CPrimitivo_PT.qxd:Maquetación 1 29/5/13 13:43 Página 1 CPrimitivo_PT.qxd:Maquetación 1 29/5/13 EDITA S.A. de Xestión do Plan Xacobeo. DIRECÇÃO Y COORDENAÇÃO Departamento de Promoción Turística y Cultural. S.A. de Xestión do Plan Xacobeo. Juan Pensado Barbeira. DISENHO E LAYOUT Equipo Publicidad. FOTOGRAFÍA Arquivo S.A. de Xestión do Plan Xacobeo. TEXTOS Quique Alvarellos. DOCUMENTAÇAO Fe Arca, Coroni Rubio, Pilar Cuiña, Purificación Fariña, Sandra Pazos, Juan Pensado. FONTES DE DOCUMENTAÇÃO Páginas Web de: turismo del gobierno Vasco, turismo del gobierno de Cantabria, turismo del Principado de Asturias, S.A. de Xestión do Plan Xacobeo, Turespaña y Agrupación de Asociaciones de Amigos del Camino Norte. DEP. LEGAL: C 1892-2012 13:44 Página 2 Camino France?s_PT.qxd:Maquetación 1 29/5/13 10:06 Página 3 O CAMINHO DE SANTIAGO BREVE INTRODUÇÃO AO CAMINHO A descoberta do túmulo do apóstolo Santiago o Maior, por volta dos anos 820 e 830, num bosque chamado Libredón e onde hoje se ergue a magna catedral compostelana, constitui um dos acontecimentos mais importantes da Idade Média na Europa. A notícia do aparecimento dos restos de Santiago percorreria velozmente o continente e rapidamente surgiria, de forma espontânea, o fenómeno das peregrinações. O objectivo é prestar culto no seu sepulcro a um dos discípulos predilectos de Jesus, Santiago, primeiro mártir da cristandade, decapitado em Jerusalém no ano 44. Vários documentos datados a partir do século VI situam a peregrinação do Apóstolo na Hispania entre os anos 33 e 42. E para este território o quiseram trazer os seus discípulos após a sua morte. Decidiram enterrá-lo muito perto da magia e do mistério do Finis Terrae, o fim do mundo da sua época. O achado desse sepulcro romano, quase oito séculos depois, marcaria o início de um culto que converteu o Caminho numa verdadeira coluna vertebral da Europa e a cidade de Santiago de Compostela e a sua catedral num dos três grandes centros de peregrinação da cristandade, juntamente com Roma e Jerusalém. Pelo Caminho de Santiago não só transita todos os anos um fluxo de pessoas de diversas nacionalidades que aumenta em Anos Santos — quando o dia 25 de Julho coincide com o domingo sendo possível “ganhar o Jubileu”, uma Indulgência Plenária ou perdão dos pecados, que a Igreja confere —, mas também foi uma "auto-estrada do conhecimento": uma instituição difusora dos grandes movimentos culturais e artísticos que surgiram na Europa — o românico, por exemplo, um estilo arquitectónico que nasceu no Caminho para Compostela — e também foi uma demonstração incomparável da solidariedade humana. Mas o Caminho é ainda mais: caminhar para oeste por um trajecto com 1.200 anos de Camino France?s_PT.qxd:Maquetación 1 29/5/13 história e deixar para trás hábitos e rotinas é hoje em dia, tal como nos alvores da peregrinação, uma conjunção de sacrifício e recompensa que transforma quem o experimenta pelo menos uma vez na vida. O itinerário começa em diferentes pontos da Europa. En França confluem os trajectos que procedem de Itália ou do leste do Continente (entre muitos outros lugares da Europa). Entra em Espanha pelos Pirinéus e a partir de Puente La Reina (Navarra) é já uma via única, o conhecido como Caminho Francês, que percorrerá todo o norte do país até Santiago de Compostela. Este caminho —já descrito no século XII no Codex Calixtinus— insere-se na Galiza pelo alto de O Cebreiro e é o itinerário de referência, mas não o único nem o mais antigo. Na realidade, são dez os trajectos de peregrinação que se foram fixando ao longo da história. O mais antigo - dizíamos - é o chamado Caminho Primitivo; juntamente com o Caminho do Norte —ambos entram na Galiza pelas Astúrias—, o Inglês —com os portos da Corunha e Ferrol como referência—, o Português e a sua variante de Português pela Costa, o Caminho do 10:06 Página 4 Sudeste-Via da Prata —a partir do sudoeste da Espanha—, o Caminho de Fisterra-Muxía —que prolonga a peregrinação até ao Finis terrae—, o Trajecto do Mar de Arousa e Ulla —que relembra o itinerário pelo qual, de acordo com a tradição, os restos mortais do apóstolo chegaram de barco à Galiza. E, finalmente, o Caminho de Inverno — trajecto alternativo aos frios cumes das montanhas luguesas de O Cebreiro. A meta é Santiago de Compostela. Capital da Comunidade Autónoma da Galiza. O seu centro histórico foi declarado pela UNESCO Património da Humanidade em 1985. Em 1987 o Conselho da Europa reconheceu o Caminho de Santiago como Primeiro Itinerário Cultural Europeu, e no Ano Santo de 1993 o próprio Caminho de Santiago foi declarado Património da Humanidade. Em 2011, a catedral celebrou o 800º aniversário da sua consagração. Diante da mesma, na plaza del Obradoiro, cada caminhante entende que "a meta é o caminho" e leva gravado a partir deste momento, perante o majestoso Pórtico da Glória, um grito de ânimo que desde os tempos medievais ajuda sempre a seguir em frente. Ultreia! Camino France?s_PT.qxd:Maquetación 1 29/5/13 10:06 Página 5 HISTÓRIA DOS CAMINHOS DE SANTIAGO E DA PEREGRINAÇÃO XACOBEA NA EUROPA, ESPANHA E GALIZA Para se entender a rápida consolidação de Santiago como centro de peregrinação internacional (do século IX ao XII) devemos citar a união de forças e interesses que, a favor de Compostela, os principais centros de poder ocidental levaram a cabo: a coroa (desde Alfonso II até Alfonso VII ou Sancho Ramírez), o papado (Calixto II ou Alexandre III) e as ordens monacais (as abadias de Cluny e de Cister). Assim escreverá o Caminho a sua história milenar: Quando os restos do Apóstolo foram descobertos (século IX) reinava no noroeste peninsular (denominado Reino das Astúrias) Alfonso II. Foi ele o primeiro grande valedor. Tinha sido criado no mosteiro de Samos e recebeu com entusiasmo a notícia do bispo de Iria, Teodomiro: um eremita de nome Paio localizou, num bosque, as ruínas de um enterro primitivo. Este aparecimento veio confirmar uma tradição popular enraizada que tinha sido inclusivamente documentado pelos monges Beda o Venerável e Beato de Liébana. Mas faltavam provas. Em seguida, o rei Alfonso II visitou o lugar e mandou edificar uma modesta igreja, que depois Alfonso III reconstruiria (ano 899). Estávamos no germe da actual catedral e da cidade de Santiago. O culto a Santiago foi iniciado com força no Reino asturiano-galaico e obteve, para além dos Pirinéus, uma rápida resposta popular. Mas a 10 de Agosto do ano 