MINI-CURSOS MINI-CURSO - 01 MITOS E LENDAS PARA COMPREENDER A HISTÓRIA E CULTURA AFRICANA E AFRO-BRASILEIRA Prof. MSc. João Bosco da Silva - Mestre em História pela UFMT. Atua na Gerência de Diversidade da SEDUC/MT, é membro do Conselho Estadual da Igualdade Racial do Estado de Mato Grosso e do Fórum Permanente de Educação e Diversidade de Mato Grosso. PROPONENTE: DESCRIÇÃO: Que possibilidade uma lenda pode expressar a forma de viver, pensar e agir de um povo? Que importância têm as histórias relatadas pelos griot, tanto no passado quanto hoje para os povos da África em geral e da África Atlântica em especial? É possível introduzir história e cultura africana e afro-brasileira nos currículos escolares através de mitos e lendas? A Lei 10.639/03 colocou em cheque os educadores brasileiros, visto que a grande maioria afirma não estar preparada para implementá-la nos currículos escolares. Pensando por este ângulo é que propomos este mini-curso, que visa analisar estratégias na busca de concretizar idéias e práticas interdisciplinares para a implementação da Lei 10.639/03. Para tanto, recorremos a mitos e lendas como forma de compreender a mentalidade de povos da África Atlântica, que, com toda uma diáspora, vieram para a América e, conseqüentemente para o Brasil. No qual destacaremos a participação desses povos na formação sócio-cultural, econômica e religiosa de nosso país. (Re) pensar práticas docentes, no que se refere à história e cultura africana e afrobrasileira, entre outros pontos é o que se almeja com este mini-curso. 2-OBJETIVOS 2.1- GERAL Capacitar educadores em práticas pedagógicas buscando a implementação da Lei 10.639/03 nos currículos escolares da educação básica. 2.2- ESPECÍFICOS Compreender a função social dos griot’s nas sociedades africanas; Destacar a importância das lendas como forma de compreender práticas culturais de povos da África Atlântica; Perceber nos mitos e lendas formas de introduzir a cultura e história africana e afro-brasileira no currículo da educação básica. 3- METODOLOGIA Exposição dialogada com participantes do mini-curso Recursos Didáticos: Data Show, Textos da bibliografia básica. 4-AVALIAÇÃO Cada participante escolherá uma lenda africana, analisará e posteriormente relatará as possibilidades que a mesma apresenta para introdução da história e cultura africana e afro-brasileira no currículo da unidade escolar em que atua. Número de vagas: 30 Público Alvo: Educadores do Ensino Fundamental e Médio 5- BIBLIOGRAFIA BÁSICA ARANHA, Maria Lúcia de Arruda. Filosofando: Introdução à Filosofia. Moderna, São Paulo – SP, 1993, 2ª Ed. CUNHA, José Auri. Os mitos desvendam o mundo e seus mistérios. In. Filosofia: Iniciação à Investigação Filosófica. Atual. São Paulo, 1992, p. 82 e 83. HOISEL, Tiago & LIMA, Fábio, Iansã. Fundação Cultural Palmares, Brasília – DF, 2006, 2ª Ed. PRANDI, Reginaldo. Mitologia dos Orixás - Mais histórias dos deuses africanos que vieram para o Brasil como os escravos. Cia. das Letras. São Paulo – SP, 2002. _________________. Ifá, o Adivinho - Mais histórias dos deuses africanos que vieram para o Brasil como os escravos. Cia. das Letrinhas. São Paulo-SP, 2002. __________________. Xangô, O Trovão-Mais histórias dos deuses africanos que vieram para o Brasil como os escravos Cia. das Letrinhas. São Paulo-SP, 2003. _________________. Oxumarê: O Arco-Ìris – Mais histórias dos deuses africanos que vieram para o Brasil como os escravos. Cia. das Letrinhas. São Paulo-SP, 2004. 