1 de Março de 2014 | edição 712 Carnaval 2014 promete fazer história em Paraíso Manoel Ribeiro dos Santos Por Heloisa Rocha Aguieiras As escolas de samba de Paraíso passaram esta semana correndo, e muito, para colocar hoje, sábado, (01/ 3), um belo desfile na avenida, ou melhor, na rua Pimenta de Pádua, na Praça Comendador José Honório (Praça da Matriz). São quatro escolas – Minas de Ouro, Mocidade Alegre, Pérola Negra e Unidos do Alto - e mais três blocos – Boi Bumbá, Botina Veia e Potinha, só Alegria. Os barracões estiveram com costureiras e foliões trabalhando quase que 24 horas para aprontar fantasias, alegorias e carros alegóricos para a apresentação, que começa às 20h (veja abaixo a programação do Carnaval e ordem do desfile). O presidente da Associação Folclórica das Escolas de Samba de São Sebastião do Paraíso (Afessp), Heraldo Bícego, disse que “o carnaval desse ano vai ficar na história de Paraíso. Visitei barracão de escola e A ordem do desfile das Escolas de Samba Dia 01/03 – Sábado 20h - Abertura oficial da festa 21h – Escola de Samba Pérola Negra Bloco Potinha, só Alegria Escola de Samba Minas de Ouro Bloco Boi Bumbá Escola de Samba Unidos do Alto Bloco Butina Veia Escola de samba Mocidade Alegre Dia 02/03 – Domingo – 21h Bloco Butina Veia Escola de Samba Mocidade Alegre Bloco Boi Bumbá Escola de Samba Unidos do Alto Bloco Potinha, só Alegria Dia 03/03 – Segunda-feira – 21h Bloco Potinha, só Alegria Escola de Samba Pérola Negra Bloco Boi Bumbá Escola de Samba Minas de Ouro Bloco Butina Veia EM GUARDINHA Dia 01/03 – Sábado Banda 3 RE DJ Dia 02/03 – Domingo Dupla Pedro Henrique e Paulo César DJ Matinê para crianças a partir das 15h com MC Dinelsinho Dia 03/03 – Segunda-feira Dupla Elvis e Marcos DJ As pessoas costumam exagerar em bebidas alcoólicas e também saem da rotina em relação à alimentação no período carnavalesco. Muitos desconhecem o quanto isso pode ser prejudicial ao organismo e ficam sem poder aproveitar o melhor que a folia tem, a diversão. A nutricionista e especialista em terapia nutricional, Nayra Bergamo, explica que bebidas alcoólicas podem até relaxar em um primeiro momento, mas dependendo da quantidade e do teor alcoólico no sangue pode haver perda de reflexos e alteração de memória. A especialista também alerta para a relação direta que há entre quantidade de álcool e quantidade de comida. “Se a pessoa bebe de estômago vazio, a absorção é muito maior e o estrago também. O álcool irrita a mucosa estomacal e, em poucos minutos, pode causar azia, queimação e dor de cabeça”. A resseca é um sinal de intoxicação do organismo pelo consumo exagerado do álcool, geralmente segue um quadro de desidratação e não é pouco comum nos dias de Carnaval. Nayra diz que “a melhor opção para amenizar os efeitos da ressaca é ingerir líquidos em grande quantidade, sendo a água a com joias e muito dinheiro. Ainda recomenda que cuide do meio ambiente, evite atividades em água quando não souber nadar e quando tiver acabado de se alimentar e alerta para que motoristas não ingiram bebidas alcoólicas. A PM finaliza dizendo: “Se cuide e ame esta cidade! A gente que vê-lo de novo no próximo carnaval. O bloco da PM está na rua e o nosso samba enredo é a paz social!”. OBS: A ordem citada das escolas de samba obedece a alfabética. MINAS DE OURO Sonhar não custa nada MOCIDADE ALEGRE Amazônia Valente Guerreira, Clareia a Beleza de sua Fauna e Flora De: André Cruvinel O prefeito Reminho entrega chave da cidade ao Rei Momo e rainha do Carnaval nunca vi algo assim na cidade, alegorias muito bem acabadas, carros alegóricos muito criativos. A iniciativa dos carnavalescos mostra que farão uma festa acima das expectativas”, disse ele. Para Heraldo, o fato de voltar a competição entre as escolas promoveu um incentivo a mais para fazerem um belo desfile. “Estimulou uma disputa intensa e quem ganha com isso é o público, afinal tudo o que se faz bem feito gera resultados positivos”. Heraldo também elogiou a estrutura que a Prefeitura montou para este ano. “A estrutura que foi montada na Praça também é de primeira e a comunidade vai sair ganhando com comodidade, beleza e muita animação, tenho certeza”, disse o presidente da Afessp. Outra novidade do Carnaval 2014 é a folia no distrito de Guardinha, que também começa hoje, com participação dos blocos Pinga ni mim, Cowboy Folia, Fundão da Guardinha e Vida Ativa. O prefeito Rêmolo Aloise entregou as chaves da cidade ao Rei Momo Miguel Siqueira Filho e à Rainha Natália Aparecida Rodrigues Chaves, na quinta-feira passada (27/2), em seu gabinete, na Prefeitura. REGULAMENTO A Afessp divulgou o regulamento do Carnaval. Serão dez jurados, um para cada quesito, sendo alegorias e adereços, bateria, carros alegóricos, comissão de frente, música e letra do samba enredo, enredo, conjunto e evolução, fantasias, mestre sala e porta bandeira, segundo e terceiro casal de mestre sala e porta bandeira. A planilha para anotar a notas vem com orientações, em cada quesito desses, sobre o que o jurado deve se atentar para dar a sua nota, sendo através de uma pergunta, com a alternativa sim ou não. Por exemplo, o quesito samba enredo possui a pergunta “o samba enredo foi bem apresentado?”, com respostas para o jurado escolher entre sim ou não. A pontuação será computada diante do número de respostas “SIM”, sendo uma equivalente à nota 6; dois “SIM” gera nota 7; três equivale à nota 8; quatro “SIM” vai levar nota 9 e cinco é nota 10. Não havendo nenhuma resposta “SIM”, a nota dada será a mínima, ou seja 5. A apuração será na terça-feira, (04/ 03), a partir das 16h, na Câmara Municipal. A premiação será em forma de trofeu. SEGURANÇA A Polícia Militar e a Guarda Municipal afirmam, vão trabalhar os quatro dias de folia com todos os seus contingentes que, somados, totalizam mais de 200 homens nas ruas da cidade. A PM fornece dicas de segu- Carnaval e calor requerem cuidados extras com a alimentação Por Heloisa Rocha Aguieiras rança para quem vai viajar e também para aqueles que vão pular o Carnaval. Para a segurança da casa a polícia recomenda a instalação de dispositivos que dificultem a ação de ladrões, usar cadeados, não deixar luz acesa durante o dia. Evitar bebidas alcoólicas para não ser presa fácil para os ladrões, ficar longe de aglomerações, onde é mais comum acontecer brigas e confusões, não passar por lugares despovoados e escuros, principalmente de madrugada e não andar melhor opção, mas água de coco e sucos de frutas também são boas opções. “A água de coco natural é rica em potássio e possui albuminas para o sangue. Isso faz uma reidratação rápida”. Os sucos naturais, feitos na hora, assim como as frutas in natura também são ótima forma de amenizar os efeitos da ressaca. “Aproveite para misturar frutas variadas e colocar um legume como beterraba ou cenoura, e até uma verdura escura, para aumentar o valor nutricional e a quantidade de vitaminas, sem pesar”, ensina. Dicas importantes para quem pretende cair na folia Nayra Bérgamo ensina a melhor maneira de se alimentar para enfrentar o esforço físico da folia e as altas temperaturas. - Faça no mínimo quatro refeições por dia; - Controle o consumo de alimentos gordurosos, frituras, salgadinhos; - Prefira as carnes brancas e magras, grelhadas, assadas ou cozidas, que contêm menos gordura e são mais fáceis de serem digeridas; - Consuma frutas, verduras e legumes, para que você esteja em dia com a ingestão de antioxidantes, vitaminas e sais minerais; - Sobremesas refrescantes são ótimas opções. Prefira sempre frutas, gelatinas, sor- vete de frutas ou compotas geladas; - Beba de dois a três litros de água diariamente. Consuma também sucos de fruta, água de coco e isôtonicos, antes, durante e depois da folia. Confira abaixo o cardápio montado para um dia de folia e de calor Café-da-manhã: 1 copo de suco natural de laranja e abacaxi ou abacaxi e hortelã. 2 fatias de pão integral 2 fatias de queijo branco Lanche da manhã: Salada de frutas ou mix de castanhas e frutas secas Almoço: - Arroz branco ou integral - Feijão cozido ou lentilhas - Salada de folhas verdes e legumes variados cozidos - Filé de frango ou peixe grelhado. Sobremesa: 1 Fruta (abacaxi ou laranja) Lanche da tarde: Água de coco e 1 fruta ou barrinha de cereal ou suco desintoxicante: 2 fatias de abacaxi, 1 maçã, 1 pedaço pequeno de gengibre, pedras de gelo, bata tudo no liquidificador e consuma em seguida. Jantar: Sanduíche de pão integral com alface, tomate, cenoura ralada, frango ou atum. Suco de uva Sobremesa: gelatina (Eu sonhei) Eu sonhei que lá pras bandas das Arábias... Era um sheik num palácio, um harém Dourado e odaliscas aos meus pés... Me senti como Aladim, E que o mundo era só meu... Tão feliz com os desejos que o bom Gênio concedeu... Tão feliz com os desejos, que o bom Gênio concedeu... Ôooooo ooooooo, sonhar não custa nada, eu Sonho mesmo sim senhor... A vida é feita dos sonhos, é a arte da Inspiração... Quem espera sempre alcança, escute a Voz do coração (Refrão – 2 vezes) Basta pedir pra receber... Que os cosmos conspiram a favor do Querer... Pra estrela cadente eu vou perguntar... Se o meu desejo vai se realizar... Adrentrar na floresta dos elementais... No reino das fadas que nos trazem a Paz... São seres tão puros, cobertos de luz... Da cor tão vibrante que atrai e seduz... Vem colombina, abraçar o seu pierrôt Que esse mundo tá precisando de mais Amor... Infinito ou passageiro, mas Verdadeiro!!! E a Minas de Ouro vem sonhar também, Pois não custa nada sonhar com o Bem... (Refrão – 2 Vezes) PÉROLA NEGRA Não se avexe , hoje a Perola e Nordeste Carlinhos Margarida e Denilson de Paula Eu vim lá das