997 o caudilho árabe Almansor, primeiro-ministro do califado de Córdoba, arrasou a cidade, roubou os sinos da sua basílica e só respeitou o "lugar santo", os restos de Santiago. Sobre eles haveria de renascer Compostela. O símbolo de Santiago já era demasiado forte para sucumbir: representa uma unidade de identidade e uma força comum (espiritual e guerreira) para lutar contra a invasão islâmica: a Reconquista. A época de ouro das peregrinações situa-se entre os séculos XI e XIII: França, Itália, centro e leste da Europa, Inglaterra, Alemanha, e inclu- Camino France?s_PT.qxd:Maquetación 1 29/5/13 sive a Islândia. E, claro está, toda a Hispania. Chegavam a pé, a cavalo, de barco… e eram assistidos principalmente por uma rede de hospitais de Cluny e de Cister, tendo sido um verdadeiro suporte do espírito de Santiago. O primeiro Ano Jubilar ou Ano Santo (quando o dia de Santiago, 25 de Julho, coincide com o domingo) remonta, aproximadamente, ao ano de 1428 (celebra-se, desde então, conforme dita o calendário, cada 6, 5, 6 e 11 anos). Mas chegados ao século XVI, as coisas mudaram. Com Lutero terminou a unidade religiosa do Ocidente, o trajecto ficou ameaçado pela presença de delinquentes e as guerras que assolaram a Europa obrigaram a fechar as fronteiras, o pior dos obstáculos para esse rio humano que eram as peregrinações. França — país de Santiago por excelência— viveu a sua Revolução em 1789, e em Espanha a Igreja iria perdendo poder e influência. O mundo já era outro. No entanto, no século XIX dois factos reactivariam o espírito de Santiago. O Romantismo inglês descobriu na catedral e no seu Pórtico da Glória um mundo de beleza e mistério. Por 10:06 Página 6 outro lado, um facto fundamental: em 1879 verificou-se a redescoberta dos restos mortais do Apóstolo. Aconteceu que trezentos anos antes (1589) o arcebispo Sanclemente os tinha escondido face à ameaça do corsário inglês Francis Drake, tendo sido tal o seu zelo que mais ninguém os voltaria a encontrar até fins do século XIX. As escavações arqueológicas trouxeram-nos à luz e, depois delas, o retorno — modesto no início — das peregrinações. Mas seria necessário esperar mais um século para o ressurgimento do Caminho, após um primeiro terço do século XX marcado em Espanha por uma cruenta guerra civil e 40 anos de ditadura. No ano de 1982 João Paulo II visitou Santiago de Compostela ataviado como peregrino. Em 1993 (outro Ano Santo) o Governo da Galiza pôs em funcionamento o Plano Xacobeo, seguido de 1999, 2004 e 2010. Actualmente, tal como nos tempos medievais, milhões de peregrinos caminham novamente para Compostela. É uma forma diferente de peregrinação, mas não nega a tradicional, tendo somado à mesma as ânsias e motivações das sociedades contemporâneas. Camino France?s_PT.qxd:Maquetación 1 29/5/13 10:06 Página 7 A CIDADE DE SANTIAGO DE COMPOSTELA Santiago de Compostela nasceu de um bosque, o Libredón, local onde foram encontrados os restos mortais do Apóstolo. Hoje em dia a cidade é um centro de peregrinação internacional, capital da Comunidade Autónoma da Galiza e sede de uma prestigiosa universidade com cinco séculos de história. Compostela é igualmente, com os seus 93.000 habitantes recenseados, esse bosque de pedra granítica sobre o qual se foi traçando a urbe medieval, e um bosque verde, de centenárias carballeiras (carvalhais) como a de Santa Susana, que se ergue no centro da Alameda. Pela sua pedra lavrada, Santiago é Património da Humanidade desde 1985; pelas suas zonas verdes é uma das cidades da Espanha com mais metros quadrados de parques e jardins por habitante, rodeada pela poesia dos rios Sar e Sarela. O núcleo é a Praza do Obradoiro. Para aqui convergem todos os Caminhos. E a partir dela, frente à catedral, emana toda a força e beleza de mais de mil anos de história e tradição. O Obradoiro é uma harmonia de estilos, épocas e pedra sublimada: à frente, a fachada barroca da basílica e o paço românico de Xelmírez; à esquerda, o Hostal de los Reyes Católicos (antigo Hospital de Peregrinos), renascentista; à direita, o pórtico medieval do Colégio San Xeromé (hoje em dia Reitorado da USC) e, atrás, o neoclássico do Pazo Camino France?s_PT.qxd:Maquetación 1 29/5/13 de Raxoi, actual sede da Câmara Municipal e da presidência da Xunta da Galiza. Uma paisagem construída ao longo de oito séculos, fechada a oeste pelo monte Pedroso, que é um grande compêndio da arte ocidental. A catedral foi exercendo a sua força centrífuga. À sua volta emerge a cidade. Em primeiro lugar, as outras três praças que rodeiam o monumento: Praterías (a preferida dos músicos e artistas), a Quintana (antigo cemitério) e a Inmaculada, com o espectacular mosteiro de San Martiño Pinario, também os paços que 10:06 Página 8 flanqueiam as ruas do Vilar e Ruanova, ou a porta de Mazarelos (a única da antiga muralha ainda em pé) completam uma primeira visão. Já extramuros, o convento de San Francisco (com a homenagem do escultor Asorey ao santo de Assis), o paço de San Lourenzo (junto a outro bosque de carvalhos), ou a românica Igreja Colegiata de Sar, com as suas incríveis colunas inclinadas e os restos do seu claustro do século XII. Junto a todos eles, as novas infraestruturas culturais que nasceram ao amparo do novo peregrinar e de Santiago como capital da Autonomia. Entre elas: o Centro Galego de Arte Contemporânea (obra de Siza), contíguo ao Museu do Pobo Gallego (onde Domingo de Andrade construiu a sua tripla escada de caracol); o magno Auditório da Galiza ou a Cidade da Cultura, impressionante arquitectura concepção de Peter Eisenman e erguida no cume do Monte Gaiás. Pedra, bosque, história, arte… e, finalmente, gastronomia. A cidade inteira, sobretudo a rua do Franco e arredores, é templo do bom comer. Desde grandes restaurantes até tabernas genuínas, Santiago pode satisfazer — também nesta área — todas as nossas expectativas. Camino France?s_PT.qxd:Maquetación 1 29/5/13 10:06 Página 9 A CATEDRAL DE SANTIAGO A catedral de Santiago é resultado de mais de setecentos anos de construção, sucessão de estilos e ampliações, e reformas continuadas. Na proto-história do monumento devem-se citar as duas igrejas pré-românicas, erguidas no século IX. A basílica que deu origem à catedral que agora conhecemos seria iniciada no ano de 1075, em tempos de Diego Peláez, com uma equipa composta por cinquenta artistas de cantaria dirigidos pelo professor Bernaldo o Vello. No entanto, o