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EDITA
S.A. de Xestión do Plan Xacobeo.
DIRECÇÃO Y COORDENAÇÃO
Departamento de Promoción Turística y Cultural. S.A. de Xestión do Plan Xacobeo. Juan Pensado Barbeira.
DISENHO E LAYOUT
Equipo Publicidad.
FOTOGRAFÍA
Arquivo S.A. de Xestión do Plan Xacobeo.
TEXTOS
Quique Alvarellos.
DOCUMENTAÇAO
Fe Arca, Coroni Rubio, Pilar Cuiña, Purificación Fariña, Sandra
Pazos, Juan Pensado.
FONTES DE DOCUMENTAÇÃO
Páginas Web de: turismo del gobierno Vasco, turismo del gobierno de Cantabria, turismo del Principado de Asturias, S.A.
de Xestión do Plan Xacobeo, Turespaña y Agrupación de Asociaciones de Amigos del Camino Norte.
DEP. LEGAL: C 1892-2012
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O CAMINHO DE SANTIAGO
BREVE INTRODUÇÃO AO CAMINHO
A descoberta do túmulo do apóstolo Santiago o Maior, por volta dos anos 820 e 830, num
bosque chamado Libredón e onde hoje se ergue
a magna catedral compostelana, constitui um
dos acontecimentos mais importantes da Idade
Média na Europa. A notícia do aparecimento dos
restos de Santiago percorreria velozmente o
continente e rapidamente surgiria, de forma espontânea, o fenómeno das peregrinações.
O objectivo é prestar culto no seu sepulcro a
um dos discípulos predilectos de Jesus, Santiago,
primeiro mártir da cristandade, decapitado em
Jerusalém no ano 44. Vários documentos datados a partir do século VI situam a peregrinação
do Apóstolo na Hispania entre os anos 33 e 42. E
para este território o quiseram trazer os seus discípulos após a sua morte. Decidiram enterrá-lo
muito perto da magia e do mistério do Finis Terrae, o fim do mundo da sua época.
O achado desse sepulcro romano, quase oito
séculos depois, marcaria o início de um culto
que converteu o Caminho numa verdadeira coluna vertebral da Europa e a cidade de Santiago
de Compostela e a sua catedral num dos três
grandes centros de peregrinação da cristandade, juntamente com Roma e Jerusalém.
Pelo Caminho de Santiago não só transita
todos os anos um fluxo de pessoas de diversas
nacionalidades que aumenta em Anos Santos
— quando o dia 25 de Julho coincide com o domingo sendo possível “ganhar o Jubileu”, uma
Indulgência Plenária ou perdão dos pecados,
que a Igreja confere —, mas também foi uma
"auto-estrada do conhecimento": uma instituição difusora dos grandes movimentos culturais
e artísticos que surgiram na Europa — o românico, por exemplo, um estilo arquitectónico que
nasceu no Caminho para Compostela — e também foi uma demonstração incomparável da solidariedade humana.
Mas o Caminho é ainda mais: caminhar para
oeste por um trajecto com 1.200 anos de
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história e deixar para trás hábitos e rotinas é
hoje em dia, tal como nos alvores da peregrinação, uma conjunção de sacrifício e recompensa que transforma quem o experimenta
pelo menos uma vez na vida.
O itinerário começa em diferentes pontos da
Europa. En França confluem os trajectos que procedem de Itália ou do leste do Continente (entre
muitos outros lugares da Europa). Entra em Espanha pelos Pirinéus e a partir de Puente La
Reina (Navarra) é já uma via única, o conhecido
como Caminho Francês, que percorrerá todo o
norte do país até Santiago de Compostela.
Este caminho —já descrito no século XII no
Codex Calixtinus— insere-se na Galiza pelo alto
de O Cebreiro e é o itinerário de referência, mas
não o único nem o mais antigo. Na realidade,
são dez os trajectos de peregrinação que se
foram fixando ao longo da história. O mais antigo - dizíamos - é o chamado Caminho Primitivo; juntamente com o Caminho do Norte
—ambos entram na Galiza pelas Astúrias—, o
Inglês —com os portos da Corunha e Ferrol
como referência—, o Português e a sua variante
de Português pela Costa, o Caminho do
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Sudeste-Via da Prata —a partir do sudoeste da
Espanha—, o Caminho de Fisterra-Muxía —que
prolonga a peregrinação até ao Finis terrae—, o
Trajecto do Mar de Arousa e Ulla —que relembra o itinerário pelo qual, de acordo com a tradição, os restos mortais do apóstolo chegaram
de barco à Galiza. E, finalmente, o Caminho de
Inverno — trajecto alternativo aos frios cumes
das montanhas luguesas de O Cebreiro.
A meta é Santiago de Compostela. Capital da
Comunidade Autónoma da Galiza. O seu centro
histórico foi declarado pela UNESCO Património
da Humanidade em 1985. Em 1987 o Conselho
da Europa reconheceu o Caminho de Santiago
como Primeiro Itinerário Cultural Europeu, e no
Ano Santo de 1993 o próprio Caminho de Santiago foi declarado Património da Humanidade.
Em 2011, a catedral celebrou o 800º aniversário da sua consagração. Diante da mesma, na
plaza del Obradoiro, cada caminhante entende
que "a meta é o caminho" e leva gravado a partir deste momento, perante o majestoso Pórtico da Glória, um grito de ânimo que desde os
tempos medievais ajuda sempre a seguir em
frente. Ultreia!
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HISTÓRIA DOS CAMINHOS DE SANTIAGO E DA
PEREGRINAÇÃO XACOBEA NA EUROPA, ESPANHA E GALIZA
Para se entender a rápida consolidação de
Santiago como centro de peregrinação internacional (do século IX ao XII) devemos citar a
união de forças e interesses que, a favor de
Compostela, os principais centros de poder ocidental levaram a cabo: a coroa (desde Alfonso
II até Alfonso VII ou Sancho Ramírez), o papado
(Calixto II ou Alexandre III) e as ordens monacais (as abadias de Cluny e de Cister). Assim escreverá o Caminho a sua história milenar:
Quando os restos do Apóstolo foram descobertos (século IX) reinava no noroeste peninsular (denominado Reino das Astúrias) Alfonso II.
Foi ele o primeiro grande valedor. Tinha sido
criado no mosteiro de Samos e recebeu com entusiasmo a notícia do bispo de Iria, Teodomiro:
um eremita de nome Paio localizou, num bosque, as ruínas de um enterro primitivo. Este aparecimento veio confirmar uma tradição popular
enraizada que tinha sido inclusivamente documentado pelos monges Beda o Venerável e
Beato de Liébana. Mas faltavam provas. Em seguida, o rei Alfonso II visitou o lugar e mandou
edificar uma modesta igreja, que depois Alfonso
III reconstruiria (ano 899). Estávamos no germe
da actual catedral e da cidade de Santiago. O
culto a Santiago foi iniciado com força no Reino
asturiano-galaico e obteve, para além dos Pirinéus, uma rápida resposta popular.
Mas a 10 de Agosto do ano 997 o caudilho
árabe Almansor, primeiro-ministro do califado
de Córdoba, arrasou a cidade, roubou os sinos
da sua basílica e só respeitou o "lugar santo",
os restos de Santiago. Sobre eles haveria de renascer Compostela. O símbolo de Santiago já
era demasiado forte para sucumbir: representa
uma unidade de identidade e uma força
comum (espiritual e guerreira) para lutar contra a invasão islâmica: a Reconquista.
A época de ouro das peregrinações situa-se
entre os séculos XI e XIII: França, Itália, centro e
leste da Europa, Inglaterra, Alemanha, e inclu-
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sive a Islândia. E, claro está, toda a Hispania.
Chegavam a pé, a cavalo, de barco… e eram
assistidos principalmente por uma rede de
hospitais de Cluny e de Cister, tendo sido um
verdadeiro suporte do espírito de Santiago.