6- BIBLIOGRAFIA COMPLEMENTAR BARROS, José Márcio. Ensino de História e Cultura Africana e Afro-Brasileira. PUCMinas Virtual, Belo Horizonte – MG, 2006. BENJAMIN, Roberto. A áfrica está em nós: História e Cultura Afro-Brasileira ( Livro 4). Editoria Grafset. João Pessoa – PB, 2006. BRAGA, Maria Lúcia de Santana. Dimensões da inclusão no Ensino Médio: mercado de trabalho, religiosidade e educação quilombola. MEC/SECAD. Brasília – DF, 2006. DEL PRIORE, Mary. Ancestrais: Uma Introdução à História da África Atlântica. Campus. Rio de Janeiro – RJ, 2004, 7ª Ed. LUDY, Raul. Jóias de Axé: Fios-de-contas e outros adornos do corpo- A Joalheria afrobrasileira. Bertrand Brasil. Rio de Janeiro - RJ, 2001. MUNANGA, Kabengele (Org) Superando o Racismo na Escola. MEC/SECAD. BrasíliaDF, 2005. ___________________ & GOMES, Nilma Lino (Orgs) Para Entender o Negro no Brasil de Hoje: História, Realidades, Problemas e Caminhos. Ação Educativa. São Paulo – DF, 2004. Orientações e Ações para a Educação das Relações Étnico-Raciais. MEC/SECAD. Brasília-DF, 2006. SILVA, Nelson Fernando Inocêncio. Africanidade e Religiosidade: Uma abordagem sobre as sagradas matrizes africanas na escola. In: Educação anti-racista: Caminhos abertos pela Lei Federal nº 10.639/03. MEC/SECAD. Brasília – DF, 2005. SOUZA, Marina de Mello e. África e Brasil Africano. Ática. São Paulo-SP, 2006. MINI-CURSO - 02 PRÁTICAS E PERSPECTIVAS NO ENSINO DE HISTÓRIA PROPONENTE: Prof. MSc. Camilo Buss Araújo – (Mestre em História e doutorando em História Social – Unicamp Vínculo Institucional: Universidade Estadual de Campinas – UNICAMP) DESCRIÇÃO: O objetivo principal é discutir a distância entre aquilo que se produz na universidade e os assuntos trabalhados em sala de aula. Observa-se que muito das reflexões feitas no ambiente da academia se perde no ambiente escolar. O professor, então, vê-se muitas vezes pressionado, por pais ou pela instituição, para que transmita a maior quantidade de conteúdos no menor tempo possível, com a antiga concepção de que mais informações significam necessariamente maior aprendizagem. Neste sentido, é importante pensar possibilidades de práticas de ensino coadunadas com as reflexões teóricas produzidas e como podemos tentar implementar, na prática, um projeto de educação transformadora. Por fim, discutir temas como o "professor pesquisador" e como pode ser feito um projeto de educação que estimule a reflexão diante do contexto de mercantilização do ensino, imposto pela iniciativa privada e por muitos manuais escolares. MINI-CURSO - 03 HISTÓRIA E ENSINO DA HISTÓRIA DOS NEGROS EM MATO GROSSO E A IMPLANTAÇÃO DA LEI 10.639 PROPONENTE: Suelme Evangelista Fernandes – (Mestre em História pela UFMT). Instituição: Secretaria de Estado de Educação de Mato Grosso – Seduc. DESCRIÇÃO: Justificativa Este mini-curso visa apontar os debates a cerca da ocupação da fronteira de Mato Grosso no período colonial sob as lentes da presença africana, destacando as escapadas de escravos para os domínios hispânicos, o cativeiro português, os quilombos e a liberdade em Espanha, suas teias de negociações, relações, comércio na perspectiva da lei 10.639/03 limites e possibilidades. Ao destacar as fricções da colonização entre africanos e demais colonos e grupos étnicos pretendo dar maior visibilidade a presença dos segmentos negros na história da ocupação deste domínio português e suas múltiplas e complexas relações. A pretensão é provocar uma confrontação de saberes entre a produção de conhecimento histórico sobre o tema e sua articulação com o ensino de história na direção dos desafios postos na lei 10.639/03 e a necessária transposição didática. Sendo assim pretendemos fazer um rápido balanço historiográfico sobre os principais autores que destacam a presença de grupos negros na capitania de