EDUARDO PAES
PREFEITURA DA CIDADE DO RIO DE JANEIRO
CLAUDIA COSTIN
SECRETARIA MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO
REGINA HELENA DINIZ BOMENY
SUBSECRETARIA DE ENSINO
MARIA DE NAZARETH MACHADO DE BARROS VASCONCELLOS
COORDENADORIA DE EDUCAÇÃO
ELISABETE GOMES BARBOSA ALVES
MARIA DE FÁTIMA CUNHA
COORDENADORIA TÉCNICA
RENATA RAMOS SADER
ELABORAÇÃO E ORGANIZAÇÃO
CATHARINA HARRIET BAPTISTA
GINA BERNANDINO CAPITÃO MOR
SARA LUISA OLIVEIRA LOUREIRO
REVISÃO
GINA BERNANDINO CAPITÃO MOR
SUPERVISÃO
FÁBIO DA SILVA
MARCELO ALVES COELHO JÚNIOR
DESIGN GRÁFICO
EDIOURO GRÁFICA E EDITORA LTDA.
IMPRESSÃO
1
Língua Portuguesa - 6.º Ano / 2.º BIMESTRE - 2014
2
Língua Portuguesa - 6.º Ano / 2.º BIMESTRE - 2014
MULTIRIO
Vamos iniciar o nosso segundo caderno de Língua Portuguesa. No primeiro bimestre, você teve
a oportunidade de ler fábulas e de entrar em contato com o universo mágico dos contos de fadas.
Embarcando, ainda, na magia desses contos, você está convidado a se divertir com a história
em quadrinhos “Tem gosto pra tudo” e conhecer um pouco mais a respeito dos recursos utilizados
na construção desse gênero textual.
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Língua Portuguesa - 6.º Ano / 2.º BIMESTRE - 2014
As famosas HQs, que tanto
nos divertem em jornais,
revistas ou gibis,
caracterizam-se,
principalmente, pela
articulação entre elementos
das linguagens verbal (que
utiliza palavras) e não verbal
(imagens, cores, formato
dos balões).
LOBATO, Monteiro. As melhores histórias em quadrinhos do Sítio do Picapau Amarelo: contos de
fadas. São Paulo, Globo, 2010. (Coleção HQs do Sítio do Picapau Amarelo)
A história em quadrinhos que você acabou de ler, envolvendo os personagens dos contos de
fadas, pode ser encontrada no livro: “As melhores histórias em quadrinhos do Sítio do Picapau
Amarelo: contos de fadas”.
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Língua Portuguesa - 6.º Ano / 2.º BIMESTRE - 2014
MULTIRIO
Você reparou que podemos contar uma história utilizando quadrinhos? São as famosas e divertidas
HISTÓRIAS EM QUADRINHOS.
À medida que você responder às questões propostas, vai descobrir características específicas das
histórias em quadrinhos. Volte ao texto sempre que necessário.
Ao trabalho, então!
1 – O título desta história em quadrinhos é ________________________________________________________________.
Com base no texto, justifique a escolha do título.
________________________________________________________________________________________________
________________________________________________________________________________________________
Personagens são seres, com traços específicos, que atuam em uma narrativa,. São esses traços que
definem a função dos personagens na história.
2 – Os personagens dessa história em quadrinhos são: ___________________, __________________________,
_________________________________ e _____________________________________________.
3 – O balão é um elemento peculiar das histórias em quadrinhos. Ele contém textos ou imagens que correspondem ao
diálogo estabelecido entre os personagens. Pode conter também seus pensamentos e sonhos. Tradicionalmente, o
balão possui formato arredondado e um rabicho, em sua parte inferior, que aponta para o personagem que está
falando.
Vejamos alguns formatos mais comuns:
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Língua Portuguesa - 6.º Ano / 2.º BIMESTRE - 2014
a) balão-fala (apresenta todo o contorno, inclusive o
rabicho em linha contínua).
Repare, abaixo, a utilização do balão-fala, retratando
um trecho do diálogo entre a Cuca e o príncipe.
b) balão-pensamento (rabicho em forma de pequenas
bolhas).
Na cena abaixo, o balão-pensamento indica o que o
cavalo está pensando.
c) balão-grito (contorno bastante irregular ou tremido).
AGORA,
É COM VOCÊ
!!!
Marque com um X todas as cenas da história em
quadrinhos “Tem gosto pra tudo” em que aparecem
um balão-pensamento.
Visite o site da Educopédia.
Selecione, no 6.º ano, a aula n.º 1 –
De quadrinho em quadrinho, muitas
histórias II – a ação narrativa.
www.educopedia.com.br
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Língua Portuguesa - 6.º Ano / 2.º BIMESTRE - 2014
MULTIRIO
4 – Por meio da onomatopeia, procura-se imitar um ruído ou
som, no texto.
Na cena ao lado, por exemplo, a onomatopeia “ABRA-CADUM!” foi utilizada para reproduzir o som da “mágica”
realizada pela Cuca.
Identifique as onomatopeias apresentadas nas cenas abaixo e interprete-as. Volte ao texto sempre que
necessário.
_____________________________________
_____________________________________
_____________________________________
_____________________________________
_____________________________________
_____________________________________
_____________________________________
_____________________________________
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Língua Portuguesa - 6.º Ano / 2.º BIMESTRE - 2014
5 – Vamos identificar, na história em quadrinhos, o sentido de algumas expressões ouvidas no nosso dia a dia. Explique
o sentido dessas expressões:
a) “... de qual planeta você é?”
b) “Tô ligadão em você...”
______________________________________________
______________________________________________
______________________________________________
______________________________________________
______________________________________________
______________________________________________
c) “Eu me amarro em personalidades duronas...”
_________________________________________________________
_________________________________________________________
Visite o site da Educopédia.
Selecione, no 6.º ano, a aula n.º 10 –
Leitura de imagens e recursos gráficos.
www.educopedia.com.br
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Língua Portuguesa - 6.º Ano / 2.º BIMESTRE - 2014
6 – Releia os trechos retirados da história em quadrinhos “Tem gosto pra tudo”.
Você reparou que, nesses trechos do diálogo, tanto a Cuca quanto o príncipe fizeram uso do diminutivo?
a) Volte às cenas apresentadas acima e risque as palavras que se encontram no diminutivo.
b) Qual o efeito de sentido do uso do diminutivo em cada um dos casos?
