EDUARDO PAES PREFEITURA DA CIDADE DO RIO DE JANEIRO CLAUDIA COSTIN SECRETARIA MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO REGINA HELENA DINIZ BOMENY SUBSECRETARIA DE ENSINO MARIA DE NAZARETH MACHADO DE BARROS VASCONCELLOS COORDENADORIA DE EDUCAÇÃO ELISABETE GOMES BARBOSA ALVES MARIA DE FÁTIMA CUNHA COORDENADORIA TÉCNICA RENATA RAMOS SADER ELABORAÇÃO E ORGANIZAÇÃO CATHARINA HARRIET BAPTISTA GINA BERNANDINO CAPITÃO MOR SARA LUISA OLIVEIRA LOUREIRO REVISÃO GINA BERNANDINO CAPITÃO MOR SUPERVISÃO FÁBIO DA SILVA MARCELO ALVES COELHO JÚNIOR DESIGN GRÁFICO EDIOURO GRÁFICA E EDITORA LTDA. IMPRESSÃO 1 Língua Portuguesa - 6.º Ano / 2.º BIMESTRE - 2014 2 Língua Portuguesa - 6.º Ano / 2.º BIMESTRE - 2014 MULTIRIO Vamos iniciar o nosso segundo caderno de Língua Portuguesa. No primeiro bimestre, você teve a oportunidade de ler fábulas e de entrar em contato com o universo mágico dos contos de fadas. Embarcando, ainda, na magia desses contos, você está convidado a se divertir com a história em quadrinhos “Tem gosto pra tudo” e conhecer um pouco mais a respeito dos recursos utilizados na construção desse gênero textual. 3 Língua Portuguesa - 6.º Ano / 2.º BIMESTRE - 2014 As famosas HQs, que tanto nos divertem em jornais, revistas ou gibis, caracterizam-se, principalmente, pela articulação entre elementos das linguagens verbal (que utiliza palavras) e não verbal (imagens, cores, formato dos balões). LOBATO, Monteiro. As melhores histórias em quadrinhos do Sítio do Picapau Amarelo: contos de fadas. São Paulo, Globo, 2010. (Coleção HQs do Sítio do Picapau Amarelo) A história em quadrinhos que você acabou de ler, envolvendo os personagens dos contos de fadas, pode ser encontrada no livro: “As melhores histórias em quadrinhos do Sítio do Picapau Amarelo: contos de fadas”. 4 Língua Portuguesa - 6.º Ano / 2.º BIMESTRE - 2014 MULTIRIO Você reparou que podemos contar uma história utilizando quadrinhos? São as famosas e divertidas HISTÓRIAS EM QUADRINHOS. À medida que você responder às questões propostas, vai descobrir características específicas das histórias em quadrinhos. Volte ao texto sempre que necessário. Ao trabalho, então! 1 – O título desta história em quadrinhos é ________________________________________________________________. Com base no texto, justifique a escolha do título. ________________________________________________________________________________________________ ________________________________________________________________________________________________ Personagens são seres, com traços específicos, que atuam em uma narrativa,. São esses traços que definem a função dos personagens na história. 2 – Os personagens dessa história em quadrinhos são: ___________________, __________________________, _________________________________ e _____________________________________________. 3 – O balão é um elemento peculiar das histórias em quadrinhos. Ele contém textos ou imagens que correspondem ao diálogo estabelecido entre os personagens. Pode conter também seus pensamentos e sonhos. Tradicionalmente, o balão possui formato arredondado e um rabicho, em sua parte inferior, que aponta para o personagem que está falando. Vejamos alguns formatos mais comuns: 5 Língua Portuguesa - 6.º Ano / 2.º BIMESTRE - 2014 a) balão-fala (apresenta todo o contorno, inclusive o rabicho em linha contínua). Repare, abaixo, a utilização do balão-fala, retratando um trecho do diálogo entre a Cuca e o príncipe. b) balão-pensamento (rabicho em forma de pequenas bolhas). Na cena abaixo, o balão-pensamento indica o que o cavalo está pensando. c) balão-grito (contorno bastante irregular ou tremido). AGORA, É COM VOCÊ !!! Marque com um X todas as cenas da história em quadrinhos “Tem gosto pra tudo” em que aparecem um balão-pensamento. Visite o site da Educopédia. Selecione, no 6.º ano, a aula n.º 1 – De quadrinho em quadrinho, muitas histórias II – a ação narrativa. www.educopedia.com.br 6 Língua Portuguesa - 6.º Ano / 2.º BIMESTRE - 2014 MULTIRIO 4 – Por meio da onomatopeia, procura-se imitar um ruído ou som, no texto. Na cena ao lado, por exemplo, a onomatopeia “ABRA-CADUM!” foi utilizada para reproduzir o som da “mágica” realizada pela Cuca. Identifique as onomatopeias apresentadas nas cenas abaixo e interprete-as. Volte ao texto sempre que necessário. _____________________________________ _____________________________________ _____________________________________ _____________________________________ _____________________________________ _____________________________________ _____________________________________ _____________________________________ 7 Língua Portuguesa - 6.º Ano / 2.º BIMESTRE - 2014 5 – Vamos identificar, na história em quadrinhos, o sentido de algumas expressões ouvidas no nosso dia a dia. Explique o sentido dessas expressões: a) “... de qual planeta você é?” b) “Tô ligadão em você...” ______________________________________________ ______________________________________________ ______________________________________________ ______________________________________________ ______________________________________________ ______________________________________________ c) “Eu me amarro em personalidades duronas...” _________________________________________________________ _________________________________________________________ Visite o site da Educopédia. Selecione, no 6.º ano, a aula n.º 10 – Leitura de imagens e recursos gráficos. www.educopedia.com.br 8 Língua Portuguesa - 6.º Ano / 2.º BIMESTRE - 2014 6 – Releia os trechos retirados da história em quadrinhos “Tem gosto pra tudo”. Você reparou que, nesses trechos do diálogo, tanto a Cuca quanto o príncipe fizeram uso do diminutivo? a) Volte às cenas apresentadas acima e risque as palavras que se encontram no diminutivo. b) Qual o efeito de sentido do uso do diminutivo em cada um dos casos? _______________________________________________________________________________________________ _______________________________________________________________________________________________ 9 Língua Portuguesa - 6.º Ano / 2.º BIMESTRE - 2014 7 – Releia o quadrinho abaixo: 8 – Vamos interpretar a última cena da história em quadrinhos? a) Explique o efeito de sentido provocado pelo uso das a) A que contos de fadas o príncipe faz referência? reticências. _______________________________________________ ____________________________________________ _______________________________________________ ____________________________________________ ____________________________________________ b) Por que o cavalo se demite, no desfecho da narrativa? _______________________________________________ b) Envolva, no quadrinho, alguns recursos não verbais _______________________________________________ utilizados para reforçar a queda do príncipe. _______________________________________________ _______________________________________________ 10 Língua Portuguesa - 6.