Pois todos vós sois filhos de Deus mediante a fé em Cristo Jesus”. (Gálatas 3.26)
“O próprio Espírito testifica com o nosso espírito que somos filhos de Deus”. (Romanos 8.16)
“Mas, a todos quantos o receberam, deu-lhes o poder de serem feitos filhos de Deus, a saber,
aos que crêem no seu nome” (João 1.12)
“1 Vede que grande amor nos tem concedido o Pai, a ponto de sermos chamados filhos de
Deus; e, de fato, somos filhos de Deus. Por essa razão, o mundo não nos conhece, porquanto
não o conheceu a ele mesmo. 2 Amados, agora, somos filhos de Deus, e ainda não se
manifestou o que haveremos de ser. Sabemos que, quando ele se manifestar, seremos
semelhantes a ele, porque haveremos de vê-lo como ele é”. (1 João 3.1-2)
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[A JUSTIFICAÇÃO]
 A Salvação dada por Jesus e nos justifica
A Justificação acontece quando o homem pecador crê que Jesus Cristo é o Senhor e o
aceita pela fé como único Salvador. A base da justificação é Jesus Cristo através da sua obra
na cruz e não o homem. O homem não pode justificar a si mesmo. Por isso afirma o apóstolo
Paulo:
“Concluímos, pois, que o homem é justificado pela fé, independentemente das obras da lei”
(Romanos 3.28).
“Justificados, pois, mediante a fé, temos paz com Deus por meio de nosso Senhor Jesus
Cristo” (Romanos 5.1).
“Sabendo, contudo, que o homem não é justificado por obras da lei, e sim mediante a fé em
Cristo Jesus, também temos crido em Cristo Jesus, para que fôssemos justificados pela fé em
Cristo e não por obras da lei, pois, por obras da lei, ninguém será justificado”. (Gálatas 2.16)
[SANTIFICAÇÃO]
 A Salvação dada por Jesus nos santifica.
“Revesti-vos, pois, como eleitos de Deus, santos e amados, de ternos afetos de misericórdia,
de bondade, de humildade, de mansidão, de longanimidade”. (Colossenses 3.12)
É necessário destacar algumas diferenças básicas entre a Justificação e a
Santificação, veja a tabela abaixo:
Justificação
Santificação
Posição Legal
Condição Interna
De uma vez por todas
Continua por toda a
vida
Obra inteiramente de
Deus
Nós Cooperamos
Perfeita nesta vida
A mesma em todos
os cristãos
Não perfeita nesta
vida
Maior em alguns do
que em outros
Observação:
De certa forma, todos que foram Salvos, foram regenerados e justificados por Cristo e são
Santos como a Bíblia declara acerca dos crentes em Jesus Cristo (Conf.: Romanos 1.7;
15.26; 16.15; Efésios 1.1; 4.12; Filipenses 4.22; Colossences 1.2). Embora denominados
santos, os crentes são chamados à santificação (Conf.: 2 Coríntios 7.1; 1Pedro 1.15-16;
Hebreus 12.14; 1Tessalonicenses 4.1-8). Como a tabela acima indica, a santificação é um
processo que continua por toda a vida cristã.
“... até que todos cheguemos à unidade da fé e do pleno conhecimento do Filho de Deus, à
perfeita varonilidade, à medida da estatura da plenitude de Cristo” (Efésios 4.13).
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É pretendido nestes estudos mostrar como acontece o processo de santificação, pois
o curso normal da vida do cristão, envolve o contínuo crescimento na santificação e essa é
uma questão para qual o Novo Testamento nos encoraja a dar atenção e por ela demonstrar
zelo.
O Cristão é salvo para dar frutos (João 15.16). E no decorrer de sua vida deve
demonstrar tal crescimento e maturidade através das virtudes do fruto do Espírito Santo,
conforme relatado em Gálatas 5.22-25
“22
Mas o fruto do Espírito é: amor, alegria, paz, longanimidade, benignidade, bondade,
fidelidade, 23 mansidão, domínio próprio. Contra estas coisas não há lei. 24 E os que são de
Cristo Jesus crucificaram a carne, com as suas paixões e concupiscências. 25 Se vivemos no
Espírito, andemos também no Espírito”.
Em Gl 5.22 o apóstolo Paulo diz assim: “... Mas o fruto do Espírito é...”.
No entanto é significativo o uso do singular “fruto” ao invés do plural (já que são
destacadas nove virtudes do fruto, ou como normalmente é usado talvez por uma questão
semântica, nove “frutos”). O fato é que o apóstolo Paulo quis demonstrar as várias virtudes de
uma única colheita. Ou seja, é um fruto com suas nove virtudes. O fruto do Espírito Santo é
a conversão, e as nove virtudes são conseqüências desta conversão.
Por exemplo: a laranja possui vários elementos chamados de composição
nutricional, então possui hidratos de carbono, de gorduras, de proteínas e de vitamina C.
Poderíamos dizer que esses são os aspectos (virtudes) da fruta “laranja”.
Isso significa que todo cristão deve deixar Deus desenvolver em sua vida todos os
nove aspectos deste “fruto” do Espírito Santo, fazendo parte do processo de santificação.
Claro que este processo é individual, por isso que uns se desenvolvem mais que outros, mas
é importante deixar todos serem desenvolvidos.
