ELETRODINÂMICA A CORRENTE ELÉTRICA Considere um aparelho como o da Figura 1, cuja função é manter entre seus terminais A e B uma diferença de potencial elétrico (ddp): VA - VB. Esse aparelho é chamado gerador elétrico e seus terminais A e B são denominados pólos. O pólo positivo é o de maior potencial (VA) O pólo negativo é o de menor potencial (VB) Considere, agora, um condutor metálico em equilíbrio eletrostático (Fig. 2). Sabemos que os seus elétrons livres estão em movimento desordenado, com velocidades em todas as direções, porém sem saírem do condutor, não produzindo, portanto, efeito externo. Todos os pontos do condutor metálico em equilíbrio têm o mesmo potencial elétrico. Os elétrons livres, em um condutor metálico em equilíbrio eletrostático, estão em movimento desordenado. Ligando o condutor ao gerador, há uma ddp nos terminais do condutor e o movimento dos elétrons é ordenado; temos aí uma corrente elétrica. wagnumbers.com.br Eletricidade Geral -‐ Prof. Wagner S Lopes 1 INTENSIDADE DA CORRENTE ELÉTRICA Denominamos corrente contínua constante toda corrente de sentido e intensidade constantes com o tempo. Nesse caso, a intensidade média da corrente im em qualquer intervalo de tempo é a mesma e, portanto, igual à intensidade i em qualquer instante t. im = i SENTIDO DA CORRENTE ELÉTRICA A corrente convencional pode então ser imaginada como sendo constituída de cargas positivas em movimento. CIRCUITO ELÉTRICO Denominamos circuito elétrico o conjunto de aparelhos onde se pode estabelecer uma corrente elétrica. Fechar o Circuito é efetuar a ligação que permite a passagem da corrente elétrica; Abrir o Circuito é interromper essa corrente.A unidade de intensidade de corrente elétrica é a unidade fundamental elétrica do Sistema internacional de Unidades (SI) e denomina-se ampère (símbolo A), em homenagem ao célebre cientista francês. wagnumbers.com.br Eletricidade Geral -‐ Prof. Wagner S Lopes 2 Exercícios 1) Um fio metálico é percorrido por uma corrente elétrica contínua e constante. Sabe-se que uma carga elétrica de 32 C atravessa uma seção transversal do fio em 4,0 s. Sendo e = 1,6x10-19 C a carga elétrica elementar, determine: a) a intensidade da corrente elétrica; b) o número de elétrons que atravessa uma seção do condutor no referido intervalo de tempo. 2) É possível medir a passagem de 5,0x102 elétrons por segundo através de uma seção de um condutor com certo aparelho sensível. Sendo a carga elementar 1,6x10-19 C, calcule a intensidade da corrente correspondente ao movimento. 3) O gráfico representa a intensidade de corrente que percorre um condutor em função do tempo. Determine a carga elétrica que atravessa uma seção transversal do condutor entre os instantes: a) 0 e 2s b) 2 e 4s 4) 5) 6) wagnumbers.com.br Eletricidade Geral -‐ Prof. Wagner S Lopes 3 7) O gráfico representa a intensidade da corrente que percorre um condutor em função do tempo. Determine a carga elétrica que atravessa uma seção transversal entre os instantes t = 1s e t = 3s. EFEITOS DA CORRENTE ELÉTRICA A passagem da corrente elétrica através dos condutores acarreta diferentes efeitos, dependendo da natureza do condutor e da intensidade da corrente. É comum dizer-se que a corrente elétrica tem cinco efeitos principais: fisiológico, térmico (ou Joule), químico, magnético e luminoso. Efeito fisiológico: corresponde à passagem da corrente elétrica por organismos vivos. A corrente elétrica age diretamente no sistema nervoso, provocando contrações musculares; quando isso ocorre, dizemos que houve um choque elétrico. O pior caso de choque é aquele que se origina quando uma corrente elétrica entra pela mão de uma pessoa e sai pela outra. Nesse caso, atravessando o tórax da ponta a ponta, ela tem grande chance de afetar o coração e a respiração. O valor mínimo de intensidade