www.primato.com.br INFORMATIVO Informativo bimestral Primato ¦ Ano XII ¦ Edição 156 ¦ Julho/Agosto 2012 ¦ Distribuição Gratuíta Trabalho e perseverança na suinocultura Crescer, com os pés no chão, investir na atividade com segurança. Esta é a “receita” da Família Mazzarollo, de Toledo. • Página 08 Plano Agrícola e Pecuário da safra 2012 2013 • Página 03 Primato, 15 anos de trajetória bem sucedida • Página 04 Produtores Destaque 2012: Desempenho no leite, na terminação e iniciação de suínos vale premiação Programa Fidelidade: movimentação comercial gera retorno ao cooperado • Página 14 • Página 2 Novo Código Florestal Texto é aprovado, mas Congresso discute alterações Importância da ambiência na suinocultura • Página 11 • Página 12 2 I N F O R M AT I V O P R I M AT O • J u l h o / A g o s t o 2 0 1 2 MENSAGEM DO PRESIDENTE CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO Presidente Ilmo Werle Welter Crescimento e solidez Vice-Presidente Elton Alceu Endler Secretário Moacir Jovino Scuzziato Fundada em 15 de julho de 1997, a Primato Cooperativa Agroindustrial tem trabalhado pela consolidação e diversificação de seus negócios e dos seus cooperados. O crescimento vem sendo gradativo, seguindo os valores e princípios éticos do cooperativismo, com base no planejamento estratégico. Conselho de Administração Círio Kunzler Ervino Scheufele Leocir Pedro Maltauro Maurílio Pereira Silva Narciso Ferrari Paulo Luiz Nodari Conselho Fiscal Albino Mazzarollo Cezar Luiz Dondoni Ireno Waldow Jorge Fyderecheski Leoni Heck Arnhold Nelson Minozzo Os cooperados são a razão do negócio e o foco é buscar o resultado positivo. Diretor Executivo Anderson Léo Sabadin Para 2012, temos projetos aprovados na AGO. Entre eles, estão a conclusão UNIDADES DE ATENDIMENTO da segunda linha de produção e expedição da indústria de alimentos para animais, ampliação da estrutura de recebimento de grãos, instalação de indústria de derivados de frutas e a abertura de nova unidade de supermercado. Estas ações representam investimentos de R$ 10 milhões, por meio do Programa de Capitalização de Cooperativas Agropecuárias (Procap). Os projetos visam solidificar a Cooperativa, por meio de trabalho realizado com seriedade, em bases sólidas, éticas e profissionais para crescer cada vez TOLEDO – Supermercado Santa Maria Avenida Parigot de Souza, 4498 45 3056-7500 Responsável: Devair José Colombo Valdonei Mantovanello TOLEDO – Supermercado Vila Industrial Rua Santo Campagnolo, 1305 45 3056-7512 Responsável: Antônio Cézar Robim Marcelo José Batista TOLEDO – Indústria de Alimentos para Animais Rod. PRT 163 – Trecho Toledo a Três Bocas 45 3056-7505 Encarregado: Ilvandir José Tedesco TOLEDO – Centro de Distribuição e Logística Rod. PRT 163 – Trecho Toledo a Três Bocas 45 3056-7505 Encarregado: Ilvandir José Tedesco mais. Ilmo Werle Welter Presidente Programa Fidelidade: movimentação comercial gera retorno ao cooperado Devolver parte do resultado obtido com os cooperados pela sua fidelidade comercial na Primato. Este é o objetivo do Programa Fidelidade, que deverá distribuir aproximadamente R$ 150 mil em insumos, a partir de dezembro de 2012, com prazo de retirada de um ano. O repasse é proporcional à movimentação TOLEDO – Agropecuária e Agrícola Avenida Parigot de Souza, 3026 45 3055-3025 Encarregado: Leonardo Campos Vicente com a Cooperativa. Tem como base a aquisição de produtos nas agropecuárias, contratação de serviços veterinários e agronômicos, entrega da produção e compras nos supermercados. A movimentação é considerada no período de 1º de dezembro de 2011 a 30 de novembro de 2012. CATANDUVAS - Agropecuária e Agrícola Avenida Paraná, 414, esq. com Rod. PR 471 45 3234-1838 Encarregado: Jads Ribeiro da Rosa GUARANIAÇU - Agropecuária e Agrícola Avenida Ivan Ferreira do Amaral, 963 - Centro 45 3232-1119 Encarregado: Jads Ribeiro da Rosa LARANJEIRAS DO SUL - Agropecuária e Agrícola Avenida Ivan Ferreira do Amaral, 963 - Centro 45 3635-6775 Encarregado: Claudinei Zeni NOVA SANTA ROSA - Agropecuária e Agrícola Avenida Horizontina , 1956 45 3253-1142 Encarregado: Claudiano Ferler SÃO PEDRO DO IGUAÇU - Agropecuária e Agrícola Avenida São Paulo, 549 - Centro 45 3255-1754 Encarregado: Maycon de Lima Carneiro VERA CRUZ DO OESTE - Agropecuária e Agrícola Avenida Antônio Vilas Boas, 433 45 3253-1142 Encarregado: Maycon de Lima Carneiro Expediente INFORMATIVO PRIMATO O Informativo Primato é uma publicação bimestral, elaborado pela Assessoria de Comunicação da Primato Cooperativa Agroindustrial, diagramado por Dheison Mattes. Jornalista Responsável: Maristela A. de Moraes DRT/PR 2065 E-mail: [email protected] Tiragem: 2.000 exemplares Edição 156 – Julho/Agosto 2012 I N F O R M AT I V O P R I M AT O • J u l h o / A g o s t o 2 0 1 2 3 AGRICULTURA Plano Agrícola e Pecuário da safra 2012 2013 Redução de juros e aumento da cobertura do Proagro são algumas medidas Análise da Ocepar aponta os principais pontos que constam no Plano Agrícola e Pecuário (PAP) da safra 2012/13, anunciado no dia 28 de junho, pelo governo federal. Para a entidade, são consideradas positivas medidas como a redução das taxas de juros de crédito rural; o aumento da cobertura do Proagro de R$ 150 mil para R$ 300 mil por safra; a elevação do montante de recursos de R$ 2 bilhões para R$ 3 bilhões para o Procap Agro e a mudança do limite de financiamento do Procap Agro Giro de R$ 25 milhões Medidas Anunciadas 1. Montante de recursos Aumento de 7,5% no montante total de recursos de crédito rural para a safra 2012/13, passando para R$ 115,25 bilhões, para a agricultura comercial, comparado com a safra 2011/12, quando foram disponibilizados R$ 107,24 bilhões. Do total de R$ 115,25 bilhões destinados a agricultura comercial R$ 93,9 bilhões são com juros controlados e R$ 21,3 bilhões a juros livres. 2. Juros As taxas de juros de crédito rural para a safra 2012/13 foram reduzidas em 1,25% em relação a safra 2011/12: Crédito de custeio e comercialização agricultura comercial - 5,50% ao ano. Programa de Apoio ao Médio Produtor - 5,00% ao ano . Investimentos era de 6,75% ao ano 5,50% ao ano 3. Preços mínimos Para produtos amparados por Aquisições do Governo Federal (AGF) e Empréstimos do Governo Federal (EGF), o PAP 2012/13, manteve os preços mínimos para a maioria Aspectos que merecem adequação para R$ 40 milhões por cooperativa singular. Também são positivos o aumento do limite de financiamento do Prodecoop de R$ 60 para R$ 100 milhões por cooperativa singular, além da alteração do limite de financiamento de custeio por produtor de R$ 650 mil para R$ 800 mil por safra. das culturas, exceto para raiz de mandioca que teve aumento de 4,1% e para o milho nos estados do Mato Grosso e Rondônia, com aumento de 3,3%. culturas de milho, arroz e feijão. No caso de produtores localizados em municípios considerados de alta prioridade (lista no site do MAPA) será concedido aumento de 10 pontos percentuais na subvenção do prêmio de seguro para as culturas de soja, milho de primeira e de segunda safra, arroz e feijão. 