_______________________________________________________________________________________________
_______________________________________________________________________________________________
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Língua Portuguesa - 6.º Ano / 2.º BIMESTRE - 2014
7 – Releia o quadrinho abaixo:
8 – Vamos interpretar a última cena da história em
quadrinhos?
a) Explique o efeito de sentido provocado pelo uso das
a) A que contos de fadas o príncipe faz referência?
reticências.
_______________________________________________
____________________________________________
_______________________________________________
____________________________________________
____________________________________________
b) Por que o cavalo se demite, no desfecho da narrativa?
_______________________________________________
b) Envolva, no quadrinho, alguns recursos não verbais
_______________________________________________
utilizados para reforçar a queda do príncipe.
_______________________________________________
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Língua Portuguesa - 6.º Ano / 2.º BIMESTRE - 2014
ESPAÇO PES
UISA
Você reparou? A Cuca tem cara de jacaré, garras nos dedos como os gaviões e mora numa caverna
escura. Consulte a Sala de Leitura e pesquise, na obra de Monteiro Lobato, as características de outros
personagens do Sítio do Picapau Amarelo. Escolha um deles, utilize o espaço em branco, abaixo, para
desenhá-lo e escreva, nas linhas, algumas das características que você descobriu.
O que você acha de apresentar seu trabalho aos seus colegas e ler o deles também? Experimente!
Combine tudo com o seu Professor.
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Língua Portuguesa - 6.º Ano / 2.º BIMESTRE - 2014
ESPAÇO
CRIAÇÃO
AGORA,
É COM VOCÊ
!!!
O que pode ter acontecido após o último quadrinho? Continue a escrever essa história. Use sua
criatividade e capriche nas ilustrações!
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Língua Portuguesa - 6.º Ano / 2.º BIMESTRE - 2014
Apresente esses textos a outros
colegas e aos seus familiares.
Veja se eles são capazes de acertar!
13
Almanaque Alfabetização Multimeios. Copyright 2005 by Escola Multimeios.
Como você viu, as histórias em quadrinhos lançam mão da linguagem verbal e da
linguagem não verbal. E, por falar em imagens... responda aos desafios abaixo.
MULTIRIO
Para você se divertir um pouco...
Língua Portuguesa - 6.º Ano / 2.º BIMESTRE - 2014
[email protected]
Cara Senhorita Chapeuzinho Vermelho:
Fiquei feliz demais ao receber seu e-mail. Na casa
de Dona Benta, onde faço estripulias de vez em quando,
ela um dia contou a sua aventura com o Lobo, e fiquei
ouvindo.
Deu uma vontade doida de estar lá, na casa de sua
vovó, para dar uma surra nele.
Onde já se viu isso! Invadir a casa dos outros e fazer
o que ele fez? É bem verdade que entro escondido nas
casas, mas nunca faço maldade de verdade. Apronto, no
máximo, umas brincadeiras, como dar nós nas roupas,
esconder coisas, apagar as luzes.
Aqui, no Brasil, não existe Lobo Mau. Tem o loboguará, tratado com muito carinho no famoso Colégio do
Caraça, em Minas Gerais.
Queira aceitar meus cumprimentos.
[email protected]
Prezado Senhor Saci Pererê:
Soube de sua existência na Biblioteca Pública Infantil
e Juvenil que gosto de frequentar. Lá, encontrei livros do
escritor brasileiro Monteiro Lobato e do folclorista Câmara
Cascudo.
O que mais chamou minha atenção foi que nós dois
usamos, na cabeça, a mesma cor: gorros vermelhinhos.
Eu até já esqueci meu nome, pois todos me chamam
de Chapeuzinho Vermelho...
Teria imenso prazer em me corresponder com o
senhor.
Com meus respeitos,
Chapeuzinho Vermelho
Saci Pererê
Informações sobre a vida e a obra de Monteiro Lobato podem ser encontradas no site
http://www.projetomemoria.art.br. Além de farto material informativo, há sugestões de outros
links para o seu aprofundamento.
14
COELHO, Ronaldo Simões. Dois chapéus vermelhinhos. Belo Horizonte: Aletria Editora, 2010.
O Saci Pererê, assim como a Cuca, é um personagem do Sítio do Picapau Amarelo
inspirado no nosso folclore.
No livro “Dois chapéus vermelhinhos”, Saci Pererê e Chapeuzinho Vermelho trocam emails. Leia como tudo começou:
Língua Portuguesa - 6.º Ano / 2.º BIMESTRE - 2014
MULTIRIO
1 – Na primeira linha de cada texto da página anterior, localiza-se o e-mail do remetente, ou seja, de quem envia a
mensagem.
O
de
Chapeuzinho
Vermelho
é
[email protected]
e
o
do
Saci
Pererê
é
____________________________________________. Notou que os e-mails são parecidos? Forêt é floresta em
francês e é de lá que Chapeuzinho Vermelho escreve, enquanto o Saci se encontra no Brasil.
2 – O e-mail tem uma estrutura semelhante à da carta. Você já teve contato com essa estrutura, quando leu a carta que
o Lobo enviou à Chapeuzinho Vermelho, no 1º bimestre. Lembra?
[email protected]
Prezado Senhor Saci Pererê:
Soube de sua existência na Biblioteca Pública Infantil e Juvenil que gosto
de frequentar. Lá, encontrei livros do escritor brasileiro Monteiro Lobato e do
folclorista Câmara Cascudo.
O que mais chamou minha atenção foi que nós dois usamos, na cabeça, a
mesma cor: gorros vermelhinhos.
Eu até já esqueci meu nome, pois todos me chamam de Chapeuzinho
Vermelho...
Teria imenso prazer em me corresponder com o senhor.
Com meus respeitos,
Chapeuzinho Vermelho
VOCATIVO OU SAUDAÇÃO
AO DESTINATÁRIO
MENSAGEM
DESPEDIDA
ASSINATURA
Releia o e-mail do Saci Pererê e, com o auxílio do seu Professor, destaque as partes que o compõem. Nesse e-mail, a
expressão utilizada para saudar Chapeuzinho Vermelho é __________________________________________________
e a utilizada na despedida é ________________________________________.
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Língua Portuguesa - 6.º Ano / 2.º BIMESTRE - 2014
3 – Como Chapeuzinho Vermelho soube da existência do Saci-Pererê?
