MINI-CURSOS
MINI-CURSO - 01
MITOS E LENDAS PARA COMPREENDER A HISTÓRIA E CULTURA
AFRICANA E AFRO-BRASILEIRA
Prof. MSc. João Bosco da Silva - Mestre em História pela UFMT. Atua
na Gerência de Diversidade da SEDUC/MT, é membro do Conselho Estadual da
Igualdade Racial do Estado de Mato Grosso e do Fórum Permanente de Educação e
Diversidade de Mato Grosso.
PROPONENTE:
DESCRIÇÃO:
Que possibilidade uma lenda pode expressar a forma de viver, pensar e agir de um
povo? Que importância têm as histórias relatadas pelos griot, tanto no passado quanto
hoje para os povos da África em geral e da África Atlântica em especial? É possível
introduzir história e cultura africana e afro-brasileira nos currículos escolares através de
mitos e lendas?
A Lei 10.639/03 colocou em cheque os educadores brasileiros, visto que a grande
maioria afirma não estar preparada para implementá-la nos currículos escolares.
Pensando por este ângulo é que propomos este mini-curso, que visa analisar
estratégias na busca de concretizar idéias e práticas interdisciplinares para a
implementação da Lei 10.639/03.
Para tanto, recorremos a mitos e lendas como forma de compreender a
mentalidade de povos da África Atlântica, que, com toda uma diáspora, vieram para a
América e, conseqüentemente para o Brasil. No qual destacaremos a participação desses
povos na formação sócio-cultural, econômica e religiosa de nosso país.
(Re) pensar práticas docentes, no que se refere à história e cultura africana e afrobrasileira, entre outros pontos é o que se almeja com este mini-curso.
2-OBJETIVOS
2.1- GERAL
 Capacitar educadores em práticas pedagógicas buscando a implementação da Lei
10.639/03 nos currículos escolares da educação básica.
2.2- ESPECÍFICOS
 Compreender a função social dos griot’s nas sociedades africanas;
 Destacar a importância das lendas como forma de compreender práticas culturais
de povos da África Atlântica;
 Perceber nos mitos e lendas formas de introduzir a cultura e história africana e
afro-brasileira no currículo da educação básica.
3- METODOLOGIA
Exposição dialogada com participantes do mini-curso
Recursos Didáticos: Data Show, Textos da bibliografia básica.
4-AVALIAÇÃO
Cada participante escolherá uma lenda africana, analisará e posteriormente
relatará as possibilidades que a mesma apresenta para introdução da história e cultura
africana e afro-brasileira no currículo da unidade escolar em que atua.
Número de vagas: 30
Público Alvo: Educadores do Ensino Fundamental e Médio
5- BIBLIOGRAFIA BÁSICA
ARANHA, Maria Lúcia de Arruda. Filosofando: Introdução à Filosofia. Moderna, São
Paulo – SP, 1993, 2ª Ed.
CUNHA, José Auri. Os mitos desvendam o mundo e seus mistérios. In. Filosofia:
Iniciação à Investigação Filosófica. Atual. São Paulo, 1992, p. 82 e 83.
HOISEL, Tiago & LIMA, Fábio, Iansã. Fundação Cultural Palmares, Brasília – DF, 2006,
2ª Ed.
PRANDI, Reginaldo. Mitologia dos Orixás - Mais histórias dos deuses africanos que
vieram para o Brasil como os escravos. Cia. das Letras. São Paulo – SP, 2002.
_________________. Ifá, o Adivinho - Mais histórias dos deuses africanos que vieram
para o Brasil como os escravos. Cia. das Letrinhas. São Paulo-SP, 2002.
__________________. Xangô, O Trovão-Mais histórias dos deuses africanos que vieram
para o Brasil como os escravos Cia. das Letrinhas. São Paulo-SP, 2003.
_________________. Oxumarê: O Arco-Ìris – Mais histórias dos deuses africanos que
vieram para o Brasil como os escravos. Cia. das Letrinhas. São Paulo-SP, 2004.
6- BIBLIOGRAFIA COMPLEMENTAR
BARROS, José Márcio. Ensino de História e Cultura Africana e Afro-Brasileira. PUCMinas Virtual, Belo Horizonte – MG, 2006.