“Pois esta é a vontade de Deus: a vossa santificação...” (1 Tessalonicenses 4.3a)
A partir deste texto, estudaremos os aspectos práticos da santificação. Partiremos do
princípio que somos santos por causa da salvação que temos pela graça de Deus e mediante
a fé na obra salvífica realizada por Jesus Cristo na Cruz. A santificação é a vontade de Deus
para as nossas vidas, se é a vontade de Deus para as nossas vidas, ela é “boa, perfeita e
agradável” (Rm12.2)
 Como está o mundo hoje?
“O deus desta era cegou o entendimento dos incrédulos, para
que não vejam a luz do evangelho da glória de Cristo, que é a
imagem de Deus”. (2 Coríntios 4.4)
 Deus deseja que sejamos santos...
“Sede santos, porque Eu sou Santo”. (1 Pedro 1.16)
 Para que devo ser Santo?
“Para que venham se tornar puros e irrepreensíveis, filhos de Deus inculpáveis no meio de
uma geração corrompida e depravada, a qual vocês brilham como estrelas no universo”
(Filipenses 2.15)
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A Missão da Igreja é Brilhar por Jesus, é fazer a diferença no mundo indiferente.
Ser Santo e Ter Santidade não é ... ????
 Conhecimento...
 Religiosidade...
 Ser Esquisito e Chato...
 Experiências Sobrenaturais...
 Dons Espetaculares...
 Perfeição...
O SIGNIFICADO DA PALAVA SANTIFICAÇÃO
A Santificação trás pelo menos duas idéias...
1. Santificação tem a idéia de Separação.
Santo no AT é a palavra qadôsh
vAdq'
= Sagrado, Santo, o Santo – a Santidade que
vem de Deus, só pode vir Dele e de mais ninguém. Esta palavra distingue o que é Santo do
Profano. O que e de Deus do que não é.
No NT a palavra é ágios
a[gioj
= Santo, puro, Separado por,/ para Deus.
A idéia é que: Foi por Deus Separado, PARA ser Usado Para ELE e por Ele.
O Sábado foi separado (Gn 2.3); O Templo (Ex 29.44); Arão e seus filhos foram
separados para o serviço do Senhor (Ex 29.44); O povo de Israel (Ex 33.16); E a Igreja
(1Pe 2.9).
Santificação é a separação por Deus para Deus.
Ou seja, o cristão foi separado por Deus para viver para Ele.
2. Santificação implica em semelhanças.
Com toda a certeza você já deve ter sido comparado com alguém de sua família, pois
somos semelhantes aos nossos familiares, seja fisicamente e até mesmo temos o
mesmo temperamento. Quando aceitamos a Jesus Cristo nos tornamos filhos de Deus
“Mas, a todos quantos o receberam, deu-lhes o poder de serem feitos filhos de Deus, a
saber, aos que crêem no seu nome” (João 1.12).

Se somos filhos de Deus, temos que mostrar a semelhança do Pai, mostrar
características Dele. Deus é Santo, se Deus (nosso Pai) é santo, nós também temos
que ser Santos, logo, temos que viver em santidade
“Viver em Santidade é ter mudança de Mentalidade”.
“É imitar o nosso Mestre, Jesus”.
Como já foi mencionado... O Cristão é salvo para dar frutos (João 15.16). E no
decorrer de sua vida, deve demonstrar tal crescimento e maturidade através das virtudes do
fruto do Espírito Santo, Galátas 5.22-25.
5
De forma prática aplicaremos em nossos estudos, como o cristão deve demonstrar e
desenvolver em sua vida as virtudes do fruto do Espírito Santo.
“Vivenciando os aspectos práticos da Santificação”
Aplicando as virtudes do Fruto do Espírito Santo
“... até que todos cheguemos à unidade da fé e do pleno conhecimento do Filho de Deus, à
perfeita varonilidade, à medida da estatura da plenitude de Cristo”
(Efésios 4.13).
A Declaração Doutrinária da Convenção Batista Brasileira dedica o item V à
doutrina da salvação. Divide-o em quatro tópicos, a saber: regeneração, justificação,
santificação e glorificação. Sobre este penúltimo aspecto, diz a Declaração:
A santificação é o processo que, principiando na regeneração, leva o homem à
realização dos propósitos de Deus para a sua vida e o habilita a progredir em
busca da perfeição moral e espiritual de Jesus Cristo, mediante a presença e o
poder do Espírito Santo que nele habita (Jo 17.17, 1Ts 4.3, 5.23 e 4.7). Ele ocorre
na medida da dedicação do crente e se manifesta através de um caráter marcado
pela presença e pelo fruto do Espírito, bem como por uma vida de testemunho fiel e
serviço consagrado a Deus e ao próximo (Pv 4.18, Rm 12.1-2, Fp 2.12-13, 2Co 7.1
e 3.18, Hb 12.14, Rm 6.19, Gl 5.22 e Fp 1.9-11).
“Assim como pela essência se conhece o perfume,
pelas virtudes se conhece o cristianismo”.
Partiremos do principio de que o fruto do Espírito Santo com suas 9 virtudes tem como
foco o aperfeiçoamento, o crescimento, o amadurecimento e a edificação do cristão,
conseqüentemente do corpo de Cristo, a Sua Igreja (Lembrando que Fomos salvos para dar
frutos – João 15.16). Este é o processo de santificação. As Virtudes do fruto do Espírito Santo
devem ser reconhecidas pelos que estão em nossa volta, sejam crentes ou não. Essa será a
marca da conversão pessoal evidenciada pela vida. Guarde este principio.
