Manifesto
Software
Livre
Histórico
­ iniciou com a elaboração de um documento denominado: " Manifesto GNU " por Richard Stallman – 1.984;
­ marco histórico do surgimento de uma nova forma de criação de Software;
­ no documento estavam as razões do movimento Software Livre que propunha a criação de um Sistema Operacional livre, denominado GNU;
­ Stallman: "escolhi fazer um sistema compatível com UNIX, então ele deveria ser portável e usuários UNIX poderiam facilmente mover­se para ele”;
­ o nome GNU foi escolhido seguindo uma tradição Hacker , como um acrônimo recursivo para: " GNU não é UNIX "
­ Em 1.984, Stallman cria a Fundação Software Livre;
­ Free Software Foundation – FSF: http://www.fsf.org
http://www.gnu.org
Início de tudo
­ o Linux foi criado em 1.991 por Linus Torvalds, um jovem estudante da Universidade de Helsinque, na Finlândia;
­ começou como um desafio, acreditando que poderia melhorar o Minix, ­ Minix: SO baseado no UNIX desenvolvido por Andrew Tananbaum para PCs;
­ em 17 de setembro de 1.991, ele começa a distribuir a versão 0.01 do Linux, desenvolvido com a ajuda de alguns amigos em listas de discussão na web;
­ a versão 0.01 tinha, na época, cerca de dez mil linhas de código, hoje ela
apresenta cerca de 10 milhões de linhas;
­ atualmente Linus Torvalds e Alan Cox, são os guardiões do código do
Linux, e em 2.002, Marcelo Tosatti, 18 anos, de Curitiba, foi escolhido para
coordenar as alterações do código;
Definições
­ o Linux é baseado em 4 liberdades;
­ copiar;
­ distribuir;
­ estudar;
­ modificar e aperfeiçor; ­ qualquer pessoa pode usá­los e redistribuí­los;
­ com a condição de que o mesmo não tentasse restringir o acesso ao código original e às modificações feitas;
­ assim o Software Livre surge no mercado de maneira contrária aos
programas proprietários;
­ o Software Livre não é diretamente comercializado como produto; Liberdades • liberdade de executar o programa para qualquer propósito;
• liberdade de estudar como o programa funciona e adaptá­lo às suas necessidades;
• liberdade de redistribuir cópias de forma a auxiliar alguém;
• liberdade de aperfeiçoar o programa e liberar os seus aperfeiçoamentos, de modo que toda a comunidade se beneficie, entre outros;
Licenças
Código Aberto
Existem programas cujo código fonte é aberto para investigação, mas não para alteração ( sendo, portanto, código proprietário );
CopyLeft
A FSF defende o conceito de CopyLeft, em oposição ao sistema de proteção de direitos autorais, ou Copyright. A FSF propôs o uso deste termo para Software Livre quando notou que, ao colocar um programa em domínio público, este poderia ter o código fechado.
O CopyLeft garante que ninguém pode fechar um programa de código aberto. Quem desenvolve produtos a partir de um software de código aberto fica obrigado a distribuir esses produtos também em código aberto.
GPL ­ General Public License ­ Licença Pública Geral
A licença de uso criada pela FSF e empregada no GNU/Linux e em outros programas de código aberto.
A GPL garante todos os tópicos anteriormente descritos.
Objetivos do Software Livre
­ impedir queTecnologia seja imposta às pessoas;
­ software livre não deve ser visto apenas da ótica econômica, mas também atingir esferas culturais e antropológicas da sociedade, como o desenvolvimento tecnológico e social que a sua aplicação e ideologia propiciam, principalmente aos países sub­desenvolvidos;
­ o Software Livre não agrega valor ou custo como produto, mas sim como serviço: treinamento, manutenção, manuais, e etc.