grande impulso à obra chegaria pouco depois, já com Diego Xelmírez como arcebispo, pessoa culta, cosmopolita, destacado promotor cultural e espiritual de Compostela. Aquando da sua morte (1139-1140) a estrutura básica do monumento (terminal, altar-mor, braços do cruzeiro e capelas radiais românicas) já estava erguida. A catedral inspirar-se-ia nas grandes igrejas da França e nela seriam postas em prática, já desde as primeiras concepções, as técnicas mais avançadas de arquitectura e escultura do Ocidente. Foi a titulo de exemplo a primeira igreja românica europeia a ter escultura monumental Camino France?s_PT.qxd:Maquetación 1 29/5/13 nas três fachadas: Obradoiro, Praterías e Paraíso (actualmente Acibechería). E seria depois o Pórtico da Glória a grande obra que posicionaria a Basílica compostelana no zénite da arte românica europeia: o encerramento do lado oeste do monumento. O seu autor foi o mestre Mateo (arquitecto provavelmente originário de Santiago) e a sua equipa. Trabalharam durante mais de quarenta anos, desde 1168 até 1211. E deixaram para a história o grande poema em pedra que resume, não só toda a arte medieval, mas também a concepção do homem e do universo do seu tempo, apresentada numa estrutura arquitectónica de três pisos sobrepostos. A última grande renovação da Catedral foi efectuada em meados do século XVIII. Tratavase de proteger o Pórtico de Mateo e, simultaneamente, dotar a basílica de um encerramento do lado Oeste em consonância com a magnitude do templo. Assim surgiu a fachada barroca. Concebida por Fernando de Casas Novoa, e concluída em 1750. O gosto barroco imperante dotou a catedral de uma espectacular sensação de verticalidade, de elevação, jogando com o vidro e a pedra como não havia sido feito até então. O Ano Santo de 1784 marcou o fim das obras, com a inauguração da capela da Comunhão. 10:06 Página 10 A basílica actual seduz-nos igualmente pela sua Torre do Relógio ou "Berenguela" e, claro está, é irrecusável a entrada (só em Ano Santo) pela Porta Santa. E, já no interior, o abraço ao Apóstolo, a descida à cripta que guarda os seus restos mortais, a visita ao Panteão Real, a missa do peregrino que culmina com o espectáculo do botafumeiro, e as suas capelas, desde a Maior (no terminal) até à Corticela (puro românico) ou a do Salvador (a mais antiga), até agradáveis surpresas como as escavações arqueológicas que foram abertas ao público no início de 2011, que permitem que se desça até ao subsolo da catedral, onde emergem os cemitérios tardorromano e medieval, e o assentamento que deu origem ao monumento e à própria cidade de Santiago. CPrimitivo_PT.qxd:Maquetación 1 29/5/13 13:44 Página 3 CPrimitivo_PT.qxd:Maquetación 1 29/5/13 13:44 Página 4 35,8 km AS MINHAS NOTAS Hondarribia Irún DonostiaSan Sebastián Zarautz Deba Markina-Xemein Gernika-Lumo Bilbao Santoña Colindres El Portarrón CastroUrdiales Kobaron Potugalete Güemes El Astillero Santander Santillana del Mar Bustío (Unquera) San Vicente de la Barquera Comillas Po Ribadesella Ribeseya Sebrayu Vega de Sariego Oviedo San Juan de Villapañada Salas Tineo Borres Berducedo Grandas de Salime Alto do Acevo Paradavella Castroverde Lugo San Román da Retorta Melide Arzúa Arca 44,15km cortar pela linha de pontos CAMINHO PRIMITIVO 27,8 km 24,8 km Santiago de Compostela 21 km 25,1 km 14,2 km 20,9 km 28,5 km 18,8km 19,1 km 19,5 km LOCALIDADES QUE DISPÕEM DE ALBERGUES PARA PEREGRINOS COMUNIDADE AUTÓNOMA DE CANTÁBRIA 23,5 km 46,15 km 17 km 38,8 km 23,1 km 11,2 18 16,8 19,6 km 29,8 km 24,8 km 24,2 km 21,3 km 22,8 km 24,6 km O PINO ALBERGUE PÚBLICO DE SANTA IRENE ALBERGUE PÚBLICO DO PEDROUZO (ARCA-O PINO) LUGO ALBERGUE DE LUGO SANTIAGO DE COMPOSTELA ALBERGUE PÚBLICO DO MONTE DO GOZO ALBERGUE PÚBLICO DE SAN LÁZARO GUNTÍN ALBERGUE DE SAN ROMAO DA RETORTA DISTÂNCIA TOTAL NA GALIZA: 170,8 km 25,1 km Hospital de Montouto 170,8 km a Santiago Vilardongo A Fonsagrada Padrón 930m Alto do Acevo Fonfría 1030m Paradanova Paradavella Albergue de San Xoán de Padrón, 24 lugares 3,5 km 4,5 km 3,1 km 1 km 0,9 km 7,5 km 4,6 km PARADAVELLA-CASTROVERDE 21 km 145,7 km a Santiago O Cádavo A Lastra A Fontaneira Paradavella 780m Castroverde Vilabade 591m A Degolada Albergue do Cádavo, 22 lugares Albergue de Castroverde, 32 lugares Albergue de Seixas 2,5 km 6 km 4,6 km 2,9 km 2,1 km 2,7 km CASTROVERDE-LUGO 22,3 km OS CAMINHOS NA GALIZA 124,7 km a Santiago Castroverde Lugo Ferrol Neda Barreiros CAMINHO INGLÊS Pontedeume A Coruña Ribadeo Albergue de Lugo, 44 lugares 8,9 km 5 km 3,9 km 4,5 km S. Pedro de Mera LUGO-SAN ROMAO DA RETORTA 18,7 km 591m Souto de Torres 102,4 km a Santiago 600m San Romao da Retorta San Vicente do Burgo 556m Trabada Santiago de Abres 500m Lugo 460m Abadín Albergue de Lugo, 44 lugares Albergue de San Romao da Retorta, 12 lugares 2 km 7,5 km 9,2 km CAMINHO PRIMITIVO Muxía Dumbría Ordes Hospital Bruma Miraz Negreira Ponte Maceira SANTIAGO DE COMPOSTELA Rúa de Francos Padrón Boiro Catoira Boimorto Arca Arzúa Melide Lavacolla Ponte Ulla Caldas de Reis Vilagarcía Portas Aguiño Cambados Barro Baamonde Silleda Vilabade Lugo A Fonsagrada Paradavella Triacastela O Cebreiro Samos Lalín 83,7 km a Santiago Melide CAMINHO FRANCÊS Castro 556m 6,4 km 1,7 km Arcade Redondela Vigo Nigrán Baiona Oia O Rosal A Guarda O Porriño Tui 14 km 12,8 km 53,1 km a Santiago Parabispo Castañeda Arzúa Albergue de Melide, 156 lugares Raído 460m Boente 412m Ribadiso 388m 460m 400m Santa María Melide de Melide 454m Río 420m 425m 310m Albergue de Ribadiso, 70 lugares Albergue de Arzúa, 50 lugares 3 km 3,1 km 2,2 km 1,8 km 0,7 km 2,4 km 0,8 km ARZÚA-ARCA Cambeo 19,1 km 41,1 km a Santiago Ourense Paderne de Allariz Augas Santas Vilar de Barrio Sandiás Campobecerros A Gudiña Porto de A Canda Xinzo de Limia Laza San Cibrao Taboadela Allariz Albergue de Arzúa, 50 lugares Vendas da Barreira Verín CAMINHO DO SUDESTE (VIA DA PRATA) O Pedrouzo A Rúa 280m 275m Xen Santa Irene O Empalme Rabiña A Brea Ras O400m 405m 361m 310m 380m 377m Boavista Salceda Calle 382m 362m Taberna Calzada Vella 388m 340m A Peroxa 400m Preguntoño As Barrosas Arzúa 380m 388m 351m 336m Albergue de Santa Irene, 36 lugares Albergue do Pino, 126 lugares 1,2 km 1,6 km 1 km 1,3 km 0,9 km 0,6 km 1,4 km 1,8 km 1,5 km 2 km 0,6 km 1,9 km 1,1 km 1,3 km 0,9 km ARCA-SANTIAGO 22 km a Santiago CAMINHO PORTUGUÊS CAMINHO PORTUGUÊS PELA COSTA 7,7 km MELIDE-ARZÚA Piñor de Cea Pontevedra 495m 493m 454 m San Romao da Retorta