4. PRONAMP – Programa nacional de apoio ao médio produtor rural O volume de recursos aumentou de R$ 8,31 para R$ 11,15 bilhões, acréscimo de 34%. 5. Proagro O teto de cobertura do seguro oficial, o Proagro, que na safra 2011/12 cobria até R$ 150 mil em crédito passou a garantir R$ 300 mil na safra 2012/13. Também a alíquota média dos prêmios do Proagro foi reduzida de 4% para 3%. 6. Seguro rural Aumento previsto dos recursos para subvenção do seguro rural de R$253,5 milhões para R$ 274 milhões, com aumento de 8% em relação a safra anterior (governo espera aplicar R$ 400 milhões). Para produtores enquadrados no Pronamp será concedido um aumento de 10 pontos percentuais nas alíquotas de subvenção do prêmio do seguro rural para as 7. Programas de investimento O montante de recursos ofertados para programas de investimento na safra 2012/13 é de R$ 28,3 bilhões, com aumento de 4,8% em relação à safra 2011/12. 8. Programas de interesse das cooperativas Total de recursos: Prodecoop + Procap Agro = R$ 5,00 bilhões Pontos positivos 1. Redução das taxas de juros de crédito rural. 2. Aumento da cobertura do Proagro de R$ 150 mil para R$ 300 mil por safra. 3. Aumento do montante de recursos de R$ 2,0 bilhões para R$ 3,0 bilhões para o Procap Agro e aumento do limite de financiamento do Procap Agro Giro de R$25 para R$ 40 milhões por cooperativa singular. 4. Aumento do limite de financiamento do Prodecoop de R$ 60 para R$ 100 Por outro lado, a entidade considera que são necessárias ainda algumas adequações no PAP 2012/13, como o reajuste nos preços mínimos que não foram alterados, embora os custos de produção tenham aumentado ao longo do ano. Há ainda preocupação com a baixa disponibilidade de recursos para subvenção do seguro rural e a não implementação do Fundo de Catástrofe. Para a Ocepar, a taxa de juros de 9% ao ano do Procap Agro na modalidade Giro ficou muito elevada. milhões por cooperativa singular. 5. Aumento da renda bruta para enquadramento dos produtores Pronamp - passando de R$ 700 para R$ 800 mil por produtor, bem como o limite de financiamento de custeio por produtor de R$ 400 para R$ 500 mil por produtor. 6. Aumento dos recursos do Programa ABC - agricultura de baixo de carbono passando de R$ 3,15 para R$ 3,4 bilhões. 7. Aumento dos recursos do Prodecoop e do Procap Agro para o setor cooperativo de R$ 4,0 bilhões para R$ 5,0 bilhões. 8. Aumento do limite de financiamento de custeio por produtor de R$ 650 mil paraR$ 800 mi por safra. Pontos que mercem adequação 1. Os preços mínimos não sofreram reajustes embora os custos de produção tenham aumentado ao longo do ano. 2. Preocupação com baixa disponibilidade de recursos para subvenção do seguro rural e a não implementação do Fundo de Catástrofe. 3. A taxa de juros do Procap Agro na modalidade Giro ficou muito elevada (9%ao ano). 4. Implementação efetiva das medidas anunciadas o mais breve possível. Fonte: Ocepar 4 I N F O R M AT I V O P R I M AT O • J u l h o / A g o s t o 2 0 1 2 PRIMATO 15 ANOS Primato, 15 anos de trajetória bem sucedida Fundada em julho de 1997, a Primato Cooperativa Agroindustrial vem consolidando-se em suas atividades, mostrando-se cada vez mais sólida e em busca da diversificação. O foco é promover o desenvolvimento dos cooperados. Atualmente a Primato conta com unidades agropecuárias nos municípios de Toledo, Nova Santa Rosa, Catanduvas, Guaraniaçu, Laranjeiras do Sul, São Pedro do Iguaçu e Vera Cruz do Oeste. Conta também com a indústria de alimentos para animais, na qual são produzidos alimentos para animais com a marca Prima Raça; duas unidades de supermercados; centro de distribuição logístico próprio. Com cerca de 2.000 associados, em 2011 a Primato fechou com um faturamento de R$ 119 milhões. A Cooperativa é dona de 14% da Central Frimesa, para a qual são entregues mensalmente mais de 2,5 milhões de litros de leite e 17 mil cabeças de suínos.Este volume representa em torno de 22% de tudo o que a Frimesa industrializa. Pautada em seu planejamento estratégico, tendo em vista o fortalecimento das atividades a Primato tem planos de expansão, como a conclusão da segunda linha de produção e expedição da indústria de alimentos para animais, ampliação da estrutura de recebimento de grãos, instalação de indústria de derivados de frutas e a abertura de nova unidade de supermercado. Os projetos visam solidificar a Cooperativa, por meio de trabalho realizado com seriedade, em bases sólidas, éticas e profissionais para crescer cada vez mais. III Workshop Primato Espetáculo do Circo Ático integra a programação. Para marcar mais um aniversário, realiza-se o III Workshop Primato. Serão realizadas palestras em todas as unidades, visando reunir os cooperados dos diversos segmentos, de gado de corte, suínos (iniciação e terminação), gado de leite e peixes, todas elas em parceria com os fornecedores da cooperativa. O ponto alto da programação do III Workshop Primato será um grande evento no dia 21 de julho, no Teatro Municipal de Toledo, com palestra que será ministrada por Luiz Antônio Pinazza, com o tema “Cadeias Produtivas no Agronegócio”. A programação será iniciada às 19h, com recepção dos convidados com coffee break, seguindo-se apresentação cultural do Circo Ático. Após a palestra, haverá show com o cantor Paulo Merisio e Banda. No término do evento cada participante ganhará uma garrafa de vinho da Vínicola Primato. Programação 21/07/12 19h - Recepção com coffee break 19h30 - Apresentação Cultural: Circo Ático - Espetáculo “Depois desse dia” 20h30 - Palestra Cadeias produtivas no agronegócio Palestrante Luiz Antonio Pinazza 21h45 - Show Paulo Merisio e Banda Local: Teatro Municipal de Toledo 6 I N F O R M AT I V O P R I M AT O • J u l h o / A g o s t o 2 0 1 2 MERCADO Por Mauro Strey Kramer - Gerente Comercial da Frimesa Carne Suína: A expectativa que se