“22
Mas o fruto do Espírito é: amor, alegria, paz, longanimidade, benignidade, bondade,
fidelidade, 23 mansidão, domínio próprio” (Gálatas 5.22-23)
A primeira virtude do Fruto do Espírito Santo é o...
1. Amor
(O amor que vem de Deus)
“Nós amamos porque Ele nos amou primeiro” (1 João 4.19)
A primeira coisa que é necessário destacar é que “Conhecemos o amor”. E
conhecemos exatamente porque Deus nos amou primeiro. Deus nos amou e não nos salvou
porque não tinha mais nada de útil para fazer, mas porque, além de ser para a Glória de Si
mesmo, Ele tem um propósito especifico para cada de nós. No entanto, nosso caráter deve
ser transformado e moldado para que este propósito possa se cumprir em nossas vidas e
assim realizar plenamente toda expressão do amor de Deus por nós e também para
refletirmos este amor ao mundo.
6
Somos de Cristo. Deixamos de pertencer à ditadura do pecado e à tirania de satanás.
Tornamo-nos cidadãos do Reino de Deus, onde a lei é a da liberdade e motivação para
realizar a vontade do soberano deste novo reino não é a opressão e o medo, mas o amor.
Nossa motivação é o AMOR.
Agora conhecemos o Amor, porque Deus nos mostrou quem é o Amor e nos deu
exemplos de como refletir este Amor e isso faz parte do processo de santificação do cristão.
Imitar o mestre. Ser como ELE foi. Fazer o que ELE FEZ.
“Nossa santificação não é uma obrigação ou um peso. Ela é a resposta de um
coração agradecido pela liberdade. É uma resposta de amor ao amor daquele
que nos amou primeiro: Deus”.
Mas o que é o Amor?
 Há quem diga que o amor é um sentimento – Sentir – AMOR – EMOÇÃO
 Outros dizem que é uma decisão – Atitudes – AMAR – RAZÃO
O apóstolo Paulo diz que...“4 O amor é paciente, é benigno; o amor não arde em
ciúmes, não se ufana, não se ensoberbece, 5 não se conduz inconvenientemente, não
procura os seus interesses, não se enfurece, não se ressente do mal; 6 não se alegra com a
injustiça, mas regozija-se com a verdade; 7 tudo sofre, tudo crê, tudo espera, tudo suporta. 8
O amor jamais acaba” 1 Coríntios 13.4-8a
O fato é que a palavra AMOR presta-se a múltiplos significados na língua portuguesa.
No entanto, podemos perceber que o Amor, sendo uma das virtudes do Fruto do Espírito
Santo deve ser mostrado, praticado, independente do sentimento que temos ou não por uma
pessoa. Eu decido Amar ou não, mas em quanto cristão, não há opção, DEVEMOS AMAR.
(PONTO FINAL)
O Amor é um ensino de Jesus (Mateus 5.43-48). O Amor é a prova da conversão e de
que somos filhos de Deus (1João 2.5-6 e 9-11), “Aquele que não ama não conhece a Deus,
pois Deus é amor” (1 João 4.8). Devemos ser imitadores de Deus, devemos imitar a Jesus
Cristo (Efésios 5.1-2; Filipenses 2.5). Imaginem um pregador falando de AMOR, mas com
ódio? “SEU PECADOR MISERÁVEL...” com toda certeza não estaria sendo compatível com a
mensagem.
Temos que expressar o Amor de Deus. A nossa missão é Refletir o Amor de Deus para
todos que nos cercam, assim como um dia recebemos este amor. É andar em Amor. Como
Cristo andou. Imitemos ao Mestre.
A segunda virtude do Fruto do Espírito Santo é a...
2. Alegria
(Marca do Cristão)
“O coração alegre aformoseia o rosto, mas com a tristeza do coração o espírito se
abate”. (Provérbios 15.13)
Conseguimos perceber como alguém está apenas pela expressão do seu rosto, pois
pode estar triste ou alegre e isso fica evidente. Tratando-se do cristão a alegria deve ser sua
7
marca registrada. Mesmo em meio aos sofrimentos e dificuldades que passamos em nosso
dia a dia, temos motivos de sobra para nos alegrar.
“Já não vos chamo servos, porque o servo não sabe o que faz o seu senhor; mas tenho-vos
chamado de amigos, porque tudo quanto ouvi do meu Pai vos tenho dado a conhecer”.
(João 15.15)
Jesus não fez esta afirmação para qualquer um, mas aos seus discípulos. Homens que
estavam andando com Ele por mais de três anos. Homens que haviam deixado tudo para
segui-lo. Homens que haviam se dedicado a obedecê-lo e a servi-lhe.
Conosco não é diferente, pois ao dedicarmos as nossas vidas a Cristo entregamos
cada aspecto ao seu controle e senhorio. Descobrimos que nossa relação tem uma diferença
muito grande daquela que se esperava entre senhor e servo. A nossa relação já começou
diferente, pois fomos comprados por alto preço e ainda quando não merecíamos.
Se Cristo agora é o Senhor e nós somos servos, então Ele dá as ordens e nós
devemos obedecer. Isso não mudou e jamais mudará – embora algumas teologias por aí,
querem “decretar e declarar o que Jesus deve ou não fazer”.