Vilamaior de Negral 640m Vilamor Albergue de Seixas, 35 lugares Albergue de Melide, 156 lugares Palas de Rei Sarria 28,6 km Aguas Santas 560m Albergue de San Romao da Retorta, 12 lugares Castroverde O Cádavo Portomarín Vilouriz SAN ROMAO DA RETORTA-MELIDE Sobrado A Igrexa Cee CAMINHO DO MAR DE AROUSA E RIO ULLA CAMINHO DE FISTERRA-MUXÍA Vilalba Betanzos Carral Fisterra Lourenzá Mondoñedo Santa María de Gondar Carballido 460m Albergue de Castroverde, 32 lugares CAMINHO DO NORTE Irún - 25,409 m San Sebastián - 4,907 m Zarautz - 6,465 m Deba - 77,147 m Zenarruza - 174,720 m Gernika - 16,608 m Lezama - 62,021 m Bilbao - 56,692 m Portugalete - 44,330 m Pobeña - 44,330 m Castro-Urdiales - 13,202 m Laredo - 95,426 m Güemes - 61,369 m Santander - 4,736 m Queveda - 31,634 m Comillas - 22,005 m 1200 1100 1000 900 800 700 600 500 400 300 200 100 0 ALTO DO ACEBO-PARADAVELLA CASTRO URDIALES GURIEZO LAREDO Unquera - 25,581 m Llanes - 55,294 m San Esteban de Leces 43,950 m Sebrayo - 53,738 m ARZÚA ALBERGUE PÚBLICO DE RIBADISO ALBERGUE PÚBLICO DE ARZÚA Oviedo - 336 m BALEIRA-O CÁDAVO ALBERGUE DO CÁDAVO San Juan de Villapañada 195,7 m MELIDE ALBERGUE PÚBLICO DE MELIDE Salas - 245,4 m A FONSAGRADA ALBERGUE DE SAN XOÁN DE PADRÓN Tineo - 672,6 m PROVÍNCIA DA CORUNHA Borres - 650 m PROVÍNCIA DE LUGO Berducedo - 923 m PALAS DE REI ALBERGUE DE SEIXAS Grandas de Salime - 564 m COMUNIDADE AUTÓNOMA DA GALIZA ALBERGUES PÚBLICOS EL ESCAMPLERO. LAS REGUERAS SAN JUAN DE VILLAPAÑADA. GRADO ALTO DE LA CABRUÑANA. GRADO CORNELLANA. SALAS SALAS BORRES. TINEO TINEO PENASEITA. ALLANDE BERDUCEDO A MESA. GRANDAS DE SALIME GRANDAS DE SALIME GERNIKA-LUMO MORGA LEZAMA BILBAO PORTUGALETE MUSKIZ (POBEÑA) 16 11,5 Santiago de Compostela San Lázaro 253m Monte do Gozo 372m San Marcos TVE 280m 370m TVG 380m Vilamaior Arroio Lavacolla 353m 391m 300m 300m San Paio Balizas 331m Cimadevila 343m 281m Santo Antón O Pedrouzo Amenal 270m 254m 280m Albergue do Pino, 126 lugares Albergue do Monte do Gozo, 400 lugares Albergue-residência de peregrinos de S. Lázaro, 80 lugares 3,3 km 1,5 km 0,7km 1,5 km 0,8 km 1,7 km 1,3 km 0,5 km 1,8 km 1,3 km 2,9 km 0,5 km 2,6 km 1,5 km SERVIÇOS DISPONÍVEIS SERVIÇOS DISPONÍVEIS SERVIÇOS DISPONÍVEIS SERVIÇOS DISPONÍVEIS SERVIÇOS DISPONÍVEIS PROVÍNCIA DE BISCAIA 25,6 km PERFIL DO CAMINHO CASTROVERDE ALBERGUE DE CASTROVERDE COMUNIDADE AUTÓNOMA DE ASTÚRIAS 26,6 km FARMÁCIA MULTIBANCO RESTAURANTE ALOJAMENTO HOTELEIRO LOJA TRANSPORTE INTERURBANO FARMÁCIA MULTIBANCO RESTAURANTE ALOJAMENTO HOTELEIRO LOJA TRANSPORTE INTERURBANO FARMÁCIA MULTIBANCO RESTAURANTE ALOJAMENTO HOTELEIRO LOJA TRANSPORTE INTERURBANO FARMÁCIA MULTIBANCO RESTAURANTE ALOJAMENTO HOTELEIRO LOJA TRANSPORTE INTERURBANO FARMÁCIA MULTIBANCO RESTAURANTE ALOJAMENTO HOTELEIRO LOJA TRANSPORTE INTERURBANO FARMÁCIA MULTIBANCO RESTAURANTE ALOJAMENTO HOTELEIRO LOJA TRANSPORTE INTERURBANO FARMÁCIA MULTIBANCO RESTAURANTE ALOJAMENTO HOTELEIRO LOJA TRANSPORTE INTERURBANO FARMÁCIA MULTIBANCO RESTAURANTE ALOJAMENTO HOTELEIRO LOJA TRANSPORTE INTERURBANO cortar pela linha de pontos IRÚN FUENTERRABIA/HONDARRIBIA PASAI-DONIBANE DONOSTIA-SAN SEBASTIAN ORIO ZARAUTZ GETARIA ZUMAIA DEBA ZENARRUZA MARKINA-XEMEIN BOLIBAR MENDATA 31,4 km Alto do Acevo - 1100 m PROVÍNCIA DE GUIPÚZCOA 23,7 km Paradavella - 683,5 m LIENDO COLINDRES GAMA SANTOÑA GÜEMES EL ASTILLERO PENAGOS SANTANDER POLANCO QUEVEDA SANTILLANA DEL MAR CÓBRECES COMILLAS SAN VICENTE DE LA BARQUERA SERDIO 26,9 km Castroverde - 588,6 m COMUNIDADE AUTÓNOMA DO PAÍS BASCO 27,4 km Lugo - 467,8 m 22,3 km San Romao da Retorta 568,3 m 18,7 km Melide - 452 m 28,6 km Arzúa - 336 m 14 km O Pedrouzo - 280 m 19,1 km Santiago de Compostela 253 m 22 km CÂMARA MUNICIPAL DA FONSAGRADA ALBERGUE: San Xoán de Padrón CÂMARA MUNICIPAL: 982 340 000/982 340 025 www.fonsagrada.org CENTRO DE SAÚDE: 982 350 005 GUARDA CIVIL: 982 340 004 PARAGEM DE TÁXI: 982 357 247 CÂMARA MUNICIPAL DE BALEIRA ALBERGUE: albergue do Cádavo CÂMARA MUNICIPAL: 982 354 059 www.concellodebaleira.com CENTRO DE SAÚDE: 982 354 107 GUARDA CIVIL: 982 312 002 PARAGEM DE TÁXI: 982 354 060 CAMINHO PRIMITIVO CÂMARA MUNICIPAL DE CASTROVERDE ALBERGUE: albergue de Castroverde CÂMARA MUNICIPAL: 982 312 287 www.castroverde.com CENTRO DE SAÚDE: 982 312 310/982 312 411 GUARDA CIVIL: 982 312 002 CÂMARA MUNICIPAL DE LUGO ALBERGUE: albergue de Lugo CÂMARA MUNICIPAL: 982 297 100 www.lugo.es CENTRO DE SAÚDE: 982 242 710 GUARDA CIVIL: 982 221 311 PARAGEM DE TÁXI: radiotáxi: 982 213 377 CÂMARA MUNICIPAL DE GUNTÍN ALBERGUE: albergue de San Romao da Retorta CÂMARA MUNICIPAL: 982 320 001 www.guntin.es CENTRO DE SAÚDE: 982 320 905 GUARDA CIVIL: 982 320 007 CÂMARA MUNICIPAL DE PALAS DE REI ALBERGUE: albergue de Seixas CÂMARA MUNICIPAL: 982 380 001 www.palasderei.org CENTRO DE SAÚDE: 982 380 176 GUARDA CIVIL: 982 380 002 PARAGEM DE TÁXI: 982 374 103 CÂMARA MUNICIPAL DE MELIDE ALBERGUE: albergue de Melide CÂMARA MUNICIPAL: 981 505 003 www.concellodemelide.org CENTRO DE SAÚDE: 981 506 176 GUARDA CIVIL: 981 505 007 PARAGEM DE TÁXI: 981 505 390 CÂMARA MUNICIPAL DE ARZÚA ALBERGUES PÚBLICOS: albergue de Ribadiso, albergue de Arzúa CÂMARA MUNICIPAL: 981 500 000 www.concellodearzua.org CENTRO DE SAÚDE: 981 501 322 GUARDA CIVIL: 981 500 002 PARAGEM DE TÁXI: 981 500 127 CÂMARA MUNICIPAL DO PINO ALBERGUES PÚBLICOS: albergue de Santa Irene, albergue de Pedrouzo (Arca-O Pino). CÂMARA MUNICIPAL: 981 511 002 www.concellodeopino.com CENTRO DE SAÚDE: 981 814 392 GUARDA CIVIL: 981 511 052 CÂMARA MUNICIPAL DE SANTIAGO ALBERGUES PÚBLICOS: albergue Monte do Gozo, albergue de San Lázaro CÂMARA MUNICIPAL: 981 542 300 www.santiagodecompostela.org CENTRO DE SAÚDE: 981 527 000/981 950 000 GUARDA CIVIL: 981 581 611 TÁXI: Radiotáxi 981 569 292 Catedral de Lugo PASSAPORTE DO PEREGRINO A devoção do rei pela causa jacobeia — tinha sido criado no mosteiro lucense de Samos e era seguidor do Beato de Liébana — foi decisiva para cimentar o novo culto. Afonso II teria mandado construir, na futura cidade, a primeira igreja. Além disso, concedeu diversas doações e promoveu o estabelecimento da primeira comunidade monástica destinada a atender as demandas do culto no altar de Santiago, o mosteiro de S. Paio de Antealtares. NOME: CIDADE: PAÍS: SAIU DE: NO DIA (dia) (mês) (ano) ASSINATURA: PEREGRINA PARA SANTIAGO A PÉ É a primeira rota de peregrinação, a mais antiga. Liga Oviedo a Santiago de Compostela e decorre em boa parte por traçados de calçadas