Projecto Educativo de Escola 2007/2010 1. Contextualização da Realidade Escolar: Enquadramento Geográfico, Cultural e Socioeconómico Localização da Escola A Escola Básica dos 2º e 3º Ciclos Dr. Horácio Bento de Gouveia está situada na cidade do Funchal, no concelho do Funchal, a capital da Ilha e da Região Autónoma da Madeira (figura 1). N Fig.1: Região Autónoma da Madeira A Escola localiza-se na margem esquerda do Ribeiro Seco, junto à Rotunda D. Francisco Santana e a norte do Centro Hospitalar do Funchal, na freguesia de S. Pedro (figura 2). A direcção oficial da Escola é Estrada da Liberdade nº1, na freguesia de S. Pedro, com o código postal 9004-524 FUNCHAL. A Escola possui duas entradas principais: uma a Este, acessível para quem desce a Estrada da Liberdade (saída da Via Rápida) e o Caminho do Pilar. A outra a Sul, pela Rua das Maravilhas, normalmente utilizada pelos alunos. Fig.2: Sector da Planta da cidade do Funchal: localização da Escola 5 Projecto Educativo de Escola 2007/2010 A empresa “Horários do Funchal” dispõe de várias carreiras de transporte público (quadro 1) que passam junto à Escola e que provêm de uma área circundante muito abrangente. Paragens dos Autocarros • • • • • • Rua das Maravilhas Carreira 3 – Lombada Carreira 12 – Jamboto Carreira 44 – Nazaré Carreira 48 – Nazaré/Monte Carreira 16 – Santa Quitéria Carreira 50 – Santo Amaro • • • • Avenida Luís de Camões Carreira 9 – Courelas Carreira 10 – Chamorra Carreira 14 – Álamos Carreira 16A – Pinheiro das Voltas Quadro 1: Carreiras dos “Horários do Funchal” O ponto de partida dos autocarros indica a origem dos alunos da Escola, maioritariamente, de duas freguesias limítrofes à de S. Pedro: Santo António e S. Martinho. Freguesia de S. Pedro A nossa Escola localiza-se numa das muito antigas freguesias da cidade do Funchal, S. Pedro. O conhecimento da sua história, mesmo que superficial, amplifica as possíveis perspectivas sobre o meio envolvente. Assim, pode propiciar excelentes indicações na sua “exploração” através visitas de estudo ou no desenvolvimento de novos intercâmbios/protocolos para manter a Escola mais presente e mais activa na freguesia a que pertence. Uma pequena dissertação sobre o património histórico da freguesia de S. Pedro está em Anexo I, página 64, no presente documento. 1.3. Caracterização do Meio 1.3.1. Geografia Física O concelho do Funchal, na vertente Sul da Ilha Madeira, ocupa uma área de 7 630Ha (76,25Km2), repartida por dez freguesias, de acordo com o mapa da figura 3. O perímetro do concelho é de 62km, sendo o comprimento máximo Este-Oeste de 11km, sensivelmente o mesmo que o seu comprimento Norte-Sul. A sua orografia reflecte as características da Ilha, com declives acentuados. Mais de metade da área apresenta inclinação superior a 30%. É um relevo acidentado, marcado por vales profundos e fortemente encaixados. A 6 Projecto Educativo de Escola 2007/2010 sua forma de “anfiteatro” é bem visível através dos andares hipsométricos representados no mapa da figura 4. Apresenta uma altitude máxima de 1 818 metros, no Pico do Areeiro. Fonte: CMF, Gabinete de Informação Geográfica Fig.3: Áreas das Freguesias do Funchal Fig.4: Hipsometria do Concelho do Funchal A orografia da Ilha tem influência no clima do concelho, temperado com características mediterrâneas, apesar de ser uma região atlântica. Marcado por fraca amplitude térmica anual, entre as médias do mês mais quente (Verão) e do mais frio (Inverno) de 23ºC e 16ºC. O seu regime pluviométrico é muito irregular, sucedendo-se anos secos a anos mais ou menos húmidos. A precipitação varia muito com a altitude, mais frequente à medida que atingimos cotas superiores. A estação seca coincide com o Verão e é longa, com cerca de 5 meses. O sector mais a