de corrente que se pode perceber pela sensação de cócegas ou formigamento leve é 1 mA. Entretanto,, com uma corrente de intensidade 10 mA, a pessoa já perde o controle dos músculos, sendo difícil abrir a mão e livrar-se do contato. O valor mortal está compreendido entre 10 m e 3 A, aproximadamente. Nesses valores, a corrente, atravessando o tórax, atinge o coração com intensidade suficiente para modificar seu ritmo. Modificado o ritmo, o coração pára de bombear sangue pelo corpo e a morte pode ocorrer em poucos segundos. Se a intensidade for ainda mais alta, a corrente pode paralisar completamente o coração. Este se contrai o mais possível e mantém-se assim enquanto passar a corrente. Interrompida a corrente, geralmente o coração relaxa e pode começar a bater novamente, como se nada tivesse acontecido. Todavia, paralisado o coração, paralisa-se também a circulação sangüínea, e uma pequena interrupção dessa circulação pode provocar danos cerebrais irreversíveis. Nossos impulsos nervosos são transmitidos por estímulos elétricos. Entretanto, embora pareçamos tão vulneráveis, a tensão necessária para produzir a situação descrita deve ser de centenas de volts, pois o corpo humano é péssimo condutor quando comparado aos metais, por exemplo. Efeito térmico: O efeito térmico, também conhecido como efeito Joule, é causado pelo choque dos elétrons livres contra os átomos dos condutores. Ao receberem energia, os átomos vibram mais intensamente. Quando maior for a vibração dos átomos, maior será a temperatura do condutor. Nessas condições observa-se, externamente, o aquecimento do condutor. Esse efeito é muito aplicado nos aquecedores em geral, como o chuveiro. Em um chuveiro, a passagem da corrente elétrica pela “resistência” wagnumbers.com.br Eletricidade Geral -‐ Prof. Wagner S Lopes 4 provoca o efeito térmico ou efeito Joule que aquece a água. Qualquer condutor sofre um aquecimento ao ser atravessado por uma corrente elétrica. Nos condutores se processa a transformação da energia elétrica em energia térmica. Esse efeito é a base de funcionamento dos aquecedores elétricos, chuveiros elétricos, secadores de cabelo, lâmpadas térmicas, etc. Efeito químico: O efeito químico corresponde a certas reações químicas que ocorrem quando a corrente elétrica atravessa as soluções eletrolíticas. É muito aplicado, por exemplo, no recobrimento de metais (niquelação, cromação, prateação, etc). Uma solução eletrolítica sofre decomposição quando é atravessada por uma corrente elétrica. É a eletrólise. Corresponde aos fenômenos elétricos nas estruturas moleculares, objeto de estudo da eletroquímica. A exploração desse efeito é utilizada nas pilhas, na eletrólise. Efeito magnético: O efeito magnético é aquele que se manifesta pela criação de um campo magnético na região em torno da corrente. A existência de um campo magnético em determinada região pode ser constatada com o uso de uma bússola: ocorrerá desvio de direção da agulha magnética. Este é o efeito mais importante da corrente elétrica, constituindo a base do funcionamento dos motores, transformações, relés, etc. Efeito luminoso: Também é um fenômeno elétrico em nível molecular. A excitação eletrônica pode dar margem à emissão de radiação visível, tal como observamos nas lâmpadas fluorescentes. E, determinadas condições, a passagem da corrente elétrica através de um gás rarefeito faz com que ele emita luz. As lâmpadas fluorescentes e os anúncios luminosos são aplicações desse efeito. Neles há transformação direta de energia elétrica em energia luminosa. wagnumbers.com.br Eletricidade Geral -‐ Prof. Wagner S Lopes 5 MEDIDA DA INTENSIDADE DE CORRENTE ELÉTRICA Amperímetro (ou miliamperímetro ou galvanômetro) Símbolo Esses aparelhos devem ser colocados no circuito de modo que a corrente a ser medida possa