tinha na recuperação dos preços de venda da carne suína durante o mês de maio não se confirmou, ao contrário, houve inclusive redução em alguns momentos. Os preços por quilo do animal vivo se mantiveram muito voláteis, oscilando ao redor dos R$ 2,00, o que não permitiu uma sequência de ajustes a fim de elevá-los pelo menos a posições que suportassem o custo de produção. Custo este que tem variado entre R$ 2,30 e R$ 2,40 e, apesar de alguns insumos sofrerem queda de preço, como é o caso do milho, outros aumentaram, como é o caso do farelo de soja e das farinhas de carne. A principal razão pela qual as cotações do animal vivo se mantiveram em baixa foi e continua sendo o excesso de oferta. Os baixos preços de venda da carcaça suína e dos cortes in natura no mercado doméstico estão refletindo diretamente naquelas cotações. A redução dos preços da carne bovina e de frango também ajudaram a manter em baixa a carne suína. Para o mercado externo, mesmo com o aumento na taxa de câmbio podendo ajudar muito desde que os preços em dólar não caiam, não resolve se o Brasil não conseguir exportar por causa de outras restrições. Mercados como o russo e o argentino continuam restringindo a entrada da carne suína brasileira, motivando a maior oferta para outros mercados não tão atrativos economicamente e, principalmente, ao mercado interno. Cada vez mais podemos observar que a solução para a sustentação da cadeia de produção da carne suína está nos modelos de negócio baseados nos sistemas de integração, onde o destino final da carne seja a transformação em produtos industrializados de valor agregado. As indústrias que hoje têm sua matriz de produção baseada em transformação são as que estão sofrendo menos com esta crise, já que dependem de poucos itens derivados do suíno que não são passíveis de transformar em larga escala, como a costela, o carré, a sobrepaleta e o filezinho, por exemplo. O necessário equilíbrio entre a oferta e a demanda de carne suína, em nossa opinião, só virá com o aumento do consumo dos produtos industrializados já que, para o brasileiro, a carne suína in natura é apenas a terceira na preferência de consumo, atrás da carne bovina e da carne de frango, respectivamente. A redução no desemprego e o aumento na renda da população já estão influenciando o aumento no consumo de muitas categorias e no médio/longo prazo o consumo da carne suína e seus derivados também será afetado por esta influência. Até isso acontecer, o desafio será sobreviver neste atual ambiente de turbulência. Leite e Derivados: Historicamente, na estação do inverno as indústrias de leite conseguiam chegar ao equilíbrio do negócio, inclusive deixando algum resultado para a temporada. Neste ano o que se percebe é que os preços de venda nem chegaram a alcançar os valores recebidos no ano passado e já temos sinais de redução nos mesmos. Na expectativa de que o histórico pudesse se repetir, muitas indústrias sustentaram preços elevados para a matéria-prima, para evitar o risco de evasão de produtores e a falta de leite. A frustração está justamente nesta alteração da dinâmica histórica nesta temporada, onde na entressafra temos preços de venda do leite e seus derivados em baixa e custo do leite in natura elevado. Explica-se esta alteração pelo simples fato que nesta entressafra não estão faltando produtos acabados para atender a demanda, principalmente os queijos. As importações recordes deste e outros produtos, chegaram a preços muito competitivos impedindo que o produto nacional obtivesse a valorização esperada. Algumas categorias de derivados não sofrem este impacto, como é o caso dos refrigerados lácteos iogurtes e bebidas, porém, representam pouco volume no mix total de produção e consumo. Leite longa vida, leite em pó, queijos mussarela e prato e leite pasteurizado são os produtos com maior peso no mix de produção e consumo e os mais impactados. O que vem pela frente é o ajuste nos preços de compra do leite in natura, e a queda deve ser acentuada. A venda dos estoques de produtos acabados que as indústrias têm deve aumentar a disponibilidade e influenciar negativamente os preços de venda, apertando ainda mais a situação das indústrias. O clima frio do inverno pode amenizar um pouco a situação, estimulando um aumento no consumo, mas não o suficiente para reverter a queda nos preços de venda e a consequente redução dos preços de compra do leite cru. Para piorar um pouco mais, as importações continuam a pleno vapor, mesmo com a valorização do dólar. Fonte: Revista Frimesa – Ed. 54 I N F O R M AT I V O P R I M AT O • J u l h o / A g o s t o 2 0 1 2 7 SAFRINHA Paraná colhe o maior volume de milho safrinha de todos os tempos mento de Economia Rural (Deral) da Secretaria estima que mais da metade da produção de grãos da safra 2011/12, será de milho. A pesquisa projeta uma safra de 31,5 milhões de toneladas de grãos, próxima à produção do ano passado, que atingiu 31,9 milhões de toneladas. O Paraná deve colher o maior volume de milho safrinha já produzido no Estado desde a década de 70, quando se iniciou o plantio do grão na segunda safra. Dados da Secretaria de Estado da Agricultura e do Abastecimento apontam que deverão ser colhidos 10,3 milhões de toneladas de milho, o que corresponde a um aumento de 62% sobre o volume de produção do mesmo período do ano passado. Com o desempenho da segunda safra de milho, o Departa- Em Toledo Nos 20 municípios que compõem a abrangência do escritório regional da Secretaria de Estado de Agricultura e Abastecimento(Seab), deverão ser colhidos 2.285.800 toneladas. A área total de plantio do milho safrinha nestes 20 municípios é de 419.556 hectares. Isto representa cerca de 12% a mais do que no ano passado, quando foram plantados 375.655 hectares. O rendimento esperado é maior do que no ano passado, informa o técnico do Departamento de Economia Rural(Deral), João Luiz Nogueira. A previsão é de 5.500 quilos hectares, enquanto na safrinha passada a produtividade foi de 3.800 quilos por hectare. Em Toledo neste ano foram plantados 59 mil hectares, nove mil a mais que em 2011. A produção no município é prevista em 324.500 toneladas. Preços A maior oferta de milho no mercado faz com que os preços do produto estejam em níveis menores do que no ano passado. Os fatores que levam a isso são o maior volume de produção da safra brasileira, a expectativa de safra cheia nos Estados Unidos e menor volume de exportação do produto brasileiro. “Tivemos aumento da área plantada e no país, o Paraná e outros estados também tiveram maior produção, o clima foi favorável à cultura, enfim, vários fatores contribuíram para aumentar o volume produzido. São fatores que exercem pressão negativa sobre os preços do milho no mercado e a não ser que aconteça algum problema climático muito sério, pode quebrar a produção e aí melhorar o preço”, analisa Nogueira. 