A SAÚDE PÚBLICA SEGUNDO A PERSPECTIVA DAS
TECNOLOGIAS E DA GESTÃO DE PROCESSOS DE NEGÓCIOS
Daniel Gonçalves S Santos
Centro Federal de Educação Tecnológica, CEFET-RJ
Um sistema de saúde é entendido como uma articulação de organizações, pessoas e ações cujo
objetivo primário é promover, restaurar e manter a Saúde. De forma mais ampla, ele envolve
(a)ações que visam fomentar a manutenção e os determinantes da saúde, assim como (b)
atividades mais diretas de intervenção e melhoria da saúde dos indivíduos. No Brasil essas ações
consomem grande parte das riquezas nacionais.
Segundo a OMS (Organização Mundial da Saúde, 2008) esse sistema inclui, inclusive o nível
individual e local, como o caso da mãe que cuida do filho doente em casa. O modelo de
entendimento proposto pela OMS envolve os seguintes blocos: [1] A entrega dos serviços, [2] A
equipe de saúde, [3] A informação acessada e disponibilizada, [4] Os produtos médicos, as
vacinas, e tecnologias, [5] O financiamento, e [6] A governança. Nesse trabalho o foco está mais
concentrado nos primeiros 3 pontos deste modelo de entendimento; assim o nível organizacional
e a melhoria das operações dos atores que estão prestando serviço na ponta de “atendimento e
tratamento” do sistema são os pontos de análise, segundo a ótica da tecnologias de apoio a
decisão para potencializar melhorias nessa opearção.
Acontece que todos os modelos são criados com a intenção de representar a realidade, sabendo-se
de antemão que serão limitados em sua tarefa (PIDD, 2010); não é possível simplificar a
realidade, mas tão somente olhá-la com intenções específicas, perspectivas específicas, recortes e
ângulos específicos. Pode-se usar a metáfora comparativa de um óculos, cujo objetivo específico
é permitir determinada competência extra de análise na realidade. Quando alguém coloca o
óculos, ele não está mudando a realidade em si, mas está alterado a sua percepção. Os vieses mais
tradicionais para análise são apresentados abaixo.
A abordagem de estratégia, em um dos seus recortes apresenta que a especialização é seletiva e
deve ser ponderada a fim de ajustar-se ao resultados esperados (MINTZBERG, 1983). Segundo a
literatura, 5 mecanismos de coordenação explicam as formas que as organizações coordenam
seus trabalhos, aumentando o seu desempenho: (a) ajuste mútuo, (b) supervisão direta (c*)
padronização, sendo esse último desdobrado em padronização (c*1) dos processos de trabalho,
(c*2) dos resultados, (c*3) das competências do trabalhadores.
A gestão de processos como orientação metodológica colabora para a integração da visão da
organização, a medida que deixa de lado os limites funcionais e atravessa toda a estrutura para
entregar o valor esperado ao cliente final. Ela padroniza a organização à medida que projeta uma
imagem unificada através de suas modelagens de atividades. Este trabalho foi desdobrado de
forma a apresentar uma visão mais integrada desse contexto de atravessamento das várias esferas
de interesse (os stakeholders) na Saúde, segundo a orientação da Engenharia de Processos, ou
Gestão de Processos.
Mais detalhes, referências e versões em outros idiomas podem ser consultados em
http://otmo7.com
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