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FABRICANTE
Alron, Lda - Fábrica da Ronal em Portugal
Qualidade desde o início
A Ronal é uma das maiores empresas de jantes que existem no mercado mundial.
Muitas dessas jantes têm o seu berço em Portugal, mais concretamente na fábrica de
moldes para jantes que a empresa tem no nosso país
A
Ronal tem diversas unidades de produção de
jantes espalhadas um pouco por todo o
mundo. Para além destas unidades, tem ainda duas outras que se dedicam em exclusivo
à produção de moldes (e outras ferramentas) para a
fabricação de jantes, sendo que uma delas está precisamente em Portugal.
Bem visível para quem circula na Auto-Estrada
A1 junto à saída para a Mealhada, a fábrica de moldes da Ronal, conhecida por Alron, Lda, é uma empresa de metalomecânica pura.
A REVISTA DOS PNEUS teve a oportunidade
de visitar esta estrutura e perceber como é que tudo
nasce em relação às jantes que a Ronal coloca no
mercado do primeiro equipamento e no aftermarket.
Depois de definido o desenho da jante (pela própria marca de automóveis), compete aos técnicos da
Ronal fazer um estudo técnico do molde, garantindo que o desenho escolhido para a jante é viável.
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DOS PNEUS
Avança então todo o projecto do molde que é depois passado à parte industrial.
Como é tradicional nestas coisas, o segredo é a
alma do negócio, pelo que fotos do interior da fábrica não foram possíveis tirar por questões de protecção da propriedade industrial.
Diga-se, porém, que não existem grandes diferenças entre esta unidade industrial e uma outra qualquer que fabrique moldes, já que o parque industrial é preenchido por um conjunto de enormes máquinas que têm a função de fresar, tornear, fundir,
entre outras tarefas industriais para se obter o molde
final.
Tudo começa no exterior e parte do interior da fábrica onde está a principal matéria-prima para a produção dos moldes: o aço. São “rolos” de aço em
bruto que depois são cortados para serem maquinados.
Ainda nessa zona, logo à entrada da fábrica, surgem centenas de moldes. É nesta fábrica da Ronal
que são guardados todos os moldes, muitos deles já
muito antigos, mas que estão catalogados caso seja
necessário um dia fazer uma nova série. Aliás, por
contrato com as marcas de automóveis, a Ronal tem
que guardar esses mesmos moldes.
De seguida entramos na fábrica propriamente
dita. Aqui existem máquinas de corte, torneamento,
furação e fresagem, controladas por computadores,
que desenham o “espelho” da jante no aço. Existe
ao lado um armazém de produto semi-acabado com
peças / elementos que servem para a estrutura do
molde.
Para se obter os resultados pretendidos, em todas
as fases em que o aço é trabalhado, existe um apertado controlo de qualidade. Detectado um problema
essa peça do molde é rejeitada. Raramente isso tem
acontecido nesta fábrica de moldes da Ronal, que
possui índices de rejeicção muitíssimo baixos.
Nesta fábrica existe como é óbvio um departamento de qualidade, que testa as peças dos moldes
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FABRICANTE
O MUNDO RONAL
Quando se fala da marca Ronal está-se necessariamente a falar de jantes, embora desde 1981 que
a empresa também fabrica divisórias para duche
(da marca SanSwiss).
Fundada em 1969, a RONAL foi uma das pioneiras no mercado mundial das jantes de liga leve.
Actualmente é uma empresa mundial, com presença directa em países como Suíça (onde tem a
sede), Portugal, Alemanha, Espanha, Estados Unidos, França, Itália, México, Polónia e República
Checa.
Com o objectivo de garantir a mais alta qualidade, a Ronal desenvolve e fabrica as suas próprias
ferramentas. Estas provêm de Cantanhede – Portugal e Härkingen – Suiça, com o seu centro de desenvolvimento e investigação próprio. Como resultado, a empresa garante um rápido desenvolvimento, alta qualidade e know-how no seu sector.
Trabalhando essencialmente para o primeiro
equipamento, praticamente todas as marcas de
automóveis são clientes da Ronal, o que coloca de
parte quaisquer dúvidas quanto à qualidade dos
produtos que fabrica.
As jantes de alumínio desenvolvidas pelo grupo,
com as marcas Ronal e Speedline Corse (marcas
próprias) baseiam-se nas exigências do aftermarket da indústria automóvel. Ambas as marcas
apresentam qualidade OEM. A sua estreita relação com o mercado, uma engenharia sofisticada, o
design dos produtos e a alta tecnologia, colocam
esta empresa como uma referência quando se
fala em jantes.
Num ano, a Alron produz
qualquer coisa como 200
moldes novos dos quais
30% são novos moldes!!!
por amostragem, bem como um departamento de
meteorologia (aferição e controlo das máquinas) e
ainda um departamento de ferramentaria, onde estão todas as ferramentas utilizadas para trabalhar o
aço, as quais são alvo de um constante desenvolvimento tecnológico que permite tempos de operação das máquinas mais curtos.
Um dos últimos sectores é o de acabamento de
superfícies. Aqui as máquinas usadas são muito pequenas e a destreza manual do operário é fundamental para se obter um resultado perfeito. Certas e
determinadas superfícies do molde só podem ser
terminadas por acção directa do operário, num processo similar ao de um ourives.
O último passado a dar é o da montagem dos diversos elementos do molde, que é no fundo um
puzzle com poucas mas muito pesadas peças. Montado, um molde pode pesar até 1.500 Kg (no limite)
tornando-se num peça de engenharia muito interessante, na qual são também adicionados os sensores
e tubagens (para refrigeração) que irão permitir um
controlo mais rigoroso no momento de produção
em série das jantes.
Um molde para uma jante pode demorar 4 horas
no corte, 6 horas no torno, 2 horas na furação, 24
horas na fresa 3D e cerca de 20 horas no acabamento de superfície (cada elemento do molde).
Toda a produção desta fábrica é destinada à exportação, já que em Cantanhede não se produzem
jantes, sendo que por semana são exportados cerca
de 10 moldes novos para as fábricas em Espanha,
Alemanha, Polónia e República Checa.
Num ano, a Alron produz qualquer coisa como
200 moldes novos dos quais 30% são novos moldes!!! Quer isto dizer que estes 30% dizem respeito
a novas jantes que irão equipar novos modelos de
automóveis, enquanto os restantes são novas séries
de moldes já existentes que permitem às fábricas de
jantes da Ronal a produção de mais jantes para um
modelo já existente.
Cada molde produz cerca de 10.000 jantes (equipa cerca de 2.500 carros) sendo que depois é feita a
manutenção do molde de modo a garantir a qualidade final do produto.
Nesta fábrica, com cerca de 20 anos de laboração,
na qual trabalham 76 pessoas, são também produzidas ferramentas de ajuda à produção de jantes.
Até 2013 as fábricas das Ronal têm a sua produção assegurada, existindo uma clara orientação para
as marcas de automóveis. Mais de 97% dos moldes
e jantes são produzidos para o primeiro equipamento, ficando apenas 3% para a produção de jantes de
marca própria, que são comercializadas depois no
aftermarket.
Para 2011 está previsto um novo investimento
nesta fábrica de produção de moldes, que rondará
os 3 milhões de euros. Novos equipamentos e um
novo layout fabril, permitirão modernizar esta estrutura industrial e aumentar a capacidade de resposta aos clientes. 3
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