8 I N F O R M AT I V O P R I M AT O • J u l h o / A g o s t o 2 0 1 2 COOPERADO DESTAQUE Trabalho e perseverança na suinocultura Crescer, com os pés no chão, investir na atividade com segurança. Esta é a “receita” da Família Mazzarollo, de Toledo. Com moradia fixada há 27 anos em propriedade rural no Recanto Municipal, na saída para Ouro Verde do Oeste, os Mazzarollo já trabalharam com produção de leite e atualmente se dedicam ao cultivo de grãos e à suinocultura. A opção pela suinocultura – há cerca de 20 anos aconteceu por um problema de saúde do produtor Clarindo. A esposa, Denise, que sempre esteve ao lado, na lida com as atividades, conta que a decisão foi tomada rapidamente e o produtor vizinho adquiriu o lote fechado dos animais. “Com a venda das vacas fizemos alguns investimentos na estrutura. Começamos com seis matrizes de suínos e trabalhamos no ciclo completo de produção”, completa Clarindo. Aos poucos, a atividade foi crescendo. Um passo de cada vez – uma construção aqui, outro investimento ali. Foram investindo conforme sobrava o dinheiro com as atividades. “Investimos recursos próprios, conforme sobrava da própria criação e da lavoura. Sempre fugimos dos financiamentos”, relata o produtor. Com o passar dos anos, a suinocultura foi ganhando maior proporção, com aumento do rebanho e da produção. A rentabilidade na atividade sempre teve altos e baixos, mas já houve períodos de lucros bem expressivos. “Tivemos épocas muito boas com a atividade, em que sobrava entre R$ 35,00 a R$ 40,00 por animal, os insumos eram mais baratos, facilitando para continuar investindo”, contabiliza o produtor. A sequência de períodos bons de produção, na lavoura e na suinocultura, possibilitou a aquisição de mais seis alqueires de terra – que se somaram aos cinco que a família já possuía – máquinas, equipamentos. A Granja Mazzarollo trabalhou no ciclo completo de produção de suínos até por volta do ano 2000. Foi nesta época em que se iniciou o sistema integrado de suinocultura e a opção foi pela iniciação de suínos. O trabalho sempre foi feito em família. Clarindo e Denise se dividiam nas tarefas diárias. “Até que tínhamos 54 celas de maternidade, com cerca de 260 fêmeas, trabalhamos os dois. Fazíamos silagem, preparava ração no misturador e todos os outros serviços. A gente jantava e depois voltava cuidar da criação”, relembra Denise. Depois desta época, contrataram o primeiro funcionário. A atividade foi evoluindo e atualmente a granja possui cerca de mil matrizes. Nove funcionários ajudam o casal. Há cerca de cinco anos, o genro Márcio passou a fazer parte da família e trabalha na atividade, além da filha Tatiane – formada em Administração -, que depois de ter tido o primeiro bebê cuida apenas dos controles. O investimento na tecnologia é fundamental, ressalta o produtor. “Hoje está mais tranqüilo. É tudo programado. Trabalhamos com a central de inseminação – uma das melhores decisões que tomamos - e isso Lote de leitões, com quase 60 dias facilitou muito. Diminuiu a mão de obra. As tecnologias avançaram e ajudam muito”, salienta. De qualquer modo, o empenho no trabalho é constante na granja, em busca de mais qualidade e produtividade. “Temos plantão de 24 horas na maternidade, enfim, a dedicação é constante”, relata Denise, que mesmo com o aumento do número de funcionários, ainda se dedica à criação. A produção da granja é em torno de 28 leitões/porca/ano. “Os leitões saem da propriedade com aproximadamente 60 dias de vida, com peso de 21,5 quilos”, explica. Os Mazzarollo continuam investindo nos negócios. Recentemente foram ampliadas as instalações e a intenção é buscar cada vez mais o aprimoramento. No desenvolvimento das atividades, Clarindo destaca a importância da Cooperativa. “Sempre fui cooperativista. Fui cooperado na extinta Coopagro e desde o início estou na Primato, há 15 anos. A Cooperativa representa um apoio, na verdade, trabalhamos na empresa que é nossa. Ela é o suporte, que nos direciona em nossas atividades ”, destaca. Denise e Clarindo, união para a vida e lida diária I N F O R M AT I V O P R I M AT O • J u l h o / A g o s t o 2 0 1 2 9 SUÍNOCULTURA Suíno certificado Frimesa inicia programa para garantir processos de toda cadeia produtiva O consumidor está cada vez mais exigente. Busca produtos com qualidade garantida e não somente em aspectos que podem ser identificados no momento da compra. Para garantir que o que está descrito corresponde à realidade, foram criados alguns mecanismos de garantia da qualidade, que é a certificação. Para se ter ideia, em países como Itália, França ou Espanha, são amplamente comercializados produtos alimentícios que possuem certificação. Além de ser bonito, apresentar odor agradável e textura adequada, os alimentos têm que apresentar garantias como estar livre de resíduos e contaminações, algo que é difícil de ser identificado durante a seleção do alimento no supermercado. O comentário é das Doutoras em medicina Veterinária Carmem Cortada e Roberta Züge. Segundo elas, outros requisitos, além dos relativos à qualidade e sanidade do alimento, também estão sendo solicitados. Referem-se ao processo de produção do alimento. Isto é, como foi cultivado ou, no caso animal, como este foi criado e o alimento processado. Não apenas para garantir a qualidade do produto, mas também para garantir a qualidade da produção. Assim, requisitos de bem-estar animal, respeito ao ambiente e questões sociais, estão sendo demandados intensamente, explicam as médicas veterinárias. Aí é que entra a certificação. Tendo em vista esta demanda internacional de garantia da qualidade dos alimentos, as doutoras Carmem e Roberta ressaltam que no Brasil estão sendo iniciados alguns processos no sentido de poder garantir e competir no mercado mundial. O objetivo é demonstrar a qualidade e sanidade dos seus produtos agropecuários. Suíno Certificado Frimesa Conforme matéria publicada em sua Revista de nº 54, a Frimesa e duas cooperativas filiadas implantaram o programa suíno certificado em duas unidades produtoras de leitões e alguns terminadores. A finalidade é adequar o campo para a obtenção da certificação da carne suína que é produzida na Central Frimesa. O programa está em desenvolvimento e visa dar garantia de que os requisitos de qualidade do produto e do processo estão sendo cumpridos, garantindo o controle em todas as etapas. A próxima etapa da implantação do programa piloto será nas demais cooperativas filiadas, entre elas, a Primato. Com informações da Revista Frimesa nº 54. 