º Ano / 2.º BIMESTRE - 2014 ESPAÇO PES UISA Você reparou? A Cuca tem cara de jacaré, garras nos dedos como os gaviões e mora numa caverna escura. Consulte a Sala de Leitura e pesquise, na obra de Monteiro Lobato, as características de outros personagens do Sítio do Picapau Amarelo. Escolha um deles, utilize o espaço em branco, abaixo, para desenhá-lo e escreva, nas linhas, algumas das características que você descobriu. O que você acha de apresentar seu trabalho aos seus colegas e ler o deles também? Experimente! Combine tudo com o seu Professor. _________________________________________ _________________________________________ _________________________________________ _________________________________________ _________________________________________ _________________________________________ _________________________________________ _________________________________________ _________________________________________ _________________________________________ _________________________________________ _________________________________________ _________________________________________ _________________________________________ _________________________________________ 11 Língua Portuguesa - 6.º Ano / 2.º BIMESTRE - 2014 ESPAÇO CRIAÇÃO AGORA, É COM VOCÊ !!! O que pode ter acontecido após o último quadrinho? Continue a escrever essa história. Use sua criatividade e capriche nas ilustrações! 12 Língua Portuguesa - 6.º Ano / 2.º BIMESTRE - 2014 Apresente esses textos a outros colegas e aos seus familiares. Veja se eles são capazes de acertar! 13 Almanaque Alfabetização Multimeios. Copyright 2005 by Escola Multimeios. Como você viu, as histórias em quadrinhos lançam mão da linguagem verbal e da linguagem não verbal. E, por falar em imagens... responda aos desafios abaixo. MULTIRIO Para você se divertir um pouco... Língua Portuguesa - 6.º Ano / 2.º BIMESTRE - 2014 [email protected] Cara Senhorita Chapeuzinho Vermelho: Fiquei feliz demais ao receber seu e-mail. Na casa de Dona Benta, onde faço estripulias de vez em quando, ela um dia contou a sua aventura com o Lobo, e fiquei ouvindo. Deu uma vontade doida de estar lá, na casa de sua vovó, para dar uma surra nele. Onde já se viu isso! Invadir a casa dos outros e fazer o que ele fez? É bem verdade que entro escondido nas casas, mas nunca faço maldade de verdade. Apronto, no máximo, umas brincadeiras, como dar nós nas roupas, esconder coisas, apagar as luzes. Aqui, no Brasil, não existe Lobo Mau. Tem o loboguará, tratado com muito carinho no famoso Colégio do Caraça, em Minas Gerais. Queira aceitar meus cumprimentos. [email protected] Prezado Senhor Saci Pererê: Soube de sua existência na Biblioteca Pública Infantil e Juvenil que gosto de frequentar. Lá, encontrei livros do escritor brasileiro Monteiro Lobato e do folclorista Câmara Cascudo. O que mais chamou minha atenção foi que nós dois usamos, na cabeça, a mesma cor: gorros vermelhinhos. Eu até já esqueci meu nome, pois todos me chamam de Chapeuzinho Vermelho... Teria imenso prazer em me corresponder com o senhor. Com meus respeitos, Chapeuzinho Vermelho Saci Pererê Informações sobre a vida e a obra de Monteiro Lobato podem ser encontradas no site http://www.projetomemoria.art.br. Além de farto material informativo, há sugestões de outros links para o seu aprofundamento. 14 COELHO, Ronaldo Simões. Dois chapéus vermelhinhos. Belo Horizonte: Aletria Editora, 2010. O Saci Pererê, assim como a Cuca, é um personagem do Sítio do Picapau Amarelo inspirado no nosso folclore. No livro “Dois chapéus vermelhinhos”, Saci Pererê e Chapeuzinho Vermelho trocam emails. Leia como tudo começou: Língua Portuguesa - 6.º Ano / 2.º BIMESTRE - 2014 MULTIRIO 1 – Na primeira linha de cada texto da página anterior, localiza-se o e-mail do remetente, ou seja, de quem envia a mensagem. O de Chapeuzinho Vermelho é [email protected] e o do Saci Pererê é ____________________________________________. Notou que os e-mails são parecidos? Forêt é floresta em francês e é de lá que Chapeuzinho Vermelho escreve, enquanto o Saci se encontra no Brasil. 2 – O e-mail tem uma estrutura semelhante à da carta. Você já teve contato com essa estrutura, quando leu a carta que o Lobo enviou à Chapeuzinho Vermelho, no 1º bimestre. Lembra? [email protected] Prezado Senhor Saci Pererê: Soube de sua existência na Biblioteca Pública Infantil e Juvenil que gosto de frequentar. Lá, encontrei livros do escritor brasileiro Monteiro Lobato e do folclorista Câmara Cascudo. O que mais chamou minha atenção foi que nós dois usamos, na cabeça, a mesma cor: gorros vermelhinhos. Eu até já esqueci meu nome, pois todos me chamam de Chapeuzinho Vermelho... Teria imenso prazer em me corresponder com o senhor. Com meus respeitos, Chapeuzinho Vermelho VOCATIVO OU SAUDAÇÃO AO DESTINATÁRIO MENSAGEM DESPEDIDA ASSINATURA Releia o e-mail do Saci Pererê e, com o auxílio do seu Professor, destaque as partes que o compõem. Nesse e-mail, a expressão utilizada para saudar Chapeuzinho Vermelho é __________________________________________________ e a utilizada na despedida é ________________________________________. 15 Língua Portuguesa - 6.º Ano / 2.º BIMESTRE - 2014 3 – Como Chapeuzinho Vermelho soube da existência do Saci-Pererê? _______________________________________________________________________________________________ _______________________________________________________________________________________________ 4 – Num trecho do e-mail do Saci-Pererê, ele revela como se sentiu ao receber o e-mail de Chapeuzinho Vermelho. Envolva esse trecho no texto. 5 – Qual é o significado do vocábulo em destaque no trecho “Na casa de Dona Benta, onde faço estripulias de vez em quando, ela um dia contou a sua aventura com o Lobo, e fiquei ouvindo.”. Consulte o dicionário, se considerar necessário. _______________________________________________________________________________________________ 6 – O Saci Pererê dá a sua opinião a respeito do comportamento do lobo no conto “Chapeuzinho Vermelho”. Volte ao texto, localize o trecho que contém essa opinião e transcreva-o abaixo. _______________________________________________________________________________________________ _______________________________________________________________________________________________ 7 – No e-mail, Saci revela “Deu uma vontade doida de estar lá, na casa de sua vovó, para dar uma surra nele.”. Você aprovaria essa atitude do Saci? Justifique a sua resposta. _______________________________________________________________________________________________ _______________________________________________________________________________________________ 8 – Saci Pererê apresenta algumas de suas características no e-mail que escreve para Chapeuzinho Vermelho. Sublinhe-as no texto. 