romanas. O primeiro rei peregrino foi precisamente o monarca ásturo-galaico Afonso II, o Casto, que, no primeiro terço do século IX, quis ir a Santiago para confirmar se os restos que acabavam de aparecer em Compostela eram realmente os do apóstolo. EN BICICLETA A CAVALO OUTROS MEDIOS O Caminho Primitivo foi um itinerário muito frequentado pelo povo ásturo-galaico durante o século IX e boa parte do X, e atraiu também peregrinos provenientes de outras partes do norte de Espanha e da Europa. E pelo caminho — em duas ocasiões — chegou o seguinte monarca, Afonso III, o Magno, artífice da consagração em Santiago da segunda basílica no ano de 899. A seguir, quando Leão passa a ser a nova capital do reino, os monarcas potenciaram (séculos XIXII) o Caminho Francês como rota privilegiada. Apesar de tudo, a rota Primitiva continuou a ser uma alternativa para os peregrinos devotos da grande coleção de relíquias da catedral de S. Salvador de Oviedo e da catedral de Lugo, que ostenta o privilégio papal de expor dia e noite o Santíssimo Sacramento. Para além da sua importância, dão hoje fé os vestígios de muitos hospitais de atenção ao peregrino: alguns, em altas zonas de montanha, e outros na própria cidade de Lugo. O Caminho avança por paisagens de grande beleza. A entrada na Galiza é feita através do porto do Acebo (1030 metros de altitude) e da zona da Fonsagrada (do latim fons sacrata, ‘fonte sagrada’), uma das paragens mais típicas da montanha galega. Passaremos pelo histórico hospital de Montouto ou pelo castelo de Castroverde, até chegar à cidade mais antiga da Galiza, Lucus Augusti. Lugo conserva a única muralha romana completa de todo o Império romano, Património da Humanidade. Pela sua Porta de S. Pedro entra o Caminho Primitivo na cidade; e pela sua Porta Miñá continua até Compostela. Em Melide, a rota conflui com o Caminho Francês. 29,8 km Lugo oferece ao peregrino, para além da sua monumentalidade — que abrange da arqueologia romana a importantes edifícios barrocos —, um distinto espaço natural de bosques autóctones nas margens do rio Minho, e uma excelente gastronomia. Afastando-nos da cidade, chegamos a S. Vicente do Burgo, onde houve hospital de peregrinos. Este troço da etapa oferece-nos interessantes vistas da cidade que vai ficando para trás. Vale a pena desviarmo-nos 3 km da rota para visitar o enigmático templo de Santalla de Bóveda, de época romana tardia (séc. IV), declarado Monumento Nacional em 1931. À frente do templo passa a Via romana XIX, que comunicava Bracara Augusta (Braga) com Lucus Augusti (Lugo) através de Iria Flavia (Padrón). De regresso ao Caminho deparamos com a localidade de Bacurín, onde se ergue a igreja românica de S. Miguel e a aldeia do Francés (também conhecida por “Hospital”), até chegar a S. Romao da Retorta (município de Guntín), final desta etapa. No limite provincial entre Lugo e A Corunha atravessamos a serra do Careón e chegamos ao concelho de Toques, onde passaremos por Santiago de Vilouriz e Vilamor. Neste município, mesmo sendo do Caminho, ergue-se S. Antoíño de Toques, que teve um mosteiro beneditino e conserva uma magnífica igreja pré-românica do século IX. O Caminho Primitivo conflui com o Caminho Francês na histórica vila jacobeia de Melide. Continua por este até à catedral de Santiago, a 53 quilómetros de distância. Uma ponte de origem medieval permite-nos atravessar o rio Iso. A primeira casa à direita, junto ao seu leito, foi sede do hospital de Ribadiso, o último espaço histórico que permaneceu aberto no Caminho Francês ao serviço dos peregrinos. Foi restaurado em 1993 e reaberto nesse Ano Santo como albergue de peregrinos. O espaço natural em que está envolvido é de grande beleza. Chegamos à vila de Arzúa (388 m). O Caminho Francês recebe aqui os peregrinos provenientes do Caminho do Norte. A cerca de 10 km fora da nossa rota encontra-se a barragem de Portodemouros, com uma vasta oferta de turismo rural e ideal para a prática de desportos aquáticos. 22 km a Santiago Partindo de Arzúa enfrentamos os últimos quilómetros do Caminho: 41,1 ao todo. Vamos dividi-los em duas etapas, de 19,1 e 22 km respetivamente. Há quem aposte em fazer o restante trajeto num só dia, pernoitando no albergue do Monte do Gozo — 36,1 km ao todo, mais os últimos cinco do Monte do Gozo até à catedral — mas é aconselhável fazer duas etapas, com descanso em Arca. ARCA-SANTIAGO ARZÚA-ARCA Ao sair de Melide passamos por duas localidades de grande tradição jacobeia: Boente, com templo paroquial dedicado a Santiago, e Castañeda, onde Aymeric Picaud, autor do Livro V do Códice Calixtino, localiza os fornos de cal para as obras da catedral que os peregrinos abasteciam com pedras calcárias trazidas de Triacastela. Este facto simbolizava a participação de todos no grande empreendimento de construção do Templo e manifestava também essa união de forças e solidariedade que o Caminho fixa em cada ato de peregrinação. 19,1 km / 41,1 km a Santiago Pequenas aldeias como Seixalbos, Xende ou Ferreira surgem no caminho. Em Ponte Ferreira, em terras de Palas de Rei, para além da ponte medieval há uma igreja românica de finais do século XII, que pertenceu a Vilar de Donas. Também em Palas de Rei está Augas Santas, que nos fala de mananciais salutares e onde houve mosteiro no século IX, e ainda S. Salvador de Merlán, com igreja que conserva belos restos românicos. MELIDE-ARZÚA Em S. Romao da Retorta as expressões do românico irão deleitar-nos. Tanto da sua igreja, junto à qual se encontrou um miliário romano — sinal indicador de que o Caminho Primitivo se orientou seguindo a rota de uma antiga calçada —, como da igreja (e cruzeiro) de Santa Cruz da Retorta. 