10 I N F O R M AT I V O P R I M AT O • J u l h o / A g o s t o 2 0 1 2 TREINAMENTO Segurança e Saúde no Trabalho: colaboradores da Primato recebem treinamento Treinamento prático de primeiros socorros. Colaboradores da Indústria de Alimentos para Animais e integrantes da CIPA participaram do treinamento com o tema Riscos de Acidentes no Ambiente de Trabalho, nos dias 11 e 13 de junho, ministrado pelo engenheiro agrícola e de segurança no trabalho e mestre em Engenharia de Produção, Dimas José Detoni, e pela enfermeira do trabalho, Ivanilde Vaniski. Despertar o pensamento preventivo, enfocar situações que envolvem as atividades do dia a dia dos trabalhadores, por meio de uma abordagem teórico e prática, destacar os riscos dos processos operacionais e administrati- vos que têm relação com a segurança e saúde do trabalhador. Este foi o objetivo do treinamento, destacou o engenheiro de segurança no trabalho, Dimas José Detoni. Foram trabalhados os conceitos de risco e perigo, classificando os riscos nas diversas categorias (físico, químico, biológico, ergonômico e de acidentes), de acordo com a ocorrência destes nos ambientes laborativos. E ainda, as técnicas de inspeção para identificação desses riscos e aspectos administrativos relacionados com o cumprimento da legislação aplicável (NR-05). O grupo teve uma participação muito efetiva, demonstrando a seriedade com a qual a Primato trata a questão da segurança e saúde dos trabalhadores, avalia Detoni. “A oportunidade que a Cooperativa oferece aos seus trabalhadores em promover os treinamentos relacionados com a área de segurança e saúde reafirma o compromisso com a melhoria da qualidade de vida no trabalho.” Saúde A enfermeira do trabalho Ivanilde Vaniski ressalta que a capacitação proporciona aos participantes reconhecer e agir, prestar socorro de forma segura, oportuna e eficaz nas principais emergências potencialmente fatais e situações de primeiros socorros. Orienta também sobre como trabalhar de forma organizada, abordando sobre a higiene e prevenção de doenças sexualmente transmissíveis(DSTs). “Todos os aspectos trabalhados visam capacitar aos colaboradores intervir de forma eficiente e trabalhar a segurança no âmbito de todas as atividades realizadas na empresa, para a melhora da qualidade de vida dos trabalhadores e consequentemente, proporcionar retorno para a empresa”, salienta Ivanilde. 0 0 0 0 0 0 0 0 0 5000 I N F O R M AT I V O P R I M AT O • J u l h o / A g o s t o 2 0 1 2 11 CÓDIGO FLORESTAL Novo Código Florestal Texto é aprovado, mas Congresso discute alterações Após quase 20 anos de discussão, foi sancionada no dia 25 de maio a lei nº 12.651/12, que trata do Novo Código Florestal. A lei publicada é significativamente diferente daquela aprovada no Congresso Nacional, amplamente discutida e negociada na Câmara dos Deputados. O texto que havia sido aprovado na Câmara dos Deputados sofreu 12 vetos. Além disso, uma Medida Provisória(MP) foi criada pelo Poder Executivo para regulamentar o novo Código e promoveu 32 outras modificações. Uma Comissão Mista, formada por senadores e deputados, está analisando a MP, que recebeu Mudanças A principal mudança é a que cria regras diferentes de recomposição de APP (Área de Proteção Permanente), em margem de rios de acordo com o tamanho de cada propriedade e dos cursos d’água. Na prática, continua a obrigar todos a recomporem, mas torna a lei mais branda para os pequenos, viabilizando a recomposição. Esta questão constava no artigo 61, totalmente vetado e um dos mais polêmicos durante a discussão no Congresso. O texto final aprovado pela Câmara, em abril, suprimiu a definição de faixas de recomposição para rios maiores de 10 metros, entendendo que esta definição deveria ser escopo do Programa de Reguralização Ambiental (PRA) a ser construído pelos estados. Pela nova proposta do governo, voltam as faixas de preservação sendo cada uma delas de acordo com o tamanho da propriedade. Com isso, a nova legislação fica da seguinte forma: - Propriedades de até 1 módulo: Recomposição de 5 metros, não ultrapassando 10% da propriedade. - Propriedades de 1 a 2 módulos: Recomposição de 8 metros, até 10% da propriedade. - Propriedades de 2 a 4 módulos: Recomposição de 14 metros, não ultrapassando 20% da propriedade. - Propriedades de mais de 4 módulos: Recuperação de 30 a 100 metros. 600 emendas - um número recorde. O Congresso terá até outubro para decidir as alterações. Segundo as lideranças do sistema cooperativista, embora não atenda totalmente à expectativa do setor produtivo, o novo Código trouxe avanços, mas depende de definições importantes. No Paraná 90% das propriedades são inferiores a 4 módulos De acordo com a Federação da Agricultura do Estado do Paraná(Faep), cerca de 90% das propriedades paranaenses contam com área inferior a quatro módulos fiscais. São 474.066 imóveis com até quatro módulos fiscais, que perfazem 7,9 milhões de hectares. No Brasil, há 4,6 milhões de imóveis com até quatro módulos fiscais. A instituição ainda não conseguiu mensurar o impacto da MP do Código Florestal nas propriedades do Estado, em virtude das particularidades de cada área. 12 I N F O R M AT I V O P R I M AT O • J u l h o / A g o s t o 2 0 1 2 ARTIGO TÉCNICO Importância da ambiência na suinocultura Por: Equipe Técnica da Primato Um dos grandes desafios da pecuária moder- físicos e constitui-se em um dos responsáveis sonora e ambiental, como ausência de gases na está relacionado à exploração do máximo pelo sucesso ou fracasso da produção animal. tóxicos). potencial genético do animal, tanto no aspecto Ambiência é a definição de conforto baseada Fatores ambientais externos e o microclima dentro produtivo quanto reprodutivo. Durante muitos no contexto ambiental, quando se analisa as das instalações exercem efeitos diretos e indiretos anos a busca da máxima eficiência na produção características de meio ambiente em função da sobre a produção animal