atravessá-los. EM UM NÓ A SOMA DAS INTENSIDADES DAS CORRENTES QUE CHEGAM É IGUAL A SOMA DAS INTENSIDADES DAS CORRENTES QUE SAEM. i1 + i2 = i para o segundo circuito No segundo desenho entre os pontos N e N’’ temos dois condutores denominados RAMOS do circuito principal. wagnumbers.com.br Eletricidade Geral -‐ Prof. Wagner S Lopes 6 Leis de Ohm Resistência elétrica, resistividade e leis de Ohm A corrente elétrica consiste no movimento ordenado de elétrons e é formada quando há uma diferença de potencial (ddp) em um fio condutor. E esse movimento no condutor fica sujeito a uma oposição que é conhecida como resistência elétrica. No inicio do século 19, o físico alemão Georg Simon Ohm (1787-1854) descobriu duas leis que determinam a resistência elétrica dos condutores. Essas leis, em alguns casos, também valem para os semicondutores e os isolantes. A primeira lei de Ohm Considere um fio feito de material condutor. As extremidades desse fio, são ligadas aos pólos de uma pilha, como mostra a figura abaixo. Desse modo, a pilha estabelece uma diferença de potencial no fio condutor e, consequentemente, uma corrente elétrica. Para se determinar o valor da corrente elétrica, coloca-se em série no circuito um amperímetro e, em paralelo, um voltímetro que permitirá a leitura da tensão. A montagem do circuito está ilustrada na figura abaixo: Com o circuito montado e funcionando, fazemos as medições de tensão e corrente através dos aparelhos instalados. Agora imagine que a diferença de potencial da pilha seja dobrada (podemos fazer isso ligando uma segunda pilha em série com a primeira). Como resultado dessa alteração, o voltímetro marcará o dobro da tensão anterior, e o amperímetro marcará o dobro de corrente elétrica. Se triplicarmos a diferença de potencial, triplicaremos a corrente elétrica. Isso quer dizer que a razão entre a diferença de potencial e a corrente elétrica tem um valor constante. Essa constante é simbolizada pela letra R. ! ! = ! wagnumbers.com.br Eletricidade Geral -‐ Prof. Wagner S Lopes 7 Se colocarmos a corrente elétrica (i) em evidência, podemos observar que, quanto maior o valor de R, menor será a corrente elétrica. Essa constante mostra a resistência que o material oferece à passagem de corrente elétrica. A primeira lei de Ohm estabelece que a razão entre a diferença de potencial e a corrente elétrica em um condutor é igual a resistência elétrica desse condutor. Vale salientar que a explicação foi desenvolvida tendo como base um condutor de resistência constante. É por isso que condutores desse tipo são chamados de condutores ôhmicos. A unidade de resistência elétrica no Sistema Internacional está exposta no quadro a seguir. wagnumbers.com.br Eletricidade Geral -‐ Prof. Wagner S Lopes 8 A segunda lei de Ohm A primeira lei de Ohm nos apresentou uma nova grandeza física, a resistência elétrica. A segunda lei de Ohm nos dirá que fatores influenciam a resistência elétrica. De acordo com a segunda lei, a resistência depende da geometria do condutor (espessura e comprimento) e do material de que ele é feito. A resistência é diretamente proporcional ao comprimento do condutor e inversamente proporcional a área de secção (a espessura do condutor). Observe a figura abaixo. A figura apresenta a segunda lei de Ohm, onde L representa o comprimento do condutor e A é a área de sua secção reta. Essa equação mostra que se aumentarmos o comprimento do fio, aumentaremos a resistência elétrica, e que o aumento da área resultará na diminuição da resistência elétrica. O é a resistividade do condutor, que depende do material de que ele é feito e da sua temperatura. Como a unidade de resistência elétrica é o ohm (Ω), então a unidade adotada pelo SI para a resistividade é . wagnumbers.com.br Eletricidade Geral -‐ Prof. Wagner S Lopes 9 Associação de Resistores