16 Língua Portuguesa - 6.º Ano / 2.º BIMESTRE - 2014 Monteiro Lobato permanece na lembrança de todos nós, através dos incríveis personagens do Sítio do Picapau Amarelo e de todas aquelas aventuras que ganharam espaço até na televisão. Esse mesmo homem concebeu projetos, até hoje atuais, para transformar o Brasil num país melhor, como, por exemplo, as campanhas de alcance nacional em defesa do petróleo, do ferro e da saúde. not1.com.br Vamos conhecer um pouco da história deste escritor, editor e homem de ideias, lendo sua pequena biografia. MONTEIRO LOBATO José Renato Monteiro Lobato nasceu em Taubaté (São Paulo), em 18 de abril de 1882. Mais tarde mudou o nome para José Bento, o mesmo de seu pai. Era neto do Visconde de Tremembé, por parte de mãe, Olímpia. Aos 15 anos, perdeu o pai e, no ano seguinte, a mãe. Sempre gostou de ler e de pintar. Queria ter sido pintor, mas o avô o convenceu a estudar Direito. Formado advogado em São Paulo, torna-se promotor em Areias e casa-se em seguida com Pureza da Natividade. O casal teve quatro filhos: Martha, Edgard, Guilherme e Ruth. Morando em Areias, começa a escrever para jornais e revistas. Herda, com a morte do Visconde, a Fazenda São José do Buquira e procura administrá-la, renunciando à carreira jurídica. O apelo da literatura é mais forte e, com a venda da propriedade, muda-se para São Paulo, comprando a Revista do Brasil. Sua vida torna-se bastante movimentada. Funda editoras, passa por uma falência, muda-se para o Rio, depois para Nova York, como adido comercial. Retorna ao Brasil, pregando a exploração do ferro e do petróleo. A campanha do petróleo o empobrece, deixando-o também doente e magoado. Nessa época, é perseguido e preso. Ainda passa algum tempo em Buenos Aires, onde era festejado como escritor, mas regressa a São Paulo, vindo a morrer em 4 de julho de 1948. Autor importante da literatura brasileira, contista de “Urupês” e “Negrinha”, é na literatura infantil que encontra a unânime admiração de leitores críticos. Lobato é considerado o pai de nossa literatura para crianças. Pouquíssimos países têm um autor a sua altura. Tanto que o dia do seu nascimento, 18 de abril, tornou-se o Dia Nacional do Livro Infantil. ALBERGARIA, Lino. A boneca e o saci. Belo Horizonte, Dimensão, 2010. Glossário: adido – funcionário não pertencente ao quadro oficial, nomeado para desempenhar funções específicas. 17 Língua Portuguesa - 6.º Ano / 2.º BIMESTRE - 2014 Com base no texto, complete as frases abaixo e a cruzadinha. 1) José Renato Monteiro Lobato nasceu 1 em 4 ___________________________________ (São Paulo). 2) Monteiro Lobato sempre gostou de ler e de __________________________________. 7 3) Queria ter sido pintor, mas o avô o convenceu a estudar 5 _________________________. 4) O casal José Renato Monteiro Lobato e Pureza da 3 Natividade tiveram _______________________ filhos. 5) O contista de “Urupês” e “Negrinha” pregou a exploração do 2 ferro e do ______________________________. 6) Lobato é considerado o pai de nossa literatura para 6 ___________________________________________. 7) O dia do nascimento de Monteiro Lobato tornou-se o Dia Nacional do ___________________________________. Hoje, na propriedade do Visconde de Tremembé, avô de Monteiro Lobato, em Taubaté, São Paulo, além de agradável área verde com mangueiras e jaqueiras centenárias, entre outras árvores, há o Museu Histórico e Pedagógico, com biblioteca, salas de exposições da vida e obra do escritor, de artistas plásticos populares e regionais. 18 Língua Portuguesa - 6.º Ano / 2.º BIMESTRE - 2014 Quando Monteiro Lobato tinha, aproximadamente, 14 anos, publicou uma pequena crônica no jornal da escola em que estudava. Iniciava-se, assim, a carreira daquele que viria a ser um “herói da literatura”. OPORTUNIDADE Edward Rowland Sill MULTIRIO O texto a seguir leva você a refletir sobre o que é “ser herói”! Não é a espada que você usa que faz de você um herói. É a maneira como você a usa. Isto eu vi ou sonhei em meus sonhos: Havia uma nuvem de poeira sobre a planície; E sob a nuvem, ou dentro dela, rugia Uma violenta batalha, e os homens gritavam, e as espadas Chocavam-se contra espadas e escudos. A bandeira de um príncipe Avançava, mas, cercada pelo inimigo, começou a recuar. Um homem covarde tudo observava nos arredores E pensava: “Se eu tivesse uma espada de puro aço afiado... Tal como a lâmina azulada que possui o filho do rei, e não essa Coisa grosseira!” Então quebrou sua espada e atirou-a longe E, se arrastando, abandonou o campo da luta. Então veio o filho do rei, ferido, encurralado E desarmado, e viu a espada quebrada Coberta pela poeira do chão. Ele correu, arrebatou-a e, com um grito de guerra, Ergueu-se novamente, e abateu o inimigo, E venceu a grande batalha daquele dia heroico. BENNETT, William J. O livro dos heróis para crianças. Nova Fronteira, São Paulo, 2001. 19 Língua Portuguesa - 6.º Ano / 2.º BIMESTRE - 2014 MULTIRIO O texto que você acabou de ler também conta uma história, não é mesmo? Mas, em forma de versos... é um poema! Vamos responder a algumas questões sobre ele? 1 – Sublinhe as palavras que foram utilizadas para caracterizar o filho do rei nos versos: “Então veio o filho do rei, ferido, encurralado E desarmado, e viu a espada quebrada” 2 – Justifique o emprego das aspas nos versos: “E pensava: “Se eu tivesse uma espada de puro aço afiado... Tal como a lâmina azulada que possui o filho do rei, e não essa Coisa grosseira!” Então quebrou sua espada e atirou-a longe” __________________________________________________________________________________________________ __________________________________________________________________________________________________ 3 – Volte ao poema e identifique a que termos as palavras destacadas no verso abaixo fazem referência “Ele correu, arrebatou-a e, com um grito de guerra,” __________________________________________________________________________________________________ 4 – Você notou que o texto “Oportunidade” possui uma moral? a) Circule-a, no texto. b) Reflita sobre essa moral. Que ensinamento você pode tirar para o seu dia a dia? __________________________________________________________________________________________________ __________________________________________________________________________________________________ 20 Língua Portuguesa - 6.º Ano / 2.º BIMESTRE - 2014 A arma que fez de Monteiro Lobato um dos “hérois” da nossa literatura, foi a “palavra”, o “texto”. É desse autor consagrado, que espalhou livros pelo Brasil, a frase registrada na história de nosso povo “Um país se faz com homens e livros”. O livro “Ler é...”, de Anna Claudia Ramos, ilustrado por Patrícia Melo, se propõe a definir a magia da leitura. Veja algumas de suas páginas: Adaptado. RAMOS, Anna Claudia. Ler é... . ZIT, Rio de Janeiro, 2012. 