em todas as fases de animal esteve voltada para o atendimento das zona de conforto térmico da espécie, associado produção e acarretam redução na produtividade, necessidades de manejo, sanidade, genética e a características fisiológicas que atuam na com conseqüentes prejuízos econômicos. nutrição. Mas atualmente, os avanços obtidos regulação da temperatura interna do animal. O conhecimento das respostas ou adaptações nestas áreas têm sido limitados pelos fatores Também, a ambiência leva em conta o fisiológicas dos animais relacionados ao ambiente ambientais, principalmente pelo ambiente ao bem-estar dos animais (minimização dos térmico nos permite a tomada de medidas e/ou qual os animais são submetidos. fatores estressantes como densidade animal, alteração de manejo, da nutrição, instalações e conforto e possibilidade de realizar seu equipamentos, objetivando a maximização da comportamento nato, ausência de poluição atividade. O ambiente pode ser definido como a soma dos impactos dos circundantes biológicos e Conforto térmico A produtividade ideal pode ser obtida quando os animais estiverem submetidos a uma zona de termoneutralidade, sem desperdício de energia para compensar o frio ou dissipar calor para diminuir a temperatura corporal que levará a perdas na produção. Quando a temperatura do ar encontra-se abaixo da zona de conforto, os animais precisam aumentar a produção de calor metabólico que prejudicará a sua eficiência alimentar. Por outro lado, quando a temperatura do ar encontra-se acima da zona de conforto térmico, o animal irá reduzir o consumo de alimento para diminuir a produção de calor metabólico, afetando assim o seu desempenho. Também, por aumentar a circulação periférica, os animais irão diminuir a circulação de sangue visceral que pode acarretar em problemas reprodutivos e diminuir a produção de leite. As trocas de energia térmicas do animal para o meio se dão na forma de calor sensível: condução, convecção, radiação e por troca de calor latente: evaporação cutânea e respiratória. A troca de calor entre o animal e o meio ambiente através do fluxo de calor sensível depende da existência de gradiente de temperatura entre o animal e o meio, da velocidade do vento e da umidade relativa do ar. Já a perda de calor latente (evaporação) depende da porcentagem de umidade relativa do ar. Os mecanismos de dissipação de calor são influenciados não só pelos fatores climáticos e do meio circunvizinho, mas também pelos fatores intrínsecos ao próprio animal, como área da superfície corporal, cobertura pilosa, cor, emissividade, vaporização da pele e pulmão, condutividade térmica através de tecidos e fluxos periféricos, troca térmica através da água de bebida ou excretada. taxa respiratória, para aumentar a perda de calor por evaporação em menor concentração sanguínea de CO2 e conseqüente aumento do pH sanguíneo, que pode levar a morte dos animais. Quando os animais são confinados, diminuem as possibilidades dos animais trocarem temperatura com o meio, porque existe pouca possibilidade de manobra para ajustes comportamentais necessá- Instalações sujas, com presença de cascão e gases, podem ocasionar enfermidades e perdas produtivas. Em machos, o estresse calórico resulta na queda da libido, diminuição do volume da ejaculação e do número de espermatozóides e no aumento de espermatozóides com anomalias. Já nas fêmeas, maior taxa de retorno ao cio, maior taxa de morte embrionária e nascimento de leitões mais leves. Aumento da rios para a manutenção da homeostase térmica. Neste sentido, a condição ambiental deve ser manejada para evitar os efeitos negativos sobre o desempenho produtivo e reprodutivo. Qualidade do ar A qualidade do ar nos sistemas de criação está diretamente relacionada ao metabolismo dos suínos, liberando diretamente para o ar, calor, umidade e dióxido de carbono provenientes da respiração, gases oriundos da digestão e poeira. Indiretamente, outros produtos são liberados para o ar provenientes dos dejetos, como calor, umidade, gases da digestão aeróbica e anaeróbica da cama e dejetos, e poeira liberada pelos arredores, pelo piso e pela ração, principalmente quando existem sobras e desperdício. A ocorrência dos agentes ambientais nas instalações pode estar relacionada também a limpeza (presença de cascão), falta de cuidados com os animais, falta de ventilação e circulação de ar, o que favorece o estabelecimento de processos como combustão ou fermentação e geração de gases tóxicos. Os gases de maiores interesses para a suinocultura são a amônia, dióxido de carbono e hidrogênio sulfídrico. Duas de suas dimensões apresentam grande significância, qual seja: o nível da concentração incidente e o tempo de permanência. Amônia (NH3) Gás incolor, de odor acre (normalmente detectada pelo homem em concentração ao redor de 20 ppm), tóxico e mais leve que o ar. É um poluente resultante da decomposição microbiana de compostos nitrogenados excretados, no caso de suínos, a uréia existente na urina destes animais é a principal fonte, e emitida na sua I N F O R M AT I V O P R I M AT O • J u l h o / A g o s t o 2 0 1 2 forma volátil para o ar. Possui alta solubilidade em água. Nos suínos, a NH3 é associada com redução do apetite, (Stombaugh et al., 1969) e problemas na respiração devido à ocorrência de atrofia de cornetos em leitões (Robertson et al., 1990). Lott (2003) descreve que este gás na concentração de 25 ppm causa paralisação parcial das atividades dos cílios, deixando de eliminar agentes que podem causar enfermidades do sistema respiratório, como partículas de poeira, bactérias, fungos e vírus, e em níveis superiores a 50 ppm pode ocorrer a total paralisação e até a destruição de alguns cílios, comprometendo ainda mais a saúde dos animais, implicando em dificuldades respiratórias e criação de condições para a instalação de doenças respiratórias e, consequentemente no crescimento dos animais. Barker et al. (2002) descrevem que em suínos expostos a 50 ppm de NH3 já se verifica redução no seu desempenho. Drummond et al. (1980) encontraram redução no ganho de peso diário de até 30% em suínos expostos durante quatro semanas às concentrações acima de 50 ppm de NH3, quando comparados com os suínos mantidos sob controle, abaixo de 20 ppm. Para o maior conforto e segurança dos criadores e animais, recomenda-se que os níveis de NH3 não ultrapassem os 10 ppm. Monóxido de Carbono (CO) É um gás inodoro, incolor e menos denso que o ar. O CO é um poluente local e que se forma toda vez que o carbo- 2000). Barker et al. (2002) descrevem que suínos expostos entre 200-250 ppm de CO ficam menos ativos e acima de 1500 ppm são ocasionados abortos, natimortos e redução no desenvolvimento de suínos em creche e terminação. 