Um dia na vida de Rodolfo
como 'braço direito'
do director da EGP
O aluno ficou mais esclarecido sobre o que quer para o seu futuro depois
da participação na iniciativa, no Porto, da 'Júnior Achievement Portugal'.
ELISABETE
SOARES
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nomtco.pt
"Antes de decidir o meu futuro quero
conhecer o que existe". A frase é de Rodolfo Jorge, aluno do 8 9 ano da Escola
Secundária Rodrigues de Freitas que
a assessora de Nuno de
impressionou
Sousa Pereira, presidente da direcção
da Escola de Gestão do Porto, na Rua
dos Salazares. Rodolfo Jorge foi um dos
participantes do projecto "Braço Direito", e teve o privilégio de, durante um
dia - desde as nove e meia da manhã até
às seis da tarde - , acompanhar
a par e
passo as exaustivas reuniões e o conjunto de decisões tomadas pelo responsável. O presidente da EGP foi um dos
muitos executivos voluntários que aderiram ao "Porto de Futuro", um projecto da Associação 'Júnior Achievement
Portugal' , que se baseia num protocolo
de cooperação entre a Câmara Municipal do Porto e a Direcção Regional de
Educação do Norte. "O dia começou
com o Rodolfo a tomar contacto com a
e
acreditação dos cursos internacionais
com as metas para o próximo ano. De
tarde temos uma reunião de marketing,
que vai ser mais leve", elucida o director da EGP no almoço, uma hora mais
descontraída, e que serviu também
para fazer o primeiro balanço do dia.
Até ao almoço, Rodolfo teve "contacto
com alguns palavrões, alguns que já
conhecia, mas que não sabia em por-
menor o significado: empreendedorismo, balanços de empresas ou organigramas". O dia de Rodolfo terminou
com um lanche às seis da tarde, que
também reuniu os cinco outros alunos
que acompanharam
antigos alunos da
EGP e que neste momento já têm a sua
própria empresa. A altura foi aproveitada para fazer um resumo das experiências vividas pelos alunos, que incluiu o
de um questionário
e
preenchimento
que vai servir de base ao balanço do
programa.
100 ALUNOS EM 16 EMPRESAS
Marta Vieira de Sá, responsável da 'Júnior Achivement', está muito satisfeita
com a adesão e com os resultados que
esta edição "Porto de Futuro" já conseguiu. -No total, mobilizou 100 alunos,
do 8 e 9- ano, de um conjunto de escolas do Porto e que foram distribuídos
por 16 empresas da região. "Esta é a
primeira vez que o projecto inclui alunos do terceiro ciclo e estamos muitos
satisfeitos com a forma como está a decorrer", diz. Um dos casos que destacou pela positiva é o de um conjunto de
alunos da Escola Secundária do Cerco
que passaram o dia com membros da
direcção do grupo Sonae, e a experiência foi muito boa para os "braços direitos". Para Tomás Jervell, presidente do
Q
grupo Auto-Sueco - concessionária da
Volvo em Portugal, a companhia de
João Fidalgo, aluno do 9 9 ano da Escola
Augusto Gil, do Porto, foi mesmo um
dia diferente, mas muito enriquecedor.
O seu 'braço direito' começou logo no
início da manhã a dar a sua opinião sobre as fotos institucionais
que vão fazer
parte do relatório e contas da empresa,
que estavam a ultimar. Com um papel
muito participativo
nas várias iniciativas do projecto "Porto de Futuro", os
da Auto-Sueco voluntaprofissionais
riaram-se para receber durante um dia
os 17 alunos do 9 e ano desta escola e que
fazem parte da turma da professora
Maria José Estrela. A experiência foi,
director de
segundo José Albuquerque,
comunicação da Auto-Sueco "muito
boa e motivadora para os profissionais
da empresa". A concessionária
desenvolve um trabalho muito mais abrangente de apoio às iniciativas da EB 2/3
Augusto Gil, que levam estes profissionais a deslocarem-se
com frequência a
esta escola.
¦
A iniciativa mobilizou 100 alunos
de um conjunto de escolas
do Porto que foram distribuídos
por 16 empresas da região.
"É uma experiência ímpar para o aluno porque
proporciona um primeiro contacto próximo
com o mundo do trabalho e desperta nos
jovens a consciência das competências necessárias para ter sucesso na vida profissional.
Permite também eliminar ideias pré-concebidas
sobre as profissões e o ambiente de trabalho e
validar vocações e afinidades. A nível pessoal,
significa a partilha de experiências e ensinamentos que serão úteis ao jovens, mas também
às empresas, que convivem com esta geração
que tem ideias novas e uma atitude fresca
sobre os assuntos e as organizações." A.R
"Considero esta iniciativa excelente, uma
vez que permite aos mais jovens, que vão
brevemente escolher um caminho na sua
vida profissional,
conhecer de perto a dinâmica de uma empresa e o dia-a-dia da equipa que faz as marcas terem sucesso no
mercado que eles conhecem, como consumidores. Nesta fase da sua vida, este tipo
de contactos pode ser determinante para a
tomada de decisão relativamente ao seu futuro, pelo que é também responsabilidade
das empresas contribuir para o sucesso
da próxima geração de profissionais".
A.P.
"As empresas podem ter um papel vital na
criação de uma cultura empreendedora, fundamental para o desenvolvimento
do espírito
de iniciativa e para a responsabilização
de
cada um para com a comunidade e o país e foi
por essa razão que acolhemos com entusiasmo este desafio. Foram-me colocadas várias
questões, nomeadamente para compreender a
aplicação prática das matérias que aprendem
na escola, conhecer a estrutura do grupo e, de
um modo geral, terem uma melhor percepção
do universo empresarial, fazendo a ponte
entre a escola e o mundo do trabalho". A.P.
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