22,4 km / 53,1 km a Santiago 34,5 km / 87,6 km a Santiago Etapa curta, de 14 km. A saída de Lugo faz-se pela Porta Miñá ou Porta do Carme, a mais antiga e típica da Muralha. Seguiremos caminho abaixo pelo traçado de uma oculta calçada romana, até passar o rio Minho — também através de uma ponte de origem romana. Chegamos ao bairro da Ponte. Aqui optaremos por, ou seguir a direito caminho acima (zona das Areeiras), ou então à direita, indo paralelos ao rio e às instalações desportivas do Club Fluvial e à capela e bairro de S. Lázaro. As duas alternativas fundem-se a uns 3 km. Deixamos a freguesia de Arca e passamos por eucaliptais e aldeias como S. Antón ou Amenal, numa subida que nos levará até à localidade da Lavacolla, nas imediações do aeroporto de Santiago. Aqui, os peregrinos tinham por costume lavar o corpo todo no riacho que passa pelo lugar. De facto, a etimologia de “Lavacolla” derivaria de um lava colea, em desenfadada referência à higiene dos órgãos genitais. Saímos da vila de Arzúa pela rua do Carme. Nesta etapa, alternaremos a paisagem de bosques e prados (carvalhos, eucaliptos, pomares e campos de cultivo) com troços pelo asfalto da estrada Nacional 547. Prestemos especial atenção aos veículos, pois teremos de atravessar várias vezes a estrada. Chegamos ao Monte do Gozo (380 m), pequena elevação onde os peregrinos desfrutavam, pela primeira vez, de uma longínqua visão da catedral. Entre os grupos de peregrinos proclama-se “rei da peregrinação” aquele que primeiro atingir o seu cume. Em 1993 foi aqui construído um grande albergue. Cruzamos o rio Raído e há várias aldeias: Cortobe, Pereiriña, Tavernavella, algumas com ressonância jacobeia como Calzada, Calle, Ferreiros (de novo, a referência ao velho ofício daqueles que, entre outras funções, compunham as ferraduras dos cavalos), A Salceda, Santa Irene — onde há albergue de peregrinos — e A Rúa, já às portas de Arca, sede do município do Pino, o último concelho antes de Santiago. Ao longo de toda a etapa encontraremos bares ou tabernas onde podemos tomar qualquer coisa e fontes para nos refrescarmos. Faltam 5 km a descer. O Caminho entra na cidade pelas zonas residenciais e de serviços de S. Lázaro e Fontiñas. Mais à frente, a rua dos Concheiros, antigo bairro gremial dos artesãos que comercializavam conchas de vieira. A rota desce pela rua de S. Pedro até à Porta do Caminho. Continua, já no seu último troço, por ruas pedonais e praças como Casas Reais, praça de Cervantes e Acibechería, por onde acederemos à basílica — o acesso alternativo, no Ano Santo, será a Porta Santa na Quintana. Paisagem em Arzúa Monte do Gozo Bilbao Santoña Colindres El Portarrón CastroUrdiales Kobaron Potugalete Güemes El Astillero Santander 44,15km 46,15 km 35,8 km 17 km Castroverde é o final de etapa (540 m), sede do município do mesmo nome. No alto da vila resiste altiva a torre de menagem do seu velho castelo, memória do domínio das casas de Lemos e Altamira. A entrada na cidade mais antiga da Galiza, a Lucus Augusti romana, faz-se após passar por baixo da ponte da Chanca. Subimos — pois Lugo está construído sobre um castro — até chegar à Muralha Romana (séc. III-IV). A muralha é Património da Humanidade desde 2000. Subimos através da Porta de S. Pedro e continuamos por um traçado urbano que nos levará, primeiro, à bela e acolhedora praça Maior, e depois à catedral de Santa María, onde os peregrinos paravam para orar perante o Santíssimo Sacramento, exposto de forma permanente na basílica desde o século XII. 14 km / 101,6 km a Santiago CASTROVERDE-LUGO Subimos ao alto da Vaqueriza (840 m) e chegamos depois a Vilabade. Aqui existiu um convento franciscano. Dele resta o templo, construído em meados do século XV, numa bela praça em que também se encontra o paço de Abraira-Arana. A menos de um quilómetro encontra-se a capela da Nosa Señora do Carme, no meio de uma frondosa carballeira (carvalhal). O itinerário até à cidade de Lugo decorre por paragens cativantes: fontes, regatos, campos de cultivo, bosque autóctone, cercas de pedra ou de madeira, típicas vivendas tradicionais... Nas imediações da rota destaca-se Soutomerille, uma aldeia abandonada com igreja de origem pré-românica. Estamos a uns 20 km de Lugo e os topónimos com referências jacobeias — Caminho, Casa do Hospital, Costa Francesa, Santiago de Castelo — acompanham-nos a todo o momento. LUGO-SAN ROMAO DA RETORTA Markina-Xemein 38,8 km 23,1 km 11,2 18 16,8 19,6 km Chegamos à localidade do Cádavo (710 m), sede do concelho de Baleira e segunda povoação de maior relevância — depois da Fonsagrada — no Caminho Primitivo galego. No próximo Campo da Matanza existe uma velha tradição que assegura que o rei Afonso II enfrentou aqui um exército islâmico. Passava por estas terras a caminho de Compostela entre os anos 820 e 830, atraído pela notícia do descobrimento do sepulcro. 21 km / 122,6 km a Santiago Deba 27,8 km 24,8 km A partir de Montouto o trajeto continua até à típica localidade de Paradavella. 25,9 km / 148,5 km a Santiago Zarautz Gernika-Lumo A alternativa a Fonsagrada passa, como dizíamos, pela Pobra de Burón. A sua torre medieval é o último vestígio da antiga fortaleza do conde de Altamira, objeto dos ataques “irmandiños” — revoltas sociais contra os nobres — do século XV. Partindo de Paradavella descemos até ao Cádavo. Pelo caminho, as aldeias da Degolada e da Fontaneira. Os troços de bosque frondoso combinam-se com outros menos recolhidos, junto à estrada comarcal C-630. SAN ROMAO DA RETORTA-MELIDE Na primeira, visitamos a “fonte sagrada” situada no casco urbano da Fonsagrada, e vinculada à tradição jacobeia por um milagre do apóstolo Santiago. Daqui passamos à localidade de S. Xoán de Padrón até chegar a Montouto, onde convergem as duas rotas. PARADAVELLA-CASTROVERDE 23,9 km / 171 km a Santiago DonostiaSan Sebastián 24,8 km 24,2 km 21,3 km O ACEBO-PARADAVELLA 22,8 km 24,6 km Hondarribia Irún 23,5 km Santillana del Mar 25,6 km 26,6 km Po Sebrayu 23,7 km Vilabade O que ver Lugo O que ver As espetaculares paisagens do alto do Acebo. Na Fonsagrada, a Fons Sacrata, o Museu Comarcal ou a gastronomia local, com o “butelo” como referência (enchido elaborado à base de carne de porco) e o conhecido por ‘doce da Fonsagrada’ (bolo à base de amêndoas e creme). S. Xoán de Padrón, com a sua igreja do XVIII. Na Pobra de Burón, os restos do hospital medieval da Trinidade e da fortaleza do conde de Altamira, hoje torre. Os retábulos barrocos e neoclássicos da igreja da Madalena. As ruínas do hospital de Montouto. E as palhoças (antigas vivendas camponesas) de Paradavella. A igreja de Santiago na Fontaneira. Campo da Matanza. A igreja de Santa María de Vilabade, declarada Monumento Nacional: um templo gótico, de nave única, de meados do XV, com retábulo do XVIII realizado por mestres compostelanos e encabeçado por uma imagem de Santiago. O pórtico é neoclássico e possui cinco vistosos arcos. O paço de Abraira-Arana, também conhecido por paço de Vilabade, vocacionado para o turismo rural. A capela da Nosa Señora do Carme e a carvalheira. A igreja de Santiago em Castroverde e a torre de menagem (séc. XIV) de um castelo dos condes de Lemos, posteriormente