Mato Grosso, apresentar fragmentos documentais das fontes locais capazes de compor estes cenários seu potencial historiográfico e possibilidades de utilização na sala de aula. Metodologia Durante o mini-curso realizaremos algumas leituras estratégicas de obras de alguns autores (sintetizadas em apresentações de multimídia) que abordam a história dos negros na fronteira da capitania de Mato Grosso, realizando rapidamente uma revisão historiográfica. Com o uso de alguns documentos em tela digital despertaremos a atenção dos cursistas para a riqueza empírica e das inúmeras possibilidades de pesquisa das fontes documentais existentes nos arquivos do estado como forma também de desvelar o silêncio sobre a temática. No último momento da reflexão pretendo através de dois manuais didáticos regionais destacar a maneira como se é apresentado os negros neste livros e confrontar estas discussões com as a produção historiográfica e as exigências da lei 10.639. Objetivos: - Discutir e analisar as dificuldades de se implantar a lei 10.639/03 em Mato Grosso; - Oferecer metodologias e fontes de pesquisa para a produção de pesquisas sobre a presença negra na fronteira de Mato grosso; - Realizar uma rápida revisão bibliográfica das principais obras sobre os negros em Mato Grosso; - Apontara as dificuldades da contextualização didática do saber historiográfico para o ensino de história. Conteúdo Programático 11/11/2008 - Apresentação da temática e dos principais autores que trabalham com a História dos Negros em Mato Grosso. 12/11/2008 - Discussão das fontes documentais e documentos históricos. 13/11/2008 - Confrontação do saber historiográfico com a prática da sala de aula e as dificuldades da contextualização da lei 10.639. - Avaliação e considerações finais Recursos Didáticos Necessários: Data show, quadro branco e pincéis. Bibliografia Recomendada: BANDEIRA, Maria de Lurdes. Território Negro em espaço Branco: estudo antropológico de Vila Bela . São Paulo, Brasiliense, 1988. CORRÊA FILHO, Virgílio. História de Mato Grosso. Coleção Memórias Históricas, Vol. 4, Fundação Júlio Campos, Várzea Grande, l994. LENHARO, Alcir. Crise e Mudança na Frente Oeste de Colonização. Cuiabá, UFMT- EDUFMT- Proedi, 1982. SIQUEIRA, Elizabeth Madureira. História de Mato Grosso. Da ancestralidade aos dias atuai. Ed. Entrelinhas, Cuiabá,2002. DE ASSÍS, Edvaldo. Os mapas de habitantes de Mato grosso (1768-1872)- Guia de Pesquisa, Dissertação de Mestrado USP, São Paulo, 1994. ROSA, Carlos Alberto. A Vila Real do Senhor Bom Jesus do Cuiabá - vida urbana em Mato Grosso no século XVIII - (1722-1808). Tese de Doutorado, São Paulo, USP, 1996. SILVA, Jovam Vilela da. A capitania de Mato Grosso: política de povoamento e População - século XVIII. Tese de Doutorado, São Paulo, Universidade de São Paulo, 1994. SANTOS, Flávio dos. A Hidra e os Pântanos: Mocambos, Quilombos e Comunidades de Fugitivos no Brasil (Séculos XVII – XIX. São Paulo: Editora UNESP/Ed. Polis, 2005. VOLPATO, Luiza Rios Ricci. A conquista da terra no universo da pobreza: formação a fronteira oeste do Brasil (1719-1819) . São Paulo, Hucitec, 1987. VOLPATO, Luiza Rios Ricci. Cativos do Sertão: vida cotidiana e escravidão em Cuiabá em 1850-1888. São Paulo: Marco Zero, 1993. Número de Vagas para o Curso: 30 pessoas. Período de Realização: 11/11/2008 a 13/11/2008. MINI-CURSO - 04 ARTISTAS E HISTÓRIA: estudando a sociedade pela canção PROPONENTE: Prof. Ms. Luciano Carneiro Alves (UFMT – Rondonópolis) Ementa (Justificativa e Metodologia): A canção é uma das expressões musicais mais presentes no cotidiano dos brasileiros. Por meio de palavras-cantadas, artistas e