Quando um servo qualquer realiza uma tarefa, ele o faz porque é obrigado pela sua
condição de escravo. Nós, porém, quando recebemos de Cristo uma ordem, devemos cumprir
com ALEGRIA, porque dedicamos a servi-lo por amor. Não somos servos apenas, somos
amigos e isso deve ser motivo de Alegria para todo cristão.
Cumprir a vontade do Mestre nos dá acesso ao Seu coração, pois Ele deseja ser nosso
amigo. Isso é demais! Nós não merecíamos nada, a não ser a condenação pelos nossos
pecados, e Ele nos resgatou das trevas, trouxe-me para a Sua maravilhosa Luz. Livrou-nos
da opressão de satanás e do poder do pecado, encheu-nos com Seu Espírito Santo e deunos a ALEGRIA verdadeira e genuína que trouxe sentido para o nosso viver. Mesmo sendo
infiéis e muitas vezes pecando, mesmo assim, Ele ainda assim, deseja ser nosso amigo. Isso
não é o máximo?
Uma das coisas mais tristes é ver um cristão sem Alegria. Imagine a música “A Alegria”
sendo cantada sem Alegria, seria condizente ao que diz a Letra? Fomos chamados para
resplandecer a ALEGRIA do Senhor, a ALEGRIA da Salvação. Somo amigos do Mestre, e
não do “Tião da esquina”, Somos Embaixadores do Rei. O Rei dos Reis. O Senhor dos
senhores. Sirvamos a Ele, portanto, com Alegria e amor. Que possamos refletir em todo
tempo a Alegria da Salvação em nossas vidas. E se nos abatermos, que possamos nos
lembrar de textos como esses:
“Alegrai-vos no Senhor, outra vez digo: Alegrai-vos!” (Filipenses 4.4)
“... O Choro pode durar uma noite toda, mas a ALEGRIA (o cântico de júbilo) vem pela
manhã”. (Salmo 30.5b)
"Acheguemo-nos, portanto, confiadamente, junto ao trono da graça, a fim de recebermos
misericórdia e acharmos graça para socorro em ocasião oportuna". (Hebreus 4.16)
Neemias declarou ao Povo, e eles tinham uma grande missão....
“... ide, comei carnes gordas, tomai bebidas doces e enviai porções aos que não têm nada
preparado para si; porque este dia é consagrado ao nosso Senhor; portanto, não vos
entristeçais, porque a alegria do SENHOR é a vossa força”. (Neemias 8.10)
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Temos muitos motivos para nos alegrarmos. Que esta virtude do fruto do Espírito
Santo, a ALEGRIA, seja evidente em nossas vidas.
A terceira virtude do Espírito Santo é a...
3. Paz
(Paz em Cristo)
“Deixo-vos a paz, a minha paz vos dou; não vo-la dou como a dá o mundo. Não se turbe
o vosso coração, nem se atemorize”. (João 14.27)
Qual o conceito de paz vivida pelo mundo? Como pregam a paz? Qual a forma que ela
se apresenta? Como vivenciam a Paz? Será que é possível ter a paz se não for em Cristo?
Podemos perceber que o mundo tem um conceito de paz totalmente invertido ao que a
Bíblia ensina. De que adianta as pessoas se vestirem de branco e botarem no rosto um
sorriso amarelo e dizer que estão se manifestando a favor da paz? A paz não é um estado de
espírito (não é temporário), de que adianta externar algo que não vive e conhece se por
dentro há uma grande e interminável guerra. A paz não é o que se encontra no mundo. Que
paz é essa que se arma para guerra? Onde está o fim da destruição? A ansiedade quer
vencer o desespero do coração. O egoísmo e a maldade desejam camuflar o real sentimento
que habita nos corações. A passeata é bonita e mobiliza, porém é hipócrita, pois os corações
estão cheios de ódio e falta de perdão. O nome da paz foi declarado na cruz. O nome da paz
é Jesus. Ouço a voz que diz: “Minha paz vos dou...”. Ouvindo esta voz tudo vai mudar...
Somente Jesus Cristo é capaz de dar Paz ao coração. E o cristão tem a
oportunidade de mostrar ao mundo esta Paz. Há muitas pessoas que possuem dúvidas e
estão em crises, principalmente a respeito das coisas que acontecem no mundo, sobre as
atrocidades que o ser humano é capaz de cometer.
 Porque Deus permite essas coisas?
 Porque eu não sinto paz?
 Porque eu vivo com medo e insegura?
O cristão deve estar preparado para dar respostas ao mundo. Com amor ele deve falar
da verdade que conhece, falar do incrível amor e da mudança que houve em sua vida por
causa desta Paz, vinda somente de Jesus. A fonte da Paz. O príncipe da PAZ.
O cristão deve...
 Viver em paz e não apenas tê-la interiormente.
Demonstrando serenidade, exteriorizar a Paz.
 Levar a paz onde há guerra.
Contribuir para com a harmonia, mesmo tendo diferenças e tendo temperamentos
diferentes das pessoas.
“18 se possível, quanto depender de vós, tende paz com todos os homens; 19 não vos
vingueis a vós mesmos, amados, mas dai lugar à ira; porque está escrito: A mim me pertence
a vingança; eu é que retribuirei, diz o Senhor. 20 Pelo contrário, se o teu inimigo tiver fome,
dá-lhe de comer; se tiver sede, dá-lhe de beber; porque, fazendo isto, amontoarás brasas
vivas sobre a sua cabeça. 21 Não te deixes vencer do mal, mas vence o mal com o bem”.