dos Altamira. A igreja pré-românica de Soutomerille. A ponte da Chanca, espetacular obra de engenharia ferroviária (1880). A Muralha Romana tem 2140 m de perímetro, um passeio superior e dez portas. É o único recinto fortificado romano que permanece hoje em dia completo. A catedral é românica (Porta Norte), barroca (coro, capela da Virxe dos Ollos Grandes) e neoclássica (fachada). O Museu Provincial está situado num antigo co nve n to f r a n c i s c a n o. O Ce nt ro d e Interpretación do Camiño de Santiago (praça do Campo). E a zona de vinhos, famosa pelos seus aperitivos “tapas” grátis: a destacar o polvo à feira, sobretudo nas festas de outubro (S. Froilán) e os derivados do porco. CARIMBO CARIMBO CARIMBO Santalla de Bóveda O que ver Albergue de Ribadiso A 1 km de Lugo, as termas romanas (séculos III d.C.), no interior do atual Hotel Balneario, junto ao rio Minho. Conservam duas estâncias, uma delas — o Apoditeryum, o vestuário — muito completa. Aparecem citadas já a finais do séc. XV no popularíssimo guia de peregrinos do alemão Hermann Künig von Vach. As paisagens fluviais com os seus caneiros — pequenas presas — e generosa natureza. A igreja barroca de S. Vicente do Burgo. O templo de Santalla de Bóveda, Monumento Nacional, edifício paleocristão, conserva um dos conjuntos de pintura mural altomedieval mais interessantes da Península. A igreja românica de S. Miguel (séc. XII), em Bacurín. CARIMBO O que ver Miliário, San Romao da Retorta O que ver A igreja românica de S. Romao da Retorta (do séc. XII, com restauros posteriores). Ao lado encontrou-se um miliário romano. A igreja românica de Santa Cruz da Retorta, com um interessante lábaro trabalhado no tímpano da fachada norte. A fachada principal mostra um relevo com Cristo bendizendo, situado entre o sol e a lua. A igreja de S. Salvador de Merlán. E a serra do Careón, no limite provincial entre Lugo e A Corunha, já nos arredores de Melide. Uma paragem de alto valor ecológico. Conserva uma flora e uma fauna quase desaparecidas na Galiza. O pico mais alto, O Careón, está a 798 m. Em Boente, a igreja de Santiago. Junto ao rio Iso, a área recreativa de Ribadiso com o albergue de peregrinos que foi um antigo hospital medieval. Em Arzúa, a igreja de Santiago, a capela gótica da Madalena, pertencente a outro hospital desaparecido, ou a capela da Mota, junto a uma genuína carvalheira homónima. A 5 km (afastando-nos do Caminho), o paço de Brandeso, onde Ramón María del Valle-Inclán situou parte do seu romance Sonata de otoño (o interior não se pode visitar). E, a 10 km, a barragem de Portodemouros. Continuamos em zona queijeira, da Denominação de Origem Arzúa-Ulloa. CARIMBO CARIMBO O qué ver O que ver Na aldeia de Santa Irene, ermida dedicada à santa mártir portuguesa, construída graças à contribuição de dois nobres que viviam na aldeia próxima de Dos Casas (séc. XVIII). E a “fonte santa” (séc. XVII): as suas águas possuem, segundo a tradição, propriedades curativas para a pele. O Pedrouzo é a localidade principal da freguesia de Arca (O Pino). Povoação de serviços ao pé da N-547, conta com variada oferta hoteleira. Ao longo do ano organizam-se aqui feiras de gado, festas gastronómicas, mostras equestres e concertos de bandas populares ou música folk. O Monte do Gozo oferece uma excelente vista panorâmica da cidade. O Pavillón de Galicia, no bairro de S. Lázaro. O Museu do Pobo Galego. O Panteón de Galegos Ilustres contíguo ao museu, na única igreja gótica da cidade. O Centro Galego de Arte Contemporánea (CGAC), obra do arquiteto português Álvaro Siza. A capela das Ánimas, com os seus retábulos neoclássicos; a praça de Cervantes, onde esteve instalada a câmara municipal até finais do séc. XVIII. O museu da Casa da Troia, a célebre pensão de estudantes de inícios do séc. XX. E o mosteiro de S. Martiño Pinario. CARIMBO CARIMBO Vega de sariego Oviedo Antes de iniciar a peregrinação: -Caso venha de outro país membro da União Europeia, é recomendável que disponha do cartão europeu de saúde. • Efetuar uma preparação física prévia, tendo em conta que deve planear as etapas em função das suas possibilidades físicas, doseando o esforço e efetuando descansos mais ou menos frequentes ou longos, dependendo das características físicas de cada um. Berducedo Grandas de Salime Alto do Acevo Paradavella Castroverde 28,6 km Pessoas deficientes 14 km -Se vier de um país que não seja membro da União Europeia, deve saber que há países que têm convénios com Espanha, pelo que será importante que obtenha estas informações antes de iniciar a viagem, para desta forma vir com todos os documentos devidamente regularizados. Além das recomendações gerais que todos os peregrinos devem observar, também devem: Lugo San Román da Retorta Melide 19,1 km Arzúa Arca 22 km -Informar-se antes de sair sobre as dificuldades que um peregrino com deficiência pode encontrar e sobre as condições de acessibilidade dos diferentes serviços que se encontram no Caminho de Santiago (albergues, estabelecimentos de hotelaria, etc.) -Intensificar os cuidados quando se tratar de atravessar as estradas em caso de deficiência auditiva e caminhar sempre acompanhado no caso das pessoas deficientes visuais, devido aos cruzamentos, desvios e irregularidades do terreno. -Planear e adaptar o trajeto e as etapas à existência de alojamentos que permitam o seu acesso. • Uma vez iniciado o andamento, não caminhe muito rapidamente nos primeiros dias e mantenha o mesmo ritmo. • É fundamental o cuidado dos pés para evitar bolhas; para tal, use calçado confortável e usado. É aconselhável que leve dois pares, ou com sola de borracha grossa e leve. As peúgas devem ser adaptadas e permitir uma boa transpiração (de linho ou algodão), sempre limpas, secas e bem calçadas para se evitarem fricções. No fim do dia, lave os pés com água e sabão e mude de calçado. • Utilize roupa leve e larga, de cor clara (refletora), adequada à época do ano. • Leve uma gabardina que não seja pesada e que cubra a mochila. • Leve uma proteção para a cabeça e óculos de sol, evite as horas de calor mais intenso e utilize creme protetor. • Os acampamentos devem ser feitos em lugares estabelecidos para tal efeito. Tenha cuidado se fizer fogueiras; ao iniciar o andamento certifique-se de que ficam apagadas; CUIDE DO MEIO AMBIENTE. • Nunca se afaste dos caminhos assinalados, evite caminhar quando escurecer e respeite as normas de circulação. Se o fizer de bicicleta, lembre-se de que é obrigatório o uso do capacete e do colete refletor. • Caminhe sempre pela margem esquerda da estrada. • Se estiver cansado e com cãibras, descanse num lugar fresco e beba muitos líquidos. • Para repor forças durante o caminho, coma alimentos muito energéticos (frutos secos, figos, chocolate, etc.) • Na bagagem deve levar: saco-cama, um canivete suíço, uma lanterna, um telemóvel e um pequeno estojo de primeiros socorros. • O estojo de primeiros socorros básico de emergência (álcool, gaze, adesivo de seda, Betadine, pensos rápidos, creme de proteção solar, agulha e linha para a cura das bolhas, tesoura pequena, vaselina, repelente de mosquitos, anti-histamínicos (em caso de alergia) e aspirinas. O telefone de emergência é o 112 OCUPAÇÃO A ordem de prioridade para a ocupação dos albergues será a que se estabelece em seguida: 1. Os peregrinos com limitações físicas. 