O primeiro Ano Jubilar ou Ano Santo (quando
o dia de Santiago, 25 de Julho, coincide com o
domingo) remonta, aproximadamente, ao ano
de 1428 (celebra-se, desde então, conforme dita
o calendário, cada 6, 5, 6 e 11 anos).
Mas chegados ao século XVI, as coisas mudaram. Com Lutero terminou a unidade religiosa do Ocidente, o trajecto ficou ameaçado
pela presença de delinquentes e as guerras
que assolaram a Europa obrigaram a fechar as
fronteiras, o pior dos obstáculos para esse rio
humano que eram as peregrinações. França —
país de Santiago por excelência— viveu a sua
Revolução em 1789, e em Espanha a Igreja iria
perdendo poder e influência. O mundo já era
outro.
No entanto, no século XIX dois factos reactivariam o espírito de Santiago. O Romantismo
inglês descobriu na catedral e no seu Pórtico
da Glória um mundo de beleza e mistério. Por
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outro lado, um facto fundamental: em 1879 verificou-se a redescoberta dos restos mortais do
Apóstolo. Aconteceu que trezentos anos antes
(1589) o arcebispo Sanclemente os tinha escondido face à ameaça do corsário inglês Francis Drake, tendo sido tal o seu zelo que mais
ninguém os voltaria a encontrar até fins do século XIX. As escavações arqueológicas trouxeram-nos à luz e, depois delas, o retorno —
modesto no início — das peregrinações. Mas
seria necessário esperar mais um século para o
ressurgimento do Caminho, após um primeiro
terço do século XX marcado em Espanha por
uma cruenta guerra civil e 40 anos de ditadura.
No ano de 1982 João Paulo II visitou Santiago de Compostela ataviado como peregrino. Em 1993 (outro Ano Santo) o Governo
da Galiza pôs em funcionamento o Plano Xacobeo, seguido de 1999, 2004 e 2010. Actualmente, tal como nos tempos medievais,
milhões de peregrinos caminham novamente
para Compostela. É uma forma diferente de
peregrinação, mas não nega a tradicional,
tendo somado à mesma as ânsias e motivações das sociedades contemporâneas.
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A CIDADE DE SANTIAGO DE COMPOSTELA
Santiago de Compostela nasceu de um bosque, o Libredón, local onde foram encontrados
os restos mortais do Apóstolo. Hoje em dia a cidade é um centro de peregrinação internacional, capital da Comunidade Autónoma da Galiza
e sede de uma prestigiosa universidade com
cinco séculos de história. Compostela é igualmente, com os seus 93.000 habitantes recenseados, esse bosque de pedra granítica sobre o
qual se foi traçando a urbe medieval, e um bosque verde, de centenárias carballeiras (carvalhais) como a de Santa Susana, que se ergue no
centro da Alameda.
Pela sua pedra lavrada, Santiago é Património da Humanidade desde 1985; pelas suas
zonas verdes é uma das cidades da Espanha
com mais metros quadrados de parques e jardins por habitante, rodeada pela poesia dos
rios Sar e Sarela.
O núcleo é a Praza do Obradoiro. Para aqui
convergem todos os Caminhos. E a partir dela,
frente à catedral, emana toda a força e beleza de
mais de mil anos de história e tradição. O Obradoiro é uma harmonia de estilos, épocas e pedra
sublimada: à frente, a fachada barroca da basílica e o paço românico de Xelmírez; à esquerda,
o Hostal de los Reyes Católicos (antigo Hospital
de Peregrinos), renascentista; à direita, o pórtico
medieval do Colégio San Xeromé (hoje em dia
Reitorado da USC) e, atrás, o neoclássico do Pazo
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de Raxoi, actual sede da Câmara Municipal e da
presidência da Xunta da Galiza. Uma paisagem
construída ao longo de oito séculos, fechada a
oeste pelo monte Pedroso, que é um grande
compêndio da arte ocidental.
A catedral foi exercendo a sua força centrífuga. À sua volta emerge a cidade. Em primeiro
lugar, as outras três praças que rodeiam o monumento: Praterías (a preferida dos músicos e
artistas), a Quintana (antigo cemitério) e a Inmaculada, com o espectacular mosteiro de
San Martiño Pinario, também os paços que
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flanqueiam as ruas do Vilar e Ruanova, ou a
porta de Mazarelos (a única da antiga muralha
ainda em pé) completam uma primeira visão.
Já extramuros, o convento de San Francisco
(com a homenagem do escultor Asorey ao
santo de Assis), o paço de San Lourenzo (junto
a outro bosque de carvalhos), ou a românica
Igreja Colegiata de Sar, com as suas incríveis
colunas inclinadas e os restos do seu claustro
do século XII. Junto a todos eles, as novas infraestruturas culturais que nasceram ao amparo
do novo peregrinar e de Santiago como capital da Autonomia. Entre elas: o Centro Galego
de Arte Contemporânea (obra de Siza), contíguo ao Museu do Pobo Gallego (onde Domingo de Andrade construiu a sua tripla
escada de caracol); o magno Auditório da Galiza ou a Cidade da Cultura, impressionante arquitectura concepção de Peter Eisenman e
erguida no cume do Monte Gaiás.
Pedra, bosque, história, arte… e, finalmente,
gastronomia. A cidade inteira, sobretudo a rua
do Franco e arredores, é templo do bom comer.
Desde grandes restaurantes até tabernas genuínas, Santiago pode satisfazer — também nesta
área — todas as nossas expectativas.
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A CATEDRAL DE SANTIAGO
A catedral de Santiago é resultado de mais de
setecentos anos de construção, sucessão de estilos e ampliações, e reformas continuadas. Na
proto-história do monumento devem-se citar as
duas igrejas pré-românicas, erguidas no século
IX. A basílica que deu origem à catedral que
agora conhecemos seria iniciada no ano de
1075, em tempos de Diego Peláez, com uma
equipa composta por cinquenta artistas de cantaria dirigidos pelo professor Bernaldo o Vello.
No entanto, o grande impulso à obra chegaria
pouco depois, já com Diego Xelmírez como arcebispo, pessoa culta, cosmopolita, destacado
promotor cultural e espiritual de Compostela.
Aquando da sua morte (1139-1140) a estrutura
básica do monumento (terminal, altar-mor, braços do cruzeiro e capelas radiais românicas) já
estava erguida.
A catedral inspirar-se-ia nas grandes igrejas
da França e nela seriam postas em prática, já
desde as primeiras concepções, as técnicas
mais avançadas de arquitectura e escultura do
Ocidente.
Foi a titulo de exemplo a primeira igreja românica europeia a ter escultura monumental
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nas três fachadas: Obradoiro, Praterías e Paraíso
(actualmente Acibechería).
E seria depois o Pórtico da Glória a grande
obra que posicionaria a Basílica compostelana
no zénite da arte românica europeia: o encerramento do lado oeste do monumento. O seu
autor foi o mestre Mateo (arquitecto provavelmente originário de Santiago) e a sua equipa.
Trabalharam durante mais de quarenta anos,
desde 1168 até 1211. E deixaram para a história
o grande poema em pedra que resume, não só
toda a arte medieval, mas também a concepção
do homem e do universo do seu tempo, apresentada numa estrutura arquitectónica de três
pisos sobrepostos.
A última grande renovação da Catedral foi
efectuada em meados do século XVIII. Tratavase de proteger o Pórtico de Mateo e, simultaneamente, dotar a basílica de um encerramento do
lado Oeste em consonância com a magnitude
do templo. Assim surgiu a fachada barroca. Concebida por Fernando de Casas Novoa, e concluída em 1750. O gosto barroco imperante dotou
a catedral de uma espectacular sensação de verticalidade, de elevação, jogando com o vidro e a
pedra como não havia sido feito até então. O
Ano Santo de 1784 marcou o fim das obras, com
a inauguração da capela da Comunhão.
