A EVOLUÇÃO DA GEOGRAFIA ENQUANTO CIÊNCIA A ciência geográfica era realizada desde o surgimento do ser humano ao formar afinidades com a natureza com estratégias de sobrevivência e coordenação como povos nômades, navegadores e agricultores. Na antiguidade os habitantes da Mesopotâmia e do Egito, procuravam identificar a natureza, estudavam as regiões fluviais e da geometria para aperfeiçoar a agricultura. Momento este em que a atividade mercantil foi responsável pelo alargamento do planeta. Na antiguidade Clássica aumentou as informações sobre as relações sociedadenatureza, aspirando conhecimentos para a organização política e econômica dos impérios. Desenvolvendo estudos para elaborar mapas, discussões a respeito da forma e tamanho da terra e distribuição da hidrografia sobre a terra. Na idade média, à visão do planeta atribuída na posse e organização sócioespacial instituída, as discussões que se realizava foram contrariadas, valorizando o estabelecido pela igreja. Perante as precisões de representar o espaço geográfico e traçar os caminhos marítimos, outras investigações passam a ser feitas, de modo especulativo, apesar de a geografia não ser analisada como um campo da ciência. A partir do século XVI com a náutica, os navegantes colonialistas dão início à descrição e representação dos dados adquiridos nos territórios coloniais, suas riquezas naturais e aspectos humanos; assuntos que passam fazer parte da ciência geográfica. Até o século XIX, os geógrafos ficavam dispersos em diversas obras, não existindo inclusive sistematização na produção geográfica; ainda que a geografia não fosse contemplada como ciência, as questões geográficas eram legalizadas como temas relevantes sobre as quais conduziam indagações científicas. Devido aos interesses capitalistas certos países europeus instituíram sociedades geográficas que fundavam expedições científicas em direção as áreas colonizadas; as informações alcançadas serviam para os interesses econômicos e políticos das classes dominantes dos países colonizadores. As investigações arranjadas nas expedições serviam de elementos para os educandários nacionais de pensamentos geográficos, enfatizando as escolas: francesa e alemã. A sistematização da obra geográfica só ocorre a partir do século XIX, pois até esta ocasião os estudos relativos a este campo de conhecimento ficavam dispersos desde as diversas em obras literárias até as notificações administrativas. A geografia passa evoluir como ciência a partir da idade moderna com Friedrich Ratzel, Paul Vidal de La Blache, Milton Santos, etc. Com Friedrich Ratzel, constrói-se a Escola Determinista ou o Pensamento do Determinismo Ambiental, o qual dizia que “o meio determina o homem”. Ratzel instituiu o conceito de espaço vital que justificou as conquistas das novas explorações territoriais na África. O francês Paul Vidal de La Blache durante a Revolução Industrial constatou que o Pensamento Determinista não explicava as novas realidades desta época com tantas inovações, que o meio não determinava o homem, mas, ele dominava e modificava a natureza, criando possibilidades imagináveis como o avanço tecnológico. Esta nova Escola Possibilista ou Pensamento chamou-se Possibilismo Geográfico. Perante as constantes reorganizações do espaço geográfico produto do Capitalismo Industrial e Agrícola, o mundo permanece a favor deste sistema precisando nova forma para analisálo. A EVOLUÇÃO DA GEOGRAFIA NO BRASIL No Brasil a institucionalização da geografia ocorre a partir de 1930, as investigações objetivavam servir as instâncias políticas do Estado, na expectativa do nacionalismo econômico. Essa compreensão de ciência geográfica perdurou até os anos 1950-1960. Seu foco de instrução ficava centrado na narração do espaço, na gênese e fortalecimento do nacionalismo para a solidificação do Estado Nacional brasileiro, conhecido como geografia tradicional. O período histórico pós Segunda Guerra Mundial, possibilitou reformulações teóricas da geografia com o desenvolvimento de novas abordagens contestando o método tradicional da geografia, por meio de diagnóstico crítico do espaço geográfico, denominando-a Geografia Crítica. Com o golpe militar de 1964 a educação brasileira passou por transformações, com reformas na educação universitária, pela Lei n°. 5540/68, e no ensino de 1° e 2° graus, pela Lei n°. 