Lugar dos Gnomos
Um projeto inserido no âmbito da Pedagogia Waldorf
O Projeto
Este projeto nasceu do encontro de três mulheres com uma vontade comum: ver crescer uma
Sociedade com pessoas mais saudáveis, harmoniosas e humanistas, capazes de contribuir para um
Mundo melhor.
Deste encontro surgiu o Lugar dos Gnomos: uma Associação Pedagógica e Filosófica sem Fins
Lucrativos, criada no âmbito da Pedagogia Waldorf e localizada no norte do país, em Valadares, Vila
Nova de Gaia. Trata-se de um Centro de Atividades pioneiro nesta região, já que as escolas Waldorf,
apesar de existirem em Portugal, se encontravam, até agora, apenas no centro e sul do país.
Envolto por um ambiente natural e acolhedor, no Lugar dos Gnomos cada criança explora todo o seu
potencial e encontra tudo o que de mais valioso necessita para desabrochar. As escolas Waldorf, nas
quais o nosso projeto se insere, pretendem dar a oportunidade às crianças (dos 2 aos 6 anos) de terem
tempo para brincar. Os ritmos, as formas e as cores da Natureza transmitem conceitos, trabalham o
emocional e cultivam o sentimento de admiração das crianças em relação ao Planeta e à forma de o
manter vivo, tornando-se assim adultos mais confiantes, felizes, saudáveis e em equilíbrio com o meio
que os rodeia, onde quer que estejam.
Para além de um estreito contacto com a Natureza, tal como as escolas Waldorf o Lugar dos Gnomos é
um Centro de Atividades muito dinâmico e um local de partilha e troca de experiências, onde os pais e a
comunidade envolvente têm uma participação ativa, gerando sinergias importantes e mais-valias locais.
Lugar dos Gnomos | T: 916 722 996 | E: [email protected] | www.lugardosgnomos.com | www.facebook.com/lugardosgnomos
As Atividades
A atividade central do Lugar dos Gnomos, que será iniciada no próximo dia 26 de Março de 2012, é
trabalhar com crianças dos 2 aos 6 anos, que podem frequentar este Centro das 9h00 às 16h00 e em
três modalidades distintas: 5 dias/semana, 3 dias/semana, 2dias/semana. Nesse âmbito, a Educadora
Waldorf, juntamente com uma auxiliar, realiza diferentes atividades pedagógicas com esta “turma”, que
terá, no máximo, 12 crianças.
Para além da atividade central regular do projeto, o Lugar dos Gnomos realiza Encontros de Trabalhos
Manuais, todas as Quartas-feiras, das 16h30 às 18h00. Destinado a crianças a partir dos 7 anos e a
adultos, esta atividade pretende desenvolver os talentos de cada um, levando-os a criar com as suas
próprias mãos, desde trabalhos de tricô, crochê, bordados, tecelagem até confeção de bonecas(os) e
animais com materiais naturais.
Paralelamente, o Lugar dos Gnomos, tem vindo também a realizar diversas palestras sobre a Pedagogia
Waldorf e Workhops mensais temáticos, a saber:
2011.05.21 – Palestra “Pedagogia Waldorf - Outra forma de Educar” - Clube Literário do
Porto. Abordagem sobre o primeiro septénio (dos 0 aos 7 anos).
2011.11.19 - Palestra “Pedagogia Waldorf - Outra forma de Educar” – Senhora do
Penedo – Valadares, Vila Nova de Gaia. Abordagem sobre o segundo septénio (dos 7 aos
14 anos).
2011.12.11 - Palestra “Pedagogia Waldorf - Outra forma de Educar” nos três primeiros
septénios – Senhora do Penedo – Valadares, Vila Nova de Gaia. Abordagem aos três
primeiros septénios (dos 0 aos 21 anos).
2012.02.25 – “Workshop de construção de brinquedos criativos: Bichos, Bonecas e
outras ideias” – Senhora do Penedo – Valadares, Vila Nova de Gaia.
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A PEDAGOGIA WALDORF
Em 1919, em Estugarda, na Alemanha, Rudolf Steiner (na foto) - filósofo, cientista e artista austríaco - foi
convidado por Emil Molt, o proprietário da Fábrica de cigarros Waldorf-Astoria, para uma série de
palestras para os trabalhadores de sua fábrica.
Como resultado, os trabalhadores pediram a Steiner que fundasse e dirigisse uma Escola para seus
filhos. Emil Molt, apoiava e financiava a concretização da ideia.