BENJAMIN, Roberto. A áfrica está em nós: História e Cultura Afro-Brasileira ( Livro
4). Editoria Grafset. João Pessoa – PB, 2006.
BRAGA, Maria Lúcia de Santana. Dimensões da inclusão no Ensino Médio: mercado de
trabalho, religiosidade e educação quilombola. MEC/SECAD. Brasília – DF, 2006.
DEL PRIORE, Mary. Ancestrais: Uma Introdução à História da África Atlântica.
Campus. Rio de Janeiro – RJ, 2004, 7ª Ed.
LUDY, Raul. Jóias de Axé: Fios-de-contas e outros adornos do corpo- A Joalheria afrobrasileira. Bertrand Brasil. Rio de Janeiro - RJ, 2001.
MUNANGA, Kabengele (Org) Superando o Racismo na Escola. MEC/SECAD. BrasíliaDF, 2005.
___________________ & GOMES, Nilma Lino (Orgs) Para Entender o Negro no Brasil
de Hoje: História, Realidades, Problemas e Caminhos. Ação Educativa. São Paulo – DF,
2004.
Orientações e Ações para a Educação das Relações Étnico-Raciais. MEC/SECAD.
Brasília-DF, 2006.
SILVA, Nelson Fernando Inocêncio. Africanidade e Religiosidade: Uma abordagem
sobre as sagradas matrizes africanas na escola. In: Educação anti-racista: Caminhos
abertos pela Lei Federal nº 10.639/03. MEC/SECAD. Brasília – DF, 2005.
SOUZA, Marina de Mello e. África e Brasil Africano. Ática. São Paulo-SP, 2006.
MINI-CURSO - 02
PRÁTICAS E PERSPECTIVAS NO ENSINO DE HISTÓRIA
PROPONENTE: Prof. MSc. Camilo Buss Araújo – (Mestre em História e
doutorando em História Social – Unicamp Vínculo Institucional: Universidade
Estadual de Campinas – UNICAMP)
DESCRIÇÃO:
O objetivo principal é discutir a distância entre aquilo que se produz na
universidade e os assuntos trabalhados em sala de aula. Observa-se que muito das
reflexões feitas no ambiente da academia se perde no ambiente escolar. O professor,
então, vê-se muitas vezes pressionado, por pais ou pela instituição, para que transmita a
maior quantidade de conteúdos no menor tempo possível, com a antiga concepção de que
mais informações significam necessariamente maior aprendizagem. Neste sentido, é
importante pensar possibilidades de práticas de ensino coadunadas com as reflexões
teóricas produzidas e como podemos tentar implementar, na prática, um projeto de
educação transformadora. Por fim, discutir temas como o "professor pesquisador" e como
pode ser feito um projeto de educação que estimule a reflexão diante do contexto de
mercantilização do ensino, imposto pela iniciativa privada e por muitos manuais
escolares.
MINI-CURSO - 03
HISTÓRIA E ENSINO DA HISTÓRIA DOS NEGROS EM MATO GROSSO E A
IMPLANTAÇÃO DA LEI 10.639
PROPONENTE: Suelme Evangelista Fernandes – (Mestre em História pela UFMT).
Instituição: Secretaria de Estado de Educação de Mato Grosso – Seduc.
DESCRIÇÃO:
Justificativa
Este mini-curso visa apontar os debates a cerca da ocupação da fronteira de Mato Grosso
no período colonial sob as lentes da presença africana, destacando as escapadas de
escravos para os domínios hispânicos, o cativeiro português, os quilombos e a liberdade
em Espanha, suas teias de negociações, relações, comércio na perspectiva da lei
10.639/03 limites e possibilidades.
Ao destacar as fricções da colonização entre africanos e demais colonos e grupos étnicos
pretendo dar maior visibilidade a presença dos segmentos negros na história da ocupação
deste domínio português e suas múltiplas e complexas relações.
A pretensão é provocar uma confrontação de saberes entre a produção de conhecimento
histórico sobre o tema e sua articulação com o ensino de história na direção dos desafios
postos na lei 10.639/03 e a necessária transposição didática.
Sendo assim pretendemos fazer um rápido balanço historiográfico sobre os principais
autores que destacam a presença de grupos negros na capitania de Mato Grosso,
apresentar fragmentos documentais das fontes locais capazes de compor estes cenários
seu potencial historiográfico e possibilidades de utilização na sala de aula.