bandas do sertão Com sangue azul da realeza a me guiar O chão rachado,rabiscado em poesia “Vixi” Maria Sol e lua a enfeitiçar Lendas e crendices na prosa contei No Velho Chico com carrancas espantei Bumba meu boi, reisado, Maracatu,ta encarnado e popular Sustanças que enfastiam o paladar No barro a criação alumiar (BIS) Vem pro bando da alegria,vem pro baião Esse xote ta danado,viva o sertão Toca sanfona hoje vou “forrozear” Atrás do trio que eu vou me acabar Óh meu “padim pade ciço” Dessa gente festeira Peço a sua proteção A cada um com sua raça e sua fé Esse axé que toca a alma é bênção Nas escadas do senhor do Bonfim Batalhas venci Retorno a minha terra, o destino se faz Num se avexe nunca te esqueci Reino encantado de amor e paz (BIS) Minha comunidade é cabra da peste Oxente o Nordeste arretou meu coração Sou cangaceiro azul e branco Pérola Negra eu sou Bate em meu peito meu amor ao pavilhão Valente, guerreira A Mocidade chegou, vai levantar poeira Com muito orgulho, sou Mocidade Eu sou a força da comunidade (Duas vezes o refrão) O samba verdadeiro vai passar É tradição que faz emocionar Despertando a consciência Um mundo melhor eu posso sonhar Da Amazônia e suas riquezas O homem e a natureza Da pátria amada mãe gentil A fauna e flora reluziu Essência do nosso tesouro Beleza que faz a vida melhor Em cada rio, uma historia pra contar Avante, família! A nossa Amazônia não pode acabar É a união das massas, vou erguer a taça Pra comemorar! É fonte pra vida, clareia Clareia nosso preservar Em nosso dia a dia a diversidade Num banho de felicidade (Repete três vezes) UNIDOS DO ALTO No imaginário de um povo, fica o dito pelo não dito... Ditos populares De: Neto Gira baiana pra lá, gira baiana pra cá, vem nesse samba se contagiar Lê e relê e trelelê, um pingo só é letra para quem sabe lê (Repete duas vezes) (Eh Malandro) Eh malandro quem avisa amigo é... Mais vale um pássaro na mão que dois voando... Então não tire o seu boné... (eh malandro) Eh Malandro quem avisa amigo é... Nem tudo que reluz é ouro... E na Unidos eu boto fé ...(água mole) Água mole em pedra dura, tanto bate até que fura Eh canto com muito amor, hoje é da caça amanhã do caçador (oi bate...bate) Bate...bate bateria, essa é sensacional... E como diz o nosso ditado, eu mato a cobra e mostro o pau... Refrão Gira a baiana pra lá, gira a baiana pra cá, vem nesse samba se contagiar Lê e relê e trelelê, um pingo só é letra pra quem sabe lê... (Repete duas vezes) (e quem tem boca) E quem tem boca vai Roma, escute eu vou lhe falar... Aqui se faz aqui se paga melhor prevenir que remediar... (oi falar) Falar é prata, calar é ouro...diz o ditado popular... A união faz a força...ajuda que Deus te ajudará... Refrão Gira a baiana pra lá...gira a baiana pra cá vem nesse samba se contagiar Lê e relê e trelelê, um pingo só é letra pra quem sabe lê... Jornal do Sudoeste página 2 São Sebastião do Paraíso-MG e Região 1 de Março de 2014 por Gérson Peres Batista Entrevista ao site P4R – Parte 2 – Xadrez Educa A seguir segunda parte da entrevista concedida pelo professor paraisense Gérson Perse Batista (foto) ao site www.p4r.com.br, do enxadrista Eduardo Esber de Itajubá/MG. 5- Grandes jogadores já nascem com um talento especial que os faz jogarem bem desde pequenos ou esse talento pode ser adquirido com treinamento? Em outras palavras, pode alguém que aprendeu a jogar Xadrez depois de adulto se tornar um Grande Mestre Internacional? O talento é um fator que acelera o rendimento. Da mesma forma o é a questão intelectual. Alguém talentoso e/ou inteligente assimilará conteúdos de Xadrez em um tempo menor do que alguém com menos aptidão ou com uma inteligência menos privilegiada. Talento e inteligência então ajudam a cumprir mais rapidamente etapas do desenvolvimento enxadrístico. Eu acredito muito no poder do trabalho. Alguém que decida seriamente ser um mestre de Xadrez e se esforce constantemente para esse fim (jogando torneios e estudando a teoria do jogo), com certeza atingirá pelos menos o nível de MN ou MF. Já para ser MI ou GM penso que o interessado deva ter outras habilidades que não só a questão da vontade e do trabalho. Lidei com alunos com uma memória prodigiosa (quase fotográfica), com uma habilidade ímpar para calcular, com sentido apurado para encontrar planos (mesmo em posições bastante complexas)... Esses alunos então seriam candidatos naturais para chegarem a MI ou quiçá a GM se trabalhassem por vários anos para atingir estes níveis. Eles têm uma aptidão a mais para o Xadrez que a maioria dos jogadores e isso é um diferencial. 6- Em sua opinião, quem pode ser considerado o maior enxadrista de todos os tempos e por quê? Fala-se muito em quem foi o melhor enxadrista da história, mas penso que não há uma resposta lógica para essa questão. Isso porque não é possível mensurar a qualidade dos jogadores em momentos históricos diferentes, onde os adversários e as condições são distintas. Uma análise para apontar o melhor enxadrista sempre cairá então num campo subjetivo, além do aspecto da preferência de quem está avaliando. Eu, por exemplo, sou um enxadrista de estilo tático-combinatório, por isso ao me perguntarem sobre o melhor jogador de todos os tempos me vem à mente Mikhail Tal, do qual sou fã incondicional pela forma como ele conduzia suas partidas. Alguém que tenha sido campeão mundial refletiu o melhor daquele momento. Colocá-lo num comparativo com outros campeões mundiais sempre haverá desigualdade de forças na balança. 7- Você acha que houve alguma evolução no Xadrez que é jogado hoje comparado com o que era há algumas décadas? O que basicamente mudou no jogo dos campeões de antigamente para o jogo dos campeões de hoje? Entrevista concedida a Adriano Rosa Oriane Soares de Paula e Silva Prof. Gérson Peres Batista: O Xadrez a cada dia está se afastando da condição de jogo e se aproximando de ciência. Sem estudar Xadrez seriamente é muito pouco provável que o jogador, ainda que talentoso, obtenha sucesso nos dias atuais. Essa condição de estudo para aprimorar o nível técnico nada mais é do que o lado científico do Xadrez se sobrepondo ao caráter desportivo e artístico, tornando-se condição primeira para se atingir a excelência na modalidade. Hoje está mais difícil ganhar o ponto do adversário, pois a informática socializou o conhecimento e fez subir a média de força dos jogadores. Nos meus primeiros anos de jogador – há pouco mais de duas décadas – até a metade do torneio ganhávamos relativamente fácil dos adversários. Hoje, vemos mestres empatando ou mesmo perdendo na primeira rodada. A informação agora está disseminada, não havendo uma distância tão gritante entre um amador e um profissional da área. Temos acesso a aulas com mestres, livros atuais, vídeos sobre temas específicos, testamos nosso repertório contra fortes jogadores... e tudo de dentro da nossa casa mesmo, pelo computador. Quando o jogador estudioso chega ao torneio ele está preparado, pois tudo que é preciso para crescer no Xadrez está disponível para ele. Vejo evolução sim no Xadrez e ela aconteceu forçosamente por meio da informática. No nível mais alto, na elite do Xadrez mundial, isso também foi sentido. O jogador estuda muito mais hoje para ter os mesmos resultados de outrora. O nível entre os Top GMs igualou ainda mais e é preciso muitas horas ao dia de treinamento para tentar desequilibrar as partidas. O aprofundamento do conhecimento técnico é a marca do Xadrez moderno! e-mail: [email protected] SERGIO MAGALHÃES Hegemonia ameaçada EFE De problema para problema, a Red Bull andou pouco na pré-temporada e tem sua hegemonia de quatro títulos consecutivos ameaçada Havia uma chance de brecar o domínio da Red Bull. O regulamento. E está acontecendo. A equipe austríaca pula de problema para problema com dificuldades muito complexas, nas palavras do consultor Helmult Marko, e que precisa ser resolvido em conjunto com a Renault. Ah, a Renault! Como escrevi semana passada era a fabricante de motor que mais sofria com sucessivas quebras e continua sendo. A situação é tão caótica que se o campeonato começasse hoje os carros empurrados por suas “unidades de potência” (é assim que os motores estão sendo tratados) correriam sério risco de não se classificar para a largada do GP da Austrália por falta de velocidade. Kamui Kobayashi, piloto da Caterham, disse que os motores Mercedes são cerca de 30 km/h mais rápidos de reta e tamanha diferença de velocidade final permite diferentes pontos de freada. Na soma das duas primeiras baterias de testes, Jerez e Bahrein, um resultado bizarro entre as equipes empurradas pelos Renault: a nanica Caterham foi a que mais andou, 329 voltas, 1.705 km. Deixou a poderosa Red Bull na poeira com apenas 137 voltas, 719 km. E não se trata de esconder o jogo. Longe disso até porque está é uma pré-temporada atípica, em que todo mundo tenta desvendar os segredos do desconhecido. E as equipes com motores Mercedes abriram larga vantagem contra as de Renault e de Ferrari. No balanço dos 8 dias de testes, os times da montadora alemã (Mercedes, McLaren, Williams e Force India) completaram 2.022 voltas, 10.081 km com raras quebras isoladas. As de Ferrari (Ferrari, Sauber e Marussia) deram 1.000 voltas, 4.975 km, e as de Renault (Red Bull, Lotus, Toro Rosso e Caterham) 770 voltas, 4.018 km. A Renault está muito atrasada no desenvolvimento de seu propulsor e tem apanhado dos softwares e no armazenamento de energias cinéticas captadas do calor dos freios traseiros e dos gases do escapamento, respectivamente energias calorífica e elétrica que são transformadas em potência para o motor V6 turbo. A Red Bull é a mais