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A basílica actual seduz-nos igualmente pela
sua Torre do Relógio ou "Berenguela" e, claro
está, é irrecusável a entrada (só em Ano Santo)
pela Porta Santa. E, já no interior, o abraço ao
Apóstolo, a descida à cripta que guarda os
seus restos mortais, a visita ao Panteão Real, a
missa do peregrino que culmina com o espectáculo do botafumeiro, e as suas capelas,
desde a Maior (no terminal) até à Corticela
(puro românico) ou a do Salvador (a mais antiga), até agradáveis surpresas como as escavações arqueológicas que foram abertas ao
público no início de 2011, que permitem que
se desça até ao subsolo da catedral, onde
emergem os cemitérios tardorromano e medieval, e o assentamento que deu origem ao
monumento e à própria cidade de Santiago.
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35,8 km
AS MINHAS NOTAS
Hondarribia
Irún
DonostiaSan Sebastián
Zarautz
Deba
Markina-Xemein
Gernika-Lumo
Bilbao
Santoña
Colindres
El Portarrón
CastroUrdiales
Kobaron
Potugalete
Güemes
El Astillero
Santander
Santillana
del Mar
Bustío
(Unquera)
San Vicente
de la Barquera
Comillas
Po
Ribadesella
Ribeseya
Sebrayu
Vega de
Sariego
Oviedo
San Juan de Villapañada
Salas
Tineo
Borres
Berducedo
Grandas de Salime
Alto do Acevo
Paradavella
Castroverde
Lugo
San Román da Retorta
Melide
Arzúa
Arca
44,15km
cortar pela linha de pontos
CAMINHO PRIMITIVO
27,8 km 24,8 km
Santiago de Compostela
21 km
25,1 km 14,2 km 20,9 km 28,5 km 18,8km 19,1 km 19,5 km
LOCALIDADES QUE DISPÕEM DE ALBERGUES PARA PEREGRINOS
COMUNIDADE AUTÓNOMA
DE CANTÁBRIA
23,5 km
46,15 km
17 km
38,8 km 23,1 km 11,2 18 16,8 19,6 km
29,8 km
24,8 km 24,2 km 21,3 km
22,8 km 24,6 km
O PINO
ALBERGUE PÚBLICO DE SANTA IRENE
ALBERGUE PÚBLICO DO PEDROUZO (ARCA-O PINO)
LUGO
ALBERGUE DE LUGO
SANTIAGO DE COMPOSTELA
ALBERGUE PÚBLICO DO MONTE DO GOZO
ALBERGUE PÚBLICO DE SAN LÁZARO
GUNTÍN
ALBERGUE DE SAN ROMAO DA RETORTA
DISTÂNCIA TOTAL NA GALIZA: 170,8 km
25,1 km
Hospital de
Montouto
170,8 km a Santiago
Vilardongo
A Fonsagrada
Padrón 930m
Alto do Acevo
Fonfría
1030m
Paradanova
Paradavella
Albergue de San Xoán de Padrón, 24 lugares
3,5 km
4,5 km
3,1 km
1 km
0,9 km
7,5 km
4,6 km
PARADAVELLA-CASTROVERDE
21 km
145,7 km a Santiago
O Cádavo
A Lastra
A Fontaneira
Paradavella
780m
Castroverde Vilabade
591m
A Degolada
Albergue do Cádavo, 22 lugares
Albergue de Castroverde, 32 lugares
Albergue de Seixas
2,5 km
6 km
4,6 km
2,9 km
2,1 km
2,7 km
CASTROVERDE-LUGO
22,3 km
OS CAMINHOS NA GALIZA
124,7 km a Santiago
Castroverde
Lugo
Ferrol
Neda
Barreiros
CAMINHO INGLÊS
Pontedeume
A Coruña
Ribadeo
Albergue de Lugo, 44 lugares
8,9 km
5 km
3,9 km
4,5 km
S. Pedro de Mera
LUGO-SAN ROMAO DA RETORTA
18,7 km
591m
Souto
de Torres
102,4 km a Santiago
600m
San Romao
da Retorta
San Vicente
do Burgo
556m
Trabada Santiago de Abres
500m
Lugo
460m
Abadín
Albergue de Lugo, 44 lugares
Albergue de San Romao da Retorta, 12 lugares
2 km
7,5 km
9,2 km
CAMINHO PRIMITIVO
Muxía
Dumbría
Ordes
Hospital
Bruma
Miraz
Negreira
Ponte Maceira
SANTIAGO DE COMPOSTELA
Rúa de Francos
Padrón
Boiro
Catoira
Boimorto
Arca
Arzúa
Melide
Lavacolla
Ponte Ulla
Caldas de Reis
Vilagarcía Portas
Aguiño
Cambados
Barro
Baamonde
Silleda
Vilabade
Lugo
A Fonsagrada
Paradavella
Triacastela
O Cebreiro
Samos
Lalín
83,7 km a Santiago
Melide
CAMINHO FRANCÊS
Castro
556m
6,4 km
1,7 km
Arcade
Redondela
Vigo
Nigrán
Baiona
Oia
O Rosal
A Guarda
O Porriño
Tui
14 km
12,8 km
53,1 km a Santiago
Parabispo
Castañeda
Arzúa
Albergue de Melide, 156 lugares
Raído
460m
Boente
412m
Ribadiso
388m
460m
400m
Santa María Melide
de Melide 454m
Río
420m
425m
310m
Albergue de Ribadiso, 70 lugares
Albergue de Arzúa, 50 lugares
3 km
3,1 km
2,2 km
1,8 km
0,7 km
2,4 km
0,8 km
ARZÚA-ARCA
Cambeo
19,1 km
41,1 km a Santiago
Ourense
Paderne de Allariz
Augas Santas
Vilar de Barrio
Sandiás
Campobecerros
A Gudiña Porto de A Canda
Xinzo de Limia
Laza
San Cibrao
Taboadela
Allariz
Albergue de Arzúa, 50 lugares
Vendas da Barreira
Verín
CAMINHO DO SUDESTE
(VIA DA PRATA)
O Pedrouzo
A Rúa
280m
275m
Xen
Santa Irene O Empalme Rabiña A Brea Ras O400m
405m
361m
310m 380m
377m
Boavista
Salceda
Calle
382m
362m
Taberna
Calzada Vella
388m
340m
A Peroxa
400m
Preguntoño As Barrosas Arzúa
380m
388m
351m
336m
Albergue de Santa Irene, 36 lugares
Albergue do Pino, 126 lugares
1,2 km
1,6 km
1 km
1,3 km
0,9 km
0,6 km
1,4 km
1,8 km
1,5 km
2 km
0,6 km
1,9 km
1,1 km
1,3 km
0,9 km
ARCA-SANTIAGO
22 km a Santiago
CAMINHO PORTUGUÊS
CAMINHO PORTUGUÊS PELA COSTA
7,7 km
MELIDE-ARZÚA
Piñor de Cea
Pontevedra
495m
493m
454 m
San Romao
da Retorta
Vilamaior
de Negral
640m
Vilamor
Albergue de Seixas, 35 lugares
Albergue de Melide, 156 lugares
Palas de Rei
Sarria
28,6 km
Aguas Santas
560m
Albergue de San Romao da Retorta, 12 lugares
Castroverde O Cádavo
Portomarín
Vilouriz
SAN ROMAO DA RETORTA-MELIDE
Sobrado
A Igrexa
Cee
CAMINHO DO MAR DE AROUSA E RIO ULLA
CAMINHO DE FISTERRA-MUXÍA
Vilalba
Betanzos
Carral
Fisterra
Lourenzá
Mondoñedo
Santa María