5692/71. Com a reforma institui-se a disciplina de Estudos Sociais, resultando no empobrecimento dos conteúdos de geografia e história. Essa junção das disciplinas em Estudos Sociais não assegurava a inter-relação entre geografia e história, tornando uma disciplina ilustrativa e superficial. No ano de 1980 ocorreram movimentos com o objetivo do desmembramento de Estudos Sociais e o retorno das disciplinas de Geografia e História. Na década de 1978 foi considerado marco da Geografia Crítica no Brasil, tendo como destaque o geógrafo Milton Santos no Encontro Nacional de Geógrafos Brasileiros. A chamada geografia crítica em seus fundamentos teóricos e metodológicos apresentou esclarecimentos ao quadro conceitual de referencia e ao estudo, valorizando a aparência histórica e a análise dos processos econômicos, sociais e políticos característicos do espaço geográfico, empregando o método dialético. GEOGRAFIA NO PARANÁ No Paraná as discussões referentes à geografia crítica ocorrem no final da década de 1980, com os cursos de formação continuada e em discussões sobre reformulação curricular, procedendo à publicação do Currículo Básico para a Escola Pública do Paraná. Através de financiamento do Banco Mundial ocorre a implantação de políticas sociais e educacionais, fundamentando na produção e na aprovação da Lei de Diretrizes e Base da Educação Nacional (LDBN) n°. 9394/96 bem como a elaboração dos PCN e as Diretrizes Curriculares Nacionais para o ensino médio aprovadas em 1998. Com o governo neoliberal (1994-2002) o Paraná abandona o Currículo Básico e adota o PCN. Em 2003, deu-se início a construção coletiva das Diretrizes Curriculares no Estado do Paraná com aprovação da instrução n°. 04/2005 da SEED-SUED, tendo o retorno da Geografia Crítica como fundamentação teórica e metodológica. Suprindo a parte diversificada da Matriz Curricular. Documento norteador no repensar da prática pedagógica dos educadores de Geografia, partindo de questões epistemológicas teóricas e metodológicas para estímulo e reflexão da disciplina. 6º ano CONTEÚDOS ESTRUTURANTES Dimensão Econômica do Espaço Geográfico Dimensão Política do Espaço Geográfico Dimensão Cultural e Demográfica do Espaço Geográfico Dimensão Socioambiental do Espaço Geográfico CONTEÚDOS BÁSICOS Formação e transformação das paisagens naturais e culturais. Dinâmica da natureza e sua alteração pelo emprego de tecnologias de exploração e produção A formação, localização, exploração e utilização dos recursos naturais. A distribuição espacial das atividades produtivas e a (re)organização do espaço geográfico. As relações entre campo e a cidade na sociedade capitalista. A transformação demográfica, a distribuição espacial e os indicadores estatísticos da população. A mobilidade populacional e as manifestações socioespaciais da diversidade cultural CONTEÚDOS ESPECÍFICOS . O espaço natural e humanizado . A paisagem do entorno do Col. Castelo Branco . As principais transformações na paisagem do bairro parque São Paulo . As paisagens culturais e o espaço geográfico . A representação das paisagens e do espaço geográfico . A inter – relação entre os espaços da produção, da circulação e do consumo . O comércio, a prestação de serviço e o consumo . A tecnologia e a exploração da natureza . A tecnologia e (re) produção do espaço geográfico . Recursos naturais sua importância e conseqüências. . A exploração dos recursos naturais e mecanismos do mercado econômico local e global . Os principais recursos naturais explorados no município de Cascavel . Orientação e localização da Terra . A distribuição das atividades econômicas: extrativismo, agropecuária, indústria, comercio e prestação de serviços no município de Cascavel. . . O espaço rural e urbano A urbanização e exploração dos recursos naturais . A influência dos fatores históricos, naturais e econômicos na ocupação do espaço geográfico local A população paranaense segundo dados do IBGE . . . . As manifestações culturais As manifestações espaciais dos diferentes grupos culturais A manifestação da diversidade cultural em Cascavel . As diversas regionalizações do espaço geográfico. A regionalização do espaço seguindo os critérios naturais: clima, vegetação, relevo e hidrografia A regionalização das cidades: centro e periferia . 