Metodologia
Durante o mini-curso realizaremos algumas leituras estratégicas de obras de alguns
autores (sintetizadas em apresentações de multimídia) que abordam a história dos negros
na fronteira da capitania de Mato Grosso, realizando rapidamente uma revisão
historiográfica.
Com o uso de alguns documentos em tela digital despertaremos a atenção dos cursistas
para a riqueza empírica e das inúmeras possibilidades de pesquisa das fontes documentais
existentes nos arquivos do estado como forma também de desvelar o silêncio sobre a
temática.
No último momento da reflexão pretendo através de dois manuais didáticos regionais
destacar a maneira como se é apresentado os negros neste livros e confrontar estas
discussões com as a produção historiográfica e as exigências da lei 10.639.
Objetivos:
- Discutir e analisar as dificuldades de se implantar a lei 10.639/03 em Mato Grosso;
- Oferecer metodologias e fontes de pesquisa para a produção de pesquisas sobre a
presença negra na fronteira de Mato grosso;
- Realizar uma rápida revisão bibliográfica das principais obras sobre os negros em Mato
Grosso;
- Apontara as dificuldades da contextualização didática do saber historiográfico para o
ensino de história.
Conteúdo Programático
11/11/2008 - Apresentação da temática e dos principais autores que trabalham com a
História dos Negros em Mato Grosso.
12/11/2008 - Discussão das fontes documentais e documentos históricos.
13/11/2008 - Confrontação do saber historiográfico com a prática da sala de aula e as
dificuldades da contextualização da lei 10.639.
- Avaliação e considerações finais
Recursos Didáticos Necessários:
Data show, quadro branco e pincéis.
Bibliografia Recomendada:
BANDEIRA, Maria de Lurdes. Território Negro em espaço Branco: estudo antropológico
de Vila Bela . São Paulo, Brasiliense, 1988.
CORRÊA FILHO, Virgílio. História de Mato Grosso. Coleção Memórias Históricas, Vol.
4, Fundação Júlio Campos, Várzea Grande, l994.
LENHARO, Alcir. Crise e Mudança na Frente Oeste de Colonização. Cuiabá,
UFMT- EDUFMT- Proedi, 1982.
SIQUEIRA, Elizabeth Madureira. História de Mato Grosso. Da ancestralidade aos dias
atuai. Ed. Entrelinhas, Cuiabá,2002.
DE ASSÍS, Edvaldo. Os mapas de habitantes de Mato grosso (1768-1872)- Guia de
Pesquisa, Dissertação de Mestrado USP, São Paulo, 1994.
ROSA, Carlos Alberto. A Vila Real do Senhor Bom Jesus do Cuiabá - vida urbana em
Mato Grosso no século XVIII - (1722-1808). Tese de Doutorado, São Paulo, USP, 1996.
SILVA, Jovam Vilela da. A capitania de Mato Grosso: política de povoamento e
População - século XVIII. Tese de Doutorado, São Paulo, Universidade de São Paulo,
1994.
SANTOS, Flávio dos. A Hidra e os Pântanos: Mocambos, Quilombos e Comunidades de
Fugitivos no Brasil (Séculos XVII – XIX. São Paulo: Editora UNESP/Ed. Polis, 2005.
VOLPATO, Luiza Rios Ricci. A conquista da terra no universo da pobreza: formação a
fronteira oeste do Brasil (1719-1819) . São Paulo, Hucitec, 1987.
VOLPATO, Luiza Rios Ricci. Cativos do Sertão: vida cotidiana e escravidão em Cuiabá
em 1850-1888. São Paulo: Marco Zero, 1993.
Número de Vagas para o Curso: 30 pessoas.
Período de Realização: 11/11/2008 a 13/11/2008.
MINI-CURSO - 04
ARTISTAS E HISTÓRIA: estudando a sociedade pela canção
PROPONENTE: Prof. Ms. Luciano Carneiro Alves (UFMT – Rondonópolis)
Ementa (Justificativa e Metodologia):
A canção é uma das expressões musicais mais presentes no cotidiano dos
brasileiros. Por meio de palavras-cantadas, artistas e público entoaram angústias pessoais,
perspectivas políticas, comemorações, frustrações. Com isto, esta expressão artística
tornou-se meio privilegiado para quem se propõe a recompor a sensibilidade de uma
época na História do Brasil do século XX.
