O Jogo Alice no país da Computação Gráfica no auxílio da aprendizagem da Computação Gráfica Armando M. Toda, Elen A. S. Botelho, Maurício C. Freitas, Clívia L. A. Rocha, Emanuel M. da C. Tavares, Igor R. Gomes Centro Universitário do Pará (CESUPA) – Área de Ciências Exatas e Tecnologia (ACET) Laboratório de Computação Natural (LCN) -- 66.060- 230, Belém – Pará – Brasil Grupo de Estudos Temáticos de Matemática Computacional (MatComp-CESUPA) E-mail: {armando.toda, elenarantza, mauriciocarvbcc , clivia.lar, emanuelmaues, ruiz.igor}@gmail.com RESUMO A utilização de mídias interativas em auxilio a aprendizagem tem sido um tema muito frequente em pesquisas pedagógicas de ensino, pois, cada vez mais percebe-se que esse tipo de mídia possui destaque indiscutível na cultura contemporânea, principalmente os jogos digitais entre os jovens, o que gera discussão sobre os benefícios dessa tecnologia, por ser considerada por alguns educadores uma ferramenta que distrai e consome o tempo que deveria ser dedicado aos estudos em uma atividade de entretenimento. Devido a isto, ocorreu um aumento no número de pesquisas que tentam encontrar formas de unir ensino e diversão com o desenvolvimento de jogos educacionais[6]. Portanto, este resumo propõe um jogo interativo para o aprendizado dos conceitos básicos e aplicações da Computação Gráfica. Justifica-se que a escolha de jogos eletrônicos para esse tipo de aprendizado, deve-se primeiramente aos benefícios que esses oferecem, promovendo a construção ou reorganização de funções cognitivas, como a memória, a atenção, criatividade, imaginação, bem como auxilia o usuário a desenvolver novas habilidades[4]. Observou-se que os jogos conseguem manter a concentração dos jogadores por longos períodos ininterruptos de tempo[6]. Por conseguinte, pode-se adaptar nessas atividades de entretenimento os conceitos de Computação Gráfica para que o estudo ocorra de forma atrativa e motivadora. Jogos costumam exigir muita atenção dos jogadores, fazendo com que desenvolvam a capacidade indutiva, espacial e visual, que favorece o aperfeiçoamento da coordenação sensório-motora[4]. Considerando que o conhecimento não é uma cópia da realidade, nem está totalmente determinado pelas restrições que impunha a mente do indivíduo, mas sim, é o produto de interação entre estes dois elementos [3]. Sendo assim, o sujeito constrói seu conhecimento na medida em que interagem com a realidade. O aprendizado da Computação Gráfica utilizando o jogo Alice no País da Computação Gráfica permite essa construção do conhecimento. Foi escolhida a temática do mundo de Alice, pois a protagonista passa, durante as suas aventuras, por diversos enigmas envolvendo problemas de lógica e matemática dentre eles conceitos básicos como soma, subtração, multiplicação e divisão e problemas lógicos que enfrentamos no dia-a-dia[5]. Estes conceitos serão utilizados no jogo de forma mais abrangente e ainda aplicando os conceitos da álgebra linear assim como os das geometrias (plana, espacial e analítica). O objetivo do jogo é ajudar Alice a atravessar o país das maravilhas e dos espelhos, passando por vários desafios na forma de mini-games, estes desafios ligados aos conceitos de computação gráfica, a edição de imagem e as geometrias ligadas aos problemas das da Rainha de Copas, a modelagem gráfica aos problemas na mesa de chá do Chapeleiro maluco, outros conceitos matemáticos propostos pela Lagarta e pelo Gato de Cheshire. Assim como conceitos de simetria ligados ao País dos Espelhos, problemas matemáticos propostos por Humpty Dumpty e o Rei Branco[2][5]. O jogo encontra-se em fase de pré-produção e o público alvo são os alunos do ensino médio, que são expostos aos conceitos da álgebra linear, e aos alunos ingressantes ao ensino superior da área de computação ou matemática aplicada. Esse projeto terá acompanhamento de pedagogos e com ele espera-se um maior número de pessoas interessadas na área de Computação Gráfica e na matemática em si, maior interação dos alunos durante as aulas, além de todos os benefícios 804 citados que o estudo por meio de jogos digitais e a Computação Gráfica oferecem, ajudando na formação de mais pesquisadores uma vez que essa área ainda tem muitos campos a serem explorados e pouca mão de obra qualificada[1]. Palavras-chave: Computação gráfica, ensino , jogos digitais Referências [1] Azevedo. E, Conci. A, “Teoria da Computação Gráfica”, 2003 [2] Carrol, L. “Alice no País das Maravilhas”, “Alice no País dos Espelhos” . 1862 [3] Cruz. C, P, “PROPOSTA DE SOFTWARE EDUCATIVO VOLTADO PARA A ALFABETIZAÇÃO COM BASE NA TEORIA DE APRENDIZAGEM CONTSTRUTIVISTA DE PIAGET”, Tese de Conclusão de Curso, CESUPA-PA, 2005 [4] Martins. M, J, “JOGOS ELETRÔNICOS E AS POLÍTICAS PÚBLICAS DE INCLUSÃO INTERATIVA”, UFBA – BA, 2009 [5] Pombo, O.”Matemática na Alice?”,disponível em <http://www.educ.fc.ul.pt/docentes/opombo/seminario/alice/matematica.htm> visualizado em 15/04/2010 [6] Savi. R, “JOGOS DIGITAIS EDUCACIONAIS: BENEFÍCIOS E DESAFIOS”,Revista Novas tecnologia na educação, V. 2 - 2008 805