7º ano CONTEÚDOS ESTRUTURANTES Dimensão Econômica do Espaço Geográfico Dimensão Política do Espaço Geográfico Dimensão Cultural e Demográfica do Espaço Geográfico Dimensão Socioambiental do Espaço Geográfico CONTEÚDOS BÁSICOS A formação, mobilidade das fronteiras e a reconfiguração do território brasileiro. CONTEÚDOS ESPECÍFICOS . A localização e a expansão do território brasileiro A dinâmica da natureza e sua alteração pelo emprego de tecnologias de exploração e produção. As diversas regionalizações do espaço brasileiro. . A indústria e a urbanização . . . As manifestações socioespaciais da diversidade cultural. . As regiões brasileiras segundo o IBGE As regiões geoeconômicas Regiões e políticas regionais Diversidade cultural brasileira A transformação demográfica, a distribuição espacial e os indicadores estatísticos da população. . . . . Movimentos migratórios e suas motivações. . . . . O espaço rural e a modernização da . agricultura. . . . Formação da população População e o trabalho no Brasil A mulher no mercado de trabalho A população PEA e o trabalho O crescimento da população brasileira Movimentos migratórios Movimentos pendulares Migração temporária As causas e conseqüências dos movimentos migratórios O espaço rural brasileiro e a tecnização A agropecuária brasileira O trabalho e a terra no espaço rural brasileiro Relações entre a estrutura fundiária e os movimentos sociais no campo A formação, o crescimento das cidades, a dinâmica dos espaços urbanos e a urbanização. . A distribuição espacial das atividades produtivas, a (re) organização do espaço geográfico. . A circulação de mão-de-obra, das mercadorias e das informações. . O espaço urbano brasileiro A hierarquização do espaço urbano brasileiro Os problemas sócios – ambientais do espaço urbano brasileiro O processo de industrialização nas diversas regiões brasileiras . . A circulação de mão – de – obra, de mercadorias e informações e suas relações com o espaço de produção do Brasil 8º ano CONTEÚDOS ESTRUTURANTES Dimensão Econômica do Espaço Geográfico Dimensão Política do Espaço Geográfico Dimensão Cultural e Demográfica do Espaço Geográfico Dimensão Socioambiental do Espaço Geográfico CONTEÚDOS BÁSICOS As diversas regionalizações do espaço geográfico. A formação, mobilidade das fronteiras e a reconfiguração dos territórios do continente americano. A nova ordem mundial, os territórios supranacionais e o papel do Estado. CONTEÚDOS ESPECÍFICOS . A regionalização o espaço geográfico mundial . A regionalização do continente americano pelos critérios: históricos, físicos, sócio – cultural e econômico . A regionalização física do continente americano: vegetação, hidrografia, clima e relevo . A reorganização das fronteiras do continente americano . . . O comércio em suas implicações socioespaciais. . A circulação da mão-de-obra, do capital, das mercadorias e das informações. . A soberania nacional dos estados americanos e o processo de globalização A formação dos blocos econômicos do continente americano Os sistemas socialistas e capitalistas na America As relações comerciais no continente americano e suas implicações A circulação de mão – de – obra, de mercadorias de informação e sua relação com os espaços produtivos americanos A distribuição espacial das atividades produtivas, a (re) organização do espaço geográfico. As relações entre o campo e a cidade na sociedade capitalista. . A exploração dos recursos naturais no continente americano . O espaço rural e a modernização da agricultura . Monoculturas de exploração e exportação A questão da terra e reforma agrária na America latina Agricultura e a concentração fundiária no continente americano A transformação demográfica, a distribuição espacial e os indicadores estatísticos da população. . Os movimentos migratórios e suas motivações. . Movimentos migratórios no continente americano As manifestações socioespaciais da diversidade cultural. . As manifestações culturais do continente americano Formação, localização, exploração e utilização dos recursos naturais. . Formação, localização e utilização dos recursos naturais no continente americano e suas implicações . . Áreas populosas e povoadas do continente americano Formação étnica do continente americano; 9º ano CONTEÚDOS ESTRUTURANTES Dimensão Econômica do Espaço Geográfico Dimensão Política do Espaço Geográfico Dimensão Cultural e Demográfica do Espaço Geográfico Dimensão Socioambiental do Espaço Geográfico CONTEÚDOS BÁSICOS As diversas regionalizações do espaço geográfico. A nova ordem mundial, os territórios supranacionais e o papel do Estado. A revolução tecnico-científico-informacional e os novos arranjos no espaço da produção. CONTEÚDOS ESPECÍFICOS . A regionalização da África, Ásia, Oceania e Europa, segundo os critérios: físicos, cultural e sócio – econômicos . Capitalismo x Socialismo . A nova Ordem Mundial . A globalização e seus efeitos . A globalização e os blocos econômicos . Os conflitos mundiais suas razões e os principais focos . A revolução tecnológica e os espaços da globalização . A tecnologia e a transformação do espaço . O papel das tecnologias no processo industrial O comércio mundial e as implicações socioespaciais. . A formação, mobilidade das . fronteiras e a reconfiguração dos territórios A transformação demográfica, . a distribuição espacial e os indicadores estatísticos da população. As manifestações . socioespaciais da diversidade cultural O comércio mundial e os fluxos de mercadorias, pessoas, informações e capitais As organizações políticas e econômicas internacionais e as transformações do espaço A distribuição populacional e econômica da Europa, Ásia, África e Oceania As manifestações culturais e étnicas na configuração do espaço geográfico Os movimentos migratórios mundiais e suas motivações. . Fluxos populacionais e as migrações internacionais A distribuição das atividades produtivas, a transformação da paisagem e a (re) organização do espaço geográfico. A dinâmica da natureza e sua alteração pelo emprego de tecnologias de exploração e produção. O espaço em rede: produção, transporte e comunicações na atual configuração territorial. . A transformação das paisagens, exploração dos recursos minerais e sua importância política, estratégica e econômica . As mudanças socioespaciais e impactos ambientais Os movimentos ambientalistas O desenvolvimento sustentável . . . A integração mundial e as redes de transporte e comunicação 1º ano CONTEÚDOS ESTRUTURANTES Dimensão Econômica do Espaço Geográfico Dimensão Política do Espaço Geográfico Dimensão Cultural e Demográfica do Espaço Geográfico Dimensão Socioambiental do Espaço Geográfico Conteúdo Básico Conteúdos específicos A formação e transformação das paisagens Os elementos naturais e culturais nas diferentes paisagens geográficas e as transformações provocadas pela sociedade A dinâmica da natureza e sua alteração pelo emprego de tecnologias de exploração e produção. Os domínios morfoclimáticos e a alteração das paisagens terrestre A distribuição espacial das atividades produtivas e a (re)organização do espaço geográfico. As atividades produtivas e a dinâmica hidrológica: alteração do curso dos rios (represas), agricultura irrigada, fonte de energia, via de transporte, erosão e sedimentação costeira, poluição das águas. Os elementos naturais das paisagens sua distribuição e transformação A produção agrícola nas comunidades quilombolas indígenas e as manifestações culturais no campo. e Os complexos agroindustriais e a monocultura para a exportação A expansão das fronteiras agrícolas e a produção de matériasprimas. A formação, localização, exploração e utilização dos recursos naturais. A atividade industrial, a produção e os impactos socioambientais: aquecimento atmosférico, poluição do solo, alterações climáticas e outros. A exploração dos recursos naturais (renováveis e não renováveis) para a produção de energia: biocombustível, energia nuclear, eólica, carbonífera e suas implicações na ocupação do espaço. Os recursos naturais (vegetal, animal e mineral) e as ações políticas para sua preservação O extrativismo, sua importância na produção de matériasprimas A revolução técnicocientífica-informacional e os novos arranjos no espaço da produção. O espaço rural e a Sociedade e ambiente: convivência possível Os avanços tecnológicos da/na indústria e sua distribuição espacial: tecnopólos, indústrias globais e Industrialização nos países pobres As relações de trabalho e atividades econômicas rurais 2º ano CONTEÚDOS ESTRUTURANTES Dimensão Econômica do Espaço Geográfico Dimensão Política do Espaço Geográfico Dimensão Cultural e Demográfica do Espaço Geográfico Dimensão Socioambiental do Espaço Geográfico Conteúdo Básico Conteúdos específicos A formação territorial brasileira em sua relação com os As diversas regionalizações do contrastes e semelhanças regionais espaço geográfico. As regiões hidrográficas: recursos e aproveitamento econômico A dinâmica climática e classificação dos climas do Brasil. Os biomas brasileiros Estrutura agrária e a distribuição de terras no Brasil. O espaço rural e a modernização da agricultura. O espaço produtivo rural do Brasil Demarcação dos territórios indígenas e os conflitos resultantes da invasão das áreas pela mineração e agricultura (grileiros) Relações de trabalho, estrutura fundiária e reforma agrária A circulação de mão-de-obra, do capital, das mercadorias e das informações. Os complexos agroindustriais mercadorias e informação e a circulação As relações entre o campo e a cidade na sociedade