público entoaram angústias pessoais, perspectivas políticas, comemorações, frustrações. Com isto, esta expressão artística tornou-se meio privilegiado para quem se propõe a recompor a sensibilidade de uma época na História do Brasil do século XX. Atentos a isso, historiadores e professores de História têm lançado mão de canções para o estudo de vários períodos. Já são bastante conhecidos os papéis dos “sambaexaltação” durante o período Vargas ou da “canção de protesto” na articulação da resistência à Ditadura Militar a partir de 1964, mas outros períodos e vertentes do cancioneiro popular ainda carecem de bons estudos. Apenas a título de exemplo, mesmo tratado eufemisticamente pelo adjetivo de “Rei”, Roberto Carlos ainda não foi objeto de nenhum estudo historiográfico de referência. Neste mini-curso apresentaremos perspectivas teóricas e metodológicas que contribuem para os estudos que têm utilizam canções como documento e discutiremos, a partir de exemplos retirados da década de 1980, abordagens possíveis para o estudo deste período e da cultura musical urbana brasileira. - Objetivos: Discutir aspectos teórico-metodológicos do uso de canções como documentos históricos. - Conteúdo Programático • 1º dia: A linguagem da canção. Obra de referência: TATIT, Luiz. O Cancionista. Composição de canções no Brasil. São Paulo: Edusp, 1996. • 2º Dia: Fazendo História Com a Canção Texto de referência: MORAES, José Geraldo Vinci de. História e Música: Canção popular e conhecimento histórico. Revista Brasileira de História. São Paulo, vol. 20, n.º 39, 2000, p. 203-221. • 3º Dia: Sujeitos e Canções: A Década de 1980. Obra de referência: BRYAN, Guilherme. Quem Tem um Sonho não Dança. Cultura jovem brasileira dos anos 80. Rio de Janeiro: Record, 2004. - Recursos Didáticos Necessários: • • • quadro branco data show, Computador preparado para uso de arquivos de áudio e vídeo (serão exibidos durante o curso videoclips baixados da internet) - Bibliografia Recomendada: CONTIER, Arnaldo Daraya. Edu Lobo e Carlos Lyra: O nacional e popular na canção de protesto (os anos 60). Revista Brasileira de História, São Paulo, v. 18, nº. 35, 1998. FURTADO, João Pinto. A Música Popular Brasileira dos Anos 60 aos 90: Apontamentos para o estudo das relações entre linguagens e práticas sociais. In: Pós-História. Assis (SP), vol. 5, 1997 MARSON, Adalberto. Reflexões Sobre o Procedimento Histórico. In: SILVA, Marcos A. Repensando a História. São Paulo/Rio de Janeiro: ANPUH/Marco Zero, 1984, pp. 37-64. MORAES, José Geraldo Vinci de. História e Música: Canção popular e conhecimento histórico. Revista Brasileira de História. São Paulo, vol. 20, n.º 39, 2000, p. 203-221. NAPOLITANO, Marcos. História e Arte, História das Artes ou Simplesmente História? IN: NODARI, Eunice et alli. História: Fronteiras (Anais do XX Simpósio Nacional de História). São Paulo: Humanitas/FFLCH-USP/ANPUH, 1999, p. 901-909. (Vol II). ___. História & Música. História cultural da música popular. Belo Horizonte: Autêntica, 2002. PARANHOS, Adalberto. Entre o sim e o não: ciladas da canção. In: ArtCultura. Uberlândia-MG, vol. 3, nº 3, 2001. ___. A música popular e a dança dos sentidos: distintas faces do mesmo. ArtCutura, Uberlândia-MG, nº. 9, jul.