PLANTAS (Reino Plantae)
As plantas são seres vivos autótrofos, fotossintetizantes e
eucariotas, caracterizados por possuírem cloroplastos,
organelas que possuem, em sua estrutura interna, clorofila,
um pigmento fotossintético de intensa cor verde. As plantas
armazenam os produtos fotossintéticos em organelas
especiais, sendo o mais presente o amido, polissacarídeo
utilizado como reserva energética análogo ao glicogênio nos
animais.
VARIEDADE DAS PLANTAS
As plantas têm uma grande variedade, com mais de trezentas
mil espécies. Nelas, há seres dioicos e monoicos. A
especificidade dos seres é importante para compreendermos
melhor os grupos vegetais e suas características.
Seres dioicos são seres que apresentam reprodução em sexos
separados, ou seja, os sexos se encontram separados em
indivíduos separados, favorecendo a variabilidade genética.
Os órgãos sexuais são específicos.
Seres monoicos são seres que apresentam órgãos sexuais dos
dois tipos. Apesar do mesmo indivíduo produzir gametas dos
dois sexos, a reprodução exige a união de dois indivíduos de
sexos diferentes, a fim de possibilitar a troca de material
genético. A autofecundação se dá entre gametas produzidos
pelo mesmo organismo. A fecundação cruzada se dá entre
gametas produzidos por organismos diferentes.
O ciclo evolutivo das plantas pode ser interpretado por dois
fenômenos: a dependência ou não da água para reprodução,
representando a conquista do ambiente terrestre; e a
classificação das plantas como duradouras ou temporárias:
na fase duradoura, a planta nasce e permanece com a
capacidade de realizar fotossíntese, e na fase temporária, a
planta só nasce para reprodução.
REPRODUÇÃO DAS PLANTAS
A reprodução das plantas é herdada das algas, tendo, no ciclo
haplodiplobionte, as mesmas características. Os esporófitos
e gametófitos são utilizados para referenciarem-se,
respectivamente, às fases diploide a haploide das plantas. Nós
utilizamos o termo “micro” para designarmos o sexo
masculino, e o termo “mega” para designarmos o sexo
feminino.
Nos esporófitos, existem órgãos multicelulares chamados de
esporângios, que produzem os esporos (unidades
reprodutoras) por meio dos esporocistos ou esporócitos, que
sofrem meiose. Os esporângios são originados a partir dos
esporofilos, folhas modificadas que se originaram a partir das
pteridófitas.
Nas plantas, a polinização sempre se dá antes da fecundação.
Os anterozoides são os gametas masculinos, e as oosferas são
os gametas femininos. Nas gimnospermas e angiospermas, o
grão de pólen é o micrósporo.
1. BRIÓFITAS
As briófitas são os primeiros exemplares vegetais na Terra.
Seus exemplares são os musgos. Elas são extremamente
simples, não possuindo quaisquer tecidos. São avasculares,
sendo importantes para a hidratação do solo por reterem e
devolverem quantidades de água com muita facilidade. Há a
dependência da água para a reprodução. As briófitas
raramente são monoicas.
O esporófito das briófitas depende dos gametófitos para sua
nutrição, já que o gametófito é a fase permanente, e o
esporófito a fase temporária. Quando os esporos vão ao solo,
eles se germinam, formando o gametófito. Os anterozoides
nadam até as oosferas; assim, eles se fecundam e originam o
zigoto diploide. Com o crescimento, há o surgimento do
esporófito.
2. PTERIDÓFITAS
As pteridófitas, que tem como exemplares as samambaias e
as tundras, possuem bastantes novidades em relação às
briófitas:
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Há a presença de tecidos vasculares verdadeiros. Isso
permitiu uma maior divisão de tarefas na célula,
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possibilitando uma maior organização no transporte de
água e nutrientes no corpo da planta;
Uma cutícula aparecerá na epiderme da planta, fazendo
com que a chance de desidratação diminua e o
armazenamento de água aumente;
Haverá vasos condutores de seiva (xilemas e floemas),
ajudando também no transporte;
O gametófito será a fase temporária e o esporófito será a
fase duradoura;
Ela será, em grande maioria, isosporada, ou seja,
monoica;
Teremos os três principais órgãos vegetais bem
definidos: raiz, caule e folha.
Os vasos condutores de seiva são vasos que conduzem os
nutrientes pela planta. O xilema conduz a seiva bruta, que
percorre ascendentemente da raiz ao resto da planta e é rica
em sais minerais e água. O floema conduz a seiva elaborada,
que percorre descendentemente das folhas ao resto da planta,
é resultado da fotossíntese, sendo rica em água e glicose.
As raízes são órgãos que absorvem água e nutrientes do solo.
Elas também são responsáveis pela fixação de plantas
vasculares. Os caules são órgãos condutores de seivas,
também sendo responsáveis pela sustentação das copas das
árvores. As folhas são órgãos fotossintetizantes próprios de
plantas vasculares. Elas aumentam a área superficial do
corpo vegetal. Raiz, caule e folha formam o sistema radicular
e o sistema aéreo.
Todos esses fatores tiveram grande influência na conquista e
na ocupação dos ambientes terrestres. Graças à fossilização
de pteridófitas de milhões de anos atrás, foi possível a
formação do carvão extraído pelos tecidos vegetais
fossilizados.