de Gondar
Carballido
460m
Albergue de Castroverde, 32 lugares
CAMINHO DO NORTE
Irún - 25,409 m
San Sebastián - 4,907 m
Zarautz - 6,465 m
Deba - 77,147 m
Zenarruza - 174,720 m
Gernika - 16,608 m
Lezama - 62,021 m
Bilbao - 56,692 m
Portugalete - 44,330 m
Pobeña - 44,330 m
Castro-Urdiales - 13,202 m
Laredo - 95,426 m
Güemes - 61,369 m
Santander - 4,736 m
Queveda - 31,634 m
Comillas - 22,005 m
1200
1100
1000
900
800
700
600
500
400
300
200
100
0
ALTO DO ACEBO-PARADAVELLA
CASTRO URDIALES
GURIEZO
LAREDO
Unquera - 25,581 m
Llanes - 55,294 m
San Esteban de Leces
43,950 m
Sebrayo - 53,738 m
ARZÚA
ALBERGUE PÚBLICO DE RIBADISO
ALBERGUE PÚBLICO DE ARZÚA
Oviedo - 336 m
BALEIRA-O CÁDAVO
ALBERGUE DO CÁDAVO
San Juan de Villapañada
195,7 m
MELIDE
ALBERGUE PÚBLICO DE MELIDE
Salas - 245,4 m
A FONSAGRADA
ALBERGUE DE SAN XOÁN DE PADRÓN
Tineo - 672,6 m
PROVÍNCIA DA CORUNHA
Borres - 650 m
PROVÍNCIA DE LUGO
Berducedo - 923 m
PALAS DE REI
ALBERGUE DE SEIXAS
Grandas de Salime - 564 m
COMUNIDADE AUTÓNOMA DA GALIZA
ALBERGUES PÚBLICOS
EL ESCAMPLERO. LAS REGUERAS
SAN JUAN DE VILLAPAÑADA. GRADO
ALTO DE LA CABRUÑANA. GRADO
CORNELLANA. SALAS
SALAS
BORRES. TINEO
TINEO
PENASEITA. ALLANDE
BERDUCEDO
A MESA. GRANDAS DE SALIME
GRANDAS DE SALIME
GERNIKA-LUMO
MORGA
LEZAMA
BILBAO
PORTUGALETE
MUSKIZ (POBEÑA)
16 11,5
Santiago de
Compostela
San Lázaro
253m
Monte
do Gozo
372m
San Marcos TVE
280m
370m
TVG
380m
Vilamaior Arroio Lavacolla
353m
391m
300m 300m
San Paio Balizas
331m
Cimadevila
343m
281m
Santo Antón O Pedrouzo
Amenal
270m
254m
280m
Albergue do Pino, 126 lugares
Albergue do Monte do Gozo, 400 lugares
Albergue-residência de peregrinos de S. Lázaro, 80 lugares
3,3 km
1,5 km
0,7km
1,5 km
0,8 km
1,7 km
1,3 km
0,5 km
1,8 km
1,3 km
2,9 km
0,5 km
2,6 km
1,5 km
SERVIÇOS DISPONÍVEIS SERVIÇOS DISPONÍVEIS SERVIÇOS DISPONÍVEIS SERVIÇOS DISPONÍVEIS SERVIÇOS DISPONÍVEIS
PROVÍNCIA DE BISCAIA
25,6 km
PERFIL DO CAMINHO
CASTROVERDE
ALBERGUE DE CASTROVERDE
COMUNIDADE AUTÓNOMA
DE ASTÚRIAS
26,6 km
FARMÁCIA
MULTIBANCO
RESTAURANTE
ALOJAMENTO HOTELEIRO
LOJA
TRANSPORTE INTERURBANO
FARMÁCIA
MULTIBANCO
RESTAURANTE
ALOJAMENTO HOTELEIRO
LOJA
TRANSPORTE INTERURBANO
FARMÁCIA
MULTIBANCO
RESTAURANTE
ALOJAMENTO HOTELEIRO
LOJA
TRANSPORTE INTERURBANO
FARMÁCIA
MULTIBANCO
RESTAURANTE
ALOJAMENTO HOTELEIRO
LOJA
TRANSPORTE INTERURBANO
FARMÁCIA
MULTIBANCO
RESTAURANTE
ALOJAMENTO HOTELEIRO
LOJA
TRANSPORTE INTERURBANO
FARMÁCIA
MULTIBANCO
RESTAURANTE
ALOJAMENTO HOTELEIRO
LOJA
TRANSPORTE INTERURBANO
FARMÁCIA
MULTIBANCO
RESTAURANTE
ALOJAMENTO HOTELEIRO
LOJA
TRANSPORTE INTERURBANO
FARMÁCIA
MULTIBANCO
RESTAURANTE
ALOJAMENTO HOTELEIRO
LOJA
TRANSPORTE INTERURBANO
cortar pela linha de pontos
IRÚN
FUENTERRABIA/HONDARRIBIA
PASAI-DONIBANE
DONOSTIA-SAN SEBASTIAN
ORIO
ZARAUTZ
GETARIA
ZUMAIA
DEBA
ZENARRUZA
MARKINA-XEMEIN
BOLIBAR
MENDATA
31,4 km
Alto do Acevo - 1100 m
PROVÍNCIA DE GUIPÚZCOA
23,7 km
Paradavella - 683,5 m
LIENDO
COLINDRES
GAMA
SANTOÑA
GÜEMES
EL ASTILLERO
PENAGOS
SANTANDER
POLANCO
QUEVEDA
SANTILLANA DEL MAR
CÓBRECES
COMILLAS
SAN VICENTE DE LA BARQUERA
SERDIO
26,9 km
Castroverde - 588,6 m
COMUNIDADE AUTÓNOMA
DO PAÍS BASCO
27,4 km
Lugo - 467,8 m
22,3 km
San Romao da Retorta
568,3 m
18,7 km
Melide - 452 m
28,6 km
Arzúa - 336 m
14 km
O Pedrouzo - 280 m
19,1 km
Santiago de Compostela
253 m
22 km
CÂMARA MUNICIPAL DA FONSAGRADA
ALBERGUE: San Xoán de Padrón
CÂMARA MUNICIPAL: 982 340 000/982 340 025
www.fonsagrada.org
CENTRO DE SAÚDE: 982 350 005
GUARDA CIVIL: 982 340 004
PARAGEM DE TÁXI: 982 357 247
CÂMARA MUNICIPAL DE BALEIRA
ALBERGUE: albergue do Cádavo
CÂMARA MUNICIPAL: 982 354 059
www.concellodebaleira.com
CENTRO DE SAÚDE: 982 354 107
GUARDA CIVIL: 982 312 002
PARAGEM DE TÁXI: 982 354 060
CAMINHO PRIMITIVO
CÂMARA MUNICIPAL DE CASTROVERDE
ALBERGUE: albergue de Castroverde
CÂMARA MUNICIPAL: 982 312 287
www.castroverde.com
CENTRO DE SAÚDE: 982 312 310/982 312 411
GUARDA CIVIL: 982 312 002
CÂMARA MUNICIPAL DE LUGO
ALBERGUE: albergue de Lugo
CÂMARA MUNICIPAL: 982 297 100 www.lugo.es
CENTRO DE SAÚDE: 982 242 710
GUARDA CIVIL: 982 221 311
PARAGEM DE TÁXI: radiotáxi: 982 213 377
CÂMARA MUNICIPAL DE GUNTÍN
ALBERGUE: albergue de San Romao da Retorta
CÂMARA MUNICIPAL: 982 320 001 www.guntin.es
CENTRO DE SAÚDE: 982 320 905
GUARDA CIVIL: 982 320 007
CÂMARA MUNICIPAL DE PALAS DE REI
ALBERGUE: albergue de Seixas
CÂMARA MUNICIPAL: 982 380 001 www.palasderei.org
CENTRO DE SAÚDE: 982 380 176
GUARDA CIVIL: 982 380 002
PARAGEM DE TÁXI: 982 374 103
CÂMARA MUNICIPAL DE MELIDE
ALBERGUE: albergue de Melide
CÂMARA MUNICIPAL: 981 505 003
www.concellodemelide.org
CENTRO DE SAÚDE: 981 506 176
GUARDA CIVIL: 981 505 007
PARAGEM DE TÁXI: 981 505 390
CÂMARA MUNICIPAL DE ARZÚA
ALBERGUES PÚBLICOS: albergue de Ribadiso, albergue de Arzúa
CÂMARA MUNICIPAL: 981 500 000
www.concellodearzua.org
CENTRO DE SAÚDE: 981 501 322
GUARDA CIVIL: 981 500 002
PARAGEM DE TÁXI: 981 500 127
CÂMARA MUNICIPAL DO PINO
ALBERGUES PÚBLICOS: albergue de Santa Irene, albergue de
Pedrouzo (Arca-O Pino).
