PERFIL IMUNOLÓGICO DE CAMUNDONGOS COM CÂNCER TRATADOS COM ÓLEO DE LINHAÇA Vanderlei Arruda1, Klebber Eduardo Bueno2, Leonilda M. B. dos Santos3, Elaine Conceição de Oliveira4 1,4 Faculdade de Tecnologia de Sorocaba 2 Biologia PUC-Campinas 3 Unidade de Neuroimunologia- Depto de Microbiologia e Imunologia- UNICAMP [email protected]/ [email protected] Câncer é o nome dado a um conjunto de mais de 100 doenças que têm em comum o crescimento desordenado (maligno) de células que invadem os tecidos e órgãos, podendo espalhar-se (metástase) para outras regiões do corpo. Sendo assim o câncer é considerado maior causa de morbidade e mortalidade ao longo da história humana. Em países desenvolvidos e no Brasil, segundo dados recentes, o câncer é a segunda causa de morte, perdendo apenas para as doenças cardiovasculares. A imunidade contra tumores é mediada por células da imunidade inata como: macrófagos ativados, neutrófilos e células NK. Na imunidade adaptativa contamos com as células T (CD8+ ou CD4+). Contudo, a freqüência de células T CD8+ na maioria dos pacientes operáveis é muito baixa [1]. O óleo da semente de Linhaça é reconhecido como uma das mais ricas fonte de ômega 3, 6 e 9, comprovadamente com efeitos benéficos sobre o sistema imune [2]. Neste início de trabalho estudaremos se a ingestão de óleo de linhaça poderá modificar o perfil imunológico dos camundongos e posteriormente se o mesmo tratamento poderá diminuir a degradação protéica e lipídica em animais portadores de tumor de Walker 256. 2. Materiais e Métodos 1. Animais: Foram utilizados camundongos CBA (idade de 4 semanas), obtidos do Biotério Central da Universidade Estadual de Campinas. 2. Implante tumoral: As células tumorais foram obtidas do carcinossarcoma de Walker 256, proveniente da linhagem do Banco de Tumores Christ Hospital Line, Arthur D’Little, EUA. 3. Óleo de Linhaça: Os camundongos inoculados com células tumorais ou não, receberão em dias alternados 0,3 ml de óleo de linhaça por 30 dias, por via oral (gavage). Os grupos controles receberão da mesma forma salina 0,9M e óleo Nujol. 4. Anticorpos para Citometria de fluxo: Anticorpos anti CD4+ e CD8+ de camundongos purificados e marcados com FITC serão obtidos da Pharmingen CA, USA. 5. Quantificação de células T CD4 e CD8: Este experimento foi realizado em linfócitos de baço ou linfonodos removidos assepticamente e colocados em placas de Petri contendo meio de Hanks. Suspensões simples de células foram preparadas. Foi adicionado aos linfócitos na concentração de 2x106 células/mL, 5 µL do anticorpo anti-CD4 ou anti-CD8 e incubado por 40 minutos no gelo e protegido da luz. Após incubação e duas lavagens foi adicionado 5 µL do anticorpo Avidina-Fitc. Após a incubação e duas lavagens, as células foram fixadas com paraformaldeído 1% e a leitura em Citometria de Fluxo. 3. Resultados % de Linfócitos T 1. Introdução 35% 30% 25% 20% 15% 10% 5% 0% CD4 CD8 Controle Normal CD4 CD8 Controle Nujol CD4 CD8 OL 0,3 ml Figura 1 – Porcentagem de linfócitos T CD4 e CD8 nos grupos de camundongos tratados com Óleo de Linhaça (OL) e controles 4. Conclusões O tratamento dos camundongos CBA com Óleo de Linhaça nos mostra (figura 1) um aumento dos linfócitos T CD4 e CD8 (30 e 17%) em comparação com os grupos controles. O aumento destas células, principalmente do tipo CD8, é importante para o controle da replicação de células tumorais. 5. Referências [1] J.M. ARGILES, F.J. LOPEZ-SORIANO. The role of cytokines in cancer cachexia. Med Res Rev. 19(3):223-48. May 1999 [2] M.L.Salem. Systemic treatment with n-6 polyunsaturated fatty acids attenuates EL4 thymoma growth and metastasis through enhancing specific and non-specific anti-tumor cytolytic activities and production of TH1 cytokines. Int. Immunopharm.5 (947-960) 2005. Agradecimentos À Dra Leonilda M. B. Santos Ph.D e á UNICAMP por possibilitar a realização deste trabalho. Ao Prof Dr Marcos Garcia Costa, diretos da FATEC- SO 1 Vanderlei Arruda (aluno de IC-FATEC-SO)