_______________________________________________________________________________________________
_______________________________________________________________________________________________
4 – Num trecho do e-mail do Saci-Pererê, ele revela como se sentiu ao receber o e-mail de Chapeuzinho Vermelho.
Envolva esse trecho no texto.
5 – Qual é o significado do vocábulo em destaque no trecho “Na casa de Dona Benta, onde faço estripulias de vez
em quando, ela um dia contou a sua aventura com o Lobo, e fiquei ouvindo.”. Consulte o dicionário, se considerar
necessário.
_______________________________________________________________________________________________
6 – O Saci Pererê dá a sua opinião a respeito do comportamento do lobo no conto “Chapeuzinho Vermelho”. Volte ao
texto, localize o trecho que contém essa opinião e transcreva-o abaixo.
_______________________________________________________________________________________________
_______________________________________________________________________________________________
7 – No e-mail, Saci revela “Deu uma vontade doida de estar lá, na casa de sua vovó, para dar uma surra nele.”. Você
aprovaria essa atitude do Saci? Justifique a sua resposta.
_______________________________________________________________________________________________
_______________________________________________________________________________________________
8 – Saci Pererê apresenta algumas de suas características no e-mail que escreve para Chapeuzinho Vermelho.
Sublinhe-as no texto.
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Língua Portuguesa - 6.º Ano / 2.º BIMESTRE - 2014
Monteiro Lobato permanece na lembrança de todos nós, através dos incríveis personagens do Sítio do
Picapau Amarelo e de todas aquelas aventuras que ganharam espaço até na televisão. Esse mesmo
homem concebeu projetos, até hoje atuais, para transformar o Brasil num país melhor, como, por exemplo,
as campanhas de alcance nacional em defesa do petróleo, do ferro e da saúde.
not1.com.br
Vamos conhecer um pouco da história deste escritor, editor e homem de ideias,
lendo sua pequena biografia.
MONTEIRO LOBATO
José Renato Monteiro Lobato nasceu em Taubaté (São Paulo), em 18 de abril de 1882. Mais tarde mudou o
nome para José Bento, o mesmo de seu pai. Era neto do Visconde de Tremembé, por parte de mãe, Olímpia. Aos 15
anos, perdeu o pai e, no ano seguinte, a mãe. Sempre gostou de ler e de pintar. Queria ter sido pintor, mas o avô o
convenceu a estudar Direito. Formado advogado em São Paulo, torna-se promotor em Areias e casa-se em seguida
com Pureza da Natividade. O casal teve quatro filhos: Martha, Edgard, Guilherme e Ruth. Morando em Areias, começa
a escrever para jornais e revistas.
Herda, com a morte do Visconde, a Fazenda São José do Buquira e procura administrá-la, renunciando à
carreira jurídica. O apelo da literatura é mais forte e, com a venda da propriedade, muda-se para São Paulo,
comprando a Revista do Brasil. Sua vida torna-se bastante movimentada. Funda editoras, passa por uma falência,
muda-se para o Rio, depois para Nova York, como adido comercial. Retorna ao Brasil, pregando a exploração do ferro
e do petróleo. A campanha do petróleo o empobrece, deixando-o também doente e magoado. Nessa época, é
perseguido e preso. Ainda passa algum tempo em Buenos Aires, onde era festejado como escritor, mas regressa a
São Paulo, vindo a morrer em 4 de julho de 1948.
Autor importante da literatura brasileira, contista de “Urupês” e “Negrinha”, é na literatura infantil que encontra a
unânime admiração de leitores críticos. Lobato é considerado o pai de nossa literatura para crianças. Pouquíssimos
países têm um autor a sua altura. Tanto que o dia do seu nascimento, 18 de abril, tornou-se o Dia Nacional do Livro
Infantil.
ALBERGARIA, Lino. A boneca e o saci. Belo Horizonte, Dimensão, 2010.
Glossário: adido – funcionário não pertencente ao quadro oficial, nomeado para desempenhar funções específicas.
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Língua Portuguesa - 6.º Ano / 2.º BIMESTRE - 2014
Com base no texto, complete as frases abaixo e a cruzadinha.
1)
José
Renato
Monteiro
Lobato
nasceu
1
em
4
___________________________________ (São Paulo).
2)
Monteiro
Lobato
sempre
gostou
de
ler
e
de
__________________________________.
7
3) Queria ter sido pintor, mas o avô o convenceu a estudar
5
_________________________.
4) O casal José Renato Monteiro Lobato e Pureza da
3
Natividade tiveram _______________________ filhos.
5) O contista de “Urupês” e “Negrinha” pregou a exploração do
2
ferro e do ______________________________.
6) Lobato é considerado o pai de nossa literatura para
6
___________________________________________.
7) O dia do nascimento de Monteiro Lobato tornou-se o Dia
Nacional do ___________________________________.
Hoje, na propriedade do Visconde de Tremembé, avô de Monteiro Lobato, em Taubaté, São Paulo, além de
agradável área verde com mangueiras e jaqueiras centenárias, entre outras árvores, há o Museu Histórico e
Pedagógico, com biblioteca, salas de exposições da vida e obra do escritor, de artistas plásticos populares e regionais.
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Língua Portuguesa - 6.º Ano / 2.º BIMESTRE - 2014
Quando Monteiro Lobato tinha, aproximadamente, 14 anos, publicou uma pequena
crônica no jornal da escola em que estudava. Iniciava-se, assim, a carreira daquele que viria
a ser um “herói da literatura”.
OPORTUNIDADE
Edward Rowland Sill
MULTIRIO
O texto a seguir leva você a refletir sobre o que é “ser herói”!
Não é a espada que você usa que faz de você um herói. É a maneira como você a usa.
Isto eu vi ou sonhei em meus sonhos:
Havia uma nuvem de poeira sobre a planície;
E sob a nuvem, ou dentro dela, rugia
Uma violenta batalha, e os homens gritavam, e as espadas
Chocavam-se contra espadas e escudos. A bandeira de um príncipe
Avançava, mas, cercada pelo inimigo, começou a recuar.
Um homem covarde tudo observava nos arredores
E pensava: “Se eu tivesse uma espada de puro aço afiado...
Tal como a lâmina azulada que possui o filho do rei, e não essa
Coisa grosseira!” Então quebrou sua espada e atirou-a longe
E, se arrastando, abandonou o campo da luta.