atingida pelos problemas da Renault porque Adrian Newey tem como filosofia de trabalho aproveitar cada milímetro do carro. Sempre foi assim em todos os seus projetos na Fórmula 1, e com tantos novos componentes, Newey “espremeu” tudo que podia na concepção do RB10 e o resultado é um grave problema de refrigeração que tem feito a tetracampeã andar tão pouco na pré-temporada. O cenário aponta a equipe Mercedes como forte candidata a vencer corridas no início do campeonato. É disparada a que mais andou até o fechamento desta coluna, 624 voltas, 3.072 km. A McLaren veio na balada com 541 voltas, 2.685 km. A escuderia de Felipe Massa vai bem, a Williams completou 498 voltas, 2.522 km. Alonso e Raikkonen percorreram 538 voltas com a Ferrari, 2.664 km. Aquele impacto causado pela esquisitice dos carros de Fórmula 1 passou. A gente acostuma. O que todos estão de olho é no desempenho de cada um. A pré-temporada termina amanhã no Bahrein e carro na pista agora só na sexta-feira nos primeiros treinos livres para o GP da Austrália, dia 16 de março. Quem andou, andou, quem não andou vai para Melbourne no escuro e cheio de problemas para resolver. BLOCO DE NOTAS >> Enquanto Simona de Silvestro é preparada para correr em 2015, Susie Wolff vai quebrar o hiato de 22 anos desde a última participação feminina na Fórmula 1 com Giovanna Amatti, em 1992. Susie fará dois treinos livres de sexta-feira com a Williams nos GPs da Inglaterra e da Alemanha. >> Felipe Nasr tem por contrato a garantia de correr caso alguns dos titulares da Williams, Massa e Bottas, não possam participar de algum GP. Nasr estará em todas as corridas e vai participar de cinco sessões de treinos livres de sexta-feira. >> Jacques Villeneuve (43) vai disputar as 500 Milhas de Indianápolis. Foi nesta prova, em 95, que o canadense projetou de vez seu nome no automobilismo que acabou levando-o para a Fórmula 1 onde seria campeão em 97. De professora à advogada, atuando na Defensoria Pública e no poder Executivo, a vida da entrevistada desta semana é simples – como ela mesma define, mas rica de passagens e lembranças que guarda com entusiasmo em seu coração! Hoje aposentada, continua exercendo sua profissão, mas dedica um tempo maior para si mesma e para as viagens que adora fazer! A seguir um pouco de Oriane Soares, uma mulher que vive em alegria, é flexiva e adaptada às mudanças. Inicialmente, onde você nasceu e como foi a sua infância? Nasci aqui mesmo em Paraíso, há 52 anos. Tive uma infância muito feliz, protegida, pai, mãe, avó materna morando junto, três irmãos menores, casa confortável, sem qualquer luxo, mas de mesa farta, convivendo com muitos amigos e primos. Férias na fazenda da avó paterna, com direito a bolinho de chuva, biscoito de polvilho frito, carne de porco na lata e frango na panela de ferro. Brincadeiras na rua, tombos de balanço, banhos de chuva, subidas em árvores, ralação de joelhos, comer fruta no pé, ainda verde. Até o gosto das frutas hoje é diferente. Maçã argentina, só via quando ficava doente. E ainda guardava o papelzinho roxo, onde ela era embrulhada, para continuar sentindo o perfume mais tempo. Minha avó era costureira e tínhamos duas trocas de roupa de passeio: cada domingo ia à missa com uma, trocando no seguinte, na maior felicidade. De calçados, apenas um chinelo havaianas (que nessa época não era grife), que teimava em arrebentar e era consertado com um grampo, um sapato pra passear e um tênis (que se chamava Conga) para ir à escola. Antes do natal, um passeio obrigatório, a bordo de um Fusca branco, 69, a Ribeirão Preto/SP. Era a viagem do ano, com direito a bauru e guaraná no Pinguim! Na volta, parada obrigatória em Batatais ara comprar abacaxi e melancia, tão doces como só podem ser os sonhos de criança. Depois da escola, a fuga para o consultório de um médico vizinho, para ler os livros de história que seus netos esqueciam na sala de espera, até que minha mãe dava pelo sumiço e ia me resgatar. Ficava horas e horas viajando na imaginação. Vida simples. Aconchego. Tempos felizes. E sua família, Oriane? Falenos um pouco sobre seus pais. Sou imensamente grata à minha família. Meu pai foi um homem ímpar, uma influência muito positiva em minha vida. Era um homem muito rígido, mas, ao mesmo tempo, muito amável, não no sentido de expressar esse amor – era muito reservado, mas de empenhar-se muito para que os filhos tivessem uma vida melhor que a dele, repassando valores com atitudes, exemplos. Foi a pessoa mais honesta que já conheci na minha vida! E trabalhou por mais de 65 anos como motorista, transportando leite, diariamente, sem qualquer dia de descanso. Um homem essencialmente bom que, ao partir, deixou muita saudade... Sempre dizia que a maior herança que um homem pode deixar para os filhos é um nome limpo. E foi o que fez. Minha mãe é uma mulher forte (embora pense o contrário), super protetora, sempre esteve ao lado do meu pai, apoiando-o em tudo. Excelente cozinheira, tem sempre um café e um quitute para agradar quem vai visitá-la. Mulher de fibra, que tem na família seu refúgio. Tive três irmãos, mais novos: Erlane, que herdou a profissão do meu pai; Suzi, que foi professora no Pingo de Gente por muitos anos e partiu repentinamente há dois anos; e Silvia, que também é professora e minha grande companheira. E onde você estudou e se formou? Que recordação guarda desta época? Cursei os primeiros anos escolares no Noraldino Lima, aonde posteriormente cheguei a lecionar. O 1º e 2º graus fiz no Colégio Paula Frassinetti, onde cursei o magistério e onde tenho orgulho de dizer que cultivei grandes amizades, que mantenho até hoje. Eram tempos de sonhos, de vontade de mudar o mundo, de fazer a diferença! De lá, saí direto para a Faculdade de Direito de Franca, onde me formei em 1982. E sua adolescência, Oriane? Como foi? Muitas paqueras e sonhos para o futuro? Anos 80. Período de significativas mudanças e de novos ordenamentos no quadro político brasileiro, com o início do processo de abertura política, após longo período de ditadura militar, possibilitando o surgimento de novas organizações da sociedade civil e da sociedade política. Nós, jovens, assistíamos ao surgimento de novos atores no cenário político e social, através de organização de sindicatos, associações científicas e comunitárias, novos partidos políticos e organizações não governamentais (ONGs) que começavam a desenvolver ações que não eram assumidas pelo Estado. Enquanto isso, nossa preocupação adolescente, nesta pequena cidade do interior, era concluir o 2º grau e, de qualquer forma, ter acesso à faculdade. Grande sonho. E para isso, estudar e estudar. Acho que fui boa aluna. Recordo-me com muita saudade das tardes de estudo, cada dia na casa de uma amiga (éramos oito: eu, Lila, Ana Célia, Renata, Mariza, Clélia, Lucilene, Silvana e Magda), uma auxiliando a outra nas dificuldades de cada matéria, para que todas pudessem conseguir bons resultados. Aproveitávamos o tempo livre para dividir sonhos, confidências do coração, inquietações, dúvidas, medos e alegrias próprias da juventude, além de estudarmos para as provas de Biologia da professora, dona Gilda, o maior terror dos tempos de colégio! Tinha ainda as aulas de Inglês com a Zélia na Fisk, os ensaios da fanfarra, as missas no mês de maio na capela do colégio, depois dos ensaios de violão, o passeio na praça da matriz, o spumoni das tardes de domingo na praça. Mais tarde, a piscina no Clube Eldorado, o jogo de vôlei no Clube Paraisense, a boate do Katatoko’s – onde todos se en- contravam à noite, a vontade de ir às festas no Posto do Sol, as serenatas, as rosas deixadas na janela... Por incrível que pareça, creiam, só tenho ótimas recordações da minha adolescência. Onde você começou a trabalhar e que lembranças têm deste período? Comecei a trabalhar assim que terminei o magistério. Meu primeiro contrato foi na escola Campos do Amaral. No ano seguinte passei no concurso estadual e fui nomeada para a escola coronel José Cândido. Nessa época, lecionava de manhã e à tarde fazia estágio no fórum: no Cartório do Distribuidor e no Registro de Títulos e Documentos. Também trabalhei pela manhã na então denominada Delegacia Regional de Ensino, hoje Superintendência, onde tive a oportunidade de conviver com grandes e talentosas educadoras e fazer inúmeras amizades. Continuava no fórum e fui contratada como assistente de promotoria. Eram tempos difíceis, pois lecionava de manhã, trabalhava à tarde no fórum e à noite viajava para Franca, diariamente. Tenho boas lembranças desse tempo. Éramos uma turma de cinco pessoas, estudantes de Direito e de Administração. Compramos em sociedade um Opala vermelho, bem velho e saíamos daqui da cidade à tardezinha para onde retornávamos só após a meia noite. A estrada de São Tomás de Aquino a Franca não era asfaltada e então tínhamos que ir a Franca por Itaú de Minas ou Batatais. O dinheiro era curto e os lanches eram compartilhados, assim como as histórias do dia a dia, muitos sonhos e planos. Mas a diversão era garantida com os “causos” e o sono na volta sempre entendido, mas quase nunca respeitado, já que era proibido cochilar. Engraçado como hoje tudo parece apenas divertido. Nossa memória é mesmo seletiva! Depois de formada, continuei trabalhando no fórum, oportunidade em que foi instalada a Defensoria Pública na comarca. Passei então a advogar atendendo às pessoas hipossuficientes financeiramente, daqui, também de Pratápolis e Itaú de Minas que, à época, pertenciam a esta comarca de São Sebastião do Paraíso. Neste período também fui Jornal do Sudoeste São Sebastião do Paraíso-MG e Região 1 de Março de 2014 