21 Língua Portuguesa - 6.º Ano / 2.º BIMESTRE - 2014 ESPAÇO CRIAÇÃO Faça como Anna Claudia Ramos e, por meio de uma frase e de uma ilustração, expresse o que a leitura lhe proporciona. O que você acha de, com o auxílio do seu Professor e a participação de todos os seus colegas de classe, confeccionar também um livro como o que você acabou de ter contato? Cada aluno seria o autor de uma página. O que acha? Use o espaço abaixo para colocar essa ideia em prática. Mãos à obra! Ler é... 22 Língua Portuguesa - 6.º Ano / 2.º BIMESTRE - 2014 Atento às principais questões de seu tempo, Monteiro Lobato também demonstrou preocupação com os problemas ambientais. A publicação “Questões ambientais em tirinhas”, reuniu tirinhas produzidas por jovens de escolas públicas sobre essas questões. Quatro tirinhas foram selecionadas para a sua leitura. Explique a finalidade de cada uma delas. _________________________________________________ _____________________________________________ _________________________________________________ _____________________________________________ Promover o reflorestamento. _________________________________________________ ______________________________________________ _________________________________________________ ______________________________________________ CARUSO, Francisco & SILVEIRA, Cristina. Questões ambientes em tirinhas. São Paulo, Editora Livraria da Física, 2007. 23 Língua Portuguesa - 6.º Ano / 2.º BIMESTRE - 2014 ESPAÇO CRIAÇÃO As tirinhas de “Questões Ambientais em tirinhas” abordam os temas: Água, Desmatamento, Efeito Estufa, Enchente, Equilíbrio Ecológico, Lixo, Poluição, Queimada, Reciclagem, Reflorestamento e Saneamento. Selecione uma questão ambiental que você deseje abordar e elabore a sua tirinha. Capriche nas ilustrações! Use e abuse da sua criatividade! Peça ao seu Professor para enviar a sua produção e a de seus colegas à Secretaria Municipal de Educação (End.: Rua Afonso Cavalcante, 455. Cidade Nova. 4.º andar , Sala 402.). Vamos divulgar a sua obra. O que você acha? ------------------------------------------------------------------------- ------------------------------------------------------------------------24 Língua Portuguesa - 6.º Ano / 2.º BIMESTRE - 2014 25 Língua Portuguesa - 6.º Ano / 2.º BIMESTRE - 2014 VOCÊ CONHECE A MÚSICA “EMÍLIA, A BONECA-GENTE”? galeria.colorir.com MULTIRIO DE VOLTA AO UNIVERSO DE LOBATO... EMÍLIA, A BONECA-GENTE Composição: Baby Consuelo e Pepeu Gomes De uma caixa de costura Pano, linha e agulha Nasceu uma menina valente Emília, a Boneca-Gente Nos primeiros momentos de vida Era toda desengonçada Ficar em pé não podia, caía Não conseguia nada... Emília, Emília, Emília Emília, Emília, Emília Mas a partir do momento Que aprendeu a andar Emília tomou uma pílula E tagarelou, tagarelou a falar Tagarelou, tagarelou a falar Ela é feita de pano Mas pensa como um ser humano Esperta e atrevida É uma maravilha Emília, Emília, Emília Emília, Emília, Emília Pra cada história, ela tem um plano Inventa mil ideias, não entra pelo cano Ah, essa boneca é uma maravilha! letras.terra.com.br Emília, Emília Verso – é cada uma das linhas que constituem um poema. Estrofe – é o agrupamento de versos com unidade de conteúdo e ritmo. 26 Língua Portuguesa - 6.º Ano / 2.º BIMESTRE - 2014 MULTIRIO Responda a algumas questões relacionadas à música “Emília, a boneca-gente”. 1 – Vamos identificar as características da personagem Emília? Sublinhe, na música, os adjetivos utilizados nesta caracterização e encontre-os no caça-palavras. V I J N M B G C V C D E L O I U Y R I A S A N I E B P O E W S X C H O M I N I D E O T E L P I O R H B V T L K S A W C O L E T A D R N E F J L A P E D E S E N G O N Ç A D A N L E I N J A I T A S T E W E S P E R T A E M N A V Q T C V T I E C I O M A B R P T H E B R I O I F E C S I K Z A W Q P O M I G B R Y W R R U D P A Z M C H N H F V C S T X Z A A L O R A A M I A U D A J P Y W A E I R F W F J K S N A O X C P T 2 – Retire do texto a estrofe que nos conta como Emília a – nasceu. ________________________________________________________________________________________________ ________________________________________________________________________________________________ b – começou a falar. ________________________________________________________________________________________________ ________________________________________________________________________________________________ 27 Língua Portuguesa - 6.º Ano / 2.º BIMESTRE - 2014 3 – Qual é o sentido da expressão destacada no penúltimo verso da última estrofe? “Inventa mil idéias, não entra pelo cano” ________________________________________________________________________________________________ ________________________________________________________________________________________________ 4 – Repare que, ao caracterizar a boneca como “esperta” e “atrevida”, o eu poético está expressando sua opinião. Retire da música um verso em que fica claro o que o eu poético acha da “boneca-gente”. ________________________________________________________________________________________________ ________________________________________________________________________________________________ MULTIRIO No livro “Caçadas de Pedrinho”, entre outras aventuras, você vai descobrir como Quindim, um rinoceronte falante, passou a fazer parte da turma do Sítio. E foi Emília quem o encontrou! Vamos à leitura de um trecho do capítulo inicial desta parte do livro? OS NEGÓCIOS DA EMÍLIA Havia chegado ao Rio de Janeiro um circo de cavalinhos que era uma verdadeira arca de Noé. Trazia enorme bicharada – seis leões, três girafas, quatro tigres, zebras, hienas, focas, panteras, cangurus, jiboias e um formidável rinoceronte. Quando Pedrinho leu nos jornais a notícia do grande acontecimento, ficou assanhadíssimo. Quis ir ao Rio ver as feras, chegando a escrever a Dona Tonica, sua mãe, pedindo licença e meios. Antes, porém, de receber qualquer resposta, um fato sensacional se deu no Rio: o rinoceronte arrebentou as grades da jaula durante certa noite de temporal e fugiu. Fugiu para as matas da Tijuca, tomando depois rumo desconhecido. 28 Língua Portuguesa - 6.º Ano / 2.