(Romanos 12.18-21)
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O Cristão não deve olhar para as circunstâncias, ele deve deixar que a PAZ de Deus
transborde o coração de tal maneira que o que está em guerra perceba a diferença do cristão,
seja pela palavra branda, um olhar de amor, quem sabe um abraço sincero, ou até mesmo um
pedido de perdão. Quem sabe andando a segunda milha, oferecendo a outra face, amando
incondicionalmente.
Fácil não é, mas assim devemos agir para honra e glória do nosso mestre. JESUS.
Anunciemos a Paz, anunciemos JESUS. E principalmente que todos nós vivamos a Paz de
Deus, se assim não for... o mundo continuará buscando paz noutros lugares e noutras coisas
que jamais terão. Este é o nosso desafio!
A quarta virtude do Fruto do Espírito Santo é a...
4. Paciência
(Longanimidade)
“Que diremos, pois, se Deus, querendo mostrar a sua ira e dar a conhecer o seu poder,
suportou com muita longanimidade os vasos de ira, preparados para a perdição, a fim
de que também desse a conhecer as riquezas da sua glória em vasos de misericórdia,
que para glória preparou de antemão”. (Romanos 9.22-23)
Algumas versões bíblicas traduziram como Paciência, outras como Longanimidade.
Duas palavras de conceitos parecidos e ao mesmo tempo, que podem ter vários focos.
Vamos analisar as características especificas de cada palavra, essa análise será importante
para compreendermos seus significados.
No Novo Testamento a palavra utilizada é makroqumi,a makrothymia que pode ser
traduzida também como “perseverança” e “firmeza” (que tem a idéia de resistir firme ou
com perseverança as tensões e pressões da vida), além de ser traduzida “paciência” e
“longanimidade”.
A palavra makrothymia é a junção de duas palavras grega:
 Makrós – longo, longe, distante.
(frase: eu tenho uma visão macro das coisas, vejo longe, distante, minha visão é macro)

Thymós – ira, raiva, furor.
De uma forma bem simples poderíamos dizer que makrothymia significa: “Ser longo
para se irar” ou “demorar para se irar”.
Na parábola de Mateus 18.23-35 (conhecida como “a parábola do credor sem
compaixão”). Mostra-se que a paciência humana tem relacionamento com a paciência divina
– e dela o homem depende. A expressão usada nos vv 26 e 29 é a mesma: “Senhor, tem
paciência comigo, que te pagarei tudo”. A diferença é que o Senhor foi compassivo (vv 2728), mas o credor não (vv 29-30).
Vejamos o contexto: Jesus está falando desde o v. 15 sobre reconciliação, perdão,
misericórdia e compaixão ao próximo.
É a mesma palavra utilizada para descrever o Amor em 1Co 13.4 “O amor é
paciente...”. Neste sentido (em relação ao próximo) esta virtude do fruto se concretiza
através da compaixão, misericórdia, ou seja, tardando para se irar com o próximo. Assim
aplica-se também noutras situações do nosso dia à dia.
10
Ao contrário do que muitos dizem, paciência não é dom. Paciência ou longanimidade
são Virtudes do Fruto do Espírito Santo. No português costumamos utilizar com mais
freqüência a palavra paciência do que longanimidade. Creio que longanimidade seja utilizada
mais no contexto eclesiástico (dentro da igreja), por causa da cósmovisão cristã. Contudo,
podemos entender as duas palavras das seguintes formas.

Paciência: É algo momentâneo, ou algo que acontece numa situação especifica e lá
deve estar ela (melhor dizendo, deve ser praticada).
Exemplo: O cristão deve ter perseverança na continuação de um trabalho, gostando ou não,
sendo ele chato ou não, sendo difícil ou não, não importa. O cristão deve agir com firmeza
para não chegar à desistência. Não deve irar-se, nem irritar-se com a situação, não deve
perder o controle. Por isso que normalmente dizemos: “perdi a paciência”, neste caso o que
houve na verdade é que a ira surgiu e paciência não existiu.

Longanimidade: Já é algo que acontecerá em longo prazo e até lá (deste ponto de
vista), é necessário saber esperar o kairós de Deus, “O tempo certo de Deus”. Neste
percurso de espera a postura deve ser de magnitude, grandeza diante de situações
difíceis.
Exemplo: A pessoa que está aguardando uma definição em sua vida. Seja da área
profissional, sentimental ou até mesmo em casos de doenças. Este processo terá um fim,
independente do resultado dele, todavia até a conclusão do que se espera é necessário ser
longânime, é necessário esperar. Como no salmo 40.1 “Esperei confiantemente pelo
SENHOR; ele se inclinou para mim e me ouviu quando clamei por socorro”.
Que possamos deixar DEUS através do Espírito Santo desenvolver em nossas vidas
essas virtudes do Fruto do Espírito Santo: Paciência e Longanimidade. E que
principalmente lembremo-nos que DEUS agiu com paciência e longanimidade conosco, por
isso, fomos reconciliados.
As próximas virtudes do fruto do Espírito Santo são...