Atentos a isso, historiadores e professores de História têm lançado mão de canções
para o estudo de vários períodos. Já são bastante conhecidos os papéis dos “sambaexaltação” durante o período Vargas ou da “canção de protesto” na articulação da
resistência à Ditadura Militar a partir de 1964, mas outros períodos e vertentes do
cancioneiro popular ainda carecem de bons estudos. Apenas a título de exemplo, mesmo
tratado eufemisticamente pelo adjetivo de “Rei”, Roberto Carlos ainda não foi objeto de
nenhum estudo historiográfico de referência.
Neste mini-curso apresentaremos perspectivas teóricas e metodológicas que
contribuem para os estudos que têm utilizam canções como documento e discutiremos, a
partir de exemplos retirados da década de 1980, abordagens possíveis para o estudo deste
período e da cultura musical urbana brasileira.
- Objetivos: Discutir aspectos teórico-metodológicos do uso de canções como
documentos históricos.
- Conteúdo Programático
•
1º dia: A linguagem da canção.
Obra de referência: TATIT, Luiz. O Cancionista. Composição de canções no Brasil. São
Paulo: Edusp, 1996.
•
2º Dia: Fazendo História Com a Canção
Texto de referência: MORAES, José Geraldo Vinci de. História e Música: Canção popular
e conhecimento histórico. Revista Brasileira de História. São Paulo, vol. 20, n.º 39, 2000,
p. 203-221.
•
3º Dia: Sujeitos e Canções: A Década de 1980.
Obra de referência: BRYAN, Guilherme. Quem Tem um Sonho não Dança. Cultura jovem
brasileira dos anos 80. Rio de Janeiro: Record, 2004.
- Recursos Didáticos Necessários:
•
•
•
quadro branco
data show,
Computador preparado para uso de arquivos de áudio e vídeo (serão exibidos durante
o curso videoclips baixados da internet)
- Bibliografia Recomendada:
CONTIER, Arnaldo Daraya. Edu Lobo e Carlos Lyra: O nacional e popular na canção de
protesto (os anos 60). Revista Brasileira de História, São Paulo, v. 18, nº. 35, 1998.
FURTADO, João Pinto. A Música Popular Brasileira dos Anos 60 aos 90: Apontamentos
para o estudo das relações entre linguagens e práticas sociais. In: Pós-História. Assis
(SP), vol. 5, 1997
MARSON, Adalberto. Reflexões Sobre o Procedimento Histórico. In: SILVA, Marcos A.
Repensando a História. São Paulo/Rio de Janeiro: ANPUH/Marco Zero, 1984, pp. 37-64.
MORAES, José Geraldo Vinci de. História e Música: Canção popular e conhecimento
histórico. Revista Brasileira de História. São Paulo, vol. 20, n.º 39, 2000, p. 203-221.
NAPOLITANO, Marcos. História e Arte, História das Artes ou Simplesmente História?
IN: NODARI, Eunice et alli. História: Fronteiras (Anais do XX Simpósio Nacional de
História). São Paulo: Humanitas/FFLCH-USP/ANPUH, 1999, p. 901-909. (Vol II).
___. História & Música. História cultural da música popular. Belo Horizonte: Autêntica,
2002.
PARANHOS, Adalberto. Entre o sim e o não: ciladas da canção. In: ArtCultura.
Uberlândia-MG, vol. 3, nº 3, 2001.
___. A música popular e a dança dos sentidos: distintas faces do mesmo. ArtCutura,
Uberlândia-MG, nº. 9, jul.- dez. 2004, p. 22-31.
TATIT, Luiz. O Cancionista. Composição de canções no Brasil. São Paulo: Edusp, 1996.
VILLAÇA, Mariana Martins. Introdução. IN: ___. Polifonia Tropical. Experimentalismo
e engajamento na música popular (Brasil e Cuba, 1967-1972). São Paulo: Humanitas /
História Social USP, 2004, p. 13-37.
MINI-CURSO - 05
HISTÓRIA DA GÊNESE DOS ÍNDIOS CHIQUITANOS
PROPONENTE: Prof. Mestre João Ivo Puhl – Departamento de História –
UNEMAT – Cáceres - MT.