º BIMESTRE - 2014 Esse fato causou o maior rebuliço no Brasil inteiro. Os jornais não tratavam de outra coisa. Até uma revolução que estava marcada para aquela semana foi adiada, porque os conspiradores acharam mais interessante acompanhar o caso do rinoceronte do que dar tiros nos adversários. “UM RINOCERONTE INTERNA-SE NAS MATAS BRASILEIRAS”, era o título da notícia que vinha em letras graúdas em todos os jornais. Durante um mês ninguém cuidou de mais nada. Grande número de bombeiros e soldados da polícia foram mobilizados. Os melhores detetives do Rio aplicavam toda a sua esperteza em formar planos para a captura do misterioso animal. As forças do Norte que andavam caçando o Lampião deixaram em paz esse bandido para também se dedicarem à caça do monstro. Dizem até que o próprio Lampião e seus companheiros pararam de assaltar as cidades para se entregarem ao novo esporte – a caça ao rinoceronte. Onde estaria ele? Nas florestas do Amazonas? Nas matas virgens do Espírito Santo? Ninguém sabia. Telegramas chegavam de toda parte, sugerindo pistas. Um de Manaus dizia: “Numa floresta, a dez léguas desta cidade, foi visto, dentro de taquaruçus, o vulto negro de um monstro que parece ser o tal rinoceronte. Pedimos providências”. Cinco detetives e numerosos bombeiros foram mandados de avião para aquele ponto, a fim de investigar. Descobriram tratar-se de uma vaca preta que ficara entalada na moita de taquaruçus... Outro telegrama do mesmo gênero veio da cidade de Cachoeiro, no Espírito Santo. “Nas matas vizinhas ouvem-se urros que não são de onça nem de nenhum animal conhecido por aqui. Pedimos enérgicas providências.” O avião de detetives voou para lá. Era um papagaio que fugira de um jardim zoológico, no qual aprendera a imitar o urro de todos os animais. Onde estará o rinoceronte? – eis a pergunta que da manhã à noite se repetia pelo país inteiro. Onde poderia ter-se escondido a tremebunda fera? Ninguém possuía elementos para responder. Ninguém sabia. Ninguém – exceto... Emília! Parecerá absurdo. Parecerá invenção de gente sem serviço, e no entanto é a verdade pura. Só a pequenina boneca do sítio de Dona Benta sabia realmente onde estava escondido o monstro!... Adaptado. LOBATO, Monteiro. Caçadas de Pedrinho. São Paulo, Globo, 2008. Responda às questões a seguir, a respeito de um trecho do livro “Caçadas de Pedrinho”. 29 MULTIRIO Glossário: tremebunda – que faz tremer Língua Portuguesa - 6.º Ano / 2.º BIMESTRE - 2014 1 – No 1º parágrafo “Quando Pedrinho leu nos jornais a notícia do grande acontecimento, ficou assanhadíssimo.”, que relação o trecho destacado estabelece com o restante da frase? ________________________________________________________________________________________________ ________________________________________________________________________________________________ 2 – Que fato sensacional ocorrido no Rio de Janeiro é relatado no texto? ________________________________________________________________________________________________ 3 – Qual é o sentido do termo destacado no trecho “Esse fato causou o maior rebuliço no Brasil inteiro.” (2.º parágrafo) ________________________________________________________________________________________________ 4 – Retire do texto o trecho que revela de quem eram os urros ouvidos na cidade de Cachoeiro, no Espírito Santo. ________________________________________________________________________________________________ ________________________________________________________________________________________________ 5 – Ao longo do texto, observamos que foram utilizados termos diferentes para se referir ao rinoceronte desaparecido. Quais? Registre-os abaixo. ________________________________________________________________________________________________ 6 – Volte ao texto e sublinhe os trechos nos quais as aspas foram utilizadas. Justifique o emprego deste sinal de pontuação nos trechos sublinhados. ________________________________________________________________________________________________ ________________________________________________________________________________________________ 30 Língua Portuguesa - 6.º Ano / 2.º BIMESTRE - 2014 noticiaanimal.com.br ESPAÇO PES UISA Agora, faça uma pesquisa sobre rinocerontes: como vivem, onde vivem, de que se alimentam, onde podem ser encontrados, qual a sua importância para o meio ambiente e elabore um texto informativo. ________________________________________________________________________________________________ ________________________________________________________________________________________________ ________________________________________________________________________________________________ ________________________________________________________________________________________________ ________________________________________________________________________________________________ ________________________________________________________________________________________________ ________________________________________________________________________________________________ ________________________________________________________________________________________________ ________________________________________________________________________________________________ ________________________________________________________________________________________________ ________________________________________________________________________________________________ ________________________________________________________________________________________________ ________________________________________________________________________________________________ ________________________________________________________________________________________________ ________________________________________________________________________________________________ ________________________________________________________________________________________________ ________________________________________________________________________________________________ ________________________________________________________________________________________________ 31 Língua Portuguesa - 6.º Ano / 2.º BIMESTRE - 2014 O que você acha que aconteceu quando a Turma do Sítio do Picapau Amarelo descobriu que o rinoceronte estava mesmo naquelas terras? Escreva uma aventura com a participação dos personagens de Lobato, já pesquisados por você, e o rinoceronte procurado. Lembre-se de dar um desfecho ao seu texto. Antes de apresentá-lo ao seu Professor, releia o que produziu e faça as correções que considerar necessárias. Depois, compare a sua produção com a narrativa de Lobato, no livro “Caçadas de Pedrinho”. Você poderá encontrar esse livro na Sala de Leitura. ________________________________________________________________________________________________ ________________________________________________________________________________________________ ________________________________________________________________________________________________ ________________________________________________________________________________________________ ________________________________________________________________________________________________ ________________________________________________________________________________________________ ________________________________________________________________________________________________ ________________________________________________________________________________________________ ________________________________________________________________________________________________ ________________________________________________________________________________________________ ________________________________________________________________________________________________ ________________________________________________________________________________________________ ________________________________________________________________________________________________ ________________________________________________________________________________________________ ________________________________________________________________________________________________ ________________________________________________________________________________________________ ________________________________________________________________________________________________ ________________________________________________________________________________________________ ________________________________________________________________________________________________ 32 Língua Portuguesa - 6.º Ano / 2.º BIMESTRE - 2014 MULTIRIO NA TRILHA DA AVENTURA, VAMOS CONHECER PEDRO MALASARTES... Visite o site da Educopédia. Selecione, no 6.º ano, a aula n.º 15 – Aventureiros, preparem-se para a ação narrativa! MULTIRIO americanas.com.br Malasartes é um personagem tradicional nos contos populares, trapaceiro invencível e astucioso. O texto “A panela mágica" , recontado por Júlio Emílio Brás, no livro “As Aventuras de Pedro Malasartes”. visualdeco.com.br www.educopedia.com.br A PANELA MÁGICA Malasartes não perdia a oportunidade de divertir-se e de alguma forma lucrar à custa da ingenuidade ou da esperteza dos outros. Surgida a oportunidade, ele pensava rápido. Recordo-me de certa vez em que ele, viajando pelo mundo, sua maior paixão, comprou uma panelinha (e de vez em quando ele adquiria as coisas da maneira mais convencional) para fazer comida. Pouco depois, acampado no meio do mato, lá estava ele cozinhando seu almoço, quando avistou um grupo de tropeiros passando pela estrada. Um deles acenou para ele. – O cheiro está muito bom, moço – comentou o tropeiro. – Tem pra mais um aí? Malasartes sorriu astuciosamente e respondeu: – Como não? Chegue mais perto, viajante! Enquanto os tropeiros desmontavam e se aproximavam, apressou-se em cavar um buraco e empurrou para dentro todas as brasas e tições, cobrindo tudo com a terra. Em seguida, colocou por cima a panela que servia, o cheiro do ensopado espalhando-se convidativamente em todas as direções. Os tropeiros ficaram espantados ao ver a panela fervendo sem fogo algum. 33 Língua Portuguesa - 6.º Ano / 2.º BIMESTRE - 2014 – Mas como é que você consegue? – espantou-se um deles. – Ninguém consegue cozinhar sem fogo... Malasartes, muito cândida, mas falsamente, explicou que aquela panela era mágica. Claro, de início ninguém acreditou, mas, como o ensopado continuava a ferver dentro da panela, as dúvidas começaram a aparecer. – Será que é mesmo? – Você não quer vendê-la? – perguntou um deles. – Ah, não – respondeu Malasartes. – Eu paguei bem caro por ela e ... – Nós pagamos mais! – ajuntou um dos tropeiros. – Não sei, não. Eu a comprei faz tempo e numa cidade longe daqui. Nem sei se poderei comprar outra. – A gente vai lhe dar dinheiro suficiente para comprar outra... – garantiu um terceiro. Malasartes encarou-os. – Mesmo? – Com certeza – e os tropeiros se consultaram e, mais do que depressa, o dinheiro foi rapidamente retirado dos bolsos e amontoado na mão de um deles. – Isto é o bastante? – Eu acho... Antes que Malasartes dissesse qualquer coisa, os tropeiros ofereceram um de seus cavalos. – Está bem – Malasartes finalmente concordou, acrescentando: – Acho que, com o cavalo, minha viagem será mais curta e eu consigo comprar outra panelinha. E, dizendo isso, montou e disparou para bem longe dos tropeiros, que só mais tarde descobriram que haviam sido enganados. MULTIRIO BRÁS, Júlio Emílio. As aventuras de Pedro Malasartes. São Paulo: Cortez, 2004. 1 – Qual o plano arquitetado por Malasartes ao avistar um grupo de tropeiros passando pela estrada? _________________________________________________________________________________________________ _________________________________________________________________________________________________ 34 Língua Portuguesa - 6.º Ano / 2.º BIMESTRE - 2014 2 – Explique o sentido da expressão destacada no trecho “Malasartes, muito cândida, mas falsamente, explicou que aquela panela era mágica.”. Consulte o dicionário. ________________________________________________________________________________________________ a) Que palavra estabelece uma relação de “oposição” entre a forma “cândida” com a qual Malasartes explicou ao grupo de tropeiros que a panela era mágica e o vocábulo “falsamente”? Vamos estudar a pontuação utilizada em alguns trechos do texto? MULTIRIO ________________________________________________________________________________________________ 3 – Repare o uso dos sinais de pontuação nos trechos destacados. Numere os parágrafos para facilitar a localização dos trechos no texto. a) DOIS PONTOS e TRAVESSÃO “Malasartes sorriu astuciosamente e respondeu: – Como não? Chegue mais perto, viajante!” (4.º e 5.º parágrafos)” Nesse trecho, os dois pontos foram utilizados para indicar que será iniciada a fala de um personagem e o travessão (–) para dar início à fala do personagem. Já no trecho: “– Será que é mesmo? – Você não quer vendê-la? – perguntou um deles.” (10.º e 11.º parágrafos) O uso de travessão no início dos parágrafos indica a mudança de interlocutor no diálogo. 35 Língua Portuguesa - 6.º Ano / 2.º BIMESTRE - 2014 b) PARÊNTESES “Recordo-me de certa vez em que ele, viajando pelo mundo, sua maior paixão, comprou uma panelinha (e de vez em quando ele adquiria as coisas da maneira mais convencional) para fazer comida.” (2.º parágrafo) Os parênteses se interpõem num texto, geralmente, para adicionar informação, normalmente explicativa, como no trecho acima. AGORA, É COM VOCÊ !!! Qual é o efeito de sentido produzido pelos sinais de pontuação nos trechos destacados? a) PONTO DE EXCLAMAÇÃO – Nós pagamos mais! – ajuntou um dos tropeiros. (13.º parágrafo) Visite o site da Educopédia. Selecione a aula de n.º 14: Entreouvido por aí: o universo das frases e a pontuação. www.educopedia.com.br O ponto de exclamação reforça o sentimento de convicção. ________________________________________________________________________________________________ ________________________________________________________________________________________________ b) RETICÊNCIAS “– Ah, não – respondeu Malasartes. – Eu paguei bem caro por ela e ... – Nós pagamos mais! – ajuntou um dos tropeiros.” (12.