página 3 Uma mulher simples em busca de mais simplicidade aprovada no concurso público municipal, como assessora jurídica, mas continuei prestando serviços na Defensoria Pública. O trabalho ali desenvolvido foi uma experiência incrível e marcou realmente minha vida profissional, pois sentia que estava ali para servir e servir da melhor forma possível, dando o apoio necessário àquelas pessoas que procuram a Instituição, que muitas vezes necessitavam mais do que um apoio jurídico, mas de atenção e de um atendimento digno. Foi um trabalho árduo, pois no início era sozinha e o volume de atendimento muito grande, mas de recompensas imateriais inimagináveis! Paralelo a Defensoria Pública, também fui contratada pela Faculdade Unifenas, primeiramente como coordenadora do estágio de Direito e, posteriormente, também como professora de Sociologia Jurídica. Em 2003 retornei ao cargo de procuradora municipal e passei a ter uma visão diferente do direito, agora na área administrativa. Um desafio, mas mais aprendizado! O foco agora era o interesse público e os serviços da coletividade, desenvolvidos segundo a lei e a moralidade administrativa. Novo olhar sobre as políticas públicas, público diferenciado, mas igualmente interessante. Paralelamente, sempre mantive o escritório de advocacia próximo ao fórum e a ele estou me dedicando integralmente, agora depois da aposentadoria. E quando despertou em você o desejo pelo Direito? O início do exercício desta profissão foi fácil para você? Na realidade, a princípio não houve uma opção pelo Direito. Terminado o curso de magistério, minhas amigas, na maioria, partiram para Ribeirão Preto, para o cursinho preparatório para o vestibular. Minha família não tinha condições financeiras para manter-me fora de casa. Eu queria continuar estudando. Então me restavam cursos na área do magistério em Passos e Guaxupé ou Direito e Administração em Franca, onde podia ir e voltar todos os dias. Dentre as opções, o curso de Direito foi o escolhido, por oferecer várias opções para concursos. E não é que me apaixonei pe- mer, ver na TV e filmes? Adoro ler. É vício. Leio tudo que me chega às mãos e livraria exerce em mim atração fatal. É meu canto predileto nos shoppings. Na minha profissão de advogada, a reciclagem é constante, sob pena de não conseguir exercê-la. Assim, a leitura de livros e periódicos é rotina. Mas, sobretudo, adoro ler nos momentos de lazer e tenho a mania de ler dois livros ao mesmo tempo. Adoro poesias, crônicas, romances, aventuras, biografias. Adoro ouvir MPB e música clássica. Gosto de seriados, filmes americanos e documentários. Quanto à comida, como descendente de italianos, adoro massas, acompanhadas de um bom vinho; não há como resistir! (risos). E hoje? Como analisa o Poder Judiciário como um todo? As leis existentes estão sendo boas para quem? O Judiciário no Brasil está passando por momento de grande transição. Começa pela acentuada federalização, resultante da atuação do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), que está se pondo a regrar, indiscriminadamente, situações administrativas que costumavam ser definidas no âmbito de cada Tribunal de Justiça. Depois, cada vez mais, o Judiciário vem sendo chamado a dispor sobre a mais variada gama de conflito de interesses, inclusive os resultantes da ineficiência do próprio Estado. Como consequência direta dessa procura à jurisdição, o fenômeno do transbordamento da capacidade de adequada resposta às demandas cada vez mais se acentua. Mas, o que é bom, nota-se, mesmo em nível nacional, a conscientização que está havendo para o problema. Tem-se aí a inovação do processo virtual, ferramenta da qual muito se espera em termos de resultados favoráveis – após, naturalmente, o tempo necessário para sua assimilação e contorno de todas as dificuldades iniciais que já estamos enfrentando. Não apenas pelo que representará a pura e simples eliminação do papel, com o ganho de espaços físicos em foros, vantagens dignas de nota, mas pelo que poderá proporcionar em termos de aceleração do rito dos procedimentos. Padronizações, proporcionadas por disposições processuais relativamente recentes, que conferem a julgamentos dos tribunais superiores força cogente também facilitarão a solução das demandas de massa. Nesse sentido, também ações coletivas têm ganhado força. O Judiciário brasileiro continua sobrecarregado e apresenta uma série de precariedades que tornam a tramitação processual morosa, que vai além do chamado tempo razoável do processo e isso dificulta o exercício pleno da advocacia. Todos os cidadãos são titulares de direito e merecem tratamento isonômico, independente do valor ou da complexidade da causa. Ao clamar por “justiça” nos momentos mais graves, a população brasileira busca, pelas mãos da lei, aplacar seu sofrimento, honrar seus entes queridos e contribuir para edificarmos uma sociedade mais humana e justa. Temos o dever moral, enquanto operadores do direito, de respondermos prontamente a esse chamamento. No que se refere ao Poder Legislativo, com a Nação vivendo em plenitude democrática, ele tem um campo amplo de atuação, que se subordina às funções básicas para as quais ele existe: falar, fiscalizar e propor. A palavra é o grande instrumento de que dispõe o parlamentar para exercer seu mandato. Por isso, ela é livre e não pode sofrer qualquer tipo de constrangimento. Fiscalizar o Poder Executivo é tarefa a que o Legislativo não pode se furtar, sob pena de perder sua razão de ser. Por fim, ele recebe a delegação da representação popular para fazer as leis, seja propondo, seja votando propostas vindas dos outros poderes e da própria sociedade. Há um vício no Brasil de acreditar que podemos ter melhores dias mediante novas leis. Mas nós não precisamos de novas normas. Precisamos é de homens, principalmente públicos, que observem as já existentes. Dinheiro, sabedoria, saúde e amigos. Qual a ordem dessas palavras em sua vida e por quê? Saúde em primeiro lugar. Não depende de nosso controle. Sem ela, nada podemos. Não há amigos, dinheiro ou sabedoria que possa adquiri-la, depois de perdida. Já dizia Confúcio: “As pessoas prejudicam a saúde para ganhar dinheiro e mais tarde, já doentes, gastam todo o dinheiro para recuperar a saúde”. Em seguida, sabedoria para discernir, amigos para amar e se sentir amada e dinheiro para usufruir das boas coisas da vida. Quais os pontos positivos e negativos de se trabalhar com a advocacia? A advocacia é talvez uma das profissões mais antigas de que se tem conhecimento, haja vista que todo o homem é dotado de direitos e obrigações. Se na socieda- de antiga já se precisava de advogados, atualmente a necessidade é ainda maior, em face das complexas relações interpessoais que a vida impõe a todos nós, e do nível de civilização a que chegamos. Pode-se dizer que, assim como o médico dedica-se à preservação da vida de seu paciente, o advogado dedica-se à manutenção dos direitos de seu cliente. Mas não é só na esfera privada que o advogado é importante: ele exerce papel fundamental na formação da sociedade quando busca a preservação do direito à liberdade de expressão, do direito à propriedade; liberdade na forma de construção das relações familiares, no modo de atuação do mercado econômico e até mesmo na atuação do Estado. A sociedade atual, por ser complexa, exige diariamente associações, contratos, obrigações, e nesse espaço entra o profissional do direito como “decifrador” do emaranhado normativo, como conselheiro, como defensor dos direitos, posto que, conforme sabemos, na vida em sociedade, a liberdade de alguém termina quando começa a do outro. Portanto, entendo que o advogado é peçachave na formação da sociedade atual e no seu regular funcionamento, pois dele depende vivermos uma sociedade justa, plural e democrática. E diante das inovações ora apresentadas no mundo jurídico (julgamentos informatizados, peticionamento eletrônico, certificação digital de acórdãos, inquérito policial digital, penhora on line, etc.) necessário se faz inovar também no exercício da profissão, já que mais arriscado do que inovar é ficar inerte frente às constantes mudanças no mundo. E o mundo jurídico muda a cada minuto. Cada dia que passa, somos compelidos a romper com o passado da segurança profissional da advocacia, a enfrentar o presente da crise econômica, da competição acirrada e da evolução tecnológica, para alcançar o futuro que almejamos. A realidade mostra que o sucesso é conquistado com estratégia, ousadia e coragem e, claro, competência e ética no exercício profissional. Recentemente você se aposentou como servidora pública municipal, onde atuou por anos no setor jurídico da Prefeitura. Fale-nos desta experiência. O trabalho na Procuradoria Geral do Município foi a princípio um grande desafio, para quem estava há anos trabalhando mais especificamente na área de direito de família. E assim, mais estudo e especializações se fizeram necessárias. Como já havia feito duas pós-graduações na área de Direito Civil e Processual Civil, o caminho foi buscar nova especialização em Direito Municipal e a realização de cursos na área de Direito Administrativo. A Procuradoria Geral do Município ainda Studio Alta FOTOGRAFI A & CINEMA A experiência como professora foi gratificante? Como avalia o sistema educacional naquela época e nos dias atuais? Sim, claro! No início da carreira lecionava para crianças e elas sempre me encantaram porque têm olhos encantados, coisas que nós adultos não vemos. Uma capacidade de espantar-se e surpreender-se diante do banal... Uma curiosidade pura, que muitas vezes é sufocada com palavras decoradas e conceitos