Steiner concordou, mas colocou 4 condições: a primeira era a de que a Escola seria aberta,
indistintamente, para todas as crianças; a segunda de que a Escola fosse co-educacional; deveria
também ser uma escola com um currículo unificado de 12 anos e, por último, que os professores da
Escola fossem também os dirigentes e administradores da mesma. Queria que a Escola Waldorf tivesse
o mínimo de interferência governamental e não tivesse preocupação com objetivos lucrativos.
Emil Molt concordou e em 7 de setembro de 1919 foi aberta a primeira ”Escola Waldorf Livre”.
Reconhecida hoje pela UNESCO como sendo a pedagogia capaz de responder aos desafios educacionais,
principalmente nas áreas de grandes diferenças culturais, atualmente existem inúmeras escolas em
todo o Mundo, presentes em mais de 65 países que trabalham com a pedagogia de Waldorf. Em
Portugal, estas escolas existem ao nível do pré primário e 1º ciclo, mas em países como a Alemanha há
ensino Waldorf até ao 12º ano de escolaridade.
A pedagogia Waldorf valoriza a concepção e desenvolvimento do Ser Humano e aposta na liberdade de
desenvolvimento das crianças, valorizando nos primeiros sete anos de vida o aspeto sensorial, evitandose a intelectualização precoce. Ao longo dos anos, o ser humano passa por etapas com características e
necessidades diferentes que são respeitadas, tal como a sua individualidade.
Para ir de encontro a estas necessidades, o dia-a-dia num local fundamentado na Pedagogia Waldorf é
estruturado com várias atividades: brincadeiras livres, atividades rítmicas, preparação da refeição,
brincadeiras no exterior, narração de contos, pintura, modelagem, costura, desenho, bordados e
cuidados da horta e do jardim.
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Nestas idades a criança aprende por imitação e seguindo o exemplo dos adultos que a rodeiam. A
educadora tem por isso nas suas mãos a responsabilidade pela forma como realiza as diferentes tarefas.
O que ela pensa, sente e faz, irradia nos seus actos, e a criança, ao ver, quer fazer da mesma maneira.
O Jardim é uma grande casa, onde se cozinha, assa-se pão, lava-se roupa, varre-se e limpa-se. O cantar
também pertence ao trabalho. O dia começa com o brincar livre. Como é dada forma a esse brincar?
Durante este tempo a professora trabalha deliberadamente e conscientemente, observando com um
olhar atento o brincar livre das crianças. Elas são introduzidas no brincar conforme a sua individualidade
permite. Uns são mais lentos e outros mais despachados.
Neste brincar, as crianças manifestam o seu mundo interior e cabe ao professor harmonizá-las ou
despertá-las quando necessário. As crianças encontrarão sempre, para suas manifestações criativas,
materiais naturais e com acabamentos simples sujeitos a transformações imaginativas. Um bocado de
madeira torna-se uma boneca; um pano transforma-se numa capa, rio ou cabana; uma caixa torna-se
uma nave, um navio, uma caverna, etc.
A arrumação da sala determina o fim do brincar livre. Então uma cantiga conhecida pelas crianças
encaminha-as à parte rítmica do dia. Neste momento a professora trabalha conscientemente na
formação dos movimentos: contração e expansão e de novo contração – aí o ritmo. Como tudo no
Jardim, esta parte do dia está em sintonia com as estações do ano.
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Os movimentos conscientes e a fala bem articulada revigoram o falar e o brincar da criança. Uma rima
anuncia o lanche, que muitas vezes foi cuidadosamente preparado pela professora e pelas crianças, na
sala. Este processo de preparação do alimento enriquece muito a vivência das crianças para os sentidos
do gosto e do olfacto.
Depois do lanche as crianças brincam no exterior, ao ar livre, na caixa de areia, no baloiço, saltam à
corda, ajudam a manter os canteiros de flores e a horta, varrem as folhas do chão, cuidam dos animais,
etc.. De volta à sala, chega a hora da história, onde contos de fadas e histórias da natureza são narrados
com muita vida, num ambiente de total envolvimento.
Estas são algumas das atividades que, segundo as propostas pedagógicas Waldorf, desenvolvem os
sentidos das crianças, estimulam a imaginação, a vitalidade e a alegria de viver, apostando sempre
numa maior ligação e respeito pela Natureza. Incluindo as vertentes científica, artística e estética, a
pedagogia Waldorf tem ainda uma forte abordagem multicultural, dando a cada criança mais
autonomia, responsabilidade, consciência étnica e respeito pela diversidade.
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