capitalista. Interdependência entre o campo e a cidade de A urbanização do campo A formação, o crescimento das Urbanização e questões socioambientais urbanas cidades, a dinâmica dos Urbanização no Brasil espaços urbanos e a urbanização recente. Classificação das cidades Redes e hierarquias urbanas Crescimento urbano populacional e desenvolvimento econômico Principais problemas urbanos As manifestações socioespaciais da diversidade cultural População e demografia Densidade demográfica e distribuição populacional no território brasileiro Aspectos econômicos da população brasileira População economicamente ativa 3º ano CONTEÚDOS ESTRUTURANTES Dimensão Econômica do Espaço Geográfico Dimensão Política do Espaço Geográfico Dimensão Cultural e Demográfica do Espaço Geográfico Dimensão Socioambiental do Espaço Geográfico Conteúdo Básico A revolução técnico-científicainformacional e os novos arranjos no espaço da produção. A circulação de mão-de-obra, do capital, das mercadorias e das informações. Formação, mobilidade das fronteiras e a reconfiguração dos territórios. A transformação demográfica, a distribuição espacial e os indicadores estatísticos da população. Os movimentos migratórios e suas motivações. Conteúdos específicos O meio técnico cientifico informacional Os tecnopólos e as cidades globais Organizações financeiras e comerciais internacionais. As agencias especializadas da ONU As organizações de base político – econômica comum. A fragmentação dos territórios na globalização e formação de novas territorialidades na Europa e Ásia. A constituição dos microterritórios: o terrorismo mundial. Teorias demográficas e a dinâmica populacional. População: dinâmica e desenvolvimento humano. Migrações internacionais. As migrações por razões econômicas. As barreiras as imigrações e a fronteira Norte x Sul. Os refugiados. As diversas regionalizações do espaço geográfico. Migrações forçadas O mundo Bipolar. A Multipolaridade da nova ordem mundial. A formação dos Blocos Econômicos e os mercados regionais. A formação dos Estados nacionais e as economias periféricas: Os processos de descolonização na América, África e Ásia. Os microterritórios e o comércio ilegal: contrabando, narcotráfico, o poder das milícias. As implicações socioespaciais do processo de mundialização A nova ordem mundial, os territórios supranacionais e o papel do Estado. As economias emergentes e o BRIC: economia e desenvolvimento. Os organismos econômicos internacionais O neoliberalismo e as relações econômicas e de poder na nova ordem mundial. As organizações socioeconômicos. internacionais e indicadores Diferentes classificações socioeconômicas dos países. METODOLOGIA A geografia apresenta como elemento de estudo o “espaço geográfico” características culturais, econômicas, políticas e socioambientais, obtendo conceitos básicos da geografia – natureza, lugar, região, território, sociedade. Nos anos finais do Ensino Fundamental, o ensino da Geografia tem como objetivo ampliar suas noções espaciais, onde o professor irá trabalhar os conhecimentos necessários para o entendimento das inter-relações entre as dimensões econômicas, cultural e demográfica, política e socioambiental compreendendo o Espaço Geográfico como resultado da integração entre dinâmica físico-natural e dinâmica humano-social. Ao término do ensino fundamental, a expectativa é que os educandos dominem noções básicas das relações sócio-espaciais nas diversas escalas geográficas. Conceitos básicos a ser trabalhados de forma vertical, expandindo os conceitos geográficos. O professor deve planejar o processo de ensino da geografia criando situações em que os alunos analisem criticamente as transformações dos espaços geográficos com auxilio de textos, imagens, fotografias antigas e atuais possibilitando o questionamento e a participação dos mesmos para que a compreensão dos conteúdos e a aprendizagem crítica aconteçam. Entender que as transformações dos espaços geográficos são resultados das ações humanas é um dos objetivos da geografia, por tanto, é preciso aprender a pensar os espaços geográficos de forma dialogada envolvendo as experiências sociais tecidas no fazer cotidiano e os conhecimentos científicos. Sendo auxiliado nesse diálogo por: mapas, imagens, gráficos e tabelas de dados geográficos. Fazer com que nossos alunos reflitam sobre o que acontece ao seu redor e no mundo os levará a um crescimento individual, tornando-os cidadãos críticos e defensores de suas próprias idéias. Mas para que isso aconteça é necessário que os educadores