Em um circuito é possível organizar conjuntos de resistores interligados, chamada associação de resistores. O comportamento desta associação varia conforme a ligação entre os resistores, sendo seus possíveis tipos: em série, em paralelo e mista. Associação em Série Associar resistores em série significa ligá-los em um único trajeto, ou seja: Como existe apenas um caminho para a passagem da corrente elétrica esta é mantida por toda a extensão do circuito. Já a diferença de potencial entre cada resistor irá variar conforme a resistência deste, para que seja obedecida a 1ª Lei de Ohm, assim: Esta relação também pode ser obtida pela análise do circuito: Sendo assim a diferença de potencial entre os pontos inicial e final do circuito é igual à: Analisando esta expressão, já que a tensão total e a intensidade da corrente são mantidas, é possível concluir que a resistência total é: Ou seja, um modo de se resumir e lembrar-se das propriedades de um circuito em série é: Tensão (ddp) (U) se divide Intensidade da corrente (i) se conserva Resistência total (R) soma algébrica das resistência em cada resistor. wagnumbers.com.br Eletricidade Geral -‐ Prof. Wagner S Lopes 10 Associação em Paralelo: Ligar um resistor em paralelo significa basicamente dividir a mesma fonte de corrente, de modo que a ddp em cada ponto seja conservada. Ou seja: Usualmente as ligações em paralelo são representadas por: Como mostra a figura, a intensidade total de corrente do circuito é igual à soma das intensidades medidas sobre cada resistor, ou seja: Pela 1ª lei de ohm: E por esta expressão, já que a intensidade da corrente e a tensão são mantidas, podemos concluir que a resistência total em um circuito em paralelo é dada por: wagnumbers.com.br Eletricidade Geral -‐ Prof. Wagner S Lopes 11 Associação Mista: Uma associação mista consiste em uma combinação, em um mesmo circuito, de associações em série e em paralelo, como por exemplo: Em cada parte do circuito, a tensão (U) e intensidade da corrente serão calculadas com base no que se conhece sobre circuitos série e paralelos, e para facilitar estes cálculos pode-se reduzir ou redesenhar os circuitos, utilizando resistores resultantes para cada parte, ou seja: Sendo: wagnumbers.com.br Eletricidade Geral -‐ Prof. Wagner S Lopes 12 Curto Circuito Provoca-se um curto circuito entre dois pontos de um circuito quando esses pontos são ligados por um condutor de resistência desprezível. Sempre que dois pontos de um circuito tiverem o mesmo potencial, eles poderão ser considerados coincidentes em um novo esquema do mesmo circuito. Exemplo: Dada a associação da figura abaixo, calcular a resistência equivalente entre os terminais A e B. A wagnumbers.com.br B Eletricidade Geral -‐ Prof. Wagner S Lopes 13 Exercícios 01. (UNISA) Um condutor de cobre apresenta 1,0km de comprimento por 10mm2 de secção e uma resistividade de 0,019ohm.mm2. Aplicando-se uma diferença de potencial de 38V, que intensidade de corrente elétrica irá percorrer o fio? a) 10A b) 20A c) 30A d) 40A e) 50A 02. (PUC) Dois fios condutores F1 e F2 têm comprimentos iguais e oferecem à passagem da corrente elétrica a mesma resistência. Tendo a secção transversal de F1 o dobro da área da de F2 e chamando p1 e p2, respectivamente, os coeficientes de resistividade de F1 e F2, a razão p1/p2 tem valor: a) 4 b) 2 c) 1 d) ½ e) ¼ 03. (UFBA) O valor da resistência elétrica de um condutor ôhmico não varia, se mudarmos somente: a) o material de que ele é feito; b) seu comprimento; c) a diferença de potencial a que ele é submetido; d) a área de sua secção reta; e) a sua resistividade. 