Ementa:
1- Diferenças étnicas entre índios das terras baixas da Audiência de Charcas;
2- Reduções: reunindo índios diferentes para formar os chiquitanos;
3- Etnogênese do índio chiquitano.
Fontes bibliográficas:
Alvear Nunes Cabeza de Vaca (1543). Comentários.
Pe. Juan Patrício Fernandez SJ (1723). Relación Historial de las reduciones de los
chiquitos.
Pe. Julian Knogler (1769). Carta a um amigo.
Denise Maldi (1984). Guardiães da Fronteira.
Guilloume Boccara (2005). Fronteira e Etnogênese.
Paula Caleffi (2004). Estudo comparativo das reduções Guarani e Chiquitos.
Jurgen Riester (2003). História concisa de Chiquitos e bibliografia comentada.
Werner Hoffmann (1979). Reduções jesuíticas da Província do Paraguai.
MINI-CURSO 06
IDENTIDADE EM DEBATE: Projetos de identidade(s) no romance panfletário e
crônicas jornalísticas.
PROPONENTES: Prof. MSc. Matheus de Mesquita e Pontes – (Mestre em História
Social pela Universidade Federal de Uberlândia e docente substituto pela
Universidade do Estado de Mato Grosso)
Prof. Radamés Vieira Nunes, Especialista em História do Brasil pela Universidade
Federal de Goiás e Mestrando em História Social pela Universidade Federal de
Uberlândia
JUSTIFICATIVA:
Este trabalho tem como objetivo principal, pensar a partir dos cronistas e romancistas,
Olavo Bilac, Lima Barreto, Carlos Drummond de Andrade e Jorge Amado, o imaginário
coletivo, as construções simbólicas e as propostas identitárias existentes no seio da
sociedade brasileira durante o século XX. Demonstrando como a literatura auxiliou o
individuo no exercício de pertencimento dos indivíduos, portanto, contribuindo para
constituição de sujeitos e suas identidades, com o intuito de determinar uma ordenação
cultural e política para a sociedade. Intentamos compreender qual era a concepção dos
cronistas e literatos referente aos conceitos de progresso, modernidade, nacionalismo,
urbanização, crônica, jornalismo e literatura. Além de tratar de que maneira essas palavras
tão aclamadas na época constituíram-se como comportamentos e valores no cotidiano.
Tais autores a serem abordados, deixaram, nas suas narrativas, suas visões sobre um
período efervescente da vida brasileira, transformando a escrita em uma complexa trama
de tensões e relações sociais. Em linhas gerais, são várias formas distintas de descrever e
comentar os elementos de determinado período. As crônicas e romances revelam as forças
em luta, os projetos conflitantes, os projetos vencedores e projetos vencidos, os sonhos
concretizados e os sonhos adiados, aquilo que foi planejado, mas não saiu do papel, o que
foi e o que poderia ter sido, desejos, crenças, as relações sociais a partir das quais os
literatos construíram suas experiências vividas.
METODOLOGIA:
Utilizar-se da relação interdisciplinar e teórica entre História, Literatura e Jornalísmo.
Diferenciando as estratégias, porém semelhantes, entre produção cronística com o mundo
do jornal e o romance como gênero literário e suas relações com as propostas identitárias
existentes na sociedade brasileira no século XX.
OBJETIVO:
O debate sobre os projetos identitários existes na sociedade brasileira no século XX e
como esses são apresentados por literatos através do mundo do romance e da crônica.
RECURSOS DIDÁTICOS NECESSÁRIOS:
Quadro branco, giz, retoprojeto, data show e cem cópias.
BIBLIOGRAFIA RECOMENDADA:
BAEZ, Fernando. História universal da destruição dos livros. Rio de Janeiro: Ediouro,
2006.
BAUMAN, Zygmunt. Identidade. Rio de Janeiro: Jorge Zahar Editor, 2005.
BENJAMIM, Walter. O narrador. In: Magia e técnica, arte e política. São Paulo: Brasiliense, 1993.
BILAC, Olavo; Dimas, Antonio (org.). Vossa insolência: São Paulo: Cia das letras, 1996.
(Coleção “Raízes do Brasil”, vol.6).
BOURDIEU, Pierre. O poder simbólico. Rio de Janeiro: Bertrand/DIFEL, 1989, p.195.