estejam conscientes de seus atos. Para que a compreensão dos conceitos de lugar, território, paisagem, região, sociedade, natureza, aconteçam com críticidade o ensino de geografia deve ser sustentado em: leitura, análise, interpretação, descrição e produção de: textos, fotos, mapas, imagens, gráficos e tabelas de fatos geográficos. O professor pode dispor ainda de pesquisas, aulas de campo, seminários, construção e analises de maquetes. A partir dessas considerações, portanto, a prática do professor deve ser consciente, intencional, planejada e pautada na cientificidade dos conhecimentos geográficos correlacionados com o cotidiano dos educandos, promovendo com isso a reflexão sobre o que acontece nos espaços sociais, tendo em mente sempre os critérios básicos do ensino de geografia que são:a formação dos conceitos geográficos básicos e o entendimento das relações socioespaciais. AVALIAÇÃO A avaliação na disciplina de Geografia, de acordo com o processo avaliativo previstos na LDBEN 9.394/96, nas Diretrizes Curriculares Estaduais - DCEs e com o Projeto Político Pedagógico do Colégio Estadual Humberto Alencar Castelo Branco, é parte integrante do processo ensino-aprendizagem. Sendo assim, ela será formativa, diagnostica e processual, objetivando acompanhar a aprendizagem dos alunos e reorientar o trabalho dos professores, sendo esse processo continuo e interrupto. A partir da avaliação, são coletadas informações que servem de parâmetro para análise dos resultados obtidos por intermédio dos processos de intervenção pedagógica. Depois dessa análise, cabe a tomada de decisão em relação aos encaminhamentos a serem adotados a fim de garantir a efetivação da aprendizagem por parte dos estudantes. Assim, a avaliação assume o sentido diagnóstico e formativo à medida que serve de suporte para o reencaminhamento das ações docentes. A intencionalidade da prática avaliativa é de contribuir para a apropriação dos conhecimentos sistematizados, para o posicionamento crítico frente aos diferentes contextos socioambientais, culturais, econômicos e políticos. Assim, o processo avaliativo será encaminhado por meio da utilização de instrumentos diversificados, tais como a interpretação de textos: informativos, cartográficos, temáticos, literários, históricos e geográficos; construção de slides e painéis, interpretação de fotos, imagens, tabelas e mapas; pesquisas bibliográficas a partir de fontes impressas e/ou virtuais, utilizando o laboratório de informática; construção, representação e análise do espaço por intermédio de maquetes, cartazes e mapas. Apresentação e discussão de temas e seminários, com critérios previamente definidos para orientar a avaliação. Provas com questões objetivas e/ou descritivas; oral ou escrita; produção de sínteses, pesquisas, produção de textos, entrevistas, produção de textos geográficos, sínteses, relatórios de aulas de campo e de vídeos - dvd e viagens, levando em conta os objetivos propostos na disciplina, constituindo-se em um meio e não um fim. Os critérios são os elementos norteadores do processo de avaliação e servem de suporte para a organização dos instrumentos avaliativos considerando os objetivos a serem alcançados e os conteúdos a serem trabalhados em cada série. É importante considerar que os critérios de avaliação utilizados estarão embasados na formação dos conceitos geográficos básicos, no entendimento das relações socioespaciais, a fim de que possam desencadear a compreensão da realidade local, regional e mundial. A preocupação de observar se os alunos constroem conceitos geográficos e assimilam as relações espaço-tempo e Sociedade-Natureza para compreensão do espaço nas diversas escalas geográficas são fundamentos que articulam as práticas avaliativas. A partir da análise dos resultados obtidos tendo em vista os critérios, previamente estabelecidos, os conteúdos e os instrumentos utilizados, os docentes encaminharão a recuperação dos estudos, visando à apropriação dos conhecimentos inerentes à disciplina e à série, encaminhada de forma paralela, sempre que se fizer necessário, mediante a articulação de novos encaminhamentos metodológicos, práticas avaliativas e compromisso do aluno com a sua aprendizagem. REFERÊNCIAS BIBLIOGRAFIAS DIRETRIZES CURRICULARES DE GEOGRAFIA PARA O ENSINO FUNDAMENTAL. Secretaria de Estado da Educação do Paraná. 2008 LEI N°10.639, de janeiro de 2003. Cultura Afro-Brasileira. ALMEIDA, Lucia Marina Alves de. Geografia: geografia geral e do Brasil. 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