CÂMARA MUNICIPAL: 981 511 002
www.concellodeopino.com
CENTRO DE SAÚDE: 981 814 392
GUARDA CIVIL: 981 511 052
CÂMARA MUNICIPAL DE SANTIAGO
ALBERGUES PÚBLICOS: albergue Monte do Gozo,
albergue de San Lázaro
CÂMARA MUNICIPAL: 981 542 300
www.santiagodecompostela.org
CENTRO DE SAÚDE: 981 527 000/981 950 000
GUARDA CIVIL: 981 581 611
TÁXI: Radiotáxi 981 569 292
Catedral de Lugo
PASSAPORTE DO PEREGRINO
A devoção do rei pela causa jacobeia — tinha
sido criado no mosteiro lucense de Samos e era
seguidor do Beato de Liébana — foi decisiva
para cimentar o novo culto. Afonso II teria
mandado construir, na futura cidade, a primeira
igreja. Além disso, concedeu diversas doações
e promoveu o estabelecimento da primeira
comunidade monástica destinada a atender as
demandas do culto no altar de Santiago, o
mosteiro de S. Paio de Antealtares.
NOME:
CIDADE:
PAÍS:
SAIU DE:
NO DIA (dia)
(mês)
(ano)
ASSINATURA:
PEREGRINA PARA SANTIAGO
A PÉ
É a primeira rota de peregrinação, a mais
antiga. Liga Oviedo a Santiago de Compostela
e decorre em boa parte por traçados de calçadas
romanas. O primeiro rei peregrino foi
precisamente o monarca ásturo-galaico Afonso
II, o Casto, que, no primeiro terço do século IX,
quis ir a Santiago para confirmar se os restos
que acabavam de aparecer em Compostela
eram realmente os do apóstolo.
EN BICICLETA
A CAVALO
OUTROS MEDIOS
O Caminho Primitivo foi um itinerário muito
frequentado pelo povo ásturo-galaico durante
o século IX e boa parte do X, e atraiu também
peregrinos provenientes de outras partes do
norte de Espanha e da Europa. E pelo caminho
— em duas ocasiões — chegou o seguinte
monarca, Afonso III, o Magno, artífice da
consagração em Santiago da segunda basílica
no ano de 899.
A seguir, quando Leão passa a ser a nova capital
do reino, os monarcas potenciaram (séculos XIXII) o Caminho Francês como rota privilegiada.
Apesar de tudo, a rota Primitiva continuou a
ser uma alternativa para os peregrinos devotos
da grande coleção de relíquias da catedral de
S. Salvador de Oviedo e da catedral de Lugo,
que ostenta o privilégio papal de expor dia e
noite o Santíssimo Sacramento. Para além da
sua importância, dão hoje fé os vestígios de
muitos hospitais de atenção ao peregrino:
alguns, em altas zonas de montanha, e outros
na própria cidade de Lugo.
O Caminho avança por paisagens de grande
beleza. A entrada na Galiza é feita através do
porto do Acebo (1030 metros de altitude) e da
zona da Fonsagrada (do latim fons sacrata, ‘fonte
sagrada’), uma das paragens mais típicas da
montanha galega. Passaremos pelo histórico
hospital de Montouto ou pelo castelo de
Castroverde, até chegar à cidade mais antiga
da Galiza, Lucus Augusti. Lugo conserva a única
muralha romana completa de todo o Império
romano, Património da Humanidade. Pela sua
Porta de S. Pedro entra o Caminho Primitivo na
cidade; e pela sua Porta Miñá continua até
Compostela. Em Melide, a rota conflui com o
Caminho Francês.
29,8 km
Lugo oferece ao peregrino, para além da sua
monumentalidade — que abrange da
arqueologia romana a importantes edifícios
barrocos —, um distinto espaço natural de
bosques autóctones nas margens do rio Minho,
e uma excelente gastronomia.
Afastando-nos da cidade, chegamos a S. Vicente
do Burgo, onde houve hospital de peregrinos.
Este troço da etapa oferece-nos interessantes
vistas da cidade que vai ficando para trás.
Vale a pena desviarmo-nos 3 km da rota para
visitar o enigmático templo de Santalla de
Bóveda, de época romana tardia (séc. IV),
declarado Monumento Nacional em 1931. À
frente do templo passa a Via romana XIX, que
comunicava Bracara Augusta (Braga) com Lucus
Augusti (Lugo) através de Iria Flavia (Padrón).
De regresso ao Caminho deparamos com a
localidade de Bacurín, onde se ergue a igreja
românica de S. Miguel e a aldeia do Francés
(também conhecida por “Hospital”), até chegar
a S. Romao da Retorta (município de Guntín),
final desta etapa.
No limite provincial entre Lugo e A Corunha
atravessamos a serra do Careón e chegamos ao
concelho de Toques, onde passaremos por
Santiago de Vilouriz e Vilamor. Neste município,
mesmo sendo do Caminho, ergue-se S. Antoíño
de Toques, que teve um mosteiro beneditino e
conserva uma magnífica igreja pré-românica do
século IX.
O Caminho Primitivo conflui com o Caminho
Francês na histórica vila jacobeia de Melide.
Continua por este até à catedral de Santiago, a
53 quilómetros de distância.
Uma ponte de origem medieval permite-nos
atravessar o rio Iso. A primeira casa à direita,
junto ao seu leito, foi sede do hospital de
Ribadiso, o último espaço histórico que
permaneceu aberto no Caminho Francês ao
serviço dos peregrinos. Foi restaurado em 1993
e reaberto nesse Ano Santo como albergue de
peregrinos. O espaço natural em que está
envolvido é de grande beleza.
Chegamos à vila de Arzúa (388 m). O Caminho
Francês recebe aqui os peregrinos provenientes
do Caminho do Norte. A cerca de 10 km fora da
nossa rota encontra-se a barragem de
Portodemouros, com uma vasta oferta de turismo
rural e ideal para a prática de desportos aquáticos.
22 km a Santiago
Partindo de Arzúa enfrentamos os últimos
quilómetros do Caminho: 41,1 ao todo. Vamos
dividi-los em duas etapas, de 19,1 e 22 km
respetivamente. Há quem aposte em fazer o
restante trajeto num só dia, pernoitando no
albergue do Monte do Gozo — 36,1 km ao todo,
mais os últimos cinco do Monte do Gozo até à
catedral — mas é aconselhável fazer duas etapas,
com descanso em Arca.
ARCA-SANTIAGO
ARZÚA-ARCA
Ao sair de Melide passamos por duas localidades
de grande tradição jacobeia: Boente, com templo
paroquial dedicado a Santiago, e Castañeda,
onde Aymeric Picaud, autor do Livro V do Códice
Calixtino, localiza os fornos de cal para as obras
da catedral que os peregrinos abasteciam com
pedras calcárias trazidas de Triacastela. Este facto
simbolizava a participação de todos no grande
empreendimento de construção do Templo e
manifestava também essa união de forças e
solidariedade que o Caminho fixa em cada ato
de peregrinação.
19,1 km / 41,1 km a Santiago
Pequenas aldeias como Seixalbos, Xende ou
Ferreira surgem no caminho. Em Ponte Ferreira,
em terras de Palas de Rei, para além da ponte
medieval há uma igreja românica de finais do
século XII, que pertenceu a Vilar de Donas.
Também em Palas de Rei está Augas Santas, que
nos fala de mananciais salutares e onde houve
mosteiro no século IX, e ainda S. Salvador de
Merlán, com igreja que conserva belos restos
românicos.
MELIDE-ARZÚA
Em S. Romao da Retorta as expressões do
românico irão deleitar-nos. Tanto da sua igreja,
junto à qual se encontrou um miliário romano
— sinal indicador de que o Caminho Primitivo
se orientou seguindo a rota de uma antiga
calçada —, como da igreja (e cruzeiro) de Santa
Cruz da Retorta.