5. Benignidade e 6.Bondade
“Mas o proprietário, respondendo, disse a um deles: Amigo, não te faço injustiça; não
combinaste comigo um denário? Toma o que é teu e vai-te; pois quero dar a este último
tanto quanto a ti. Porventura, não me é lícito fazer o que quero do que é meu? Ou são
maus os teus olhos porque eu sou generoso?” (Mateus 20.13-15)
As próximas virtudes do fruto do Espírito Santo são Benignidade e a Bondade. Serão
destacadas as duas virtudes do fruto juntas, pois no português as duas palavras se
confundem, até mesmo são usadas como sinônimos.
No entanto, o apóstolo Paulo não repetiria a mesma virtude do fruto do Espírito Santo.
Observando o texto, é possível perceber que suas palavras na verdade se completam, ou
seja, no contexto Benignidade e Bondade se completam numa visão maior e não possuem o
mesmo sentido, embora sejam parecidas. Vamos então estudar o significado e como o cristão
deve deixar tais virtudes se desenvolverem em suas vidas.
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
Benignidade a palavra utilizada por Paulo é crhsto,thj chrestótes.
A Bíblia NTLH traduziu como “delicadeza”, e a NVI como “amabilidade”. Não seria a
melhor tradução, não que esteja errado, mas neste sentido – Refere-se a uma disposição
gentil e bondosa para com os outros, aí se confundiria com bondade. A palavra Chrestótes
vem da palavra chrestós que significa útil, digno, bom. Aquele que é moralmente bom,
respeitável.
A palavra Chrestótes também pode ser traduzida por “retidão”. Assim tem o sentido
exato do que significa – “Aquele que faz o que é certo, correto, justo e reto, aquele que age
com retidão”.
Como na parábola dos trabalhadores (Mateus 20.1-16). Um proprietário saiu de
madrugada para contratar os trabalhadores para a sua vinha. Ele combinou com os
trabalhadores o salário de um denário por dia (Um denário era o pagamento por um dia de
trabalho braçal). E ele fez isso 4 vezes durante o dia e todos os trabalhadores receberam um
denário. Quando os primeiros vieram pensaram que receberiam mais, por terem trabalhado o
dia inteiro e queixaram-se ao proprietário dizendo que os últimos trabalharam menos que
eles. E o proprietário respondeu: “não te faço injustiça, não combinamos 1 denário?”.
Neste caso, o proprietário agiu com retidão, ele foi justo, pois cumpriu o que havia
combinado. Se olharmos para este proprietário, poderíamos dizer que ele é um homem
benigno, que tem uma boa moral. É um homem reto e não trapaceiro. Cumpriu o trato. Ele
tem palavra. Assim agimos com Benignidade. Façamos como Ele.

Bondade
o dicionário da língua portuguesa diz que é a qualidade do que é bom;
benevolência; inclinação para o bem.
A palavra utilizada pelo apóstolo Paulo é
avgaqwsu,nh agathosyne deriva da
palavra agathós e significa bom, benefício, generosidade. Aquele que é benevolente,
benfeitor, justo, generoso. Seus atos beneficiam os outros e não a si mesmo.
Nesta mesma parábola o proprietário faz uma pergunta no v. 15 “Porventura, não me
é lícito fazer o que quero do que é meu? Ou são maus os teus olhos porque eu sou
generoso?”
É a mesma palavra agathós, “generoso”. Aprendemos que nesta parábola o proprietário
demonstrou as duas Virtudes do fruto do Espírito Santo.
 Ele foi Benigno, foi reto e justo com todos de acordo com o que combinou.
 E foi Bondoso para os que trabalharam menos, pois mesmo tendo trabalhado menos
ele desejou pagá-los como se tivessem trabalhado o dia todo, ele pensou no benefício
dos trabalhadores. Afinal de contas eles passaram o dia todo esperando por trabalho.
Lindo isso! Eis a nossa missão...
 Ser Benignos e Bondosos.
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A sétima virtude do Fruto do Espírito Santo é a...
7. Fidelidade
“Quanto aos servos, que sejam, em tudo, obedientes ao seu senhor, dando-lhe motivo
de satisfação; não sejam respondões, não furtem; pelo contrário, dêem prova de toda a
fidelidade, a fim de ornarem, em todas as coisas, a doutrina de Deus, nosso Salvador”.
(Tito 2.9-10)
A sétima virtude do Fruto do Espírito Santo mencionada pelo apóstolo Paulo é a
Fidelidade. No âmbito de relacionamentos a fidelidade é muito facilmente aplicada, podendo
ser abordada em pelo menos 2 aspectos:
1. Em relação a Deus.
2. Em aos homens.
Na verdade são 3 aspectos. Claro que também não podemos deixar de destacar a
fidelidade de DEUS com os homens. A fidelidade faz parte de sua essência. DEUS é FIEL.
“O teu Amor, ó SENHOR, chega até aos céus e a tua fidelidade até às nuvens”. (Salmo 36.5)
“se somos infiéis, ele permanece fiel, pois de maneira nenhuma pode negar-se a si mesmo”.
(2 Timóteo 2.13)
“E daí? Se alguns não creram, a incredulidade deles virá desfazer a fidelidade de Deus?”.
(Romanos 3.3)
No dicionário em nossa língua a palavra fidelidade é a qualidade de quem é fiel.