- dez. 2004, p. 22-31. TATIT, Luiz. O Cancionista. Composição de canções no Brasil. São Paulo: Edusp, 1996. VILLAÇA, Mariana Martins. Introdução. IN: ___. Polifonia Tropical. Experimentalismo e engajamento na música popular (Brasil e Cuba, 1967-1972). São Paulo: Humanitas / História Social USP, 2004, p. 13-37. MINI-CURSO - 05 HISTÓRIA DA GÊNESE DOS ÍNDIOS CHIQUITANOS PROPONENTE: Prof. Mestre João Ivo Puhl – Departamento de História – UNEMAT – Cáceres - MT. Ementa: 1- Diferenças étnicas entre índios das terras baixas da Audiência de Charcas; 2- Reduções: reunindo índios diferentes para formar os chiquitanos; 3- Etnogênese do índio chiquitano. Fontes bibliográficas: Alvear Nunes Cabeza de Vaca (1543). Comentários. Pe. Juan Patrício Fernandez SJ (1723). Relación Historial de las reduciones de los chiquitos. Pe. Julian Knogler (1769). Carta a um amigo. Denise Maldi (1984). Guardiães da Fronteira. Guilloume Boccara (2005). Fronteira e Etnogênese. Paula Caleffi (2004). Estudo comparativo das reduções Guarani e Chiquitos. Jurgen Riester (2003). História concisa de Chiquitos e bibliografia comentada. Werner Hoffmann (1979). Reduções jesuíticas da Província do Paraguai. MINI-CURSO 06 IDENTIDADE EM DEBATE: Projetos de identidade(s) no romance panfletário e crônicas jornalísticas. PROPONENTES: Prof. MSc. Matheus de Mesquita e Pontes – (Mestre em História Social pela Universidade Federal de Uberlândia e docente substituto pela Universidade do Estado de Mato Grosso) Prof. Radamés Vieira Nunes, Especialista em História do Brasil pela Universidade Federal de Goiás e Mestrando em História Social pela Universidade Federal de Uberlândia JUSTIFICATIVA: Este trabalho tem como objetivo principal, pensar a partir dos cronistas e romancistas, Olavo Bilac, Lima Barreto, Carlos Drummond de Andrade e Jorge Amado, o imaginário coletivo, as construções simbólicas e as propostas identitárias existentes no seio da sociedade brasileira durante o século XX. Demonstrando como a literatura auxiliou o individuo no exercício de pertencimento dos indivíduos, portanto, contribuindo para constituição de sujeitos e suas identidades, com o intuito de determinar uma ordenação cultural e política para a sociedade. Intentamos compreender qual era a concepção dos cronistas e literatos referente aos conceitos de progresso, modernidade, nacionalismo, urbanização, crônica, jornalismo e literatura. Além de tratar de que maneira essas palavras tão aclamadas na época constituíram-se como comportamentos e valores no cotidiano. Tais autores a serem abordados, deixaram, nas suas narrativas, suas visões sobre um período efervescente da vida brasileira, transformando a escrita em uma complexa trama de tensões e relações sociais. Em linhas gerais, são várias formas distintas de descrever e comentar os elementos de determinado período. As crônicas e romances revelam as forças em luta, os projetos conflitantes, os projetos vencedores e projetos vencidos, os sonhos concretizados e os sonhos adiados, aquilo que foi planejado, mas não saiu do papel, o que foi e o que poderia ter sido, desejos, crenças, as relações sociais a partir das quais os literatos construíram suas experiências vividas. METODOLOGIA: Utilizar-se da relação interdisciplinar e teórica entre História, Literatura e Jornalísmo. Diferenciando as estratégias, porém semelhantes, entre produção cronística com o mundo do jornal e o romance como gênero literário e suas relações com as propostas identitárias existentes na sociedade brasileira no século XX. OBJETIVO: O debate sobre os projetos identitários existes na sociedade brasileira no século XX e como esses são apresentados por literatos através do mundo do romance e da crônica. RECURSOS DIDÁTICOS NECESSÁRIOS: Quadro branco, giz, retoprojeto, data show e cem cópias. BIBLIOGRAFIA RECOMENDADA: BAEZ, Fernando. História universal da destruição dos livros. Rio de Janeiro: Ediouro, 2006. BAUMAN, Zygmunt. Identidade. Rio de Janeiro: Jorge Zahar Editor, 2005. BENJAMIM, Walter. O narrador. In: Magia e técnica, arte e política. São