22,4 km / 53,1 km a Santiago
34,5 km / 87,6 km a Santiago
Etapa curta, de 14 km. A saída de Lugo faz-se
pela Porta Miñá ou Porta do Carme, a mais antiga
e típica da Muralha. Seguiremos caminho abaixo
pelo traçado de uma oculta calçada romana, até
passar o rio Minho — também através de uma
ponte de origem romana. Chegamos ao bairro
da Ponte. Aqui optaremos por, ou seguir a direito
caminho acima (zona das Areeiras), ou então à
direita, indo paralelos ao rio e às instalações
desportivas do Club Fluvial e à capela e bairro
de S. Lázaro. As duas alternativas fundem-se a
uns 3 km.
Deixamos a freguesia de Arca e passamos por
eucaliptais e aldeias como S. Antón ou Amenal,
numa subida que nos levará até à localidade da
Lavacolla, nas imediações do aeroporto de
Santiago. Aqui, os peregrinos tinham por
costume lavar o corpo todo no riacho que passa
pelo lugar. De facto, a etimologia de “Lavacolla”
derivaria de um lava colea, em desenfadada
referência à higiene dos órgãos genitais.
Saímos da vila de Arzúa pela rua do Carme. Nesta
etapa, alternaremos a paisagem de bosques e
prados (carvalhos, eucaliptos, pomares e campos
de cultivo) com troços pelo asfalto da estrada
Nacional 547. Prestemos especial atenção aos
veículos, pois teremos de atravessar várias vezes
a estrada.
Chegamos ao Monte do Gozo (380 m), pequena
elevação onde os peregrinos desfrutavam, pela
primeira vez, de uma longínqua visão da catedral.
Entre os grupos de peregrinos proclama-se “rei
da peregrinação” aquele que primeiro atingir o
seu cume. Em 1993 foi aqui construído um
grande albergue.
Cruzamos o rio Raído e há várias aldeias: Cortobe,
Pereiriña, Tavernavella, algumas com ressonância
jacobeia como Calzada, Calle, Ferreiros (de novo,
a referência ao velho ofício daqueles que, entre
outras funções, compunham as ferraduras dos
cavalos), A Salceda, Santa Irene — onde há
albergue de peregrinos — e A Rúa, já às portas
de Arca, sede do município do Pino, o último
concelho antes de Santiago. Ao longo de toda a
etapa encontraremos bares ou tabernas onde
podemos tomar qualquer coisa e fontes para
nos refrescarmos.
Faltam 5 km a descer. O Caminho entra na cidade
pelas zonas residenciais e de serviços de S. Lázaro
e Fontiñas. Mais à frente, a rua dos Concheiros,
antigo bairro gremial dos artesãos que
comercializavam conchas de vieira. A rota desce
pela rua de S. Pedro até à Porta do Caminho.
Continua, já no seu último troço, por ruas
pedonais e praças como Casas Reais, praça de
Cervantes e Acibechería, por onde acederemos
à basílica — o acesso alternativo, no Ano Santo,
será a Porta Santa na Quintana.
Paisagem em Arzúa
Monte do Gozo
Bilbao
Santoña
Colindres
El Portarrón
CastroUrdiales
Kobaron
Potugalete
Güemes
El Astillero
Santander
44,15km
46,15 km
35,8 km
17 km
Castroverde é o final de etapa (540 m), sede do
município do mesmo nome. No alto da vila
resiste altiva a torre de menagem do seu velho
castelo, memória do domínio das casas de Lemos
e Altamira.
A entrada na cidade mais antiga da Galiza, a
Lucus Augusti romana, faz-se após passar por
baixo da ponte da Chanca. Subimos — pois Lugo
está construído sobre um castro — até chegar
à Muralha Romana (séc. III-IV). A muralha é
Património da Humanidade desde 2000.
Subimos através da Porta de S. Pedro e
continuamos por um traçado urbano que nos
levará, primeiro, à bela e acolhedora praça Maior,
e depois à catedral de Santa María, onde os
peregrinos paravam para orar perante o
Santíssimo Sacramento, exposto de forma
permanente na basílica desde o século XII.
14 km / 101,6 km a Santiago
CASTROVERDE-LUGO
Subimos ao alto da Vaqueriza (840 m) e
chegamos depois a Vilabade. Aqui existiu um
convento franciscano. Dele resta o templo,
construído em meados do século XV, numa bela
praça em que também se encontra o paço de
Abraira-Arana. A menos de um quilómetro
encontra-se a capela da Nosa Señora do Carme,
no meio de uma frondosa carballeira (carvalhal).
O itinerário até à cidade de Lugo decorre por
paragens cativantes: fontes, regatos, campos de
cultivo, bosque autóctone, cercas de pedra ou
de madeira, típicas vivendas tradicionais... Nas
imediações da rota destaca-se Soutomerille, uma
aldeia abandonada com igreja de origem pré-românica. Estamos a uns 20 km de Lugo e os
topónimos com referências jacobeias —
Caminho, Casa do Hospital, Costa Francesa,
Santiago de Castelo — acompanham-nos a todo
o momento.
LUGO-SAN ROMAO DA RETORTA
Markina-Xemein
38,8 km 23,1 km 11,2 18 16,8 19,6 km
Chegamos à localidade do Cádavo (710 m), sede
do concelho de Baleira e segunda povoação de
maior relevância — depois da Fonsagrada — no
Caminho Primitivo galego. No próximo Campo
da Matanza existe uma velha tradição que
assegura que o rei Afonso II enfrentou aqui um
exército islâmico. Passava por estas terras a
caminho de Compostela entre os anos 820 e 830,
atraído pela notícia do descobrimento do
sepulcro.
21 km / 122,6 km a Santiago
Deba
27,8 km 24,8 km
A partir de Montouto o trajeto continua até à
típica localidade de Paradavella.
25,9 km / 148,5 km a Santiago
Zarautz
Gernika-Lumo
A alternativa a Fonsagrada passa, como
dizíamos, pela Pobra de Burón. A sua torre
medieval é o último vestígio da antiga fortaleza
do conde de Altamira, objeto dos ataques
“irmandiños” — revoltas sociais contra os nobres
— do século XV.
Partindo de Paradavella descemos até ao Cádavo.
Pelo caminho, as aldeias da Degolada e da
Fontaneira. Os troços de bosque frondoso
combinam-se com outros menos recolhidos,
junto à estrada comarcal C-630.
SAN ROMAO DA RETORTA-MELIDE
Na primeira, visitamos a “fonte sagrada” situada
no casco urbano da Fonsagrada, e vinculada à
tradição jacobeia por um milagre do apóstolo
Santiago. Daqui passamos à localidade de S.
Xoán de Padrón até chegar a Montouto, onde
convergem as duas rotas.
PARADAVELLA-CASTROVERDE
23,9 km / 171 km a Santiago
DonostiaSan Sebastián
24,8 km 24,2 km 21,3 km
O ACEBO-PARADAVELLA
22,8 km 24,6 km
Hondarribia
Irún
23,5 km
Santillana
del Mar
25,6 km
26,6 km
Po
Sebrayu
23,7 km
Vilabade
O que ver
Lugo
O que ver
As espetaculares paisagens do alto do Acebo.
Na Fonsagrada, a Fons Sacrata, o Museu
Comarcal ou a gastronomia local, com o
“butelo” como referência (enchido elaborado à
base de carne de porco) e o conhecido por
‘doce da Fonsagrada’ (bolo à base de
amêndoas e creme). S. Xoán de Padrón, com a
sua igreja do XVIII. Na Pobra de Burón, os restos
do hospital medieval da Trinidade e da
fortaleza do conde de Altamira, hoje torre.
Os retábulos barrocos e neoclássicos da igreja
da Madalena. As ruínas do hospital de
Montouto. E as palhoças (antigas vivendas
camponesas) de Paradavella.