Então veio o filho do rei, ferido, encurralado
E desarmado, e viu a espada quebrada
Coberta pela poeira do chão.
Ele correu, arrebatou-a e, com um grito de guerra,
Ergueu-se novamente, e abateu o inimigo,
E venceu a grande batalha daquele dia heroico.
BENNETT, William J. O livro dos heróis para crianças. Nova Fronteira, São Paulo, 2001.
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Língua Portuguesa - 6.º Ano / 2.º BIMESTRE - 2014
MULTIRIO
O texto que você acabou de ler também conta uma história, não é mesmo? Mas, em forma de
versos... é um poema! Vamos responder a algumas questões sobre ele?
1 – Sublinhe as palavras que foram utilizadas para caracterizar o filho do rei nos versos:
“Então veio o filho do rei, ferido, encurralado
E desarmado, e viu a espada quebrada”
2 – Justifique o emprego das aspas nos versos:
“E pensava: “Se eu tivesse uma espada de puro aço afiado...
Tal como a lâmina azulada que possui o filho do rei, e não essa
Coisa grosseira!” Então quebrou sua espada e atirou-a longe”
__________________________________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________________________________
3 – Volte ao poema e identifique a que termos as palavras destacadas no verso abaixo fazem referência
“Ele correu, arrebatou-a e, com um grito de guerra,”
__________________________________________________________________________________________________
4 – Você notou que o texto “Oportunidade” possui uma moral?
a) Circule-a, no texto.
b) Reflita sobre essa moral. Que ensinamento você pode tirar para o seu dia a dia?
__________________________________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________________________________
20
Língua Portuguesa - 6.º Ano / 2.º BIMESTRE - 2014
A arma que fez de Monteiro Lobato um dos “hérois” da nossa literatura, foi a “palavra”, o
“texto”. É desse autor consagrado, que espalhou livros pelo Brasil, a frase registrada na história
de nosso povo “Um país se faz com homens e livros”.
O livro “Ler é...”, de Anna Claudia Ramos, ilustrado por Patrícia Melo, se propõe a definir a
magia da leitura.
Veja algumas de suas páginas:
Adaptado. RAMOS, Anna Claudia. Ler é... . ZIT, Rio de Janeiro, 2012.
21
Língua Portuguesa - 6.º Ano / 2.º BIMESTRE - 2014
ESPAÇO
CRIAÇÃO
Faça como Anna Claudia Ramos e, por meio de uma frase e de uma ilustração, expresse o que a leitura
lhe proporciona.
O que você acha de, com o auxílio do seu Professor e a participação de todos os seus colegas de classe,
confeccionar também um livro como o que você acabou de ter contato? Cada aluno seria o autor de uma
página. O que acha? Use o espaço abaixo para colocar essa ideia em prática. Mãos à obra!
Ler é...
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Língua Portuguesa - 6.º Ano / 2.º BIMESTRE - 2014
Atento às principais questões de seu tempo, Monteiro Lobato também demonstrou preocupação com os
problemas ambientais. A publicação “Questões ambientais em tirinhas”, reuniu tirinhas produzidas por jovens
de escolas públicas sobre essas questões.
Quatro tirinhas foram selecionadas para a sua leitura. Explique a finalidade de cada uma delas.
_________________________________________________
_____________________________________________
_________________________________________________
_____________________________________________
Promover o reflorestamento.
_________________________________________________
______________________________________________
_________________________________________________
______________________________________________
CARUSO, Francisco & SILVEIRA, Cristina. Questões ambientes em tirinhas. São Paulo, Editora Livraria da Física, 2007.
23
Língua Portuguesa - 6.º Ano / 2.º BIMESTRE - 2014
ESPAÇO
CRIAÇÃO
As
tirinhas
de
“Questões
Ambientais
em
tirinhas”
abordam
os
temas:
Água,
Desmatamento, Efeito Estufa, Enchente, Equilíbrio Ecológico, Lixo, Poluição, Queimada,
Reciclagem, Reflorestamento e Saneamento. Selecione uma questão ambiental que você
deseje abordar e elabore a sua tirinha. Capriche nas ilustrações! Use e abuse da sua
criatividade!
Peça ao seu Professor para enviar a sua produção e a de seus colegas à Secretaria
Municipal de Educação (End.: Rua Afonso Cavalcante, 455. Cidade Nova. 4.º andar , Sala
402.). Vamos divulgar a sua obra. O que você acha?
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Língua Portuguesa - 6.º Ano / 2.º BIMESTRE - 2014
25
Língua Portuguesa - 6.º Ano / 2.º BIMESTRE - 2014
VOCÊ CONHECE A MÚSICA “EMÍLIA, A BONECA-GENTE”?
galeria.colorir.com
MULTIRIO
DE VOLTA AO UNIVERSO DE LOBATO...
EMÍLIA, A BONECA-GENTE
Composição: Baby Consuelo e Pepeu Gomes
De uma caixa de costura
Pano, linha e agulha
Nasceu uma menina valente
Emília, a Boneca-Gente
Nos primeiros momentos de vida
Era toda desengonçada
Ficar em pé não podia, caía
Não conseguia nada...
Emília, Emília, Emília
Emília, Emília, Emília
Mas a partir do momento
Que aprendeu a andar
Emília tomou uma pílula
E tagarelou, tagarelou a falar
Tagarelou, tagarelou a falar
Ela é feita de pano
Mas pensa como um ser humano
Esperta e atrevida
É uma maravilha
Emília, Emília, Emília
Emília, Emília, Emília
Pra cada história, ela tem um plano
Inventa mil ideias, não entra pelo cano
Ah, essa boneca é uma maravilha!
letras.terra.com.br
Emília, Emília
Verso – é cada uma das linhas que constituem um poema.
Estrofe – é o agrupamento de versos com unidade de conteúdo e ritmo.
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Língua Portuguesa - 6.º Ano / 2.º BIMESTRE - 2014
MULTIRIO
Responda a algumas questões relacionadas à música “Emília, a boneca-gente”.
1 – Vamos identificar as características da personagem Emília? Sublinhe, na música, os adjetivos utilizados nesta
caracterização e encontre-os no caça-palavras.
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2 – Retire do texto a estrofe que nos conta como Emília
a – nasceu.
________________________________________________________________________________________________
________________________________________________________________________________________________
b – começou a falar.