Aparece como sinônimo de “lealdade” e “comprometimento”. Fiel é aquele que guarda a
fidelidade, é aquele que é leal, trata-se de uma pessoa de confiança.
A palavra usada em Gl 5.22 para fidelidade é
também por “fé”, “confiança” ou “compromisso”.
pi,stij
pistis que pode ser traduzida
O texto proposto acima (Tito 2.9-10) mostra uma boa aplicação desta virtude. Paulo
aconselha como deveria ser o comportamento do servo em relação ao seu senhor
(demonstrar obediência, submissão, fidelidade) mostrando que é digno de confiança.
O propósito é para tornar atraente a doutrina de Deus, ou seja, o servo deveria viver
os padrões da palavra de Deus, ser fiel ao evangelho de Cristo, ser fiel a Deus e às suas
vontades. Assim, glorificaria o nome de Cristo.
Da mesma forma, isso exige de nós fidelidade, confiabilidade, lealdade e
comprometimento. Neste caso se referindo as pessoas, no entanto podemos pensar em
vários níveis de relacionamento: seja entre patrões e empregados, ou entre amigos,
familiares, marido e mulher, namorados, etc.
Obs.: Claro que a nossa lealdade e fidelidade não será à qualquer pessoa ou instituição,
principalmente se ferir a sã doutrina de Deus.
Assim como também confirma que devemos ser fiéis a DEUS em todas as áreas de
nossas vidas. (Dízimos, ofertas, compromissos, missão de testemunhar e proclamar o
evangelho etc.)
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Que possamos fazer como o salmista proclamar, vivenciar e principalmente refletir a
fidelidade de Deus.
“Cantarei para sempre as tuas misericórdias, ó SENHOR; os meus lábios proclamarão a
todas as gerações a tua fidelidade”. (Salmo 89.1)
A oitava virtude do Fruto do Espírito Santo é a...
8. Mansidão
“Bem-aventurados os mansos, porque herdarão a terra”. (Mateus 5.5)
Ao contrário do que muitos pensam ser manso não é sinônimo de bobo, frouxo,
aquele que aceita tudo, aquele que fazem o que querem, não é uma característica fraca, mas
é uma grande virtude que poucos possuem.
A mansidão não é uma qualidade natural, porque se fosse não teria sido destacada
pelo apóstolo Paulo como virtude do fruto do Espírito Santo. Então é necessário a ação do
Espírito Santo para frutificar em nós cristãos a mansidão. Precisa de cultivo espiritual.
A palavra prau<thj prautes é traduzida normalmente por “mansidão”, “humildade”
ou “amabilidade”.
Prautes deriva da palavra
“amável”.
prau<j
praus “gentil”, “meigo”, “humilde”, “bondoso”,
Mansidão transmite o sentido de brandura, que é visto como a disposição de
submeter-se a vontade de Deus. É uma atitude humilde que se expressa na submissão às
ofensas, livre do desejo de vingança. Mansidão é o antônimo de Ira na outra lista que trata
das obras da carne (Gálatas 5.19-21).
Esta virtude me faz lembrar das palavras de Jesus Cristo: “Tomai sobre vós o meu jugo
e aprendei de mim, porque sou manso e humilde de coração; e achareis descanso para a
vossa alma”. (Mateus 11.29).
Oswald Chambers, (pastor e professor escocês 1874-1917), observou certa vez que o
chamado de Deus ...
“visa a tornar-nos „pão partido‟ e „vinho derramado‟ Deus nunca poderá
tornar-nos vinho se resistirmos ao seu toque quando ele vier nos esmagar.”
Para Deus nos transformar, para ele espremer tudo que há em nós que precisa ser
mudado é necessário, humildade e mansidão. Ao passarmos por este processo doloroso
(Deus coloca o dedo em nossas feridas), que faz parte do processo de santificação do cristão,
aprendemos a olhar os outros ao nosso redor com a mansidão de Jesus.
Há uma frase que diz: “Para se defender o orgulhoso ataca”. O humilde e manso
pondera os fatos, avalia, pensa antes de agir, ele não agride, ele ama, não arde em Ira, ele
age com brandura e bondade, ele vence o mal com o bem. Ele procura imitar a Cristo, que
nos deixou o exemplo a ser seguido, pois em momentos de ataques, acusações, difamações,
injúrias e maus tratos (que não foram poucos) “entregou-se ao justo Juiz” (1 Pedro 2.2123).
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Nossa atitude deve ser como esta registrada pelo aposto Paulo:
“Pelo contrário, se o teu inimigo tiver fome, dá-lhe de comer; se tiver sede, dá-lhe de beber;
porque, fazendo isto, amontoarás brasas vivas sobre a sua cabeça. Não te deixes vencer do
mal, mas vence o mal com o bem”. Romanos 12.20-21
É interessante a expressão “amontoarás brasas vivas sobre a sua cabeça”, pois se
você faz o bem para alguém e a pessoa só lhe maltrata, fará com que ela pergunte: “Eu faço
maldade, brigo, implico, acuso e ele me ama, mas faz o bem. O que é isso? Ele só pode ser
mesmo de Cristo, pois tem algo diferente nele”.
Agindo com mansidão as pessoas perceberão a virtude do fruto em você. Na Bíblia
temos os exemplos de: Moisés foi veemente atacado pelo povo que murmurava muito e sua
postura era a oração, ele intercedia pelo povo. José que foi injustiçado mais de uma vez e
nunca se defendeu, pois confiava nos desígnios de Deus. Ele mesmo disse que Deus
transformou o mal em bem.
