BIOLOGIA E GEOLOGIA ANO I Aluno(a): _________________________________ Nº. ____ Turma: _____ Regulação Hormonal nas Plantas Apesar de não terem capacidade de locomoção, as plantas, tal como os animais, também produzem movimentos de diversos tipos, embora estes não sejam, normalmente, tão rápidos ou tão evidentes como os dos animais. Os movimentos das plantas ocorrem em diversos órgãos, como os caules, as raízes, as folhas ou flores, e incluem, entre outros, alongamentos, curvaturas, abertura e fecho de flores e folhas. Os movimentos das plantas, bem como o desenvolvimento dos seus órgãos, são afectados por inúmeros estímulos do meio exterior, como a temperatura, a gravidade, o fotoperíodo ou o o contacto. Sabiam , por exemplo, que o “O girassol é uma planta cuja flor acompanha o nascer e o pôr do sol.”? O movimento da flor do girassol deve-se a um TROPISMO, isto é, deve-se a um movimento que é executado através de acção hormonal e orientado em relação a um estímulo externo (a luz solar, neste caso - fototropismo). Os tropismos são movimentos das plantas que envolvem crescimento na direcção de um estímulo ambiental (tropismo positivo) ou na direcção oposta a este (tropismo negativo). Para além dos tropismos, existem outros tipos de movimentos nas plantas que não envolvem crescimento direccionado relativamente ao estímulo - NASTIAS ou MOVIMENTOS NÁSTICOS. Por exemplo, o facto de algumas plantas abrirem as folhas durante o dia e dobrarem-nas à noite é uma fotonastia. Respostas das plantas em relação a estímulos ambientais Estímulo Tropismo Natia Luz Gravidade Toque Temperatura Químico Água Fototropismo Gravitropismo ou Geotropismo Tigmotropismo Termotropismo Quimiotropismo Hidrotropismo Fotonastia Tigmonastia Termonastia Quimionastia Hidronastia £ Fototropismo - É o desenvolvimento da planta influenciado pela direcção da luz. Muitos caules exibem fototropismo positivo, curvando-se na direcção donde recebem luz. £ Gravitropismo (tradicionalmente chamado geotropismo) - É o desenvolvimento da planta em resposta à direcção da gravidade. Os caules geralmente têm gravitropismo negativo e nas raízes, em regra, o gravitropismo é positivo. (ver imagem ao lado fototropismo negativo de um caule - o caule crece em sentido contrário ao da força de gravidade) £ Tigmotropismo - É o desenvolvimento em resposta a um estímulo mecânico tal como o contacto com um objecto. O enrolamento das gavinhas que ajuda a prender a planta ao suporte é um exemplo de tigmotropismo. O crescimento e o desenvolvimento de uma planta são condicionados por factores externos como a luz, a temperatura ou a gravidade, que, interagindo com factores internos, tais como hormonas vegetais, determinam as respostas associadas a esse crescimento e desenvolvimento. As Hormonas Vegetais - Fitohormonas As hormonas vegetais (fitohormonas) são substâncias químicas produzidas em determinadas zonas da planta e transportadas para outros locais, onde vão desencadear respostas fisiológicas. Até agora foram identificados os seguintes tipos de hormonas vegetais: - as auxinas, - as giberelinas, - as citoquininas, - o etileno e o ácido abscísico. Cada hormona vegetal desencadeia uma variedade de respostas na planta que dependem do tipo de célula onde actua, do estado fisiológico da planta, da presença de outras hormonas e da interacção com factores externos. A tabela seguinte sintetiza as principais acções de cada um dos tipos de hormonas. Abscisão – processo através do qual uma planta perde uma ou mais partes da sua estrutura (folha, semente, fruto). O conhecimento das hormonas vegetais e o seu modo de actuação vieram permitir o controlo sobre o crescimento e o desenvolvimento de determinadas espécies vegetais com interesse económico. Em laboratório conseguiu-se determinar a constituição química das hormonas vegetais, o que tornou possível a síntese de hormonas sintéticas, substâncias quimicamente idênticas que provocam a mesma acção na planta. Deste modo, tornou-se possível controlar várias funções vegetais, como o crescimento, a floração e a frutificação, em plantas utilizadas na alimentação ou noutros sectores económicos. A manipulação destas substâncias permite aumentar a produtividade de algumas espécies vegetais e, consequentemente, a obtenção de maiores lucros. A utilização sistemática de hormonas vegetais poderá acarretar, por outro lado, não só riscos para a saúde pública, mas também riscos ecológicos decorrentes do seu uso abusivo. Este tipo de uso pode provocar desequilíbrios ecológicos, ao favorecer o desenvolvimento de determinadas espécies vegetais e inibindo o crescimento de outras.