º e 13.º parágrafos) ________________________________________________________________________________________________ ________________________________________________________________________________________________ 36 Língua Portuguesa - 6.º Ano / 2.º BIMESTRE - 2014 4 – Algumas palavras, na nossa língua, ajudam-nos a evitar repetições tanto na fala quanto na escrita. Veja: “Malasartes não perdia a oportunidade de divertir-se e de alguma forma lucrar à custa da ingenuidade ou da esperteza dos outros. Surgida a oportunidade, ele pensava rápido.” (1.º parágrafo) Note que “Ele” substitui Malasartes. “– Com certeza – e os tropeiros se consultaram e, mais do que depressa, o dinheiro foi rapidamente retirado dos bolsos e amontoado na mão de um deles. – Isto é o bastante?” Nesse caso, “isto” substitui “dinheiro”. AGORA, É COM VOCÊ !!! Identifique a que termos do texto os vocábulos destacados fazem referência ou substituem. a) “– Você não quer vendê-la? – perguntou um deles.” (11.º parágrafo) ________________________________________________________________________________________________ b) “Malasartes encarou-os.” (16.º parágrafo) ________________________________________________________________________________________________ c) “E, dizendo isso, montou e disparou para bem longe dos tropeiros, que só mais tarde descobriram que haviam sido enganados.” (último parágrafo) ________________________________________________________________________________________________ ________________________________________________________________________________________________ 37 Língua Portuguesa - 6.º Ano / 2.º BIMESTRE - 2014 5 – Por que os tropeiros acreditaram que aquela era uma panela mágica? ________________________________________________________________________________________________ ________________________________________________________________________________________________ 6 – Complete os espaços abaixo, identificando alguns elementos da narrativa. a) Os PERSONAGENS de “As aventuras de Malasartes” são: __________________________________________________ e __________________________________________________. b) O ESPAÇO na narrativa é definido pela expressão ____________________________________________. 7 – Reflita a respeito do comportamento de Malasartes. O que você achou da conduta do personagem, ao longo da narrativa? Justifique a sua resposta. ________________________________________________________________________________________________ ________________________________________________________________________________________________ 38 Língua Portuguesa - 6.º Ano / 2.º BIMESTRE - 2014 MULTIRIO Você já sabe que, nos diálogos estabelecidos entre os personagens, dois pontos e travessão são os sinais de pontuação geralmente utilizados. Leia o texto a seguir e perceba que, para indicar quem fala, o autor usa, como recurso linguístico, o nome do interlocutor. Doutor Roberto – Rapaz, você está perdendo a vida nesse fim de mundo. Afinal de contas, o que você sabe fazer? O DOUTOR E O PESCADOR Genival – Ah, doutor! Eu sei fazer muita coisa. Eu sei O doutor Roberto viajou para o litoral. Resolveu sair com os pescadores num pequeno barco para assistir à pescaria em alto mar. Durante a viagem, doutor Roberto começou a conversar com o pescador Genival. pescar, trabalhar na roça... Conheço tudo por aqui: o mar, as plantas, os rios, as florestas... Doutor Roberto – Só isso, rapaz? Diga uma coisa: esse barco é seguro? Doutor Roberto – Você sempre trabalhou como pescador, Genival? Genival – Nunca tive problemas com ele não, doutor! Por Genival – Sempre, doutor. Eu só sei fazer isso. quê? Doutor Roberto – Quer dizer que você nunca saiu deste lugar? Nunca viajou de avião? Doutor Roberto – Porque estou vendo muita água entrando Genival – De avião eu não andei não, senhor. Só andei de ônibus até à capital. com a gente, se esse barco afundar? Estamos muito longe Doutor Roberto – Puxa, rapaz! Você está perdendo a vida aqui neste fim de mundo. Mas você sabe ler e escrever? Genival – E tem mesmo, doutor! O senhor sabe nadar? Genival – Só algumas palavras, doutor! Genival – Doutor! Assim sem saber nadar, é capaz do aqui embaixo. A coisa está ficando feia. O que vai acontecer da praia. E aqui deve ter tubarão! Doutor Roberto – Não sei não, rapaz, e agora? doutor perder a vida logo aqui nesse fim de mundo! Texto de autor desconhecido. In: GIRALDEZ, Eduardo Patricio. ,As relações interpessoais e redes de comunicação. Escola Multimeios, 2005. 39 Língua Portuguesa - 6.º Ano / 2.º BIMESTRE - 2014 MULTIRIO Responda a algumas questões relacionadas ao texto “O doutor e o pescador”. 1 – No texto que você acabou de ler é apresentado um diálogo, uma conversa entre dois personagens que se conhecem durante uma pescaria em alto mar. Quem são os personagens? ________________________________________________________________________________________________ ________________________________________________________________________________________________ 2 – Na fala do personagem Doutor Roberto (linhas 12 a 14) “Puxa, rapaz! Você está perdendo a vida aqui neste fim de mundo. Mas você sabe ler e escrever?”, que sentimento é traduzido pela expressão “Puxa, rapaz!”? ________________________________________________________________________________________________ ________________________________________________________________________________________________ 3 – Qual o efeito de sentido produzido pelo uso das reticências registrado na fala de Genival: “Eu sei pescar, trabalhar na roça... Conheço tudo por aqui: o mar, as plantas, os rios, as florestas...” ? ________________________________________________________________________________________________ ________________________________________________________________________________________________ 4 – Compare o sentido produzido pela expressão “perder a vida”, no discurso do doutor Roberto e na fala final do Genival. ________________________________________________________________________________________________ ________________________________________________________________________________________________ 5 – Que ensinamento o texto tem a nos transmitir? ____________________________________________________________________________________________________________________ ____________________________________________________________________________________________________________________ 40 Língua Portuguesa - 6.º Ano / 2.º BIMESTRE - 2014 MULTIRIO O texto “O doutor e o pescador” nos mostrou que as diferenças devem ser respeitadas. Agora, você está convidado a continuar refletindo a respeito do assunto. Leia a tirinha da Mafalda e, com o auxílio de seu Professor, identifique a crítica que está presente nela. QUINO. Toda Mafalda. São Paulo: Martins Fontes, 1993. Agora, responda às questões propostas. 