__________________________________________ Projecto “em.cantos”
Património e Turismo
Locais Visitáveis – Monumentos:
- Freguesia de Amareleja IGREJA MATRIZ DE Nª SRª DA CONCEIÇÃO
A Igreja Matriz da Amareleja, cuja padroeira é Nª Srª da Conceição,
ergue-se nesta notória terra alentejana, muito provavelmente desde o século
XVI, altura em que foi fundada. Trata-se de uma igreja cujo estilo arquitectónico
deixa transparecer uma beleza singela, e uma simplicidade que é inerente a
todas as características deste local de devoção das gentes da Amareleja.
Possui uma só nave, com um altar mor com a figura da padroeira, imagem
notável oferecida pela Srª Margarida Vasques em 1920 (mandada fazer na
Itália), e duas pequenas capelas colaterais.
Ao longo dos séculos foi alvo de variadas reparações, como foi o caso
da reedificação do campanário da igreja em 1757, destruído durante o
terramoto de 1755; ou a construção da abóbada em 1821, uma vez que o tecto
até então era de madeira. Trata-se de uma igreja cuja estrutura reflecte a
pureza da arquitectura alentejana, e, sem dúvida, um local a visitar.
- Freguesia de Póvoa de S. Miguel -
IGREJA DE S. MIGUEL
A airosa Igreja de S. Miguel ergue-se num outeiro, de onde quase
parece zelar pela segurança dos habitantes da Póvoa.
Não se conhece a data precisa da sua construção. Sabe-se apenas que
no recenseamento efectuado em 1527, de entre a população contabilizada em
sessenta e um fogos não consta qualquer pároco. Fundada em terras da
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Ordem de Avis, ela ostenta ainda a cruz dessa ordem sucedânea dos freires de
Évora.
A parte exterior da capela-mor é em forma de muralha com ameias, do
estilo da Igreja de Santa Cruz de Marmelar, ou de S. João Baptista em Moura.
Tem três altares: o altar- mor consagrado a S. Miguel, e outros dois
originalmente consagrados á Nossa Senhora do Rosário e ao Senhor Jesus.
Ostenta graciosas pinturas na abóbada da capela-mor, provavelmente
do sec. XVIII, onde estão representados os quatro evangelistas e algumas
figuras angélicas. Através das memórias paroquiais escritas pelo Padre Manuel
Fernandes Garcia, sabemos que a Igreja de S. Miguel conheceu um verdadeiro
estado de ruína com o terramoto de 1755.
- Freguesia de Safara -
IGREJA MATRIZ
No Centro da povoação de Safara, ergue-se uma Igreja que se destaca
de imediato da linha da paisagem, não só pela sua magnificência como,
também, pela sua beleza. A construção do edifício ter-se-á iniciado nos finais
do século XVI (conforme atestam as inscrições existentes na Igreja), sendo que
somente em 1602 foi concluída a mesma obra.
Tem três naves e a sua abóbada está sustentada sobre vinte e duas
colunas de fino mármore, oito das quais estão no corpo da Igreja. Tem três
portas das quais se destaca uma porta virada a Este, magnífica pelo excelente
portado de fino mármore profusamente trabalhado.
Tem cinco altares: o da capela – mor, em que está colocada a imagem
da Mãe de Deus, com o título da Assunção.
Na capela – mor, na face que bota para o corpo da Igreja estão dois
altares: o da parte do Evangelho, dedicado a Santo António, com imagem do
Santo; o da parte da Epístola, dedicado à Virgem Senhora Nossa, com o título
do Rosário e com sua imagem.
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Há mais dois altares nos lados do cruzeiro: o da parte do Evangelho é
da Mãe de Deus, do Carmo, com sua imagem; o da parte de Epístola, dedicado
às almas do purgatório, onde se vê colocada a imagem de Nossa Senhora,
com o título dos Remédios.
Há ainda as imagens de São Lázaro e de São Francisco de Assis, além
de outras esculpidas no entalhado das capelas.
Tem três Irmandades conformadas: a do Santíssimo Sacramento, a das
Almas e a do Rosário.