________________________________________________________________________________________________
________________________________________________________________________________________________
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Língua Portuguesa - 6.º Ano / 2.º BIMESTRE - 2014
3 – Qual é o sentido da expressão destacada no penúltimo verso da última estrofe?
“Inventa mil idéias, não entra pelo cano”
________________________________________________________________________________________________
________________________________________________________________________________________________
4 – Repare que, ao caracterizar a boneca como “esperta” e “atrevida”, o eu poético está expressando sua opinião.
Retire da música um verso em que fica claro o que o eu poético acha da “boneca-gente”.
________________________________________________________________________________________________
________________________________________________________________________________________________
MULTIRIO
No livro “Caçadas de Pedrinho”, entre outras aventuras, você vai descobrir como
Quindim, um rinoceronte falante, passou a fazer parte da turma do Sítio. E foi Emília quem o
encontrou!
Vamos à leitura de um trecho do capítulo inicial desta parte do livro?
OS NEGÓCIOS DA EMÍLIA
Havia chegado ao Rio de Janeiro um circo de cavalinhos que era uma verdadeira arca de Noé. Trazia enorme
bicharada – seis leões, três girafas, quatro tigres, zebras, hienas, focas, panteras, cangurus, jiboias e um formidável
rinoceronte. Quando Pedrinho leu nos jornais a notícia do grande acontecimento, ficou assanhadíssimo. Quis ir ao
Rio ver as feras, chegando a escrever a Dona Tonica, sua mãe, pedindo licença e meios. Antes, porém, de receber
qualquer resposta, um fato sensacional se deu no Rio: o rinoceronte arrebentou as grades da jaula durante certa
noite de temporal e fugiu. Fugiu para as matas da Tijuca, tomando depois rumo desconhecido.
28
Língua Portuguesa - 6.º Ano / 2.º BIMESTRE - 2014
Esse fato causou o maior rebuliço no Brasil inteiro. Os jornais não tratavam de outra coisa. Até uma revolução que
estava marcada para aquela semana foi adiada, porque os conspiradores acharam mais interessante acompanhar o
caso do rinoceronte do que dar tiros nos adversários.
“UM RINOCERONTE INTERNA-SE NAS MATAS BRASILEIRAS”, era o título da notícia que vinha em letras graúdas
em todos os jornais. Durante um mês ninguém cuidou de mais nada. Grande número de bombeiros e soldados da polícia
foram mobilizados. Os melhores detetives do Rio aplicavam toda a sua esperteza em formar planos para a captura do
misterioso animal. As forças do Norte que andavam caçando o Lampião deixaram em paz esse bandido para também se
dedicarem à caça do monstro. Dizem até que o próprio Lampião e seus companheiros pararam de assaltar as cidades
para se entregarem ao novo esporte – a caça ao rinoceronte.
Onde estaria ele? Nas florestas do Amazonas? Nas matas virgens do Espírito Santo? Ninguém sabia. Telegramas
chegavam de toda parte, sugerindo pistas. Um de Manaus dizia: “Numa floresta, a dez léguas desta cidade, foi visto,
dentro de taquaruçus, o vulto negro de um monstro que parece ser o tal rinoceronte. Pedimos providências”.
Cinco detetives e numerosos bombeiros foram mandados de avião para aquele ponto, a fim de investigar.
Descobriram tratar-se de uma vaca preta que ficara entalada na moita de taquaruçus...
Outro telegrama do mesmo gênero veio da cidade de Cachoeiro, no Espírito Santo. “Nas matas vizinhas ouvem-se
urros que não são de onça nem de nenhum animal conhecido por aqui. Pedimos enérgicas providências.”
O avião de detetives voou para lá. Era um papagaio que fugira de um jardim zoológico, no qual aprendera a imitar o
urro de todos os animais.
Onde estará o rinoceronte? – eis a pergunta que da manhã à noite se repetia pelo país inteiro. Onde poderia ter-se
escondido a tremebunda fera?
Ninguém possuía elementos para responder. Ninguém sabia. Ninguém – exceto... Emília!
Parecerá absurdo. Parecerá invenção de gente sem serviço, e no entanto é a verdade pura. Só a pequenina boneca
do sítio de Dona Benta sabia realmente onde estava escondido o monstro!...
Adaptado. LOBATO, Monteiro. Caçadas de Pedrinho. São Paulo, Globo, 2008.
Responda às questões a seguir, a respeito de um trecho do livro “Caçadas de Pedrinho”.
29
MULTIRIO
Glossário: tremebunda – que faz tremer
Língua Portuguesa - 6.º Ano / 2.º BIMESTRE - 2014
1 – No 1º parágrafo “Quando Pedrinho leu nos jornais a notícia do grande acontecimento, ficou assanhadíssimo.”,
que relação o trecho destacado estabelece com o restante da frase?
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2 – Que fato sensacional ocorrido no Rio de Janeiro é relatado no texto?
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3 – Qual é o sentido do termo destacado no trecho “Esse fato causou o maior rebuliço no Brasil inteiro.” (2.º parágrafo)
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4 – Retire do texto o trecho que revela de quem eram os urros ouvidos na cidade de Cachoeiro, no Espírito Santo.
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5 – Ao longo do texto, observamos que foram utilizados termos diferentes para se referir ao rinoceronte desaparecido.
Quais? Registre-os abaixo.
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6 – Volte ao texto e sublinhe os trechos nos quais as aspas foram utilizadas. Justifique o emprego deste sinal de
pontuação nos trechos sublinhados.
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Língua Portuguesa - 6.º Ano / 2.º BIMESTRE - 2014
noticiaanimal.com.br
ESPAÇO PES
UISA
Agora, faça uma pesquisa sobre rinocerontes: como vivem, onde vivem, de
que se alimentam, onde podem ser encontrados, qual a sua importância para o
meio ambiente e elabore um texto informativo.
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Língua Portuguesa - 6.º Ano / 2.º BIMESTRE - 2014
O que você acha que aconteceu quando a Turma do Sítio do Picapau Amarelo descobriu que o
rinoceronte estava mesmo naquelas terras? Escreva uma aventura com a participação dos personagens de
Lobato, já pesquisados por você, e o rinoceronte procurado. Lembre-se de dar um desfecho ao seu texto.
Antes de apresentá-lo ao seu Professor, releia o que produziu e faça as correções que considerar
necessárias. Depois, compare a sua produção com a narrativa de Lobato, no livro “Caçadas de Pedrinho”.