04. (MED. VIÇOSA) Se um resistor de cobre tiver o seu comprimento e o seu diâmetro duplicado, a resistência: a) é multiplicada por quatro; b) permanece a mesma; c) é dividida por dois; d) é multiplicada por dois; e) é dividida por quatro. wagnumbers.com.br Eletricidade Geral -‐ Prof. Wagner S Lopes 14 05. (UEPA) Os choques elétricos produzidos no corpo humano podem provocar efeitos que vão desde uma simples dor ou contração muscular, até paralisia respiratória ou fibrilação ventricular. Tais efeitos dependem de fatores como a intensidade de corrente elétrica, duração, resistência da porção do corpo envolvida. Suponha, por exemplo, um choque produzido por uma corrente de apenas 4mA e que a resistência da porção do corpo envolvida seja de 3000Ω. Então, podemos afirmar que o choque elétrico pode ter sido devido ao contato com: a) Uma pilha grande 1,5V. b) Os contatos de uma lanterna contendo uma pilha grande 6,0V. c) Os contatos de uma bateria de automóvel de 12V. d) Uma descarga elétrica produzida por um raio num dia de chuva. e) Os contatos de uma tomada de rede elétrica de 120V. 06. (UEL - PR) Três condutores X, Y e Z foram submetidos a diferentes tensões U e, para cada tensão, foi medida a respectiva corrente elétrica I, com a finalidade de verificar se os condutores eram ôhmicos. Os resultados estão na tabela que segue: condutor X I(A) U(V) 0,30 1,5 0,60 3,0 1,2 6,0 1,6 8,0 condutor Y I(A) U(V) 0,20 1,5 0,35 3,0 0,45 4,5 0,50 6,0 condutor Z I(A) U(V) 7,5 1,5 15 3,0 25 5,0 30 6,0 De acordo com os dados da tabela, somente: a) o condutor X é ôhmico; b) o condutor Y é ôhmico; c) o condutor Z é ôhmico; d) os condutores X e Y são ôhmicos; e) os condutores X e Z são ôhmicos. 07. (UFSCAR) Tendo somente dois resistores, usando-os um por vez, ou em série, ou em paralelo, podemos obter resistência de 3, 4, 12 e 16Ω. As resistências dos resistores são: a) 3 Ω e 4 Ω b) 4 Ω e 8 Ω c) 12 Ω e 3 Ω d) 12 Ω e 4 Ω e) 8 Ω e 16 Ω wagnumbers.com.br Eletricidade Geral -‐ Prof. Wagner S Lopes 15 08. (F. E. EDSON DE QUEIROZ - CE) Dispõe-se de três resistores de resistência 300 ohms cada um. Para se obter uma resistência de 450ohms, utilizando-se os três resistores, como devemos associá-los? a) Dois em paralelo, ligados em série com o terceiro. b) Os três em paralelo. c) Dois em série, ligados em paralelo com o terceiro. d) Os três em série. e) n.d.a 09. (UNICAP - PE) Uma diferença de potencial de 12V é aplicada num conjunto de três resistores associados em paralelo com valores, em ohms, iguais a 2,0, 3,0 e 6,0. A corrente elétrica, em ampères, no resistor maior, será: a) 2,0 b) 4,0 c) 6,0 d) 8,0 e) 12 10. (ITA) Pretende-se determinar a resistência de uma lâmpada, cuja tensão nominal é de 120 volts, com um circuito no qual se pode medir simultaneamente a tensão aplicada à lâmpada e a intensidade de corrente da mesma. Foram feitas duas medições: primeiro a 120 volts e depois a 40 volts. Calculou-se a resistência da lâmpada aplicando-se a lei de Ohm e obteve-se resistência sensivelmente maior para 120 volts. Pode-se afirmar que: a) houve erro nas medidas, pois os resultados deveriam ser iguais; b) houve um curto-circuito no filamento da lâmpada, diminuindo a resistência na 2ª medida; c) a diferença decorre da desigualdade de temperaturas do filamento nas duas tensões; d) o processo não serve para medir resistência; e) n.d.a. wagnumbers.com.br Eletricidade Geral -‐ Prof. Wagner S Lopes 16 Resolução: 01 - B 06 - E 02 - B 07 - D wagnumbers.com.br 03 - C 08 - A 04 - C 09 - A 05 - C 10 - C Eletricidade Geral -‐ Prof. Wagner S Lopes 17 POTÊNCIA ELÉTRICA Muitas vezes, na propaganda de certos produtos de eletrônicos, destaca-se a sua potência. Podemos citar como exemplos os aparelhos de som, os chuveiros e as fontes dos microcomputadores. Sabemos que esses aparelhos necessitam de energia elétrica para funcionar. Ao receberem essa energia elétrica, eles a transformam em outra forma de energia. No caso do chuveiro, por exemplo, a energia elétrica é transformada em energia