montante do concelho do Funchal ainda apresenta manchas interessantes de Laurissilva, a floresta-primitiva da Ilha da Madeira. É um coberto vegetal pré-histórico, formado por espécies botânicas cuja origem remonta a um período entre os 65 e os 2 milhões de anos. Toda a área de ocorrência de Laurissilva integra o Parque Natural da Madeira, conferindo-lhe assim um forte estatuto de protecção. Em 1992 foi incorporada na rede de Reservas Biogenéticas do Conselho da Europa e constitui Zona de Protecção Especial (ZPE), no âmbito da Directiva Aves. A Laurissilva da Madeira ascendeu à qualidade de Património Mundial Natural da UNESCO em Dezembro de 1999. 1.3.2. Geografia Humana Os Censos 2001 registaram uma população residente no concelho do Funchal de 103 961 habitantes mas, segundo dados do Anuário Estatístico da RAM 2004, diminuiu para 100 847. Confirma a tendência do crescimento negativo que iniciou em meados da década de 90, típico da maioria das áreas ditas desenvolvidas. 7 Projecto Educativo de Escola 2007/2010 As freguesias da São Martinho e Santo António são as que possuem mais habitantes e a da Sé a que regista menor número (figura 5). Santo António, desde 1950 vem registando um crescimento significativo. A freguesia de São Martinho iniciou semelhante tendência a partir de meados da década de oitenta. São Pedro, ao contrário da anterior, tem vindo a perder população residente a partir de finais da mesma década até Fonte: CMF, Gabinete de Informação Geográfica (Censos 2001) à actualidade. Fig.5: População por freguesia do Concelho do Funchal, em 2001 A estrutura etária de uma população, ou seja, a repartição dos indivíduos por classes de idades e sexo, permite compreender não só os principais problemas dessa população, como também põe em evidência os seus desequilíbrios. A sua representação gráfica é feita por pirâmides etárias cuja análise é fundamental para o planeamento de determinados equipamentos colectivos nos sectores da saúde, da segurança social e da educação (hospitais, creches, escolas, lares, …). As pirâmides etárias das três freguesias de maior prevalência dos nossos alunos (figuras 6 a 8) reflectem o quadro típico de uma população envelhecida, padrão uniformizado com o da cidade do Funchal, da Região Autónoma e do País. Em qualquer uma delas há cada vez menos jovens. A base das pirâmides é estreita, indicando a contínua diminuição das taxas de natalidade. São Pedro, a freguesia da nossa Escola, marca a pior situação com um número de efectivos muito baixo e uma base da pirâmide muito estrangulada (figura 8). 8 Projecto Educativo de Escola Homens 2007/2010 Mulheres Fig.6: Pirâmide etária de Santo António, em 2001 Homens Homens Mulheres Fig.7: Pirâmide etária de S. Martinho, em 2001 Mulheres Fonte: Censos 2001, INE Fonte: Censos 2001, INE Fig.8: Pirâmide etária de S. Pedro, em 2001 A população, em geral, está a envelhecer, característica comum a todos os países desenvolvidos. Associada a taxas de natalidade baixas, corresponde a sérias dificuldades em repor a geração seguinte com a consequente diminuição de jovens, carência de população activa e aumento do número de idosos. A freguesia de localização da Escola revela, mais uma vez, maiores desequilíbrios: as primeiras classes dos idosos estão muito alongadas, ultrapassando a dos jovens e, por isso, uma população dramaticamente envelhecida. Assim, o total de alunos, que não tem diminuído de forma significativa nos últimos anos, é composto por discentes oriundos de locais situados fora da freguesia, o que alarga a área de influência da Escola (figura 9) para além da sua natural área geográfica. 