Paulo: Brasiliense, 1993. BILAC, Olavo; Dimas, Antonio (org.). Vossa insolência: São Paulo: Cia das letras, 1996. (Coleção “Raízes do Brasil”, vol.6). BOURDIEU, Pierre. O poder simbólico. Rio de Janeiro: Bertrand/DIFEL, 1989, p.195. CHALHOUB, Sidney. Trabalho, lar e botequim. O cotidiano dos trabalhadores no Rio de Janeiro da Belle Époque. São Paulo: Brasiliense, 1986. COSTA, Cristiane. Pena de aluguel: escritores jornalistas no Brasil 1904-2004. São Paulo: Companhia das Letras, 2005. HALL, Stuart. A questão da identidade cultural. Campinas: IFCH/UNICAMP-n°18 Dezembro de 1995. LIMA BARRETO, A . H., Toda crônica, Beatriz Resende e Rachel Valença (orgs.), Rio de Janeiro, Agir, 2004. LUCA, Tânia Regina de; MARTINS, Ana Luiza (organizadoras). História da imprensa no Brasil. São Paulo: Contexto, 2008. MANGUEL, Alberto. Leituras proibidas. In: Uma História da Leitura. São Paulo: Cia das Letras, 1997. NEVES, Margarida Souza. Uma escrita do tempo: memória, ordem e progresso nas crônicas cariocas. In: Candido, Antonio. Et. Al. A crônica: o gênero, sua fixação e suas transformações no Brasil. Campinas-SP: Ed. Unicamp/ Rio de Janeiro: Fundação Casa de Rui Barbosa, 1992. NORA, Pierre. Entre memória e história: a problemática dos lugares. In: Projeto História. PUC-SP. São Paulo: n.10, p. 7-28, dezembro de 1993. RIO, João do. Momento Literário. Rio de Janeiro: Editora Criar, 2006. SCLIAR, Moacir. O texto ou a vida. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 2007. SUSSEKIND, Flora. Cinematógrafo de Letras: literatura, técnica e modernização no Brasil. São Paulo: Companhia das Letras, 1987. pág. 63 RESPONSÁVEL: Matheus de Mesquita e Pontes PERÍODO DE REALIZAÇÃO: 11/11/2008 a 13/11/2008 CARGA HORÁRIA: 6 Horas-aula NÚMERO DE VAGAS: 30 Pessoas MINI-CURSO 07 HOMENS BRANCOS POBRES, AFRICANOS E AMERÍNDIOS NA CONSTITUIÇÃO DA FRONTEIRA OESTE DO IMPÉRIO PORTUGUÊS, SÉCULO XVIII. PROPONENTE: Prof. MSc. Otávio Ribeiro Chaves - Mestre em História Social/UFBA e Doutorando em História Social/UFPr. Universidade do Estado de Mato Grosso, Campus de Cáceres, Departamento de História. DESCRIÇÃO: Ementa (Justificativa e Metodologia): Investigar sobre formulação por parte da Coroa portuguesa de políticas de povoamento voltadas para a capitania de Mato Grosso, século XVIII. Discutir sobre as diferentes formas de sociabilidades estabelecidas entre os agentes históricos participantes desse processo. - Objetivos: Política de Povoamento. Atuação de homens brancos pobres, ameríndios e africanos (formas de resistências, negociações, etc.). Noções de fronteira e território. - Conteúdo Programático a) Aparato politico-administrativo;b) Povoamento;c) Território; d) Resistência cultural. - Recursos Didáticos Necessários: (quadro branco, retroprojetor, data show, som, dvd + tv, outro). Retroprojector. - Bibliografia Recomendada: CHAVES, Otávio Ribeiro. Escravidão em Zona de Fronteira. Resistência Escrava em Mato Grosso (século XVIII). In Fronteira, Memória e Linguagem. Campinas, SP: Pontes; Cáceres, MT: Unemat Editora, 2001; ROSA, Carlos Alberto; JESUS, Nauk Maria de (Org.). A Terra da Conquista. História de Mato Grosso colonial. Cuiabá: Editora Adriana, 2003; LARA, Silvia Hunold. Fragmentos Setecentistas: Escravidão, cultura e poder na América portuguesa. São Paulo: Companhia das Letras, 2007; SANTOS, Antonio Cesar de Almeida. Para viverem juntos em Povoações bem estabelecidas: um estudo sobre a política urbanista pombalina. Curitiba. 1999. Tese (Doutorado em História). Universidade Federal do Paraná. Os textos estarão disponíveis na Livraria do DCE, em frente ao campus da Unemat (a partir do início do evento).