Embriologia Humana
Professor: Rafael Bezerra
Desenvolvimento
Embrionário
Inicia após a primeira divisão do zigoto, que então passa a ser chamado de
embrião.
•
Mitoses vão se sucedendo e os grupos de células vão se especializando para
formar os tecidos e os órgãos do novo ser, processo denominado desenvolvimento
embrionário.
•
Faz parte da ontogenia (ontogênese)
•
Embriologia – ramo da biologia que estuda o desenvolvimento embrionário.
•
Etapas do desenvolvimento
embrionário

Segmentação (clivagens) – aumento do número
de células.

Gastrulação – período de formação dos folhetos
germinativos.

Organogênese – processo de diferenciação dos
tecidos e dos órgãos.
NEURULAÇÃ
O
Segmentação (clivagem)
• Período em que ocorre o aumento do número de células
(sucessivas mitoses) sem aumentar o volume do
embrião.
• Novas células formadas são denominadas blastômeros.
• Distribuição do vitelo, no óvulo, determina o tipo de
segmentação.
Fases da segmentação
Geralmente ocorre em duas fases:
• Mórula – maciço celular; semelhante a uma amora.
• Blástula – forma-se uma cavidade interna, blastocele, cheia de líquido.
Gastrulação
Fase do desenvolvimento embrionário marcada pela
diferenciação dos folhetos germinativos, do arquêntero e do
blastóporo.
• Arquêntero (intestino primitivo) – é uma cavidade
que se comunica com o exterior por um orifício
denominado blastóporo.
• Blastóporo – pode dar origem à boca (protostômios)
ou ao ânus (deuterostômios).
PROTOSTÔMIOS
PLATELMINTOS
NEMATELMINTOS
MOLUSCOS
ANELÍDEOS
ARTRÓPODES
DEUTEROSTÔMIOS
EQUINODERMOS
CORDADOS
Gastrulação
Folhetos germinativos ou embrionários – lâminas
celulares que na organogênese darão origem aos
tecidos e órgãos.
• Na maioria das espécies, os blastômeros se diferenciam
em 3 conjuntos de células (ectoderme, mesoderme e
endoderme).
ECTODER
ME
MESODER
ME
ENDODER
ME
FOLHETOS GERMINATIVOS OU
EMBRIONÁRIOS
Lâminas celulares que na organogênese darão origem aos tecidos e
órgãos.
ECTODERME
MESODERME
ENDODERME
Folheto mais externo
Situa-se entre a
ectoderme e a
endoderme
Folheto mais interno
• Epiderme e anexos
(pelos, unhas,
glândulas sebáceas e
sudoríparas)
• Sistema nervoso
(Tecido epitelial)
(Tecido nervoso)
Derme
Sistema muscular
Sistema Esquelético
Sistema
Cardiovascular
• Sistema Urogenital
•
•
•
•
(Tecidos conjuntivos)
(Tecido epitelial)
(Tecido muscular)
• Revestimento
interno do sistema
digestório e anexos
(glândulas salivares,
fígado, pâncreas)
• Sistema respiratório
• Revestimento
interno da bexiga
(Tecido epitelial)
ORGANOGÊNESE
• Caracteriza-se pela diferenciação de órgãos a partir dos
folhetos germinativos.
• Podemos analisar a organogênese dos cordados em dois
momentos:• Neurulação
• Destino dos folhetos germinativos
Os principais modelos animais utilizados para exemplificar o
processo de organogênese são o anfioxo (cefalocordado) e a
rã (anfíbio).
Organogênese em anfioxo
A fase inicial da organogênese é denominada neurulação
• Neurulação – formação do tubo neural (a partir da ectoderme)
e da notocorda (a partir da mesoderme)
• Tubo neural (cordão nervoso) – formará o sistema nervoso.
• Notocorda – bastonete flexível (localizado no dorso do embrião), o
qual pode persistir ou não na fase adulta dos animais. Nos
vertebrados a notocorda é substituída pela coluna vertebral.
Após a neurulação os folhetos embrionários continuam a
diferenciar-se, originando os tecidos diferenciados do embrião.
Organogênese em anfioxo
Neurulaçã
o
Organogênese em anfioxo
Ectoderma – tubo neural
Endoderma – tubo digestório
Mesoderma –• somitos
• notocorda
• cavidades denominadas celomas
Notocorda  orienta o crescimento do
tubo neural (na espécie humana se faz
presente apenas na fase embrionária).
 Celoma  origina as cavidades corporais.
 Tubo neural  forma o sistema nervoso
central.