9 Projecto Educativo de Escola 2007/2010 Legenda • Escolas da Área Geográfica 1. Cruz de Carvalho 2. Ilhéus 3. Ajuda 4. Carreira 5. Ladeira 6. Salão 7. Tanque (S. António) • Outras Escolas 8. Nazaré 9. S. Martinho 10.Galeão 11.Laranjal 12.Tanque (Monte) 13.Imaculada C. Maria 14.Rib.º Domingos Dias 15.Faial 16. 17. 18. 19. 20. 21. 22. 23. Palheiro Ferreiro Pena S.ª Teresinha Visconde Cacongo Adventista Aspirante Mota Freitas São Filipe Nuno Álvares 24. 25. 26. 27. 28. 29. 30. 31. M.ª Eugénia Canavial Apresentação de Maria Lisbonense Júlio Dinis D. Olga de Brito S. João da Ribeira Prin.ª D. M.ª Amélia Bom Jesus Fig.9: Escolas Básicas do 1º Ciclo (públicas e privadas), do Concelho do Funchal, que contribuíram em 2005/2006 para a população escolar. A pequena dimensão da maioria das famílias (figura 10) está coerente com a análise anterior, que denuncia um decréscimo da natalidade. % 60 50 40 S. Martinho S. Pedro 20 10 0 1-2 pessoas 3-4 pessoas ≥5 pessoas Fonte: Censos 2001, INE S. António 30 Fig.10: Famílias clássicas segundo a dimensão (pessoas), 2001 10 Projecto Educativo de Escola 2007/2010 O padrão encontrado nas três freguesias denuncia que as famílias clássicas tendem a ser pouco numerosas. S. Pedro é a freguesia que apresenta valor percentual mais elevado nas famílias mais pequenas e os valores mais baixos nas outras duas variáveis. Santo António destaca-se por ser a freguesia com maior percentagem, entre as três, de famílias com 5 ou mais elementos e no grupo intermédio, 3-4 pessoas, atinge cerca de metade delas, típico das regiões desenvolvidas. Em resultado desta análise, é de considerar que a maioria das famílias dos nossos alunos apresenta baixa dimensão. Demonstra as elevadas expectativas sobre os filhos, possibilitando-lhes melhor formação e bons níveis de bem-estar e qualidade de vida. A freguesia de S. Pedro, onde se situa a Escola, indica como valor mais significativo as famílias pequenas, 1 a 2 indivíduos, já previsível na análise da estrutura etária da sua população. Isto sugere falta de crianças, actuais ou futuros alunos da Escola, e pode justificar a sua localização periférica, junto à fronteira com as outras duas freguesias, para captar jovens dos 2º e 3º ciclos do Fonte: Censos 2001, INE ensino básico. Fig.11: Famílias clássicas segundo o tipo de família, em relação ao total da freguesia, 2001 Santo António e S. Martinho são as freguesias que apresentam mais de metade dos casais com filhos, enquanto em S. Pedro a percentagem não atinge os 40 (figura 11). Confirma a situação analisada nas famílias clássicas segundo a dimensão e explica a importância daquelas freguesias para a população escolar. Em todas as freguesias há um valor significativo de casais sem filhos, o que pode estar a contribuir para a diminuição das taxas de natalidade verificada nas respectivas pirâmides etárias (figuras 6 a 8). As famílias monoparentais com filhos, sobretudo na situação da mãe com descendentes a seu cargo, apresentam resultados de salientar em todas as freguesias. Este facto torna-se 11 Projecto Educativo de Escola 2007/2010 preocupante se o associarmos à elevada percentagem de famílias sem núcleo definido, podendo Fonte: Censos 2001, INE estar na origem de alguns dos problemas dos nossos alunos. Fig.12: Famílias clássicas segundo o número de pessoas com menos de 15 anos, em relação ao total da freguesia, em 2001. O gráfico da figura 12 confirma a análise das famílias clássicas segundo a dimensão. As freguesias de S. Martinho e S. António estão melhores nas famílias com 1 ou 2 pessoas com menos de 15 anos e o padrão mantém-se para as de 3 ou mais pessoas com menos de 15 anos. Os indicadores económicos reflectem o nível de vida das populações. Definem a capacidade de aquisição de bens e serviços e podem marcar a diferença entre áreas pobres e ricas. A distribuição da população activa por sectores de actividade, em 2001, das três