13 O H2S é gerado a partir da decomposição anaeróbia dos dejetos, quando este é estocado por algum tempo, sendo que sua presença nas instalações para animais normalmente é em concentração inferior a de outros gases poluentes, como NH3 e monóxido de carbono (CO). Le Dividich (1982) descrevem que o H2S já é percebido na concentração de 0,01 ppm e entre 50 a 200 ppm ocasiona perda do apetite, fotofobia, vômitos e diarréia aos animais. Barker et al. (2002) descrevem que a exposição a 200 ppm de H2S pode ocorrer edema pulmonar, dificuldade respiratória e até a morte do animal. Considerações finais Instalações limpas, ideal para a sanidade animal. no é queimado com insuficiência de oxigênio. É considerado um asfixiante químico que tem uma afinidade química com a hemoglobina superior ao oxigênio, impedindo o transporte deste (MORES, T, imput Saliba & Corrêa, Hidrogênio Sulfídrico (H2S) Também conhecido como gás sulfídrico é um gás incolor de odor forte, tóxico, mais denso que o ar, considerado um dos gases mais perigosos à saúde dos animais (Verstegen et al., 1994). A produtividade intensiva da suinocultura encontra alguns pontos de estrangulamento para expressar em sua totalidade o potencial, em virtude da interação genético-nutricional-ambiental. Com o confinamento e aumento na concentração de animais aumentam também as concentrações de gases e bactérias que podem ocasionar enfermidades, além de perdas produtivas. É necessária a implementação de manejos e limpeza que favoreçam a circulação e troca do ar, de forma a não permitir o acúmulo de gases e bactérias no interior das instalações. 14 I N F O R M AT I V O P R I M AT O • J u l h o / A g o s t o 2 0 1 2 GERAL Produtores Destaque 2012: Desempenho no leite, na terminação e iniciação de suínos vale premiação Instituído há quatro anos, o Prêmio Destaque Primato vai premiar os produtores de maior destaque de 2012. Em terminação de suínos, serão premiados os três melhores de toda a Cooperativa, tendo como base a média ponderada da conversão. Serão avaliados os três últimos lotes. Também serão premiados os cooperados na categoria de iniciadores de suínos. A classificação é feita com base nos itens: sanidade, taxa de reposição, taxa de parto, leitões nascidos vivos/porca ano, leitões desmamados porca/ano, leitões vendidos, porca/ano, inovação tecnológica, central de inseminação gestação climatizada e gerenciamento automatizado da granja. Haverá premiação para os três produtores destaque na área de leite, abrangendo toda a Cooperativa. A avaliação é baseada na qualidade do leite, nos índices de CCS(contagem de células somáticas), CBT(contagem bacteriana total) e gordura. A premiação do final do ano também contempla o cooperado destaque e o cliente destaque de cada unidade, sendo levado em conta o volume de compras na Cooperativa. Premiação aos colaboradores A Primato também premiará o Colaborador Destaque de 2012, escolhido entre todas as unidades da Cooperativa. A indicação é feita com base em critérios pré-definidos, como produtividade, organização, assiduidade, iniciativa, relacionamento, formação, entre outros. “A premiação é uma forma de valorizar os colaboradores, estimulando-os a buscar este reconhecimento”, ressalta a coordenadora de Recursos Humanos, Sâmia Correa. Ranking Primato Leite Ranking Primato Suíno Terminação Melhores produtores de abril de 2012 Ranking de 01/04/12 a 30/04/12 Os 20 melhores resultados dos 12 ultimos meses CLASSI. DATA RECOLHA NOME QTDE CCS CBT 2,653 1 02/04/2012 CLARINDO VIAPIANA 2,949 VALDIR MARLOW 43416 791000 2,826 03/04/2012 LEOPOLDO ERVINO KULPA WILMAR KULZER 2 1 58000 2,992 16/04/2012 SABINO BRASIL NUNES DE CAMPOS FILHO VALERIO VALENTIN SCHNEIDER 36982 380000 2,851 3 2 JOÃO MACHADO 1947000 2,998 18/08/2011 IRENO WALDOW 34644 371000 2,854 02/04/2012 JAIR MASCARELLO WILMAR KULZER 4 3 11000 3,021 5 11/01/2012 ITAMAR RODRIGO GOTTEMS 30146 279000 2,869 25/04/2012 CEZAR LUIZ DONDONI MAGNA DA CRUZ MOURA FETTER 5 4 17000 3,026 6 05/07/2011 DECIO NIEDERMEYER 29627 895000 2,924 20/04/2012 MAURILIO PEREIRA SILVA E OUTROS CLEOMAR DIDOMENICO 6 5 131000 3,038 7 05/05/2011 NOELI RAUBER 29087 360000 2,929 12/04/2012 LEOCIR PEDRO MALTAURO DIRCEU LUIZ ROCKENBACH FINKLER 7 6 20000 3,045 8 12/03/2012 ARSENIO VICENTE WESCENFELDER 28044 364000 2,941 01/04/2012 ARNILDO ARMANDO KEGLER CLEOMAR DIDOMENICO 8 7 1547000 3,051 9 02/04/2012 JOÃO DILO BENDER 27790 424000 2,949 17/04/2012 NOLI ERNESTO SCHIRMER CLARINDO VIAPIANA 9 8 171000 3,063 10 08/06/2011 02/04/2012 JORGE FYDERECHESKI NAIR MARIA RECH 27512 554000 2,950 10 9 PAULO ADEMIR JANK 206000 3,068 11 25/08/2011 NORMELIO ROQUE HANAUER 25606 841000 2,959 10/04/2012 LAURI BONI RENATO DUMKE 11 10 3550000 3,077 12 06/09/2011 MAGNA DA CRUZ MOURA FETTER 2,961 12 27/04/2012 HARI BAUMGART 3,089 CLASSI. 13 14/11/2011 NERI BENETTI 2,962 13 09/04/2012 ILDO ROBERTO ELLWANGER 3,110 1 14 15/09/2011 JOÃO MACHADO 2,974 14 25/04/2012 REINHOLD ALBERTO BOTTCHER 3,115 15 05/09/2011 ALBERTO HECK 2,974 15 26/04/2012 ADEMIR PAULO ERBES 3,128 16 26/05/2011 IVO BAGGIO 2,974 16 02/04/2012 JOÃO ELY 3,136 17 01/06/2011 PAULO MOACIR SPIES 2,979 17 12/04/2012 ARNO TRENKEL 3,137 CLASSI. QTDE CCS CBT 18 01/06/2011 ROMILDA SALETE WARKEN KUSTER 2,979 18 24/04/2012 ELIZETE MARIA SCHNEIDER 3,144 1 LEOPOLDO ERVINO KULPA 45368 1234000 531000 19 29/06/2011 ADELAIDE HINTERHOLZ 2,980 19 02/04/2012 MARLI SIPP 3,154 2 SABINO BRASIL NUNES DE CAMPOS FILHO 36225 743000 1535000 20 10/01/2012 EUCLIDES LUIS MULLER 2,982 20 01/04/2012 ANISIA LURDES SPIES 3,154 3 JAIR MASCARELLO 35243 284000 4000 21 23/04/2012 RENATO IVAN KUNZLER 3,276 4 LEOCIR PEDRO MALTAURO 29506 329000 8000 22 24/04/2012 DANILO INACIO THOMAS 3,298 5 MAURILIO PEREIRA SILVA E OUTROS 27402 815000 927000 23 02/04/2012 HILDOR EHLERT 3,326 6 CEZAR LUIZ DONDONI 27166 238000 46000 24 02/04/2012 JORGE BORDIGNON 3,321 7 JORGE FYDERECHESKI 27162 786000 21000 8 ARNILDO ARMANDO KEGLER 26924 349000 88000 9 NOLI ERNESTO SCHIRMER 26720 390000 347000 10 ELMAR NEITZKE 22756 494000 162000 NOME CLASSI. DATA RECOLHA 1 30/09/2011 ANTENOR BORILLE 2 03/01/2012 3 16/05/2011 4 CÇA Ranking de 01/05/12 a 31/05/12 NOME CÇA CÇA CLASSI. QTDE CCS 37125 544000 CBT 3066000 Melhores produtores de maio de 2012 DATA RECOLHA 1 22/05/2012 MAGNA DA CRUZ MOURA FETTER 2,861 2 16/05/2012 EUCLIDES LUIS MULLER 2,863 3 08/05/2012 WILMAR KULZER 2,917 4 02/05/2012 DELMAR BRICCIUS 2,948 CLASSI. DATA RECOLHA 5 21/05/2012 RENATO DUMKE 2,952 1 30/09/2011 ANTENOR BORILLE 2,653 CLASSI. 