Você poderá encontrar esse livro na Sala de Leitura.
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Língua Portuguesa - 6.º Ano / 2.º BIMESTRE - 2014
MULTIRIO
NA TRILHA DA AVENTURA, VAMOS CONHECER PEDRO MALASARTES...
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Selecione, no 6.º ano, a aula n.º 15 –
Aventureiros, preparem-se para a ação narrativa!
MULTIRIO
americanas.com.br
Malasartes é um personagem tradicional nos contos populares, trapaceiro invencível e
astucioso.
O texto “A panela mágica" , recontado por Júlio Emílio Brás, no livro “As Aventuras de
Pedro Malasartes”.
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A PANELA MÁGICA
Malasartes não perdia a oportunidade de divertir-se e de alguma forma lucrar à custa da ingenuidade ou da
esperteza dos outros. Surgida a oportunidade, ele pensava rápido.
Recordo-me de certa vez em que ele, viajando pelo mundo, sua maior paixão, comprou uma panelinha (e de vez em
quando ele adquiria as coisas da maneira mais convencional) para fazer comida. Pouco depois, acampado no meio do
mato, lá estava ele cozinhando seu almoço, quando avistou um grupo de tropeiros passando pela estrada. Um deles
acenou para ele.
– O cheiro está muito bom, moço – comentou o tropeiro. – Tem pra mais um aí?
Malasartes sorriu astuciosamente e respondeu:
– Como não? Chegue mais perto, viajante!
Enquanto os tropeiros desmontavam e se aproximavam, apressou-se em cavar um buraco e empurrou para dentro
todas as brasas e tições, cobrindo tudo com a terra. Em seguida, colocou por cima a panela que servia, o cheiro do
ensopado espalhando-se convidativamente em todas as direções. Os tropeiros ficaram espantados ao ver a panela
fervendo sem fogo algum.
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Língua Portuguesa - 6.º Ano / 2.º BIMESTRE - 2014
– Mas como é que você consegue? – espantou-se um deles. – Ninguém consegue cozinhar sem fogo...
Malasartes, muito cândida, mas falsamente, explicou que aquela panela era mágica.
Claro, de início ninguém acreditou, mas, como o ensopado continuava a ferver dentro da panela, as dúvidas
começaram a aparecer.
– Será que é mesmo?
– Você não quer vendê-la? – perguntou um deles.
– Ah, não – respondeu Malasartes. – Eu paguei bem caro por ela e ...
– Nós pagamos mais! – ajuntou um dos tropeiros.
– Não sei, não. Eu a comprei faz tempo e numa cidade longe daqui. Nem sei se poderei comprar outra.
– A gente vai lhe dar dinheiro suficiente para comprar outra... – garantiu um terceiro.
Malasartes encarou-os.
– Mesmo?
– Com certeza – e os tropeiros se consultaram e, mais do que depressa, o dinheiro foi rapidamente retirado dos
bolsos e amontoado na mão de um deles. – Isto é o bastante?
– Eu acho...
Antes que Malasartes dissesse qualquer coisa, os tropeiros ofereceram um de seus cavalos.
– Está bem – Malasartes finalmente concordou, acrescentando: – Acho que, com o cavalo, minha viagem será mais
curta e eu consigo comprar outra panelinha.
E, dizendo isso, montou e disparou para bem longe dos tropeiros, que só mais tarde descobriram que haviam sido
enganados.
MULTIRIO
BRÁS, Júlio Emílio. As aventuras de Pedro Malasartes. São Paulo: Cortez, 2004.
1 – Qual o plano arquitetado por Malasartes ao avistar um grupo de tropeiros passando pela estrada?
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Língua Portuguesa - 6.º Ano / 2.º BIMESTRE - 2014
2 – Explique o sentido da expressão destacada no trecho “Malasartes, muito cândida, mas falsamente, explicou que
aquela panela era mágica.”. Consulte o dicionário.
________________________________________________________________________________________________
a) Que palavra estabelece uma relação de “oposição” entre a forma “cândida” com a qual Malasartes explicou ao grupo
de tropeiros que a panela era mágica e o vocábulo “falsamente”?
Vamos estudar a pontuação utilizada em alguns trechos do texto?
MULTIRIO
________________________________________________________________________________________________
3 – Repare o uso dos sinais de pontuação nos trechos destacados. Numere os parágrafos para facilitar a localização dos
trechos no texto.
a) DOIS PONTOS e TRAVESSÃO
“Malasartes sorriu astuciosamente e respondeu:
– Como não? Chegue mais perto, viajante!” (4.º e 5.º parágrafos)”
Nesse trecho, os dois pontos foram utilizados para indicar que será iniciada a fala de um personagem e o
travessão (–) para dar início à fala do personagem.
Já no trecho:
“– Será que é mesmo?
– Você não quer vendê-la? – perguntou um deles.” (10.º e 11.º parágrafos)
O uso de travessão no início dos parágrafos indica a mudança de interlocutor no diálogo.
35
Língua Portuguesa - 6.º Ano / 2.º BIMESTRE - 2014
b) PARÊNTESES
“Recordo-me de certa vez em que ele, viajando pelo mundo, sua maior paixão, comprou uma panelinha (e de vez em
quando ele adquiria as coisas da maneira mais convencional) para fazer comida.” (2.º parágrafo)
Os parênteses se interpõem num texto, geralmente, para adicionar informação, normalmente
explicativa, como no trecho acima.
AGORA,
É COM VOCÊ
!!!
Qual é o efeito de sentido produzido pelos sinais de pontuação nos trechos destacados?
a) PONTO DE EXCLAMAÇÃO
– Nós pagamos mais! – ajuntou um dos tropeiros. (13.º parágrafo)
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Selecione a aula de n.º 14:
Entreouvido por aí: o universo
das frases e a pontuação.
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O ponto de exclamação reforça o sentimento de convicção.
________________________________________________________________________________________________
________________________________________________________________________________________________
b) RETICÊNCIAS
“– Ah, não – respondeu Malasartes. – Eu paguei bem caro por ela e ...