1 – Qual a função a) do relógio que aparece em todos os quadrinhos? ________________________________________________________________________________________________ b) da mudança, na cor de fundo dos dois últimos quadrinhos? ________________________________________________________________________________________________ 2 – O que indica que a personagem Mafalda fala de fora do quarto dos pais? ____________________________________________________________________________________________ Qual é o sentido da frase “Todas as pessoas do mundo são iguais”? Converse com os seus colegas e com o seu Professor. 41 Língua Portuguesa - 6.º Ano / 2.º BIMESTRE - 2014 MULTIRIO Divirta-se um pouco com a história em quadrinhos abaixo! 3 – O que o médico quis dizer com a expressão “dia dolorido”, no segundo quadrinho? _____________________________________________ 4 – Qual foi a causa de Úrsula se machucar também? _____________________________________________ _____________________________________________ MULTIRIO 5 – O que a personagem desejou expressar com a frase “Ficou bacana!”, no terceiro quadrinho? _____________________________________________ _____________________________________________ Responda às questões abaixo. 6 – Que recurso é utilizado no quadrinho para demonstrar o susto que o médico levou ao conhecer Úrsula? 1 – Como o médico comprovou que o dedo de Suriá estava mesmo quebrado”? _____________________________________________ _____________________________________________ _____________________________________________ _____________________________________________ 2 – Qual o motivo da personagem Suriá estar com o dedo machucado? 7 – O que causa humor na história em quadrinhos? _____________________________________________ _____________________________________________ _____________________________________________ 42 Língua Portuguesa - 6.º Ano / 2.º BIMESTRE - 2014 terra.com.br Numa NARRATIVA DE AVENTURA, o protagonista vive as mais surpreendentes situações, desafios e envolve-se numa sequência de peripécias para escapar do perigo. A ação é um elemento fundamental da narrativa de aventura. Você conhece a clássica história “Alice no país das maravilhas”? Vamos ler um trecho dessa aventura? ALICE NO PAÍS DAS MARAVILHAS: UMA HISTÓRIA DE LEWIS CARROLL CONTADA POR RUY CASTRO [...] O Dodô teve a ideia salvadora. – Vamos disputar uma maratona. – Ninguém sabia o que era uma maratona, mas o Dodô riscou no chão uma pista de corrida, em forma de círculo, e os colocou em seus lugares. Não houve o “Um, dois, três e já!, porque todos começaram a correr quando lhes deu na telha e paravam quando tinham vontade. Depois que já haviam corrido meia hora e estavam secos, o Dodô anunciou de repente: – A maratona terminou! – Os bichos correram até ele, cercando-o, e perguntaram: – Quem ganhou? – Parecia uma pergunta difícil de responder, porque Dodô cravou um dedo na testa e ficou pensando, concentrado, enquanto a turma estava em silêncio. Finalmente, exclamou: – Todos ganharam e todos merecem um prêmio! – Mas quem vai dar os prêmios? – perguntaram em coro. – Ué! Ela! – disse Dodô apontando para Alice. – Prêmios! Queremos os prêmios! – foi o alarido. – Alice não sabia o que fazer. Então tirou do bolso um saco de balas (não, a água não havia entrado nele) e distribuiu as balas como prêmio. Deu certinho uma para cada um. [...] MULTIRIO Alice no país das maravilhas: uma história de Lewis Carroll contada por Ruy Castro. São Paulo, Companhia das Letrinhas, 1992. Vamos conversar um pouco sobre esse trecho de “Alice no país das maravilhas”. 43 Língua Portuguesa - 6.º Ano / 2.º BIMESTRE - 2014 Dodô, personagem da obra de Lewis Carroll, em “Alice no país das maravilhas, é uma ave, já extinta, originária das Ilhas Maurício, no oceano Índico. 1 – Você reparou que o tema desse trecho de “Alice no país das maravilhas” é a disputa de uma maratona? Maratona é o nome de uma corrida, cujo percurso é de pouco mais de 42 km. Em uma maratona, há regras definidas: local de largada e local de chegada, sinal para início da prova e percurso preestabelecido. Isso acontece na maratona do texto? Justifique a sua resposta. __________________________________________________________________________________________________ __________________________________________________________________________________________________ 2 – Retire do texto as expressões que foram utilizadas para indicar quando: a) todos começaram a correr b) cada um parava de correr 3 – Explique como são solucionadas cada uma das situações de conflito apresentadas abaixo: a) “– Os bichos correram até ele, cercando-o, e perguntaram: – Quem ganhou?” __________________________________________________________________________________________________ __________________________________________________________________________________________________ b) “– Prêmios! Queremos os prêmios! – foi o alarido.” __________________________________________________________________________________________________ __________________________________________________________________________________________________ 44 Língua Portuguesa - 6.º Ano / 2.º BIMESTRE - 2014 Conheça mais pessoas. Faça novos amigos. Brinque muito! Deixe sua marca e boas lembranças em todos os lugares Abra o vidro! Curta o vento no seu rosto. Faça exercícios para evitar os pneuzinhos. Evite depressão. Sorria sempre. Passeie bastante e aproveite as paisagens. Viaje mais! Por ar, por terra ou por mar. Sorriso acentuado à esquerda. 45 Dê muitas voltas por aí com sua família e amigos. Sorriso acentuado à direita. Siga em frente sempre! E seja feliz. Adaptado. Folheto Publicitário MULTIRIO Nesse caderno pedagógico, você teve a oportunidade de ler textos que unem a linguagem verbal e a linguagem não verbal. No texto abaixo, um novo sentido foi atribuído a algumas placas de trânsito (exemplo de linguagem não verbal), de modo a construir uma mensagem. Língua Portuguesa - 6.º Ano / 2.º BIMESTRE - 2014 ESPAÇO CRIAÇÃO Consulte um manual do Detran ou pesquise na internet as placas de trânsito; pense numa mensagem para os alunos de sua escola; selecione algumas das placas de trânsito e atribua um novo sentido a elas, de modo a construir a mensagem que deseja. Capriche! O que você acha de pendurá-la no mural de sua escola ou no mural de sua sala de aula? Converse com o seu Professor a respeito dessa ideia. ------------------------------------------------------------------------- MULTIRIO ------------------------------------------------------------------------Esperamos que você tenha aprendido bastante, fazendo uso desse caderno! Lendas e mitos bastante interessantes aguardam você no próximo bimestre! Até lá, então! 46 Língua Portuguesa - 6.º Ano / 2.º BIMESTRE - 2014