vazios, que nos são repassados por professores obrigados a cumprir programas e obedecer à grade curricular. O ensino só tem sentido se nos ajuda a ver o mundo melhor e nos permite raciocinar e assim foi que procurei lecionar. Mas na escola tradicional, ser professor consistia em transmitir o conteúdo indiscutível a ser memorizado, num modelo de exposição que era acompanhado de exercícios a serem resolvidos pelos alunos e tinha o recurso da avaliação como controle rígido e preestabelecido. Hoje se entende que a tarefa do professor é outra e estes não podem mais se comportar como simples transmissores de conhecimento estáveis ou invariáveis e de uma cultura “eterna”: a cultura escolar, como também a cultura da sociedade, são envolvidas por um turbilhão. A multiplicação de inovações e de técnicas, a velocidade sempre maior com que é colocada em circulação e desaparecem objetos e saberes, certezas e ideias, provocam nos professores o sentimento de estar sendo continuamente ultrapassados. Hoje as matérias estão todas na internet. E a função do professor é ensinar o aluno a pensar e a descobrir onde ele pode encontrar a resposta para as perguntas que ele tem. Essa é uma função nova e completamente diferente do professor. Os que estão acostumados a preparar a aula até costumam usar as fichas do ano retrasado, dificilmente vão mudar. Acho que muitos desses profissionais estão acordando para isso simplesmente porque não estão mais aguentando o tédio. Às vezes os vejo como esses guias turísticos que vão todo dia ao mesmo monumento, levando um grupo diferente e repetindo as mesmas coisas. Isso é muito chato. Nenhuma pessoa merece viver uma vida desse jeito, nesse desencantamento. Em tudo que se faz é necessário uma grande dose de amor, senão vira obrigação, chateação, um grande aborrecimento. las aulas de Filosofia e Sociologia do primeiro ano? E tive muita sorte de ter excelentes professores, pessoas vocacionadas, que conseguiram demonstrar quão necessário é o direito para se atingir a justiça. No terceiro ano descobri que era aquilo mesmo que queria: ser advogada e não me arrependo da escolha. Amo o que faço. O início da profissão não foi fácil, havia escassez de livros para consulta, as petições tinham que ser datilografadas em três vias, havia falta de material gráfico e o acesso à informação e comunicação eram muito lentos. Mas havia mais companheirismo entre os profissionais da área, o que sinto falta na atualidade. A classe era mais unida. Puro saudosismo... não estava estruturada – e até hoje depende de lei para tal – mas como tem por finalidade assistir direta e imediatamente o Poder Executivo e o prefeito no desempenho de suas atribuições, o cuidado com a emissão de pareceres a todos os departamentos para desempenho destes devia ser redobrado, pois há que se ter em mente sempre, o interesse público e a moralidade administrativa. A convivência com um grupo maior de profissionais exercita nossa capacidade de lidar com as diferenças, com a competitividade, instabilidades e incertezas, mas aguça o espírito de equipe e a vontade de que tudo saia perfeito. Sem contar que também lá, graças a Deus, deixei inúmeras amizades. E agora que você está aposentada, como tem curtido sua vida? Viajando muito? O que tem feito nessas suas horas de folga? Tenho reservado um tempo só meu, para caminhar, ler, ver filmes, cuidar das plantas e da casa, cozinhar (adoro), fazer trabalhos manuais, estudar italiano, auxiliar minha mãe a cuidar do sítio, ter tempo para minha família e para o trabalho voluntário de auxílio ao próximo. É um tempo que só agora me permito usar com coisas que me agradam e que ficaram delegadas a segundo ou décimo plano enquanto estava trabalhando os dois períodos. Tenho ainda planos de viagens, que adoro fazer com a família ou com amigos. No final do ano viajamos os quatro para o Chile e antes disso, eu e Horácio (esposo) estivemos na Europa. Bom demais conhecer outras culturas! Viajar traz uma leveza aos nossos dias. Você é casada e mãe. Como é o convívio com seu marido e filhos? Qual a sua opinião a respeito do casamento, a família e sobre a maternidade, fazendo um comparativo de ontem e de hoje. Casei-me aos 25 anos, depois de formada. Horácio apareceu na minha vida, como que por acaso (não acredito em acasos) numa dessas ações judiciais envolvendo reajuste de locação, nos velhos tempos do cruzado (moeda corrente à época). O romance começou de brincadeira e já estamos casados há 26 anos. No amor, seja com os filhos ou com o marido, o importante é dar a certeza do colo, do ombro, da escuta. Temos dois filhos lindos: Ivan, que está no último ano de Engenharia Mecatrônica e mora em Belo Horizonte, e Daniel, de 17 anos, cursando o ensino médio. Este é meu porto seguro. Acredito no valor da família, do afeto, do afago nas horas difíceis. Não consigo me imaginar sem eles. Sou uma mulher simples, em busca de mais simplicidade. Amo a vida, os amigos, os filhos, a profissão, minha casa, o amanhecer, o anoitecer. Sou uma amadora da vida, porque já estive muito pró- xima de perdê-la, há alguns anos, quando fui acometida de uma doença grave e até então incurável. Brinco, dizendo que estou no lucro faz tempo! Tenho muito que agradecer a Deus! Oriane, de que forma você analisa o papel da mulher em nossa sociedade atual? Estereotipada durante séculos como alguém dotado de menor capacidade mental que o homem, a mulher sempre foi – e para alguns ainda o é – relacionada à imagem de pessoa indefesa que deve ser protegida pela figura masculina. Seu “reino” sempre foi o lar, e sua função na sociedade era se casar e dar a luz a um homem para que o império patriarcal perdurasse. Essa imagem evidentemente foi cristalizada na sociedade e foi repassada a todos os seus setores. Contudo, a mulher, após as reivindicações do movimento feminista, alcançou inúmeras vitórias e, atualmente, a mulher pode se separar, votar, ser mãe solteira, divorciar-se, casar novamente e ter condições de trabalho e de salário, senão iguais às do homem, ao menos mais dignas. Pode-se afirmar que a mulher de hoje tem uma maior autonomia, liberdade de expressão, bem como emancipou seu corpo, suas ideias e posicionamentos outrora sufocados. Em outras palavras, a mulher do século XXI deixou de ser coadjuvante para assumir um lugar diferente na sociedade, com novas liberdades, possibilidades e responsabilidades, dando voz ativa a seu senso crítico. Esses tempos modernos trouxeram diversas mudanças para o universo feminino e, se a tarefa de educar um filho já era difícil, imagine ter que conciliar esta função com a de ser uma ótima profissional, uma esposa perfeita e ainda uma dona de casa exemplar? A gente cansa só de pensar, não é? A cobrança é muito grande. Por isso, tentar também separar um tempo para fazer o que gosta e cuidar de si são coisas essenciais para que possamos nos sentir melhor, penso eu. E neste ano de eleições? O que você espera dos candidatos e dos vencedores? O que todo brasileiro espera é que a democracia tem que funcionar e proporcionar decência, dignidade, alegria, segurança, respeito, seriedade a toda sociedade.. Que sejamos, com eleições e Copa e toda a balbúrdia, menos alienados e menos fúteis – para sermos menos sofridos. Continuamos com candidatos que buscam cargos não para servir à sociedade, mas para se servir dela. A sociedade não é vítima, é a culpada. Reclama do governo e se esquece de que quem colocou os políticos lá foi ela própria. O que você gosta de ler, co- Quais são as suas principais qualidades e defeitos? Sou uma mulher simples, em busca cada vez mais de mais simplicidade. Sou otimista, não tenho medo de tentar algo novo e, na maior parte do tempo, adoto uma visão positiva sobre os resultados esperados. Acredito que sou flexiva, sempre disposta a me adaptar às mudanças. Amo a vida, os amigos, a família, os filhos, a profissão, minha casa. Sou criativa, gosto de ajudar os outros, de conhecer novas pessoas e cultura e sempre encontro uma forma diferente para enfrentar as adversidades. Preciso trabalhar melhor minha ansiedade. Sou muito impaciente com o erro e a falta de comprometimento das pessoas, fatos que realmente me tiram do sério. Sou tímida para falar em público, o que é extremamente negativo em minha vida profissional. Mas estou atenta a estes pontos e tenho me esforçado para flexibilizar as mudanças! Como é sua relação com Deus? Deus eu imagino como força de vida: luminosa, positiva, imperscrutável. Em momentos de muita dor e desespero, cheguei a duvidar de sua infinita bondade, para depois reconhecer que tudo na vida é aprendizado e é nas provações que tiramos nossa força, nossa capacidade de resistir, a famosa resiliência... Fui criada dentro da religião católica, estudei em colégio de freiras, mas não tenho nenhuma religião instituída, rotulada. Considero-me espiritualista e penso que o conhecimento das religiões pode nos ajudar a compreender melhor a vida e que todas elas nos encaminham a Deus, na medida em que se firma no amor que deve nortear os relacionamentos humanos. Rejeito o fundamentalismo e todos que acreditam serem possuidores exclusivos da verdade. Tenho uma profunda visão “religiosa”, sagrada, da natureza, das pessoas, do outro. Acredito que a vida não é só nascer e morrer. Estamos mergulhados em um mistério maior e as relações humanas não acontecem por acaso. E se Ele te chamasse hoje para a outra vida, você estaria pronta, iria ou pediria mais um tempo? O que você espera encontrar do outro lado da vida? A morte é um grande mistério, um abismo silencioso... Houve um tempo em que eu temia a morte, porque achava que era muito