8 QUINTA- FEIRA 25 de junho de 2015 Confira o vídeo e galeria de fotos da produção de lanchas de luxo no Distrito Industrial no Portal Gaz e na edição online da GERAL Gazeta do Sul NOVIDADE ■■ Cimitarra trocou Vera Cruz pelo Distrito Industrial, onde pretende aumentar a sua produção nacional de lanchas de luxo até refeitório próprio.” Mas essa mudança para San [email protected] ta Cruz não foi tão fácil. A cidade teve que trabalhar muito para Uma nova empresa acaba de evitar que a empresa se mudasancorar em Santa Cruz do Sul, se a Santa Catarina. “Apesar da prometendo movimentar a eco- grande maioria dos clientes estanomia da cidade e trazer novos rem na região Sudeste, o estaleiro empregos para a população. A preferiu se manter no Rio GranCimitarra, que fabrica barcos de de do Sul devido a uma excelenluxo, instalou sua fábrica no Dis- te mão de obra local. Por se tratrito Industrial no mês passado e tar de uma produção altamente já produz de vento em popa. Fun- manual, isso faz muita diferendada em Vera Cruz, a necessida- ça”, afirma Marthina. O secretáde de expansão fez com que ela rio de Desenvolvimento Econôbuscasse novos mares. A mudan- mico, Turismo, Ciência e Tecnoça para as terras santa-cruzen- logia de Santa Cruz do Sul, Céses ocorreu graças a uma mano- sar Cechinato, valoriza a manubra da Prefeitura, que ofereceu o tenção da Cimitarra no Estado e o ambiente ideal para o desembar- mútuo crescimento que a instalaque na cidade. ção dela vai propiciar. “A empreDesde que começou seus tra- sa estava prestes a se instalar em balhos, em 1999, a Cimitarra não Santa Catarina devido à menor parou de crescer e foi construin- incidência de ICMS. Além disso, do barcos cada vez maiores. O necessitava de disponibilidade de lugar onde eles energia elétrica estavam insta- Secretaria municipal compatível com lados era limi- trabalhou para evitar suas necessidatado tanto em des. Atuamos tamanho quan- que a marca se mudasse fortemente no t o e m e n e r - a Santa Catarina sentido de logia para a procalizá-la aqui”, dução ocorrer exalta. com tranquilidaOs prédios de. “Não tínhamos pé-direito sufi- antigos receberam investimenciente para construir uma lancha de tos para reforma e adaptação, e 76 pés. A demanda vem crescendo também foram feitos trâmites cada vez mais, por isso a necessi- junto à AES Sul. “Para compledade de expansão e mudança”, ex- tar, o governo do Estado foi senplica a gerente de marketing, Mar- sível e equalizou a alíquota do thina Ko Freitag. ICMS à de Santa Catarina no fiA empresa precisou, portanto, nal do ano passado”, frisa o sede um lugar ainda maior e encon- cretário. Como contrapartida ao trou no Distrito Industrial o pon- esforço da municipalidade e dos to para se instalar. O pavilhão, incentivos concedidos, além dos que estava desocupado e antiga- impostos, a empresa deverá gemente pertencia a uma empresa rar em Santa Cruz do Sul 146 emde tabaco, tem 10 metros de al- pregos no primeiro ano de ativitura em seu ponto mais alto e se dades e cerca de 260 empregos encontra em uma localização pri- em 2016. vilegiada. “Além disso, proporNa tarde de ontem o prefeiciona aos colaboradores um am- to Telmo Kirst, acompanhado biente de trabalho confortável, de Cechinato, conheceu as noamplo, com área de descanso e vas instalações da Cimitarra. O Rodrigo Kämpf Rodrigo Assmann Empresa de barcos se instala em Santa Cruz ■■O diretor Tomas apresentou instalações para as autoridades santa-cruzenses na tarde de ontem barco de 76 pés já está em produção e outras dezenas recebem os últimos detalhes para ser encaminhados aos compradores. Segundo Kirst, o empreendimento é uma excelente novidade para Santa Cruz e o impressionou pela quantidade de produção e pela qualidade do produto apresentado. “Isso é fruto de um bom trabalho da secretaria. A cidade está de parabéns por contar com uma importante marca como essa”, comemora o prefeito. Técnica ambientalmente correta Um dos destaques da produção da Cimitarra foi trazido da Noruega. Para fazer o casco dos barcos é realizada uma infusão a vácuo, que é mais limpa, ambientalmente correta e utiliza menos química. Além disso, deixa o produto mais leve e resistente. O princípio da técnica é simples: consiste apenas de uma bolsa de vácuo sobre o molde de onde o ar é retirado por uma bomba. A diferença de pressão criará uma pressão externa ao longo do laminado sobre o molde. O objetivo principal é aumentar a adesão dos laminados ao núcleo e evitar a necessidade da colagem por meio de mantas de fibra de vidro. Cimitarra se destaca no mercado brasileiro O estaleiro Cimitarra começou a produzir lanchas de médio porte em Vera Cruz em 1999. Com o passar dos anos, passou a fabricar barcos de luxo cada vez maiores. Hoje o destaque da marca é a Cimitarra 76 pés (o que representa 23,60 metros de comprimento). Mais de 2 mil de seus produtos estão espalhados em rios, lagos e mares do mundo. Nos dois pavilhões de Santa Cruz são executadas todas as etapas da constru- ção de uma lancha, desde a produção do casco até os detalhes finais, como GPS, estofamento, churrasqueira e chopeira. A produção mensal é de oito barcos. Cada um leva cerca de um mês e meio para ficar pronto. As lanchas são feitas apenas por encomenda, e várias celebridades do Brasil já adquiriram uma Cimitarra. O valor de uma varia de R$ 600 mil até R$ 6 milhões. “Vamos crescer muito neste novo local. Claro que novas contratações e obras de expansão vão depender da economia. Mas estamos confiantes”, conta o diretor Tomas Ko Freitag. Neste domingo, o público que for ao Autódromo conferir a Stock Car poderá também conhecer uma das embarcações de luxo da Cimitarra. Na área vip, haverá um dos barcos que já estão prontos e logo serão mandados para o seu comprador. ■