Se depender de nós, pagamos o mal com mal, não gostamos de ser injustiçados e
muitas vezes nos sentimos injustiçados sem a injustiça existir. Que possamos deixar que o
Espírito Santo desenvolva em nossas vidas esta virtude, a Mansidão, a Humildade e a
Amabilidade.
A nona e ultima virtude do Fruto do Espírito Santo é a...
9. Domínio Próprio
“Quem tem paciência é melhor que guerreiro, quem tem domínio próprio é melhor que
aquele que conquista uma cidade”. (Provérbios 16.32)
Enfim chegamos a ultima virtude do fruto do Espírito Santo mencionada em Gálatas 5,
o domínio-próprio. Em Provérbios 16.32 descreve a pessoa que consegue usar o domínio
próprio. “Melhor é dominar o espírito do que ser um valentão e dominar uma cidade”.
É muito mais virtuoso dominar a si mesmo do que conquistar uma cidade pela força
física, pois a vitória mais difícil é a vitória sobre o próprio “eu”. Trata-se do domínio sobre os
desejos do ego, de uma vida dirigida pelo Espírito Santo. O “EU” deve ser mantido no seu
devido lugar.
O autocontrole, no entanto não significa a negação de si mesmo, mas uma avaliação
real da função do ego na forma mais nobre da vida.
Não poderá haver exemplo melhor do que o de nosso Senhor, que jamais enfatizou a
sua própria vontade, mas nunca deixou de impressionar os demais com o poder da sua
personalidade. O Espírito Santo reproduz no cristão o mesmo tipo de conceito equilibrado do
“eu” que houve em Jesus.
 Mas o que acontece?
Há uma luta entre a carne e o espírito.
“Digo, porém: andai no Espírito e jamais satisfareis à concupiscência da carne. Porque a
carne milita contra o Espírito, e o Espírito, contra a carne, porque são opostos entre si; para
que não façais o que, porventura, seja do vosso querer”. (Gálatas 5.16-17)
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Na passagem de 1Co 7.9, a palavra “domínio próprio” evgkra,teia egkráteia é
usada em relação ao controle do impulso sexual: “Caso, porém, não se dominem, que se
casem; porque é melhor casar do que viver abrasado”.
E nesta área é importante o jovem estar bem preparado para fugir das tentações e
encarar da maneira correta a questão da pureza sexual. Leia 1 Tessalonicenses 4.1-8:
“1 Finalmente, irmãos, nós vos rogamos e exortamos no Senhor Jesus que, como de nós
recebestes, quanto à maneira por que deveis viver e agradar a Deus, e efetivamente estais
fazendo, continueis progredindo cada vez mais; 2 porque estais inteirados de quantas
instruções vos demos da parte do Senhor Jesus. 3 Pois esta é a vontade de Deus: a vossa
santificação, que vos abstenhais da prostituição; 4 que cada um de vós saiba possuir o
próprio corpo em santificação e honra, 5 não com o desejo de lascívia, como os gentios que
não conhecem a Deus; 6 e que, nesta matéria, ninguém ofenda nem defraude a seu irmão;
porque o Senhor, contra todas estas coisas, como antes vos avisamos e testificamos
claramente, é o vingador, 7 porquanto Deus não nos chamou para a impureza, e sim para a
santificação. 8 Dessarte, quem rejeita estas coisas não rejeita o homem, e sim a Deus, que
também vos dá o seu Espírito Santo”.
Mas em 1Co 9.25, refere-se a toda forma de autocontrole e autodisciplina que o atleta
precisa exercer para ser bem sucedido em suas tentativas para obter a vitória.
“23 Tudo faço por causa do evangelho, com o fim de me tornar cooperador com ele. 24 Não
sabeis vós que os que correm no estádio, todos, na verdade, correm, mas um só leva o
prêmio? Correi de tal maneira que o alcanceis. 25 Todo atleta em tudo se domina; aqueles,
para alcançar uma coroa corruptível; nós, porém, a incorruptível. 26 Assim corro também eu,
não sem meta; assim luto, não como desferindo golpes no ar. 27 Mas esmurro o meu corpo e
o reduzo à escravidão, para que, tendo pregado a outros, não venha eu mesmo a ser
desqualificado. (1 Coríntios 9.23-27)
O cristão precisa de uma completa autodisciplina e de total autocontrole, mas isso só
pode ocorrer com a ajuda do Espírito Santo. Que o domínio próprio seja desenvolvido em
nossas vidas.
Conclusão:
Que possamos permitir Deus Agir em nossas vidas para que o processo de santificação seja
cada vez mais completo e que possamos demonstrar as virtudes do fruto do Espírito Santo
para honra e glória do nome de Jesus.
“22 Mas o fruto do Espírito é: amor, alegria, paz, longanimidade, benignidade, bondade,
fidelidade, 23 mansidão, domínio próprio”. (Gálatas 5.22-23).
“... até que todos cheguemos à unidade da fé e do pleno conhecimento do Filho de Deus, à
perfeita varonilidade, à medida da estatura da plenitude de Cristo”. Crescer para ser
semelhante a Cristo”. (Efésios 4.13)
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Vivenciando os Aspectos Práticos da Santificação à Luz do Fruto do