cedo, tinha filhos pra criar, coisa que ninguém faria melhor que eu, “gavetas” demais para arrumar... Quanta arrogância! Hoje não sei se me sinto preparada e não sei se haverá uma forma de se estar preparado, mas acho que consigo pensar nela com mais serenidade e sem nenhum pânico. Procuro pensar que será apenas uma nova viagem e espero sinceramente, que do lado de lá, tudo seja mais suave e menos dolorido. Gostaria de encontrar as pessoas que amei e que tanta falta me fazem. Mas enquanto isso não acontece, vou tratando de seguir a vida me permitindo fazer as coisas que me dão prazer, agora que estou aposentada. Planos para o futuro? Eu quero viver com alegria. Meus grandes prazeres hoje: ler e viajar. Quero ver a vida com olhos de turista! página 4 São Sebastião do Paraíso-MG e Região - 1 de Março de 2014 Jornal do Sudoeste Jornal do Sudoeste página 5 São Sebastião do Paraíso-MG e Região - 1 de Março de 2014 Jornal do Sudoeste página 6 JUSTIÇA ESSE TAL DE FACEBOOK Cena 1: levo meu filho mais velho ao colégio. Na entrada, duas senhoras já invernadas nos trinta anos - nitidamente mães de alunos - conversam. Não estão falando da carestia, das notas dos filhos ou dos problemas do marido. Estão discorrendo sobre as fofocas do Facebook. Cena 2: o casal de empresários trabalha doze Renato Zouain horas por dia e tem dois filhos pré-adolescentes. De noite, família toda reunida, cada qual vai para um computador. Ao invés de conversarem sobre os problemas do dia, namorar, darem conselhos ou fiscalizarem os deveres escolares dos pimpolhos, mãe e pai vão passear em páginas de sites de relacionamento do Facebook, deixando que os filhos (e o casamento) se resolvam sozinhos. Cena 3: em um velório, uma parenta do defunto aproveita o tempo mandando mensagens no facebook através de seu celular de última geração e sem se preocupar com a dor dos entes queridos à sua volta, totalmente insensível ao mundo real e hipnotizada na realidade virtual que a telinha do smartphone lhe proporciona. O que as três cenas tem em comum? A extrema insensibilidade de pessoas que não estão utilizando a internet, mas sim a habitando de maneira perigosa, se esquecendo dos riscos que envolvem a exposição e, sobretudo, a imersão paranoica em um mundo de bits e bytes e não de carne e osso. Lamentável! O MUNDO VIRTUAL E OS JOVENS Trabalho com a infância e a juventude em minha atividade principal, a magistratura. Não sou um juiz puritano, longe disso. Cresci em uma Belo Horizonte boêmia e culturalmente efervescente, compus banda de rock nos anos oitenta e bem sei da importância do lazer e do entretenimento para os jovens. Também reconheço que a adolescência é uma época, sobretudo de experimentação, em que os aprendizes de adultos, que todos somos antes dos vinte anos, estão conhecendo o mundo e apanhando e aprendendo com ele. No entanto, o acompanhamento dos pais jamais, jamais, pode faltar - é isso que faz a grande diferença entre um jovem saudável que aproveita a vida e um delinquente juvenil que não consegue interagir e se adequar ao meio social. A geração atual de pais parece ter se esquecido desse detalhe importante, e vezes sem conta é necessário que sejam advertidos de que crianças e adolescentes não são como computadores que já saem das lojas configurados. É necessário ensinar-lhes a diferença entre o bem e o mal, mostrar-lhes o caminho das pedras e apresentá-los às mazelas da vida. No entanto, papais e mamães que já não têm muito tempo, porque trabalham fora o tempo todo, perdemse à noite e nos finais de semana com passeios virtuais pelo facebook, fofocando a vida dos outros e se esquecendo daquilo que é, de fato, o mais importante na vida: formar uma família com bases sólidas, com formação religiosa e moral e respeito ao próximo. TEMPO Está como tempo sobrando? Então, ao invés de navegar como um ocioso pela internet, vá ler um livro. Vá praticar esporte. Você dona de casa, vá cuidar dos filhos, fazer um curso e retornar aos estudos. Você pai, se há espaço na sua agenda lotada para divagações cibernéticas, também há para levar o filho a um jogo de futebol ou à igreja, seja qual for o seu credo. Ao invés de falar mal da vida dos outros habitando um mundo que não é seu e não existe, vá se preocupar com a sua própria vida e procure vivêla de maneira plena, real, e não através de cliques do mouse. A internet, amigo leitor, é uma ferramenta para ser usada para informação e entretenimento. Importante ferramenta, é fato, mas é só isso: algo para ser usado para seu bem estar, e não para dominá-lo. A pessoa que habita a internet, ao invés de meramente usá-la de maneira funcional e objetiva, é como um alcoólatra, um dependente químico. Como não consegue suportar ou entender o mundo real e a própria vida, procura artifícios para amenizar sua incapacidade de se relacionar e busca viver a vida dos outros através de uma farsa que lhe dá a sensação de integrar uma “comunidade” que, a rigor, só desagrega as pessoas. Renato Zupo, Juiz de Direito na comarca de Araxá. A corrente anônima Até pouco tempo era comum o recebimento de cartas anônimas. Não é a primeira que recebo, entretanto a mais comovente de todas. Trata-se de uma “corrente” dessas que a gente deve copiar várias vezes e enviar a pessoas diferentes. Não se trata de mandar ou receber dinheiro, nem fugir de maldição de qualquer espécie. Não se apelava para a nossa vil superstição, nem para a nossa vã cobiça. O que deveria ser mandado anonimamente, a dezenas de pessoas, era o tal poema, intitulado “Ciúmes”. Ainda tenho em mente algumas estrofes que dizem: Não gosto de você nem um pouquinho ... Acho- a feia, vulgar, pretensiosa. Não gosto de você tenho certeza. Juro por tudo que me é precioso. Isto que dizer que também a esqueci não a amo. Mas! Ouça por favor... Não dê a mais ninguém seu coração. Nem tenha em sua vida um outro amor... É somente porque... Oh! meu Deus. É porque, porque... Eu tenho muito ciúmes de você Hoje relembrei esses versos. É um poema de amor e saudade, nada mais. Ele pensa na amada que já não o ama, e poderá ser de outro. Possivelmente o autor dessa corrente, deveria ser alguém que sofria a dor do desprezo. Pedia às pessoas multiplicarem a corrente e o poema atingir milhões de leitores, e, quem sabe, poderia chegar ao âmago de sua amada. Não sei, mas tive ânimo de continuar a corrente. Alguma coisa pareceu-me uma tristeza na progressão geométrica daquele lamento solitário. That is life (assim é a vida). Sebastião Pimenta Filho Membro da APC. Você sabe o que é caviar??? Nunca vi nem comi eu só ouço falar. Evidentemente que ninguém tem direito de censurar outra pessoa por ter gosto refinado. Se o sujeito é acostumado com salmão, não lhe ofereça sardinha, se é acostumado a Vinho do Porto não lhe ofereça Vinho Chapinha. A questão é com que verba ela paga por esses refinamentos, se for do próprio bolso, nada contra. Causou espécie à população de Paraíso as despesas de viagem de um vereador a BH, quando em duas sentadas em uma Churrascaria de luxo gastou quase R$ 500,00. Não temos nada com o refinado paladar do vereador, mas, se ele foi a BH buscar recursos para obras sociais, isto significa que em Paraíso existem dificuldades, e cidade em dificuldades não pode pagar pelo luxo de vereador. Evidentemente que nem de longe estamos sugerindo que vereadores, em busca de recursos para o município se alimentem de “coxinhas de frango” em adegas e botecos de BH, o que poderia lhes causar uma bela indigestão. Aliás, qual é o valor do cheque que ele trouxe, por que se voltou só com promessas, vocês já sabem o que acontece com promessas de políticos. Recentemente o presidente do Congresso Nacional Renan Calheiros usou um jatinho público para viajar para fazer implante de cabelos, descoberto, ele devolveu o dinheiro gasto aos cofres públicos. E aí vereador? Como é que fica? PHS. Cadê o Humanismo e Solidariedade? Alziro Freitas de Camargo São Sebastião do Paraíso-MG e Região 1 de Março de 2014 DIA INTERNACIONAL DA MULHER (*) Ely Vieitez Lisboa O preconceito contra a mulher vem de tempos imemoriais, na Bíblia, na vida e até na Gramática. Essa verdade levou a inteligente Débora Vendramini, Secretária Municipal da Educação, em uma palestra, afirmar: Diante do crescimento intelectual e cultural da mulher moderna, questiona-se a verdade bíblica que a Mulher foi feita da costela de Adão. Imagine se fosse do filé... Dia 8 de março comemora-se o Dia Internacional da Mulher. Costuma-se ver a data ligada ao incêndio na fábrica Triangle Shirtwaist, em Nova Iorque, dia 25 de março de 1911, quando morreram 146 trabalhadoras, a maioria costureiras, que lutavam pelos seus direitos. Na verdade, foi em 1910 que ocorreu a primeira Conferência Internacional das Mulheres, em Copenhagen, quando foi aprovada a proposta da socialista alemã Clara Zetkin. No Ocidente, o Dia Internacional da Mulher foi comemorado de 1910 a 1920, mas só em 1977 a data foi oficializada. Até hoje se publicam muitas obras sobre o assunto, principalmente por feministas, seguidoras das ideias da famosa Simone de Beauvoir (1908/ 1986) escritora, filósofa existencialista e feminista francesa. Culta, com uma obra literária premiadíssima, ela teve uma tumultuada relação com Jean Paul-Sartre durante anos. Os dois foram sepultados juntos, no mesmo túmulo, no Cemitério de Montparnasse, em Paris. Simone de Beauvoir defendia a igualdade entre os dois sexos. Algumas frases suas ficaram para a posteridade e viraram bandeiras das verdadeiras feministas: “Entre as que se vendem pela prostituição e as que se vendem pelo casamento, a única diferença consiste no preço e na duração do contrato”. Ela