térmica. Quanto mais energia for transformada em um menor intervalo de tempo, maior será a potência do aparelho. Portanto, podemos concluir que potência elétrica é uma grandeza que mede a rapidez com que a energia elétrica é transformada em outra forma de energia. Define-se potência elétrica como a razão entre a energia elétrica transformada e o intervalo de tempo dessa transformação. Observe o quadro abaixo: wagnumbers.com.br Eletricidade Geral -‐ Prof. Wagner S Lopes 18 wagnumbers.com.br Eletricidade Geral -‐ Prof. Wagner S Lopes 19 01. Um resistor de 10 Ω ; outro de 15 Ω e um de 30 Ω são conectados em série com uma fonte de 120 V. Qual a Req? Qual a corrente que circula no circuito? Qual a potência dissipada por cada resistência? Testes: 02. (SÃO LEOPOLDO-RS) Num escritório são instalados 10 lâmpadas de 100W, que funcionarão, em média, 5 horas por dia. Ao final do mês, à razão de R$ 0,12 por kWh, o valor da conta será: a) R$ 28,00 b) R$ 25,00 c) R$ 18,00 d) R$ 8,00 e) n.d.a. 03. (FUVEST) Um chuveiro elétrico, ligado em média uma hora por dia, gasta R$ 10,80 de energia elétrica por mês. Se a tarifa cobrada é de R$ 0,12 por quilowatthora, então a potencia desse aparelho elétrico é: a) 90W b) 360W c) 2.700W d) 3.000W e) 10.800W 04. (UEPR) Um gerador funcionará em regime de potência útil máxima, quando sua resistência interna for igual: a) à resistência equivalente do circuito que ele alimenta; b) à metade da resistência equivalente do circuito que ele alimenta; c) ao dobro da resistência equivalente do circuito que ele alimenta; d) ao quádruplo da resistência equivalente do circuito que ele alimenta; e) à quarta parte da resistência equivalente do circuito que ele alimenta. 05. (FATEC - SP) Um chuveiro elétrico tem um seletor que lhe permite fornecer duas potências distintas: na posição "verão" o chuveiro fornece 2700W, na posição "inverno" fornece 4800W. José, o dono deste chuveiro, usa-o diariamente na posição "inverno", durante 20 minutos. Surpreso com o alto valor de sua conta de luz, José resolve usar o chuveiro com o seletor sempre na posição "verão", pelos mesmos 20 minutos diários. Supondo-se que o preço do quilowatt-hora seja de R$ 0,20, isto representará uma economia diária de: wagnumbers.com.br Eletricidade Geral -‐ Prof. Wagner S Lopes 20 a) 0,14 b) 0,20 c) 1,40 d) 2,00 e) 20,00 06. (UE - MARINGÁ) Uma lâmpada tem indicado 60W - 120V. Sendo percorrida por uma corrente de intensidade 500mA, pode-se afirmar que: a) seu brilho será menor que o normal; b) seu brilho será maior que o normal; c) seu brilho será normal; d) não suportará o excesso de corrente; e) não há dados suficientes para fazer qualquer afirmação. 07. (FUVEST) Um fogão elétrico, contendo três resistências iguais associadas em paralelo, ferve uma certa quantidade de água em 5 minutos. Qual o tempo que levaria, se as resistências fossem associadas em série? a) 3 min b) 5 min c) 15 min d) 30 min e) 45 min 08. Um resistor utilizado para aquecer água é composto por um fio enrolado em um núcleo de cerâmica. Esse resistor é utilizado para aquecer uma certa massa de água de 20°C até 80°C, em 2 minutos. Deseja-se aquecer a mesma quantidade de água de 20°C até 80°C em um minuto, sem alterar a fonte de tensão à qual o resistor está ligado. Para isto devemos trocar o resistor por outro, de mesmo material: a) com a mesma espessura e um quarto do comprimento; b) com a mesma espessura e metade do comprimento; c) com a mesma espessura e o dobro do comprimento; wagnumbers.com.br Eletricidade Geral -‐ Prof. Wagner S Lopes 21 d) com o mesmo comprimento e metade da espessura; e) com o mesmo comprimento e o dobro da espessura. 09. (EPUSP) Um motor, atravessado por corrente i = 10A, transforma a potência elétrica P = 80W em potência mecânica. A força contra-eletromotriz do motor: a) depende da resistência interna do motor; b) é 8,0V; c) depende do rendimento do motor; d) depende da rotação do motor; e) n.d.a 10. (PUC - RS) Uma carga de 2,0 . 