6 25/05/2012 MARIO BINSFELD 2,961 2 03/01/2012 WILMAR KULZER 2,826 1 7 23/05/2012 GILVANA TEREZINHA MICHELON 2,963 3 18/08/2011 WILMAR KULZER 2,854 8 28/05/2012 DIRCEU LIZ ROCKENBACH FINKLER 2,966 4 22/05/2012 MAGNA DA CRUZ MOURA FETTER 2,861 9 25/05/2012 JOÃO MACHADO 2,970 5 16/05/2012 EUCLIDES MULLER 2,863 10 08/05/2012 EDI BRATZ KLEIN 2,992 6 11/01/2012 MAGNA DA CRUZ MOURA FETTER 2,869 11 18/05/2012 BRUNO EGGERS 3,011 7 08/05/2012 WILMAR KULZER 2,917 12 10/05/2012 VALCIR LUIZ BRAGAGNOLO 3,015 8 05/07/2011 CLEOMAR DIDOMENICO 2,924 13 17/05/2012 ALDIMAR GUNDT 3,017 9 12/03/2012 CLEOMAR DIDOMENICO 2,941 14 23/05/2012 NILSI HECK LOEBENS 3,017 10 02/05/2012 DELMAR BRICCIUS 2,948 15 28/05/2012 NILVI STUMPF 3,031 11 02/04/2012 CLARINDO VIAPIANA 2,949 16 24/05/2012 ANTONIO MIGUEL SPESSOTTO 3,032 12 08/06/2011 PAULO ADEMIR JANK 2,950 17 09/05/2012 PEDRO DINIZ HECK 3,061 13 21/05/2012 RENATO DUMKE 2,952 18 09/05/2012 LAURINDO EDUVINO REIS HECK 3,072 14 25/08/2011 RENATO DUMKE 2,959 19 07/05/2012 JACIR LEOPOLDO MACHADO 3,094 15 25/05/2012 MARIO BINSFELD 2,961 20 29/05/2012 ANTONIO ALFREDO EBERHART 3,106 16 06/09/2011 MAGNA DA CRUZ MOURA FETTER 2,961 21 11/05/2012 ANTENOR BORILLE 3,112 17 14/11/2011 NERI BENETTI 2,962 22 15/05/2012 VITOR SAMOEL KIEVEL 3,112 18 23/05/2012 GILVANA TEREZINHA MICHELON 2,963 23 22/05/2012 RENATO ERNERSTO REIMANN 3,116 19 28/05/2012 DIRCEU LUIZ ROCKENBACH FINKLER 2,966 24 18/05/2012 ARLINDO IGNACIO KLEIN 3,120 20 25/05/2012 JOÃO MACHADO 2,970 NOME PRODUTOR APROLE - ASS. PEQUENOS PROD. LEITE FAXINAL GRANDE CLASSI. Os 20 melhores resultados dos 12 ultimos meses PRODUTOR PRODUTOR CÇA PRODUTOR APROLE - ASS. PEQUENOS PROD. LEITE FAXINAL GRANDE QTDE CCS CBT 36469 640000 1505000 CLASSIFICADOS Vende-se 5 alqueires de terra no Distrito de Novo Sobradinho. Valor: 2.300 sacas de soja o alqueire. Tratar com Olegário Limberger. Fone: (45) 9994-3139 Vende-se veículo HYUNDAI AZERA, 3.3 MPFI, GLS SEDAN, V6 24V, gasolina, 4 portas, preto, automático, 2008/2009, Km: 55.000; Câmbio: Automático Sequencial; Placa A; garantia de fábrica, IPVA pago, licenciado, pneus novos, todo original e todas as revisões feitas em concessionária. Impecável. Não aceita troca. Valor: R$ 58.000,00. Fone (45) 9989 0621 Vende – se veículo FOCUS, 1.8 Hatch, ano 2002, completo. Valor a combinar. Fone: (45)9971-6165 ou (45)3252-4263, com Celso. Vende-se 27 Vacas Holandesas e 12 Novilhas - (45) 9960-3221 ou 8404-8079 Maycon I N F O R M AT I V O P R I M AT O • J u l h o / A g o s t o 2 0 1 2 15 VARIEDADES Harmonização vinhos e comida Na temporada de inverno, o clima frio é ideal para consumir um bom vinho. Mas na hora de harmonizar o vinho com a refeição, surgem as dúvidas. Para acertar na hora da harmonização, escolha do vinho, seguem algumas dicas. Peixes e Frutos do mar: Queijos Por se tratar de uma carne leve com o gosto suave, dê preferência a vinhos brancos. Para o peixe grelhado que tal um espumante brut ou demi-sec? Já os peixes como anchova, atum, salmão e sardinha combinam com o vinho tinto jovem. Os saborosos queijos, oferecidos como aperitivos em muitas ocasiões são ótimas opções na hora da harmonização. Os queijos mais frescos pedem um vinho branco ou tinto jovem e leve. Os queijos de gosto mais forte como os Emmental, Gouda, Reino, Prato, Saint-Paulin, Tilsit, Port-Salut, convidam a um vinho tinto maduro, outros como Roquefort, Gorgonzola, Stilton, Danablue, pedem um vinho tinto maduro robusto ou branco doce. O espumante, em especial o champagne, combina com todo tipo de queijo. Para a sobremesa dê preferência a vinhos mais doces ou um espumante demi-sec. Carnes: As carnes brancas grelhadas preparadas com o molho leve convidam a um vinho branco ou espumante brut. As grelhadas preparadas ao molho forte recomenda-se o vinho tinto maduro de médio corpo a robusto. Para carnes vermelhas grelhadas ao molho leve prefira espumante brut ou vinho tinto jovem leve. E para as preparadas em molho forte, a dica é vinho tinto maduro de médio corpo a robusto. Dicas: Academia do Vinho Massas: Preferidas pela praticidade e diversidade na hora do preparo, as massas sempre surgem acompanhadas por um bom vinho. As preparadas com um molho mais leve e suave como os molhos brancos combinam com espumantes brut ou branco jovem. Em preparações com molhos mais fortes, como os condimentado ou vermelho, recomenda-se um vinho tinto maduro e robusto. Receita Frimesa Bife de lo mbo suín o com tagliatelli e tomates - 4 bifes d - 300g d e lombo suíno fr e im - 1 pane tagliatelle (ou o esa la bem c utra mas heia de á sa de su a preferê gua ncia) Molho p ara mass a - 4 colhe re - 1 cebola s (sopa) de azeit e de oliv - 3 dente bem picada a s de alho - 1 pime a m a s s ad nta - 1 lata d dedo-de-moça os e 200g d sem sem - ½ colh er (chá) e tomate pelado entes e bem pic de açúca s picado ada (opc - 75g de s ional) r re a - Alguma zeitonas pretas finado sem caro s folhas ço bem p de manje - 2 colhe icadas re ri - Sal a go s (sopa) de alca cão parras la sto vadas e - Queijo escorrida Parmesã s o Frimes a ralado na hora Para o m (o o pcional) frite-a po lho esquente o a z r Acrescen 3 a 4 minutos, a eite numa panela te té de fundo Junte os o alho e a pim ficar macia. grosso. R en to efogue a fogo e d mates, o açúcar ta e refogue po cebola e r mais 1 eixe cozin e as azeit m Acrescen h o te as folh ar por 10 minuto nas pretas e de inuto. ixe minuto. as de ma s njericão, , até o molho fic levantar fervura Em uma ar g a . Abaixe s alcaparr p o as e uma rosso. Quando anela grande co p it a da de sa loque a á levantar l e mexa fervura p gua e um dente). E por 1 sc o a Para os m orra a massa e ju nha a massa e d colher de sal. e ix e n d te e a c lhões, te Aqueça b mpere ao molho de to ozinhas por 10-1 e 2 minuto de azeite m uma chapa de os bifes de lom mates. s (al b Em segu e grelhe os bifes ferro ou uma frig o com sal e pime ida sirva id n até ficare ta a gos eira de o Como su gestão v s medalhões jun m bem dourados fundo grosso, co to. loque um ocê pode to com a . ma servir jun fio to com u ssa. ma salad a de tom ates cere ja assado .