defende ardorosamente a liberdade feminina: “Que nada nos defina. Que nada nos sujeite. Que a liberdade seja a nossa própria substância”. Suas ideias continuam atualíssimas. Com a crescente violência contra as mulheres, hoje e sempre, vê-se que o mundo evolui muito devagar. Paliativos tentam minimizar a brutalidade dos maridos, dos companheiros ferozes, a quantidade de estupros cresce a cada dia (cerca de 15 mil mulheres são estupradas por ano, no Brasil). A Lei Maria da Penha arrefece muito pouco a sanha dos monstros violentos. Na última década, 45 mil mulheres foram assassinadas, no nosso País. Ideias feministas surgem aqui e ali, muitas vezes destorcidas e equivocadas, como as ridículas “Marchas das Vadias”, protesto realizado inicialmente em Toronto, no Canadá, evento copiado em inúmeras cidades brasileiras. Realiza-se no Brasil a mais famosa Parada Gay do mundo, na Av. Paulista; contraditoriamente, é o Estado onde a homofobia é mais ferrenha. Esse câncer moderno parece não ter solução e pelo contrário, surgem modalidades bestiais, como o estupro coletivo. O problema é grande demais para as terapêuticas usadas, as leis muito brandas são meros placebos. Talvez se a castração química fosse implantada contra estupradores e pedófilos, os resultados seriam outros. Enfim, quando no Dia Internacional da Mulher tenta-se analisar o ínfimo resultado da luta diante da violência contra a mulher, vê-se que as mudanças profundas arrastam-se morosamente, diante do aumento da selvageria animalesca do propalado sexo forte. Um pálido consolo é ver um pequeno exército de jovens mulheres, provando todos os dias sua superioridade intelectual, galgando cargos antes só dos homens, numa luta sem trégua. Seu posicionamento e modo de ser lembram a afirmação sábia de Simone de Beauvoir: “Não se nasce mulher. Torna-se”. (*) Ely Vieitez Lisboa é escritora. E-mail: [email protected] Clube das Acácias doa tecido para roupa de cama ao Gedor Silveira Por Heloisa Rocha Aguieiras O Hospital Psiquiátrico Gedor Silveira recebeu na tarde de quinta-feira (27/02), do Clube das Acácias, 500 metros de tecido para confecção de roupa de cama. A entrega foi realizada pela presidente do clube, Vera Lúcia Pimenta de Pádua, que disse que o dinheiro para a compra foi arrecadado em um jantar promovido pelo Clube, que aconteceu em novembro do ano passado e teve a presença de 200 pessoas. “Na época soube que a demanda por roupa de cama, porque suja e perde muito. Buscamos atender onde há o máximo de necessidade”, disse. Vera explicou que o Clube das Acácias é ligado à Loja Maçônica Fraternidade Universal e sempre realiza jantares beneficentes, através de suas associadas, “as Acá- cias”, que fazem e vendem os ingressos, preparam o cardápio, compram o material, ou seja, fazem tudo para a realização do evento, de modo que sobre o máximo de recursos para as doações. O provedor da Fundação Gedor Silveira, Guilherme Giubilei ao agradecer a doação disse o quanto será útil o material recebido, pois a instituição tinha a necessidade de substituir roupas de cama, mas devido dificuldades financeiras que encontra, vinha protelando. O motivo, conforme ressaltou ao Jornal do Sudoeste, é que praticamente toda a ocupação dos leitos do hospital são internações via SUS -, e os valores das diárias recebidas não chegam a R$ 50, para cada paciente para cobrir despesas de atendimento médico e enfermagem, medi- camentos, e a chamada parte de hotelaria, ou seja, refeições e acomodação dos pacientes. BALANÇO E AGENDA O Clube das Acácias em menos de um ano fruto de suas promoções doou R$ 15,5 mil à Santa Casa de Misericórdia de São Sebastião do Paraíso e mais R$ 10 mil ao Hospital do Câncer de Passos. O último jantar, realizado dia 20 de fevereiro passado, rendeu recursos para doação ao menino João Marcelo, que necessita de um transplante de medula. Em meados de fevereiro o Clube participou do 8º Encontro do Hospital do Câncer de Passos, quando ficou acertado que será realizado, em setembro, um jantar dançante, chamado de “Primavera Solidária”, possivelmente na Liga Operária, com animação do grupo “Paraíso em Seresta”. São Sebastião do Paraíso-MG e Região 1 de Março de 2014 Jornal do Sudoeste página 7 Caixas para toaletes A caixa para toaletes complementa a decoração e demonstra a atenção dos noivos aos detalhes do evento. Não basta comprar uma caixa pronta sem analisar os itens oferecidos, é preciso que ela atenda ao propósito inicial que é proporcionar aos convidados o uso de produtos que possam precisar. As embalagens individuais e personalizadas são muito bonitas, porém deve-se ter o cuidado de não inibir o uso do produto com embalagens difíceis de se abrir. Para disponibilizar remédios é bom que tenha alguém sempre cuidando, para que uma criança não pegue ou que alguém faça uso em demasia. O uso de enxaguatório bucal depende da oferta de copinhos descartáveis que geralmente não estão inclusos nas Caixas. Alguns itens são de uso pessoal e não havendo em embalagem individual e descartável melhor evitar como desodorante roll on. Sabonete líquido e loção hidratante, devem estar diferenciados e se possível longe um do outro para evitar constranger algum convidado por uso trocado. O mesmo vale para perfumes e aromatizante de ambiente, sendo que para este pode-se usar o difusor. Grampos e elásticos para cabelo devem ser de boa qualidade e discretos. Oferecer absorvente interno e preservativo, pode virar uma gafe inesquecível na mão de uma criança ou de algum convidado sem escrúpulos. Os itens mais procurados são os curativos, elásticos e grampos de cabelo, creme para mãos, batons e kit de costura. A caixa pode ter repartições ou não, dependendo do uso que farão da mesma posteriormente: caixa de costura, de remédios ou para guardar as recordações do grande dia. Momentos inesquecíveis requerem cuidados especiais... Conte com nossos serviços para o sucesso de seu evento. RG Eventos Assessoria e Cerimonial Horóscopo Semanal ÁRIES A semana começa com a influência da Lua Minguante em Sagitário que pede revisão em projetos que envolvem pessoas e negócios estrangeiros. O momento pode ser de pouca fé e otimismo, mas essa sensação é passageira. A melhor noticia da semana fica por conta de Mercúrio, que retoma seu movimento direto no final da semana, deixando atrasos e problemas em seus contatos e contratos com grandes empresas, clubes e instituições para trás. A Lua Nova em Peixes também no final da semana deixa você mais reflexivo. TOURO A semana começa sob a influência da Lua Minguante em Sagitário que vai deixá-lo mais introspectivo e preocupado com sentimentos e emoções que devem passar por algumas mudanças. Não é hora de investir em projetos que envolvam sociedades. Mercúrio em Aquário retoma seu movimento direto melhorando sensivelmente e movimentando seus projetos profissionais. O momento é de retomada de planos e projetos. Os atrasos e as dificuldades relacionadas ao trabalho ficam para trás. A lua Nova em Peixes traz novidades nos trabalhos em equipes e nas amizades. GÊMEOS A semana começa sob a influência da Lua Minguante em Sagitário e pede que você reveja e questione um relacionamento mais próximo. É hora de repensar algumas atitudes e esperar alguns dias para tomar uma atitude mais firme. A melhor noticia da semana fica por conta de Mercúrio, seu regente, que retoma seu movimento direto e você volta a se comunicar com liberdade, depois de um tempo mais fechado. Os atrasos e mal entendidos ficam para trás. A Lua Nova em peixes abre portas e traz novas oportunidades em sua carreira. CÂNCER A semana começa influenciada pela Lua Minguante em Sagitário que pede que você puxe o freio no excesso de atividades de trabalho. Um projeto pode precisar de revisão durante os próximos dias. Mercúrio retoma seu movimento direto no final da semana e suas emoções agradecem. Depois de uma fase de maior profundidade emocional e algumas mudanças até meio dolorosas, tudo volta à normalidade. A Lua Nova em Peixes vai abrir novas portas para os projetos, especialmente os que envolvem viagens e contatos com pessoas estrangeiras. LEÃO A semana começa sob a influência da Lua Minguante em Sagitário que vai fazer você se fechar um pouco com relação a questões que envolvem seu coração. Sua criatividade pode também diminuir um pouco neste período. A melhor notícia da semana fica por conta de Mercúrio que retoma seu movimento direto melhorando significativamente seus relacionamentos, tanto os pessoais quanto os profissionais. um novo movimento será sentido no setor. A Lua Nova em peixes vai trazer algumas mudanças positivas em suas emoções mais profundas e você pode ter alguns insights importantes. VIRGEM A semana começa influenciada pela Lua Minguante em Sagitário pedindo para você ficar mais na sua, e entre os seus. O momento pode ser de reclusão e emoções mais contidas. Um de seus pais pode precisar mais de você por motivos de fraqueza ou doença. Mercúrio retoma seu movimento direto em Aquário melhorando significativamente seus projetos de trabalho. Você pode ser chamado para começar um novo emprego nos próximos dias. A lua Nova em Peixes traz um novo movimento aos seus relacionamentos. Novas amizades a caminho. LIBRA A semana começa influenciada pela Lua Minguante em Sagitário e você pode ter alguns problemas na comunicação. É possível que você fique mais fechado ou mais inseguro na forma de se colocar e expressar-se. A boa notícia da semana fica por conta de Mercúrio que retoma seu movimento direto em Aquário trazendo um novo movimento em questões que envolvem o amor e os romances. Boas noticias podem chegar relacionadas ao setor. A