freguesias confirma a estrutura típica de áreas urbanas desenvolvidas: o terciário domina em absoluto e o sector primário é irrelevante, já que contabiliza os activos na agricultura, pescas e minas (figura 13). S. Primário S. Secundário S. Terciáro Fonte: Censos 2001, INE % Fig.13: População residente economicamente activa: distribuição por sectores de actividade, em 2001 O sector terciário, ou serviços públicos e privados, engloba a educação, saúde, segurança, justiça, administração, informação, banca, transportes, cultura, comércio e restauração… e, neste sentido, ocupa a grande maioria da população activa das cidades. De facto, cerca de 78 em 100 indivíduos activos do total das três freguesias exerce uma profissão nos serviços. Assim, é de prever 12 Projecto Educativo de Escola 2007/2010 que a maior parte dos encarregados de educação e pais dos alunos da Escola trabalhe no sector terciário. Este caracteriza-se por uma melhor estabilidade profissional, com emprego seguro e salário mensal, à partida, garantido. % 60 40 ____ RAM ____ Funchal 30 20 10 0 S. António S. Martinho S.Pedro Fonte: Censos 2001, INE 50 Fig.14: Taxa de actividade por freguesia, em 2001 A leitura da taxa de actividade indica o número de activos por cada 100 indivíduos residentes na freguesia. Assim, e conforme os dados estatísticos de 2001, metade da população residente em S. Martinho é activa enquanto as outras duas freguesias fixam-se por valores ligeiramente abaixo (figura 14). Contudo, as três apresentam melhores resultados do que os atingidos pelo total do seu concelho, o Funchal, e pelo total da Região Autónoma da Madeira (RAM). Pode indicar uma concentração de famílias mais jovens ou a precoce entrada no mercado de trabalho, uma vez que população activa é definida pelo INE como o conjunto de indivíduos que exerce uma profissão remunerada ou que se encontra desempregado, com idade igual ou superior a 15 anos. Por outro lado, o ligeiro destaque de S. Martinho está, possivelmente, associado à presença de novos bairros sociais e bairros sócio-económicos de nível elevado que ali proliferam e que a têm feito expandir desde meados dos anos 80, como já referido. % 6 5 ____ RAM ____ Funchal 3 2 1 0 S. António S. Martinho S. Pedro Fonte: Censos 2001, INE 4 Fig.15: Taxa de desemprego, por freguesia, em 2001 13 Projecto Educativo de Escola 2007/2010 A taxa de desemprego define-se pelo número de desempregados da freguesia por cada 100 indivíduos da sua população activa. A referida taxa é muito baixa e só a de S. Pedro está acima da média do seu concelho e da RAM, com cerca de 5% (figura 15). Assim, o quadro não parece ser problemático, já que é destas três freguesias a maioria dos nossos alunos (78,9%) e, por princípio, um número importante das suas famílias deve exemplificar o padrão estatístico descrito. As condições da habitação e o acesso a serviços essenciais como a educação e a saúde e, ainda, a equipamentos culturais e de lazer são excelentes indicadores para avaliar a qualidade de vida e bem-estar das populações. As três freguesias em destaque, pelo seu conjunto ou mesmo individualmente, têm uma adequada estrutura e distribuição de equipamentos (quadro 2). Equipamentos e Locais de Cultura e Lazer Sociais Fonte: Câmara Municipal do Funchal, 2007 Culturais Lazer Saúde S. Pedro Centro comunitário Centro de convívio Centro de dia Centro de noite Clube emprego/UNIVA Lar de crianças e jovens Lar de idosos Refeitório/Cantina Social Residência para idosos Unidade de emergência Arquivos Públicos Associações de cultura e recreio Bibliotecas Centros culturais Escolas de arte Galerias de arte Grupos musicais, danças e teatro Livrarias Museus Salas de espectáculo Teatros Cinemas Complexos balneários e praias Espaços cibernéticos