– Nós pagamos mais! – ajuntou um dos tropeiros.” (12.º e 13.º parágrafos)
________________________________________________________________________________________________
________________________________________________________________________________________________
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Língua Portuguesa - 6.º Ano / 2.º BIMESTRE - 2014
4 – Algumas palavras, na nossa língua, ajudam-nos a evitar repetições tanto na fala quanto na escrita. Veja:
“Malasartes não perdia a oportunidade de divertir-se e de alguma forma lucrar à custa da ingenuidade ou da
esperteza dos outros. Surgida a oportunidade, ele pensava rápido.” (1.º parágrafo)
Note que “Ele” substitui Malasartes.
“– Com certeza – e os tropeiros se consultaram e, mais do que depressa, o dinheiro foi rapidamente retirado dos
bolsos e amontoado na mão de um deles. – Isto é o bastante?”
Nesse caso, “isto” substitui “dinheiro”.
AGORA,
É COM VOCÊ
!!!
Identifique a que termos do texto os vocábulos destacados fazem referência ou substituem.
a) “– Você não quer vendê-la? – perguntou um deles.” (11.º parágrafo)
________________________________________________________________________________________________
b) “Malasartes encarou-os.” (16.º parágrafo)
________________________________________________________________________________________________
c) “E, dizendo isso, montou e disparou para bem longe dos tropeiros, que só mais tarde descobriram que haviam sido
enganados.” (último parágrafo)
________________________________________________________________________________________________
________________________________________________________________________________________________
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Língua Portuguesa - 6.º Ano / 2.º BIMESTRE - 2014
5 – Por que os tropeiros acreditaram que aquela era uma panela mágica?
________________________________________________________________________________________________
________________________________________________________________________________________________
6 – Complete os espaços abaixo, identificando alguns elementos da narrativa.
a) Os PERSONAGENS de “As aventuras de Malasartes” são: __________________________________________________ e
__________________________________________________.
b) O ESPAÇO na narrativa é definido pela expressão ____________________________________________.
7 – Reflita a respeito do comportamento de Malasartes. O que você achou da conduta do personagem, ao longo da
narrativa? Justifique a sua resposta.
________________________________________________________________________________________________
________________________________________________________________________________________________
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Língua Portuguesa - 6.º Ano / 2.º BIMESTRE - 2014
MULTIRIO
Você já sabe que, nos diálogos estabelecidos entre os personagens, dois pontos e travessão são
os sinais de pontuação geralmente utilizados. Leia o texto a seguir e perceba que, para indicar
quem fala, o autor usa, como recurso linguístico, o nome do interlocutor.
Doutor Roberto – Rapaz, você está perdendo a vida nesse
fim de mundo. Afinal de contas, o que você sabe fazer?
O DOUTOR E O PESCADOR
Genival – Ah, doutor! Eu sei fazer muita coisa. Eu sei
O doutor Roberto viajou para o litoral. Resolveu sair
com os pescadores num pequeno barco para assistir à
pescaria em alto mar. Durante a viagem, doutor Roberto
começou a conversar com o pescador Genival.
pescar, trabalhar na roça... Conheço tudo por aqui: o mar, as
plantas, os rios, as florestas...
Doutor Roberto – Só isso, rapaz? Diga uma coisa: esse
barco é seguro?
Doutor Roberto – Você sempre trabalhou como pescador,
Genival?
Genival – Nunca tive problemas com ele não, doutor! Por
Genival – Sempre, doutor. Eu só sei fazer isso.
quê?
Doutor Roberto – Quer dizer que você nunca saiu deste
lugar? Nunca viajou de avião?
Doutor Roberto – Porque estou vendo muita água entrando
Genival – De avião eu não andei não, senhor. Só andei de
ônibus até à capital.
com a gente, se esse barco afundar? Estamos muito longe
Doutor Roberto – Puxa, rapaz! Você está perdendo a vida
aqui neste fim de mundo. Mas você sabe ler e escrever?
Genival – E tem mesmo, doutor! O senhor sabe nadar?
Genival – Só algumas palavras, doutor!
Genival – Doutor! Assim sem saber nadar, é capaz do
aqui embaixo. A coisa está ficando feia. O que vai acontecer
da praia. E aqui deve ter tubarão!
Doutor Roberto – Não sei não, rapaz, e agora?
doutor perder a vida logo aqui nesse fim de mundo!
Texto de autor desconhecido. In: GIRALDEZ, Eduardo Patricio. ,As relações
interpessoais e redes de comunicação. Escola Multimeios, 2005.
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Língua Portuguesa - 6.º Ano / 2.º BIMESTRE - 2014
MULTIRIO
Responda a algumas questões relacionadas ao texto “O doutor e o pescador”.
1 – No texto que você acabou de ler é apresentado um diálogo, uma conversa entre dois personagens que se
conhecem durante uma pescaria em alto mar. Quem são os personagens?
________________________________________________________________________________________________
________________________________________________________________________________________________
2 – Na fala do personagem Doutor Roberto (linhas 12 a 14) “Puxa, rapaz! Você está perdendo a vida aqui neste fim de
mundo. Mas você sabe ler e escrever?”, que sentimento é traduzido pela expressão “Puxa, rapaz!”?
________________________________________________________________________________________________
________________________________________________________________________________________________
3 – Qual o efeito de sentido produzido pelo uso das reticências registrado na fala de Genival: “Eu sei pescar, trabalhar
na roça... Conheço tudo por aqui: o mar, as plantas, os rios, as florestas...” ?
________________________________________________________________________________________________
________________________________________________________________________________________________
4 – Compare o sentido produzido pela expressão “perder a vida”, no discurso do doutor Roberto e na fala final do
Genival.
________________________________________________________________________________________________
________________________________________________________________________________________________
5 – Que ensinamento o texto tem a nos transmitir?
____________________________________________________________________________________________________________________
____________________________________________________________________________________________________________________
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Língua Portuguesa - 6.º Ano / 2.º BIMESTRE - 2014
MULTIRIO
O texto “O doutor e o pescador” nos mostrou que as diferenças devem ser respeitadas.
Agora, você está convidado a continuar refletindo a respeito do assunto. Leia a tirinha da Mafalda
e, com o auxílio de seu Professor, identifique a crítica que está presente nela.
QUINO. Toda Mafalda. São Paulo: Martins Fontes, 1993.
Agora, responda às questões propostas.
1 – Qual a função
a) do relógio que aparece em todos os quadrinhos?
________________________________________________________________________________________________
b) da mudança, na cor de fundo dos dois últimos quadrinhos?