Organogênese

Celomados – são animais que apresentam
completamente delimitado pela mesoderme.
o
• Esquizocelomados: celoma formado pela mesoderme em
protostômios.
• Enterocelomados: celoma formado pela mesoderme em
deuterostômios.
celoma
animais
animais
Acelomados – são animais que possuem o espaço entre a
ectoderme e a endoderme completamente preenchidos pelas
células da mesoderme.
 Psedocelomados – são animais que possuem a porção externa
da cavidade delimitada pela mesoderme e a porção interna
delimitada pela endoderme.

Anexos Embrionários

Estruturas que surgem a partir dos folhetos embrionários,
mas que não fazem parte do corpo do embrião.

Ocorre em alguns peixes e em todos os répteis, aves e
mamíferos.

Saço exemplos de anexos embrionários:
• Vesícula vitelínica (vitelina)
• Âmnio (âmnion)
• Cório (córion)
• Alantóide
Feto humano
envolvido pelo
líquido
aminiótico
(mede 1,5 cm)
Obs.: Em mamíferos vivíparos o alantóide e o cório associamse à mucosa uterina formando a placenta.
Vesícula Vitelínica





Estrutura que envolve o vitelo (exerce importante papel no
processo de nutrição)
Rico em vasos sanguíneos
É bem desenvolvida em peixes, répteis e aves (animais que
possuem ovos telolécitos)
Nos mamíferos (ovos alécitos) a vesícula vitelínica é preenchida
por líquido e não tem significado no processo de nutrição;
resquício evolutivo.
Nos anfíbios (ovos heretolécitos) o vitelo fica restrito aos
macrômeros e, portanto não formam uma vesícula vitelínica
típica.
Âmnio e Cório

Surgiram nos répteis e se manteve nas aves e nos mamíferos.
Âmnio (âmnion)
 Membrana que envolve o embrião como um saco, delimitando uma
cavidade denominada cavidade aminiótica, que é preenchida por um
líquido chamado líquido aminiótico.
 Tem como função proteger o embrião (amortece choques mecânicos),
além de evitar que o embrião perca água para o meio (dessecação).
Cório
 Membrana que envolve os demais anexos
 Reforça a proteção oferecida pelo âmnio
 Associa-se ao alantóide (corioalantóide)
formando uma estrutura altamente
vascularizada, a qual participa das trocas
gasosas.
Alantóide
Surge a partir do desenvolvimento da região posterior do
intestino do embrião, formando uma espécie de saco.
 A função do alantóide é armazenar as excretas nitrogenadas do
embrião.

• No caso das aves e dos répteis a excreta é o ácido úrico.
É bem desenvolvido nos répteis e nas aves.
 Nos mamíferos vivíparos o alantóide é reduzido e não
armazena excretas.

Placenta

Em mamíferos vivíparos o alantóide e o cório associam-se à mucosa uterina
formando a placenta.

Através da placenta que o organismo materno fornece ao embrião os
nutrientes e o oxigênio, enquanto o embrião elimina as excretas e o gás
carbônico na circulação materna. Essa troca é possível, pois a circulação
embrionária e a materna estão muito próximas uma da outra, o que
permite a difusão das substâncias entre mãe e filho.

A placenta também tem a função de produzir glicogênio, colesterol, ácidos
graxos, e secretar hormônios, como o HCG (gonadotrofina coriônica
humana), que mantém a gravidez.

O embrião está ligado à placenta através do cordão umbilical.

Ao final do segundo mês de gestação passamos a chamar o embrião
de feto, pois após o segundo mês de gestação praticamente todo o
processo de organogênese já terminou, temos um mini ser humano
que agora precisa crescer e se desenvolver.

O parto normal é aquele no qual a bolsa que contém o líquido
amniótico se rompe e o útero, por sucessivas contrações, empurra a
criança para o canal vaginal, que se dilata; após a saída da criança o
cordão umbilical é cortado pelo médico e a placenta é eliminada.
Parto Natural
1 – Cabeça do
feto insinua-se na
pelve
2
–
Contrações
uterinas. A bolsa pode
ou não romper-se
nesse estágio e a
dilatação se inicia.
3
3-6 – O feto passa
pelo colo uterino e
pela vagina. Útero se
contrai e a placenta
se
desprende
da
parede uterina.
4
5
6
3-6 – O feto passa pelo colo uterino e pela vagina. Útero se contrai e a
placenta se desprende da parede uterina.
8
7
7-8 – A seguir a placenta é expelida e o útero se
contrai. O cordão umbilical é cortado.
Cesariana
Consiste em abrir a parede do abdome e a do
útero materno para retirar o bebê. Depois que o
bebê nasce, o cordão umbilical é cortado, a
placenta removida e o útero materno e o
abdome materno são suturados.
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Desenvolvimento Embrionário Global 1° bim