Lua Nova em Peixes traz novidades em questões que envolvem os projetos de trabalho. Melhora sensível na saúde. ESCORPIÃO A semana começa influenciada pela Lua Minguante em Sagitário e pede para você não dar nenhum novo passo no que diz respeito às suas finanças e projetos que envolvam aumento de seus rendimentos. Deixe as decisões mais importantes para a semana que vem. Mercúrio retoma seu movimento direto em Aquário movimentando questões que envolvem sua vida domestica e seus relacionamentos em família. Os mal entendidos ficam para trás. A Lua Nova em Peixes aponta para novidades no setor amoroso. Escorpianos solitários podem encontrar um novo amor. SAGITÁRIO A semana começa influenciada pela Lua Minguante em seu signo e pede para você relaxar e descansar se puder. Sua energia vital estará mais baixa e seu otimismo e fé podem ressentir. Não comece nada neste período, espere a semana que vem. Mercúrio retoma seu movimento direto em Aquário melhorando significativamente a comunicação. Os mal entendidos ficam definitivamente para trás. A Lua Nova em Peixes traz movimento e novidades em questões que envolvem sua casa. Uma reforma pode começar nas próximas quatro semanas. CAPRICÓRNIO A semana começa influenciada pela Lua Minguante em Sagitário que vai deixar você ainda mais fechado e introspectivo. O momento pede reclusão e afastamento do barulho social. Bom para a pratica da meditação e leituras espirituais. Mercúrio retoma seu movimento direto em Aquário e questões relacionadas às suas finanças melhoram significativamente. Um projeto que foi engavetado pode voltar a fazer parte de seus planos e começar a trazer alguns rápidos resultados. A Lua Nova em peixes melhora a comunicação e beneficia acordos de negócios. AQUÁRIO A semana começa influenciada pela Lua Minguante em Sagitário e você vai preferir isolar-se a qualquer atividade social. Um trabalho em equipe pode precisar de revisão ou seu ritmo pode ser diminuído. A boa noticia fica por conta de Mercúrio que retoma seu movimento direto em seu signo no final da semana trazendo um novo movimento à sua vida. mal entendidos, dificuldades com eletrônicos e atrasos ficam definitivamente para trás. A Lua Nova em Peixes traz boas novidades à sua vida material e financeira. Um novo projeto pode beneficiar e muito seus ganhos. PEIXES A semana começa influenciada pela Lua Minguante em Sagitário e você pode perceber a necessidade de rever um projeto em andamento, no setor profissional. Certa insatisfação no setor pode abater você. Mercúrio retoma seu movimento direto em Aquário no final da semana e a confusão emocional que abateu você nas ultimas três semanas fica para trás. O momento envolve discernimento e resoluções. A Lua Nova em seu signo traz boas novidades em todos os setores de sua vida. o momento pede novos inícios e novos projetos. Em solenidade realizada na Câmara Municipal de Passos, Ivan Furtado Duarte recebeu certificado de conclusão do Curso Técnico em Comunicação Visual pelo IFSUL. Recebe cumprimentos da coluna, extensivos à sua mãe, Neusa Maria Duarte Furtado que muda de idade nesta segunda, dia 3. ANIVERSARIANTES Sábado, dia 1.º de março em São Tomás de Aquino o médico Dr. José Renato Russo. Domingo, dia 2 Leo Castellani Neto. Dia 6 Wallace Silva. Dia 8 Emerson Felix da Silva, Gabriela Ladeira, filha de Sidrônio e Natália. Maria das Graças Hilário Bozelli aniversariou no dia 28 de fevereiro. Parabéns. Prato de Verão INGREDIENTES: Rúcula, 1 pé de alface lisa 200 gr. cebola 200 gr. cenoura ralada 3 beterrabas raladas 200 gr. vagem cortadas em dois 1 repolho cortado fininho 250 gr. filé de frango – passado na manteiga 250 gr. filé de peixe – passado na manteiga 200 gr. presunto e 200 gr mussarela (enrolados) 200 gr. batata cozida (acrescentar maionese) 100 gr. azeitonas verdes 2 tomates cortados em rodelas 1 abacaxi, 2 ovos cozidos, cortados em rodelas. Modo de apresentar o prato: Colocar a alface e rúcula em uma travessa. Os filés de frango e peixe devem ser colocados no centro da travessa. Em seguida as cenouras, beterraba, vagem, repolho, maionese com batata, tomate, ovos cozidos abacaxi e azeitonas. Para acompanhar, arroz branco, suco natural ou vinho. JÁ NAS BANCAS Jornal do Sudoeste página 8 Psicoletrando O Carnaval e o compromisso com a educação infantil Josimara Neves, psicóloga e escritora (CRP-04/37147) Marília Neves, professora e escritora Contato: [email protected] Chega a época que agita nosso país e, assim, os pais responsáveis preocupam-se com os filhos: “O que fazer com as crianças nesses dias de folga?” Quando o orçamento permite, viajar é uma boa pedida, porém, às vezes não é possível juntar o útil ao agradável, pois o início do ano vem atrelado a diversas contas (fato que compromete o lazer familiar em dadas circunstâncias). Diante desse panorama, o jeito é driblar as dificuldades, usar a criatividade e canalizar as energias em ações que trazem contentamento, no entanto, não ferem o próximo. O Carnaval deve ser vivido com alegria e com responsabilidade, já que, pelo fato de ser um feriado, permite que nossa rotina sofra mudanças, que o relógio não seja visto com tanto rigor. Mas é fundamental não usar o velho álibi de que “a carne é fraca” para sair pelas ruas liberando geral, sentindose lindo, leve e solto, brincando com os sentimentos alheios, infringindo regras, bebendo exageradamente, brigando, batendo, ou agindo como se assumisse uma nova persona — no sentido pejorativo — só para atuar durante os quatro dias de folia. Por isso, preocupadas com a violência que já virou moda no Brasil, conclamamos a população a refletir sobre suas escolhas e, consequentemente, possibilitar às crianças a oportunidade de desfrutarem de momentos de diversão sem, contudo, obterem prejuízos futuros devido à negligência de seus cuidadores. Não somos contra o Carnaval. Somos contra a hipocrisia que reveste aqueles desprovidos de discernimento entre ventura e libertinagem. Somos contra a prostituição infantil. Somos contra a adultização das crianças. Somos contra a pseudoalegria que povoa a face de tantos que bebem para fingir que são felizes. Somos contra o vandalismo. Somos contra a depredação de bens públicos. Somos contra a podridão dos corruptos que se aproveitam de festinhas para distribuir agradinhos aos que carecem de emprego, de saúde e de educação. Somos contra o furto da inocência que ainda paira nos semblantes infantis! Assim, elaboramos um paradoxo entre duas categorias de formadores de sujeito: • • • • • • • • • • • • • • PAIS E/OU RESPONSÁVEIS NEGLIGENTES: estimulam as crianças, ainda bem pequeninas, a “dançar” de forma obscena, fazendo movimentos que incitam o sexo, a cantar qualquer refrão que faça apologia à violência, à rebeldia, a condutas infratoras; usam o grito, os xingamentos e a agressão física e psicológica para “educar” o filho, não permitindo que ele fale ou que expresse seus argumentos; cobram do filho algo que eles mesmos não fazem, isto é, exigem respeito, mas não respeitam; dizem para o filho não fumar, mas fumam; recriminam a discriminação, mas são preconceituosos; permitem que o filho assista a quaisquer programas televisivos (independentemente do horário); preferem que o filho fique em casa em frente ao computador, viajando pelo mundo dos jogos virtuais (sem ao menos acompanhar o conteúdo dessa diversão que já virou vício) a passear ou brincar com ele, a fim de estreitar os laços que os unem; não se preocupam em oferecer um caminho religioso para o filho, deixando que ele cresça sem princípios cristãos, pois também não são afeitos a crenças; não exercitam a afetividade com o filho, achando que beijar, abraçar e dizer “eu te amo” é coisa ultrapassada. PAIS E/OU RESPONSÁVEIS CONSCIENTES: estimulam as crianças, ainda bem pequeninas a valorizar a arte: literatura , músicas de boa qualidade, pintura, teatro, danças que elevam o ser humano, despertando-lhes a sensibilidade; usam o diálogo, ouvem o que as crianças têm a lhes dizer e falam sobre o que julgam ser conveniente ou não, explicando-lhes o porquê de regras, as consequências de atos cometidos, além de utilizarem exemplos significativos a fim de que compreendam o recado que almejam transmitir. dão o exemplo de quais procedimentos acreditam ser mais apropriados para a convivência social: esperam a vez de o outro falar, respeitam as diferenças, evitam mostrar o vício que possuem para o filho (ou quando o fazem, explicam-lhe por que ainda não conseguiram se livrar dele e quais as consequências de tal malefício à saúde) etc.; determinam horários para o filho assistir à televisão ou a filmes; organizam seu tempo de modo a poder desfrutar da presença do filho para passear ou brincar com ele, assistir a uma apresentação dele —seja no futebol, no xadrez, no teatro, na música — ou ouvir o que ele tem a contar sobre os feitos na escola ou em casa; oferecem um caminho religioso para o filho, pois sabem que todo ser humano precisa acreditar em uma força maior, ter a quem recorrer nos momentos de aflição, de dúvida, de tristeza e a quem agradecer pelas dádivas recebidas; demonstram como o filho é importante em sua vida, através do carinho, da atenção, da conversa franca e necessária, dos abraços e beijos, da corrigenda nos momentos oportunos e da prática diária do amor sublime. Ó abre alas Que eu quero cantar Ó abre alas Que eu quero dançar Quero alegria Na terra e no mar Quero alegria Não quero chorar Ó abre alas Que eu quero cantar Ó abre alas Que eu quero dançar A festa é ouro Se souber brincar A festa é ouro Se souber brincar Marília Neves e Josimara Neves São Sebastião do Paraíso-MG e Região 1 de Março de 2014