CHALHOUB, Sidney. Trabalho, lar e botequim. O cotidiano dos trabalhadores no Rio de
Janeiro da Belle Époque. São Paulo: Brasiliense, 1986.
COSTA, Cristiane. Pena de aluguel: escritores jornalistas no Brasil 1904-2004. São Paulo: Companhia
das Letras, 2005.
HALL, Stuart. A questão da identidade cultural. Campinas: IFCH/UNICAMP-n°18
Dezembro de 1995.
LIMA BARRETO, A . H., Toda crônica, Beatriz Resende e Rachel Valença (orgs.), Rio de
Janeiro, Agir, 2004.
LUCA, Tânia Regina de; MARTINS, Ana Luiza (organizadoras). História da imprensa no Brasil. São
Paulo: Contexto, 2008.
MANGUEL, Alberto. Leituras proibidas. In: Uma História da Leitura. São Paulo: Cia das
Letras, 1997.
NEVES, Margarida Souza. Uma escrita do tempo: memória, ordem e progresso nas
crônicas cariocas. In: Candido, Antonio. Et. Al. A crônica: o gênero, sua fixação e suas
transformações no Brasil. Campinas-SP: Ed. Unicamp/ Rio de Janeiro: Fundação Casa de
Rui Barbosa, 1992.
NORA, Pierre. Entre memória e história: a problemática dos lugares. In: Projeto História.
PUC-SP. São Paulo: n.10, p. 7-28, dezembro de 1993.
RIO, João do. Momento Literário. Rio de Janeiro: Editora Criar, 2006.
SCLIAR, Moacir. O texto ou a vida. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 2007.
SUSSEKIND, Flora. Cinematógrafo de Letras: literatura, técnica e modernização no
Brasil. São Paulo: Companhia das Letras, 1987. pág. 63
RESPONSÁVEL: Matheus de Mesquita e Pontes
PERÍODO DE REALIZAÇÃO:
11/11/2008 a 13/11/2008
CARGA HORÁRIA:
6 Horas-aula
NÚMERO DE VAGAS:
30 Pessoas
MINI-CURSO 07
HOMENS BRANCOS POBRES, AFRICANOS E AMERÍNDIOS NA
CONSTITUIÇÃO DA FRONTEIRA OESTE DO IMPÉRIO PORTUGUÊS,
SÉCULO XVIII.
PROPONENTE: Prof. MSc. Otávio Ribeiro Chaves - Mestre em História
Social/UFBA e Doutorando em História Social/UFPr. Universidade do Estado de
Mato Grosso, Campus de Cáceres, Departamento de História.
DESCRIÇÃO:
Ementa (Justificativa e Metodologia): Investigar sobre formulação por parte da
Coroa portuguesa de políticas de povoamento voltadas para a capitania de Mato Grosso,
século XVIII. Discutir sobre as diferentes formas de sociabilidades estabelecidas entre os
agentes históricos participantes desse processo.
- Objetivos: Política de Povoamento. Atuação de homens brancos pobres, ameríndios e
africanos (formas de resistências, negociações, etc.). Noções de fronteira e território.
- Conteúdo Programático
a) Aparato politico-administrativo;b) Povoamento;c) Território; d) Resistência cultural.
- Recursos Didáticos Necessários: (quadro branco, retroprojetor, data show, som, dvd + tv,
outro). Retroprojector.
- Bibliografia Recomendada: CHAVES, Otávio Ribeiro. Escravidão em Zona de
Fronteira. Resistência Escrava em Mato Grosso (século XVIII). In Fronteira, Memória
e Linguagem. Campinas, SP: Pontes; Cáceres, MT: Unemat Editora, 2001; ROSA,
Carlos Alberto; JESUS, Nauk Maria de (Org.). A Terra da Conquista. História de Mato
Grosso colonial. Cuiabá: Editora Adriana, 2003; LARA, Silvia Hunold. Fragmentos
Setecentistas: Escravidão, cultura e poder na América portuguesa. São Paulo:
Companhia das Letras, 2007; SANTOS, Antonio Cesar de Almeida. Para viverem
juntos em Povoações bem estabelecidas: um estudo sobre a política urbanista
pombalina. Curitiba. 1999. Tese (Doutorado em História). Universidade Federal do
Paraná.
Os textos estarão disponíveis na Livraria do DCE, em frente ao campus da Unemat (a
partir do início do evento).
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