Implicações tecnológicas e sociais
­ o SL permite que pessoas sem acesso à tecnologia e nações totalmente excluídas deste processo, consolidem a sua inclusão;
­ oportuniza a países desenvolverem sua capacidade tecnológica e criarem seus próprios parques tecnológicos, diminuindo sua dependência de outros países, que os exploram tecnologicamente;
­ deixar de emitir reservas para o exterior em forma de Royalties (pagamento de “direitos” de uso de patentes, produtos registrados e copyrights);
­ reverter este capital, para a sua população, transformando­se em benefícios como saúde, geração de empregos, infra­estrutura e qualidade de vida;
­ exemplo: Brasil, que paga, anualmente, algo em torno de 1,4 bilhões de dólares em Royalties como direito de uso de Softwares;
Implicações econômicas
­ o SL criou um novo modelo de negócios no mundo do software, baseado principalmente em serviços;
­ estima­se em 20% o número de usuários de internet no país (Gartner Group, 2007), esse mercado irá expandir, principalemente em serviços;
­ modelo de SL que será o padrão de um novo mercado de software, onde a venda de software dará lugar ao serrviço em software;
Software Livre e mercado
­ 2006: mercado mundial de servidores gerou 12,9 bilhões de dólares;
­ 4,8 bilhões — ficou com máquinas equipadas com Windows;
­ Unix apareceu em segundo, com 3,9 bilhões;
­ Linux, ficou em terceiro com 1,5 bilhão de dólares;
­ Projeção de crescimento do Linux, ganhando mercado do Windows e principalmente do Unix;
Case Terra:
­ 2000 servidores mantêm a operação do Terra no ar no Brasil;
­ inicialmente usava Unix da SCO;
­ O Linux está em 90% destes servidores;
­ acabou desenvolvendo uma distribuição própria e customizada para rodar em seus servidores, batizada de Linux Terra;
­ Motivo: saída de computadores RISC e conseqüentemente do Unix.
Case INPE­CPTEC:
CPTEC ­ Centro de Previsão de Tempo e Estudos Climáticos, do INPE ­ Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais
­ Migração de grandes mainframes e RISC para Opteron e do Xeon;
­ o Linux responde hoje por 95% nas compras de novas máquinas, o Unix fica com meros 5%;
­ O RISC/Unix, no entanto, continua firme no supercomputador NEC­
SX6. São 12 nós com oito processadores e 768 GFlops de performance de pico, rodando o sistema Unix da NEC.
­ o Linux já dominou 70% dos servidores do datacenter, com as distribuições Red Hat e SUSE
Case CVC:
­ 15 grandes servidores;
­ Migração de grandes mainframes e RISC para Opteron e do Xeon;
­ 05 são RISC, rodando HP­UX, o que inclui a principal aplicação da empresa, a de vendas;
­ os outros 10 servidores são na plataforma Intel e se dividem em Linux e Windows;
­ o Linux fica em servidores como os de DNS e firewall, nas distribuições Debian e Red Hat, porém já cresce na empresa, o novo site, por exemplo, combina Java e Linux.
Pesquisa FGV – Fundação Getúlio Vargas (2006):
­ pesquisa em 1 630 empresas de grande e médio porte no Brasil;
­ Em 51% delas, a arquitetura PC é dona desse equipamento;
­ o RISC fica com uma fatia de 29%;
­ no software, considerando a base instalada de servidores, o Windows leva 64%;
­ o Linux, com 16%, e pelo Unix, com 14%;
­ 02 anos antes, a relação entre Linux e Unix era justamente inversa: 14% X 16% e o Windows tinha 62%.
Relatório SECUNIA (2007):
­ o Red Hat Linux apresentou 633 falhas, sendo 629 relacionadas a componentes de terceiros (não incluiu a distribuição Fedora);
­ o Solaris fica em segundo lugar, com 252 falhas e 80% delas relacionadas a componentes de terceiros;
­ em terceiro está o Mac OS X, com 235 e 62% relacionadas a componentes de terceiros.
­ o Windows, que aparece em quarto no ranking dos mais vulneráveis, apresentou 123 falhas, mas 96% delas estavam relacionadas diretamente ao sistema operacional, mas apenas 4% delas foram relacionadas a componentes de terceiros;
­ O HP­UX relatou 75 falhas, sendo que 81% delas estavam relacionadas a códigos de terceiros.
Ideais do Software Livre
­ que todo conhecimento seja livre e universal, que o acesso a informação seja democrático e para todos;
­ que a informática torne­se popular e que atinja a todos e em todas as camadas, que culmine com o fim da exclusão digital;
­ que haja liberdade digital;
­ que a tecnologia adotada e desenvolvida seja baseada na necessidade e realidade dos usuários, sem que haja imposições tecnológicas;
­ que haja o compromisso de repassar todo esse conhecimento, sem exigência de troca;
­ que esse conhecimento seja utilizado para o crescimento, desenvolvimento e bem­estar da humanidade visando sempre a melhoria da qualidade de vida do ser­humano;
Aviso:
quem estiver contra o
Software Livre,
está na
contra-mão da história ...