Ainda há a necessidade de água para a reprodução; portanto,
os anterozoides nadam até as oosferas, fecundando e gerando
um zigoto diploide. Esse zigoto irá crescer, gerando um
esporófito. Os esporófitos sofrem meiose, gerando esporos,
que caem no solo e germinam, formando um gametófito. O
gametófito das pteridófitas é chamado de prótalo. O
gametófito sofre meiose e gera gametas haploides, e assim o
ciclo prossegue.
3. GIMNOSPERMAS
As gimnospermas possuem os pinheiros e as coníferas como
exemplares, vivendo predominantemente na taiga, bioma
encontrado no norte da América do Norte, da Europa e da
Ásia. Elas apresentarão a independência de água para
reprodução; isso faz com que elas habitem regiões mais secas.
Além disso, ela apresentará o grão de pólen como esporo
masculino.
Nas gimnospermas, as pinhas são chamadas de estróbilos,
órgãos onde se encontram as estruturas reprodutoras das
coníferas. As coníferas podem ser monoicas ou dioicas;
entretanto, os estróbilos se encontram em estruturas
separadas, sendo sempre dioicos.
Nos estróbilos femininos, os megasporângios (que são os
óvulos) produzem, por meiose, os megásporos, que se
desenvolvem ali dentro. Lá, no interior do óvulo, eles
originam gametófitos femininos, surgindo arquegônios, órgão
sexual feminino que dão origem às oosferas (que são os
gametas femininos).
Nos estróbilos masculinos, os microsporângios produzem, por
meiose, os micrósporos, que se desenvolvem ali dentro. Lá,
eles originam esporos masculinos, que são os grãos de pólen.
Posteriormente, os microsporângios se rompem, liberando
inúmeros esporos. Carregados pelo vento, podem atingir os
óvulos que se encontram nos estróbilos femininos. O processo
de transporte de grão de pólen constitui a polinização, que,
nesse caso, ocorre pelo vento.
Cada grão de pólen, aderido a uma abertura existente no
óvulo, inicia um processo de crescimento que culmina com a
formação de um tubo polínico (gametófito masculino).
Enquanto ele se desenvolve, o megasporócito sofre meiose,
gerando o megásporo. O megásporo, assim, desenvolve um
gametófito feminino. Posteriormente, há a fecundação,
gerando um zigoto que, posteriormente, irá se tornar um
esporófito.
Após a ocorrência da fecundação e da formação do embrião, o
óvulo converte-se em semente. As sementes são,
simplesmente, os óvulos maduros. Essa semente possui um
tecido haploide chamado de endosperma, que acumula
substâncias de reserva que serão utilizadas pelo embrião
durante sua germinação posterior.
Portanto, ao comparar gimnospermas coníferas com as
pteridófitas,
as
seguintes
novidades
podem
ser
citadas: estróbilos produtores de óvulos (que, depois, serão
convertidos em sementes) e de grãos de pólen, polinização,
e a fecundação independente da água ambiental.
4. ANGIOSPERMAS
As angiospermas apresentam, como grande novidade, frutos
originados dos ovários. No lugar de estróbilos, as flores serão
os órgãos reprodutores. Ela é constituída por dois conjuntos
de folhas (cálice e corola) que protegem as estruturas
masculina (androceu) e feminina (gineceu).
Os estróbilos estão para as gimnospermas assim como as
flores estão para as angiospermas. As flores são as estruturas
responsáveis pela reprodução sexual. Os esporofilos das
angiospermas são as sépalas, as pétalas, os estames e os
carpelos. Os ovários fazem parte das estruturas das
angiospermas, e eles apresentam um ou mais óvulos; caso
fecundados, os óvulos desenvolvem as sementes. Os ovários,
caso modificado por hormônios, geram os frutos. Os frutos
protegem as sementes e auxiliam na sua dispersão.
A maioria das flores é dioica; entretanto, existe a
possibilidade de uma flor ser monoica e, portanto, realizar
autofecundação. Há esporófitos monoicos com flores dioicas
ou monoicas.
A reprodução masculina começa na antera. Cada
microsporângio contém microsporócitos que produzem
micrósporo (esporângio contendo esporócito que produz
esporo). Um micrósporo desenvolve um grão de pólen (esporo
masculino). Há o crescimento desse esporo haploide, que
germina e forma o tubo polínico (gametófito masculino). O
gameta masculino é conduzido pelo tubo polínico.
A reprodução feminina começa no óvulo. Em cada
megasporângio encontra-se o megasporócito, que produz os
megásporos (esporângio contendo esporócito que produz
esporo). Há a produção de 4 megásporos; um deles sobrevive
e forma o saco embrionário (gametófito feminino). A oosfera
encontra-se no saco embrionário.
Após a polinização, dois núcleos espermáticos (gametas
masculinos) são descarregados em cada óvulo. Logo em
seguida, há a dupla fecundação (porque há a presença de
dois gametas masculinos). Um núcleo espermático fecunda a
oosfera, formando o zigoto. O outro núcleo espermático forma
uma célula média (que possui a função de formar a
endosperma posteriormente). Assim, ocorre uma triploidia.
O zigoto desenvolve o embrião, que fica encerrado na
semente, juntamente com o endosperma. Quando a semente
germina, o embrião desenvolve um esporófito maduro.
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