A igreja de Santiago na Fontaneira. Campo
da Matanza. A igreja de Santa María de
Vilabade, declarada Monumento Nacional: um
templo gótico, de nave única, de meados do XV,
com retábulo do XVIII realizado por mestres
compostelanos e encabeçado por uma imagem
de Santiago. O pórtico é neoclássico e possui
cinco vistosos arcos. O paço de Abraira-Arana,
também conhecido por paço de Vilabade,
vocacionado para o turismo rural. A capela da
Nosa Señora do Carme e a carvalheira. A igreja
de Santiago em Castroverde e a torre de
menagem (séc. XIV) de um castelo dos condes
de Lemos, posteriormente dos Altamira.
A igreja pré-românica de Soutomerille. A ponte
da Chanca, espetacular obra de engenharia
ferroviária (1880). A Muralha Romana tem 2140
m de perímetro, um passeio superior e dez
portas. É o único recinto fortificado romano que
permanece hoje em dia completo. A catedral é
românica (Porta Norte), barroca (coro, capela da
Virxe dos Ollos Grandes) e neoclássica (fachada).
O Museu Provincial está situado num antigo
co nve n to f r a n c i s c a n o. O Ce nt ro d e
Interpretación do Camiño de Santiago (praça
do Campo). E a zona de vinhos, famosa pelos
seus aperitivos “tapas” grátis: a destacar o polvo
à feira, sobretudo nas festas de outubro (S.
Froilán) e os derivados do porco.
CARIMBO
CARIMBO
CARIMBO
Santalla de Bóveda
O que ver
Albergue de Ribadiso
A 1 km de Lugo, as termas romanas (séculos III d.C.), no interior do atual Hotel Balneario, junto
ao rio Minho. Conservam duas estâncias, uma
delas — o Apoditeryum, o vestuário — muito
completa. Aparecem citadas já a finais do séc.
XV no popularíssimo guia de peregrinos do
alemão Hermann Künig von Vach. As paisagens
fluviais com os seus caneiros — pequenas
presas — e generosa natureza. A igreja barroca
de S. Vicente do Burgo. O templo de Santalla
de Bóveda, Monumento Nacional, edifício
paleocristão, conserva um dos conjuntos de
pintura mural altomedieval mais interessantes
da Península. A igreja românica de S. Miguel
(séc. XII), em Bacurín.
CARIMBO
O que ver
Miliário, San Romao da Retorta
O que ver
A igreja românica de S. Romao da Retorta (do
séc. XII, com restauros posteriores). Ao lado
encontrou-se um miliário romano. A igreja
românica de Santa Cruz da Retorta, com um
interessante lábaro trabalhado no tímpano da
fachada norte. A fachada principal mostra um
relevo com Cristo bendizendo, situado entre o
sol e a lua. A igreja de S. Salvador de Merlán.
E a serra do Careón, no limite provincial entre
Lugo e A Corunha, já nos arredores de Melide.
Uma paragem de alto valor ecológico. Conserva
uma flora e uma fauna quase desaparecidas na
Galiza. O pico mais alto, O Careón, está a 798 m.
Em Boente, a igreja de Santiago. Junto ao rio Iso,
a área recreativa de Ribadiso com o albergue
de peregrinos que foi um antigo hospital medieval.
Em Arzúa, a igreja de Santiago, a capela gótica
da Madalena, pertencente a outro hospital
desaparecido, ou a capela da Mota, junto a uma
genuína carvalheira homónima. A 5 km
(afastando-nos do Caminho), o paço de
Brandeso, onde Ramón María del Valle-Inclán
situou parte do seu romance Sonata de otoño (o
interior não se pode visitar). E, a 10 km, a
barragem de Portodemouros. Continuamos em
zona queijeira, da Denominação de Origem
Arzúa-Ulloa.
CARIMBO
CARIMBO
O qué ver
O que ver
Na aldeia de Santa Irene, ermida dedicada à
santa mártir portuguesa, construída graças à
contribuição de dois nobres que viviam na aldeia
próxima de Dos Casas (séc. XVIII). E a “fonte santa”
(séc. XVII): as suas águas possuem, segundo a
tradição, propriedades curativas para a pele.
O Pedrouzo é a localidade principal da freguesia
de Arca (O Pino). Povoação de serviços ao pé da
N-547, conta com variada oferta hoteleira. Ao
longo do ano organizam-se aqui feiras de gado,
festas gastronómicas, mostras equestres e
concertos de bandas populares ou música folk.
O Monte do Gozo oferece uma excelente vista
panorâmica da cidade. O Pavillón de Galicia,
no bairro de S. Lázaro. O Museu do Pobo Galego.
O Panteón de Galegos Ilustres contíguo ao
museu, na única igreja gótica da cidade. O Centro
Galego de Arte Contemporánea (CGAC), obra
do arquiteto português Álvaro Siza. A capela
das Ánimas, com os seus retábulos neoclássicos;
a praça de Cervantes, onde esteve instalada a
câmara municipal até finais do séc. XVIII. O museu
da Casa da Troia, a célebre pensão de estudantes
de inícios do séc. XX. E o mosteiro de S. Martiño
Pinario.
CARIMBO
CARIMBO
Vega de sariego
Oviedo
Antes de iniciar a peregrinação:
-Caso venha de outro país membro da União
Europeia, é recomendável que disponha do cartão
europeu de saúde.
• Efetuar uma preparação física prévia, tendo em
conta que deve planear as etapas em função das
suas possibilidades físicas, doseando o esforço e
efetuando descansos mais ou menos frequentes
ou longos, dependendo das características físicas
de cada um.
Berducedo
Grandas de Salime
Alto do Acevo
Paradavella
Castroverde
28,6 km
Pessoas deficientes
14 km
-Se vier de um país que não seja membro da
União Europeia, deve saber que há países que
têm convénios com Espanha, pelo que será
importante que obtenha estas informações antes
de iniciar a viagem, para desta forma vir com
todos os documentos devidamente regularizados.
Além das recomendações gerais que todos os
peregrinos devem observar, também devem:
Lugo
San Román da Retorta
Melide
19,1 km
Arzúa
Arca
22 km
-Informar-se antes de sair sobre as dificuldades
que um peregrino com deficiência pode encontrar
e sobre as condições de acessibilidade dos
diferentes serviços que se encontram no Caminho
de Santiago (albergues, estabelecimentos de
hotelaria, etc.)
-Intensificar os cuidados quando se tratar de
atravessar as estradas em caso de deficiência
auditiva e caminhar sempre acompanhado no
caso das pessoas deficientes visuais, devido aos
cruzamentos, desvios e irregularidades do terreno.
-Planear e adaptar o trajeto e as etapas à existência
de alojamentos que permitam o seu acesso.
• Uma vez iniciado o andamento, não caminhe
muito rapidamente nos primeiros dias e mantenha
o mesmo ritmo.
• É fundamental o cuidado dos pés para evitar
bolhas; para tal, use calçado confortável e usado.
É aconselhável que leve dois pares, ou com sola
de borracha grossa e leve. As peúgas devem ser
adaptadas e permitir uma boa transpiração (de
linho ou algodão), sempre limpas, secas e bem
calçadas para se evitarem fricções. No fim do dia,
lave os pés com água e sabão e mude de calçado.
• Utilize roupa leve e larga, de cor clara (refletora),
adequada à época do ano.
• Leve uma gabardina que não seja pesada e que
cubra a mochila.
• Leve uma proteção para a cabeça e óculos de sol,
evite as horas de calor mais intenso e utilize creme
protetor.
• Os acampamentos devem ser feitos em lugares
estabelecidos para tal efeito. Tenha cuidado se fizer
fogueiras; ao iniciar o andamento certifique-se de
que ficam apagadas; CUIDE DO MEIO AMBIENTE.
• Nunca se afaste dos caminhos assinalados, evite
caminhar quando escurecer e respeite as normas
de circulação. Se o fizer de bicicleta, lembre-se de
que é obrigatório o uso do capacete e do colete
refletor.
• Caminhe sempre pela margem esquerda da estrada.
• Se estiver cansado e com cãibras, descanse num
lugar fresco e beba muitos líquidos.
• Para repor forças durante o caminho, coma
alimentos muito energéticos (frutos secos, figos,
chocolate, etc.)