Miradouros Centro de saúde Clínicas Farmácias Hospital Posto médico 2 2 1 3 2 1 4 3 4 4 9 3 4 1 1 2 3 1 1 FREGUESIAS S. S. António Martinho 1 1 2 1 1 1 3 1 1 1 1 1 1 2 3 3 3 3 1 1 2 6 4 1 2 1 2 1 8 5 2 1 1 1 1 3 1 2 - Quadro 2 A análise às condições de habitação e ao respectivo meio envolvente é feita através de variáveis sobre os alojamentos. As três freguesias em estudo revelam uma óptima ocupação, acima dos 90 por cento. Este indicador mostra a rentabilização das áreas residenciais, sem espaços despovoados, vazios e descaracterizados de ocupação humana (figura 16). 14 Projecto Educativo de Escola 2007/2010 8,8 91,2 S. Martinho 92,2 S. António 94,6 20 30 40 50 Ocupados Fonte: Censos 2001, INE 10 5,4 0 7,8 S. Pedro 60 70 80 90 100 Vagos Fig.16: Alojamentos clássicos segundo a forma de ocupação em relação ao total da freguesia, em 2001 Por outro lado, o gráfico da figura 17 indica que a ocupação média por alojamento é baixa, com o valor mais elevado de 3,1 para Santo António e o mais baixo de 2,4 em S. Martinho. Estes resultados reflectem o aparecimento de novos bairros residenciais, de nível sócio-económico acima da média ou mesmo elevado. 3,5 3 Fonte: Censos 2001, INE 2,5 2 1,5 1 0,5 0 S. António S. Martinho S. Pedro Funchal Fig.17: Número médio de pessoas por alojamento, em 2001 O gráfico da figura 18 salienta o facto da maioria dos alojamentos, no total das três freguesias, terem ocupação sub e sobrelotada. Cerca de 32 alojamentos em 100 apresentam excesso de lotação. Este contexto indica % a heterogeneidade do Fonte: Censos 2001, INE padrão residencial das freguesias Ocupação Normal Sublotados em análise: áreas mais antigas, outras de construção recente, bairros de habitação social e Sobrelotados alguns de elevado nível sócioeconómico. Fig.18: Índice de lotação dos alojamentos clássicos ocupados como residência habitual, em 2001. Os alunos da nossa Escola 15 Projecto Educativo de Escola 2007/2010 vêm daquele tecido social muito diversificado, o que constitui um desafio na forma de chegar a todos. Há extremos na capacidade de acesso ao necessário e ao que vem por acréscimo. Têm diferentes apoios materiais e pedagógicos. Apresentam um leque variado de experiências de vida: os que crescem apenas ao ritmo da sua idade e os que iniciam, precocemente, um processo de apoio efectivo à família. Enfim, a Escola acolhe todos os anos um espectro multifacetado de alunos, com diferentes níveis socio-económicos. A partir do aluno tipo que se pode caracterizar, constitui um desafio para que não se deva concentrar apenas na média. A meta é integrar todo a população escolar, pela positiva ou pela negativa, indo ao encontro das necessidades de ensino e aprendizagem de cada discente. 2. A Escola 2.1. Historial da Escola 2.1.1. O Edifício A construção da primeira infra-estrutura da, então, designada Escola Preparatória da Cruz de Carvalho aconteceu entre 1977 e 1980. Neste período de tempo, funcionou apenas em 3 pavilhões ou blocos – 1, 2 e 3 a contar de nascente para poente. A mudança de nome ocorreu em 1980/1981, substituído por Escola Preparatória Dr. Horácio Bento de Gouveia. Entrou em funções em Setembro do ano lectivo 1978/1979, mas o início das aulas só aconteceu em Dezembro desse ano. Não tinha cantina, biblioteca e ginásio por falta de espaço. Havia apenas duas casas de banho em funcionamento, uma para raparigas e outra para rapazes. No Bloco 2, um bar improvisado tinha as condições mínimas para servir lanches aos alunos. Ainda neste bloco encontravam-se os serviços administrativos e o órgão de gestão. O horário dos alunos era condicionado pelas precariedades referidas, obrigando-os a ter aulas aos Fig.19: Fotografia aérea antiga Escola da sábados. No ano lectivo seguinte, os cinco blocos estavam 16