________________________________________________________________________________________________
2 – O que indica que a personagem Mafalda fala de fora do quarto dos pais?
____________________________________________________________________________________________
Qual é o sentido da frase “Todas as pessoas do mundo são iguais”? Converse com
os seus colegas e com o seu Professor.
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Língua Portuguesa - 6.º Ano / 2.º BIMESTRE - 2014
MULTIRIO
Divirta-se um pouco com a
história em quadrinhos abaixo!
3 – O que o médico quis dizer com a expressão “dia
dolorido”, no segundo quadrinho?
_____________________________________________
4 – Qual foi a causa de Úrsula se machucar também?
_____________________________________________
_____________________________________________
MULTIRIO
5 – O que a personagem desejou expressar com a frase
“Ficou bacana!”, no terceiro quadrinho?
_____________________________________________
_____________________________________________
Responda às questões abaixo.
6 – Que recurso é utilizado no quadrinho para
demonstrar o susto que o médico levou ao conhecer
Úrsula?
1 – Como o médico comprovou que o dedo de Suriá
estava mesmo quebrado”?
_____________________________________________
_____________________________________________
_____________________________________________
_____________________________________________
2 – Qual o motivo da personagem Suriá estar com o
dedo machucado?
7 – O que causa humor na história em quadrinhos?
_____________________________________________
_____________________________________________
_____________________________________________
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Língua Portuguesa - 6.º Ano / 2.º BIMESTRE - 2014
terra.com.br
Numa NARRATIVA DE AVENTURA, o protagonista vive as mais surpreendentes
situações, desafios e envolve-se numa sequência de peripécias para escapar do
perigo. A ação é um elemento fundamental da narrativa de aventura.
Você conhece a clássica história “Alice no país das maravilhas”?
Vamos ler um trecho dessa aventura?
ALICE NO PAÍS DAS MARAVILHAS:
UMA HISTÓRIA DE LEWIS CARROLL CONTADA POR RUY CASTRO
[...] O Dodô teve a ideia salvadora.
– Vamos disputar uma maratona.
– Ninguém sabia o que era uma maratona, mas o Dodô riscou no chão uma pista de corrida, em forma de círculo, e
os colocou em seus lugares. Não houve o “Um, dois, três e já!, porque todos começaram a correr quando lhes deu na
telha e paravam quando tinham vontade. Depois que já haviam corrido meia hora e estavam secos, o Dodô anunciou
de repente:
– A maratona terminou!
– Os bichos correram até ele, cercando-o, e perguntaram:
– Quem ganhou?
– Parecia uma pergunta difícil de responder, porque Dodô cravou um dedo na testa e ficou pensando, concentrado,
enquanto a turma estava em silêncio. Finalmente, exclamou:
– Todos ganharam e todos merecem um prêmio!
– Mas quem vai dar os prêmios? – perguntaram em coro.
– Ué! Ela! – disse Dodô apontando para Alice.
– Prêmios! Queremos os prêmios! – foi o alarido.
– Alice não sabia o que fazer. Então tirou do bolso um saco de balas (não, a água não havia entrado nele) e
distribuiu as balas como prêmio. Deu certinho uma para cada um. [...]
MULTIRIO
Alice no país das maravilhas: uma história de Lewis Carroll contada por Ruy Castro. São Paulo, Companhia das Letrinhas, 1992.
Vamos conversar um pouco sobre esse trecho de “Alice no país das maravilhas”.
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Língua Portuguesa - 6.º Ano / 2.º BIMESTRE - 2014
Dodô, personagem da obra de Lewis Carroll, em “Alice no país das maravilhas, é uma ave, já
extinta, originária das Ilhas Maurício, no oceano Índico.
1 – Você reparou que o tema desse trecho de “Alice no país das maravilhas” é a disputa de uma maratona? Maratona é o
nome de uma corrida, cujo percurso é de pouco mais de 42 km. Em uma maratona, há regras definidas: local de largada
e local de chegada, sinal para início da prova e percurso preestabelecido. Isso acontece na maratona do texto? Justifique
a sua resposta.
__________________________________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________________________________
2 – Retire do texto as expressões que foram utilizadas para indicar quando:
a) todos começaram a correr
b) cada um parava de correr
3 – Explique como são solucionadas cada uma das situações de conflito apresentadas abaixo:
a) “– Os bichos correram até ele, cercando-o, e perguntaram:
– Quem ganhou?”
__________________________________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________________________________
b) “– Prêmios! Queremos os prêmios! – foi o alarido.”
__________________________________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________________________________
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Língua Portuguesa - 6.º Ano / 2.º BIMESTRE - 2014
Conheça mais pessoas.
Faça novos amigos.
Brinque muito!
Deixe sua marca
e boas lembranças em todos
os lugares
Abra o vidro!
Curta o vento no seu rosto.
Faça exercícios
para evitar os pneuzinhos.
Evite depressão.
Sorria sempre.
Passeie bastante e
aproveite as paisagens.
Viaje mais!
Por ar, por terra
ou por mar.
Sorriso acentuado
à esquerda.
45
Dê muitas voltas por aí com
sua família e amigos.
Sorriso
acentuado à direita.
Siga em frente sempre!
E seja feliz.
Adaptado. Folheto Publicitário
MULTIRIO
Nesse caderno pedagógico, você teve a oportunidade de ler textos que unem a linguagem
verbal e a linguagem não verbal. No texto abaixo, um novo sentido foi atribuído a algumas placas
de trânsito (exemplo de linguagem não verbal), de modo a construir uma mensagem.
Língua Portuguesa - 6.º Ano / 2.º BIMESTRE - 2014
ESPAÇO
CRIAÇÃO
Consulte um manual do Detran ou pesquise na internet as placas de trânsito; pense numa mensagem
para os alunos de sua escola; selecione algumas das placas de trânsito e atribua um novo sentido a elas, de
modo a construir a mensagem que deseja. Capriche!
O que você acha de pendurá-la no mural de sua escola ou no mural de sua sala de aula? Converse
com o seu Professor a respeito dessa ideia.
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MULTIRIO
------------------------------------------------------------------------Esperamos que você tenha aprendido bastante, fazendo uso desse caderno!
Lendas e mitos bastante interessantes aguardam você no próximo bimestre!
Até lá, então!
46
Língua Portuguesa - 6.º Ano / 2.º BIMESTRE - 2014
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Caderno Pedagógico Língua Portuguesa