• Na bagagem deve levar: saco-cama, um canivete
suíço, uma lanterna, um telemóvel e um pequeno
estojo de primeiros socorros.
• O estojo de primeiros socorros básico de
emergência (álcool, gaze, adesivo de seda,
Betadine, pensos rápidos, creme de proteção solar,
agulha e linha para a cura das bolhas, tesoura
pequena, vaselina, repelente de mosquitos, anti-histamínicos (em caso de alergia) e aspirinas.
O telefone de emergência é o 112
OCUPAÇÃO
A ordem de prioridade para a ocupação dos albergues será a que se
estabelece em seguida:
1. Os peregrinos com limitações físicas.
2. Os peregrinos a pé.
3. Os peregrinos a cavalo.
4. Os peregrinos de bicicleta.
5. As pessoas que viajarem com carros de apoio.
Os lugares serão ocupados pelos peregrinos ao chegar aos albergues,
não sendo admitida, em caso nenhum, a possibilidade de serem
efetuadas reservas.
UTILIZAÇÃO E USO
A utilização do albergue para passar a noite e/ou o uso de qualquer
um dos seus serviços e instalações implicará o pagamento de 6 € por
pessoa e dia, que se justificará com o documento que será entregue
pelo responsável pelo albergue no momento do pagamento.
NORMAS DE COMPORTAMENTO
A utilização das instalações dos referidos albergues por parte
dos peregrinos estará sujeita ao cumprimento das condições
seguintes:
1. A estadia em cada albergue será de uma só noite, salvo em caso
de doença ou de outra causa de força maior.
2. A porta dos albergues será encerrada às 22h.
3. Os albergues deverão ser abandonados antes das 8h da manhã.
4. Para respeitar o descanso, as luzes devem ser apagadas às 22h30m,
à exceção das zonas comuns.
5. Os/As utilizadores/as deverão cuidar das instalações com a devida
diligência, deixando-as arrumadas, limpas e, por isso, recolher e
depositar o lixo nos respetivos contentores.
6. Não é permitido o esbanjamento de água ou de eletricidade.
7. Para a secagem da roupa devem ser utilizados exclusivamente os
estendais. O incumprimento dos deveres anteriormente referidos,
assim como qualquer conduta suscetível de ser considerada como
perturbadora do bom funcionamento dos albergues, facultará os
seus responsáveis a obrigarem os infratores a abandoná-los, sem
prejuízo da existência de responsabilidades, incluindo a proibição do
uso de qualquer outro albergue da rede.
SERVIÇOS
* Beliche com roupa de cama descartável
* Uso da cozinha (sem utensílios de cozinha)
* Duche (com água quente)
TELEFONES E ENDEREÇOS
DE INTERESSE
Borres
21 km
-Os peregrinos espanhóis devem viajar sempre
com o cartão de saúde.
-Certifique-se de que tem as suas vacinas e
desparasitações devidamente registadas no boletim
de vacinas, com que deve viajar.
• Ingira frequentemente água, mas certifique-se
de que a mesma é potável; não deve consumir
água de riachos, rios, nascentes ou fontes de cuja
potabilidade não esteja seguro. Para prevenir
desidratações recomenda-se uma ingestão diária
mínima de 2 litros de água. Existem no mercado
bebidas isotónicas cuja composição em sais de
sódio e potássio podem ajudar um adulto saudável.
NORMAS DE UTILIZAÇÃO
DA REDE DE ALBERGUES
Tineo
22,3 km
Se viajar com animais:
PLANO ZONA MONUMENTAL
Salas
18,7 km
A credencial do peregrino é o documento em que
se vão apondo os carimbos dos lugares pelos
quais ele passa e que servirão para a obtenção
da "Compostela" (documento do Cabido que
certifica a realização da peregrinação por motivos
religiosos ou espirituais), deverão demonstrar
que fizeram pelo menos os últimos 100 km a pé
ou a cavalo ou 200 de bicicleta.
SANTIAGO DE COMPOSTELA
25,1 km 14,2 km 20,9 km 28,5 km 18,8km 19,1 km 19,5 km
San Juan de Villapañada
Santiago de Compostela
CONSELHOS ÚTEIS PARA PEREGRINOS
26,9 km
CARIMBO
31,4 km
Ribadesella
Ribeseya
23,7 km
A Fonsagrada
O que ver
16 11,5
Bustío
(Unquera)
San Vicente
de la Barquera
Comillas
CAMINHO PRIMITIVO
O Caminho Primitivo entra na Galiza pelo porto
de montanha do Acebo (1030 m). Uma bela
estância de neve nas estações frias e de
exuberante vegetação com marcados
contrastes durante os meses mais quentes.
Daqui faltam 171 km até Santiago. Fonfría e o
seu manancial de água fresca acolhem-nos ao
início. Neste lugar funcionou um importante
hospital de peregrinos pertencente à comenda
de S. Xoán de Portomarín que ainda estava em
funcionamento nos alvores do século XX.
Passamos por Barbeitos e depois Paradanova,
onde a rota oferece duas alternativas: uma
através da Fonsagrada — sede de concelho —
e outra pela Pobra de Burón.
S.O.S. GALICIA E PROTEÇÃO CIVIL
112
URGÊNCIAS E URGÊNCIAS MÉDICAS
061
POSTO INFORMAÇÃO TURGALICIA
902 200 432
POSTO DE TURISMO DA CORUNHA
981 221 822
POSTO INFORMAÇÃO DE FERROL
981 337 131
POSTO INFORMAÇÃO DE LUGO
982 231 361
POSTO INFORMAÇÃO DE OURENSE
988 372 020
POSTO INFORMAÇÃO DE PONTEVEDRA
986 850 814
POSTO INFORMAÇÃO DE SANTIAGO
981 584 081
POSTO TURISMO DA XUNTA-MADRID 91 5954200/91 5954214
INFORMAÇÕES TURÍSTICAS E ALOJAMENTOS EM SANTIAGO
(CENTRAL DE RESERVAS) 981 958 058/981 555 129/981 568 521
POSTO INFORMAÇÃO JACOBEU
981 552 288/902 332 010
[email protected]
POSTO DO PEREGRINO
981 568 846
CENTROS INFORMAÇÃO E INTERPRETAÇÃO DO CAMINHO
MONDOÑEDO 982 521 418
LUGO 982 222 673
INFORMAÇÃO METEOROLÓGICA
881 999 654
SERVIÇOS RELIGIOSOS
981 568 846
ESTAÇÕES DE AUTOCARROS
SANTIAGO 981 542 416
A CORUNHA 981 184 335
FERROL 981 184 335
LUGO 982 223 985
OURENSE 988 216 027
PONTEVEDRA 986 852 408
VIGO 986 373 411
AEROPORTOS www.aena.es
AENA INFORMAÇÃO NACIONAL
902 404 704
SANTIAGO-LAVACOLLA
981 547 501
A CORUNHA-ALVEDRO 981 187 200 VIGO-PEINADOR 986 268 200
COMBOIO www.renfe.es
RENFE INFORMAÇÃO E RESERVAS
902 320 320
CÂMARAS MUNICIPAIS
SANTIAGO 981 542 300
A CORUNHA 981 184 200
FERROL 981 944 000
LUGO 982 297 100
OURENSE 988 388 100
PONTEVEDRA 986 804 300
VIGO 986 810 100
ENDEREÇOS PARA O PEREGRINO
INFORMAÇÕES PRÁTICAS
www.xacobeo.es
ASOCIACIÓN GALLEGA DE AMIGOS DEL CAMINO DE SANTIAGO
www.amigosdelcamino.com
INFORMAÇÃO IGREJA CATÓLICA www.peregrinossantiago.com
FEDERACIÓN ESPAÑOLA DE AMIGOS DEL CAMINO DE SANTIAGO
www.caminodesantiago.org
ONDE ALOJAR-SE www.turgalicia.es / www.pazosdegalicia.com
(inclui a rede de turismo rural da Galiza)
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caminho primitivo