10-7C encontra-se isolada, no vácuo, distante 6,0cm de um ponto P. Dado: K0 = 9,0 . 109 unidades SI Qual a proposição correta? a) O vetor campo elétrico no ponto P está voltado para a carga. b) O campo elétrico no ponto P é nulo porque não há nenhuma carga elétrica em P. c) O potencial elétrico no ponto P é positivo e vale 3,0 . 104V. d) O potencial elétrico no ponto P é negativo e vale -5,0 . 104V. e) Em P são nulos o campo elétrico e o potencial, pois aí não existe carga elétrica. 11. (UNISA) No campo elétrico criado no vácuo, por uma carga Q puntiforme de 4,0 . 10-3C, é colocada uma carga q também puntiforme de 3,0 . 10-3C a 20cm de carga Q. A energia potencial adquirida pela carga q é: a) 6,0 . 10-3 joules b) 8,0 . 10-2 joules c) 6,3 joules d) 5,4 . 105 joules e) n.d.a. 12. (UNICAMP) Uma carga de -2,0 . 10-9C está na origem de um eixo X. A diferença de potencial entre x1 = 1,0m e x2 = 2,0m (em V) é: a) +3 b) -3 c) -18 d) +18 e) -9 13. (FCM SANTA CASA) Considere que um próton e um elétron, à distância infinita um do outro, têm energia potencial elétrica nula. Suponha que a carga do próton seja de +2 . 10-19 coulomb e a do elétron -2 . 10-19 coulomb. Adote K0 = 1 . 1010 unid. SI Nesse wagnumbers.com.br Eletricidade Geral -‐ Prof. Wagner S Lopes 22 caso, colocados à distância de 0,5 . 10-10m um do outro, a energia potencial elétrica do par próton-elétron é a mais corretamente expressa, em joules, por: a) -8,0 . 10-18 b) 8,0 . 10-18 c) 8,0 . 10-28 d) -8,0 . 10-28 e) 4,0 . 10-9 14. (FCM SANTA CASA) Quando se aproximam duas partículas que se repelem, a energia potencial das duas partículas: a) aumenta b) diminui c) fica constante d) diminui e, em seguida, aumenta; e) aumenta e, em seguida, diminui. 15. (FM VASSOURAS - MG) Três vértices não consecutivos de um hexágono regular são ocupados por cargas elétricas pontuais. Duas destas cargas têm o mesmo valor q e a terceira vale Q. Sendo nulo o potencial elétrico no vértice A não ocupado por carga, é correto afirmar que: a) Q = -q b) Q = -2q c) Q = -3q d) Q = -4q e) Q = -6q 16. O trabalho desenvolvido pela força elétrica ao se transportar uma carga puntiforme q entre dois pontos de um campo elétrico gerado por uma carga puntiforme Q, afastada wagnumbers.com.br Eletricidade Geral -‐ Prof. Wagner S Lopes 23 de qualquer outra: a) depende da trajetória seguida entre os dois pontos; b) independe da trajetória seguida entre os dois pontos; c) será sempre positivo; d) será sempre nulo; e) independe da posição dos dois pontos em relação à carga Q. 17. (SANTA CASA) A carga elétrica de um elétron vale 1,6 x 10-19C. Um elétron-volt é igual a: a) 1,6 x 10-19 joules b) 1,6 x 10-19 volts c) 1,6 x 10-19 newtons/coulomb d) 6,25 x 1018 joules e) 6,25 x 1018 volts 18. (TRIÂNGULO MINEIRO) Uma carga elétrica igual a 20nC é deslocada do ponto cujo potencial é 70V, para outro cujo potencial é de 30V. Nessas condições, o trabalho realizado pela força elétrica do campo foi igual a: a) 800nJ b) 600nJ c) 350nJ d) 200nJ e) 120nJ 19. (MED-ABC) A bateria figurada abaixo tem resistência desprezível. A potência fornecida pela bateria vale: a) 8W wagnumbers.com.br b) 6W c) 128W d) 18W e) 12 Eletricidade Geral -‐ Prof. Wagner S Lopes 24 20. (FAAP) A potência dissipada na resistência interna do gerador é 15W. Calcule o valor da resistência elétrica R no circuito abaixo: a) 18W b) 180W wagnumbers.com.br c) 1,8W d) 0,018W e) 0,18W Eletricidade Geral -‐ Prof. Wagner S Lopes 25 Respostas: 02 - C 03 - D 04 - A 05 - A 06 - C 07 - E 09 - B 10 - D 11 - E 12 - A 13 - A 14 - A 16 - B 17 - A 18 - A 19 - E 20 - E wagnumbers.com.br Eletricidade Geral -‐ Prof. Wagner S Lopes 08 - B 15 - D 26