- Freguesia de Santo Aleixo da Restauração -
CONVENTO DA TOMINA
Numa zona fronteiriça, entre Santo Aleixo da Restauração e Aroche,
junto ao Ribeiro de Pai Joannes, num local conhecido por sítio da Tomina,
fundou Manuel de Jesus Maria, em 1686, um Convento que ficou conhecido
por Convento da Tomina.
Para a construção deste cenóbio, muito contribuiu a população da área
(especialmente a de Stº Aleixo da Restauração) que, prontamente se
disponibilizou para destruir parte do rochedo existente nesse local, construindo
sobre ele o edifício. A obra levou poucos anos a concluir e, não existindo
qualquer imagem de Nossa Senhora no convento, este recebeu então a oferta
de uma imagem de Nª Srª das Necessidades feita por Dª Isabel Xara, de
Moura, imagem á qual se atribuem vários milagres e que ainda é muito
venerada.
Em 1709, por decisão de D. João V, o Convento da Tomina ficou adstrito
á Congregação dos Clérigos Regulares dos Doentes, chamados clérigos
agonizantes, cuja principal missão consistia na assistência aos moribundos.
Daqui saíram os religiosos que fundaram os conventos de Nª Srª do
Alcance em Mourão, Nª Srª de Sacaparte, em Alfaiates e de S. Pedro de
Arronches.
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Célebre ficou o mandato de destruição do Convento da Tomina por D.
Pedro II, facto originado em questões relacionadas com ofertas efectuadas a
Nª Srª da Conceição. De destacar que a população impediu a destruição do
edifício, fazendo com que D. Pedro II voltasse atrás na decisão tomada. Para
se redimir, D. Pedro II ofereceu ao Convento da Tomina um conjunto de
paramentos riquíssimos, trabalhos chineses especialmente encomendados,
composto por: três casulas, uma capa de asperges, um véu de ombros, uma
dalmática, um pálio, bolsas de corporais, panos de estantes e três frontais
elaborados em damasco branco com guarnição vermelha.
- Freguesia de Santo Amador -
IGREJA PAROQUIAL
Igreja cuja construção teve início na segunda metade do séc. XVI, tendo
sofrido alterações posteriores, nomeadamente: a construção do campanário
em 1740, reconstrução na segunda metade do século XVIII que incluiu
remodelação da frontaria e introdução dos retábulos de talha dourada, e em
1813 a recuperação geral do edificado e inclusão de pinturas murais.
Do século XVI chegou até nós o portal de cantaria, que dá acesso ao
interior da Igreja, a abóbada da capela-mor e a cúpula da sacristia. A capelamor, está coberta por abóbada nervurada e apresenta pinturas murais de
motivos florais.
Esta igreja, distingue-se especialmente pela elegância e sobriedade do
portal maneirista, pelo campanário do século XVIII barroquizante e pelos
retábulos de talha dourada.
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- Freguesia de Sobral da Adiça -
IGREJA PAROQUIAL
A sua construção iniciou-se no ano de 1830 por iniciativa do zeloso
Padre António Inácio Acabado e prolongou-se até 1846,embora tenha iniciado
as funções religiosas em 1843 sendo pároco o Padre Joaquim Manuel Correia
da Rosa.
Antes desta igreja existir, a população fazia uso da antiga Igreja de S.
Pedro da Adiça situada fora da povoação, embora a utilização do espaço
envolvente como cemitério tenha como data limite 1860, ano em que os
enterramentos passaram a ser efectuados no novo cemitério paroquial.
Conheceu obras de melhoramento em 1869 que se prolongaram até
1874, para as quais foi precioso o voluntarioso contributo dos habitantes mais
abastados que se prontificaram a ceder animais para o transporte dos materiais
de construção necessários assim como mão-de-obra, ao mesmo tempo que as
pessoas que trabalhavam no campo traziam algumas pedras para o
levantamento das paredes, que iam depositando junto ao local onde seriam
construídas. Em 8 de Novembro de 1874 teve lugar a grande Festa de Benção
da Igreja, celebrada no adro da mesma igreja e que foi possível graças a um
peditório efectuado pela comissão organizadora junto dos habitantes do Sobral,
de que resultou a quantia de 101$900 réis, utilizada nos mesmos festejos.