2. Os peregrinos a pé. 3. Os peregrinos a cavalo. 4. Os peregrinos de bicicleta. 5. As pessoas que viajarem com carros de apoio. Os lugares serão ocupados pelos peregrinos ao chegar aos albergues, não sendo admitida, em caso nenhum, a possibilidade de serem efetuadas reservas. UTILIZAÇÃO E USO A utilização do albergue para passar a noite e/ou o uso de qualquer um dos seus serviços e instalações implicará o pagamento de 6 € por pessoa e dia, que se justificará com o documento que será entregue pelo responsável pelo albergue no momento do pagamento. NORMAS DE COMPORTAMENTO A utilização das instalações dos referidos albergues por parte dos peregrinos estará sujeita ao cumprimento das condições seguintes: 1. A estadia em cada albergue será de uma só noite, salvo em caso de doença ou de outra causa de força maior. 2. A porta dos albergues será encerrada às 22h. 3. Os albergues deverão ser abandonados antes das 8h da manhã. 4. Para respeitar o descanso, as luzes devem ser apagadas às 22h30m, à exceção das zonas comuns. 5. Os/As utilizadores/as deverão cuidar das instalações com a devida diligência, deixando-as arrumadas, limpas e, por isso, recolher e depositar o lixo nos respetivos contentores. 6. Não é permitido o esbanjamento de água ou de eletricidade. 7. Para a secagem da roupa devem ser utilizados exclusivamente os estendais. O incumprimento dos deveres anteriormente referidos, assim como qualquer conduta suscetível de ser considerada como perturbadora do bom funcionamento dos albergues, facultará os seus responsáveis a obrigarem os infratores a abandoná-los, sem prejuízo da existência de responsabilidades, incluindo a proibição do uso de qualquer outro albergue da rede. SERVIÇOS * Beliche com roupa de cama descartável * Uso da cozinha (sem utensílios de cozinha) * Duche (com água quente) TELEFONES E ENDEREÇOS DE INTERESSE Borres 21 km -Os peregrinos espanhóis devem viajar sempre com o cartão de saúde. -Certifique-se de que tem as suas vacinas e desparasitações devidamente registadas no boletim de vacinas, com que deve viajar. • Ingira frequentemente água, mas certifique-se de que a mesma é potável; não deve consumir água de riachos, rios, nascentes ou fontes de cuja potabilidade não esteja seguro. Para prevenir desidratações recomenda-se uma ingestão diária mínima de 2 litros de água. Existem no mercado bebidas isotónicas cuja composição em sais de sódio e potássio podem ajudar um adulto saudável. NORMAS DE UTILIZAÇÃO DA REDE DE ALBERGUES Tineo 22,3 km Se viajar com animais: PLANO ZONA MONUMENTAL Salas 18,7 km A credencial do peregrino é o documento em que se vão apondo os carimbos dos lugares pelos quais ele passa e que servirão para a obtenção da "Compostela" (documento do Cabido que certifica a realização da peregrinação por motivos religiosos ou espirituais), deverão demonstrar que fizeram pelo menos os últimos 100 km a pé ou a cavalo ou 200 de bicicleta. SANTIAGO DE COMPOSTELA 25,1 km 14,2 km 20,9 km 28,5 km 18,8km 19,1 km 19,5 km San Juan de Villapañada Santiago de Compostela CONSELHOS ÚTEIS PARA PEREGRINOS 26,9 km CARIMBO 31,4 km Ribadesella Ribeseya 23,7 km A Fonsagrada O que ver 16 11,5 Bustío (Unquera) San Vicente de la Barquera Comillas CAMINHO PRIMITIVO O Caminho Primitivo entra na Galiza pelo porto de montanha do Acebo (1030 m). Uma bela estância de neve nas estações frias e de exuberante vegetação com marcados contrastes durante os meses mais quentes. Daqui faltam 171 km até Santiago. Fonfría e o seu manancial de água fresca acolhem-nos ao início. Neste lugar funcionou um importante hospital de peregrinos pertencente à comenda de S. Xoán de Portomarín que ainda estava em funcionamento nos alvores do século XX. Passamos por Barbeitos e depois Paradanova, onde a rota oferece duas alternativas: uma através da Fonsagrada — sede de concelho — e outra pela Pobra de Burón. S.O.S. GALICIA E PROTEÇÃO CIVIL 112 URGÊNCIAS E URGÊNCIAS MÉDICAS 061 POSTO INFORMAÇÃO TURGALICIA 902 200 432 POSTO DE TURISMO DA CORUNHA 981 221 822 POSTO INFORMAÇÃO DE FERROL 981 337 131 POSTO INFORMAÇÃO DE LUGO 982 231 361 POSTO INFORMAÇÃO DE OURENSE 988 372 020 POSTO INFORMAÇÃO DE PONTEVEDRA 986 850 814 POSTO INFORMAÇÃO DE SANTIAGO 981 584 081 POSTO TURISMO DA XUNTA-MADRID 91 5954200/91 5954214 INFORMAÇÕES TURÍSTICAS E ALOJAMENTOS EM SANTIAGO (CENTRAL DE RESERVAS) 981 958 058/981 555 129/981 568 521 POSTO INFORMAÇÃO JACOBEU 981 552 288/902 332 010 [email protected] POSTO DO PEREGRINO 981 568 846 CENTROS INFORMAÇÃO E INTERPRETAÇÃO DO CAMINHO MONDOÑEDO 982 521 418 LUGO 982 222 673 INFORMAÇÃO METEOROLÓGICA 881 999 654 SERVIÇOS RELIGIOSOS 981 568 846 ESTAÇÕES DE AUTOCARROS SANTIAGO 981 542 416 A CORUNHA 981 184 335 FERROL 981 184 335 LUGO 982 223 985 OURENSE 988 216 027 PONTEVEDRA 986 852 408 VIGO 986 373 411 AEROPORTOS www.aena.es AENA INFORMAÇÃO NACIONAL 902 404 704 SANTIAGO-LAVACOLLA 981 547 501 A CORUNHA-ALVEDRO 981 187 200 VIGO-PEINADOR 986 268 200 COMBOIO www.renfe.es RENFE INFORMAÇÃO E RESERVAS 902 320 320 CÂMARAS MUNICIPAIS SANTIAGO 981 542 300 A CORUNHA 981 184 200 FERROL 981 944 000 LUGO 982 297 100 OURENSE 988 388 100 PONTEVEDRA 986 804 300 VIGO 986 810 100 ENDEREÇOS PARA O PEREGRINO INFORMAÇÕES PRÁTICAS www.xacobeo.es ASOCIACIÓN GALLEGA DE AMIGOS DEL CAMINO DE SANTIAGO www.amigosdelcamino.com INFORMAÇÃO IGREJA CATÓLICA www.peregrinossantiago.com FEDERACIÓN ESPAÑOLA DE AMIGOS DEL CAMINO DE SANTIAGO www.caminodesantiago.org ONDE ALOJAR-SE www.turgalicia.es / www.pazosdegalicia.com (inclui a rede de turismo rural da Galiza)